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Arquivo | 14 anos de postagens
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
Através do brilho do sol a cada amanhecer Deus nos diz para não desanimar
sábado, 6 de novembro de 2021
1 Coríntios 10.23: Tudo é permitido - como descobrir o que é conveniente ou não ao crente?
quarta-feira, 26 de maio de 2021
O Ministério de Pastor
º Cajado: vara grossa que servia como apoio ao caminhar (Hebreus 11.21), como cassetete para defender-se (Isaías 36.6; Hebreus 11.21) e cuja ponta era curvada em semicírculo para pegar o animal pela pata (Salmo 23.2; Miqueias 7.14). No Novo Testamento, o termo "vara" se refere à autoridade de Cristo (Apocalipse 19.15) e dos salvos, a vara aos crentes se assemelha ao uso da espada do Espírito (Apocalipse 2.27; Efésios 6.16).º Funda: uma arma feita com tira estreita de couro, alargada no meio, usada para atirar pedras contra os lobos e outros predadores, girando-a sobre a cabeça e soltando uma das pontas no momento propício ao lançamento da pedra na direção pretendida (Juízes 20.16; 1 Samuel 17.40-50).
a. Dirigir, presidir e administrar o rebanho do Senhor. Sem isso as ovelhas se desviarão.b. Doutrinar. Para isso, o pastor precisa ser um estudante dedicado da Palavra de Deus, especialmente no que concerne à Teologia Sistemática.c. Proteger. Se o pastor não fizer esta parte, muitas ovelhas cairão vítimas de todo tipo de males.d. Tratar das ovelhas. Muitas caem doentes espiritualmente.e. Alimentar as ovelhas. A ovelha faminta segue qualquer outra liderança, além de outros males que lhe atingem.f. Visitar. Exercício direto ou através de comissões.g. Disciplinar. O termo disciplina envolve o sentido de instrução, admoestação, correção, e não o castigo e punição.
quarta-feira, 19 de maio de 2021
O Ministério de Evangelista
Segundo o Pastor Valdir Nunes Bícego, de saudosa memória, a missão mais sublime que o Senhor reservou para a Igreja aqui na terra é evangelizar o mundo. E assim sendo, não apenas o cristão que possui a credencial eclesiástica, todo crente precisa ver-se no espelho como um evangelista e habitualmente proceder como ganhador de almas, estar a todo momento preparado para apresentar Jesus Cristo ao pecador, ser em todo tempo cuidadoso com o novo quem é recém-convertido e estar sempre pronto ao momento propício de conduzi-lo ao tanque batismal.
O bom evangelista prepara almas para uma vida de serviço, bem como colabora à edificação do Corpo de Cristo (Efésios 2.20-22) É eficaz ao lidar com as almas que estão presas por doutrinas alheias à Palavra de Deus. Ele dialoga sobre o plano da salvação com testemunhas-de-jeová, mórmons, espíritas; gentes ligadas aos movimentos criados por Confúcio, Maomé, Buda; e inclusive atinge os judeus. Seu preparo e ação evangelística ocorrem tendo como base a oração e aplicação de estudos bíblicos. Desta maneira ele é por excelência um arrebatador das almas que estão aprisionadas aos engodos espalhados pela serpente que enganou o primeiro casal no Éden.
JESUS - O MAIOR EVANGELISTA
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados, a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus, a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.
É significante que este texto use a linguagem da unção, da qual procede o nome Messias (ungido). Jesus identificou-se como a pessoa referida nesta passagem, quando proferiu seu primeiro sermão na sinagoga de sua cidade natal. Ao ler os versículos, disse que estava sendo cumprida a declaração contida no texto, para espanto de todos que o ouviram e o conheciam apenas como o filho de José, carpinteiro residente na Galileia (Lucas 4.16-30).
A OBRA DE UM EVANGELISTA
"Mas você seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições, faça o trabalho de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério" - 2 Timóteo 4.5.
