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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Pérgamo o trono de Satanás e o Natal

Por Abraão de Almeida

O último Livro da Bíblia afirma o seguinte acerca da Babilônia: "Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apocalipse 18.3). É notável, entretanto, que o Senhor Jesus na Sua revelação a João, na Ilha de Patmos, tenha citado a cidade de Pérgamo (Apocalipse 2.13,13) como o trono de Satanás, não Babilônia. Por quê?.

É preciso buscar as respostas nos rastros dessas duas cidades, Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caico, a 30 quilômetros do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e espiritual. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A celebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.

Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente.

Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atená, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha também uma antiga forma de adoração ao diabo e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do famigerado culto ao imperador.

Antes de o apóstolo João escrever o Livro de Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo.

A influência de Babilônia na transformação de Pérgamo  em "trono de Satanás" e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da "grande prostituta" (Apocalipse 17.1), remonta ao ano 487 a.C. Naquele tempo, pelo fato de Artaxerxes haver tomado Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo.

De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores ostentavam tais títulos, com todas as cerimônias, ritos e dignidades, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.

O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Julio César, o qual foi eleito pontífice em 63 a.C., o qual foi eleito pontífice em 63 a.C. De Julio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica, porém, este último, em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia, por isso renunciou ao título.

Não havia naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C., e colocada sobre ele, que se tornou pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente advém da Babilônia - do diabo.

No rastro da paganização - O caminho para a paganização do cristianismo romano, aberto da maneira como mencionamos, foi iniciada no início do século 4, quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usada como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.

No ano 381, surgiu o decreto da adoração a virgem Maria, que, de maneira alguma, honra de maneira alguma a bem-aventurada mãe do Salvador, porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como mariolatria, várias outras foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção de rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram pro volta do século II e, a partir de 1326, tornaram-se rezas comuns entre os católicos.

Natal: nascimento do Sol? - Não foi apenas a mariolatria introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: "Porque os costumes dos povos são vaidade. Cortam uma árvore do bosque, e um artífice a trabalha com o machado. 4 Com prata e ouro a enfeitam, com pregos e martelos a fixam, para que não caia" (Jeremias 10.3,4).

Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início oda era cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século 3, e, em outros lugares, no dia 6 de janeiro ou no dia 25 de dezembro ou 28 de março.

O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória da natividade do Sol invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana a partir do ano 336 para a comemoração do nascimento de Jesus, com reação ao paganismo.

O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a ideia de festejar o nascimento de Cristo "como se ele fosse um faraó".

A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãos realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.

Segundo alguns conhecedores do assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e as primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento. Reforça esse argumento o fato de pastores estarem no campo, na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, á sombra, e fossem apascentados à noite.

E.A.G.

Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.
Fonte: Graça. Página 35. Dezembro de 2000.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

A escatologia na parábola O Joio e o Trigo

Na literatura mundial, de todos os tempos, não há livro mais cheio em material alegórico do que a Bíblia. As Escrituras Sagradas empregam a linguagem figurada para através delas transmitir verdades profundas e necessárias.

E nas páginas da Bíblia, não há nenhuma personagem que mais fez uso da parábola do que Jesus Cristo. Ao usar parábolas, Ele ilustrou lições com figuras familiares e fez referência especial aos seus diferentes efeitos produzidos nos homens de disposições diferentes, revelou o modo de progresso do Reino de Deus aqui na Terra e como será  a sua consumação.

Entre as parábolas que encontramos nos Evangelhos, a parábola do Joio e do Trigo é a que tem a explicação mais ampla sobre o Juízo Final e a natureza do Reino, de modo a não deixar dúvida na sua interpretação. Tudo ali está claríssimo: há um campo; há pormenores sobre este campo; fala de dois semeadores, um que semeia uma semente de boa qualidade e o outro que semeia ervas daninhas; fala do tempo da colheita e como e por quem ela será realizada.


"Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo: 'O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto todos estavam dormindo, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e foi embora. E, quando as plantas cresceram e produziram fruto, apareceu também o joio. Então os servos do dono da casa chegaram e disseram: 'Patrão, o senhor não semeou boa semente no seu campo? De onde, então, vem o joio?' Ele, porém, lhes respondeu: 'Um inimigo fez isso.' Mas os servos lhe perguntaram: 'O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?' O dono da casa respondeu: 'Não! Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. E, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Ajuntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; mas recolham o trigo no meu celeiro.'" - Mateus 13.24-30.
Jesus diz que a boa semente foi lançada em boa terra, mas alguém semeou entre ela o joio. Esclarece que o joio precisa crescer junto com o trigo até a colheita, para depois ser arrancado, evitando desta maneira que, ao remover o joio, com ele seja tirado também o trigo. Percebendo a falta de compreensão dos discípulos, Cristo passa a revelar o significado de cada elemento que aparece na parábola. Explica:
"O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e jogado no fogo, assim será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu Reino todos os que servem de pedra de tropeço e os que praticam o mal e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." - Mateus 13.37-43.

Tanto Jesus como o Diabo são semeadores. A parábola diz com extrema clareza que Jesus plantou o trigo, que representa os cristãos; Satanás plantou o joio, que representa os falsos irmãos; o tempo da ceifa será o tempo do fim; e que os ceifadores são os anjos. Apesar de estar tão claro, há muitos que têm a mente cauterizada, confundem as palavras do Mestre, dando-lhes uma interpretação que Jesus jamais autorizou; não sabem diferenciar o joio do trigo, para eles qualquer gramínea é trigo, desde que esteja no campo. Pensam que já foi realizada a colheita. A colheita ainda não está feita.

O plantio de joio é a configuração de uma ação diabólica, traduz o retrato da prática do mal ao extremo. Como erva daninha, o joio não tem nenhum valor comercial e é uma semente que não é possível diferenciar quando comparada ao trigo até que tenha brotado. No círculo da cristandade, os maus são semeados entre os bons, e a diferença nem sempre é visível. Muitos que não são do Senhor assemelham-se aos que são: eles frequentam os cultos e participam diretamente da liturgia, são leitores da Bíblia, oram como se fossem cristãos fervorosos, mas não têm Cristo, seus corpos não são morada do Espírito Santo e não amam a Deus.

Ninguém se engane, não pense que nas igrejas há somente grãos. A vivência na comunidade cristã nos tem mostrado que nelas sempre houve e haverá também a palha. As folhas secas são os crentes que se julgam superiores ao joio e ao trigo. Eles não vigiam, não guardam a Palavra de Deus em seu coração, e de quando em quando, cortam a erva daninha que tenta sufocar o trigo, não se importam com o aviso de Jesus Cristo. O Senhor disse que a separação de um e outro só cabe a Ele realizar, pois o homem é incapaz de limpar a plantação. Portanto, enquanto houver o cultivo do trigal, isto é, igrejas avivadas antes do Arrebatamento, haverá também a erva daninha ocupando espaço na plantação.

A ceifa acontecerá na primeira fase da Segunda Vinda de Cristo, quando então o trigo será separado pelo Senhor definitivamente da erva maligna. Quando ocorrer o Arrebatamento, apenas os crentes perseverantes na doutrina do Senhor, que preservam a fé e a simplicidade, serão salvos, somente os salvos irão com o Salvador para o Céu. Não há salvação aos que vivem dentro das igrejas sob o manto da religião, agindo dissimuladamente, pensando que apresentar-se como crente lhe dá o direito de praticar todas as coisas que a sua imaginação inventar. Quem não estiver espiritualmente preparado não será arrebatado pelo Senhor  (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Quando Jesus falou sobre o joio e o trigo, seu objetivo era mostrar aos crentes o perigo da má influência que há aos que são trigos, pois convivem com o joio, os falsos irmãos que carregam no coração o amor ao mundo e suas efemeridades.


Ninguém se iluda. Toda pessoa, por mais religiosa que seja, que não queira se converter dos desejos desenfreados da carne ao senhorio de Jesus Cristo, terá a mesma sorte da igreja em Laodiceia (Apocalipse 3,14-22). Não pense que por haver crido em Jesus, está transformado definitivamente em trigo; o crente que não se manter vigilante e dormir, como fizeram os crentes da igreja de Laodiceia, ouvirá contra si a mesma frase que os laodicenses ouviram: "estou a ponto de vomitá-lo da minha boca" (verso 15).

