Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

Mostrando postagens com marcador Árvores da Bíblia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Árvores da Bíblia. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de março de 2022

Juízes 9.7-21 - A parábola de Jotão e a política na igreja

O sistema político é todo viciado no Brasil e a metodologia está totalmente corrompida? Rui Barbosa disse no início do século passado que "chegaria o tempo em que os homens de bem, devido a pujança da corrupção estabelecida no caráter da maioria das pessoas, teriam vergonha de serem honestos." Esse tempo chegou?

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Cantares de Salomão 2.1 - A Rosa de Sarom citada na Bíblia não é referência a Jesus Cristo

Na Biologia, a planta que produz a Rosa de Sarom é identificada como Circus Hibiscus. Também é conhecida como arbusto Althea, é nativa do leste asiático. Especialistas em botânica afirmam que após o plantio, desenvolve-se sem requerer grandes cuidados, pois a espécie prospera de modo quase independente. Para mantê-la de maneira ornamental e agregar valor paisagístico admirável, basta ao cultivador fazer podas periódicas bimestrais. 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Jesus e a figueira infrutífera


Por Eliseu Antonio Gomes

Jesus disse: "Vocês não podem dar fruto se não permanecerem em mim" (João 15.4c).

A figueira é uma árvore muito comum na paisagem de Israel até dos dias atuais. Está adaptada perfeitamente ao clima do Oriente Médio, é muito resistente às condições de calor e frio, resiste aos períodos prolongados de faltas de chuvas. Desde os primórdios da história israelense é possível encontrar sete espécies de figueiras, os figos mais cultivados são o figo cipriota, o figo roxo e o figo branco. É dito que da figueira "emana leite e mel", pois seus frutos comestíveis são muito doces e atraem tanto os seres humanos quanto vários pássaros e outros animais.

Sobre a necessidade que todo servo de Deus tem de frutescer, Jesus apresentou a seguinte mensagem alegórica:
"E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; e disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque. e, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar."

 Lucas 13.6-9.
E no Evangelho escrito por Marcos, no capítulo 11 e versículos 12 ao 14, e 19 ao 24, encontramos o relato sobre o momento em que Jesus teve fome, viu ao longe uma figueira, aproximou-se dela em busca de algo para comer e percebeu que ela não frutescia. Então, amaldiçoou-a e ela secou-se completamente. 

Não era o tempo de apresentar figos. Por que Jesus amaldiçoou a figueira, se está dito que não era a época dela frutificar? O leitor da Bíblia que não se aprofunda em seus estudos, não encontra a resposta para esta reação.

Precisamos nos atentar ao fato peculiar que antes dos figos, a copa dessas árvores se constituem de ramificações de muitos galhos carregados de folhas verdes, junto com as folhagens nascem nódulos comestíveis, que são uma espécie de precursores dos figos. A presença desses nódulos demonstra que a produção será abundante. 

Quando Jesus procurou esta figueira, provavelmente quis alimentar-se desses nódulos, não os encontrou e constatou que não haveria frutificação naquele ano. Aquela figueira, por apresentar uma bela folhagem, só tinha a oferecer uma falsa aparência, que gerava expectativa frustrante. De maneira simbólica, a figueira é comparada ao povo de Israel. A nação apresentava ser muito religiosa, havia "bela folhagem verdejante" no cotidiano do cidadão israelita e pouco ou nenhum fruto correspondente ao aspecto viçoso.

O episódio serve de exemplo aos cristãos. A advertência aos israelitas provoca uma reflexão sobre a necessidade de agir de acordo com o nosso discurso, não construir uma imagem ilusória sobre quem somos. A produção abundante de frutos glorifica ao Criador e demonstra que realmente somos seguidores de Cristo.

Deus não se impressiona com aparências, Ele quer encontrar frutos maduros, espera de nós a coerência entre a fé cristã e a vida social. De nada adianta impressionar quem nos vê apresentando "folhagens bonitas". É necessário manter a conduta de cristão em todo tempo. Em casa, no trânsito, no trabalho, na escola, a sós, nas redes sociais e na igreja. 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Aprendei a parábola da figueira

Salônica, a Tessalônica na Bíblia, e as figueiras da Grécia moderna.

Por Josias Pereira de Almeida

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão" - Marcos 13.28.

Quando Jesus saiu do Templo seus discípulos se aproximaram dEle para lhe mostrar os detalhes da construção religiosa. De súbito Jesus os surpreendeu com a seguinte afirmação:

"Vocês estão vendo tudo isso? Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derribadas".

Ao chegarem ao Monte das Oliveiras, de frente para o Templo, Pedro, Tiago e André lhe perguntaram em particular:

"Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?

Jesus respondeu-lhes, falou sobre:
• guerras, grandes terremotos, tsunamis na terra (Lucas 21.25);
• as nações em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar e das ondas
• homens desmaiando de terror (21.26);
• corrupção, violência, "assim como foi nos dias de Noé... também será na vinda do filho do homem" (Mateus 24.37; Gênesis 6.11; 12, 13).

Jesus apontou para a Parábola da Figueira como o principal sinal do fim dos tempos. Sabemos que a figueira é o símbolo da nação de Israel (Jeremias 8.13; Joel 1.7), portanto, devemos ficar atentos a tudo que acontece com Israel e a cidade de Jerusalém.

Veja o que Jesus disse sobre o assunto:

"Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a devastação estará próxima (...) Haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios até que o tempo deles se cumpram" - Lucas 21.20; 23b; 24 (NVI).

Vamos discorrer um pouco pela história para entendermos melhor esta profecia:

A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C., pois o governo romano tornara-se opressivo após a morte de Herodes. Durante alguns anos, Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira, até que em 70 d.C. as legiões romanas, comandadas por Tito, dominaram a cidade e destruíram o Templo. Aqui, cumpre-se a profecia de Jesus sobre a diáspora judaica, registrada em Lucas 21.20 a 24.

Nos anos 132-135 d.C., a independência judaica foi restaurada por breve período, durante a revolta de Bar-Kochba, porém os romanos triunfaram novamente. Os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade foi mudado para Élia Capitolina (transformada em colônia de cidadãos romanos) e Roma a reconstruiu, dando-lhe as feições de uma cidade romana.

Os exércitos muçulmanos invadiram o país no ano 634, quatro anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Durante o reinado de Abdul Malik, que em 691 construiu o Domo da Rocha, conhecido como Mesquita de Omar, Jerusalém resistiu ao califado por rápido período. Após um século de domínio islâmico, sob a dinastia omídia de Damasco, em 750, Jerusalém passou a ser governada pela dinastia do Califado Abássidas de Bagdá, que havia destronado o califado de Damasco. Nesta época começou o declínio da cidade.

Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099, massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a Capital do Reino Cruzado. Os cruzados dominaram até 1187, quando a cidade foi tomada por Saladino, o curdo. Os mamelucos - aristocracia feudal militar egpícia - governaram a partir de 1250. Os turcos otomanos, cujo domínio prolongou-se por quatro séculos, subjugaram a cidade em 1517.

Durante os séculos XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de degradação. Nesta fase histórica, compreendemos que houve o cumprimento da profecia de Ezequiel (37.11). "Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados".

Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX. O crescente número de judeus retornando de diversas nações à sua cidade ancestral, a decaída do Império Otomano, o interesse dos europeus por Jerusalém foram fatores determinantes para o reflorescimento da Terra Santa. Nesta altura, entendemos que ocorreu o cumprimento de Ezequiel 37.7: "Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso."

