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sábado, 3 de abril de 2010

CRENTES IRADOS - QUEM É DOMINADO PELA RAIVA É SERVO DELA

Alguns anos atrás eu aprendi que somos servos de quem nos domina. Isto é óbvio, mas não atinava pela perspectiva dos sentimentos.

Os sentimentos são senhores de muitas gentes! A raiva, o ódio, a tristeza, o medo, etc, mandam muito mundo afora.

Se a raiva se levantar em nós, temos o dever de controlá-la e continuar agindo com raciocínio pleno. De igual forma com relação a todos os outros sentimentos negativos, porque o bloqueio das faculdades mentais geram injustiças e trazem prejuízos a nós e aos outros.

O fato de obedecer e prestar serviço aos sentimentos negativos nos levam para a condenação eterna. O cristão precisa ter Jesus Cristo como seu Senhor e não apenas chamar-lhe de Senhor. Ter autocontrole nos leva ao céu.

Gálatas 5.16-23:

"Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei".

E.A.G.

Veja mais neste blog: Crentes irados!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CALVINO E A PREDESTINAÇÃO EM CONFRONTO COM A TEOLOGIA DOS APÓSTOLOS PAULO E JOÃO

Quem são os eleitos, quem são os predestinados a serem salvos?

João 3.16 responde esta pergunta: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
Está claro que Deus ama a todos, e elegeu a todos para serem salvos, porém, vemos na sequência deste texto, claramente, que nem toda alma amada por Deus presta reciprocidade neste amor divino. A falta de correspondência no amor divino é que faz com que uma parte da humanidade caminhe para a perdição eterna, a apostate da fé em Cristo como Senhor e Salvador.

Analisemos João 3.17-21: "Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus".

A teologia calvinista erra ao afirmar que predestinação da salvação é dirigida apenas para uma parte da humanidade, não é correto crer que uns são eleitos ao céu e outros eleitos ao inferno por um decreto antes da fundação do mundo. Por que não? Porque Deus enviou Jesus para a salvação de todos: Deus amou o mundo, não amou apenas uma parte do mundo, e o amor foi tal que Jesus morreu por todos, para salvar a todos que crerem nEle.

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”
- 1ª João 1.8-9.

Usando 1ª João 3. 6, 9; 5.1, os calvinistas apregoam que os eleitos não pecam e por causa disso são uma classe que uma vez salva é salva para sempre. As citações bíblicas não dão bases para pensar assim. Elas só afirmam que o cristão não pode pecar.

Sem medo de errar, podemos considerar que as ovelhas pecam, baseados em 1ª João 1.8-9. A realidade é que não podem pecar, mas pecam. Não deveriam pecar, mas pecam... E pela misericórdia do Senhor, quando não há prazer em viver pecando, temos a Jesus como Advogado, Cristo está entre os cristãos e Deus (1ª João 2.1).


"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que antes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" - Romanos 8.28-30.

Deus conhece a todos deste a fundação do mundo, e sabe quem são os que perseverarão até o fim, sabe quais serão os que o amarão até o fim.

Deus predestinou aos que O amam para a salvação, porém, não predestinou ninguém a amá-lo!

Releiamos texto bíblico e atentemos para o trecho sublinhado.

"Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" - 1ª João 1.4-10.

Os calvinistas precisam parar e reler: "vos escrevemos para que o vosso gozo se cumpra.

Estamos caminhando na fé sem predestinação. Existem muitos "se's na jornada cristã. Só seremos salvos se perseverarmos até o final da vida cristã considerando a Cristo como Senhor e Salvador.

Paulo escreu o seguinte em Efésios 1.4, 5: Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade".

Equivocadamente, os calvinistas apregoam que a eleição e a predestinação foram feitas arbitrariamente, sem outra razão, a não ser porque Deus assim o quis - "segundo o beneplácito de sua vontade". A frase não tem sentido absoluto, mas quer dizer a concordância plena e benevolente da vontade de Deus com algum sábio e ato divino gracioso.

Por isto lemos a seguir o seguinte em Efésios 1.11-12: "Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo".

"Segundo o conselho da sua vontade" é uma frase que diverge plenamente da noção de que a mera vontade é, em qualquer caso, a regra de conduta divina. Em outras palavras: se Deus fizesse tudo por mera vontade, isto excluiria o conselho.

O decreto aos eleitos, promulgado desde a eternidade, segundo o propósito de Deus, é este:

"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" - Marcos 16.15.

E.A.G.


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Os cometários sobre João 3.16-21; Efésios 1.4-5; 11-12 foram adaptados do livro Manual Prático de Teologia - de Eduardo Joiner - 2ª reimpressão, março de 2008 - Editora Central Gospel.

Veja mais neste blog: Como os calvinistas confrontam a afirmação do apóstolo Paulo sobre a apostasia dos últimos dias.
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terça-feira, 30 de março de 2010

O PROFETA JEREMIAS E O FALSO DEUS BAAL

A chamada do profeta Jeremias se consistiu na missão de alertar seus compatriotas quanto ao abandono da fidelidade ao Senhor. O povo de Judá, embora tivesse sido ensinado pelo Senhor a respeito de tão abominável pecado, que deveria evitar, se perdeu na prática da idolatria, adorava outros deuses, imitando os povos circunvizinhos. Entre estes deuses haviam Baal e Astarote (Êxodo 20.3-6).

O que era pecado, aos contemporâneos de Jeremias, era tido como correto. Eles escarneciam do profeta e de Deus. Diziam que o Criador era incapaz de agir, fosse para o bem ou para o mal. Por tamanha apostasia, o profeta predisse que Judá e Jerusalém seriam exilados. O que veio a acontecer não muito anos depois.

O nome do falso deus Baal, em sua origem, nos tempos mais remotos, não era nome próprio, significava senhor ou dono, empregou-se para caracterizar a relação da divindade com o seu senhor, também era usado para indicar a relação do homem com a sua mulher, então sendo usado o termo marido.


Posteriormente, foi usado como nome composto para designar o deus de cada lugar, como por exemplo Baal Peor, o dono do monte Peor. Cada região cultivada possuía seu próprio Baal que, segundo a crença fecundava a terra por meio de suas fontes e a quem, como dono divino, se devia tributo. Havia várias formas de Baal, que eram encontradas em diversas cidades. Baal-Berite (Senhor da Aliança), adorado em Siquem; Baal Zebube (Senhor das Moscas) adorado na cidade de Ecrom pelos filisteus). Veja: Números 25.3; Juízes 8.33; 9.4. Baal também era chamado de Hadade, e adorado em todas as povoações da fenícia.

O plural “Baalin” é referência às sua várias representações, locais ou regionais.