Paulo exorta Timóteo a ser um bom evangelista, o que implica em reagir corretamente quando chegasse o momento em que os ouvintes da Palavra de Deus sentissem comichão nos ouvidos e buscassem para si pregadores dispostos a falar apenas o que eles quisessem ouvir. Está claro que o apóstolo não se referia apenas ao tempo em que Timóteo cumpriu seu ministério evangelístico, a exortação é válida para todos os tempos em que a Igreja estiver aqui na terra.
O trabalho do bom evangelista é caracterizado pela pregação da sã doutrina. A sã doutrina é a verdade eterna e imutável acerca do amor de Deus, manifestado através do sacrifício vicário de Jesus na cruz, em substituição à punição que todos os pecadores deveriam receber.
No cenário religioso há duas espécies de pregadores, aquele que prega a verdade e o que prega a mentira. Vejamos:
Os pregadores charlatães trapaceiam e enganam para vender as suas ideias, atingir objetivos pessoais. Modificam a sua mensagem conforme a conveniência do momento, adaptando-a ao que o seu público aprecia ou não aprecia. Os charlatães pregam tendo em vista conquistar o poder e alcançar o lucro financeiro e posição social privilegiada. Paulo considerava os pregadores de Éfeso como charlatães.
Os pregadores comerciantes são vendedores de ideias religiosas. São peritos em despertar o interesse de seus ouvintes por seus conceitos, opiniões e planejamentos, seja de algo concreto ou abstrato. São capazes de realizar estratégias que beiram à manipulação das massas. Sabem comunicar-se bem, estão sempre prontos a fazer ajustes em seus discursos para vender melhor. Eles são motivados pelo interesse próprio, às vezes há o interesse real em servir ao seu público, porém, só serão pregadores da verdade, evangelistas de fato, verdadeiros servos de Deus, quando tiverem um encontro genuíno com Cristo.
Os evangelistas são pregadores contextualizadores. Ao pregarem o Evangelho, produzem bons resultados ao Reino de Deus. São aqueles crentes, que possuindo ou não o título eclesiástico, possuem o desejo ardente de atingir o nível de comunicação perfeita, para que as almas possam entender tudo o que dizem, preservando a integridade da mensagem evangelística. Esforçam-se ao máximo para superar barreiras que regem relações humanas, no seu conjunto e na sua generalidade, são atentos à descrição sistemática e à análise de determinados comportamentos sociais, para que o maior número possível de almas conheçam a Cristo como Senhor e Salvador. Estão sempre preocupados com os seus ouvintes e não com o lucro que a atividade, eventualmente, possa gerar.
FILIPE, O EVANGELISTA
"No dia seguinte, partimos e fomos para Cesareia. E, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Filipe tinha quatro filhas solteiras, que profetizavam" - Atos 21.8, 9.
Filipe, o evangelista, era assim chamado para ser diferenciado de seu homônimo apóstolo. Não esteve no grupo dos doze que andaram com Jesus, mas junto aos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos para servir na Igreja de Jerusalém. Juntamente com Estevão, socorria as viúvas de origem grega que haviam se convertido e padeciam pela falta de alimentos e produtos básicos à vida em dignidade (Atos 6.3). Fixou residência em Cesareia com suas filhas jovens e solteiras. Sendo crente cheio do Espírito e de sabedoria e ter boa reputação, houve conversão dentro de sua casa, pois suas quatro filhas são descritas por Lucas como quatro servas do Senhor que profetizavam.
Profetizar era uma prática generalizada na igreja primitiva. As filhas do evangelista e diácono Filipe, não identificadas por seus nomes, receberam a honrosa descrição de serem pessoas portadoras da capacidade espiritual de comunicadoras de mensagens proféticas.
