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Arquivo | 14 anos de postagens
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
Exortação aos que exortam
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Meninos e meninas como pregadores. Pode?
quinta-feira, 14 de julho de 2022
quarta-feira, 29 de junho de 2022
É possível ser pastor sem ter cuidados com o rebanho de ovelhas?
"Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro:- Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros me amam?
segunda-feira, 30 de maio de 2022
Pastorado feminino - proíbem o que Deus não proíbe?
É interessante a tentativa incansável de esconderem a concessão do dom ministerial pastoral conforme Efésios 4.11 às mulheres vocacionadas. No versículo 8, desse mesmo capítulo, está escrito: Jesus "deu dons aos homens" [anthropos]. "Homens", no grego "anthropos", é um termo usado para a espécie humana, tem o sentido que envolve o ser humano masculino e também o ser humano feminino.
terça-feira, 5 de abril de 2022
A Grande Comissão de Jesus Cristo
A ordem proferida por Jesus Cristo durante seu ministério terreno há mais de 2 mil anos ainda não foi entendida pela grande maioria dos líderes e consequentemente não é cumprida pela igreja local.
sexta-feira, 25 de março de 2022
Hitler, ditadores, adeptos e omissos
Sobre Faraós, Hitlers e políticos corruptos: as monstruosidades sem exceção necessitam do apoio de uns e da indiferença de outros.
terça-feira, 22 de março de 2022
Consequências da indolência
quinta-feira, 17 de março de 2022
Na Assembleia de Deus perto de você
terça-feira, 15 de março de 2022
O bom e o mau pastor
quarta-feira, 2 de março de 2022
O que é estar em Cristo?
terça-feira, 16 de novembro de 2021
2 Timóteo 2.15 - características necessárias para ser um obreiro aprovado e não se envergonhar
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
Orações interrompidas
domingo, 26 de setembro de 2021
Glutonaria: uma charge de Jasiel Botelho e cinco textos da Almeida Revista e Corrigida
Fumar e exagerar na comida são pecados. |
quinta-feira, 9 de setembro de 2021
O ideal do ministério cristão
"O pastor deve ter sempre o caráter de um professor, um mentor, tanto na sala de estar, de sua casa, como no púlpito. A importância das coisas com que lidamos deve sempre encher nossas mentes, nossos estudos pessoais, nossas orações a Deus, nossos esforços como preletores da Palavra de Deus.
quarta-feira, 26 de maio de 2021
O Ministério de Pastor
º Cajado: vara grossa que servia como apoio ao caminhar (Hebreus 11.21), como cassetete para defender-se (Isaías 36.6; Hebreus 11.21) e cuja ponta era curvada em semicírculo para pegar o animal pela pata (Salmo 23.2; Miqueias 7.14). No Novo Testamento, o termo "vara" se refere à autoridade de Cristo (Apocalipse 19.15) e dos salvos, a vara aos crentes se assemelha ao uso da espada do Espírito (Apocalipse 2.27; Efésios 6.16).º Funda: uma arma feita com tira estreita de couro, alargada no meio, usada para atirar pedras contra os lobos e outros predadores, girando-a sobre a cabeça e soltando uma das pontas no momento propício ao lançamento da pedra na direção pretendida (Juízes 20.16; 1 Samuel 17.40-50).
a. Dirigir, presidir e administrar o rebanho do Senhor. Sem isso as ovelhas se desviarão.b. Doutrinar. Para isso, o pastor precisa ser um estudante dedicado da Palavra de Deus, especialmente no que concerne à Teologia Sistemática.c. Proteger. Se o pastor não fizer esta parte, muitas ovelhas cairão vítimas de todo tipo de males.d. Tratar das ovelhas. Muitas caem doentes espiritualmente.e. Alimentar as ovelhas. A ovelha faminta segue qualquer outra liderança, além de outros males que lhe atingem.f. Visitar. Exercício direto ou através de comissões.g. Disciplinar. O termo disciplina envolve o sentido de instrução, admoestação, correção, e não o castigo e punição.
quarta-feira, 19 de maio de 2021
O Ministério de Evangelista
Segundo o Pastor Valdir Nunes Bícego, de saudosa memória, a missão mais sublime que o Senhor reservou para a Igreja aqui na terra é evangelizar o mundo. E assim sendo, não apenas o cristão que possui a credencial eclesiástica, todo crente precisa ver-se no espelho como um evangelista e habitualmente proceder como ganhador de almas, estar a todo momento preparado para apresentar Jesus Cristo ao pecador, ser em todo tempo cuidadoso com o novo quem é recém-convertido e estar sempre pronto ao momento propício de conduzi-lo ao tanque batismal.
O bom evangelista prepara almas para uma vida de serviço, bem como colabora à edificação do Corpo de Cristo (Efésios 2.20-22) É eficaz ao lidar com as almas que estão presas por doutrinas alheias à Palavra de Deus. Ele dialoga sobre o plano da salvação com testemunhas-de-jeová, mórmons, espíritas; gentes ligadas aos movimentos criados por Confúcio, Maomé, Buda; e inclusive atinge os judeus. Seu preparo e ação evangelística ocorrem tendo como base a oração e aplicação de estudos bíblicos. Desta maneira ele é por excelência um arrebatador das almas que estão aprisionadas aos engodos espalhados pela serpente que enganou o primeiro casal no Éden.
JESUS - O MAIOR EVANGELISTA
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados, a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus, a consolar todos os que choram" - Isaías 61.1-2.