Baal era o mais conhecido dos deuses de Canaã, acreditava-se que ele era o principal deus responsável pela fertilidade, pela germinação dos plantios, pelas multiplicações dos rebanhos e pelo aumento dos filhos na comunidade.

Durante certo tempo o culto a Jeová e a Baal foram duas religiões que seguiram seu curso em paralelo; no entanto, com o passar dos anos a adoração ao Senhor Baal ou Senhor de Canaã assumiu hegemonia expressada em rituais hediondos e imorais.

O culto a Baal foi uma das piores tentações dos israelitas, desde os tempos antigos Levantaram altares nos terraços das casas, nas ruas de Jerusalém e em todas as cidades de Judá (Juizes 2.13; 1º Reis 16.31-32; Jeremias 7.9; 11.13; 32.29).

Baal era a divindade masculina e Asera a sua companheira, conhecida também como Astarote. Asera era a equivalência feminina de Baal entre os fenícios e os cananeus, e chamada pelos isrelitas de Poste-Ídolo.

O culto a Baal introduzido em Israel por Acabe foi o Melkart de Tiro.

E.A.G.
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Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 2 - Os Perigos do Desvio Espiritual.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O QUE É E O QUE NÃO É PECADO NO LEITO CONJUGAL?


As relações sexuais se constituem em pecado quando praticadas fora do casamento.

O leito conjugal é santo. A conjunção carnal entre marido e mulher é santa. O casamento é santo.


Como estudioso da Palavra de Deus há quase 30 anos ininterruptos, o que posso dizer sobre o assunto é que o marido é o cabeça do lar, e que esta posição não lhe dá respaldo bíblico para humilhar a esposa. O dever do homem cristão casado é amar sua mulher.


O esposo não pode negar-se sexualmente para a companheira e nem a companheira ao seu conjuge, salvo em casos de mútuo acordo de curto período de afastamento com objetivo de consagrarem-se ao Senhor. Se não houver esta situação de combinação pacífica, os casos de separação de corpos se configurarão em brechas abertas possibilitando ao inimigo de nossas almas entrar no matrimônio e causar a destruição do lar.


Neste assunto das carícias, a tendência é aflorar as filosofias do Machismo, do Feminismo e da falsa aparência de santidade. Estas atitudes não têm apoio do cristianismo autêntico. Então, atenhamos só ao que a Bíblia Sagrada nos diz.


Além disso, o tema costuma não ser levado com seriedade por muitos. Uns rebaixam o assunto às vulgaridades e outros ao extremo oposto, querem espiritualizar demais a vida íntima do casal (aparentando esquecer que foi Deus quem criou os orgãos genitais com a sensibilidade que propicia prazeres).


Criei, publiquei neste blog, diversos artigos sobre sexo no casamento cristão. Veja-os, clicando aqui: Belverede.

Abraço na paz de Cristo.


E.A.G

sábado, 27 de março de 2010

COMO OS CALVINISTAS CONFRONTAM A AFIRMAÇÃO DO APÓSTOLO PAULO SOBRE A APOSTASIA EM 1ª TIMÓTEO 4.1?


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• Uma vez salvos, estamos salvos para todo o sempre?

A Carta aos Hebreus, ao contrário contrário de afirmar que "uma vez salvo, salvo para sempre", mostra a necessidade de perseverança e vigilância na jornada cristã. A propósito, essa carta é uma pedra de tropeço para aqueles que pregam a doutrina da segurança incondicional ou eterna do crente. Isso é visto, por exemplo, na interpolação que Teodoro Beza (1519-1605) sucessor de João Calvino, introduziu no texto dessa carta quando publicou seu Novo Testamento. Beza introduziu um "se" em Hebreus 6.6, que não consta no original grego, a fim de suavizar o duto tom exortativo dessa carta.


Com todo respeito aos que pensam que sim, considero esta doutrina algo sem lógica bíblica. Eu entendo que não existe a condição de uma vez salvo para sempre salvo, porque não há nenhuma base para se pensar assim. Principalmente diante do alerta do apóstolo Paulo.

Eis:
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" - 1ª Timóteo 4.1.
Apostatar é o mesmo que abandonar, renunciar. Paulo não afirmaria que alguns largariam a fé se em alguma fase da vida estas pessoas não a possuíram. Não é possível apostatar, renunciar, abandonar, aquilo que nunca foi uma posse.

Diante disso, podemos dizer que algumas pessoas em alguma parte do passado delas tiveram a condição de salvas e depois perderam a salvação que Deus lhes deu. Não foi tirada delas. Ao desprezar o dom da salvação, perderam a posição de salvas.
• A condição das pessoas com ânimo duplo e a questão das doutrinas de estar ou não salvo para sempre
Ao ler a Bíblia, é preciso ater-se aos detalhes.
Tiago escreveu aos crentes, não foi aos incrédulos. Ele fez menção de cristãos com ânimo inconstante: num momento seguem a Cristo e em outro seguem os instintos da carne.
Vamos ao que está escrito pelo apóstolo: "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos - Tiago 1. 2 - 8.

O crente com coração duvidoso é lançado para todos os lados e nada receberá do Senhor. Nada! A consequência de ser um crente inconstante leva ao mesmo resultado que as ondas recebem do oceano. Grandes movimentos ondulatórios de águas são lançados às praias e quebram-se nos rochedos ou na areia.
• A advertência de Tiago aos que apostatam da fé
Creio que os calvinistas deveriam aprofundarem-se num estudo bíblico sobre a fé. Tendo a noção do que ela representa, afirmar que uma vez salvo para sempre salvo parece ser uma afirmação totalmente sem nexo.
Reafirmando: apostatar é o mesmo que abandonar. Não é possível abandonar o que nunca tivemos posse.
Diz a Bíblia que quem tem fé em Jesus Cristo é salvo. Será que os calvinistas ousam dizer que a pessoa que abandonou a fé em Jesus como salvador continua salva?

Vamos ao que está escrito: "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações" Tiago 4.8.

Para que Deus venha a nós é necessário chegar-se a Ele primeiro. Como? Santificando-se. A pessoa com ânimo duplo, em um momento agindo com fé e em outro sem ela, é alguém com coração impuro. Nós sabemos que nenhum impuro é salvo (Romanos 6.19; 2 Coríntios 12.21; Gálatas 5.19; Efésios 4.19; 5.3; Colossenses 3.5; 1ª Tessalonicenses 4.7).
E.A.G.
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O artigo está liberado para cópias, desde que sejam citados nome do autor e HTML (o link) do blog.

ALEXANDRE NARDONI E UMA REFLEXÃO SOBRE A SEGUNDA CARTA DO APÓSTOLO PAULO PARA TIMÓTEO CAPÍTULO 3

Grizar Junior / Futura PressUm pouco de alívio na dor: A mãe de Isabela, Ana Carolina de Oliveira, chora na varanda do seu apartamento ao saber da sentença judiacial.