Por acaso, não tinha a igreja de Laodiceia possuído a vida e o amor de Cristo? Não foi, a princípio, modelo de fidelidade, sofrendo pela causa e nome do Senhor? Sim. Mas depois aquela igreja se tornou morna, nem fria e nem quente, indiferente, e perdeu o direito às bênçãos. Embora antes tivesse sido a representação do trigo, veio a tipificar o misto do joio e da palha. Tal deformação ainda acontece nos dias atuais.

Muitos vivem no meio religioso julgando que são trigo, porém, na verdade, são o joio ou a palha. Caso o indivíduo não seja um praticante da Palavra de Deus, mesmo que viva assiduamente dentro da igreja a vida toda, não receberá a salvação; é possível frequentar uma igreja por toda a vida e não ser salvo. Conferir: Provérbios 13.13; Tiago 1.19-27.

O "não vos conheço" será proferido para muitas pessoas que diversas vezes disseram "Senhor, Senhor" e não obedeceram aos mandamentos de amar a Deus e ao próximo, não apresentaram o fruto do Espírito. Muitos que profetizaram, manifestaram dons espirituais de curas e expulsaram demônios, estiveram entre os verdadeiros servos do Senhor, ouvirão a sentença "afastai-vos de mim". Mateus 7.22-23.

O joio é joio tanto dentro quanto fora da igreja; de igual modo o trigo é trigo em todo o lugar que estiver. Portanto, ninguém se glorie sendo joio, por crescer no meio do trigo, ou seja, estar atrelado à rotina da igreja. Chegará o momento em que o trigo será recolhido e guardado no celeiro e o joio posto à distância, para ser julgado e condenado a passar sua existência no castigo eterno.

Conclusão

A serpente entrou no Paraíso como se fosse a melhor amiga de Eva; o sangue de Abel foi derramado por seu irmão Caim; Judas infiltrou-se entre os doze apóstolos e beijou Jesus hipocritamente, Estevão e Tiago foram martirizados por pessoas que pretendiam erradicar o cristianismo, falsos cristãos atrapalharam os ministérios dos apóstolos Paulo, Pedro e João. O joio está presente na Terra há bastante tempo!

A Terra pertence a Deus e nela Jesus Cristo proclamou o Evangelho da salvação, entregou sua vida no sacrifício da cruz para, sem pecado, morrer no lugar de todos os pecadores, ressuscitar dos mortos para que os pecadores arrependidos de seus pecados tenham a oportunidade de abandonar a natureza nociva de joio pelo bom caratismo do trigo.

E.A.G.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

A carta ao líder da igreja em Éfeso, o inverno e o albatroz



Amanhã, chegaremos aos dias gelados de junho.

Na foto, a figura do Albatroz. Ainda é bem viva em minha mente a lembrança de um documentário que pude assistir quando ainda era criança sobre esta ave.

O Albatroz, maior entre todos os pássaros ainda existentes na natureza, é famoso por seu jeito atrapalhado de se locomover quando está em terra e por seus movimentos belos ao voar. Quando conquista seu par romântico, tanto a fêmea quanto o macho, estabelece um relacionamento monogâmico até o final da vida. É caçador, come crustáceos, moluscos, peixes, mas não rejeita comê-los se os encontrar mortos recentemente. Fazem ninhos em ilhas distantes dos continentes. Gosta de viver em colônias com os da sua espécie e não se incomoda em compartilhar o espaço da feitura de ninhos com aves de espécies diferentes.

No meio desta semana, deixando de lado o documentário antigo, assisti uma pessoa falar sobre a previsão do tempo para os próximos dias da atmosfera da cidade de São Paulo. A meteorologista afirmou que uma grande onda de ventos invadirá o céu da capital paulista e farão a temperatura baixar muito. Então, pensei naquelas pessoas que detestam o clima frio e sofrem porque sua saúde é sensível à friagem. Pensei nas criancinhas cujos pais não têm agasalho e calçados suficiente para mantê-las aquecidas.

Ao ouvir sobre o ar gélido, minha mente vagueou mais, fez com que eu me lembrasse do livro Apocalipse, relesse o capítulo 2, versículos 1 ao 7. Por quê? Aquele texto descreve os corações dos crentes frios da igreja em Éfeso, pessoas aparentemente imperturbáveis quando diante de situações perturbadoras. Nesta passagem bíblica, endereçada ao líder da igreja grega, somos informados o seguinte:

Primeiro: Jesus conhece as nossas obras, o tamanho da paciência que dentro de nós. Ele conhece, detalhadamente, qual é o grau de tolerância que exercemos para com as pessoas más. Ele sabe quando observamos e colocamos à prova aqueles que dizem ser o que não são, examina o íntimo de nossos pensamentos sobre essa gente dissimulada.

Em segundo lugar: Cristo é testemunha ocular do quanto sofremos e persistimos trabalhando em favor da expansão do conhecimento de seu nome. Nome que tem plena autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Ele sabe se, como crentes, agimos com disposição ideal ou se deixamos de priorizar o amor a Deus em nossas conversas e atitudes. Se errarmos quanto a isso, quer que mudemos o comportamento equivocado, e lembra que haverá o Dia de Acertos de Contas.

Ah... o Senhor sabe se nós odiamos aqueles que criaram, vivem e ensinam ao povo doutrinas estranhas ao Evangelho – ele odeia essa gente também.

Terceiro: Jesus recomenda aos que o ouvem que prestem atenção na mensagem do Espírito dada ás igrejas. O Espírito promete, aos que vencerem os problemas expostos acima, que dará a eles o fruto da Árvore da Vida, que está plantada no meio do Paraíso de Deus. Com certeza, este fruto é muito saboroso e bastante nutritivo!

Conclusão:

Mesmo que sejamos desajeitados como os albatrozes em nossa caminhada cristã, peçamos graças ao Senhor e nos esforcemos para alçar o voo da fé. Que possamos viver aninhados e aquecidos com nossos irmãos em Cristo, fiéis ao Pai celeste e com a pessoa que escolhemos para viver aconchego matrimonial. Viver sem desprezar as pessoas estranhas que se aproximam de nós, desejosas de fazer parte da irmandade que louva a Deus. E que a nossa comida espiritual seja comporta somente de porções diárias da Palavra de Deus, pois as Escrituras Sagradas são eternamente vivas e eficazes para nos manter fortes e saudáveis, seja em épocas de intenso calor ou frio.

E.A.G.

domingo, 4 de dezembro de 2016

O crente pentecostal e a temperatura espiritual ideal




O fogo do inferno

É comum para muitos cristãos, da vertente pentecostal, associar a qualidade da espiritualidade observando as manifestações do indivíduo durante o culto. Se a pessoa é muito expressiva, dada a falar línguas estranhas e dizer “glórias a Deus” e “aleluia” em voz alta, este é descrito como alguém “batizado com o Espírito Santo e fogo”. O fogo é associado com alta espiritualidade entre uma parte dos crentes pentecostais, devido ao relato de Lucas sobre a visão dos apóstolos, que viram acima deles línguas que pareciam ser de fogo (Atos 2.1-3). Não pretendo julgar se esta ou aquela pessoa está ou não batizada com o Espírito. Eu apenas quero lembrar que o inferno também é descrito como um lugar quente, pois contém o “fogo que nunca se apaga” (Marcos 9.44, 46, 48).

Crente quente, crente morno e crente frio

Lembro, ainda, que em Apocalipse 3.15-16, Jesus Cristo repreende o líder da igreja de Laodiceia dizendo que ele não é quente e nem frio, que deveria ser quente ou frio porque os mornos são vomitados de sua boca. Isto é, o Senhor rejeita os crentes mornos, portanto, ser crente “quente” ou ser crente “frio” não desagrada ao Senhor.

Guiados pela fé e pela Palavra de Deus

Nas páginas das Escrituras Sagradas, somos informados que os servos de Deus devem viver pela fé (Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38). Isto significa que não deve basear o curso da sua caminhada cristã guiando-se pela emocionalismo, baseado em preferência pessoal, por conta de experiências sobrenaturais, os sentimentos que fazem o coração palpitar alegremente. 