É significante que este texto use a linguagem da unção, da qual procede o nome Messias (ungido). Jesus identificou-se como a pessoa referida nesta passagem, quando proferiu seu primeiro sermão na sinagoga de sua cidade natal. Ao ler os versículos, disse que estava sendo cumprida a declaração contida no texto, para espanto de todos que o ouviram e o conheciam apenas como o filho de José, carpinteiro residente na Galileia (Lucas 4.16-30).
A OBRA DE UM EVANGELISTA
"Mas você seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições, faça o trabalho de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério" - 2 Timóteo 4.5.
Paulo exorta Timóteo a ser um bom evangelista, o que implica em reagir corretamente quando chegasse o momento em que os ouvintes da Palavra de Deus sentissem comichão nos ouvidos e buscassem para si pregadores dispostos a falar apenas o que eles quisessem ouvir. Está claro que o apóstolo não se referia apenas ao tempo em que Timóteo cumpriu seu ministério evangelístico, a exortação é válida para todos os tempos em que a Igreja estiver aqui na terra.
O trabalho do bom evangelista é caracterizado pela pregação da sã doutrina. A sã doutrina é a verdade eterna e imutável acerca do amor de Deus, manifestado através do sacrifício vicário de Jesus na cruz, em substituição à punição que todos os pecadores deveriam receber.
No cenário religioso há duas espécies de pregadores, aquele que prega a verdade e o que prega a mentira. Vejamos:
Os pregadores charlatães trapaceiam e enganam para vender as suas ideias, atingir objetivos pessoais. Modificam a sua mensagem conforme a conveniência do momento, adaptando-a ao que o seu público aprecia ou não aprecia. Os charlatães pregam tendo em vista conquistar o poder e alcançar o lucro financeiro e posição social privilegiada. Paulo considerava os pregadores de Éfeso como charlatães.
Os pregadores comerciantes são vendedores de ideias religiosas. São peritos em despertar o interesse de seus ouvintes por seus conceitos, opiniões e planejamentos, seja de algo concreto ou abstrato. São capazes de realizar estratégias que beiram à manipulação das massas. Sabem comunicar-se bem, estão sempre prontos a fazer ajustes em seus discursos para vender melhor. Eles são motivados pelo interesse próprio, às vezes há o interesse real em servir ao seu público, porém, só serão pregadores da verdade, evangelistas de fato, verdadeiros servos de Deus, quando tiverem um encontro genuíno com Cristo.
Os evangelistas são pregadores contextualizadores. Ao pregarem o Evangelho, produzem bons resultados ao Reino de Deus. São aqueles crentes, que possuindo ou não o título eclesiástico, possuem o desejo ardente de atingir o nível de comunicação perfeita, para que as almas possam entender tudo o que dizem, preservando a integridade da mensagem evangelística. Esforçam-se ao máximo para superar barreiras que regem relações humanas, no seu conjunto e na sua generalidade, são atentos à descrição sistemática e à análise de determinados comportamentos sociais, para que o maior número possível de almas conheçam a Cristo como Senhor e Salvador. Estão sempre preocupados com os seus ouvintes e não com o lucro que a atividade, eventualmente, possa gerar.
FILIPE, O EVANGELISTA
"No dia seguinte, partimos e fomos para Cesareia. E, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Filipe tinha quatro filhas solteiras, que profetizavam" - Atos 21.8, 9.
Filipe, o evangelista, era assim chamado para ser diferenciado de seu homônimo apóstolo. Não esteve no grupo dos doze que andaram com Jesus, mas junto aos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos para servir na Igreja de Jerusalém. Juntamente com Estevão, socorria as viúvas de origem grega que haviam se convertido e padeciam pela falta de alimentos e produtos básicos à vida em dignidade (Atos 6.3). Fixou residência em Cesareia com suas filhas jovens e solteiras. Sendo crente cheio do Espírito e de sabedoria e ter boa reputação, houve conversão dentro de sua casa, pois suas quatro filhas são descritas por Lucas como quatro servas do Senhor que profetizavam.
Profetizar era uma prática generalizada na igreja primitiva. As filhas do evangelista e diácono Filipe, não identificadas por seus nomes, receberam a honrosa descrição de serem pessoas portadoras da capacidade espiritual de comunicadoras de mensagens proféticas.
O perfil de Filipe é lembrado por Paulo ao delinear em 1 Timóteo 3.8-13 as qualificações que habilitam o cristão ao serviço do diaconato: "Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também estes devem ser primeiramente experimentados; e, caso se mostrem irrepreensíveis, que exerçam o diaconato. Do mesmo modo, quanto a mulheres, é necessário que elas sejam respeitáveis, não maldizentes, moderadas e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem os seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo Jesus."
ENVIADO PARA EVANGELIZAR
"Afinal, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com sabedoria de palavra, para que não se anule a cruz de Cristo" - 1 Coríntios 1.17.
Quando Jesus ordenou aos primeiros discípulos fazer novos discípulos, endereçou a ordenança para nós também. Na tarefa de evangelização, precisamos nos submeter à autoridade de Cristo sobre a importante questão do batismo em águas (Mateus 28.18,19). Batizar significa "mergulhar", "imergir", "lavar"; é estar envolto, coberto. A imersão é uma questão de fórum íntimo, é o sinal ou símbolo exterior do nosso comprometimento com Cristo (1 Coríntios 12.13; 1 Pedro 3.21).