O perfil de Filipe é lembrado por Paulo ao delinear em 1 Timóteo 3.8-13 as qualificações que habilitam o cristão ao serviço do diaconato: "Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também estes devem ser primeiramente experimentados; e, caso se mostrem irrepreensíveis, que exerçam o diaconato. Do mesmo modo, quanto a mulheres, é necessário que elas sejam respeitáveis, não maldizentes, moderadas e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem os seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo Jesus."
ENVIADO PARA EVANGELIZAR
"Afinal, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com sabedoria de palavra, para que não se anule a cruz de Cristo" - 1 Coríntios 1.17.
Quando Jesus ordenou aos primeiros discípulos fazer novos discípulos, endereçou a ordenança para nós também. Na tarefa de evangelização, precisamos nos submeter à autoridade de Cristo sobre a importante questão do batismo em águas (Mateus 28.18,19). Batizar significa "mergulhar", "imergir", "lavar"; é estar envolto, coberto. A imersão é uma questão de fórum íntimo, é o sinal ou símbolo exterior do nosso comprometimento com Cristo (1 Coríntios 12.13; 1 Pedro 3.21).
No texto capitulado em 1 Coríntios 1.17, Paulo não escreveu contra o batismo em águas, pois ele mesmo batizou Crispo e Gaio (Atos 18.8; 1 Coríntios 1.14,16). É muito provável que seu objetivo era não provocar o aumento numérico de uma facção em torno de seu nome (1 Coríntios 3.4,5); ou, talvez, tenha se colocado contra o ensino equivocado que apregoava ser o ato de batizar-se, por si só, a garantia de estar salvo, não ser preciso viver em santidade após o batismo.
À semelhança dos israelitas, batizados na nuvem e no mar (1 Coríntios 10.12), não temos garantia de salvação simplesmente pelo fato de ser batizado. Por causa da rebeldia dos israelitas, da multidão que livrou-se da escravidão egípcia, Deus determinou que das pessoas de vinte anos para cima, apenas Josué e Calebe teriam permissão para viverem na terra prometida (Números 32.11,12).
O PRÊMIO DO EVANGELISTA
"Nesse caso, qual é a minha recompensa? É que, anunciando o evangelho, eu o apresente de graça, para não me valer do direito que ele me dá" - 1 Coríntios 9.18.
Apesar de Paulo, como cristão, compreender perfeitamente que estava comissionado por Cristo a viver pregando o Evangelho, esta obrigação era prazerosa para ele (Romanos 1.1). Entre os cristãos das comunidades que havia fundado, ele sabia do seu direito de apóstolo. Qual? "Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Coríntios 9.15).
Sentia-se tão feliz em sua missão evangelística que era capaz de abrir mão ao seu direito a compensação, e trabalhar voluntariamente. Para evitar críticas, não quis usar do seu direito, para não haver quem pensasse que estaria abusando dos irmãos de fé, preferiu evitar a mais leve aparência de abuso de autoridade e sacrificou-se por amor a Cristo.
O estilo de vida do cristão expõe uma tensão entre duas verdades iguais e ao mesmo tempo contrastantes. Pela fé, os crentes já alcançaram o prêmio de Deus, que é a salvação, mas neste mundo ninguém ainda pode experimentar a plenitude do amor e bondade divinas. Para conquistar o prêmio em sua plenitude, Paulo nos aconselha a caminharmos de acordo com o que já alcançamos, olhando para o Autor e Consumador da nossa fé. Portanto, vivamos gratos com o que Deus nos dá em nossa vivência terrena, seja algo da esfera material ou espiritual, em concordância com os nove aspectos existentes no fruto do Espírito. Prossigamos fiéis ao Senhor até o momento de recebermos a recompensa incorruptível quando chegarmos no Céu (Filipenses 3.13-16; Gálatas 5.19-23).
EVANGELISTA APREGOA A LIBERTAÇÃO DO MAL
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor.” - Lucas 4.18, 19.