Enfim, guie-se pela Bíblia, pois é a fé que faz de você uma pessoa agradável perante o Senhor, a fé só é depositada em seu coração quando a ouve (Hebreus 11.6; Romanos 10.17).

E.A.G.

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Guarda o que tens...

Por Adhemar de Campos

A frase acima é parte do versículo onze de Apocalipse capítulo três, o último livro da Bíblia. São palavras do Senhor Jesus dirigidas ao anjo da igreja que está em Filadelfia. As primeiras palavras do texto são  são "eis que venho sem demora..." e em seguida a advertência "guarda o que tens..." Devemos refletir sobre esse assunto e extrair dele lições.

Ao meditar neste frase duas perguntas me vem a mente. Guardar o quê? O que é que eu tenho? Cabe aqui um questionamento que cada um de nós deve fazer. Por isso eu pergunto, o que é que você tem? Há uma palavra que, acredito, pode trazer luz sobre esta questão: a palavra depósito.

Quando tivemos um encontro com Jesus, um verdadeiro milagre aconteceu. A cruz foi nosso ponto de encontro com Cristo onde recebemos o bom, abundante e completo depósito divino. A lista é intensa, porém, podemos destacar alguns elementos que representam este depósito.

• Salvação;
• Espírito Santo;
• Palavra de Deus;
• Amor;
• Fé;
• Esperança;
• Dons;
• Ministérios.

Toda pessoa realmente convertida, se torna um depósito dessas riquezas divinas, as quais fazem dela alguém mais do que vencedor!

O apóstolo Pedro ensina: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade... pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina..." - 2 Pedro 1.3-4.

Observe o que o texto diz: Ele nos deu tudo. Repito: tudo.

Ao estabelecer a nova aliança, o Senhor prometeu dar um novo coração, tirar o coração de pedra e colocar um coração de carne, pôr em nós o seu Espírito, seus estatutos e fazer-nos andar neles (Ezequiel 36.26-27).

A nova vida em Cristo proporciona todos esses benefícios, porém, infelizmente se apregoa um evangelho tão distante dessas verdades, capaz de "produzir" um cristão que mal sabe o que tem... Se esse cristão mal saber o que tem, o que ele vai guardar?

Vivendo num mundo cujo sistema tenta sufocar o valor divino depositado em nós, devemos lançar mão das nossa milícia que são poderosas em Deus para destruição das fortalezas (2 Corintios 10.4).

• fortalecer-nos no Senhor e na força do seu poder (Efésios 6.10);
• orar em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito (Efésios 6.18);
• combater o bom combate, terminar a carreira, guardar  fé (2 Timóteo 4.7).

Concluindo, quero encorajar você a não aceitar nenhum tipo de imposição do mundo, e recomendar as palavras de Paulo dirigidas a Timóteo:

"Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós" - 2 Timóteo 1.14.

"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado..." - 1 Timóteo 6.10.

Fonte: Expressão Nacional, página 8, junho de 2001

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

EBD - terceiro trimestre 2012 A vida plena nas aflições

A revista Lições Bíblicas, publicação da CPAD, Vencendo as Aflições da Vida, matéria número 14, aborda a prisão de Paulo, quando ele escreveu a carta aos crentes da cidade grega de Filipos. O comentarista Eliezer de Lira e Silva usa a situação de provação e sofrimento do apóstolo para construir um paralelo com o sofrimento de todos os cristãos de todos os tempos.

Onde Paulo estava preso?

Temos informação sobre o encarceramento e quais eram os destinatários da epístola que Paulo escreveu, mas não possuímos a informação do local, pois ele não disse onde era. Apenas deixou pistas ao referir à "guarda do palácio do governador" e comentou sobre pessoas do palácio do imperador (Filipenses 1.1, 7, 13-14; 4.22). Atos do Apóstolos revela que Paulo esteve preso duas vezes em Cesaréia (23.31-26.32) e em Roma (28.16-31). Como as expressões que o apóstolo usou podem se aplicar aos trabalhadores que estavam em atividades em Roma e também nas provincias, então, não podemos deduzir em qual localidade Paulo escreveu a carta.

Uma das faces das tribulações do apóstolo

Jesus Cristo revelou a Ananias o futuro de Paulo: "Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" - Atos 9.15-16.

É fato:  Jesus Cristo avisou que no mundo teríamos aflições (João 16.33). Então nenhum cristão deve viver em ilusão, acreditar na falácia de que não terá problemas porque está convertido a Cristo, como se a vida cristã fosse um "mar de rosas". Mas, é preciso entender a razão de precisar passar algumas fases da vida com o coração aflito.

A experiência paulina contém uma lição preciosa a todos nós. Os episódios das prisões de Paulo são partes da colheita de muita coisa ruim que ele plantou antes da sua conversão. Antes de se converter, ele foi responsável pela orfandade de muitas crianças, viuvez de esposas, por pais e mães enterrarem seus filhos (Atos 9.5).  O apóstolo sabia disso, e escreveu o seguinte: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido" - Gálatas 6.7-9.

Quem plantar em sua vida abrolhos - planta que dá frutos espinhosos -, não ore a Deus pedindo para Ele trocar sua colheita ruim por uvas deliciosas ou outra espécie de fruta palatável. Ele é justo e não responderá este tipo de oração.

O próprio Filho do Altíssimo alertou a Pedro sobre o resultado da semeadura, quando o discípulo fez uso da violência contra o soldado Malco: "Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão" - Mateus 26.52. Ou seja, quem causar sofrimentos, também sofrerá.

No livro de Provérbios está escrito que "os justos se libertam pelo conhecimento" (11.9). Faça uma boa plantação e terá resultados prazeirosos. O cristão deve ser justo e praticar o bem para colher coisas boas, nenhum injusto receberá bênção por cometer injustiças. O injusto deve esperar apenas o galardão das suas injustiças (2 Pedro 2.12-14).

Ninguém deve acreditar que a excelente colheita que o próximo recebe poderá ser transferida para si e que a sua colheita, de péssima qualidade, é transferível aos outros, que dela não são responsáveis pelo plantio. Cada um recebe a porção que plantou. Deus é justo, não permite que o plantador da oliveira perca o direito de receber o produto de sua colheita, e em troca das olivas receba espinhos, plantadas por decisão de seu vizinho inconsequente.

As colheitas de aflições e a inveja

"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros" - Gálatas 5.24-26.

O vício de irritar o irmão é uma obra carnal, e como temos visto aborrecedores de irmãos! Ser promotor de irritação é uma das modalidades de escárnio, ser escarnecedor é proceder em direção contrária ao desejo do Espírito. Assim sendo, nenhum pirracento espere colher o amor de Deus aqui nesta vida e na eternidade, se não se converter do seu mau caminho.

Ah... Produza o bem, para não correr o risco de experimentar as colheitas de aflições e possuir olhar de inveja sobre os benefícios que seu irmão usuflui.

Encontramos a situação deste tipo de inveja na passagem O Rico e Lázaro. Lázaro desfrutava de bem-estar no seio de Abraão, ele colhia bênçãos como uma recompensa por crer em Deus e não haver praticado males durante as experiências de muitas privações enquanto em vida terrena. Ganhou o direito das benesses divinas porque não praticou males. O rico, que não o socorreu enquanto o via sofrer na Terra, ao passar a colher frutos do egoísmo e indiferença que plantou, sofrendo no inferno, ordenou a Abraão que orientasse Lázaro a serví-lo com um pouco de água. O rico desejava receber a colheita que não merecia e nem lhe pertencia! (Lucas 16.24)

Os participantes das aflições de Cristo e os cristãos inconsequentes

O apóstolo Paulo e outros apóstolos sofreram perseguição religiosa. Mas, eles não foram pessoas perfeitas e sem pecados, cometeram erros e colheram o fruto de seus equívocos também.