No texto capitulado em 1 Coríntios 1.17, Paulo não escreveu contra o batismo em águas, pois ele mesmo batizou Crispo e Gaio (Atos 18.8; 1 Coríntios 1.14,16). É muito provável que seu objetivo era não provocar o aumento numérico de uma facção em torno de seu nome (1 Coríntios 3.4,5); ou, talvez, tenha se colocado contra o ensino equivocado que apregoava ser o ato de batizar-se, por si só, a garantia de estar salvo, não ser preciso viver em santidade após o batismo.
À semelhança dos israelitas, batizados na nuvem e no mar (1 Coríntios 10.12), não temos garantia de salvação simplesmente pelo fato de ser batizado. Por causa da rebeldia dos israelitas, da multidão que livrou-se da escravidão egípcia, Deus determinou que das pessoas de vinte anos para cima, apenas Josué e Calebe teriam permissão para viverem na terra prometida (Números 32.11,12).
O PRÊMIO DO EVANGELISTA
"Nesse caso, qual é a minha recompensa? É que, anunciando o evangelho, eu o apresente de graça, para não me valer do direito que ele me dá" - 1 Coríntios 9.18.
Apesar de Paulo, como cristão, compreender perfeitamente que estava comissionado por Cristo a viver pregando o Evangelho, esta obrigação era prazerosa para ele (Romanos 1.1). Entre os cristãos das comunidades que havia fundado, ele sabia do seu direito de apóstolo. Qual? "Assim também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" (1 Coríntios 9.15).
Sentia-se tão feliz em sua missão evangelística que era capaz de abrir mão ao seu direito a compensação, e trabalhar voluntariamente. Para evitar críticas, não quis usar do seu direito, para não haver quem pensasse que estaria abusando dos irmãos de fé, preferiu evitar a mais leve aparência de abuso de autoridade e sacrificou-se por amor a Cristo.
O estilo de vida do cristão expõe uma tensão entre duas verdades iguais e ao mesmo tempo contrastantes. Pela fé, os crentes já alcançaram o prêmio de Deus, que é a salvação, mas neste mundo ninguém ainda pode experimentar a plenitude do amor e bondade divinas. Para conquistar o prêmio em sua plenitude, Paulo nos aconselha a caminharmos de acordo com o que já alcançamos, olhando para o Autor e Consumador da nossa fé. Portanto, vivamos gratos com o que Deus nos dá em nossa vivência terrena, seja algo da esfera material ou espiritual, em concordância com os nove aspectos existentes no fruto do Espírito. Prossigamos fiéis ao Senhor até o momento de recebermos a recompensa incorruptível quando chegarmos no Céu (Filipenses 3.13-16; Gálatas 5.19-23).
EVANGELISTA APREGOA A LIBERTAÇÃO DO MAL
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor.” - Lucas 4.18, 19.
Lucas apresenta Jesus como o Grande Médico (5.31-32; 15.4-7,31-32; 19.10). Em sua narrativa, mostra em detalhes a interação de Jesus com os publicanos, as mulheres, as crianças, os gentios e os samaritanos, demonstrando seu ministério singular aos marginalizados da sociedade. Lucas também descreve Jesus como o Filho do homem, enfatizando sua oferta de salvação para o mundo. Ele identifica lugares que seriam familiares a qualquer judeu (por exemplo: 4.31; 23.51; 24.13), sugerindo que o seu público ia além daqueles que já possuíam conhecimento geográfico na região em que Jesus cumpriu seu ministério. Ele normalmente prefere a terminologia grega aos hebraísmos (por exemplo: “lugar chamado Caveira” em vez de “Gólgota” em 23.33). Ocasionalmente, todos os outros Evangelhos usam termos semitas como “Aba” (Marcos 14.36), “rabi” (Mateus 23.7-8; João 1.38,49) e “Hosana” (Mateus 21:9; Marcos 11.9-10; João 12.13), mas Lucas ou os omite ou prefere seus equivalentes gregos.
Por que Lucas optou por este caminho mais detalhista em sua redação? Lucas escreveu a Teófilo, provavelmente um gentio que acabara de se converter ou alguém que procurava aprender acerca de Jesus. Teófilo significa "amigo de Deus", o que leva alguns a pensar que o livro foi escrito a todas as pessoas que amam a Deus. Lucas esperava que Teófilo e todos os outros leitores aprendessem que o amor de Deus ultrapassa os judeus e alcança o mundo inteiro. Assim sendo, o leitor de Lucas acha relatos mais pormenorizados do que os encontrados em Mateus e Marcos, mais histórias sobre o nascimento de Jesus, registros que demonstram o interesse de Jesus pelo mundo não-judeu e pelos pobres, há uma perspectiva que João não se encontra nos escritos de João.
Com o estilo de Lucas, aprende-se que cabe ao bom evangelista trabalhar com afinco na mensagem que irá entregar às almas. Ao orador ou escritor cristão, ao apregoar a libertação do mal, pesa a responsabilidade de se fazer perfeitamente entendido por quem o lê ou ouve.
Lucas mostrou que o Espírito do Senhor esteve sobre Jesus por toda a Galileia. Como o Messias (ungido) foi o legítimo rei de Israel, sua unção era de profeta e evangelista, e então alimentou os pobres ao multiplicar os pães, anunciou a liberdade aos cativos pelo pecado, libertou os oprimidos por possessões malignas.
