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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Pérgamo o trono de Satanás e o Natal

Por Abraão de Almeida

O último Livro da Bíblia afirma o seguinte acerca da Babilônia: "Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apocalipse 18.3). É notável, entretanto, que o Senhor Jesus na Sua revelação a João, na Ilha de Patmos, tenha citado a cidade de Pérgamo (Apocalipse 2.13,13) como o trono de Satanás, não Babilônia. Por quê?.

É preciso buscar as respostas nos rastros dessas duas cidades, Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caico, a 30 quilômetros do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e espiritual. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A celebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.

Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente.

Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atená, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha também uma antiga forma de adoração ao diabo e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do famigerado culto ao imperador.

Antes de o apóstolo João escrever o Livro de Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo.

A influência de Babilônia na transformação de Pérgamo  em "trono de Satanás" e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da "grande prostituta" (Apocalipse 17.1), remonta ao ano 487 a.C. Naquele tempo, pelo fato de Artaxerxes haver tomado Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo.

De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores ostentavam tais títulos, com todas as cerimônias, ritos e dignidades, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.

O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Julio César, o qual foi eleito pontífice em 63 a.C., o qual foi eleito pontífice em 63 a.C. De Julio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica, porém, este último, em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia, por isso renunciou ao título.

Não havia naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C., e colocada sobre ele, que se tornou pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente advém da Babilônia - do diabo.

No rastro da paganização - O caminho para a paganização do cristianismo romano, aberto da maneira como mencionamos, foi iniciada no início do século 4, quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usada como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.

No ano 381, surgiu o decreto da adoração a virgem Maria, que, de maneira alguma, honra de maneira alguma a bem-aventurada mãe do Salvador, porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como mariolatria, várias outras foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção de rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram pro volta do século II e, a partir de 1326, tornaram-se rezas comuns entre os católicos.

Natal: nascimento do Sol? - Não foi apenas a mariolatria introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: "Porque os costumes dos povos são vaidade. Cortam uma árvore do bosque, e um artífice a trabalha com o machado. 4 Com prata e ouro a enfeitam, com pregos e martelos a fixam, para que não caia" (Jeremias 10.3,4).

Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início oda era cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século 3, e, em outros lugares, no dia 6 de janeiro ou no dia 25 de dezembro ou 28 de março.

O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória da natividade do Sol invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana a partir do ano 336 para a comemoração do nascimento de Jesus, com reação ao paganismo.

O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a ideia de festejar o nascimento de Cristo "como se ele fosse um faraó".

A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãos realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.

Segundo alguns conhecedores do assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e as primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento. Reforça esse argumento o fato de pastores estarem no campo, na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, á sombra, e fossem apascentados à noite.

E.A.G.

Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.
Fonte: Graça. Página 35. Dezembro de 2000.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Jesus é a porta


"Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, sairá e achará pastagem" - João 10.9.

Você já reparou o quanto a porta está presente no nosso dia-a-dia? Temos portas em casa, nos elevadores, nos prédios, nas salas das empresas, enfim, a porta é usada como privacidade, segurança, divisão de espaços e ambientes.

A boca é a porta de nossos lábios (Salmos 141.3).

O próprio Jesus Cristo usa a porta como símbolo de salvação quando diz que Ele próprio é a porta (Mateus 6.6). Jesus afirmou que existe uma porta estreita (Mateus 7.13), que é o caminho de Deus, e, também, a porta larga, que conduz a muitos à perdição.

Haverá um tempo em que a porta será fechada e muitos ficarão do lado de fora, como na época de Noé (Lucas 13.25).

Jesus disse: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" - Apocalipse 3.20.

A porta aqui, representa o nosso coração. Jesus está constantemente batendo, esperando que abramos o nosso coração para que Ele entre e faça morada. Esta é a grande mensagem da porta. Jesus, hoje, está batendo em centenas e centenas de corações, que são portas, pois deseja ser ouvido, aceito, para depois entrar e cear com esses corações.

Se você ainda não abriu a porta para Jesus entrar, este é o momento de uma atitude. Abra o seu coração e deixe Jesus entrar, deixe-o reinar em sua vida. Se você já abriu a porta para Jesus e já tem uma íntima comunhão com Ele, ore agora e invista tempo em oração pelos seus familiares e amigos que ainda estão com as portas fechadas. Creia: ainda haverá salvação e portas serão abertas.

E.A.G.

Fonte: boletim informativo 2016 da Igreja Batista Renovada, Joel Cardoso Junior

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O inferno é somente uma metáfora usada para a sepultura?


Fatos importantes sobre a eternidade


1. Todos existirão eternamente no céu ou no inferno.
Daniel 12:2,3;Mateus 25:46;João 5:28;Apocalipse 20:14,15.
 
2. Todo mundo tem apenas uma vida para determinar seu destino. Hebreus 9:27. 

3. O céu ou o inferno é determinado pelo fato de uma pessoa crer (colocar sua confiança) somente em Cristo para salvá-la.
João 3:16, 36.

Principais passagens sobre o inferno

1. O inferno foi projetado originalmente para Satanás e seus demônios.
Mateus 25:41;Apocalipse 20:10. 

2. O inferno também punirá o pecado daqueles que rejeitam a Cristo.
Mateus 13:41,50;Apocalipse 20:11-15; 21:8. 

3. O inferno é um tormento consciente.
"fornalha de fogo… choro e ranger de dentes" - Mateus 13:50;
"onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga" - Marcos 9:48;
"ele será atormentado com fogo e enxofre" - Apocalipse 14:10.

4. O inferno é eterno e irreversível.
"a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre e eles não têm descanso de dia e de noite" - Apocalipse 14:11
"Esta é a segunda morte, o lago de fogo" - Apocalipse 20:14 
"Se o nome de alguém não foi encontrado escrito no livro da vida, esse foi lançado no lago de fogo" - Apocalipse 20:15 

Visões Errôneas do Inferno

(1) A visão da segunda chance – Após a morte ainda há uma maneira de escapar do inferno. 
Resposta: “Está ordenado aos homens morrer uma vez e depois disso o juízo” (Hebreus 9:27). 

(2) Universalismo – Todos são eternamente salvos. 
Resposta: Nega a verdade da salvação por meio de Cristo, o que significa que uma pessoa decide confiar em Cristo ou então rejeita a Cristo e vai para o inferno (João 3:16;3:36). 

(3) Aniquilacionismo – Inferno significa que uma pessoa morre como um animal – deixa de existir. Resposta: Nega a ressurreição dos não salvos (João 5:28, etc. – ver acima). Ele nega o tormento consciente (veja acima). 

Objeções à visão bíblica do inferno 

(1) Um Deus amoroso não enviaria as pessoas para um inferno horrível. 

Resposta: 

Deus é justo (Romanos 2:11). 

Deus providenciou o caminho da salvação para todos (João 3:16,17;2 Coríntios 5:14,15;1 Timóteo 2:6; 4:10;Tito 2:11;2 Pedro 3:9). Mesmo aqueles que não ouviram falar de Cristo são responsáveis ​​pela revelação de Deus na natureza (Romanos 1:20). 

Deus buscará aqueles que o buscam (Mateus 7:7;Lucas 19:10). Portanto, Deus não manda as pessoas para o inferno, elas o escolhem (Romanos 1:18,21,25). 

(2) O inferno é uma punição muito severa pelo pecado do homem. 

Resposta: 

Deus é santo-perfeito (1 Pedro 1:14,15). O pecado é a oposição deliberada a Deus nosso criador (Romanos 1:18-32). Nosso pecado merece o inferno (Romanos 1:32; 2:2,5,6). O que é injusto e surpreendente é que Cristo morreu por nossos pecados e oferece gratuitamente a salvação a todos (Romanos 2:4; 3:22-24; 4:7,8; 5:8,9). 