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Trota Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Logo constatou-se que havia sido atirada do sexto andar. Na primeira hora deste sábado, a Justiça apontou os culpados.

2ª Timóteo 3.1-5: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

Agora o casal Nardoni está afastado da sociedade. Espero que durante a pena ele e a espoda sejam alcançados pelo Evangelho e se arrependam do que fizeram com a garotinha Isabela.

E.A.G.

TRIBUNAL CONDENA O CASAL NARDONI PELA MORTE DE ISABELA

Google Imagens
Através de um áudio ao vivo, a Rede Record de Televisão apresentou o pronunciamento do veredito do juiz Maurício Fossen contra o casal Alexandre Nardoni e Anna Caroline Trota Jatobá.
Havia uma grande multidão defronte ao fórum, que ouvia o juiz, inclusive um cidadão com fogos de artifícios, que foram acesos em comemoração quando a sentença foi proferida.
O réu, pai da menina assassinada, quando jogada do sexto andar do edifício Residencial London, Alexandre Nardoni, foi sentenciado em 31 anos, mais um mês e dez dias, de prisão; condenado por homicídio triplamente qualificado. E para Ana Caroline Trota Jatobá, foi decidido ir à reclusão de 26 anos e oito meses.
Segundo o juiz, a pena maior coube ao pai justamente pelo laço paternal.

Nas minhas palavras, menos polidas que a do magistrado, Alexandre Nardoni agiu como um fascínora! Agora posso dizer isso, porque a Lei me ampara a dizer. E espero que na prisão ele seja alcançado pela misericórdia de Deus e venha a se arrepender do que fez e mudar o caráter que tem. Desejo o mesmo para a sua esposa.

E.A.G.

quinta-feira, 25 de março de 2010

PASTOR SILAS MALAFAIA NO PROGRAMA DO RATINHO PELA SEGUNDA VEZ EM DEBATE CONTRA O PL 122/2006 (PARTE 3)


Parte 3: O Pastor Silas Malafaia afirma que sua igreja possui 20 mil membros e tem muitos ex -homossexuais convertidos. Rosana Star baixa o nível do debate pela segunda vez ao chamar o pastor de vergonhoso, não acreditar nele. O apresentador interfere e o clima ruim é amenizado. Rosana Star faz apologia ao PL 122/2006. O Pr. Silas diz que a Militância Gay quer eliminar toda discordância contra ela e que poderá no futuro eliminar os discordantes também. Cita o PL 122/2006 para argumentar que existe diferença entre criticar e discriminar. O apresentador pergunta ao Malafaia se ele casaria um casal homossexual. Ele responde que não. Rosana Star volta a ofender o pastor. O debate termina com Silas sendo convidado a retornar ao programa, quando responde que sim mas que deseja debater apenas lei e não a religião.

Confira todo o programa, através de mais dois vídeos postados neste blog: parte 1 - parte 2.

E.A.G. 
Paulo, blog Holofote - www.youtube.com/user/pctdasilva. | Postagem atualizada em 25 de setembro de 2022, 08h44.

PASTOR SILAS MALAFAIA NO PROGRAMA DO RATINHO PELA SEGUNDA VEZ EM DEBATE CONTRA O PL 122/2006 (PARTE 2)


Parte 2: O Pr. Silas Malafaia afirma que o PL 122/2006 quebra princípios constitucionais. Rosana Star o interrompe e o apresentador Ratinho intervém. Uma matéria externa traz o homossexual Lula Ramires, da Ong Corsa, perguntando porque Deus sendo amor os evangélicos discriminam os homossexuais. Silas responde que Deus é amor, mas também é misericórdia e justiça, e que a Bíblia é o manual do crente num país em que há liberdade religiosa. O deputado estadual Conte Lopes critica a postura da Militância Gay na sociedade e Rosana Star não responde à contento e insulta a igreja evangélica e o Pr. Silas.

Confira todo o programa, através de mais dois vídeos postados neste blog: parte 1parte 3.

Paulo, blog Holofote - www.youtube.com/user/pctdasilva. | Postagem atualizada em 25 de setembro de 2022, 08h19.

PASTOR SILAS MALAFAIA NO PROGRAMA DO RATINHO PELA SEGUNDA VEZ EM DEBATE CONTRA O PL 122/2006

Parte 1: Rosana Star e Silas Malafaia são chamados ao palco. Uma reportagem do jornalista Ney Inácio comenta sobre o PL 122/2006. Parte do debate Malafaia versus deputada Iara Bernardes é mostrado. O apresentador Ratinho revela que a classe GLBT pediu direito de resposta, e que por este motivo convidou o pastor a voltar ao programa. O transexual diz sofrer preconceito, afirma que evangélicos extrapolam ao dizer que homossexuais têm demônios e que alguns gays também extrapolam em coisas que ele não concorda. O pastor Silas volta a dizer que o PL 122/2006 não é projeto contra homofobia é lei do privilégio, e afirma que voltou ao programa apenas para discutir sobre o PL 122/2006.


Confira todo o programa, através de mais dois vídeos postados neste blog: parte 2 - parte 3.

Paulo, blog Holofote - www.youtube.com/user/pctdasilva. | Postagem atualizada em 25 de setembro de 2022, 08h08.

CARLOS APOLINÁRIO - VEREADOR EVANGÉLICO QUER BARRAR PARADA GAY NA AVENIDA PAULISTA

Caro eleitor que reside na cidade de São Paulo, este assunto interessa a todos nós, paulistanos e paulistas.

Carlos Apolinário é pastor da Assembleia de Deus e líder do partido Democratas na Câmara Municipal de São Paulo.

"O vereador Carlos Apolinário (DEM) apresentou ontem um projeto de lei para vetar a realização da 14.ª Parada Gay de São Paulo na Avenida Paulista, marcada neste ano para o dia 6 de junho. A iniciativa já conta com o apoio antecipado das principais lideranças da Câmara Municipal.

Em duas semanas, é a segunda vez que Apolinário, do mesmo partido do prefeito Gilberto Kassab (DEM), afronta o Executivo. O projeto foi apresentado um dia após Kassab confirmar a parada deste ano na principal avenida da cidade. Membro da Assembleia de Deus e dono de rádio evangélica, Apolinário conseguiu há duas semanas, ao articular a derrubada de um veto do prefeito, reduzir as normas de fiscalização da lei do silêncio.

"Se a Marcha Para Jesus e a festa do Dia 1.º de Maio já ocorrem no Campo de Marte (localizado na zona norte da capital), a parada também pode ocorrer no mesmo local, sem prejuízo à rede hoteleira da cidade", argumenta Carlos Apolinário.