Quando Jesus leu Isaías 61, reivindicou para si a identidade do tão aguardado Messias. Ao ler o texto, interrompeu sua leitura no meio do versículo 2 e assentou-se. Na liturgia judaica, a postura para ler as Escrituras era sentado e aos que a ouviam em pé. Ele parou na frase "o ano aceitável ao Senhor", porque a sua pregação anunciava que o tempo da graça de Deus havia chegado aos seres humanos por meio do seu ministério. Deixou de ler "e o dia da vingança do nosso Deus", porque isso se refere à sua segunda vinda e ao seu juízo contra todas as pessoas que escolhem o amor ao mundo e os prazeres carnais, ao invés de viverem em reciprocidade ao amor de Deus (Apocalipse 19.11-21).
Vivenciar o ano aceitável do Senhor ou deparar-se com o dia da vingança de Deus são situações que dependem da pessoa querer ser alguém reverente ao Senhor ou não.
CONCLUSÃO
Enfim, através do anúncio das Boas Novas de salvação, vidas são alcançadas e levadas aos pés do Salvador. O exercício do ministério de evangelista pode ter como consequência a perseguição contra nós, porém, também, traz ao nosso coração a alegria de saber que o nosso nome está escrito no Livro da Vida.
Ao atender ao chamado de Cristo e ser integrante do grupo de cristãos que realizam a Grande Comissão, e fazer dessa atividade uma prática diária, nos faz semelhantes a Jesus. Consequentemente nos leva a destruir velhos hábitos inconvenientes e que não promovem edificação espiritual. Queira ser um evangelista melhor a cada dia. Viver neste mundo conforme Cristo manda, precede a glória que partilharemos com Ele no porvir (Romanos 8.17).
Compilação:
Bíblia de Estudo Holman, 1ª edição 2018, Rio de Janeiro - RJ, Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Bíblia Missionária de Estudo. Edição 2014. Barueri - SP. Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).
Bíblia de Estudo Vida. Edição 1998, Liberdade. São Paulo - SP. Editora Vida.
Evangelismo Pessoal, Valdir Nunes Bícego, 2ª tiragem 1981, Rio de Janeiro - RJ, Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
domingo, 2 de maio de 2021
O Ministério de Apóstolo
Esta postagem tem o propósito de apresentar subsídio trazendo comentário aos textos bíblicos apresentados no box Leitura Diária, da lição número 6, incorporada na revista Lições Bíblicas: Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário, cujo comentarista ao segundo trimestre de 2021 é o Pastor Elinaldo Renovato.
Para obter outro subsídio, na forma que acostumamos entregar, sugerimos que acessem neste blog a abordagem que fizemos no passado,, com muito carinho, quando a CPAD fez uma abordagem anterior deste tema. Confiram: O ministério de apóstolo.
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Jesus, o apóstolo por excelência.
"Por isso, santos irmãos, vocês que são participantes da vocação celestial, considerem atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus" - Hebreus 3.1.
Nesta passagem, Jesus é descrito como apóstolo e sumo-sacerdote da nossa confissão. No idioma grego, o termo especifica a função de embaixador, mensageiro, enviado extraordinário, pessoa que representa aquela que a enviou. Entretanto, a palavra que Jesus usou era aramaica (shaliah), alguém que recebeu a comissão e a autoridade explícitas daquele que o enviou, mas sem a capacidade de transferir seus atributos para outro.
Ao abrir o dicionário Michaellis da Língua Portuguesa e ler o verbete "vocação", Contida em Hebreus 3.1, encontramos três definições altamente significativas. São: tendência, inclinação e disposição natural do espírito. Com tal característica é preciso observar atentamente o ministério terreno do Filho de Deus. O Evangelho que Jesus anunciava era acompanhado do milagres, maravilhas e coisas extraordinárias. O cristão deve estar aberto ao mover milagroso que o Espírito concede através dos dons. A pregação do crente não deve estar estruturada somente em declarações teológicas bem embasadas biblicamente. É necessário ir além dos argumentos intelectuais e usar os dons à operação de milagres como experiência cristã habitual.
Sinais do apostolado.
"Pois as minhas credenciais de apóstolo foram apresentadas no meio de vocês, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas" - 2 Coríntios 12.12.
O contexto imediato de 2 Coríntios 12.12. são os versículos 1 ao 11, em que Paulo revela a experiência singular de ser "arrebatado até o terceiro Céu". Embora não tenha esclarecido o nome da pessoa mencionada no versículo 2, está óbvio com base no versículo 7 que falava de si próprio. É possível que tenha mencionado o fato porque os coríntios se vangloriavam de não haver falta de nenhum dom na igreja da qual faziam parte, seu objetivo foi demonstrar-lhes que possuía uma experiência espiritual muito superior a qualquer coisa que eles haviam conhecido. Paulo fez isso sem esquecer a modéstia, ao usar a terceira pessoa demonstrou ser humilde. Seu comportamento é um exemplo a ser seguido por nós.
Deus confirmou o ministério de Paulo com sinais, maravilhas e milagres. A circunstância sobrenatural é parte essencial do ministério. Apesar disso a fé cristã não deve se apoiar somente nisso, mas em Cristo, pois a vida cristã é vivida por meio da fé em Jesus, nosso Senhor e Salvador.
Em 1 Coríntios 12.28 a Bíblia declara: "E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. O ministério apostólico espiritualmente sadio possui esses dois aspectos em sincronia perfeita: ensino bíblico (Atos 2.42; 4.33) e operações dos dons espirituais (Mateus 10.1; Atos 5.12).
A doutrina dos apóstolos.
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" - Atos 2.42,43.