Termos bíblicos que descrevem onde estão os mortos 

Sheol - um termo hebraico simplesmente descrevendo "a sepultura" ou "morte" - Não se refere especificamente ao "inferno" 

Hades - Um termo grego que geralmente se refere ao inferno - um lugar de tormento (Lucas 10:15; 16:23, etc) 

Gehenna - Um termo grego (emprestado de um lixão em chamas literal perto de Jerusalém) que sempre se refere ao inferno - um lugar de tormento (Mateus 5:30; 23:33) 

“Lago de fogo” – a morada final dos incrédulos depois de ressuscitarem (Apocalipse 20:14,15) “seio de Abraão” - (Lucas 16:22) um lugar de conforto eterno 

“Paraíso” - (Lucas 23:43) um lugar de conforto eterno 

“Com o Senhor” - uma frase-chave descreve onde os crentes da era da igreja estão após a morte (Filipenses 1:23;1 Tessalonicenses 4:17;2 Coríntios 5:8) 

“Novos céus e terra” – onde os crentes estarão depois de ressuscitarem (Apocalipse 20:4-6; 21:1-4) 

Conclusão 

Nossa curiosidade sobre a morada dos mortos não é completamente satisfeita por termos ou versículos bíblicos. O que sabemos é que tanto o tormento eterno no inferno quanto a alegria eterna no céu aguardam todas as pessoas após a morte, dependendo se elas confiam no pagamento de Cristo pelo pecado ou rejeitam a Cristo.



Tradução: What the Bible Says About Hell - Sid Litke - bible.org/article/what-bible-says-about-hell 
Atualizado em 29 de junho de 2022.

Quem são os 24 anciãos de Apocalipse?

Por Claudionor de Andrade

No Apocalipse, João apresenta uma congregação de homens piedosos, que não é vista em qualquer outra parte da Bíblia. Assim, o apóstolo no-la apresenta; "Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro" (Apocalipse 4.4). Eles são ainda encontrados em, pelo menos, dez ocasiões diferente do último livro sagrado.

A pergunta é inevitável: "Quem são os vinte e quatro anciãos? Eu sempre os vi como os representantes das duas assembleias da Bíblia:  Israel, no Antigo, e a Igreja, no Novo Testamento. Essa posição é referendada pelo fato de seus nomes se acharem inscritos na Jerusalém Celeste. Os patriarcas das doze tribos são eternizados nas portas da cidade, e os doze apóstolos do Cordeiro estão lembrados em seus fundamentos (Apocalipse 21.12, 14).

Conquanto simbolizarem as duas assembleias da História Sagrada, os vinte e quatro anciãos constituem um único povo. Já não há barreiras entre Israel e a Igreja; ambos, fez Deus uma única grei (Efésios 2.14). Judeus e gentios, agora, somos a Noiva do Cordeiro.

Não são poucas as dos vinte e quatro anciãos. Vestidos de branco e trazendo, na cabeça, coroas de ouro, tributam eles glória e honra ao que se acha assentado no trono e ao Cordeiro (Apocalipse 4.10). Eles se acham entre os seres viventes, bem junto à majestade divina (Apocalipse 5.6). Foi um dentre eles quem consolou o Evangelista, quando este chorava, por não haver ninguém, quer nos céus, quer na terra, digno de desatar os selos do livro: "Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos" (Apocalipse 5.5). Perante o trono, estão sempre atento a referendar os atos de Deus: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, 12 proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (Apocalipse 5.11-12).

Juntamente com os quatro seres viventes, os anciãos acham-se no mais alto posto de adoração a Deus. Aqueles representam os céus; estes, a terra: "Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia!" (Apocalipse 19.4). Os vinte e quatro anciãos, por conseguinte, são os doze patriarcas da tribo de Israel e os doze apóstolos do Cordeiro.

Hebreus 9.24: aos homens está ordenado morrer uma vez e após isso depararem-se com o juízo
Não se preocupe, ocupe-se orando
Novos céus e nova terra
O arrebatamento da igreja: esperança do salvo em Cristo
O destino final dos mortos
O juízo final
O que será de você após a morte?

E.A.G.

Fonte: 
Mensageiro da Paz, Ano 83, número 1551, julho de 2014, página 17, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

Claudionor de Andrade é pastor, consultor teológico da CPAD, escritor e membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Assembleia de Deus no Recreio, Rio de Janeiro (RJ).

quarta-feira, 31 de maio de 2017

A carta ao líder da igreja em Éfeso, o inverno e o albatroz



Amanhã, chegaremos aos dias gelados de junho.

Na foto, a figura do Albatroz. Ainda é bem viva em minha mente a lembrança de um documentário que pude assistir quando ainda era criança sobre esta ave.

O Albatroz, maior entre todos os pássaros ainda existentes na natureza, é famoso por seu jeito atrapalhado de se locomover quando está em terra e por seus movimentos belos ao voar. Quando conquista seu par romântico, tanto a fêmea quanto o macho, estabelece um relacionamento monogâmico até o final da vida. É caçador, come crustáceos, moluscos, peixes, mas não rejeita comê-los se os encontrar mortos recentemente. Fazem ninhos em ilhas distantes dos continentes. Gosta de viver em colônias com os da sua espécie e não se incomoda em compartilhar o espaço da feitura de ninhos com aves de espécies diferentes.

No meio desta semana, deixando de lado o documentário antigo, assisti uma pessoa falar sobre a previsão do tempo para os próximos dias da atmosfera da cidade de São Paulo. A meteorologista afirmou que uma grande onda de ventos invadirá o céu da capital paulista e farão a temperatura baixar muito. Então, pensei naquelas pessoas que detestam o clima frio e sofrem porque sua saúde é sensível à friagem. Pensei nas criancinhas cujos pais não têm agasalho e calçados suficiente para mantê-las aquecidas.

Ao ouvir sobre o ar gélido, minha mente vagueou mais, fez com que eu me lembrasse do livro Apocalipse, relesse o capítulo 2, versículos 1 ao 7. Por quê? Aquele texto descreve os corações dos crentes frios da igreja em Éfeso, pessoas aparentemente imperturbáveis quando diante de situações perturbadoras. Nesta passagem bíblica, endereçada ao líder da igreja grega, somos informados o seguinte:

Primeiro: Jesus conhece as nossas obras, o tamanho da paciência que dentro de nós. Ele conhece, detalhadamente, qual é o grau de tolerância que exercemos para com as pessoas más. Ele sabe quando observamos e colocamos à prova aqueles que dizem ser o que não são, examina o íntimo de nossos pensamentos sobre essa gente dissimulada.

Em segundo lugar: Cristo é testemunha ocular do quanto sofremos e persistimos trabalhando em favor da expansão do conhecimento de seu nome. Nome que tem plena autoridade para curar enfermos e expulsar demônios. Ele sabe se, como crentes, agimos com disposição ideal ou se deixamos de priorizar o amor a Deus em nossas conversas e atitudes. Se errarmos quanto a isso, quer que mudemos o comportamento equivocado, e lembra que haverá o Dia de Acertos de Contas.

Ah... o Senhor sabe se nós odiamos aqueles que criaram, vivem e ensinam ao povo doutrinas estranhas ao Evangelho – ele odeia essa gente também.

Terceiro: Jesus recomenda aos que o ouvem que prestem atenção na mensagem do Espírito dada ás igrejas. O Espírito promete, aos que vencerem os problemas expostos acima, que dará a eles o fruto da Árvore da Vida, que está plantada no meio do Paraíso de Deus. Com certeza, este fruto é muito saboroso e bastante nutritivo!

Conclusão:

Mesmo que sejamos desajeitados como os albatrozes em nossa caminhada cristã, peçamos graças ao Senhor e nos esforcemos para alçar o voo da fé. Que possamos viver aninhados e aquecidos com nossos irmãos em Cristo, fiéis ao Pai celeste e com a pessoa que escolhemos para viver aconchego matrimonial. Viver sem desprezar as pessoas estranhas que se aproximam de nós, desejosas de fazer parte da irmandade que louva a Deus. E que a nossa comida espiritual seja comporta somente de porções diárias da Palavra de Deus, pois as Escrituras Sagradas são eternamente vivas e eficazes para nos manter fortes e saudáveis, seja em épocas de intenso calor ou frio.