Alguns cristãos enaltecem o sofrimento dos apóstolos, como se as aflições deles fossem da vontade de Deus, um espetáculo que o Criador gosta de assistir de camarote. Para estes, eu costumo dizer que é necessário observar como era a vida e como foi o fim que os apóstolos tiveram, é preciso fazer a contextualização histórica. Eles viveram em outro cenário político, outros costumes, outra sociedade. Não é possível fazer uma comparação sem levar em consideração todas as diferenças existentes entre o passado e o presente. Além disso, nem tudo o que Deus permite é de Sua vontade, muitos acontecimentos ocorrem por causa do uso equivocado do livre-árbritrio que o ser humano tem, por não saber usar a liberdade de maneira correta (1 Corintios 8.9; Gálatas 5.13, 1 Pedro 2.6).

"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" - 1 Pedro 4.13-16.

Talvez, lembrando-se do episódio em que foi repreendido por Jesus quando usou a espada e cortou a orelha de Malco, Pedro escreveu abordando o cuidado que devemos ter em nossas ações. Ele fez uma distinção quanto ao tipo de aflições que o cristão está sujeito a passar.

Conclusão

Nem todos os reveses acontecem na vida do cristão por causa da fé em Cristo. Muitos aflitos sofrem por plantar abrolhos, cardos, espinhos - e se machucam com eles. Em momentos de aconselhamentos espirituais, é comum encontrar quem reclame de momentos maus que atravessam sem enxergar sua parcela de culpa. Ao analisar o problema, percebemos que elas também provocaram o mau que as aflige.

"Abstende-vos de toda a aparência do mal" - 1 Tessalonicenses 5.22.

Conheço uma pessoa que possui problema na vista, ela enxerga muito mal. Apesar disso, desloca-se pela cidade como motorista. Por diversas vezes já passou pela iminência de acidentes no trânsito. Nega-se a fazer a cirurgia que expele a catarata, apesar de muitas pessoas próximas lhe recomendarem que faça isso. Caso ocorra o pior, será uma colheita previsível e não a mera fatalidade.

Existem muitas circunstâncias na vida parecidas com essa, porém menos drásticas. A pessoa que não se aplica aos estudos terá um futuro pouco promissor; o profissional que não se qualifica poderá perder sua vaga para o colega que faz reciclagem de seus conhecimentos; o sujeito que não se alimenta de maneira balanceada, poderá desenvolver doenças no estômago, ou diabetes. Etc.

É comum encontrar muita gente usando o exemplo das aflições dos apóstolos como um espelho do que significa ser cristão autêntico.  Enaltecem as aflições que os cristãos hebreus passaram, como que se a vida feliz e em tranquilidade aqui na Terra fosse estar totalmente fora da vontade de Deus.

Se o sofrimento que experimentamos ocorre por causa da fé, então, somos felizardos espiritualmente. Mas, se é motivado por atitudes inconsequentes, resta-nos lamentar e nos esforçarmos para mudar a espécie de plantação que estamos fazendo hoje, para recebermos no futuro momentos bons como colheita. É preciso abandonar erros, passar a agir corretamente para alcançar dias melhores.

Quem cuida de sua semeadura, fazendo o plantio de acordo com a Palavra de Deus, estará sujeito a ser afligido com algum grau de perseguição religiosa, por causa do seu amor a Cristo, porém, com toda certeza, sofrerá bem menos do que a pessoa que  lança em sua vida sementes de irresponsabilidades, maldades, indiferenças e ódio.

E.A.G.

domingo, 22 de julho de 2012

EBD 2012 - Vencendo as Aflições da Vida: superando traumas da violência social

A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) propôs aos alunos de escola dominical, nas faixas etárias de jovens e adultos, um tema bastante difícil de ser lecionado e aprendido. É preciso, mas não é agradável estudar sistematicamente sobre as aflições dessa vida.

Quando o aluno absorve a lição, tal qual a ingestão de uma vitamina amarga, o que é aprendido faz grande efeito positivo, fortalece o discípulo de Cristo. Depois que ele entende a razão de haver adversidades, o que provoca a maré em contrário, a dificuldade de encontrar o céu de brigadeiro, tem condições de agir corretamente para defender-se das contrariedades. Ao empreender ações corretas em horas certas, suas chances para receber a vitória, experenciar tempos de satisfação, serão maiores.

1 - Quem somos em meio às aflições?

O apóstolo João comentou sobre as lutas. Mas ele observou as situações adversas pelo prisma de Cristo: a vitória.

"Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados. Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno" -  1 João 2.12-14.

2 - A fé e as obras

O cristão vive pela fé e o certificado de que a fé está viva são as obras (Habacuque 2.24; Tiago 2.26).

Quais obras? As Escrituras Sagradas são uma coleção de 66 escritos, livros e cartas, que representam para nós o que Deus diz. Nenhuma afirmação bíblica está registrada sem motivo. A Bíblia é um tratado para aplicação pessoal. É preciso ler, orar, agir. Os mandamentos são para serem seguidos e as afirmações, verdadeiras, cridas e praticadas.

"Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." - João 14.12-14.

Na semana passada, eu entreguei para duas pessoas aflitas o mesmo recado. Disse-lhes que o Filho de Deus deixou à Igreja a autorização para usar o nome dEle para retirar as "montanhas" que nos causam aflições (Mateus 21.21; Marcos 11.23). Por meio do Espírito Santo, o Senhor entregou nove dons sobrenaturais para a edificação da Igreja. Sim, eu e você podemos repreender todos os males que nos afligem usando o poder que há no nome de Jesus Cristo. Usemos! Confira: 1 Coríntios 12.9, 28.

Talvez, apesar de tudo isso que está escrito sobre quem é você na esfera espiritual ainda olhe-se no espelho e não encontre a face de uma pessoa capaz de superar situações traumáticas. Os traumas da alma fazem seu semblante cair, descrer que é uma pesso vencedora. A dor sentimental é grande, turva a sua constatação da realidade.

O que fazer quando olfato, o tato, o paladar, a audição e a visão do praticante da Palavra de Deus às vezes não apresenta a verdade sobrenatural que a autoridade do nome de Jesus realiza? Nestes momentos é necessário negar-se a si mesmo, resistir ao mal, crendo que Deus não mente. Não siga adiante se deixando guiar pelos sentidos naturais, abrace a Palavra de Deus com fé e pratique-a.

Jesus disse que quem crer faria obras maiores que Ele, e você é um crente.

E.A.G.

Veja neste blog: Estupro - Verdades e Mentiras, a realidade entre estuprador e vítima.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

EBD 2012 - Laodiceia, a igreja morna

Este artigo é escrito com a intenção de ser útil aos que amam a Palavra de Deus, aos que fazem uso do material pedagógico da CPAD, revista Lições Bíblicas, As Sete Cartas do Apocalípse usado nas escolas dominicais no segundo semestre de 2012, cujos comentários são de Claudionor de Andrade. O conteúdo também se encaixa aos que pesquisam sobre o tema liderança cristã, sem elo com a revista.

"E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!" - Apocalipse 3.14-15.

Como cristão há aproximadamente 29 anos, tenho observado alguns pastores evangélicos. Eles são gente como a gente, têm erros e acertos. Meu objetivo não é atacar pontos fracos, apenas fazer nova reflexão bíblica sobre liderança cristã e o comportamento de liderados, com a finalidade de edificação.

Quem manda na igreja?

"Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, (...) e Deus a cabeça de Cristo" - 1 Coríntios 11.3.

A questão de autoridade é um detalhe importantíssimo no ministério pastoral. Diversos líderes se desviam do propósito de sua chamada nesta questão essencial, por esquecer-se ou ignorar. Acreditam que são superiores à membresia e corpo de obreiros, e mesmo que ajam bem intencionados, queiram o bem de todos, não estão aprovados por Deus nesta situação.

Deus não é confuso. Existe uma hierarquia na igreja, ela começa em Deus e passa por Jesus Cristo, que é o único investido com poder de mando entre os crentes. Mas, alguns homens se esquecem disso, e colocam Jesus para fora, ocupam o lugar dEle para mandar, ou trocam o Senhor para obedecer alguém de carne e sangue, um semelhante. Isso aconteceu na igreja de Laodiceia (Apocalipse 3.20).

"Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: digno é o obreiro do seu salário" - 1 Timóteo 5.17-18.

Quando alguém vive fora da proposta do Evangelho não é seguidora de Jesus. Note bem, Paulo assinala quem deve ser estimado o pastor que sabe exercer liderança eficaz, e considerado merecedor de duplicada honra apenas o líder que se dedica a viver e pregar a Palavra de Deus, que sabe ensinar a doutrina de Cristo. No texto em grego, o termo que foi traduzido ao português como honra tem a ver com remuneração, o que não significa levar em conta o reconhecimento do liderado à liderança pastoral.