O vereador aposta novamente na insatisfação dos colegas do PR, PV, PTB, PP e PMDB, que formam o centrão, para conseguir barrar o evento GLS na Paulista e emplacar mais uma lei que agrada a seu reduto eleitoral.

O projeto que pode vetar a parada deve entrar em tramitação na Casa como prioridade a partir de amanhã. "No ano passado, tivemos mais de 30 pessoas feridas no evento, bombas. Três milhões de pessoas numa avenida cheia de leitos hospitalares não é de bom senso", afirma Apolinário.

A Prefeitura informa que a realização da Parada Gay cumpre as exigências previstas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público Estadual. Kassab nomeou uma comissão para "tomar as medidas pertinentes" em relação ao evento. Nos próximos dias, o prefeito deve articular a base governista para que o projeto seja vetado.

Benefícios para SP. A parada, ao lado da Fórmula 1 e do carnaval, é um dos eventos que mais dão retorno financeiro à cidade. Neste ano, a expectativa é de uma movimentação de R$ 190 milhões para o comércio e à rede hoteleira.

O diretor da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato, diz que o turismo paulistano perde se a parada não for realizada na Paulista. "O problema não é a Paulista. O problema central é a intolerância de um vereador que demonstra preconceito com quem não é de sua religião", critica. Associações GLS procuradas ontem pela reportagem não quiseram comentar o projeto.

A força do centrão. No mês passado, Kassab chegou a manifestar a vereadores da base governista (PSDB) e da oposição (PT) que gostaria de ver o centrão fora da Presidência do Legislativo a partir de 2011 - Antonio Carlos Rodrigues (PR) está no quarto mandato consecutivo.

Kassab pediu que tucanos e petistas se unissem para reduzir o poder de barganha do centrão. A conversa, porém, chegou ao conhecimento dos líderes do bloco. Desde então, o prefeito passou a sofrer oposição".

Fonte: Creio via Família Debaixo da Graça

Refutando a doutrina dos Testemunhas de Jeová: o inferno existe e é a consciência do castigo etermo




Os testemunhas-de-jeová e os adventistas negam que o inferno existe. Eles afirmam que Deus é amor, e que sendo o amor não exercerá a punição eterna.

Recentemente, participei de um debate no blog de uma pessoa amiga, lá estive e debati com uma pessoa que é testemunha-de-jeová. Penso que a minha resposta para ele possa servir para outras ocasiões e pessoas. Então, resolvi deixar registrado aqui. Esta é apenas uma das partes, outras virão, se Deus permitir. 

O tj disse-me: 
“A morte significa estado de inatividade, inconsciência - Ecles 9:5,6- Ecles 9:10. Note que esse último texto algumas traduções vertem a palavra sheol por inferno, logo o inferno (sheol) é um lugar de inatividade”.
Resposta:

Caro anônimo. Você e todo testemunha-de-jeová, fiéis leitores do conteúdo do periódico Sentinela, deveriam desprezar esta literatura e tudo o mais que a Sociedade Torre de Vigia publica, e depois passarem a ler a Bíblia Sagrada de maneira sistemática e devocional. A Pessoa do Espírito Santo (que é Deus e não o vento), lhe iluminará e fará com que entenda a verdade que realmente nos liberta do pecado e da condenação eterna. 

Nós sabemos que nas Bíblias traduzidas ao português, e outros idiomas, inferno está transliterado dos termos sheol, geena, hades e tartaros. 

Você, e todo testemunha-de-jeová, deveriam deixar de fixar-se apenas em palavras isoladas. Recomendo que dobrem seus joelhos e orem pedindo a Jeová para dar-lhes sabedoria divina. Ele atenderá em nome de Jesus! E depois disso, recomendo que se esforcem para analisar sempre o contexto das palavras que estão nas Escrituras. Ao fazerem isso, com facilidade perceberão que o inferno não é um estado de inconsciência, é a existência consciente de punição eterna.

Cinco passagens bíblicas para você e todos os testemunhas-de-jeová meditarem:

1 - “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” - Hebreus 9.27.

2 - “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno (em grego tartaro), os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” - 2 Pedro 2.4. 

3 - “Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” - Mateus 22.13. 

4 - “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” - Mateus 25.41. 

5 - “...e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado” - Lucas 16. 22b, 23-25.

E.A.G.

 TESTEMUNHAS-DE-JEOVÁ: O INFERNO EXISTE E É A EXISTÊNCIA CONSCIENTE DO CASTIGO ETERNO

quarta-feira, 24 de março de 2010

24 DE MARÇO - PASTOR SILAS MALAFAIA EM NOVO DEBATE NO PROGRAMA DO RATINHO (SBT)

O Pr. Silas Malafaia, 1º Vice-presidente da CGADB, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, hoje, volta à emissora de Silvio Santos.

Estará no "Programa do Ratinho (SBT) nesta quarta-feira (24/03), a partir das 18h, para debater novamente sobre a possível aprovação do PL 122/2006. Após discutir o assunto com a autora do projeto, a ex-deputada federal Iara Bernardes, no programa do dia 24 de fevereiro, o grupo GLST (Gays, Lésbicas, Simpatizantes e Transexuais) não achou satisfatória a participação dela como porta-voz dos homossexuais e pediu um direito de resposta; desta vez com a presença do transexual Rosana Star, ex-paquito.
O projeto de lei 122/2006 define como crime qualquer ação, opinião ou crítica que venha a ser interpretada como discriminação ou preconceito quanto ao homossexualismo".

Fonte: Associação Vitória em Cristo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

A APOLOGIA CRISTÃ DO APÓSTOLO PAULO DE TARSO E A APOLOGIA CRISTÃ DE PAULO ROMERO

Com apreensão e tristeza, uma situação que tenho percebido na minha caminhada cristã, é que existem muitos crentes se comportando como se tivessem o dom da onisciência. Eles se comportam como se pudessem ver as intenções das pessoas. E julgam a todas elas sem nenhuma cerimônia ou temor ao Deus que lhe manda amar ao próximo.

Também nesta minha caminhada de fé, o Senhor me deu a graça de compreender que para Ele não importa apenas fazer a coisa certa, é preciso fazer o certo com a intenção certa. Tem muita gente por aí fazendo o que é correto com intenções erradas, e estão sendo reprovadas pelo Senhor por causa disso. E pior que estes, existem os que estão fazendo o que é errado pensando estarem certas!

O atributo da onisciência é só de Deus. Ninguém tem autoridade e nem a capacidade para dizer acertadamente que fulano é herege se não o conhece, ou se é idólatra, se não o conhece.

Tais pessoas têm surgido na Internet, elas pululam na Rede Mundial de Computadores em blogs e sites de relacionamentos. Algumas delas deixam claro que são leitores de Paulo Romero, escritor de livros sobre apologética cristã. Não sei se Romero as aprovaria...