Lucas apresenta Jesus como o Grande Médico (5.31-32; 15.4-7,31-32; 19.10). Em sua narrativa, mostra em detalhes a interação de Jesus com os publicanos, as mulheres, as crianças, os gentios e os samaritanos, demonstrando seu ministério singular aos marginalizados da sociedade. Lucas também descreve Jesus como o Filho do homem, enfatizando sua oferta de salvação para o mundo. Ele identifica lugares que seriam familiares a qualquer judeu (por exemplo: 4.31; 23.51; 24.13), sugerindo que o seu público ia além daqueles que já possuíam conhecimento geográfico na região em que Jesus cumpriu seu ministério. Ele normalmente prefere a terminologia grega aos hebraísmos (por exemplo: “lugar chamado Caveira” em vez de “Gólgota” em 23.33). Ocasionalmente, todos os outros Evangelhos usam termos semitas como “Aba” (Marcos 14.36), “rabi” (Mateus 23.7-8; João 1.38,49) e “Hosana” (Mateus 21:9; Marcos 11.9-10; João 12.13), mas Lucas ou os omite ou prefere seus equivalentes gregos.
Por que Lucas optou por este caminho mais detalhista em sua redação? Lucas escreveu a Teófilo, provavelmente um gentio que acabara de se converter ou alguém que procurava aprender acerca de Jesus. Teófilo significa "amigo de Deus", o que leva alguns a pensar que o livro foi escrito a todas as pessoas que amam a Deus. Lucas esperava que Teófilo e todos os outros leitores aprendessem que o amor de Deus ultrapassa os judeus e alcança o mundo inteiro. Assim sendo, o leitor de Lucas acha relatos mais pormenorizados do que os encontrados em Mateus e Marcos, mais histórias sobre o nascimento de Jesus, registros que demonstram o interesse de Jesus pelo mundo não-judeu e pelos pobres, há uma perspectiva que João não se encontra nos escritos de João.
Com o estilo de Lucas, aprende-se que cabe ao bom evangelista trabalhar com afinco na mensagem que irá entregar às almas. Ao orador ou escritor cristão, ao apregoar a libertação do mal, pesa a responsabilidade de se fazer perfeitamente entendido por quem o lê ou ouve.
Lucas mostrou que o Espírito do Senhor esteve sobre Jesus por toda a Galileia. Como o Messias (ungido) foi o legítimo rei de Israel, sua unção era de profeta e evangelista, e então alimentou os pobres ao multiplicar os pães, anunciou a liberdade aos cativos pelo pecado, libertou os oprimidos por possessões malignas.
Quando Jesus leu Isaías 61, reivindicou para si a identidade do tão aguardado Messias. Ao ler o texto, interrompeu sua leitura no meio do versículo 2 e assentou-se. Na liturgia judaica, a postura para ler as Escrituras era sentado e aos que a ouviam em pé. Ele parou na frase "o ano aceitável ao Senhor", porque a sua pregação anunciava que o tempo da graça de Deus havia chegado aos seres humanos por meio do seu ministério. Deixou de ler "e o dia da vingança do nosso Deus", porque isso se refere à sua segunda vinda e ao seu juízo contra todas as pessoas que escolhem o amor ao mundo e os prazeres carnais, ao invés de viverem em reciprocidade ao amor de Deus (Apocalipse 19.11-21).
Vivenciar o ano aceitável do Senhor ou deparar-se com o dia da vingança de Deus são situações que dependem da pessoa querer ser alguém reverente ao Senhor ou não.
CONCLUSÃO
Enfim, através do anúncio das Boas Novas de salvação, vidas são alcançadas e levadas aos pés do Salvador. O exercício do ministério de evangelista pode ter como consequência a perseguição contra nós, porém, também, traz ao nosso coração a alegria de saber que o nosso nome está escrito no Livro da Vida.