Edmund Henry Hynman Allenby, general britânico, durante a primeira guerra mundial, conduzindo as Forças Expedicionárias do Egito, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948 Jerusalém foi à sede administrativa das autoridades britânicas no território israelense.

Ao findar o mandato britânico em 14 de maio de 1948, e de acordo com a resolução da ONU, de 29 de novembro de 1947, Israel proclamou sua independência, e Jerusalém tornou-se a capital de Israel. Neste momento histórico, percebemos o cumprimento profético de Isaías 66.8: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos."

Assim, compreendamos que é chegado o momento de santificação maior, pois a figueira está florescendo, produz frutos, as vinhas espalham sua fragrância (Cantares de Salomão 2.13).

Fonte: Semeador, ano 2, número 19, setembro de 2006, coluna doutrinária, página 9 (jornal informativo da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - SP).
O autor é co-presidente da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - São Paulo. | Conteúdo adaptado ao blog Belverede.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Salmos 1


Felizes são aqueles
que não se deixam levar
pelos conselhos dos maus,
que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus
e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!

Pelo contrário,
o prazer deles está na lei do SENHOR, 
e nessa lei eles meditam dia e noite.

Essas pessoas são como árvores que crescem na beira de um riacho;
elas dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham.
Assim também tudo o que essas pessoas fazem dá certo.

Salmos 1, versículos 1 ao 6.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).

A felicidade é o plano de Deus para você
Bem-aventurados os pobres de espírito
Davi, Asafe e Agur: reflexões sobre a prosperidade bíblica
O cuidado ao falar e a religião pura
Saiba como estudar a Bíblia para a sua edificação
Salmos, o livro de louvores e oração
Três situações comuns a considerar em relacionamentos sociais dos cristãos neste mundo

E.A.G.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sabedoria divina para a tomada de decisões

A crise familiar no reino de Davi, a busca de Sabedoria que Salomão desejou para reinar, e o uso desta sabedoria adquirida em favor do povo e para a construção do Templo, nos dá uma excelente lição à vida cristã em família e na igreja. Por meio desta história, sabemos que Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas. Uma das definições da pessoa sábia: "O sábio não é aquele que sabe mais do que os outros; é aquele que descobre em Deus a fonte da sabedoria" - Pastor Elienai Cabral; - Pastor Elienai Cabral. Livro: O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; página 148 (CPAD).
Por Eliseu Antonio Gomes 

Introdução

Deus é a fonte de todo conhecimento e sabedoria. Deus deseja nos dar sabedoria para vivermos de modo que seu nome seja glorificado em nossas vidas. 

I. Crise familiar no reino davídico.

1. A velhice de Davi (1 Reis 1.1-4).

Davi obteve grandes sucessos como guerreiro de grandes batalhas e de ter expandido as fronteiras da nação israelita, mas não soube administrar bem sua família. Ao chegar à velhice, o seu reinado estava sem o governo pessoal, motivando a luta pelo trono.

Já muito idoso, Davi recebe os cuidados de Abisague, jovem sulamita.

Davi reinou por 40 anos e realizou um reinado de grandes conquistas para Israel (1025-985 a.C.). Ao chegar aos 70 anos de idade ficou enfermo. A enfermidade criou algumas crises no seu reino, com familiares e com homens da corte. No declínio momentâneo da realeza, o rei foi alvo de traição, mentira e ambição. Em meio ao estado frágil, foi informado de acontecimentos desagradáveis que estavam produzindo insegurança no trono de Israel. Então ele entendeu que era chegado o momento da sucessão, e resolveu indicar o próximo rei de Israel. Perto do dia de morrer, consagrou Salomão como seu sucessor ao trono.

É importante ter em mente que há a hora de encerrar uma carreira, o final é tão importante quanto o começo dela.

2. Bate-seba: a atitude de uma mãe em meio à crise.

Bate-seba, uma linda mulher, era filha de Eliã, viúva de Urias, um heteu, que havia se convertido ao Deus de Israel. Tanto o seu pai como o seu falecido marido, eram destacados no exército de Davi (2 Samuel 23.34, 39); Aitofel, o seu avô, era o famoso conselheiro do rei (2 Samuel 15.12, 31). Mas, Bate-Seba é mais lembrada pelos leitores da Bíblia pelo seu início de relacionamento com Davi, num encontro adúltero com o monarca (2 Samuel 11 e 12.1-25).

Bate-Seba trabalhou junto com Natã nos momentos que cercaram a morte do rei, seu então esposo Davi e pai de seu filho Salomão, para assegurar que a vontade de Davi, em ter Salomão como seu sucessor, fosse bem sucedida. Ela e o profeta impediram que Adonias usurpasse o trono. Com essa atitude da esposa, o velho e adoecido Davi demonstrou ainda gozar de lucidez para decidir a sucessão real e declarou, publicamente, Salomão como o novo rei de Israel. Sabendo da posse de Salomão, Adonias fugiu.

O nome de Bate-Seba, apesar do pecado sexual que ela cometeu, aparece na árvore genealógica de Jesus, numa demonstração clara de que Deus perdoa e esquece nossos erros quando pedimos seu perdão e nos arrependemos (Mateus 1.16).

3. Adonias e os valentes de Davi (1 Reis 1.15).

A história de Salomão começa com uma crise de sucessão no trono de Israel.

Adonias, era o quarto filho de Davi com Hagite (2 Samuel 3.4). O relato em 1 Reis 1.6 nos revela que Davi, como seu pai, não impunha limites em seu tempo de criança, não o contrariava em nada. A falta de disciplina causa sérias crises no relacionamento familiar. Portanto, discipline seus filhos com contundência e amor, enquanto são novos, sempre que necessário, para que ao crescerem não se tornem pessoas intolerantes e intoleráveis.

A diferença entre Adonias e Salomão era o fato de que a mente de Adonias estava voltada para si mesmo, era vaidoso, ambicioso, egoísta e gostava de ostentar pompa, sempre acompanhado de uma escolta de soldados do exército israelita montados em cavalos pomposos. Não tinha sensibilidade espiritual, por isso, quis tirar proveito da situação crítica para promover-se com traição. resolveu aproveitar a enfermidade do seu pai para apoderar-se do trono, armando uma tentativa de golpe político contra o próprio pai. Por sua vez, Salomão tinha índole de homem pacífico, era conciliador, inteligente, fiel aos conselhos do pai, e sendo assim deu continuidade a um reinado de prosperidade sob a bênção de Deus. .

Davi prolongou seu reinado além do tempo ideal, não soube discernir o momento certo de passar a coroa ao herdeiro do trono. Já havia perdido alguns filhos, e entre os que restaram estava Adonias, que era o quarto mais velho dos filhos vivos (2. Samuel 3.2-3). Quando Davi estava às portas da morte, vendo que o pai já não possuía boas condições de saúde para governar, este desejou sucedê-lo no trono, pois naquele tempo ele era o filho mais velho.

Adonias sentia-se com direito ao trono e entendeu que o mesmo pertencia a ele por direito, ao saber de que Davi tinha preferência por Salomão para assumir o trono, não respeitou a vontade do pai, criando grandes problemas em família e no reino. Acreditando que podia se declarar como o novo rei de imediato, reuniu carruagens, cavaleiros e cinquenta homens; recrutou a ajuda de Joabe, comandante dos exército de Abiatar, o sumo sacerdote. Porém, outros generais, sacerdotes, o profeta Natã e os gurda-costas de Davi se negaram a apoiá-lo. Ele fracassou em seu intento de reinar.