Hoje, mais uma vez, encontrei um "internauta apologento". Ele criticava uma cantora assembleiana paranaense, sendo ele um paulistano, assembleiano novo convertido.

Disse-me: "Se é heresia, temos que falar".

Minha resposta: Creio que esteja pensando estar fazendo apologia bíblica. Sim, a prática apologética é bíblica. Mas, ela, como tudo o mais que se refere ao Senhor, tem os seus métodos muito bem definidos. Para fazer apologia é preciso seguir os critérios da Bíblia.

A apologia praticada por Paulo era voltada às ovelhas das igrejas que ele liderava como pastor. Quando vemos Paulo fazendo apologia, temos bem claro que ele exercia a defesa da fé sempre se dirigindo aos que faziam parte de seu ministério. Ora ele se dirigia por carta para Timóteo e em outro momento para Judas e Tito. Três pastores subaltermos dele. Ensinava-os a combater as heresias dentro das comunidades evangélicas que eles pastoreavam. Ou seja, havia linha hierárquica na ação apologética: liderança e liderados.

Não temos nenhuma carta de Paulo se referindo aos hereges que se infiltraram no ministério de João e nem de Pedro ou dos outros dez apóstolos. Por que não? Porque Paulo não exercia autoridade no ministério alheio.

Hoje não é isso que vem acontecendo. A pessoa não é pastor, mas quer pastorear até quem nem faz parte do ministério onde ela está inserida. Hoje em dia os apologistas não usam critérios bíblicos para fazer defesa da fé. Metem o dedo em tudo o que é lugar, falam de pessoas que não são responsabilidade deles, e, às vezes, sem nem conhecê-las e nem se quer ser um pastor de igreja.

Ao usar a palavra pastor, me refiro ao homem que lidera rebanhos, ao líder com igreja e membros a quem tem que dar conta a Deus. Não estou falando de pessoas que possui essa nomenclatura antes do nome, mas não exerce o ministério pastoral.

2ª Timóteo 4.16: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, persevera nestas coisas, por que fazendo isso salvarás tanto a ti mesmo, como aos que te ouvem".

Deus não é Deus de confusão!

E.A.G.

domingo, 21 de março de 2010

JEREMIAS - O MINISTÉRIO DO PROFETA

A palavra hebraica nab é traduzida por “profeta” cerca de 300 vezes no Antigo Testamento. Pode ser que o termo originalmente significava “anunciar” ou “falar”.

Como ser humano, Jeremias teve dúvidas sobre sua chamada profética, chegando a pensar estar fora dos propósitos de Deus. Ele foi um jovem que lutou para descobrir a vontade divina para sua vida. Após fazer a sua escolha, outras dificuldades o fizeram duvidar de ter feito a escolha certa. Seu conflito interno e as descobertas que o levaram a firmar-se como profeta oferece compreensão e novas perspectivas aos servos de Deus que passam por momentos pessoais difíceis nos dias de hoje.

A chamada de Jeremias, sua vocação como anunciador da Palavra de Deus, a autoridade que veio a conhecer e como essa lhe foi comunicada, sua distinção claríssima entre o verdadeiro e o falso profeta, suas mensagens e os dilemas agonizantes em que foi envolvido, devido sua fidelidade, tudo estão delineados em seus oráculos com muita autoridade espiritual.

Deus impediu Jeremias de se casar e criar filhos, uma vez que o juízo divino contra Judá era iminente e alcançaria a geração seguinte (16.1-4).

Jeremias foi nomeado profeta para Judá, mas também para as nações, considerado o mais sofrido dos profetas, e por causa disso ficou conhecido como o profeta das lágrimas. Nas quatro décadas de seu ministério, ele profetizou sob os últimos cinco reis de Judá: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Exerceu sua função durante em um dos períodos mais movimentados da história do antigo Oriente.

Ele desmascarou os pecados da nação e anunciou seu julgamento sabendo que tudo isso seria inútil para salvá-los. Convencido do fracasso final amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jeremias 15.10; 20.14-18).

Nunca esteve preocupado em agradar ao povo, mas a Deus, que o chamou e o que o vocacionou para a Sua obra.

Agia com denodo e coragem, profetizou no período mais crítico da história de Israel. Foi vigoroso na batalha, desafiou e contestou a injustiça, a falsidade e a vilania. Fez tudo que pôde para reconduzir seus contemporâneos aos caminhos do Senhor. Suas advertências, infelizmente não encontraram guaridas no coração dos judeus. Diante da apostasia destes, o profeta foi obrigado a suportar o insuportável. Aqueles e a quem amava odiavam-no. “Atendei e vede se há dor como a minha dor” (Lamentável 1.12).

E.A.G.

O presente artigo é uma compilação de estudos em O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB); Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB); Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).
Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 1 - Jeremias, O Profeta da Esperança.

JEREMIAS - A MENSAGEM CONFIADA POR DEUS AO PROFETA

Jeremias amava profundamente o seu povo. Não era por prazer que ele entregava a mensagem de juízo, fazia isso motivado pelo senso de obrigação. Ele sabia que anunciar o castigo divino era a sua missão. A Palavra de Deus era como fogo, não poderia ficar calado (Jeremias 1.5,10; 20.9).

Jeremias recebeu ordem divina para advertir aos israelitas que todos os homens são culpados e responsáveis diante de Deus. Era seu dever informar que Deus não dorme como supõem os homens, está sempre alerta para cumprir sua palavra. Era dever de Jeremias dizer que as nações da sua geração estavam debaixo do juízo divino porque a conduta dos povos está debaixo da justiça humana comum. Tinha a obrigação de informar que os israelitas culpados sofreriam destruição e dificuldade, porque Deus os julgava, e quando Ele viesse, os reinos e povos iníquos seriam arrancados e derribados. (Jeremias 1.11,12).

Jeremias também foi incumbido a transmitir mensagem de esperança: o castigo e o julgamento de Deus são redentores. Deus aflige para curar. Além do julgamento, existe a possibilidade de uma restauração.

Ao profetizar nos últimos dias antes da queda de Jerusalém em 587 a.C., predisse que Deus enviaria Judá e Jerusalém para o exílio na Babilônia, em razão de terem violado a Lei. Entretanto, ele predisse também o dia que Deus destruiria o poder da Babilônia e de outras nações hostis, restaurando a terra de seu povo.

Jeremias, sem cessar, advertia Jerusalém para que se rendesse ao rei da Babilônia, tanto fez que o acusaram de traição. Nabucodonosor recompensou-o por essa advertência ao povo, não só poupando-lhe a vida, mas lhe oferecendo uma honraria qualquer que ele quisesse aceitar, inclusive no ambiente da corte. Mesmo assim, o profeta continuava a bradar que o rei da Babilônia estava cometendo um crime hediondo na destruição do povo do SENHOR, e por essa causa, no devido tempo, seu país seria assolado para sempre (Jeremias 50 e 51).