Quem manda na família?

"Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos" - Efésios 5.23-24.

Deus criou o casamento e depois instituiu a família. A igreja é formada por pais, mães e filhos. Paulo instruiu ao jovem pastor Timóteo tratar os membros da congregação respeitosamente. Aos mais velhos como se eles fossem seus pais e mães, aos da mesma geração como a irmãos e irmãs e aos mais novos como se fossem seus filhos e filhas. Bem diferente da atitude de alguns pastores, que se comportam como se fossem chefes da membresia (1 Tmóteo 5.1-2).

 Assim como Jesus é a cabeça da igreja, também é a cabeça do marido. Neste cenário, a figura do pastor é a de alimentar a todos com a exposição da Palavra de Deus e não como impositor de vontades pessoais sobre todos.

Muitos pastores estão desaprovados por Deus porque não reconhecem o limite de autoridade que receberam, querem administrar além que que é de sua competência.

Prostado aos pés de Cristo

"E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada. Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil" - Hebreus 13.16-17.

Prestemos atenção ao que Deus diz e pratiquemos, o Senhor comunica-se conosco, orientando a fazer o bem.

O Novo Testamento, em Atos 17.11, nos mostra o bom exemplo dos crentes bereianos, que foram reputados como mais nobres que os demais cristãos porque ouviam a explanação das Escrituras feita por Paulo, e conferiam se o que ele dizia estava de acordo ou não. Ou seja, para eles Deus estava acima do ser humano, Jesus Cristo habitava verdadeiramente em seus corações.

Quando o cristão não examina se a exposição bíblica está certa ou não, corre o risco de repetir os erros praticados e apregoados pelo palestrante, ser apenas uma pessoa religiosa idolatrando o pregador.

Cristo é apresentado pelo apóstolo João como o Verbo, a Palavra. É necessário olhar para Jesus nesta perspectiva do conteúdo revelado na forma escrita. O cânon bíblico deve ser a regra de fé e conduta de todo cristão, pois é a lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos. João 1.1; Hebreus 12.2; Salmo 119.105.

Conclusão

Igreja não é empresa, pastor não é chefe e membros não são empregados. Atrás do microfone, cada pastor deve olhar à membresia e ver os maridos, pensando "cabeça de um lar", os membros em geral como ovelhas de Jesus e não dele mesmo. E a membresia deve respeitar o pastor em sua função de expositor do texto bíblico, considerando que seu Senhor é Cristo e não o ser humano que expõe o conteúdo das Escrituras Sagradas.

Como vai a congregação em que serve ao Senhor? Ela está quente, morna ou fria? A autoridade de Cristo é reconhecida ou Ele está do lado de fora pedindo para entrar? A temperatura espiritual do da igreja é alta, média ou baixa de acordo com o reconhecimento do senhorio do Filho de Deus por parte de líderes e liderados evangélicos

E.A.G.

terça-feira, 8 de maio de 2012

EBD 2012: Sardes, a Igreja Morta

Sardes, fundada em 700 a.C., era uma antiga capital dos reis da Lídia sob o reinado do rico Creso, e sede do governo após a conquista persa. Estava situada no sopé da montanha Tmolo, num quase inacessível platô, nas margens do Partolo, afluente do rio Hermo, perto da junção que ligava Éfeso, Esmirna e Pérgamo.

Sardes foi sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais receberam menção em cartas apocalípticas escrita por João, dirigida ao bispo local (Apocalipse 1.11).  A Igreja em Sardes foi a quinta na ordem de envio das sete cartas.

A população de Sardes tinha como padroeira a deusa Ártemis, e acreditava na reencarnação.

A cidade de Sardes era famosa por suas riquezas, sucesso e luxo, artes e ofícios, era o primeiro centro para cunhar moedas de ouro e prata. Os reis da Lídia eram tão ricos que o nome de Creso tornou-se símbolo de riquezas fabulosas, e se dizia-se que as areias do rio Pactolo eram de ouro.

A cidadela de Sardes - o reduto de defesa - foi construído em local extremamente alto, cerca de 1500 pés acima do vale, aparentemente inalcançável pelos inimigos. Esta estrutura e localização causava um sensação de autosuficiencia. A soberba os fez deixar de usar as torres vigia e assim conheceram a derrota e  vergonha.

O célebre rei Creso se tornou um lendário símbolo de arrogância e posterior queda. Atacou a Pérsia e recebeu um contra-ataque surpresa de Ciro, rei dos medos e persas, por volta de 549 a.C., quando foi capturada. O exército de Ciro escalou a montanha, se valendo de uma trilha sem vigilância.  Três séculos depois um incidente parecido aconteceu, sendo que dessa vez foi provocado pela invasão romana. No século 17 sofreu com um grande terremoto devastador, que a arruinou física e financeiramente, tornando seus cidadãos em flagelados, dependentes de ajuda estrangeira.

Os exegetas afirmam que o nome "anjo" simboliza a atuação do bispo, que é censurado por usas obras indignas, bem como toda a sua comunidade.

Conforme a tradição, Sardes foi a primeira cidade dessa região a receber o Evangelho através do ministério do apóstolo João. Foi a primeira entre as sete comunidades evangelizadas da Ásia a desviar-se na fé e a primeira a cair em ruínas (Apocalipse 3.1-4).

A censura à Igreja ocorreu pela falta de religião vital, tinha um nome como se estivesse viva, mas na realidade estava morta espiritualmente. Na aparência estava tudo muito bem, a sua dinâmica era composta de rituais bonitos, suas atividades atendiam às liturgias religiosas. o seu exterior era admirável, mas seu interior era sem vida, era fria, apenas cumpridora de formalidades pois não tinha comunhão com o Espírito Santo.

Assim como aconteceu na copiosa história da cidade, os crentes haviam deixado de vigiar. Eles se sentiam seguros e deixaram de observar a segurança espiritual. Satanás os atacou impiedosamente e os matou na fé, fazendo uso de seus desejos carnais, após rondar em derredor deles como um leão que ruge à espreita.

Quem são os crentes espiritualmente mortos? São quem vive a contar os milagres do passado, não existe nenhum depoimento novo sobre as maravilhas da presença de Deus em sua vida no dia de hoje. São excelentes contadores de história de milagres na vida alheia, porque na deles nada acontece que possa servir para a edificação de quem os ouve. Eles têm a fama e os trejeitos de pessoas espirituais, porém não possuem nenhuma atividade espiritual (Marcos 16.15-18).

Embora a maioria dos crentes de Sardes tivessem perdido o avivamento espiritual, restou entre eles um grupo de homens e mulheres fervorosos e fiéis ao Senhor, pessoas que não se descuidaram da comunhão com Deus. Estes recebem de Cristo a promessa de que caminharão com Ele usando vestes brancas. terão seus nomes escritos no livro da vida e serão apresentados ao Pai e aos anjos.

Hoje a cidade de Sardes é reduzida a uma admirável aldeia no meio das ruínas das grandezas do passado. Mantém um grande edifício utilizado para receber viajantes, que se dirigem da Pérsia a Esmirna.

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Consultas:

Manual Bíblico Henry H. Halley, 4ª reimpressão de 1998, Edições Vida Nova;
Minidicionário Bíblico - David Conrado Sabag, 1ª reimpressão, 2008, Difusão Cultural do Livro;
Dicionário Bíblico Universal A. R. Buckland & Lukyn Willians, 2007, Editora Vida;
Pequena Enciclopédia Bíblica O. S. Boyer, 19ª impressão, 1992, Editora Vida.

[Continua... ]

sexta-feira, 4 de maio de 2012

EBD 2012 Tiatira igreja tolerante

Tiatira era uma cidade da província romana da Ásia, lado oeste do que nos dias atuais é a Turquia Asiática. Passou para o domínio dos romanos em 133 a.C..

Era considerada importante por ser um ponto que ligava os vales Hermo e Caico, Laodiceia e Pérgamo, e por abrigar guarnição de fronteira. Também, por ser centro de manufatureiro, feitura de vestes, cerâmica, trabalhos em bronzes e tinturaria. Na cidade, havia o grande templo dedicado a Ártemis, também conhecida como Diana.