E.A.G.

domingo, 4 de dezembro de 2016

O crente pentecostal e a temperatura espiritual ideal




O fogo do inferno

É comum para muitos cristãos, da vertente pentecostal, associar a qualidade da espiritualidade observando as manifestações do indivíduo durante o culto. Se a pessoa é muito expressiva, dada a falar línguas estranhas e dizer “glórias a Deus” e “aleluia” em voz alta, este é descrito como alguém “batizado com o Espírito Santo e fogo”. O fogo é associado com alta espiritualidade entre uma parte dos crentes pentecostais, devido ao relato de Lucas sobre a visão dos apóstolos, que viram acima deles línguas que pareciam ser de fogo (Atos 2.1-3). Não pretendo julgar se esta ou aquela pessoa está ou não batizada com o Espírito. Eu apenas quero lembrar que o inferno também é descrito como um lugar quente, pois contém o “fogo que nunca se apaga” (Marcos 9.44, 46, 48).

Crente quente, crente morno e crente frio

Lembro, ainda, que em Apocalipse 3.15-16, Jesus Cristo repreende o líder da igreja de Laodiceia dizendo que ele não é quente e nem frio, que deveria ser quente ou frio porque os mornos são vomitados de sua boca. Isto é, o Senhor rejeita os crentes mornos, portanto, ser crente “quente” ou ser crente “frio” não desagrada ao Senhor.

Guiados pela fé e pela Palavra de Deus

Nas páginas das Escrituras Sagradas, somos informados que os servos de Deus devem viver pela fé (Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38). Isto significa que não deve basear o curso da sua caminhada cristã guiando-se pela emocionalismo, baseado em preferência pessoal, por conta de experiências sobrenaturais, os sentimentos que fazem o coração palpitar alegremente. 

Enfim, guie-se pela Bíblia, pois é a fé que faz de você uma pessoa agradável perante o Senhor, a fé só é depositada em seu coração quando a ouve (Hebreus 11.6; Romanos 10.17).

E.A.G.

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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Jesus, a Estrela da Manhã


"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã" - Apocalipse 22.16.

Jesus Cristo é a Luz do Mundo. Quem caminha com o Mestre anda muito bem acompanhado e iluminado. A força de seu brilho ofusca até a intensidade do brilho do sol.

E.A.G.

terça-feira, 15 de março de 2016

Novos céus e nova terra

Lições Bíblicas (CPAD). o Final de Todas as Coisas - Esperança e glória para os salvos. Lição 12: Novos Céus e Nova Terra.
Por Eliseu Antonio Gomes

"Mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios' (...) 'Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas' (...) 'aguardando, e desejando ardentemente a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se dissolverão, e os elementos, ardendo, se fundirão? (...) 'Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça" - 2 Pedro 3.7, 10, 12, 13.

O que é esse fogo? Deve ser um fogo atômico de uma bomba de hidrogênio? Não se permita ser enganado pelos cientistas. Não deixe que os seus conceitos e percepções espirituais sejam arrastados para um laboratório de pesquisas. Este fogo  impressionante, tem origem na mesma luz ofuscante que derrubou Saulo de Tarso no caminho de Damasco, nasce a partir da presença de Deus, o santo de Israel.

Os céus e os céus dos céus pertencem ao Todo-poderoso. "Eis que do Senhor teu Deus são o céu e o céu dos céus, a terra e tudo o que nela há" - Deuteronômio 10.14.

Quando a Bíblia fala de "céus", normalmente refere-se ao espaço sideral. No princípio, Ele criou "os céus", mas o céu já existia (Gênesis 2.1). Deus mandou Abraão olhar para "os céus" e contar as estrelas (Gênesis 15.5; 19.24). Há uma diferença entre "os céus", espaço sideral, e o céu, onde Deus habita, chamado de "os céus dos céus".

Satanás rodeia e passeia pela Terra. "Chegou outra vez o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor; e veio também Satanás entre eles apresentar-se perante o Senhor. Então o Senhor perguntou a Satanás: Donde vens? Respondeu Satanás ao Senhor, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela" -  Jó 2.1-2.

Os céus, ou o cosmos, serão renovados por causa da ação do Diabo. Desde que foi expulso do céu, ele não tem onde pousar. Nem tem a chave de sua morada (Apocalipse 1.18). Vive com seus anjos caídos, no espaço sideral, e tem predileção pelo planeta Terra, cenário de sua ação deliberada e maléfica contra Deus e contra o homem, sua "imagem e semelhança"; opera na esfera espiritual, em meio ao ambiente cósmico e entre os homens sem Deus (Efésios 2.1-2).

Assim sendo, Deus expurgará os efeitos da presença do Diabo e seus anjos caídos, purificará os céus e a terra. Este planeta será renovado para que receba a devida purificação dos efeitos da Queda de Adão. A purificação acontecerá com fogo.

O objetivo de Deus para as pessoas não é a destruição, mas uma nova criação. E Satanás será expulso do universo e seu destino final será o castigo eterno no inferno. Os ímpios serão banidos e juntos com Satanás serão lançados no lago de fogo (Isaías 66.22; Apocalipse 21-22; Mateus 25.41; Salmos 9.17)

As potestades do ar e as hostes malignas. "Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência" - Efésios 2.1-2.

"O príncipe das potestades do ar" é Satanás, que significa "acusador". Na ressurreição, Cristo o venceu e venceu e venceu as forças espirituais do mal. Portanto, está acima de toda a maldade; e o inimigo de nossas almas age temporariamente sobre as pessoas que prefere obedecer-lhe quando satisfazem os desejos carnais.

O advento do pecado fez a Terra ficar doente e devastada pela ambição humana. A cada ano que passa, o meio ambiente é atingido pela poluição da sociedade. Existe o descontrole total do clima, as florestas são devastadas, o ar que respiramos torna-se mais poluído. A violência cresce nas cidades e nos campos, multiplica-se o número de vítimas de agressões, assaltos e assassinatos. As pessoas estão tomadas por angústias, solidão, medo, ansiedade e tristeza.

Aguardando novos Céus e nova Terra. "Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça. Pelo que, amados, como estais aguardando estas coisas, procurai diligentemente que por ele sejais achados imaculados e irrepreensível em paz" - 2 Pedro 3.13-14. "E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo" - Apocalipse 21.2.

A Nova Jerusalém está sendo preparada para os santos. Podemos aguardar pelo novo mundo de Deus, que criará novos céus e nova Terra outra vez.

A Nova Jerusalém será um lugar santo de comunhão e relacionamento com Deus, é onde Deus viverá entre o seu povo. (Apocalipse 21.3). Ao invés de subirmos para encontrá-lo, Ele descerá para estar conosco, exatamente como quando Deus se tornou homem, em Jesus Cristo, e viveu entre nós (João 1.14). Só entrarão na Nova Jerusalém os que têm o nome escrito no Livro da Vida.

Novos Céus e nova Terra aparecerão. No dia em que os filhos de Deus se manifestar com Cristo, a Terra será sarada, o ser humano, plenamente regenerado. Então, viveremos para sempre, de eternidade em eternidade, com o Senhor Criador dos Céus e da Terra. Onde quer que Deus reine existe paz, segurança e amor.

As portas dessa cidade terão os nomes dos apóstolos, representando os fundamentos da Igreja de Cristo. 

Conclusão

Não devemos nos acomodar com este mundo pelo motivo de Cristo ainda não ter voltado. Em vez disso, devemos viver na expectativa ansiosa da sua vinda. Não podemos nos esquecer que a Escritura Sagrada diz que somos peregrinos neste mundo, pois a nossa pátria é celestial. e um dia o que é celestial se instalará na realidade aqui na Terra.