Após receber os dons e autoridade do Espírito Santo, Pedro se levantou disposto a entregar a mensagem da parte de Deus à comunidade judaica e pessoas de outras nações que estavam presentes no dia do Pentecostes (Atos 2.9-11). No primeiro dia, três mil pessoas foram salvas e se juntaram à Igreja e muitos milagres eram realizados por meio do ministério dos apóstolos.
A Igreja do livro de Atos vivia em um ambiente sobrenatural, mas também pairava sobre os crentes o temor a Deus. Ele liam as Escrituras e viviam em comunhão. A doutrina (didachê) dos apóstolos se consistia em fielmente em transmitir os preceitos de Cristo, jamais conceitos próprios. O significado bíblico de perseverança tem a ver com ser constantemente diligente, dedicar-se, acompanhar de perto, servir continuamente e ser assíduo. O vocábulo "comunhão" é "koinonia" e significa muito mais do que a amizade, é o amor cristão expressado por ações fraternais como compartilhamento, participação, companheirismo. Trata-se de uma unidade criada e composta pelo Espírito Santo no círculo cristão.
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo.
"Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança" - 2 Timóteo 1.1.
Quando Paulo escreveu a segunda carta a Timóteo, ele estava preso e consciente que a sua morte estava perto. Assim sendo, ele deu algumas palavras de encorajamento, instrução e exortação a Timóteo. Ele queria que Timóteo permanecesse fiel à pregação do Evangelho, apesar das perseguições, abandonos e privações que passaria. O conselho de Paulo desceu ao coração do jovem discípulo, pois a história relata que Timóteo continuou firme em seu ministério por cerca de trinta anos, até ser apedrejado por ser um pastor cristão.
Deus é o Criador do universo e a sua lei é absoluta e imutável. Paulo e Timóteo não quiseram interpretá-la fora de contexto para que se encaixasse no modelo de crenças e práticas da geração em que viveram. Em todos os tempos, a sociedade promoveu práticas que são contrárias às leis morais do Senhor. O cristão autêntico não se esquece que possui um ministério e que ministério significa serviço. O crente fiel é servo da Palavra de Deus. Como servo, divulga a Palavra corajosamente, exatamente como ela é, em todas as oportunidades que surgem.
Apóstolo, uma missão sacrificial.
"Porque me parece que Deus pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte. Porque nos tornamos espetáculo para o mundo, tanto para os anjos como para os seres humanos" - Coríntios 4.9.
De acordo com a Bíblia Sagrada, ninguém conhece tão bem a mente humana, seus anseios, suas angustias como o Senhor Jesus Cristo, que disse: "Eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês segundo as suas obras". Nos dias atuais encontramos líderes que se intitulam apóstolos, porém, textos bíblicos, como Atos 15.4, 6, 22-23, mostram que presbíteros, ou pastores e bispos, não tiveram a ousadia de se autointitular como apóstolos e nem consagraram outros ao apostolado. Em suas cartas, Paulo se referiu a ele e aos doze escolhidos por Jesus como apóstolos, apenas fez menção a Andrônico e Junia nesta mesma qualificação (Romanos 16.7).
1 Coríntios 4.9 pode ser melhor entendido quando examinado em seu contexto (versículos 4.7), quando Paulo usa a expressão "eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento", indicando que estava resolvendo as divisões da congregação com Apolo (1 Coríntios 1.10-13). Este relacionamento de líderes tinha o propósito de ser um exemplo para que os crentes coríntios seguissem na solução de suas divisões. Paulo usou a humildade como um exemplo, não permitiu que o colocassem em evidência maior do que a que Deus lhe deu, ciente que todos são servos do Senhor e não de si mesmos (Romanos 12.3, 16).
Os doze apóstolos de Jesus.
"Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor" - Lucas 6.12-16.
Duas prerrogativas são fundamentais para a qualificação do apóstolo: possuir conhecimento íntimo da vida terrena de Jesus e ser testemunha ocular de sua ressurreição. Paulo conquistou sua nomenclatura de apóstolo ao ser chamado diretamente pelo Cristo ressurreto (1 Coríntios 15.9).
Os doze apóstolo escolhidos por Cristo terão uma posição de destaque e honra no Céu, por terem sido os primeiros desbravadores do Evangelho de Cristo. Em Mateus 19.28, Jesus prometeu que os doze apóstolos que o seguiram fielmente, se assentariam ao lado dele em doze tronos para julgarem as doze tribos de Israel. E em Apocalipse 21.14, está escrito: "E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro".
Conclusão
A maturidade cristã é resultado do conhecimento aprofundado da Bíblia Sagrada, contribui para o desenvolvimento espiritual, integridade e responsabilidade do crente. Leva-o a aceitar que a autoridade apostólica dos primeiros apóstolos trouxe aos cristãos do século 21 as Escrituras Sagradas, encerrada em 66 livros.
Esta autoridade não é transferível aos apóstolos da atualidade. Os apóstolos da nossa geração são missionários e evangelizadores que fazem uso da doutrina apresentada nas Escrituras Sagradas, para estabelecer igrejas em diversos lugares, não dão vazão ao medo, arriscam suas vidas em lugares anticristãos para que o nome do Senhor seja anunciado e almas se curvem aos pés de Cristo.
Compilações:
Bíblia de Estudo Palavras Chave Hebraico e Grego. Rio de Janeiro - RJ, edição 2011.
Bíblia de Estudo Plenitude para Jovens. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. Impressão 2018.
Bíblia do Pregador Pentecostal. Comentários: Erivaldo de Jesus Pinheiro. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil. Impressão 2016.