Reincidente no erro de conspiração, mais tarde, depois da morte do pai, quando Salomão já governava, e depois de haver recebido o perdão de Salomão no episódio da primeira tentativa de golpe de Estado, tramou novamente para obter o trono, achando que apoiado pela lei, poderia aspirar ao reino se viesse a casar-se com Abisague, a jovem sunamita que cuidou de Davi quando doente em seu leito. Salomão, percebendo o ardil, mandou matá-lo. (1 Reis 1.49-53; 2.25).

O efeito mais positivo do discipulado na nossa vida é o nosso esforço para, sinceramente, sermos sempre fiéis ao nosso cônjuge e a nossos filhos e irmãos, e conduzi-los num viver conforme a vontade de Deus, mediante o ensino acompanhado de bons exemplos

II. Salomão busca sabedoria para reinar.

1. O novo rei dedica holocaustos a Deus (1 Reis 3.4).

Dos quatro filhos que Davi teve em Jerusalém, Salomão foi o quarto filho. Dentre os reis de Israel, veio a ser o terceiro a reinar.

Ao nascer, Davi o chamou Salomão, que significa "o pacífico", da mesma raiz de "shalom", que significa "paz". Diz o texto bíblico que ao nascer "o Senhor o amou" (2 Samuel 5.14; 12.24-25). Filho de Davi e Bate-seba, embora um dos mais novos, ainda jovem foi escolhido para ser rei, motivando grande disputa entre os irmãos, principalmente Adonias.

Após o sepultamento de Davi, Salomão,  pela perspectiva humana um jovem inteligente, buscou ao Senhor para reinar em Israel. O texto bíblico diz que Salomão amava Deus e por este motivo, consciente de sua inexperiência, foi a um dos montes altos chamado Gibeão, uns 16 km a noroeste de Jerusalém, onde ficava a Arca da Aliança para oferecer holocaustos a Deus e receber dEle a sabedoria divina de que precisava. Neste lugar, com seu coração aberto a Deus em oração, numa das noites de preocupação com o reino e como administrá-lo bem, ele adormeceu. Durante o sono, Deus falou com Salomão em sonho. Nesta revelação, Salomão ouviu tudo que precisava ouvir, pois o sonho foi uma maneira especial de Deus comunicar-se com ele.

Diante da responsabilidade de governar o povo de Israel, naquele sonho, orando, Salomão pediu a Deus sabedoria para ter capacidade de reinar sendo um bom rei. Salomão não solicitou bens materiais ou a morte de seus inimigos. Ele pediu bom senso para guiar o seu povo de modo justo. Essa atitude humilde de Salomão agradou a Deus, que se dispôs a fazer muito mais do que o rei estava pedindo.

No tempo da invasão israelita contra Canaã, Gibeão era uma grande cidade habitada por heveus. Depois da queda de Jericó e Ai, temendo pela vida, seus habitantes enganaram Josué levando-o a estabelecer um pacto no qual eles seriam subordinados aos israelitas. Gibeão é o palco da grande providência de Deus, no episódio em que Josué, em socorro aos gibeonitas, travou batalha contra os reis amorreus. Ali, Deus enviou uma tempestade de pedras e fez com que o dia não terminasse enquanto Josué não derrotasse completamente seus inimigos . Na distribuição das terras, coube por sorte a posse ser para Benjamim, e foi separada para os levitas (Josué 9.7-10; 11.19; 19.25; 21.17)

2. Salomão pede sabedoria a Deus (1 Reis 3.5).

A atitude de Salomão, nessa primeira fase de sua vida, agradava ao Senhor. Empossado rei em meio a crises, ele era a melhor pessoa para administrar a crise do reino de modo temente a Deus. Era uma instabilidade que atingia não só a corte, mas todo o povo estava afetado pela insegurança daquele momento. Em quem confiar? Como fazer para gerenciar aquela situação e proporcionar a paz no coração e na vida do povo?

Antes de assumir o reino, subiu ao Monte Gibeão, onde permanecia o tabernáculo, construído por Moisés, para oferecer holocaustos a Deus. Ali, recebeu o comunicado divino que lhe oferecia tudo: riqueza, poder etc. Contudo, apesar da generosa oferta, pediu somente sabedoria. Como resposta, recebeu de Deus três promessas incondicionais e uma condicional. Incondicionalmente, foi garantido a Salomão não somente sabedoria, mas também muitas riquezas honra e poder; e, condicionalmente, uma vida longa "se andar nos meus caminhos" (1 Reis 3.10-14).

Assim, Salomão pôde governar o povo com muita sabedoria. Ele fez um excelente governo e seu nome ficou famoso graças  não somente à consolidação de um poderoso Estado, mas à sua religiosidade, provada pela decisão de construir o templo, idealizado por seu pai.

O povo brasileiro atravessa uma das piores crises econômicas do país. Em tempos de crise econômica o que você pediria, caso estivesse na mesma situação de Salomão? De nada adianta ter bens materiais e faltar sabedoria para administrá-los.

O melhor bem que podemos receber de Deus é a sabedoria. Peça a Deus sabedoria para ser capaz de conduzir sua vida sendo uma bênção ao próximo. Deus responde este tipo de oração, irá orientá-lo, concedendo-lhe uma estratégia adequada para seguir adiante dando passos bem-sucedidos. O Senhor não deixará faltar a provisão para você e sua família. Confie no Deus que tudo provê.

3. O desejo de construir um templo para Deus (1 Crônicas 22.1-5).

Ao longo de seu reinado, Davi acumulou muitas riquezas, visando ao sonho maior de sua vida que era disponibilizar ao povo de Israel um templo a Deus em Jerusalém, para assim estabelecer um lugar fixo para adoração a Deus. Fez tudo quanto pôde para realizar tornar realidade o seu projeto, juntou muito material de construção. Então, foi impedido por Deus de realizar tal edificação, através de uma profecia proferida por Natã, em razão do adultério cometido com Bate-seba, mulher de Urias, por planejar a morte deste, e por toda sua vida ter sido homem de guerra (1 Crônicas 22.8). Entretanto, Deus lhe garantiu que Salomão haveria de erigir o grande templo em seu lugar.

Apesar de impedido de pôr mãos à obra, Davi negociou com Hirã, rei de Tiro, o envio de madeiramento (cedros do Líbano), operários e artífices, para possibilitar a realização de seu sonho, sonho concluído por seu filho Salomão.

III. Sabedoria para edificar o templo.

1. Salomão faz aliança com Hirão (1 Reis 5.1-6).

O grande edifício não era apenas um capricho de Davi como rei. Existia a necessidade de congregar o povo num só lugar e a dificuldade do povo e do próprio rei para subir os montes, com a finalidade de sacrificar ao Senhor, especialmente em Gibeão (1 Reis 3.3-4). Essa dificuldade vinha desde os tempos dos juízes. Por isso, construir uma grande casa para Deus em lugar fixo era uma necessidade de todo o povo, além de manter a união das famílias e fortalecer o reino de Israel.

Com a finalidade de realizar tão importante obra, Salomão fortalece as relações com Tiro e faz contratos para materiais com os quais construirá o templo que seu pai desejava erguer. Para esse fim, convocou milhares de funcionários israelitas e, no quarto ano de reinado, começou a construção.

2. A construção do templo (1 Reis 5.7-12).

A planta do Templo e seus utensílios são modelados a partir do modelo que Deus deu a Moisés para um centro de adoração móvel. Os utensílios do Templo ainda que numa escala muito maior, tinham o mesmo significado espiritual que cada item correspondente no Tabernáculo.