E.A.G.

Bíblia com Anotações A. W. Tozer, página 1506, edição 2013, Rio de Janeiro (CPAD).
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1646, 1778, 1831 , edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD).
Ensinador Cristão, ano 17, nº 65, página 42, janeiro a março de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
O Final de Todas as Coisas - Esperança e glória para os salvos, Elinaldo Renovato, páginas 135, 136, 1ª edição 2015, Rio de Janeiro (CPAD). 

domingo, 27 de dezembro de 2015

Escatologia, a doutrina das últimas coisas

Por Eliseu Antonio Gomes

O século 21 na marcha implacável da corrida do tempo em direção ao futuro, não prediz possibilidades agradáveis para o fim dos tempos. Em todos os pontos de vistas da vida da humanidade, não há um sequer que dê ensejo para otimismo e esperança com bases consistentes. A vida religiosa poderia fazer a diferença positiva perante às avalanches de males comuns que contaminam o mundo moderno. Todavia, no centro do que se considera culto a Deus, das seitas e movimentos ditos espirituais, do mesmo modo se notam os indícios do declínio moral e espiritual - com exceções daqueles que buscam ao Senhor com inteireza de coração.

E assim, cumpre-se de maneira plena a profecia do apóstolo Paulo, quando escreveu para Timóteo: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te" - 2 Timóteo 3.1-5.

A definição de Escatologia

A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos (último) e logos (estudo; mensagem; palavra). O termo grego que possui raiz comum é éschata, que significa "últimas coisas". Daí vem à expressão estudo, ou doutrina, das últimas coisas ou do fim dos dias. Isto é, ciência do destino dos últimos dias da humanidade e do mundo. Também, do destino-último do homem (morte, ressurreição, juízo final) e do mundo.

O que não é Escatologia?

Não é futurologia. Somente a Bíblia contém a verdade sobre o futuro. Ela foi divinamente escrita, portanto nenhum leitor pode interpretá-la fazendo especulações ou interpretações e conclusões próprias, fontes estranhas às Escrituras Sagradas.

É preciso estudar escatologia com o cuidado de não ir além do que está escrito (1 Coríntios 4.6). Para conhecer o futuro, é preciso buscar na Palavra de Deus o que está revelado. De Gênesis à Apocalipse a Bíblia está cheia de profecias. Quem quiser entender corretamente as profecias da Palavra de Deus, deverá seguir as diretrizes teológicas, que representam parâmetros importantes aos estudiosos das Escrituras Sagradas.

Os temas estudados pela Escatologia
• Estado Intermediário
O estado intermediário refere-se ao período de tempo após a morte física. O ser humano, após a morte. Diz a Bíblia que quando o ser humano morre em Cristo dorme no Senhor e Deus os recolherá para si no céu (1 Tessalonicenses 4.14) e aqueles que morrem em pecado serão lançados no inferno junto com todas as nações que desprezam a Deus (Salmos 9.17).  O homem não equivale aos animais irracionais, como o gato, cachorro, cobra, etc., que nada mais existe para eles após morrerem.
É importante lembrar que para todas as pessoas que ainda vivem existe esperança, ainda há tempo para o arrependimento, conversão e vida eterna com Deus. 
 • Arrebatamento da Igreja
A passagem em Marcos 13.32 esclarece que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. O texto em Mateus 24.42, alerta: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora a vir o vosso Senhor". Paulo escreve: "porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite" (1 Tessalonicenses 5.2). Estas referências bíblicas indicam que Jesus pode voltar a qualquer momento advertindo-nos a estarmos sempre prontos.
Não existe na Bíblia uma data declarada para a volta de Cristo, apenas o aviso de sinais que precedem a este retorno, quando a Igreja será arrebatada, como o surgimento de falsos cristos e falsos profetas, entre outros sinais (Mateus 24.23-25). 
1. Características do Arrebatamento:
a. será muito rápido (1 Coríntios 15.52);
b. será um fator de separação (Mateus 24.39-41);
c. iminente (Mateus 25.6; Marcos 13.35-37);
d. secreto (1 Tessalonicenses 5.2);
e. resultará em grandes transformações (1 Coríntios 15.51-53; 2 Coríntios 5.2-4).
2. Quando ocorrerá o Arrebatamento?
a. será a qualquer momento (Lucas 17. 22-24);
b. imediatamente antes do Tribunal de Cristo ( Apocalipse 11.15-18; 14.1-7);
c. antes das Bodas do Cordeiro (1 Tessalonicenses 4. 15-17; 19.7-8);
d. bem antes do Milênio e do Juízo Final (Apocalipse 19.11 - 20.5; 20.7-15).
• Grande Tribulação
Também é chamada de grandes dores (Mateus 24.8) grande tormento (Mateus 24.9) e grande aflição (Mateus 24.29).
Findará com a derrota do anticristo (2 Tessalonicenses 2.8), a purificação de Israel (2 Tessalonicenses 2.13-14) e o retorno pessoal de Cristo (Apocalipse 19.11-13).
• Milênio
Durante o período de mil anos, haverá:
a. abundância de vida e saúde (Isaías 33.24; 35.5-6; 65.20; Zacarias 8.5);
b. conhecimento universal de Deus (Isaías 11.9; Jeremias 31.34);
c. fertilidade excelente (Amós 9.13-14);
d. segurança absoluta (Jeremias 23.5-6; Ezequiel 37.28);
e. os animais ferozes serão transformarão em mansos (Isaías 11.6-9; 65.25);
f. será levantada a maldição de sobre a terra (Gênesis 3.17; Isaías 35.1, 2, 7; Romanos 8.19-22; Apocalipse 22.3, 5).
• Julgamento Final
Haverão os seguintes julgamentos:
a. do pecador (Judas 1.15);
b. dos crentes no Tribunal de Cristo (2 Coríntios 5.10);
c. das nações na volta de Cristo (Mateus 25.31-32);
d. dos mortos sem Cristo (Apocalipse 20.11-13).
As três interpretações escatológicas a respeito do fim

Embora os estudiosos normalmente concordem  que Jesus voltará, existem diferentes opiniões  sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo. O povo de Deus não precisa ficar dividido nesta questão da volta de Messias, o importante é crer que Ele voltará.
• Pré-tribulacionista. O pré-tribulacionismo afirma que, sem qualquer espécie de aviso prévio, o arrebatamento acontecerá na História, após o qual a tribulação começará, tendo seu complemento na segunda vinda de Cristo (portanto, a Igreja não passará pela tribulação).
• Pré-milenista. O pré-milenismo apregoa que a segunda vinda de Cristo acontecerá antes do milênio, e então a Igreja será erguida pelo cumprimento literal do milênio (Apocalipse 20).
• Midi-tribulacionista. Afirma que o arrebatamento ocorrerá no meio do período da tribulação, mas a segunda vinda de Cristo acontecerá ao final da mesma, portanto, conclui que a Igreja não passará pela segunda metade da tribulação.
O entendimento da corrente Preterista a respeito do Apocalipse

Eles entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.. Porém, as profecias bíblicas sobre o fim dos tempos assinalam que muitos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1 Tessalonicenses 4.17); a Grande Tribulação (Apocalipse 3.10); a vinda de Cristo em glória (Mateus 16.27) e o Milênio (Apocalipse 20.2-5).

Conclusão 

O Pr. Elinaldo Renovato, escreveu o seguinte na revista Lições Bíblicas, lição nº 1: "Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica, na qual a Bíblia interpreta-se a si mesma. Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos  que há linguagem simbólica. Mas, em relação ao final dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação."

E.A.G.