Dons Espirituais. Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Elinaldo Renovato. Rio de Janeiro - RJ, edição 2011. 8ª impressão 2021.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
O Pregador Evangélico
O pregador. |
"Fiel é a palavra: se alguém deseja o episcopado, excelente obra almeja.É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, moderado, sensato, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;não dado ao vinho, nem violento, porém cordial, inimigo de conflitos, não avarento;e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito.Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?Que o bispo não seja recém-convertido, para não acontecer que fique cheio de orgulho e incorra na condenação do diabo.É necessário, também, que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair na desonra e no laço do diabo.Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos,conservando o mistério da fé com a consciência limpa.Também estes devem ser primeiramente experimentados; e, caso se mostrem irrepreensíveis, que exerçam o diaconato.Do mesmo modo, quanto a mulheres, é necessário que elas sejam respeitáveis, não maldizentes, moderadas e fiéis em tudo.O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem os seus filhos e a própria casa.Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo Jesus."
domingo, 20 de outubro de 2019
A Degeneração da Liderança Sacerdotal
A vida cristã é uma trajetória de adversidades e tentações às práticas do pecado. É necessário fazer todos os esforços possíveis para evitar pecar. Em todo tempo somos atraídos às concupiscências da carne, dos olhos e pela soberba dessa vida. Com o objetivo de não ceder ao erro, é preciso viver em submissão à orientação da Palavra de Deus.
Jesus está às portas (Mateus 25.21). O anúncio sobre A Volta de Jesus não significa que o crente deve ser uma pessoa alienada, ninguém precisa abandonar suas atividades sociais e profissionais para servir a Deus com inteireza de coração. Saber sobre a promessa do Arrebatamento da Igreja implica no dever de empregar recursos, talentos e tempo de maneira diligente, com a finalidade de estar completamente dentro da vocação que Deus nos chamou. A promessa de entrar no gozo celeste tem como finalidade nos manter em vigilância. Vigilância esta que não é sinônimo de ociosidade, mas da execução fiel de dons e habilidades que Deus nos confiou para usar nas oportunidade que Ele também nos concede.
Para alguns, a chamada divina representa uma mudança de atividade, mas para a maioria dos cristãos representa continuar a viver em fidelidade, realizar a atividade diária demonstrando amor a Deus e ao próximo no círculo social no qual está inserido, para assim testemunhar às almas que está ao seu alcance sobre o plano da salvação e motivá-las a se decidiram por Cristo.
Não podemos nos esconder de Cristo. Todo pecado contra Deus recebe sua sentença (Apocalipse 2.23). Ele conhece o que se passa em nosso coração, quais pensamentos alimentamos ou rejeitamos, e assim mesmo nos ama. Então, os pecados que damos espaço em nossa mente e colocamos em execução, devem ser confessados e abandonados. A fidelidade é o caminho do êxito verdadeiro.
Samuel dedicou sua vida como sacerdote, juiz e profeta. É a pessoa que Deus escolheu para marcar a transição do governo dos juízes ao governo dos reis. Como profeta, ele anunciou mensagens de Deus ao povo. É digno de nota que o termo profeta ("nabi" em hebraico) aparece seis vezes em sua forma feminina ("nebiyah"), e é usado por duas vezes para descrever o ofício profético de mulheres: de Hulda por duas vezes, de Miriã, de Débora e de Noadias, a esposa do profeta Isaías.
Em sua experiência profética, Samuel recebeu uma pesada comunicação divina, que se consistia na relevação de uma mensagem duríssima contra Eli e sua família. Samuel quis guardar a mensagem para si, pois se tratava de um diálogo particular entre ele e Deus. Deus o avisou sobre o juízo que estava presente no futuro de Eli e de toda a sua linhagem sacerdotal, para que ele não fosse surpreendido com a ocorrência trágica que estava prestes a acontecer. Mas Samuel, diante da insistência de Eli, demonstrou ser uma pessoa cordata e contou-lhe o que Deus havia lhe dito (Samuel 3.1-21).
Como porta-voz de sua Palavra, é importante ao crente ter o discernimento sobre os propósitos das revelações que recebe. Algumas são de ordem particular, outras apenas para um indivíduo ou comunidade e, é preciso agir com discrição, e, ainda outras, são mensagens cujo destino é amplo, quando é necessário trabalhar com muita disposição para alcançar o objetivo divino que Deus nos confiou realizar.
1.2 A experiência profética de Daniel
Nos quatro parágrafos abaixo, segue uma abordagem sobre a narrativa do capítulo 5 de Daniel, que nos ensina sobre a conduta correta dos pregadores da Palavra de Deus, no que se refere às suas prioridades
Os leitores da Bíblia Sagrada sabem que Daniel era cativo na Babilônia quando Belsazar, deliberadamente, afrontou a autoridade divina, ao usar os utensílios sagrados do templo de Deus em um banquete para mil convidados idólatras. Quando bebiam o vinho e louvavam aos deuses confeccionados em ouro, em prata, em cobre, ferro, e madeira, Deus permitiu que Belsazar visse uma mão a escrever sua sentença condenatória na parece do palácio no idioma aramaico, do qual ele e os babilônicos dominavam a leitura (Daniel 2.4), mas todos os presentes no local não conseguiram entender o significado da mensagem. As forças de Belsazar diminuíram, ele ficou trêmulo no mesmo instante. Convocou astrólogos, adivinhadores e pediu que interpretassem o que estava escrito, prometendo-lhes honrarias e dinheiro a quem conseguisse entender e dizer o significado. Apesar de ávidos por posição social e econômica mais elevada, todos que tentaram fazer a interpretação falharam, pois o Senhor só concedeu a Daniel a permissão de saber qual era o sentido da mensagem.