A estrutura do templo recebeu  o que havia de melhor, mármore, madeira de cedro, foi ricamente adornado com cobertura de ouro e mobiliado com utensílios de ouro. O projeto de construção se estendeu por sete anos.

3. A arca da aliança

No templo, foi depositada a Arca da Aliança, baú construído por Moisés seguindo à instrução de Deus, para servir de receptáculo das Tábuas da Lei (Êxodo 25.10). A Arca estava no monte Gibeão e deveria ser trazida para Jerusalém e ser colocada no Santuário, no interior do do lugar Santíssimo. Salomão sabia, por experiência, que o utensílio mais importante no templo seria a presença da Arca da Aliança, Sabia que a presença da Arca produziria grande alegria no coração do povo, pois era o grande símbolo da aliança entre Deus e os israelitas e representava a presença do próprio Deus em Israel. A ausência da Arca significaria derrota espiritual e a não presença de Deus no meio do povo.

A presença da arca foi e ainda é considerado pelos judeus como o lugar da Divina Presença de Deus (shekinah, em hebraico). Após a destruição do templo construído por Salomão, não se tem notícia de sua localização, a não ser por sua representação simbólica.

Atualmente, não precisamos de uma Arca, ou algo parecido, para sinalizar a presença de Deus. Jesus Cristo prometeu e se faz presente onde estirem reunidos em seu nome duas ou três pessoas, e em número maior também. Além disso, o Senhor se faz presente pelo seu Espírito Santo, que habita o seu povo ( Mateus 18.20; 1 Coríntios 3.16).

Conclusão

A crise familiar no reino de Davi, a busca de Sabedoria que Salomão desejou para reinar, e o uso desta sabedoria adquirida em favor do povo e para a construção do Templo, nos dá uma excelente lição à vida cristã em família e na igreja. Por meio desta história, sabemos que Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas.

Com frequência surgem conflitos entre pais e seus filhos adolescentes. Em virtudes desses momentos, pode surgir uma barreira de comunicação. Os pais acham difícil conversar com seus filhos. Eles atrasam as explicações sobre transformações cruciais, tanto físicas como mentais, especialmente nas áreas do sexo e da reprodução. Os pais intensificam o controle, e o adolescente luta ainda mais para obter independência. A fissura se abre, eles se tornam antagonistas. Para superar o problema, é importante colocar no ambiente do lar a ordem espiritual, pois em todas as situações a paz real só pode ser alcançada quando existe paz com Deus. Esta paz só é obtida quando há um relacionamento pessoal com Cristo. É importante que se toma a mesma decisão de Josué (24.15): "...escolhei hoje a quem sirvais... porém eu e minha casa serviremos ao Senhor".

O cristão deve exercer a vida cristã confiante nos recursos de Deus, disponíveis pela oração. Se preciso for, que se faça um concerto com Deus, para que haja disponibilidade para sabedoria que Ele oferece (Tiago 1.5) e a reivindicação  de sua ajuda para o desenvolvimento espiritual  apropriado de seus filhos ((Filipenses 4.6).

E.A.G.

Compilações:
A Bíblia de Estudo da Mulher Sábia, página 366, edição 2016, Várzea Paulista/SP (Casa Publicadora Paulista).
Billy Graham responde - um guia com respostas bíblicas para preocupações de nossos dias, Billy Graham, páginas 191 e 192, 3ª reimpressão 2014, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 83-88,  Bangu, Rio de Janeiro (CPAD). 
Minidicionário Bíblico, David Conrado Sabbag, páginas 19, 40, 113, 376. 1ª reimpressão (Difusão Cultural do Livro - DLC). 
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, páginas 136-143, 146, 1ª edição 2016, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - A história de todas as personagens da Bíblia, Paul Gardner, página 92, 19ª reimpressão2015, São Paulo/SP (Editora Vida). 

Sabedoria-divina-para-tomadas-de-decisoes-a-historia-de-Salomao-construcao-do-templo-licao-12-Elinaldo-Renovato-Licoes-Biblicas-EBD-CPAD-professor-O-Deus-de-toda-provisao-esperanca-e-sabedoria-divina-para-a-Igreja-em-meio-as-crises-4-trimestre-2016

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A Parábola da Figueira e a profecia relacionada com a volta de Cristo

Monte Megido
Por Eliseu Antonio Gomes

São quatro os grandes episódios registrados na Bíblia em que Cristo se encontra pessoalmente com a humanidade:

1. Na primeira, Ele se fez carne, na missão de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. E morreu, ressuscitou e voltou ao céu.

2. A segunda vez ainda é uma promessa bíblica. O retorno de Jesus será invisível, quando não pisará o solo da terra. Ele virá para buscar a Igreja, quando os crentes serão extraordinariamente retirados desse mundo e juntos com o Espírito Santo irão ao céu. Este evento é chamado de Arrebatamento da Igreja. Acontecerá na mesma rapidez do abrir e fechar de olhos, em velocidade comparável ao mesmo tempo em que o relâmpago surge e desaparece no céu (ver: Lucas 17.24, 34, 35).

 3. E na terceira vez, Cristo retornará e "todo o olho o verá". Nesta circunstância Ele descerá e pisará na terra, outra vez fisicamente estará aqui em pessoa, e agirá como defensor dos judeus em plena batalha contra o Anticristo, que será travada no Armagedom/ Megido, e destruirá o Anticristo e as nações que se aliarem com o Anticristo para destruir Israel (Apocalipse 16.16; 20.1-3, 7-10).

4. O quarto episódio será o Dia do Julgamento Final, que não temos como dizer onde será realizado.

A parábola da figueira

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" - Mateus 24.32-35.

Ao analisar as profecias bíblicas que ainda não se cumpriram ou se cumpriram parcialmente, entendo que devemos tomar muito cuidado, para não fazer interpretações erradas e assim incorrer no alerta de Jesus em Mateus 24.11: "surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos".

A Parábola da Figueira não apresenta data exata da volta de Cristo, apenas descreve fatos históricos e os indica como sinais. 

A figueira é reconhecida pelos intérpretes modernos da Bíblia como o estado de Israel, mas o que Jesus quis dizer com "quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas" (vers. 32)? Interpreta-se que essa frase pode ser vista como o reconhecimento do estado de Israel pela ONU, ocorrido em 1947, quando os judeus que estavam dispersos pelo mundo puderam voltar ao oriente-médio e passarem outra vez a viver como sociedade dentro de um espaço geográfico circuncidado por fronteiras respeitadas pela maior parte dos países do mundo e que podiam chamar esse espaço de “minha nação”, sendo este território o mesmo que Deus prometeu a Abraão.

A dispersão aconteceu no ano 70 d.C, quando Tito invadiu Jerusalém e destruiu o templo e provocou o grande massacre contra os judeus e os que não foram mortos fugiram da região e se estabeleceram em outros países. Tal fato foi profetizado por Cristo, e a profecia está registrada justamente em Mateus 24. Neste capítulo, Cristo explica que os sinais alertam para a iminência do seu retorno, sem, contudo, especificar o dia e a hora. 

É importante entender que a volta de Cristo anunciada através da parábola da figueira, será apenas aos judeus, com o objetivo de fazer justiça em favor dos judeus que o reconhecerem como o Messias, o Senhor virá para julgar todos os povos que se aliaram ao Anticristo com a intenção de destruir os judeus, e, também, para estabelecer o reino milenar aqui na terra, sendo Ele o Rei.

Quando Cristo vier para os judeus, os crentes já não estarão mais neste mundo, já terão sido levados ao céu no evento Arrebatamento da Igreja, e lá permanecerão eternamente. 