A igreja de Tiatira foi a quarta das sete igrejas da Ásia. Alguns símbolos usados na carta dirigida ao anjo em Tiatira fazem alusão direta às circunstâncias da cidade (Apocalipse 1.11; 2.18-19).

Na carta para a igreja de Tiatira sobressaem dois nomes femininos: Lídia e Jezabel.

Em Atos 16.14 encontramos o registro do encontro do apóstolo Paulo com Lídia. Provavelmente ela era uma vendedora de púrpura e estivesse vendendo lãs tingidas de fabricantes de Tiatira.

A Igreja em Tiatira tolerava o espírito de Jezabel. Vale lembrar as narrativas do Antigo Testamento, em Israel Acabe era o rei, mas era sua esposa, uma figura arrogante e  voluntariosa, autoritária no lar, quem reinava impondo terror contra os servos de Deus. Ela incitava a mistura do culto ao Senhor com o culto a Baal, entidade para qual construiu um templo e através dele estimulava a idolatria da nação israelita por meio de uma sanção real (1 Reis 16.31-33; 2 Reis 9.22).

 O emprego do uso do nome de Jezabel é em caráter simbólico. A Jezabel citada na carta dirigida à igreja de Tiatira se apresentava como profetiza, sua doutrina se assemelhava às ações da esposa do rei Acabe, era uma mulher pagã integrada à comunidade evangélica, alguém influente, que enganava os crentes usando o nome do Senhor.  Portanto, além da adoração aos deuses falsos, a Jezabel de Tiatira era alguém que induzia esposas cristãs a praticarem diretrizes nos moldes do feminismo em seus lares, afrontando assim o plano de Deus para o casamento.

Jezabel também ensinava a comer carne sacrificada aos ídolos. Paulo tratou desse assunto em 1 Coríntios 8. 4-6, 8, quando apresenta posição moralmente neutra. O apóstolo afirma que pode ser considerado pecado apenas quando a ingestão da comida escandaliza (1 Corintios 8.7-12). Então, no caso de Tiatira, poderia ser que cristãos tropeçavam na fé, devido a imaturidade espiritual. As polêmicas originadas pela prática culinária gerava no seio da cristantade o enfraquecimento da igreja.

Os crentes da igreja de Tiatira eram cheios de obras, mas esquecidos de que Jesus Cristo é aquele que sonda corações e mentes  (Apocalipse 2.23). Deus não observa o ser humano como o homem vê o homem. Ele olha para a intenção de cada um, e sabe quem faz a coisa certa pelo motivo certo ou errado.

Isto posto, fica o alerta quanto ao cuidado que os líderes precisam ter com os neófitos na fé,  o discipulado é uma chamada de Cristo aos cristãos, mas em especial aos  pastores (Mateus 28.19).

E.A.G.

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Consultas:
O Novo Dicionário da Bíblia, volume III, quarta edição, Edições Vida Nova.
Manual Bíblico Henry H. Halley, impressão 1998, Edições Vida Nova. 
Bíblia de Estudo Vida, edição 1998, Editora Vida.

terça-feira, 24 de abril de 2012

EBD 2012 - segundo semestre: A igreja de Pérgamo e o mundo

Deus é amor, e quem se curva ao trono de Deus pratica o amor.

Não considere em Apocalipse o termo trono como um assento físico. Trata-se de um simbolissmo. O trono tem a ver com o poder e atritutos.

Em artigo anterior, relacionado à revista Lições Bíblicas - As Sete Cartas do Apocalipse, lembramos que o nome Satanás significa acusador. Então, podemos considerar que na carta destinada à Igreja de Pérgamo, o trono de Satanás pode ser considerado o uso da obra da carne entre os irmãos: inveja; divisão; contenda; maledicência.

 "Notemos que na carta aos crentes de Esmirna, encontramos a identificação Satanás e Diabo, apontando ao inimigo de nossas almas. A primeira palavra é hebraica e a segunda grega, porém, ambas possuem a mesma conotação, significa acusador. É notável que Jesus Cristo desfaz todas as mentiras construídas pelo ser malígno quando descreve os cristãos. Veja: Zacarias 3.1; Jó 1.6-12; e 2.1-7." - Esmirna:  A Igreja Confessante e Mártir .

Como mundanismo, muitas pessoas logo pensam em pecados públicos: assassinato, prostituição, orgia sexual, adultério, etc. Porém, ser crente mundano significa agir carnalmente, em atitudes que o mundo considera comum e aceitável

Os crentes da cidade de Pérgamo se reuniam dissimuladamente, sem paz, Com certeza, eles estavam bem entrosados em litúrgias de culto, mas o coração deles não tinha Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, entronizado, Num momento crítico, veio à tona a inimizade represada, então assassinaram o irmão Antipas (Apocalipse 2.13). 

Infelizmente, dentro das organizações cristãs de hoje em dia, como houve no passado, nos relacionamentos entre os irmãos também existe a desunião. É triste constatar que reuniões realizadas com propósito de adoração a Deus, a bela liturgia encobre a luta em busca de interesses pessoais.

Jesus Cristo previu que haveria amor frio nos últimos dias (Mateus 24.12). Devemos tomar muito cuidado, para que a iniquidade não amortize o dever de amar o próximo, inclusive aquele próximo que ocupa a cadeira, ou posto, que você gostaria de ocupar.

Baraque, o inimigo dos cristãos dentro da Igreja.

Podemos considerar que Baraque seja a figura do nosso inimigo, que é Satanás. Ele instrumentaliza crentes carnais para atingir seu intento de destruir a Igreja do Senhor.

Ninguém pense que ele se apresente como um monstro. Não! Lembra-se de Jesus, quando avisou aos discípulos que deveria ser crucificado? O ombro amigo de Pedro era armadilha de Satanás (Mateus 16.23). Ele surge como aquela inspiração que o ajudará a progredir ministerialmente dentro da igreja, no entanto, a estratégia para isso é puxar o tapete do irmão ou da irmã... Ele aparece com o uso de mentira pequenina e que tem ares de ser virtude, porque beneficiará o seu grupo cristão. É a ideia que desmotiva as pessoas a se consagrarem, afasta o povo da unidade cristã. 

O irmão Balaão na igreja que você frequenta.

Quem seria o irmão Balaão no século 21? Não levante seus olhos procurando-o em outra denominação evangélica, pois em todas as denominações cristãs há alguém se comportando como o falso profeta, gentio, filho de Beor. Sim, os tais são representantes do joio no meio do trigo (Números 22.24; Mateus 13.25).

O irmão Balaão, tem fluência comunicativa, pode ser articulado para pregar e cantar, e tem admiração de alguns devido seus talentos, porém, quem o conhece de perto sabe que ele não faz uso do fruto do Espírito no seu cotidiano. É capaz de usar, com ares de bom cristão, textos bíblicos onde encontramos os adjetivos "lobo" e "falso profeta" para fazer mal e através dessas citações atingir seus objetivos.

O falso profeta hebreu, obteve ganhos financeiros, o falso profeta de então, nem sempre quer dinheiro. Ele busca status, honrarias, postos de mando. Efemeridades dentro da coletividade cristã.

Devemos tomar cuidado com gente rápida em julgar.

Não seja simplório. Use a prudência.

O julgamento cristão usa o amor. Portanto, age sendo paciente e bondoso, não é movido pela inveja, não se vangloria, não age através de orgulho e interesse próprio ou denomonacional. Não maltrata ninguém, não se ira facilmente, não julga como meio de desforra rancorosa. Não se alegra com a injustiça, faz festa com o esclarecimento pleno da verdade. Padece, crê em Deus e usa o amor como regra no relacionamento interpessoal, espera o melhor de todos, suporta o peso da imparcialidade até contra si mesmo. (Tiago.13-15; 1 Corintios 13.4-7).

O trono de Deus não é trono de acusação sem provas, não gera injustiças. Não tenha pressa para considerar alguém falso profeta ou lobo em pele de cordeiro apenas porque alguém, assentado no trono de Satanás, dentro de ambientes religiosos, usou versículos bíblicos com estes adjetivos contra determinada pessoa.