Daniel não havia comparecido, foi necessário chamá-lo. Daniel não confundiu o sagrado com o profano quando interpretou a frase, pois sabia que não deveria fazer aquilo aceitando recompensas terrenas, pois a sentença tinha que ser entregue demonstrando toda a sua imparcialidade como servo do único Deus vivo (Daniel 5.17). Estava escrito: "mene, mene, tequel e parsim": pesado foste na balança e achado em falta". Belsazar insistiu em presentar Daniel e lhe colocar como o terceiro dominador da Babilônia; naquela mesma noite Belsazar morreu (versículos 24 a 31).
Agir corretamente é o dever de todos os cristãos, temos diante de nós a Bíblia Sagrada e muitas almas que não entendem o seu conteúdo, pois não têm o Espírito Santo em suas vidas. O obreiro tem de valorizar a sua vocação (Hebreus 5.4). Há maior responsabilidade aos que foram separados pelas igrejas como ministros pregadores da Palavra, pois a atividade os coloca como centro das atenções de muita gente e nem todos que os ouvem têm estrutura para permanecer em pé caso haja escândalo provocado por eles. São muitas as circunstâncias em que, para fazer a coisa certa, os servos de Deus precisam desistir de recompensas materiais e priorizar tão somente aparecer como um intérprete das Escrituras Sagradas.
1.3 O exemplo ministerial do apóstolo Pedro
O apóstolo Pedro foi um dos discípulos que viram a glória da transfiguração (Marcos 9.1-13; 2 Pedro 1.16-18). E, tendo testemunhado a morte e a ressurreição de Jesus, foi o porta-voz de Deus que pregou no Pentecoste e tornou-se uma coluna da Igreja Primitiva. E com esta autoridade investida pelo Espírito Santo, ensina que os líderes devem viver o ideal da Palavra, como o exemplo dos fiéis (1 Pedro 5.3). Ao se dirigir aos presbíteros, que representava a liderança eclesiástica, identificou-se como um presbítero da mesma categoria, não como sendo alguém superior e admoestou-os a apascentarem o "rebanho de Deus", ecoando a todos exatamente o que Jesus havia ordenado a ele que fizesse (João 21.15-17). Seu exemplo como líder mostra que a autoridade é baseada no serviço, não em degraus de hierarquização ao estilo das empresas seculares.
Nem sempre, por mais que o ministro se esforce, poderá evitar que uma tragédia moral ocorra consigo ou com algum membro de sua família. Nestas circunstâncias de exceções, a Palavra de Deus nos aponta para a meta ideal e para a excelência no modo de se viver e também oferece graça, misericórdia e restauração em Cristo aos que são sinceros em sua prestação de serviço ao Senhor e para a membresia da igreja. Ver: Marcos 3.5; Lucas 6.6-11.
Eli fracassou ao não intervir na conduta imoral de seus filhos. e recebeu sua sentença condenatória por intermédio de um profeta desconhecido, teve a confirmação da condenação através do rapaz Samuel (1 Samuel 2.31; 3.12). Deus o rejeitou e o retirou juntamente com sua família do sacerdócio em Israel. O cumprimento da sentença ocorreu em tempo próximo (1 Samuel 4.18-22) e também remoto (1 Reis 1.7,8; 2.27,35).
Pelo fato de Eli não reprender a conduta má de seus filhos, ele recebeu o peso do juízo divino sobre sua vida, que terminou tragicamente ao cair de um assento e quebrar o pescoço. Mesmo sabendo dos erros de seus filhos, não os repreendia, mas se omitia, não cumpria suas responsabilidades como sumo-sacerdote e pai em seu âmbito familiar.
Não encontramos nos relatos bíblicos que Eli tenha cometido pecados por ação, o pecado que ele cometeu é registrado como omissão. Deixar de fazer o que é certo também é pecado (Tiago 4.17). Assim como é pecado mentir, também pode ser pecado conhecer a verdade e não dizê-la. É pecado falar mal do próximo, mas também é pecado evitar uma conversa quando a pessoa precisa de um incentivo para melhorar suas atitudes e consertar seus erros.
Pelo fato de os filhos de Eli não valorizarem o que Deus lhes deu, por trocarem o sagrado pelos prazeres da vida, eles receberam como consequência a ira do Senhor, que foi executada por intermédio da invasão dos filisteus.
Temos em Levíticos 21.6-7 as leis para os sacerdotes judaicos. Nesta passagem bíblica, é dito, subtendidamente, que o sacerdote sem esperança no cuidado soberano, sobrenatural e eterno de Deus, é alguém incapaz de ministrar ao povo no templo. Com as devidas proporções no que tange às atividades litúrgicas, notamos que existem características similares no perfil do sacerdote do Antigo Testamento com o ministro das igrejas no Novo Testamento. O zelo por um estilo de vida semelhante a Cristo (João 4.23-24; Romanos 12.1-2); o cuidado na escolha de uma esposa que aprecie ser sua companheira ministerial (Levítico 21.7); uma boa administração do lar e dos filhos em fase infantil e daqueles que ainda vivem em casa sob a responsabilidade dos pais (1 Samuel 3.4; 1 Timóteo 3.4).
