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segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Livro de Josué: sexto livro da Bíblia Sagrada

Moisés observa a Terra Prometida antes de morrer.
O livro de Josué é a sequência do Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia Sagrada: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio. Registra a história de Israel desde a nomeação de Josué como sucessor de Moisés até a morte desse líder, com a idade de 110 anos.

Moisés morreu na terra de Moabe, depois de ter contemplado a Terra Prometida. A Josué, seu sucessor, foi legada a missão de guiar Israel para atravessar o rio Jordão e à subsequente entrada em Canaã.

O título do livro dá a entender que Josué é a personagem principal. O próprio livro, todavia, é anônimo, embora haja fortes evidências internas de que foi escrito por uma testemunha ocular dos muitos acontecimentos nele narrados. O livro pode ter sido obra de um dos "anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué", este poderia ter feito uso do material registrado pelo próprio Josué (24.26; 24.1-25). Na forma que temos hoje, é fácil aceitar a ideia que o livro é posterior aos dias de Josué, cuja morte está registrada em suas páginas. A conquista de Debir, por Otniel, e de Laís (Lesém), pelos danitas, ocorreu depois da morte de Josué.

Josué foi designado por Deus para assumir duas tarefas importantes: dirigir uma campanha militar para tomar posse de Canaã, que o Senhor prometera, e para dividir o espaço conquistado entre as tribos de Israel. A maior parte do livro narra a conquista da terra e o processo de divisão da terra entre as tribos. Depois da queda de Jericó e Ai e da capitulação de Gibeão, no centro de Canaã, Josué teve de enfrentar sucessivamente duas coligações de estados cananeus, uma no sul, com o rei de Jerusalém à frente, e a outra no norte, sob comando de Jabin, de Hazor. Mediante o auxílio divino, Josué foi capaz de vencer tanto o sul quanto o norte e pôde dividir a terra entre as tribos de Israel. Iniciativas de resistência continuaram existindo. A responsabilidade de cada tribo era ocupar a terra que lhe fora atribuída por sorteio.

Diferente do tom desalentador de Números, e do teor fatalista de Deuteronômio, o livro de Josué pode ser considerado um livro de boas novas. A narrativa do livro mostra uma nova mentalidade, pois quarenta anos haviam se passado. O contingente de refugiados, antigos israelitas acostumados com a vida de escravos, e os lendários guerreiros, com exceção de Josué e Calebe, havia perecido no deserto.

Após sua entrada em Canaã, os israelitas seguiram as instruções de Deus literalmente, mesmo nas ocasiões que exigiram deles até os limites inimagináveis. Como passaram os israelitas a primeira semana em solo conquistado? Erigiram um monumento a Deus, cumpriram os ritos de circuncisão e celebraram a Páscoa. Nenhum exército teve tal comportamento antes. O conteúdo do livro foca as vitórias quando os israelitas confiavam em Deus e não no poder militar e as histórias negativas - como a batalha de Ai e a astúcia dos gibeonitas - quando os israelitas desprezavam a vontade do Senhor.

Na leitura dos relatos do livro Josué, encontramos um fortalecimento de fé em momentos de provação. Você algum dia desejou ter uma segunda chance? Talvez tenha desperdiçado alguma oportunidade valiosa. Quem sabe tenha  tentado realizar algo, mas o seu esforço não foi grande o bastante para ir até o fim. É provável que já tenha despendido o melhor da vida ou perdido uma grande amizade. Nas páginas de Josué, percebemos que Deus sempre oferece uma segunda chance. Apesar de na primeira oportunidade os israelitas terem falhado na tentativa de entrar em Canaã, tendo de perder quarenta anos por causa do seu fracasso, Deus lhes deu  outra oportunidade. Uma vez aprendida a lição, da segunda vez os resultados foram diferentes. Esse relato é fonte de inspiração para nós.

Bíblia Devocional de Estudo, página 251, edição 2000, São Paulo (Fecomex)
Bíblia Sagrada Almeida Século 21, página 235, edição 2008 (Editora Vida Nova, Hagnos).

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Gênesis, o primeiro livro da Bíblia Sagrada

Monte Aratat, Turquia. Acredita-se que a Arca de Noé esteja localizada nele.

Gênesis, palavra que quer dizer começo, é o nome do primeiro livro da Bíblia Sagrada, que descreve a criação detalhadamente.

Será que o mundo é eterno? Sempre existiu? Muitas pessoas creem que a natureza, o sol, a lua, as estrelas, inclusive os seres humanos, não tiveram um princípio; que há um ciclo inacabável de nascimento, vida, morte, que se repete constantemente. Acreditam que tal ciclo eterno jamais teve início e jamais terá fim. Sempre existiu e sempre existirá.

Gênesis apresenta a concepção, é o livro dos princípios e nos ensina algo diferente. Tudo, exatamente tudo teve seu começo. Ensina-nos que houve um tempo em que o mundo que conhecem não e vivemos não existia. Mas, antes de tudo, Deus, o originador e o fundamento da vida

O livro de Gênesis se divide em duas partes.

A primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus estabeleceu os elementos básicos pelos quais fez a obra de criação, salvação e juízo concernente ao pecado e rebelião humanos. Mostra como criou tudo o que existe, inclusive a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o Dilúvio, a construção da Torre de Babel.

Na segunda parte, do capítulo 12 ao 50, Deus inicia o plano da salvação com apenas um homem: Abraão.. Concebe um povo ao qual se revelará como Deus salvador e, por meio deste povo, com o passar do tempo, também se revelará a todos os povos da terra. Detalhes e mais detalhes vão se tornando evidentes à medida que o embrião toma forma. Sara, Isaque, Rebeca, Jacó e Esaú, Raquel, José e seus irmãos. Conta a história dos patriarcas hebreus, mostra que Jacó e seus doze filhos - que viveram por volta de 1900 a 1650 a. C. -  foram o começo das doze tribos de Israel. O livro termina com a história de José, um dos doze filhos de Jacó, que fez com que seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito, e ali o povo escolhido se multiplicaria enormemente.

O embrionário povo de Deus cresce como que no útero. A gravidez se desenvolve. A vida está obviamente se desenvolvendo naquele útero, porém, há, também, muita coisa que não está clara nem visível. O panorama histórico é vago, as nações vizinhas e seus costumes o encobriam, como uma espécie de névoa densa. Mas apesar disso a presença de vida divinamente concebida está lá chutando com força. É a criação, geração após geração!

A tradição atribui a autoria de Gênesis a Moisés, severo, obstinado, um mimado príncipe no Egito, um assassino procurado e fugitivo e ao mesmo tempo humilde homem que liderou um enorme grupo de famílias escravas para fora do Egito. Sendo hebreu acabou trabalhando para o Deus dos hebreus. Moisés registra em Gênesis suas raízes até a primeira família e mesmo até a fundação do planeta e da raça humana, para que todos saibam de onde vieram e para onde estão indo.

E.A.G.

A Mensagem - Bíblia em Linguagem Contemporânea, Eugene H. Petersen, página 17, 20-21, edição 2011, São Paulo, Editora Vida.
Bíblia Devocional de Estudo, página 31, edição 2000, São Paulo, Fecomex. 
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, página 3, edição 2009, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.

Artigo paralelo: O livro de Gênesis