Executar julgamento também é atitude cristã, pois tem base bíblica para que isso seja feito. Jesus Cristo deu aval, instruindo-nos a julgar segundo a reta justiça e jamais pelas aparências. Um dos nove dons do Espírito é o discernimento de espíritos (João 7.24; 1 Coríntios 12.10).  E, sendo assim, o julgamente espiritual ocorre com uso de texto e contexto bíblicos, sem que a pessoa na posição de juiz queira alguma espécie de lucro com a causa julgada.

Conclusão

Todo cuidado é pouco com Baraque e Balaão do século 21!

Com certeza a doutrina de Balaão tem a ver com a indução aos pecados sexuais e cultos de idolatria, inimizade aos servos de Deus e à ganância por dinheiro e prestígio social no âmbito da igreja.

Na revista Ensinador Cristão, tópico 5, página 38, relativo à lição em apreço, lemos que Balaão trabalhou para receber seu dinheiro, induzindo os judeus e terem relações sexuais com mulheres estrangeiras. Era uma indução a pecar, pois a Lei de Moisés não permitia isso.

A cidade de Pérgamo tinha diversas espécies de cultos. Ao Deus verdadeiro e deuses falsos, ao imperador. Um dos templos de Pérgamo era o do falso deus Asclepio, representado pela figura de uma serpente. Era considerado o deus da medicina e da cura, e nos dias atuais simboliza a farmacologia. Os doentes daquela época o cultuavam buscando saúde, deitavam-se no chão pensando que voltariam a ficar saudáveis através do toque de serpentes. Que tristeza, se entre os adoradores de Asclépio estiveram pessoas cristãs induzidas pelos pregadores da doutrina de Balaão!

Jesus é quem nos cura (Marcos 16.17-18). Usemos a autoridade do nome de Cristo para repreender as doenças!

E.A.G.

domingo, 15 de abril de 2012

EBD 2012 - Esmirna: A igreja confessante e mártir

"Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida" - Apocalipse 2.10.

Esmirna era a mais bela cidade da província romana da Ásia menor, na praia do mar Egeu, ladeada por uma montanha circular chamada Pagos, dentro da atual Turquia Asiática. Foi  fundada na extremidade oriental do Golfo de Esmirna por Alexandre Magno, que determinou fazer dela a cidade-modelo da Grécia. A moeda apresentava com orgulho a opulência local.

Presume-se que o Evangelho chegou vindo de Éfeso (Atos 19.10). O anjo da igreja de Esmirna foi quem recebeu a segunda das sete cartas às igrejas localizadas na Ásia.

Esmirna já era aliada fiel de Roma muito antes que o poder romano se tornasse supremo no Mediterrâneo oriental.  Na época em que a carta foi escrita à comunidade em Esmirna, vários deuses eram adorados, ser chamado de cristão era algo totalmente perigoso.

A descrição de Cristo, como alguém que esteve morto e reviveu, provavelmente faz alusão ao ressurgimento da cidade, com nova prosperidade - suas ruas bem pavimentadas e arvoredos, vida cultural florescente - , depois de longo período  de obscuridade. Bem antes do cristianismo alcançá-la, mais ou menos no século VII a.C., foi capturada e destruída pelos líbios. Porém, desenvolveu-se novamente, no começo do terceiro século a.C. por Lisíaco, até se tornar uma das mais prósperas cidades da Ásia Menor, sob o império romano, admirada por sua sociedade esplendorosa e seus prédios públicos cheios de magnificência.

A "coroa da vida" (verso 10) pode ter sido frase usada aludindo a colina do monte Pagos, chamada de Coroa de Esmirna. A montanha Pagos era contornada pela Rua de Ouro, e nela havia templos pagãos e edifícios que lhe davam aparência de coroa. Outra tese, alega que "coroa da vida", é alusão aos jogos atléticos, onde o vencedor ganhava uma coroa.

No declive do monte Pago, encontram-se as ruínas do maior teatro da Ásia e do estádio, perto do qual o primeiro bispo, Policarpo, sofreu martírio por volta de 155/156 d.C..  Ele padeceu sem negar sua fé em Jesus Cristo.

Grandes contrastes existem na igreja de Esmirna, entre riqueza e pobreza. A cidade era opulenta e gozava de paz, entretanto, os cidadãos cristãos eram pobres e perseguidos pelos que se consideravam judeus.

É importante ter em mente o seguinte:

1. Sobre abundância de bens:

• Nem sempre possuir magnificiência e poder econômico significa estar distante da vontade de Deus. "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores." -  Provérbios 10.22.

• O sentimento de autosuficiencia, a confiança nas riquezas e no poder político é o mesmo que estar pobre, cego e nu diante do Senhor. Este estado mental é a repugnante mornidão espiritual, insuportável ao olhos de Cristo (3.16-18).

2. Acusações

Notemos que na carta aos crentes de Esmirna, encontramos a identificação Satanás e Diabo, apontando ao inimigo de nossas almas. A primeira palavra é hebraica e a segunda grega, porém, ambas possuem a mesma conotação, significa acusador. É notável que Jesus Cristo desfaz todas as mentiras construídas pelo ser malígno quando descreve os cristãos. Veja: Zacarias 3.1; Jó 1.6-12; e 2.1-7.

Claudionor de Andrade, comentarista da Lições Bíblicas - As Sete Cartas do Apocalipse - A Mensagem Final de Cristo à Igreja, no tópico Introdução, lembra que "a igreja de Cristo está sendo impiedosamente perseguida. Embora localmente pareça tranquila, universalmente está sob fogo cerrado. A perseguição não é apenas física. Os santos são pressionados tanto pela cultura, quanto pelas instituições de um século que, por jazer no maligno, repudia e odeia os que são luz do mundo e sal da terra".

Aos crentes de Esmirna, blasfemados por perseguidores, em pobreza material mas cheios de fervor espiritual, conscientes que eram dependentes de Deus, Jesus disse: "nada temas" (versos 8-10). Aos cristãos do século 21, que em muitos lugares vive em contexto social e econômico distinto do dela, brasileiros e de outros países, a mensagem é a mesma: não tenham medo de nada na esfera física. Neste mundo, os inimigos da cristandade têm força letal apenas para tirar a vida do corpo, o temor que devemos manter é daquele que pode lançar as almas no inferno (Mateus 10.28).

A comunidade cristã que morava em Esmira era duramente perseguida por causa de sua fé. Por um lado recebiam ostilidade da população gentia, que era fiel aos preceitos de adoração ao imperador, por outro lado tinham que enfrentar as oposições da população judaica, que esquecida da sua vocação messiânica, blasfemava contra o Senhor.

Não nos esqueçamos: existe coisa pior do que a morte física. Qual? O dano da segunda morte, que é a separação final e definitiva da misericórdia de Deus,  a existência em estadia definitiva no lago de fogo e enxofre (Apocalipse 20.11-15; 21.8; Mateus 25.41). Portanto, sejamos perseverantes até o fim, para ganhar a coroa da vida eterna, direito a viver na Nova Jerusalém, conhecer o novo céu e a nova terra.

Está previsto que neste mundo estamos todos sujeitos a passar por aflições. As tribulações não são sinais de fraqueza espiritual. Os crentes de Esmirna foram avisados disso, tendo inclusive o detalhe de que alguns deles seriam aprisionados por dez dias (Mateus 24.9; Apocalipse 2.10).

Não existe repreensão para os membros da igreja de Esmirna, nenhum deles é censurado por Cristo, pois apesar dos recursos parcos e das tribulações, mantinham-se fiéis. Assim como o exemplo dos crentes de Esmirna, os crentes da atualidade precisam manter a fé viva e ativa, de maneira inegociável, nesta sociedade corrompida

Atualmente Esmirna chama-se Izmir, sendo considerada a maior cidade da Turquia asiática.

E.A.G.

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1. Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado - D. Ana e Dr. S.L. Watson, 10ª edição, 1979 (Juerp -IPB).
2. O Novo Dicionário da Bíblia, volume 1 - 4ª edição, 1981 (Edições Vida Nova).
3. Ensinador Cristão, ano 13, nº 50, abril-maio-junho de 2012 (CPAD).
4. Bíblia de Estudo NVI, edição 2003 (Editora Vida).

sexta-feira, 13 de abril de 2012

EBD 2012 - Éfeso: a igreja do amor esquecido

Pastor: cabeça da igreja? 