E.A.G.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A sarça na Bíblia Sagrada

A Sarça Ardente, escultura em aço, 30 centímetros de altura, exposta no Museu de Arte de Haifa. Artista: Yitzhak Danziger  (1917-1977), judeu nascido na Alemanha e estabelecido em Jerusalém em 1923.
As plantas espinhosas constituem uma grande parte da flora da Palestina. Nas páginas do Velho Testamento aparecem a sarça e o cardo representados por nove palavras diferentes, e no Novo Testamento por outras três. Em Gênesis 21.15, a palavra usada supõe qualquer arbusto de pequena estatura, mas em Isaías 7.19 eram espinheiros próximos das águas. Ver Lucas 6.44 e Atos 7.80.

Em Êxodo 3.2, é muito provável que a "sarça ardente" de uma moita de acácias. 

A impressionante a chamada de Moisés, para que fosse o libertador de Israel, ocorreu quando ele parou para observar a vegetação no Monte Horebe e viu a auto-revelação do Senhor. O texto bíblico informa que o Anjo do Senhor apareceu para ele. num arbusto, provavelmente a sarça ardente era uma moita de acácias. O Anjo estava envolvido por uma chama de fogo, mas a planta não era queimada por ela (Êxodo 3.1-15; Marcos 12.26; Lucas 20.37 e Atos 7.30-34).

A expressão hebraica diz que era "como", "no modo de" uma sarça ardente que não se consumia. O significado da planta não ser consumida pela chama, revelava a Moisés a santidade divina, o interesse de Deus em providenciar o bem-estar do povo hebreu, que sofria sob o jugo da escravidão de Faraó e deveria ser conduzido à Terra Santa.

Naquela oportunidade, Deus revelou seu nome sagrado - Jeová, o Eu Sou o que Sou e Moisés sentiu medo de olhar para Ele (Êxodo  3.2, 5, 8, 14). Aquela visão extraordinária da chama de fogo, junta-se a outras manifestações sobrenaturais que representam a glória e a santidade de Deus. Veja: Gênesis 15.17; Êxodo 13.21; 19.18; 1 Reis 8.10-11; 2 Reis 1.12; 2.11; Isaías 6.1-6; 2 Tessalonicenses 1.7; Apocalipse 1.14 e 19.12.

E.A.G.

Consulta:
Bíblia Sagrada com Dicionário  e Concordância Gigante - Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado, D.Ana e Dr. S..L Watson, página 260, edição 2003, Santo André-SP (JUERP// Geográfica Editora).
Dicionário Bíblico Universal A.R. Buckland & Luckin Williams, página 550, edição 2007, São Paulo-SP (Editora Vida)
O Novo Dicionário da Bíblia, volume III, página 1488, edição 1981, São Paulo-SP (Edições Vida Nova).

segunda-feira, 5 de março de 2012

Árvores na Bíblia Sagrada

Por Noemi Misael

Não poucas vezes, na Palavra de Deus, somos comparados a árvores. Pois é, vemos que Jesus é a videira e nós, os ramos.  E, se permanecemos nEle, daremos muito fruto. Devemos aprofundar nossas raízes espirituais na fonte de Cristo, de onde recebemos a agua espiritual da vida.

O mundo é um deserto que nunca satisfará o homem consagrado. Quando temos fé e confiança em Jesus Cristo, somos comparados a árvores, sustentadas pela água das nascentes escondidas escondidas sob a terra seca.

Em Jeremias 17.7,8, a Palavra de Deus nos diz: "Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas , que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto".


Na Bíblia, podemos observar uma variedade de árvores. Vejamos:

• Amendoeira (Números 17.8; Eclesiastes 12.5)
• Acácia (Êxodo 36.20)
• Aloés (Salmo 45.8)
• Amoreira (2 Samuel 5.23)
• Carvalho (1 Reis 13.14)
• Cedro do Líbano (Isaías 40.6)
• Figueira (Juízes 9.10)
• Macieira (Cantares 2.3)
• Murta (Isaías 41.9)
• Oliveira (Salmo 58.8)
• Olmeiro (Deuteronômio 34.3)
• Palmeira (Deuteronômio 34.3)
• Romeira (1 Samuel 14.2)
• Sicômoro (1 Reis 10.27)
• Terebinto (Isaías 6.13)
• Zimbro (1 Reis 19.4)

Nesta oportunidade, gostaria de destacar três tipos de árvores que hão de nos ajudar a avaliar, escolher, mudar e decidir o lugar em que estamos plantados. A saber:

Primeira árvore: Pinheiro

Popularmente conhecida como árvore de Natal, é atraente, admirada por muitas pessoas, mas a sua beleza é temporária e sua iluminação, programada. Os pinheiros, portanto, como árvore de Natal, são valorizados somente nesta época do ano, ou seja, em Dezembro. Depois disso, são desprezados. Geralmente, em Janeiro, são jogados no lixo.

Os pinheiros são árvores cultivadas já com o propósito de viverem poucos dias, conforme diz o Salmo 37.35: "Vi o ímpio, cheio de prepotência, a espalhar-se como a árvore verde na terra natal, mas logo passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde encontrar". Muitas pessoas ainda vivem no engano do pecado. Dão direitos ao diabo para roubar a sua fé, a sua confiança em Jesus. E, por conta disso, passam a viver de aparências. São atraídas e usadas pelas ofertas deste mundo, por meio das quais, passam a creditar somente em suas posições social, financeira e religiosa. Além disso, aceitam que Deus está em todos os lugares e em qualquer religião.

Essas pessoas são aplaudidas e badaladas por tanta gente que não sabem que este brilho um dia irá se apagar. Sem contar que, não demora muito, essas pessoas logo se decepcionam. Isto é, descobrem que aqueles em quem confiaram não as recenheceram quando tiveram a oportunidade.

Lemos em Jeremias 17.5: "Maldito o homem que confia no homem, que faz da humanidade mortal a sua força!".

Segunda árvore: de outono ou murchas

É aquela que, independentemente da espécie, está plantada, há muitos anos, em um lugar de destaque. É admirada, digna de pôster ou fotos. É reconhecida como uma propriedade que requer autorização para ser podada ou arrancada, se necessário. Mas quando chega a tempestade, esta árvore cai. Por conta disso, surpreende muitas pessoas, fazendo suas vítimas todos quantos procuraram refúgio nela. Aparentemente vistosa, suas raízes, porém, estavam longe da fonte.

Terceira árvore

Essa árvore, amado leitor, pode ter o seu nome ou ser você. Vejamos o que nos diz o Salmo 1.1-3: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se senta na roda dos zombadores. A satisfação está na lei do Senhor, nela medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes, dá fruto no tempo certo; suas folhas não murcham, tudo o que ele faz prosperará".

Como templo do Espírito Santo, amado leitor, você tem autoridade para alcançar vidas. Em Atos 1.8 lemos: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria, e até os confins da terra". Existem várias pessoas plantadas fora do ribeiro.

Noemi Misael
Deus conta com você, amado, para levar as Boas-Novas aos cativos, cuidar dos que estão com o coração quebrantado, ensinar e consolidar os novos crentes no Reino de Deus. A árvore frutífera crescerá em ambas as margens do rio. Suas folhas não murcharão e seus frutos não cairão. Todo mês produzirá, porque a água, vinda do Santuário, chega até suas raízes. Seus frutos servirão de comida e suas folhas de remédio.

Assim, querido leitor, prossiga para o alvo.