Outras abordagens contendo temática sobre o fim-dos-tempos: EBD Sumário - O final de Todas as Coisas. Esperança e glória para os salvos

Compilações em:
Belverede - O Apocalipse - definições escatológicas sobre a volta de Cristo e o Milênio, Eliseu Antonio Gomes, 8 de fevereiro de 2009, belverede.blogspot.com.br/2009/02/definicoes-escatoligicas-sobre-volta-de.html 
Belverede - O que é escatologia?, Eliseu Antonio Gomes, 13 de setembro de 2012, belverede.blogspot.com.br/2012/09/o-que-escatologia-biblica.html 
Lições Bíblicas/Professor - O Fim de Todas as Coisas - esperança e glória para os salvos, Elinaldo Renovato, 1º trimstre de 2016, páginas 3-10, Rio de Janeiro (CPAD) 
O Fim de Todas as Coisas - esperança e glória para os salvos, Elinaldo Renovato, páginas 7, 16, edição 2015, Rio de Janeiro (CPAD). 
Onde Encontrar na Bíblia?, Geziel Gomes, páginas 152, 190, 219, 1ª edição 2008, Rio de Janeiro (Central Gospel).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Guarda o que tens...

Por Adhemar de Campos

A frase acima é parte do versículo onze de Apocalipse capítulo três, o último livro da Bíblia. São palavras do Senhor Jesus dirigidas ao anjo da igreja que está em Filadelfia. As primeiras palavras do texto são  são "eis que venho sem demora..." e em seguida a advertência "guarda o que tens..." Devemos refletir sobre esse assunto e extrair dele lições.

Ao meditar neste frase duas perguntas me vem a mente. Guardar o quê? O que é que eu tenho? Cabe aqui um questionamento que cada um de nós deve fazer. Por isso eu pergunto, o que é que você tem? Há uma palavra que, acredito, pode trazer luz sobre esta questão: a palavra depósito.

Quando tivemos um encontro com Jesus, um verdadeiro milagre aconteceu. A cruz foi nosso ponto de encontro com Cristo onde recebemos o bom, abundante e completo depósito divino. A lista é intensa, porém, podemos destacar alguns elementos que representam este depósito.

• Salvação;
• Espírito Santo;
• Palavra de Deus;
• Amor;
• Fé;
• Esperança;
• Dons;
• Ministérios.

Toda pessoa realmente convertida, se torna um depósito dessas riquezas divinas, as quais fazem dela alguém mais do que vencedor!

O apóstolo Pedro ensina: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade... pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina..." - 2 Pedro 1.3-4.

Observe o que o texto diz: Ele nos deu tudo. Repito: tudo.

Ao estabelecer a nova aliança, o Senhor prometeu dar um novo coração, tirar o coração de pedra e colocar um coração de carne, pôr em nós o seu Espírito, seus estatutos e fazer-nos andar neles (Ezequiel 36.26-27).

A nova vida em Cristo proporciona todos esses benefícios, porém, infelizmente se apregoa um evangelho tão distante dessas verdades, capaz de "produzir" um cristão que mal sabe o que tem... Se esse cristão mal saber o que tem, o que ele vai guardar?

Vivendo num mundo cujo sistema tenta sufocar o valor divino depositado em nós, devemos lançar mão das nossa milícia que são poderosas em Deus para destruição das fortalezas (2 Corintios 10.4).

• fortalecer-nos no Senhor e na força do seu poder (Efésios 6.10);
• orar em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito (Efésios 6.18);
• combater o bom combate, terminar a carreira, guardar  fé (2 Timóteo 4.7).

Concluindo, quero encorajar você a não aceitar nenhum tipo de imposição do mundo, e recomendar as palavras de Paulo dirigidas a Timóteo:

"Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós" - 2 Timóteo 1.14.

"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado..." - 1 Timóteo 6.10.

Fonte: Expressão Nacional, página 8, junho de 2001

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

EBD - terceiro trimestre 2012 A vida plena nas aflições

A revista Lições Bíblicas, publicação da CPAD, Vencendo as Aflições da Vida, matéria número 14, aborda a prisão de Paulo, quando ele escreveu a carta aos crentes da cidade grega de Filipos. O comentarista Eliezer de Lira e Silva usa a situação de provação e sofrimento do apóstolo para construir um paralelo com o sofrimento de todos os cristãos de todos os tempos.

Onde Paulo estava preso?

Temos informação sobre o encarceramento e quais eram os destinatários da epístola que Paulo escreveu, mas não possuímos a informação do local, pois ele não disse onde era. Apenas deixou pistas ao referir à "guarda do palácio do governador" e comentou sobre pessoas do palácio do imperador (Filipenses 1.1, 7, 13-14; 4.22). Atos do Apóstolos revela que Paulo esteve preso duas vezes em Cesaréia (23.31-26.32) e em Roma (28.16-31). Como as expressões que o apóstolo usou podem se aplicar aos trabalhadores que estavam em atividades em Roma e também nas provincias, então, não podemos deduzir em qual localidade Paulo escreveu a carta.

Uma das faces das tribulações do apóstolo

Jesus Cristo revelou a Ananias o futuro de Paulo: "Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" - Atos 9.15-16.

É fato:  Jesus Cristo avisou que no mundo teríamos aflições (João 16.33). Então nenhum cristão deve viver em ilusão, acreditar na falácia de que não terá problemas porque está convertido a Cristo, como se a vida cristã fosse um "mar de rosas". Mas, é preciso entender a razão de precisar passar algumas fases da vida com o coração aflito.

A experiência paulina contém uma lição preciosa a todos nós. Os episódios das prisões de Paulo são partes da colheita de muita coisa ruim que ele plantou antes da sua conversão. Antes de se converter, ele foi responsável pela orfandade de muitas crianças, viuvez de esposas, por pais e mães enterrarem seus filhos (Atos 9.5).  O apóstolo sabia disso, e escreveu o seguinte: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido" - Gálatas 6.7-9.

Quem plantar em sua vida abrolhos - planta que dá frutos espinhosos -, não ore a Deus pedindo para Ele trocar sua colheita ruim por uvas deliciosas ou outra espécie de fruta palatável. Ele é justo e não responderá este tipo de oração.

O próprio Filho do Altíssimo alertou a Pedro sobre o resultado da semeadura, quando o discípulo fez uso da violência contra o soldado Malco: "Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão" - Mateus 26.52. Ou seja, quem causar sofrimentos, também sofrerá.

No livro de Provérbios está escrito que "os justos se libertam pelo conhecimento" (11.9). Faça uma boa plantação e terá resultados prazeirosos. O cristão deve ser justo e praticar o bem para colher coisas boas, nenhum injusto receberá bênção por cometer injustiças. O injusto deve esperar apenas o galardão das suas injustiças (2 Pedro 2.12-14).

Ninguém deve acreditar que a excelente colheita que o próximo recebe poderá ser transferida para si e que a sua colheita, de péssima qualidade, é transferível aos outros, que dela não são responsáveis pelo plantio. Cada um recebe a porção que plantou. Deus é justo, não permite que o plantador da oliveira perca o direito de receber o produto de sua colheita, e em troca das olivas receba espinhos, plantadas por decisão de seu vizinho inconsequente.

As colheitas de aflições e a inveja

"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros" - Gálatas 5.24-26.

O vício de irritar o irmão é uma obra carnal, e como temos visto aborrecedores de irmãos! Ser promotor de irritação é uma das modalidades de escárnio, ser escarnecedor é proceder em direção contrária ao desejo do Espírito. Assim sendo, nenhum pirracento espere colher o amor de Deus aqui nesta vida e na eternidade, se não se converter do seu mau caminho.

Ah... Produza o bem, para não correr o risco de experimentar as colheitas de aflições e possuir olhar de inveja sobre os benefícios que seu irmão usuflui.

Encontramos a situação deste tipo de inveja na passagem O Rico e Lázaro. Lázaro desfrutava de bem-estar no seio de Abraão, ele colhia bênçãos como uma recompensa por crer em Deus e não haver praticado males durante as experiências de muitas privações enquanto em vida terrena. Ganhou o direito das benesses divinas porque não praticou males. O rico, que não o socorreu enquanto o via sofrer na Terra, ao passar a colher frutos do egoísmo e indiferença que plantou, sofrendo no inferno, ordenou a Abraão que orientasse Lázaro a serví-lo com um pouco de água. O rico desejava receber a colheita que não merecia e nem lhe pertencia! (Lucas 16.24)

Os participantes das aflições de Cristo e os cristãos inconsequentes

O apóstolo Paulo e outros apóstolos sofreram perseguição religiosa. Mas, eles não foram pessoas perfeitas e sem pecados, cometeram erros e colheram o fruto de seus equívocos também.