Jeremias viu Judá e Jerusalém desintegrarem-se moralmente por dentro e serem destruídas militarmente por fora. As profecias de Jeremias cumpriram-se parcialmente com o retorno dos exilados sob a liderança de Zorobabel em 536 a.C. e com a reconstrução da nação no período pós-exílico. Os eventos, porém, dificilmente alcançaram a grandeza das expectativas de Jeremias. O pleno cumprimento das profecias ainda aguarda um cumprimento escatológico.

Várias descobertas arqueológicas importantes corroboram a historicidade do relato bíblico sobre os últimos anos do reino de Judá.

1 - A Crônica Babilônica apresenta informações sobre as campanhas dos exércitos babilônicos de 626 a.C. em diante, incluindo a captura de Jerusalém em 597 a.C.;

2 – As Cartas de Laquis descrevem a situação em Judá pouco antes do cerco final a Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C.;

3 – Em Laquis foi encontrado um selo com o nome Gedalias;

4 – Tábuas de barro foram encontradas junto à Porta de Istar, na antiga Babilônia, afirmam que Yaukin (Joaquim), rei da terra de Yahud (Judá), recebia subsídios reais, uma pensão diária (2º Reis 25.29-30).

E.A.G.
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Fontes: O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB); Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB); Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).
Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 1 - Jeremias, o Profeta da Esperança.

sábado, 20 de março de 2010

Jeremias - origem, personalidade, a chamada, esboço do livro do profeta

Festival Darom, Adom. Derto do Neguev. Estado de Israel. Bolg Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br | https://www.israel-in-photos.com/he/festival-darom-adom
Anêmonas em Israel.
Entre os meses de janeiro e março os campos florescem ao norte do Neguev.
A origem do profeta

Jeremias nasceu numa pequena aldeia sacerdotal chamada Anatote, que distava uns seis quilômetros a nordeste de Micmás e sudeste de Jerusalém. Anatote estava situada na terra de Benjamim, que foi dada aos filhos de Arão. Era a terra de Abiatar, de quem o profeta foi descendente Por revelação divina, neste lugar Jeremias comprou um lote que tinha pertencido aos seus antepassados (1 Reis 2.26; Jeremias 1.1; 32.7).


Pela sua linhagem, poderia ter exercido o ofício levítico, que lhe teria proporcionado prestígio e segurança, porém trocou o status social e religioso pelo plano de Deus. Flavio Josefo afirmou que em Israel os sacerdotes eram honrados como se pertencessem à nobreza.

Foi contemporâneo dos reis Josias, Jeoaquim e Zedequias (Jeremias 1.3). Exerceu seu ministério profético entre 626 a 586 a.C..

A vida de Jeremias é uma da mais bem retratada no Antigo Testamento, mais do que a de outros profetas, como Isaías, Ezequiel e Profetas Menores.

A personalidade do profeta

O nome Jeremias significa Jeová exalta e Jeová derruba, o sentido pode simbolizar as orações de seus pais a favor da desconsolada nação da Israel, como também todas as aspirações do profeta perante o caos religioso que viu.

Ele foi considerado o mais introspectivo dos profetas. Sua personalidade é a mais claramente descrita no Antigo Testamento. Não é nenhum exagero dizer que para entender o vocábulo profeta é necessário estudar a vida de Jeremias.

Ele sempre buscou agradar, em tudo, aquEle que o salvou e o convocou para a peleja. Por causa disso, não foi nada popular entre seus contemporâneos, pois exortou Judá a se submeter à denominação do inimigo, para que não perecesse nos confrontos de guerra; mostrou ao povo que o ataque da nação estrangeira era um castigo vindo do Senhor; e avisou que Deus disciplinava a nação, uma vez que ela abandonou os preceitos divinos.

Sendo profeta de severos juízos, tinha poucas amizades. Entre seus amigos, havia Aicam, Gadalias, filho de Aicam, Ebede Meleque, e Baruque (Jeremias 26.24; 39.14; 38.7-13; 39.15-18; 36.4-32).

A chamada do profeta

“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas nossa capacidade vem de Deus” – 2 Coríntios 3.4,5.

A chamada do profeta ocorreu no reinado de Josias (638-606 a.C.), durou até a queda de Jerusalém.

Quando Jeremias foi chamado para o ofício profético identificou-se como “uma criança” (na’ar, Jeremias 1.6). Este vocábulo é ambíguo em hebraico, descreve infância (Êxodo 2.6) e adolescência em seus últimos anos (1 Samuel 30.17). Então não sabemos com certeza a idade de Jeremias, quando Deus o chamou para o ministério profético. Vinte e um anos, talvez. A nossa certeza é que o profeta foi vocacionado por Deus ainda na flor de seus dias.

Três coisas o Senhor fez em relação a Jeremias: conheceu-o, santificou-o e o deu às nações. Quando o profeta ainda não existia, já era conhecido de Deus; quando ainda não era ciente de sua missão, já se achava separado para o ministério; ainda não sabia falar, todavia, o Senhor já o tinha dado aos povos como arauto.

 Quando ele recebeu sua chamada, assustou-se; quis recuar. Diante da recusa de Jeremias, respondeu Jeová: “Não digas: Eu sou uma criança; porque aonde quer eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. Após tocar seus lábios, diz: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jeremias 1.7-9). Assim Deus o comissionou e o capacitou.

Sobre a reação de recuo do profeta, escreveu F.B. Meyer: “Jeremias era muito jovem e tentou esquivar-se da grande missão a ele confiada. Os mais nobres sempre agem assim (Êxodo 4.10). Mais adiante, disse Meyer: “Sempre que Deus nos dá uma comissão, assume a responsabilidade da sua execução em nós, conosco ou através de nós”.

Deus nomeou Jeremias como profeta antes de seu nascimento. Esta nomeação foi no sentido de ter um plano e um propósito para a vida dele. Dessa situação, alguns deduzem que o ser humano não tem condições de rejeitar o plano divino. E buscam apoio nas palavras de Paulo (Romanos 9.18) Outros, pensam que mesmo Deus tendo um plano para a vida de todos nós, existe a liberdade de escolha para aceitar este plano ou rejeitá-lo. É a questão do livre-arbítrio.

Jeremias foi apontado como o profeta chorão e profeta solitário. Chorou porque sofreu muito ao ver a apostasia da sua geração. Sua solidão ocorreu porque recebeu a orientação de Deus para não se casar (Jeremias 9.1; 13.17; 16.2).

A história do profeta cobriu um período quarenta anos. Depois da queda de Jerusalém, ele foi forçado a fugir para o Egito, supõe-se que ali tenha morrido por volta do ano 580 a.C.. A tradição judaica afirma que foi apedrejado.