E.A.G.
Fonte: Renovação da Fé, ano 13, nº 50, Janeiro - Fevereiro - Março de 2012. Artigo orginalmente intitulado Uma Habitação Especial. 
Noemi Misael é membro da Igreja Metodista Renovada - sede. Líder de área.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Ciclo do Carbono e a Bíblia


O Ciclo do Carbono, ou Ciclo Biosférico, se consiste no processo pelo qual o carbono se movimenta na Natureza. Pela terra, água de rios, lagos e oceanos, por intermédios de organismos vivos. Ao longo do qual o carbono em combinação orgânica é transmitido de um ser vivo para outro através das cadeias alimentares, sendo posteriormente devolvido para a atmosfera sob a forma de anidro carbônico, que as plantas verdes incorporam como fotossíntese. 

É óbvio que não encontraremos palavras relativamente novas como “oxigênio”, “carbono”, “ecologia” e “fotossíntese” nas páginas das Escrituras Sagradas.

Três observações sobre isso:

1ª - Subentendidamente vemos que o Ciclo do Carbono pode ser analisado através de algumas passagens bíblicas. 


Não é estranho dizer isso, pois a flora, a fauna, os ecossistemas, as estações do ano, a água, o ar e toda a harmonia dos mecanismos que o planeta Terra possui para manter a vida são obras incomparáveis do poder criador de Deus.

 “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis” – Romanos 1.20.

2ª - O ser humano está no topo da cadeia alimentar:

Gênesis 9.1-3: “Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos multiplicai-vos e enchei a terra. Pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão entregues. Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora”

3ª - O cuidado com a ecologia é antigo.


Está registrado no Pentateuco o bem que o verde traz aos seres humanos via ciclo do carbono em duas modalidades, isto é, na forma de alimentação e da fotossíntese. Está anotada na passagem bíblica a necessidade de não derrubar as árvores irresponsavelmente.


Deuteronômio 20.19: “Quando sitiares uma cidade por muitos dias, pelejando contra ela para a tomar, não destruirás o seu arvoredo, colocando nele o machado, porque dele comerás; pois que não o cortarás (pois o arvoredo do campo é mantimento para o homem), para empregar no cerco”.


Enfim, vemos que a Natureza é uma mensagem direta do Criador às criaturas, e este mensagem os torna indesculpáveis perante Ele. Deus coloca o ser humano como o topo da cadeia alimentar, e nessa cadeia o Ciclo do Carbono é processado. Encontramos na Bíblia a menção do cuidado com a preservação das florestas, por onde as árvores concede oxigênio ao ser humano e libera o gás carbônico à atmosfera. 

E.A.G.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O fruto do Espírito

Romãs: quadro de Iakovifis C.
Por John W. Ritenbaugh

A elegância peculiar da Bíblia na sua escrita fez com que ela se mantivesse ao passar dos anos como o maior best seller da História. O Autor divino, que possui a beleza de expressão superior ao estilo do melhor dos autores humanos, nos dá vislumbres detalhados de seu gênio na magnitude literária dos Salmos, Isaías e Hebreus. Etc. E Ele também nos mostra um outro lado de suas habilidades literárias, por meio perspicaz, muito penetrante e prático se comunica conosco por meio de Provérbios e Eclesiastes. 

O valor da Escritura, no entanto, não reside na sua elegância de estilo. Ela reside no fato de que o grande Deus, o governador soberano de toda criação, escolheu a comuncação escrita para divulgar a Sua lei, a Sua instrução para os homens. Na clareza da Palavra, o Autor divino se apresenta como o Poderoso e o Legislador da Humanidade. E a Palavra é entregue por Ele como o pão que nutre todos os gostos (Mateus 4.4). 

Deus dá muito do seu ensino em parábolas, alegorias, metáforas, tipos, figuras e símbolos, fornecendo ilustrações que praticamente todos, não importa qual seja sua origem, pode entender.  A verdade é acrescentada por exemplos retirados de todo o espectro da vida humana e do espírito sobre vastas extensões de tempo. A Bíblia é um fundo de conhecimento útil para quem acredita, é aplicável e prática para quem tem fé.

Uma grande parte da instrução bíblica reflete o domínio agrícola.  Deus faz uso de aspectos da agricultura familiar como uvas, azeitonas, maçãs, figos, bois, mostarda, romãs, trigo, milho, cevada, flores, agricultores,  lavra, sementeira, plantação, colheita, adubação, chuva na época devida, ervas daninhas e sementes. Ele usa essas figuras conhecidíssimas para ilustrar a instrução moral e espiritual prática para aqueles que acreditam.

Como um veículo de ensino, em geral o "fruto" pode ser usado mais freqüentemente do que todos os outros termos agrícolas. No plano físico, é geralmente considerado como o produto de semente de uma planta.  Muitos deles são comestíveis, nutritivos, agradável para comer. Embora a Bíblia concorda com isso, também freqüentemente apresenta-os como o produto do esforço ou a prestação de um significado simbólico.

Assim, encontramos frases como, "fruto das árvores do jardim" (Gênesis 3.2), "fruto da terra" (Gênesis 4.3), e "fruto do ventre" (Gênesis 30.2). No Novo Testamento, o símbolo da fruta é muitas vezes entendido como o resultado da produção de uma vida fazendo o bem ou mal, vida em obediente ou desobediente a Deus.

Frutos como um símbolo
.
O ensinamento de João Batista aos fariseus e saduceus em Mateus 3.8 é um exemplo disso: "Dêem fruto que mostre o arrependimento!". Os frutos simbolizam a conseqüência ou produto de arrependimento. A ação de arrependimento para com Deus é, entre outras coisas, uma mudança de atitude para com Ele e Sua lei. Representa um relacionamento temperado para com Ele, assim como transformar a partir de desobedientes à Sua Palavra para obediente. Também pode indicar uma mudança de estatuto e da relação do filho de Satanás (João 8.44) ao filho de Deus (Romanos 8.14).

Outro exemplo é Jeremias 6.19: "Ouça, ó terra: Vou trazer desgraça sobre este povo, o fruto das suas maquinações, porque não deram atenção às minhas palavras e rejeitaram a minha lei."

A desgraça é o efeito, o fruto, os maus pensamentos.  A lição é clara: desgraça deste tipo começa com maus pensamentos, os recursos para as más ações, produzindo experiências amargas e dolorosas para o ego e outros.
.
Romanos 6.21-22 mostra as frutas como produto em  ambos sentidos, maus e bons: "Que fruto colheram então das coisas das quais agora vocês se envergonham? O fim delas é a morte! Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna".  No versículo 21, o produto das ações traz a condição vergonhosa e tem levado à morte. Mas por causa do chamado de Deus e nosso arrependimento posterior, a nossa relação com Ele mudou e por isso temos condição de apresentar o bom fruto que estamos produzindo em nossas vidas. Agora estamos libertos da escravidão do pecado, produzimos frutos de santidade, em vez de vergonha e morte. No final, Deus nos dará a vida eterna. A escolha é nossa.  Qual fruta preferimos ter, vergonha e morte ou santidade e vida?

Produzir bons frutos

 A Bíblia mostra que a produção de bons frutos tem outras causas específicas, além do chamado de Deus e do arrependimento.