Alguns cristãos enaltecem o sofrimento dos apóstolos, como se as aflições deles fossem da vontade de Deus, um espetáculo que o Criador gosta de assistir de camarote. Para estes, eu costumo dizer que é necessário observar como era a vida e como foi o fim que os apóstolos tiveram, é preciso fazer a contextualização histórica. Eles viveram em outro cenário político, outros costumes, outra sociedade. Não é possível fazer uma comparação sem levar em consideração todas as diferenças existentes entre o passado e o presente. Além disso, nem tudo o que Deus permite é de Sua vontade, muitos acontecimentos ocorrem por causa do uso equivocado do livre-árbritrio que o ser humano tem, por não saber usar a liberdade de maneira correta (1 Corintios 8.9; Gálatas 5.13, 1 Pedro 2.6).

"Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" - 1 Pedro 4.13-16.

Talvez, lembrando-se do episódio em que foi repreendido por Jesus quando usou a espada e cortou a orelha de Malco, Pedro escreveu abordando o cuidado que devemos ter em nossas ações. Ele fez uma distinção quanto ao tipo de aflições que o cristão está sujeito a passar.

Conclusão

Nem todos os reveses acontecem na vida do cristão por causa da fé em Cristo. Muitos aflitos sofrem por plantar abrolhos, cardos, espinhos - e se machucam com eles. Em momentos de aconselhamentos espirituais, é comum encontrar quem reclame de momentos maus que atravessam sem enxergar sua parcela de culpa. Ao analisar o problema, percebemos que elas também provocaram o mau que as aflige.

"Abstende-vos de toda a aparência do mal" - 1 Tessalonicenses 5.22.

Conheço uma pessoa que possui problema na vista, ela enxerga muito mal. Apesar disso, desloca-se pela cidade como motorista. Por diversas vezes já passou pela iminência de acidentes no trânsito. Nega-se a fazer a cirurgia que expele a catarata, apesar de muitas pessoas próximas lhe recomendarem que faça isso. Caso ocorra o pior, será uma colheita previsível e não a mera fatalidade.

Existem muitas circunstâncias na vida parecidas com essa, porém menos drásticas. A pessoa que não se aplica aos estudos terá um futuro pouco promissor; o profissional que não se qualifica poderá perder sua vaga para o colega que faz reciclagem de seus conhecimentos; o sujeito que não se alimenta de maneira balanceada, poderá desenvolver doenças no estômago, ou diabetes. Etc.

É comum encontrar muita gente usando o exemplo das aflições dos apóstolos como um espelho do que significa ser cristão autêntico.  Enaltecem as aflições que os cristãos hebreus passaram, como que se a vida feliz e em tranquilidade aqui na Terra fosse estar totalmente fora da vontade de Deus.

Se o sofrimento que experimentamos ocorre por causa da fé, então, somos felizardos espiritualmente. Mas, se é motivado por atitudes inconsequentes, resta-nos lamentar e nos esforçarmos para mudar a espécie de plantação que estamos fazendo hoje, para recebermos no futuro momentos bons como colheita. É preciso abandonar erros, passar a agir corretamente para alcançar dias melhores.

Quem cuida de sua semeadura, fazendo o plantio de acordo com a Palavra de Deus, estará sujeito a ser afligido com algum grau de perseguição religiosa, por causa do seu amor a Cristo, porém, com toda certeza, sofrerá bem menos do que a pessoa que  lança em sua vida sementes de irresponsabilidades, maldades, indiferenças e ódio.

E.A.G.

domingo, 22 de julho de 2012

EBD 2012 - Vencendo as Aflições da Vida: superando traumas da violência social

A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) propôs aos alunos de escola dominical, nas faixas etárias de jovens e adultos, um tema bastante difícil de ser lecionado e aprendido. É preciso, mas não é agradável estudar sistematicamente sobre as aflições dessa vida.

Quando o aluno absorve a lição, tal qual a ingestão de uma vitamina amarga, o que é aprendido faz grande efeito positivo, fortalece o discípulo de Cristo. Depois que ele entende a razão de haver adversidades, o que provoca a maré em contrário, a dificuldade de encontrar o céu de brigadeiro, tem condições de agir corretamente para defender-se das contrariedades. Ao empreender ações corretas em horas certas, suas chances para receber a vitória, experenciar tempos de satisfação, serão maiores.

1 - Quem somos em meio às aflições?

O apóstolo João comentou sobre as lutas. Mas ele observou as situações adversas pelo prisma de Cristo: a vitória.

"Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados. Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno" -  1 João 2.12-14.

2 - A fé e as obras

O cristão vive pela fé e o certificado de que a fé está viva são as obras (Habacuque 2.24; Tiago 2.26).

Quais obras? As Escrituras Sagradas são uma coleção de 66 escritos, livros e cartas, que representam para nós o que Deus diz. Nenhuma afirmação bíblica está registrada sem motivo. A Bíblia é um tratado para aplicação pessoal. É preciso ler, orar, agir. Os mandamentos são para serem seguidos e as afirmações, verdadeiras, cridas e praticadas.

"Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." - João 14.12-14.

Na semana passada, eu entreguei para duas pessoas aflitas o mesmo recado. Disse-lhes que o Filho de Deus deixou à Igreja a autorização para usar o nome dEle para retirar as "montanhas" que nos causam aflições (Mateus 21.21; Marcos 11.23). Por meio do Espírito Santo, o Senhor entregou nove dons sobrenaturais para a edificação da Igreja. Sim, eu e você podemos repreender todos os males que nos afligem usando o poder que há no nome de Jesus Cristo. Usemos! Confira: 1 Coríntios 12.9, 28.

Talvez, apesar de tudo isso que está escrito sobre quem é você na esfera espiritual ainda olhe-se no espelho e não encontre a face de uma pessoa capaz de superar situações traumáticas. Os traumas da alma fazem seu semblante cair, descrer que é uma pesso vencedora. A dor sentimental é grande, turva a sua constatação da realidade.

O que fazer quando olfato, o tato, o paladar, a audição e a visão do praticante da Palavra de Deus às vezes não apresenta a verdade sobrenatural que a autoridade do nome de Jesus realiza? Nestes momentos é necessário negar-se a si mesmo, resistir ao mal, crendo que Deus não mente. Não siga adiante se deixando guiar pelos sentidos naturais, abrace a Palavra de Deus com fé e pratique-a.

Jesus disse que quem crer faria obras maiores que Ele, e você é um crente.

E.A.G.

Veja neste blog: Estupro - Verdades e Mentiras, a realidade entre estuprador e vítima.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

EBD 2012 - Laodiceia, a igreja morna

Este artigo é escrito com a intenção de ser útil aos que amam a Palavra de Deus, aos que fazem uso do material pedagógico da CPAD, revista Lições Bíblicas, As Sete Cartas do Apocalípse usado nas escolas dominicais no segundo semestre de 2012, cujos comentários são de Claudionor de Andrade. O conteúdo também se encaixa aos que pesquisam sobre o tema liderança cristã, sem elo com a revista.

"E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!" - Apocalipse 3.14-15.

Como cristão há aproximadamente 29 anos, tenho observado alguns pastores evangélicos. Eles são gente como a gente, têm erros e acertos. Meu objetivo não é atacar pontos fracos, apenas fazer nova reflexão bíblica sobre liderança cristã e o comportamento de liderados, com a finalidade de edificação.

Quem manda na igreja?

"Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, (...) e Deus a cabeça de Cristo" - 1 Coríntios 11.3.