Ao atender ao chamado de Cristo e ser integrante do grupo de cristãos que realizam a Grande Comissão, e fazer dessa atividade uma prática diária, nos faz semelhantes a Jesus. Consequentemente nos leva a destruir velhos hábitos inconvenientes e que não promovem edificação espiritual. Queira ser um evangelista melhor a cada dia. Viver neste mundo conforme Cristo manda, precede a glória que partilharemos com Ele no porvir (Romanos 8.17).
Compilação:
Bíblia de Estudo Holman, 1ª edição 2018, Rio de Janeiro - RJ, Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Bíblia Missionária de Estudo. Edição 2014. Barueri - SP. Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).
Bíblia de Estudo Vida. Edição 1998, Liberdade. São Paulo - SP. Editora Vida.
Evangelismo Pessoal, Valdir Nunes Bícego, 2ª tiragem 1981, Rio de Janeiro - RJ, Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
domingo, 2 de maio de 2021
O Ministério de Apóstolo
Esta postagem tem o propósito de apresentar subsídio trazendo comentário aos textos bíblicos apresentados no box Leitura Diária, da lição número 6, incorporada na revista Lições Bíblicas: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário, cujo comentarista ao segundo trimestre de 2021 é o Pastor Elinaldo Renovato.
Para obter outro subsídio, na forma que acostumamos entregar, sugerimos que acessem neste blog a abordagem que fizemos no passado,, com muito carinho, quando a CPAD fez uma abordagem anterior deste tema. Confiram: O ministério de apóstolo.
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Jesus, o apóstolo por excelência.
"Por isso, santos irmãos, vocês que são participantes da vocação celestial, considerem atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus" - Hebreus 3.1.
Nesta passagem, Jesus é descrito como apóstolo e sumo-sacerdote da nossa confissão. No idioma grego, o termo especifica a função de embaixador, mensageiro, enviado extraordinário, pessoa que representa aquela que a enviou. Entretanto, a palavra que Jesus usou era aramaica (shaliah), alguém que recebeu a comissão e a autoridade explícitas daquele que o enviou, mas sem a capacidade de transferir seus atributos para outro.
Ao abrir o dicionário Michaellis da Língua Portuguesa e ler o verbete "vocação", Contida em Hebreus 3.1, encontramos três definições altamente significativas. São: tendência, inclinação e disposição natural do espírito. Com tal característica é preciso observar atentamente o ministério terreno do Filho de Deus. O Evangelho que Jesus anunciava era acompanhado do milagres, maravilhas e coisas extraordinárias. O cristão deve estar aberto ao mover milagroso que o Espírito concede através dos dons. A pregação do crente não deve estar estruturada somente em declarações teológicas bem embasadas biblicamente. É necessário ir além dos argumentos intelectuais e usar os dons à operação de milagres como experiência cristã habitual.
Sinais do apostolado.
"Pois as minhas credenciais de apóstolo foram apresentadas no meio de vocês, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas" - 2 Coríntios 12.12.
O contexto imediato de 2 Coríntios 12.12. são os versículos 1 ao 11, em que Paulo revela a experiência singular de ser "arrebatado até o terceiro Céu". Embora não tenha esclarecido o nome da pessoa mencionada no versículo 2, está óbvio com base no versículo 7 que falava de si próprio. É possível que tenha mencionado o fato porque os coríntios se vangloriavam de não haver falta de nenhum dom na igreja da qual faziam parte, seu objetivo foi demonstrar-lhes que possuía uma experiência espiritual muito superior a qualquer coisa que eles haviam conhecido. Paulo fez isso sem esquecer a modéstia, ao usar a terceira pessoa demonstrou ser humilde. Seu comportamento é um exemplo a ser seguido por nós.
Deus confirmou o ministério de Paulo com sinais, maravilhas e milagres. A circunstância sobrenatural é parte essencial do ministério. Apesar disso a fé cristã não deve se apoiar somente nisso, mas em Cristo, pois a vida cristã é vivida por meio da fé em Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Em 1 Coríntios 12.28 a Bíblia declara: "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. O ministério apostólico espiritualmente sadio possui esses dois aspectos em sincronia perfeita: ensino bíblico (Atos 2.42; 4.33) e operações dos dons espirituais (Mateus 10.1; Atos 5.12).