Romanos 7.4-6 é um boa indicação para começar a refletir: "Assim, meus irmãos, vocês também morreram para a lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerem a outro, àquele que ressuscitou dos mortos, a fim de que venhamos a dar fruto para Deus. Pois quando éramos controlados pela carne, as paixões pecaminosas despertadas pela lei atuavam em nossos corpos, de forma que dávamos fruto para a morte. Mas agora, morrendo para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados da lei, para que sirvamos conforme o novo modo do Espírito, e não segundo a velha forma da lei escrita".
Nós iremos adicionar a este Romanos 1.13, 15, onde nós precisamos lembrar que Paulo se dirige a congregação em Roma, que ele não havia fundado e nem visitado. "Quero que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas fui impedido de fazê-lo até agora. Meu propósito é colher algum fruto entre vocês, assim como tenho colhido entre os demais gentios. (...) Por isso estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma".

A passagem bíblica de Filipenses 4:17, onde Paulo instrui a congregação a que ele se sentia especialmente próximo, ajuda-nos a entender o que o apóstolo quis dizer aos romanos: "Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta" (Almeida Revisada - IBB). Escrevedo para uma congregação de pessoas convertidas, o apóstolo manifesta o desejo que haja a exibição do fruto da justiça, por meio do uso da fé na Palavra de Deus (o Evangelho). Os cristãos filipenses poderiam fazer isso ao ceder em obediência à instrução de Deus através do poder e orientação do Espírito Santo.

Como pastor, Paulo afirma que o fruto também seria dele, uma vez que caberia neles como resultado do ensino do Evangelho detalhadamente. O ensino em Romanos exemplifica o detalhe das mensagens que ele teria dado oralmente se tivesse estado lá. As boas obras que os crentes produziram, fazendo uso da Palavra de Deus também acumularia o fruto do trabalho deles para eles. Quando os alunos fazem bem, seu sucesso é fruto do trabalho do professor.

Por outro lado, Filipenses 4.17 explica que Paulo não está sendo auto-centrado no presente. Ele anseia que a igreja produza frutos através de boas obras, para que possam receber os benefícios. O fruto reverte para as suas contas. Assim, a condição de produzir bons frutos requer instrução de um professor qualificado (Atos 8.30-31), a Palavra de Deus, o Espírito Santo, e o crente com a mente receptiva e disposição para aplicar a instrução em sua vida.

Mesa farta
Dando muito fruto

Em João 15.1, Jesus começa a mensagem utilizando a videira como ilustração. Ele conclui afirmando no versículo 8: "Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos". No versículo 16, Ele volta a mencionar frutos em relação à sua instrução: "Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome".

Neste contexto, a abordagem da figura do fruto é generalizada.  Inclui tudo que é produzido como resultado do trabalho de pregação do Evangelho publicamente, e sua superação pessoal e crescente na imagem de Deus. Assim os cristãos honram a Deus, declaram pelas atitudes a mudança que acontece como resultado de estar ligado à videira. E podem contar com Deus e Seu poder para produzir esses frutos.
.
O versículo 16 toca brevemente sobre a qualidade dos frutos desejáveis para Deus. Isso implica que os discípulos devem ser ricos em boas obras e precisam se esforçar para produzir fruto que permaneça. Deus quer que o fruto seja resistente (por assumir o caráter de Deus, e para se reverter em conversões de modo que a igreja cresça continuamente).

Todos os cristãos são chamados a participar nos trabalhos da igreja. São chamados para trabalhar na linha de frente da evangelização. Sobre a cristandade recai a responsabilidade de produzir frutos para glorificar a Deus.

O Fruto do Espírito por via do pensamento desejoso?

O fruto que estamos mais preocupados em gerar encontra-se Gálatas 5.22-23, onde Paulo escreve: "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei".

Estas qualidades ou virtudes são produzidas pela ação do Espírito Santo em nós. Eles crescem em uma pessoa que, pela fé, obedece a Palavra de Deus através da orientação e poder do Espírito de Deus. Claramente, os elementos dessa equação deve ser usada para que o direito é fruto produzido Palavra de Deus, Seu Espírito, fé e obediência à Palavra de Deus. Estes, juntamente com alguns outros, produzem  grandes frutos de justiça.
.
Guiados pelo Espírito

Cereja chinesa
Paulo escreve em Romanos 8.14, "porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus".  Gálatas 5:18 é especialmente útil na compreensão do fruto do Espírito, porque precede diretamente de Paulo nomeando os: "Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei". Ser conduzido pelo Espírito é um precursor necessário para produzir o fruto do Espírito em nós.

Observe que o verso diz "guiado", e não arrastado, forçado, imposto ou imputado. E Jesus acrescenta mais luz ao assunto em João 16.13: "Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir".

Alguns dos verbos na frase são: "guiar", "falar" e "anunciar". E revelam que Deus se relaciona com o ser humano com o convencimento ao invés de força. Além disso, os verbos dão a nítida compreensão que os seguidores de Jesus precisam tomar iniciativas por conta própria. Eles terão que fazer escolhas, prestar atenção ao que é dito ou está escrito na Bíblia Sagrada, e assim estabelecer suas vontades a fim de acompanhar e aprender com o Guia, o Espírito Santo. Sem a observação da Palavra nenhum cristão é capaz de produzir frutos.
.
Um professor não pode impor o conhecimento, entendimento e sabedoria a um estudante. O aluno deverá colaborar no processo. Sem colaboração, pouco ou nenhum fruto é produzido. A Bíblia mostra o Espírito Santo influenciando, sugerindo e, quando o cristão decide por permitir que seja conduzido por Ele, então é abençoado em sua vida porque rende o fruto em sua vida. 
.
Estamos conscientes de que existe uma influência divina a nos levar para longe das paixões e vaidades corruptoras desse mundo?  Será que estamos conscientes do desejo divino para que nós escolhamos ceder a influência do Espírito Santo e se deixar ser conduzidos ao longo do caminho de santidade e da vida? Será que existe em nós a disposição enérgica para resistir ao orgulho, paixões carnais, resistir à luxúria, fofocas, desejo desenfreado às riquezas e às modas do mundo? Andamos alegres a caminhada do Espírito?

Deus não vai nos enganar. O nosso verdadeiro amor, alegria e paz consiste apenas em render-se inteiramente a Ele e estar disposto a ser guiado e influenciado por sua Mão invisível. Só é´possível ser guiado pelo Espírito se houver a escolha voluntária e consciente de submeter-se a Palavra de Deus.

O Poder de Deus

O Espírito Santo é descrito geralmente como o poder de Deus, o que certamente é correto, mas o poder vem de várias formas. Há um poder que flui causado pelo movimento de um objeto. Assim, Deus usa a água para ilustrar um aspecto do Espírito Santo (João 7.37-39). Não há cura e poder nutritivo, por isso Deus usa óleo para simbolizar Seu Espírito. Palavras, símbolos que usamos para representar as idéias, a matéria-prima de nossos pensamentos, tem incrível poder de influência. Assim, Deus diz através de Jesus que suas palavras "são espírito e são vida" (João 6.63).

As palavras dão-nos o poder de comunicar idéias de uma mente para outra ou para muitas mentes. Elas carregam o poder de instruir, encorajar, desencorajar, acalmar, provocar raiva, vilipendiar, inspirar, animar, criar ou destruir. Elas podem fazer uma pessoa mudar de idéia, motivar a parar ou se mover, fazer, desfazer ou refazer. O poder das palavras é quase ilimitado.