A questão de autoridade é um detalhe importantíssimo no ministério pastoral. Diversos líderes se desviam do propósito de sua chamada nesta questão essencial, por esquecer-se ou ignorar. Acreditam que são superiores à membresia e corpo de obreiros, e mesmo que ajam bem intencionados, queiram o bem de todos, não estão aprovados por Deus nesta situação.

Deus não é confuso. Existe uma hierarquia na igreja, ela começa em Deus e passa por Jesus Cristo, que é o único investido com poder de mando entre os crentes. Mas, alguns homens se esquecem disso, e colocam Jesus para fora, ocupam o lugar dEle para mandar, ou trocam o Senhor para obedecer alguém de carne e sangue, um semelhante. Isso aconteceu na igreja de Laodiceia (Apocalipse 3.20).

"Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: digno é o obreiro do seu salário" - 1 Timóteo 5.17-18.

Quando alguém vive fora da proposta do Evangelho não é seguidora de Jesus. Note bem, Paulo assinala quem deve ser estimado o pastor que sabe exercer liderança eficaz, e considerado merecedor de duplicada honra apenas o líder que se dedica a viver e pregar a Palavra de Deus, que sabe ensinar a doutrina de Cristo. No texto em grego, o termo que foi traduzido ao português como honra tem a ver com remuneração, o que não significa levar em conta o reconhecimento do liderado à liderança pastoral.

Quem manda na família?

"Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos" - Efésios 5.23-24.

Deus criou o casamento e depois instituiu a família. A igreja é formada por pais, mães e filhos. Paulo instruiu ao jovem pastor Timóteo tratar os membros da congregação respeitosamente. Aos mais velhos como se eles fossem seus pais e mães, aos da mesma geração como a irmãos e irmãs e aos mais novos como se fossem seus filhos e filhas. Bem diferente da atitude de alguns pastores, que se comportam como se fossem chefes da membresia (1 Tmóteo 5.1-2).

 Assim como Jesus é a cabeça da igreja, também é a cabeça do marido. Neste cenário, a figura do pastor é a de alimentar a todos com a exposição da Palavra de Deus e não como impositor de vontades pessoais sobre todos.

Muitos pastores estão desaprovados por Deus porque não reconhecem o limite de autoridade que receberam, querem administrar além que que é de sua competência.

Prostado aos pés de Cristo

"E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada. Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil" - Hebreus 13.16-17.

Prestemos atenção ao que Deus diz e pratiquemos, o Senhor comunica-se conosco, orientando a fazer o bem.

O Novo Testamento, em Atos 17.11, nos mostra o bom exemplo dos crentes bereianos, que foram reputados como mais nobres que os demais cristãos porque ouviam a explanação das Escrituras feita por Paulo, e conferiam se o que ele dizia estava de acordo ou não. Ou seja, para eles Deus estava acima do ser humano, Jesus Cristo habitava verdadeiramente em seus corações.

Quando o cristão não examina se a exposição bíblica está certa ou não, corre o risco de repetir os erros praticados e apregoados pelo palestrante, ser apenas uma pessoa religiosa idolatrando o pregador.

Cristo é apresentado pelo apóstolo João como o Verbo, a Palavra. É necessário olhar para Jesus nesta perspectiva do conteúdo revelado na forma escrita. O cânon bíblico deve ser a regra de fé e conduta de todo cristão, pois é a lâmpada para nossos pés e luz para nossos caminhos. João 1.1; Hebreus 12.2; Salmo 119.105.

Conclusão

Igreja não é empresa, pastor não é chefe e membros não são empregados. Atrás do microfone, cada pastor deve olhar à membresia e ver os maridos, pensando "cabeça de um lar", os membros em geral como ovelhas de Jesus e não dele mesmo. E a membresia deve respeitar o pastor em sua função de expositor do texto bíblico, considerando que seu Senhor é Cristo e não o ser humano que expõe o conteúdo das Escrituras Sagradas.

Como vai a congregação em que serve ao Senhor? Ela está quente, morna ou fria? A autoridade de Cristo é reconhecida ou Ele está do lado de fora pedindo para entrar? A temperatura espiritual do da igreja é alta, média ou baixa de acordo com o reconhecimento do senhorio do Filho de Deus por parte de líderes e liderados evangélicos

E.A.G.

terça-feira, 8 de maio de 2012

EBD 2012: Sardes, a Igreja Morta

Sardes, fundada em 700 a.C., era uma antiga capital dos reis da Lídia sob o reinado do rico Creso, e sede do governo após a conquista persa. Estava situada no sopé da montanha Tmolo, num quase inacessível platô, nas margens do Partolo, afluente do rio Hermo, perto da junção que ligava Éfeso, Esmirna e Pérgamo.

Sardes foi sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais receberam menção em cartas apocalípticas escrita por João, dirigida ao bispo local (Apocalipse 1.11).  A Igreja em Sardes foi a quinta na ordem de envio das sete cartas.

A população de Sardes tinha como padroeira a deusa Ártemis, e acreditava na reencarnação.

A cidade de Sardes era famosa por suas riquezas, sucesso e luxo, artes e ofícios, era o primeiro centro para cunhar moedas de ouro e prata. Os reis da Lídia eram tão ricos que o nome de Creso tornou-se símbolo de riquezas fabulosas, e se dizia-se que as areias do rio Pactolo eram de ouro.

A cidadela de Sardes - o reduto de defesa - foi construído em local extremamente alto, cerca de 1500 pés acima do vale, aparentemente inalcançável pelos inimigos. Esta estrutura e localização causava um sensação de autosuficiencia. A soberba os fez deixar de usar as torres vigia e assim conheceram a derrota e  vergonha.

O célebre rei Creso se tornou um lendário símbolo de arrogância e posterior queda. Atacou a Pérsia e recebeu um contra-ataque surpresa de Ciro, rei dos medos e persas, por volta de 549 a.C., quando foi capturada. O exército de Ciro escalou a montanha, se valendo de uma trilha sem vigilância.  Três séculos depois um incidente parecido aconteceu, sendo que dessa vez foi provocado pela invasão romana. No século 17 sofreu com um grande terremoto devastador, que a arruinou física e financeiramente, tornando seus cidadãos em flagelados, dependentes de ajuda estrangeira.

Os exegetas afirmam que o nome "anjo" simboliza a atuação do bispo, que é censurado por usas obras indignas, bem como toda a sua comunidade.

Conforme a tradição, Sardes foi a primeira cidade dessa região a receber o Evangelho através do ministério do apóstolo João. Foi a primeira entre as sete comunidades evangelizadas da Ásia a desviar-se na fé e a primeira a cair em ruínas (Apocalipse 3.1-4).

A censura à Igreja ocorreu pela falta de religião vital, tinha um nome como se estivesse viva, mas na realidade estava morta espiritualmente. Na aparência estava tudo muito bem, a sua dinâmica era composta de rituais bonitos, suas atividades atendiam às liturgias religiosas. o seu exterior era admirável, mas seu interior era sem vida, era fria, apenas cumpridora de formalidades pois não tinha comunhão com o Espírito Santo.

Assim como aconteceu na copiosa história da cidade, os crentes haviam deixado de vigiar. Eles se sentiam seguros e deixaram de observar a segurança espiritual. Satanás os atacou impiedosamente e os matou na fé, fazendo uso de seus desejos carnais, após rondar em derredor deles como um leão que ruge à espreita.

Quem são os crentes espiritualmente mortos? São quem vive a contar os milagres do passado, não existe nenhum depoimento novo sobre as maravilhas da presença de Deus em sua vida no dia de hoje. São excelentes contadores de história de milagres na vida alheia, porque na deles nada acontece que possa servir para a edificação de quem os ouve. Eles têm a fama e os trejeitos de pessoas espirituais, porém não possuem nenhuma atividade espiritual (Marcos 16.15-18).