Amados, a questão que eu levanto é pelo fato de ver como o pastorado nos dias atuais é considerado nas igrejas brasileiras. O posto de pastor é visto como uma questão de prestígio e de mando. Não generalizo, existe exceções.

Muitos olham para a função do pastor e o considera como sinônimo de chefia, refere ao posto de pastor como “cabeça”. É um equívoco, pois a única cabeça da Igreja é Cristo, não é o ser humano (Efésios 5.23). 

O que as cartas às igrejas da Ásia ensinam sobre os pastorados masculino e feminino?

Com todo respeito e equilíbrio, vamos refletir mais sobre o posto de pastor, principalmente quem usa a pedagogia das lições bíblicas da CPAD, e agora estudam o tema As Sete Cartas do Apocalipse.

Lembremos: é escrito um recado de Cristo a cada uma das sete comunidades eclesiásticas, e o conteúdo é dirigido à pessoa responsável pela comunidade cristã, que é chamada de anjo da igreja. Não há dúvida, neste caso “anjo” não se trata de um ser angelical, mas de ser um humano. Então, com o uso deste simbolismo, cabe considerar que anjos não têm sexo, portanto, em nenhuma das sete cartas existe indicação que a posição do líder da igreja deve ser alguém do gênero masculino. Digo isso colocando nesta reflexão a perspectiva do conteúdo em nível geral, e não local às congregações asiáticas contemporâneas do apóstolo João.

Um depoimento

Bem, levando em consideração que o oposto de amor é a indiferença, não apenas o ódio, segue um relato sobre o meio cristão.

Sou paulista, paulistano. Porém, a minha origem também está em Pernambuco. O pai é de Jaboatão dos Guararapes e a mãe de Recife.

Tive a oportunidade de conhecer uma senhora, que no começo de 2012 partiu para a glória perto dos 90 anos. Chamava-se Percides. Era amiga dos meus pais, me viu crescer. Era pernambucana. Gostava de visitar minha casa. Moro perto do templo, então, por diversas vezes aos domingos ela chegava quase três horas antes do culto iniciar para conversar, tomar refrigerante ou cafezinho. Eu, acompanhado da minha esposa, ficava na sala ouvindo-a falar muito sobre a Assembleia de Deus das décadas de 1940/50, época em que ela era jovem e morava no nordeste. Segundo ela, uma época de milagres e conversões impactantes.

A irmã Percides dizia que evangelizava muito, abria pontos de pregações em locais que não haviam chegado nenhuma missão assembleiana. Seu ministério começava ao ar livre, até alguém se converter e ceder a casa para cultos, e ali o número de membros crescia. Ela pregava, cantava, visitava enfermos e orava por eles e eram curados. Praticamente, tudo funcionava por ministério feminino, sendo ela a líder. Quando o ponto de pregação prosperava, chegavam os pastores e o local era oficializado como uma congregação da Assembleia de Deus, e eles tomavam a frente. Então, ela começava tudo outra vez, do zero... E foi assim até que viesse com o marido para São Paulo.

Aqui na capital paulista, por muitos anos a irmã Percides ocupou o posto de dirigente de Círculo de Oração e de professora de escola dominical. Gostava de evangelizar as pessoas mais duras de coração, como os ateus. Os convertidos tinham sua atenção, ela fazia discipulado dos neófitos com paciência e longanimidade. Por intermédio da dedicação dela em consagrar-se ao Senhor, os sinais do poder de Deus a seguiram. Sou testemunha ocular de pessoas abençoadas através do ministério cristão exercido por ela. Ela era alguém que amava as almas com bastante intensidade, era extrovertida, falante, de riso largo. Era casada com um homem de pouca conversa, porém cristão exemplar. Ele a apoiava em seus trabalhos da igreja. Ela nunca reivindicou o título eclesiástico, mas tenho a convicção que era uma pastora, pois sentia enorme satisfação em cuidar bem das ovelhas de Cristo.

Quem é contra mulheres no pastorado, não cogita que Deus nos dá o livre arbítrio. Note outras questões, como a escravatura. Existiam escravos na época da Igreja Primitiva e não há nenhum texto neotestamentário condenando essa questão. Pelo contrário, Paulo recomenda ao escravo Onésimo, aparentemente foragido, que retorne ao seu “dono”, Filemon. Por conta dessa passagem, por muitos anos muitos cristãos defenderam atividades escravagistas, como se elas tivessem o aval de Deus. Tanto Paulo como Pedro, nunca pediram alforria de escravos, apenas que os seus “senhores” os tratassem bem. O cerne da questão é que não há apoio bíblico para escravizar o ser humano, apenas o relato da situação aviltante existente nos tempos dos apóstolos.

Voltando para o assunto do pastorado feminino e da indiferença à honra que as mulheres merecem: não existe um só texto bíblico condenando o pastorado da mulher. Se o Espírito não quisesse mulheres pastoreando, não existiria gente crente como a irmã Percides. O vento sopra forte por meio de mulheres!

Penso que a mentalidade de quem proíbe mulheres pastoreando se equivoca com a função ministerial. Ser ministro significa ser aquele que serve, não é posto para ser servido. As mulheres são servidoras natas, é natural a elas serem assim.

Termino dizendo que sou partidário daqueles que pensam que uma mulher deve receber o título de pastora. Pessoas, como a irmã Percides, não deveriam ser vítimas do machismo por homens que se consideram servos do Deus que não discrimina ninguém.

E.A.G.

sexta-feira, 30 de março de 2012

EBD 2012 Jesus Cristo glorificado


Por Eliseu Antonio Gomes

Este artigo objetiva servir de subsídio aos cristãos que fazem uso do material pedagógico da CPAD, Lições Bíblicas da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, criada para o 2º trimestre de 2012, cujo título é “As Sete Cartas do Apocalipse: A Mensagem Final de Cristo à Igreja”, que tem como comentárista o Pr. Claudionor de Andrade.

No entanto, o conteúdo também se encaixa aos crentes  que não estão vinculados ao estudo  bíblico sistemático desta revista.

Lição nº 2: A visão do Cristo glorificado.

Jesus Cristo é o Verbo de Deus, que é Deus e estava com Deus no ato da criação (João 1.1-3). Por amor, voluntariamente, Ele deixou a realidade da glória e se fez ser humano como eu e você. E, segundo as informações do profeta Isaías, no capítulo 53, entre tantos seres humanos da geração em que nasceu, foi alguém que não tinha a melhor das aparências estéticas.

Como ser humano, Jesus viveu sem a glória divina.

"E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado." -  João 7.39.

O Filho de Deus, em forma humana, orou pedindo para receber a glorificação.

 "Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti (...) E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse." - João 17. 1, 5.

O Filho de Deus sofreu muito antes de ser glorificado.

"Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir." - 1 Pedro 1.11.

Jesus compreendia que seria glorificado após padecer.

"E ele lhes disse: O néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?" -  Lucas 24.25-26.

Jesus tomou posse da glória divina ao ressuscitar.

"E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus." - 1 Pedro 1.21.

Ressuscitado, demonstrou poder de aparecer e desaparecer dos lugares instantâneamente.

"Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado." -  Marcos 16.14.

"E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco." - João 20.26.

O Filho de Deus, ao ser elevado ao céu, recebeu a glorificação solicitada.

"E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." - 1 Timóteo 3.16.

Deus deu ao Filho coroa de glória e de honra. 


"Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos." -  Hebreus 2.9. 

Dentre os nascidos de mulher, Jesus Cristo é o primeiro a ser glorificado.

"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem."- 1 Corintios 15.20.

Na volta de Cristo nos ares, os que morreram fiéis ressuscitarão e receberão corpo sobrenatural.

"Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual." - 1 Coríntios 15.41-44.

"Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória." -  Colossenses 3.4.

Todos os fiéis, que estiveram em vida no corpo mortal, passarão por uma metamorfose.

"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." - 1 Coríntios 15.51-52.

E.A.G.

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Observações:

O artigo está liberado para cópias, desde que citando o link do Belverede e o nome da autoria.

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