Se examinarmos o fruto do Espírito, vemos que todos eles têm algo a ver com nossas mentes. As palavras são uma grande parte do material de trabalho da mente e, portanto, desempenham um papel enorme em que lavam as pessoas a produzir atitudes em suas vidas. Não é por acaso que Jesus é a Palavra de Deus e a Bíblia é a revelação pela escrita do propósito de Deus! Deus nos diz algo. Ele está preocupado com nossas mentes, porque o que se passa dentro delas irá determinar o que produzimos com nossas vidas. O que fazemos será fruto para a vida eterna ou nos levará à morte? Não podemos pensar com o que nós não temos. Se não temos o direito material em que basear nossos pensamentos, como poderemos produzir as coisas certas? Estamos sempre, seja pobre ou o rei, limitado por aquilo que está em nossa mente.

Paulo mostra isso em Efésios 2.1-3: "Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira".

Isso nos revela que cada ser humano que já viveu (exceto Jesus), foi escravizado por um modo de pensar gerada pelo príncipe das potestades do ar, Satanás. Devido a isso, nós cumprimos os desejos da nossa carne e da mente. Na verdade, porque as nossas mentes tinham pouco mais com que trabalhar, não poderiam produzir qualquer outra coisa! Nós produzimos os frutos do espírito, mas não o Espírito de Deus.
.
1ª Coríntios 2.7-8 esclarece o seguinte: "Pelo contrário, falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória. Nenhum dos poderosos desta era o entendeu, pois, se o tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória".
.
Usando aqueles que mataram Cristo como ilustração, Paulo mostra que a Humanidade têm sido mantida em cativeiro para a ignorância de Deus e Seu caminho.
.
A sabedoria de Deus estava escondido de nós também, até que Deus começou a nos guiar por Seu Espírito. 1ª Coríntios 2.10-12 nos informa sobre a mudança que tem feito nas nossas vidas: "Mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente".

.
Olhe os frutos das árvores: Mateus 7.15
Deus comunica o Evangelho para nós por meio de palavras. Possuímos agora a matéria-prima para as nossas mentes para produzir o fruto do Espírito de Deus. Nós acreditamos na Palavra de Deus, e por recebê-la somos libertados da escravidão do engano e da ignorância espiritual e chamados por Ele a nos aproximar através do sangue de Cristo. Agora temos acesso a uma maior e nova dimensão da vida.
.
1ª Coríntios 2:13-14 acrescenta: "Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente"

Sem o Espírito de Deus, estávamos limitados a produzir coisas só dentro das capacidades do espírito humano, juntamente com a influência de Satanás. Embora nós pudéssemos produzir coisas materiais maravilhosas, o fruto espiritual inexiste. Só o acesso ao Espírito Santo nos capacita, devido a ajuda e misericórdia de Deus, a  produzir o fruto que leva-nos à vida eterna.

A produção de frutos
.
No entanto, isso não será fácil, porque quando o ser humano recebe Jesus em seu coração se torna um homem com duas naturezas. A velha natureza, enraizada com os padrões de pensamento e hábitos aprendidos neste mundo, e que se encontra sob o domínio do maligno (1ª João 5.19), e a natureza divina, recebida ao passar pelo novo nascimento em Deus (João 3.3; 2ª Pedro 1.3-4). As duas neturezas existem juntas. São antagonista, irreconciliáveis entre si, e induz o cristão fazer escolhas.

Em Gálatas 5.16-17, Paulo diz: "Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam".

Novamente, o contexto no qual estes versículos aparecem é importante para a compreensão da produção do fruto do Espírito. Isto imediatamente precede o anúncio do fruto do Espírito, mostrando que Paulo quer dizer que eles serão produzidos através de um intenso conflito interno.

A obediência à Palavra de Deus é necessária para produzir o fruto do Espírito. O cristão é puxado ou conduzido em duas direções. A mente tenta satisfazer os desejos da velha natureza, e conhecimento da Palavra de Deus nos convida a produzir o fruto do nova natureza espiritual. 

Paulo expressa sua experiência com isso em Romanos 7.15-19: "Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo".

.
Como seres humanos, somos criaturas de desejos, impulsos e emoções. Certamente, como aprendemos a andar no Espírito, cada vez mais subjugamos a nossa carne. Mas a carne e o Espírito, permanecem, e o conflito entre eles é feroz e incessante.

Nós não precisamos ficar desanimado por este conflito. Paulo nos dá uma solução. Em Romanos 7:24-25, ele exclama: "Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado".
Todo cristão que se esforça para produzir o fruto de Deus irá experimentar esta combinação de lamentação sobre a pecaminosidade e a expressão alegre de gratidão pela certeza da libertação. Os não convertidos não sentem a angustiante luta contra o pecado com a mesma intensidade como os que  já são convertidos.

O convertido tem sua paz perturbada e pode se sentir infeliz na sua consciência. Mas isso tem um lado bom para ele também. Sabemos que é degradante para a natureza divina, e humilha-nos para saber muito bem que sucumbimos às paixões más. Em seguida, somos lembrados a Lei não pode vir em nosso auxílio, nem pode vir através do socorro dos homens, constatamos que nossa força pessoal é insuficiente e nos trai. Portanto, se nós realmente desejamos glorificar a Deus e produzir frutos espirituais, este conflito vai nos conduzir a Deus em oração sincera com a força que só Ele pode dar. A Palavra de Deus e, eventualmente, a nossa experiência prova que sem Cristo nada podemos fazer!

Um fruto singular

Pode ser útil notar que Paulo escreveu o "fruto", no singular. Indica que devemos entender que o fruto tem um número de componente. Ao mesmo tempo, todos eles são produzidos dentro de cada pessoa, por intermédio da condução do Espírito. Isso não significa que cada componente será exatamente em iguais proporções, como são os segmentos de uma laranja. Também não dá qualquer indicação de sua quantidade em cada pessoa.
.
Paulo incisivamente chamou a atenção para a origem do fruto como sendo "do Espírito" para nos tornar plenamente conscientes de que essas qualidades não fluem de nossas naturezas. Os vícios ou "obras da carne" listados em Gálatas 5:19-21 são o produto de nosso coração humano. Mas o fruto espiritual é produzido por meio de uma influência "estrangeira", a agência do Espírito Santo. Mesmo após a conversão do nosso coração, o fruto continua sendo de origem espiritual.

Um último fator a considerar é os nomes das nove qualidades do fruto. Eles dividem-se nitidamente em três grupos, cada qual composto de três qualidades. Claro, podemos esperar alguma sobreposição de aplicação entre os grupos.

O primeiro grupo é composto de amor, alegria e paz. Retrata a mente de um cristão em seu aspecto mais geral, com ênfase especial na relação com Deus. O segundo grupo contém a paciência (longanimidade), a amabilidade (benignidade), e a bondade, que são virtudes sociais relacionadas aos nossos pensamentos e ações em convivência com o próximo. O terceiro grupo tem fidelidade, mansidão (gentileza) e domínio próprio, revelam como deve ser a constituição do cristão em relação a si mesmo, com conotações espirituais e confiabilidade moral.
.
Cada uma dessas nove virtudes é uma qualidade que devemos possuir e buscar em oração com ardente desejo, pois sem elas não podemos refletir a mente e o caminho de Deus.

O fruto do Espírito reflete no ser humano as virtudes de Deus. De fato, quando Jesus se tornou um homem,  Ele glorificou o Pai no céu com sua vida manifestando as nove característica do fruto do Espírito.

Buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, ceder à Sua Palavra surte na vida do cristão o efeito da produção das características de Deus, torna-o semelhante a Cristo, e assim como Ele, glorifica a Deus.

As virtudes de Deus, é claro, são muito mais do que a breve lista de Gálatas 5.22-23.
__________

Fonte: Church of the Great God

Salva citação, os textos bíblicos usados no artigo são da tradução Nova Versão Internacional (NVI).