O Livro de Jeremias 

Jeremias é reconhecido como o seu autor. Porém, muitos acreditam que tenha a contribuição de Baruque, do capítulo 26 ao 45.

Data do livro

Não existe uma data específica, aponta-se o período inteiro do seu ministério para se dizer quando foi escrito, portanto, afirmamos que ocorreu entre 626 e 586 a.C.. 

Palavras-chave:

Arrependimento e restauração.

Versículos-chave: 

Jeremias 4.14; 7.23-24; 8.11-12. 

Propósito do livro:

Não existe ordem cronológico dos fatos neste livro. Todo o conteúdo é um conjunto de compilações das profecias de Jeremias para Judá, uma nação à beira da destruição em consequência da idolatria e tantos outros pecados. O profeta condenou as lideranças religiosas e anunciou que ela estava sob condenação divina caso não se arrependesse. Sua mensagem também de esperança era de que a Nova Aliança seria incondicional e que Deus escreveria a sua Lei nos corações humanos, perdoaria e esqueceria os pecados. Tudo isso se cumpriu em Jesus Cristo.

Esboço do livro: 

1.1 - 35.19: As profecias antes da queda de Jerusalém; 

36.1 - 45.5: As provações e o sofrimento de Jeremias;

40.1 - 45.5: As profecias após a queda de Jerusalém;

46.1 - 51.64: As profecias contra as nações estrangeiras;

52.1-34: Apêndice histórico.

Assim como Jeremias, os cristãos são chamados a servir à Nova Aliança, para compartilhar a esperança do Evangelho com aqueles que se encontram espiritualmente perdidos (2 Coríntios 3.6). 

E.A.G.

Compilações: 
O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova);
Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); 
Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); 
A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB);
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB);
Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida);
Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).

OUTONO

Começou hoje: é outono.
Estação do ano que precede o inverno e que no hemisfério norte vai de 22 de setembro a 21 de dezembro e no hemisfério sul vai de 21 de março a 21 de junho.

Figurativamente, é a idade que precede a velhice, diz que o outono da vida é o primeiro período dos idosos. A decadência, o declínio, o ocaso.
Mas a maior característica desta estação está nas árvores. O outono troca as cores verdes das folhagens, faz com que as copas de tornem amarelas. E assim propicia aos amantes da boa fotografia um show de belas imagens.
O outono também é considerado o tempo da colheita. E isto faz lembrar a Festa da Colheita ou Sega, que os hebreus celebravam. Na Bíblia, esta festividade também chamada de Festa do Pentecostes (Êxodo 23.14-17; 34.18-23). Neste período os judeus faziam ações de graça pelo resultado da colheita anual.
A colheita nos lembra de fruto, e o fruto remete-me à Gálatas 5.22-23: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”.
E.A.G.

sexta-feira, 19 de março de 2010

O cristão entre o Príncipe da Paz e os príncipes das potestades dos ares nas regiões celestiais

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" - Isaías 9.6.

O versículo acima é muito recitado pela cristandade nas festividades de Natal, porém, seu significado parece não ser muito compreendido, ou não é levado com seriedade, ou é esquecido por disciplicência pelas coisas santas.

Em Efésios 6.12, nos é revelado que existe um inimigo espiritual de todos nós, ele situa-se escondido nas regiões celestiais e tem um grande principado. Ou seja, para assemelhar-se a Jesus Cristo, Satanás se comporta como príncipe também, e ele trabalha contra toda a paz. E ele também é esquecido. É comum irmãos brigarem contra irmãos, sendo que só temos ele como nosso real opositor.

Caso todos os cristãos ponderassem sobre isso, haveria muito menos contendas entre irmãos.


Seria importante que todos nós levássemos as informações bíblicas com toda seriedade, não é?

E.A.G.

Unção do riso? Eu sorri, mas não era deboche

Marginal Tietê - São Paulo
by Priscila Bezerra Gomes

Não podemos fazer das nossas experiências doutrinas denominacionais.Vou contar algo que aconteceu comigo.

Quando eu ainda era só um jovem solteiro (hoje sou um jovem quarentão muito bem casado), tive o privilégio de ter um pastor que era uma pessoa muito sábia nas Escrituras. Ele aprofundava-se tremendamente na Palavra de Deus, era um alguém que fazia palestras por todo o Brasil e internacionais. Hoje ele está em saudosa memória, chamava-se Valdir Nunes Bícego. Naquela época, eu não tinha noção da importância daquele pastor, mas não queria perder os estudos bíblicos que ele ministrava de jeito nenhum.

Certa vez, este pastor fez um estudo bíblico sobre os anjos, as reuniões aconteciam durante os cultos do meio da semana, durou uns quinze dias. Eu era um garotão começando a trabalhar, e a empresa distava uns quatro quilômetros da igreja. Eu saía do meu emprego, serviço braçal, e ia direto ao templo. Cansado, moído mesmo... E numa dessas idas, numa tarde de verão bem quente, fui caminhando, entregando folhetos de evangelismo aos transeuntes que eu encontrava dentro do trajeto entre a empresa e a congregação. Cheguei na igreja, que não estava cheia, e fiquei lá ouvindo o pastor pregando, eu estava desacompanhado de pessoas conhecidas. Anotava num pequeno caderno o que achava mais importante da preleção. E de repente, como se fosse, ou era mesmo, uma enorme mão passou por dentro de mim e retirou o cansaço que eu sentia. De repente eu estava cheio de vigor, como se tivesse levantado da cama depois de uma noite muito bem dormida. E após isso eu senti uma alegria muito grande no espírito. E passei a glorificar a Deus em línguas estranhas, e ria bastante, sentia muita alegria!

Unção do riso? Não sei... Mas foi muito boa esta experiência com Deus! Ela é sublime, pois torna minha pregação mais do que os meros discursos teóricos. Eu falo de Deus e convivo com Ele também!

Literalmente, vivi Isaías 40.29: "Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor".

E.A.G.

A Bíblia e a história - o que é a Páscoa?

Por Abraão de Almeida

A Páscoa bíblica, ou judaica, foi estabelecida pelo próprio Deus há 35 séculos, e simboliza a renovação da vida, a volta da primavera, a ressurreição de Jesus Cristo. Para os judeus que viveram antes de Cristo, essa festa comemorava a saída do povo de Israel do Egito. Para aqueles israelitas, a Páscoa tinha o sentido de passagem - no caso a passagem do anjo destruidor ou, segundo alguns, também a passagem pelo Mar Vermelho -, e prefigurava a pessoa de Cristo, sacrificado por nós, como nossa Páscoa. 