3. A desgraça da família de Eli.
Os filhos de Eli foram descritos como "filhos de Belial" (1 Samuel 2.12-36); o termo hebraico significa indignidade ou iniquidade. A degeneração da família de Eli ocorreu porque seus filhos cometeram profanação às coisas sagradas que haviam no tabernáculo. Ao agirem de modo corrupto e imoral. profanaram o ambiente religioso e pecaram contra Deus.
A advertência que Eli deveria ter proferido aos seus filhos teria que abranger tanto uma repreensão sobre a conduta imoral que eles apresentavam quanto fazê-los perceber que suas ações provocavam efeitos negativos sobre os israelitas que os observavam.
A Carta à Igreja de Tiatira (Apocalipse 2.23) revela que o Senhor exerce seu juízo contra os seguidores de Jezabel. Essa mulher é a mãe simbólica de todos que seguem doutrinas libertinas e espúrias. Neste texto, literalmente, no idioma grego, é dito que o Senhor examina "rins" e "entranhas. Na atualidade, costuma-se fazer referência ao coração para explicar os sentimentos e à mente para a razão, mas nem sempre foi assim. Tal sondagem significa que Ele conhece as nossas vontades (desejos e fome) mais íntimas, e todos os motivos de nossas decisões, ações e reações.
III - AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
Todos os dias o cristão é tentado a não fazer o bem que a Palavra de Deus orienta a que seja feito e a fazer o mal que aprendeu nas Escrituras que não pode fazer. O apóstolo Paulo mostra a existência deste conflito dentro do coração do crente, revelando que havia em sua vida esta situação incômoda.
Existe um erro de interpretação muito grave quanto ao substantivo "vara", em Provérbios 23.13-14: " Não deixe a criança sem disciplina, porque, se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Você a castigará com a vara e livrará a alma dela do inferno". A vara é um símbolo do cuidado e amor dos pais. Tal palavra também se encontra no Salmo 23 e versículo 4, faz alusão aos pastores que a usavam como instrumento de defesa do rebanho, enxotando os animais predadores de ovelhas, e jamais como algo para espancá-las.
A educação dos filhos envolve um processo de "discipulado" (Hebreus 12.11). Os pais ensinam a obediência não apenas para sujeitar os filhos ao mero capricho de dar ordens e vê-las cumpridas. Deus concede autoridade com o objetivo de conduzir as crianças à salvação. Apesar do castigo fazer parte da disciplina, no processo de educação existem diversas etapas intermediárias antes de aplicar a pena mais enérgica. É possível dialogar com os pequenos, além de haver o método de ensino através do exemplo. Não compreender tal propósito divino leva a prole à degeneração espiritual.
É preciso conviver com as crianças tendo a sensibilidade para conhecer os momentos em que elas deixam de obedecer por simples imaturidade ou esquecimento, por dificuldade em cumprir a ordem devido transtorno neurológico como o déficit de atenção, por estar frustrada e a rebelião obstinada. Para todas as situações os genitores devem se esforçar para evitar prejuízos à fé dos pequenos e não causar a sua ira. Quando há boa orientação, associada ao modelo correto do padrão do estilo de vida cristã que Deus espera de todos nós, a correção terá como consequência mantê-los no rumo certo.
3 . Pecados voluntários e deliberados não têm perdão.
No contexto da primeira carta de João, o pecado que traz a morte era prática de gente que tinha consciência do que representa o pecado para Deus e mesmo assim sentiam satisfação em pecar (2.15), essas pessoas eram inimigas de Cristo (2.18-19), estavam envolvidas pelas trevas (2.9,11), eram filhos do diabo (3.10), negavam que Jesus Cristo veio como um ser humano (3.22-23; 4.13) e eram seguidoras do espírito do erro (1 João 4.6). Assim sendo elas, o apóstolo instruiu seus discípulos que seria vão orar em favor de tais almas equivocadas (Mateus 12.31,32; Hebreus 6.4-6).
Haja luz de discernimento nos seguidores de Cristo, que o coração de cada um de nós pulse em temor e tremor, pois há pecados pelos quais ninguém deve orar pelo pecador. Como seguidores de Jesus, estamos livres da escravidão do pecado, temos a mente de Cristo e nesta circunstância há condição plena de evitar o pecado voluntário e deliberado (João 8.36; 1 Coríntios 2.16).
Relatos sobre as drásticas consequências do pecado:
• A expulsão de Adão e Eva do Paraíso (Gênesis 3.1-7,23; Romanos 5.12)."Se continuarmos a pecar de propósito, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados. Pelo contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários" - Hebreus 10.26,27 (NAA).
• Acã e sua família perderam a vida (Josué 7.24-25);
• Nabal, homem duro em palavras e ações, teve aparente rigidez mórbida antes de morrer (1 Samuel 25.36-38)
• Ananias e Safira foram mortos (Atos 5.1-11).
O pecado que leva à morte tem sido explicado de muitas formas. Alguns sugerem que a referência é ao pecado que resulta em morte física. Outros explicam a morte espiritual, que sobrevém aos que conhecem a verdade, experimentaram as bênçãos e rejeitam o Evangelho com deboches contra Deus e ações violentas contra os filhos de Deus. Os tais são comparáveis ao cão que retorna ao seu vômito para ingeri-lo (Provérbios 26.11).
CONCLUSÃO
Pela falta de esperança no cumprimento das promessas de Deus, muitos crentes se contaminam ao encontrar oportunidades de satisfazer os prazeres passageiros que estão neste mundo. E não deveria ser assim.
E.A.G.