Embora a maioria dos crentes de Sardes tivessem perdido o avivamento espiritual, restou entre eles um grupo de homens e mulheres fervorosos e fiéis ao Senhor, pessoas que não se descuidaram da comunhão com Deus. Estes recebem de Cristo a promessa de que caminharão com Ele usando vestes brancas. terão seus nomes escritos no livro da vida e serão apresentados ao Pai e aos anjos.

Hoje a cidade de Sardes é reduzida a uma admirável aldeia no meio das ruínas das grandezas do passado. Mantém um grande edifício utilizado para receber viajantes, que se dirigem da Pérsia a Esmirna.

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Consultas:

Manual Bíblico Henry H. Halley, 4ª reimpressão de 1998, Edições Vida Nova;
Minidicionário Bíblico - David Conrado Sabag, 1ª reimpressão, 2008, Difusão Cultural do Livro;
Dicionário Bíblico Universal A. R. Buckland & Lukyn Willians, 2007, Editora Vida;
Pequena Enciclopédia Bíblica O. S. Boyer, 19ª impressão, 1992, Editora Vida.

[Continua... ]

terça-feira, 24 de abril de 2012

EBD 2012 - segundo semestre: A igreja de Pérgamo e o mundo

Deus é amor, e quem se curva ao trono de Deus pratica o amor.

Não considere em Apocalipse o termo trono como um assento físico. Trata-se de um simbolissmo. O trono tem a ver com o poder e atritutos.

Em artigo anterior, relacionado à revista Lições Bíblicas - As Sete Cartas do Apocalipse, lembramos que o nome Satanás significa acusador. Então, podemos considerar que na carta destinada à Igreja de Pérgamo, o trono de Satanás pode ser considerado o uso da obra da carne entre os irmãos: inveja; divisão; contenda; maledicência.

 "Notemos que na carta aos crentes de Esmirna, encontramos a identificação Satanás e Diabo, apontando ao inimigo de nossas almas. A primeira palavra é hebraica e a segunda grega, porém, ambas possuem a mesma conotação, significa acusador. É notável que Jesus Cristo desfaz todas as mentiras construídas pelo ser malígno quando descreve os cristãos. Veja: Zacarias 3.1; Jó 1.6-12; e 2.1-7." - Esmirna:  A Igreja Confessante e Mártir .

Como mundanismo, muitas pessoas logo pensam em pecados públicos: assassinato, prostituição, orgia sexual, adultério, etc. Porém, ser crente mundano significa agir carnalmente, em atitudes que o mundo considera comum e aceitável

Os crentes da cidade de Pérgamo se reuniam dissimuladamente, sem paz, Com certeza, eles estavam bem entrosados em litúrgias de culto, mas o coração deles não tinha Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, entronizado, Num momento crítico, veio à tona a inimizade represada, então assassinaram o irmão Antipas (Apocalipse 2.13). 

Infelizmente, dentro das organizações cristãs de hoje em dia, como houve no passado, nos relacionamentos entre os irmãos também existe a desunião. É triste constatar que reuniões realizadas com propósito de adoração a Deus, a bela liturgia encobre a luta em busca de interesses pessoais.

Jesus Cristo previu que haveria amor frio nos últimos dias (Mateus 24.12). Devemos tomar muito cuidado, para que a iniquidade não amortize o dever de amar o próximo, inclusive aquele próximo que ocupa a cadeira, ou posto, que você gostaria de ocupar.

Baraque, o inimigo dos cristãos dentro da Igreja.

Podemos considerar que Baraque seja a figura do nosso inimigo, que é Satanás. Ele instrumentaliza crentes carnais para atingir seu intento de destruir a Igreja do Senhor.

Ninguém pense que ele se apresente como um monstro. Não! Lembra-se de Jesus, quando avisou aos discípulos que deveria ser crucificado? O ombro amigo de Pedro era armadilha de Satanás (Mateus 16.23). Ele surge como aquela inspiração que o ajudará a progredir ministerialmente dentro da igreja, no entanto, a estratégia para isso é puxar o tapete do irmão ou da irmã... Ele aparece com o uso de mentira pequenina e que tem ares de ser virtude, porque beneficiará o seu grupo cristão. É a ideia que desmotiva as pessoas a se consagrarem, afasta o povo da unidade cristã. 

O irmão Balaão na igreja que você frequenta.

Quem seria o irmão Balaão no século 21? Não levante seus olhos procurando-o em outra denominação evangélica, pois em todas as denominações cristãs há alguém se comportando como o falso profeta, gentio, filho de Beor. Sim, os tais são representantes do joio no meio do trigo (Números 22.24; Mateus 13.25).

O irmão Balaão, tem fluência comunicativa, pode ser articulado para pregar e cantar, e tem admiração de alguns devido seus talentos, porém, quem o conhece de perto sabe que ele não faz uso do fruto do Espírito no seu cotidiano. É capaz de usar, com ares de bom cristão, textos bíblicos onde encontramos os adjetivos "lobo" e "falso profeta" para fazer mal e através dessas citações atingir seus objetivos.

O falso profeta hebreu, obteve ganhos financeiros, o falso profeta de então, nem sempre quer dinheiro. Ele busca status, honrarias, postos de mando. Efemeridades dentro da coletividade cristã.

Devemos tomar cuidado com gente rápida em julgar.

Não seja simplório. Use a prudência.

O julgamento cristão usa o amor. Portanto, age sendo paciente e bondoso, não é movido pela inveja, não se vangloria, não age através de orgulho e interesse próprio ou denomonacional. Não maltrata ninguém, não se ira facilmente, não julga como meio de desforra rancorosa. Não se alegra com a injustiça, faz festa com o esclarecimento pleno da verdade. Padece, crê em Deus e usa o amor como regra no relacionamento interpessoal, espera o melhor de todos, suporta o peso da imparcialidade até contra si mesmo. (Tiago.13-15; 1 Corintios 13.4-7).

O trono de Deus não é trono de acusação sem provas, não gera injustiças. Não tenha pressa para considerar alguém falso profeta ou lobo em pele de cordeiro apenas porque alguém, assentado no trono de Satanás, dentro de ambientes religiosos, usou versículos bíblicos com estes adjetivos contra determinada pessoa.

Executar julgamento também é atitude cristã, pois tem base bíblica para que isso seja feito. Jesus Cristo deu aval, instruindo-nos a julgar segundo a reta justiça e jamais pelas aparências. Um dos nove dons do Espírito é o discernimento de espíritos (João 7.24; 1 Coríntios 12.10).  E, sendo assim, o julgamente espiritual ocorre com uso de texto e contexto bíblicos, sem que a pessoa na posição de juiz queira alguma espécie de lucro com a causa julgada.

Conclusão

Todo cuidado é pouco com Baraque e Balaão do século 21!

Com certeza a doutrina de Balaão tem a ver com a indução aos pecados sexuais e cultos de idolatria, inimizade aos servos de Deus e à ganância por dinheiro e prestígio social no âmbito da igreja.

Na revista Ensinador Cristão, tópico 5, página 38, relativo à lição em apreço, lemos que Balaão trabalhou para receber seu dinheiro, induzindo os judeus e terem relações sexuais com mulheres estrangeiras. Era uma indução a pecar, pois a Lei de Moisés não permitia isso.

A cidade de Pérgamo tinha diversas espécies de cultos. Ao Deus verdadeiro e deuses falsos, ao imperador. Um dos templos de Pérgamo era o do falso deus Asclepio, representado pela figura de uma serpente. Era considerado o deus da medicina e da cura, e nos dias atuais simboliza a farmacologia. Os doentes daquela época o cultuavam buscando saúde, deitavam-se no chão pensando que voltariam a ficar saudáveis através do toque de serpentes. Que tristeza, se entre os adoradores de Asclépio estiveram pessoas cristãs induzidas pelos pregadores da doutrina de Balaão!

Jesus é quem nos cura (Marcos 16.17-18). Usemos a autoridade do nome de Cristo para repreender as doenças!

E.A.G.