Passada do judaísmo para certos segmentos do cristianismo, a Páscoa infiltrou-se em diferentes culturas e está presente em quase todo o mundo, até mesmo onde o cristianismo não é conhecido ou em regiões nas quais as religiões pagãs constituem grande maioria. Convém ressaltar que, na sua forma pagã, a Páscoa tem origem na antiga Babilônia, e já existia muitos séculos antes de Cristo.

Instituída para ser celebrada aos 14 dias do mês Abib (ou Nisã, conforme o uso babilônico), a Páscoa passou a tipificar a obra expiatória de Cristo no Calvário, sendo o cordeiro ou o cabrito, sem defeito, cujos ossos não seriam quebrados (Êxodo 12.4, 9, 46). Como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29), Jesus foi crucificado exatamente no dia da Páscoa, 14 de Nisã (o qual, provavelmente, corresponde ao nosso mês de abril), às nove horas da manhã, e expirou às três horas da tarde, quando, no templo, o sacerdote imolava o cordeiro pascal.

A Páscoa bíblica, portanto, consumou-se em Cristo, que instituiu, como um novo memorial, a Sua ceia, na qual o cristão comemora a morte do Senhor até que Ele venha. Não há, no Novo Testamento, nenhum lugar para a Páscoa ou outras festividades mosaicas. Estas foram abolidas na cruz justamente com as outras ordenanças, pois funcionaram tão somente como sombras das coisas futuras, espirituais, pertencentes à dispensação da graça.


A origem do ovo e do coelho 

Estranha ao Novo Testamento, a Páscoa moderna tem símbolos aceitos, em todo o mundo, o ovo e o coelhinho. Com o correr do tempo, muitas festas e tradições surgiram e chegaram até nós, através da cultura de muitos povos e países diferentes.

A palavra easter (Páscoa em inglês), supostamente, tem origem na deusa anglo-saxônica da primavera, Eostre, derivada da Istar babilônica. Outros atribuem sua origem às festividades de Eostur, que celebram a volta da primavera, também uma antiga tradição babilônica. No hemisfério Norte, essa festa corresponde ao princípio da primavera e, por isso, é o dia festejado de acordo com os mais diferentes ritos pagãos. Há muitos séculos povos sírios, troianos e nórdicos reuniam-se nos montes, ao amanhecer, a fim de celebrarem a volta do sol da primavera.

O ovo, significando começo, origem de tudo, abriu caminho para outras tradições. Está presente na mitologia antiga, nas religiões do Oriente, nas tradições populares e numa grande parte da cristandade. Segundo alguns, a tradição dos ovos na comemoração da Páscoa chegou ao Ocidente por meio do antigo Egito e, conforme outros, por intermédio do povos germânicos da região do Báltico.

Na Idade Média, os europeus adotaram o costume chinês de enfeitar os ovos, que eram cozidos e coloridos, e presenteavam os amigos na festa da primavera, como lembrança da contínua renovação da vida. No século 18, a Igreja Católica Romana adotou, oficialmente, o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo e, assim, uma grande quantidade de ovos coloridos começou a ser benzida, antes de ser distribuída aos fiéis.

O coelho, como símbolo da fecundidade, apareceu por volta de 1215, na França, derivando-se também dos mistérios babilônicos. Era uma mistura de mitologia pagã com a simbologia cristã paganizada. A partir de 1928, quando o cacau começou a ser industrializado em larga escala, os enfeitados ovos de galinha foram substituídos pelos de chocolate, continuando, assim, o antigo costume pagão de presentear os amigos com ovos, na Páscoa.

Em 1951, o papa Pio XII introduziu modificações na festa, tentando restituir-lhe o esplendor religioso, transferiu a missa que era celebrada no sábado de aleluia - quando se "malha o judas" - para a meia-noite, na passagem para o domingo.


Cordeiro, a principal figura

Na vigência da Lei, deveriam os israelitas, ao comer o cordeiro pascal, volver os pensamentos aos fatos que culminaram na libertação de seus pais da escravidão egípcia, renovar os votos de felicidade ao Senhor e, também, divisar no porvir os sofrimentos e as glórias do Messias, de quem Moisés escreveu: O Senhor teu Deus te despertará um profeta como eu, do meio de ti, de teus irmãos. A ele ouvireis (Deuteronômio 18.15).

Esse sentido escatológico da Páscoa reflete-se nitidamente na ceia do Senhor, instituída por Jesus na noite em que foi traído, véspera do dia da Sua crucificação (Lucas 22.7-20). Foi aí que o Senhor Jesus deu-Se a conhecer aos Seus discípulos como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29).

Assim, Cristo é o Cordeiro pascal de Deus que foi morto, mas ressurgiu a fim de reconciliar o mundo com o Criador. Nesse sentido, Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós (1 Corintios 5.7). Mas, o dia finalmente chegará em que todos os judeus remanescentes O verão e chorarão arrependidos e chorarão arrependidos com grande pranto, como profetizou Zacarias (Zacarias 12.8-11).

O povo israelita, em geral, se pudesse, continuaria a sacrificar literalmente o cordeiro pascal, pelo fato de ainda estar esperando o Messias - que já veio. No entanto, esse sacrifício não pode ser realizado sem o templo, que foi destruído pelos romanos em 70 d. C. , ao final de uma guerra sangrenta que marcou o início da grande diáspora (dispersão dos judeus pelo mundo).


Libertação e salvação

Podemos ainda definir a Páscoa como figura da libertação e salvação. Fomos libertos do poderoso domínio do "faraó" (o diabo) por Jesus Cristo, e estamos peregrinando rumo à pátria celestial (1 Pedro 1.13-19; 2.11-12). O erro principal da maioria das pessoas reside no fato de viverem de forma mundana sem uma pausa a fim de refletir se essa vida, afinal, não seria mais do que uma passagem - pessah (Isaías 40.5-8; 1 Pedro 1.24).

As águas do Mar Vermelho separaram-se para dar passagem aos israelitas, o que constituiu, por si só, um marco histórico de fé do sofrido povo de Deus (Êxodo 14).

Já na ceia do Senhor, as contingências são outras. O cristão traz à memória o Cristo na cruz, na dupla condição de sacerdote e vítima, a derramar o sangue inocente purificador de todo pecado, e lembra-se das palavras de Jesus que, se alguém possui fé do tamanho do grão de mostarda, esse poderá remover montes (Mateus 17.20). É com essa pequena fé, porém colocada em um Deus grande, que nos convém peregrinar nesse mundo.

E não somente isso, mas relembrando-se do passado, o cristão consagra novamente sua vida no presente e dirige-se ao futuro, antegozando o cumprimento das palavras consoladoras do próprio Jesus: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai (Mateus 22.29).
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Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.

Fonte: Graça - A revista da fé cristã, ano 1, nº 8 (Graça Editorial).

Artigo publicado com o título "O Que é a Páscoa?"