A doutrina dos apóstolos.
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" - Atos 2.42,43.
Após receber os dons e autoridade do Espírito Santo, Pedro se levantou disposto a entregar a mensagem da parte de Deus à comunidade judaica e pessoas de outras nações que estavam presentes no dia do Pentecostes (Atos 2.9-11). No primeiro dia, três mil pessoas foram salvas e se juntaram à Igreja e muitos milagres eram realizados por meio do ministério dos apóstolos.
A Igreja do livro de Atos vivia em um ambiente sobrenatural, mas também pairava sobre os crentes o temor a Deus. Ele liam as Escrituras e viviam em comunhão. A doutrina (didachê) dos apóstolos se consistia em fielmente em transmitir os preceitos de Cristo, jamais conceitos próprios. O significado bíblico de perseverança tem a ver com ser constantemente diligente, dedicar-se, acompanhar de perto, servir continuamente e ser assíduo. O vocábulo "comunhão" é "koinonia" e significa muito mais do que a amizade, é o amor cristão expressado por ações fraternais como compartilhamento, participação, companheirismo. Trata-se de uma unidade criada e composta pelo Espírito Santo no círculo cristão.
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo.
"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança" - 2 Timóteo 1.1.
Quando Paulo escreveu a segunda carta a Timóteo, ele estava preso e consciente que a sua morte estava perto. Assim sendo, ele deu algumas palavras de encorajamento, instrução e exortação a Timóteo. Ele queria que Timóteo permanecesse fiel à pregação do Evangelho, apesar das perseguições, abandonos e privações que passaria. O conselho de Paulo desceu ao coração do jovem discípulo, pois a história relata que Timóteo continuou firme em seu ministério por cerca de trinta anos, até ser apedrejado por ser um pastor cristão.
Deus é o Criador do universo e a sua lei é absoluta e imutável. Paulo e Timóteo não quiseram interpretá-la fora de contexto para que se encaixasse no modelo de crenças e práticas da geração em que viveram. Em todos os tempos, a sociedade promoveu práticas que são contrárias às leis morais do Senhor. O cristão autêntico não se esquece que possui um ministério e que ministério significa serviço. O crente fiel é servo da Palavra de Deus. Como servo, divulga a Palavra corajosamente, exatamente como ela é, em todas as oportunidades que surgem.
Apóstolo, uma missão sacrificial.
"Porque me parece que Deus pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte. Porque nos tornamos espetáculo para o mundo, tanto para os anjos como para os seres humanos" - Coríntios 4.9.
De acordo com a Bíblia Sagrada, ninguém conhece tão bem a mente humana, seus anseios, suas angustias como o Senhor Jesus Cristo, que disse: "Eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês segundo as suas obras". Nos dias atuais encontramos líderes que se intitulam apóstolos, porém, textos bíblicos, como Atos 15.4, 6, 22-23, mostram que presbíteros, ou pastores e bispos, não tiveram a ousadia de se autointitular como apóstolos e nem consagraram outros ao apostolado. Em suas cartas, Paulo se referiu a ele e aos doze escolhidos por Jesus como apóstolos, apenas fez menção a Andrônico e Junia nesta mesma qualificação (Romanos 16.7).
1 Coríntios 4.9 pode ser melhor entendido quando examinado em seu contexto (versículos 4.7), quando Paulo usa a expressão "eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento", indicando que estava resolvendo as divisões da congregação com Apolo (1 Coríntios 1.10-13). Este relacionamento de líderes tinha o propósito de ser um exemplo para que os crentes coríntios seguissem na solução de suas divisões. Paulo usou a humildade como um exemplo, não permitiu que o colocassem em evidência maior do que a que Deus lhe deu, ciente que todos são servos do Senhor e não de si mesmos (Romanos 12.3, 16).
Os doze apóstolos de Jesus.
"Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor" - Lucas 6.12-16.
Duas prerrogativas são fundamentais para a qualificação do apóstolo: possuir conhecimento íntimo da vida terrena de Jesus e ser testemunha ocular de sua ressurreição. Paulo conquistou sua nomenclatura de apóstolo ao ser chamado diretamente pelo Cristo ressurreto (1 Coríntios 15.9).
Os doze apóstolo escolhidos por Cristo terão uma posição de destaque e honra no Céu, por terem sido os primeiros desbravadores do Evangelho de Cristo. Em Mateus 19.28, Jesus prometeu que os doze apóstolos que o seguiram fielmente, se assentariam ao lado dele em doze tronos para julgarem as doze tribos de Israel. E em Apocalipse 21.14, está escrito: "E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro".
Conclusão
A maturidade cristã é resultado do conhecimento aprofundado da Bíblia Sagrada, contribui para o desenvolvimento espiritual, integridade e responsabilidade do crente. Leva-o a aceitar que a autoridade apostólica dos primeiros apóstolos trouxe aos cristãos do século 21 as Escrituras Sagradas, encerrada em 66 livros.
Esta autoridade não é transferível aos apóstolos da atualidade. Os apóstolos da nossa geração são missionários e evangelizadores que fazem uso da doutrina apresentada nas Escrituras Sagradas, para estabelecer igrejas em diversos lugares, não dão vazão ao medo, arriscam suas vidas em lugares anticristãos para que o nome do Senhor seja anunciado e almas se curvem aos pés de Cristo.
Compilações:
Bíblia de Estudo Palavras Chave Hebraico e Grego. Rio de Janeiro - RJ, edição 2011.
Bíblia de Estudo Plenitude para Jovens. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. Impressão 2018.
Bíblia do Pregador Pentecostal. Comentários: Erivaldo de Jesus Pinheiro. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. Impressão 2016.
Dons Espirituais. Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Elinaldo Renovato. Rio de Janeiro - RJ, edição 2011. 8ª impressão 2021.
segunda-feira, 5 de abril de 2021
EBD Lição 2: O propósito dos dons espirituais
• Efésios 4.11: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres".
• Romanos 12.6-8: "Temos, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, seja segundo a proporção da fé; se é ministério, dediquemo-nos ao ministério; o que ensina dedique-se ao ensino; o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com generosidade; o que preside, com zelo; quem exerce misericórdia, com alegria. Romanos 12.6-8.• 1 Coríntios 12.7-10: "A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento. A um é dada, no mesmo Espírito, a fé; a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos. A um é dada a variedade de línguas e a outro, capacidade para interpretá-las."
sábado, 27 de março de 2021
Dons Espirituais e Ministeriais - servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
1 Corintios 10.13 - Aquele que está em pé cuide para não cair
Não há pecado que possa proporcionar melhor sensação que está: estar bem com Deus!
E.A.G.
Fonte: Mensagem da Cruz, número 113, maio a junho de 1997. página 13.Venda Nova - MG (Editora Betânia).
quarta-feira, 27 de março de 2019
domingo, 10 de março de 2019
A diferença do cristianismo e as seitas
Por David Fairchild
Se você fizer uma pesquisa superficial no Google, formulando a pergunta "o que é ser cristão?", talvez encontrará a seguinte resposta: Cristão é todo o indivíduo que adere ao cristianismo, uma religião monoteísta abraâmica centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, e que foi profetizada na Bíblia hebraica (Antigo Testamento).
Enfim, saiba que em Atos 11.26 está o relato de que em Antioquia os discípulos de Cristo foram chamados pela primeira vez cristãos; e que em 1 Pedro 4.16, o apóstolo escreveu que toda pessoa que sofrer por causa da sua escolha em ser cristã, não deve se envergonhar disso.