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domingo, 24 de dezembro de 2017

Jesus nasceu e está vivo



Por José Wellington Costa Junior

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: 'Maravilhoso Conselheiro', 'Deus Forte', 'Pai da Eternidade', 'Príncipe da Paz'" - Isaías 9.6.

“E você, Belém-Efrata, que é pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" - Miquéias 6.2.

"Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo" - Mateus 2.1-2.

"O anjo, porém, lhes disse: Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor" - Lucas 2.10-11.

Essas mensagens registradas na Palavra de Deus e tantas outras são repetidas várias vezes há muitos anos em nossas Igrejas, principalmente por ocasião do Natal.

Neste mês de dezembro, o mundo cristão comemora o Natal de Jesus. Trata-se de um mês diferente dos demais porque se percebe nos rostos, nos olhares e até no comportamento das pessoas um anseio em não deixar esta data passar em branco. A maioria das família desfruta de momentos especiais, promovendo a tão esperada e desejada Ceia de Natal, com troca de presentes, crianças felizes abrindo pacotes que escondem brinquedos tão aguardados, além de pais alegres em conseguir presentear seus filhos e em ver a felicidade estampada em seus rostinhos.

Há um ar de alegria, felicidade, paz, amor e união; o sentimento natalino é contagiante. Nas igrejas, em geral, apresenta-se uma programação especial dando destaque a tudo o que a Bíblia relata a respeito do nascimento de Jesus. É sempre muito bonito e emocionante assistir as crianças apresentando suas bem ensaiadas poesias e louvores, adorando o Senhor Jesus, o motivo de toda essa euforia.

Nós, que somos crentes, temos muitas razões para comemorar o Natal do Senhor Jesus Cristo, pois estamos certos do significado de seu nascimento. Embora não se saiba a data exata em que Ele nasceu, temos a plena certeza que Jesus nasceu. E seu nascimento mudou a história da humanidade; mudou a nossa história. Condenados que estávamos pelas nossas transgressões, Ele nos abriu a porta da salvação, através de um plano divino projetado no céu, cujo início se deu naquela simples manjedoura em Belém.

Profecias já tinham vaticinado esse tão grande acontecimento. Era a esperança trazida a uma humanidade pecadora e sem expectativa de salvação e que, finalmente, se tornara real e concreta em Jesus.

Por isso, desfrutemos e adoremos ao Senhor nosso Deus neste momento ímpar, neste mês que se comemora o Natal de Jesus. Permitamos que essa alegria nos envolva, não somente devido às comemorações, mas, principalmente, devido ao verdadeiro significado do Natal.

Por fim, há algo para o qual chamo a atenção de todos os que servem a Jesus: devemos viver esse clima envolvente do Natal todos os dias. Em todo tempo, através da salvação que alcançamos pelo sacrifício na cruz do Calvário, o Senhor Jesus nos concede e nos permite desfrutar desse amor, dessa paz, dessa alegria e da certeza de que um dia virá para nos buscar e então com Ele vivermos eternamente. Ora vem, Senhor Jesus!

Como está o teu viver no dia a dia? Você tem desfrutado da salvação, da paz e da alegria que o Senhor Jesus te oferece? Tenho a plena certeza de que o desejo dEle é que todos alcancem o que de melhor Ele coloca à nossa disposição.

Que a alegria do Natal esteja presente em todos os dias da nossa vida e que o Senhor Jesus, que nasceu em Belém da Judeia, permaneça vivo em nossos corações. Feliz Natal a todos.

__________

Pastor José Wellington Costa Junior é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).

Nota do Editor de Belverede: Os textos bíblicos citados nesta postagem são extraídos da tradução Nova Almeida Atualizada (NAA), porém o autor do artigo fez uso da tradução Almeida Revista e Corrigida (ARC). As duas versões são da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 87, número 1591, dezembro de 2017, coluna Palavra Pastoral, página 2, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD). 

sexta-feira, 6 de maio de 2016

AD em SP produz programa de tevê Momento Assembleia de Deus


Momento Assembleia de Deus, programa produzido pela Igreja Assembleia de Deus - Ministério do Belém (SP). vai ao ar todos os sábados através da RedeTV!

Estreou no sábado, último 2 de abril, com alcance em todo o território brasileiro, o primeiro programa produzido pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério do Belém, em São Paulo. O nome do programa é Momento Assembleia de Deus.

Dirigido pelo Pastor José Wellington Bezerra da Costa (presidente da AD Ministério do Belém em São Paulo e da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), coordenado pelo Pastor José Wellington Bezerra Junior, vice-presidente da AD em São Paulo e presidente do Conselho Administrativo da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) e apresentado pelo Pastor João Barbosa da Silva, o programa vai ao ar todos os sábados entre 8 e 8h30.

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 96, número 1.572, edição de maio de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

J. P. Kolenda e a profissionalização do ministério


Um homem que marcou e "incomodou" sua época. Assim pode ser descrito o trabalho do missionário John Peter Kolenda, ou simplesmente J. P. Kolenda. Nascido na Alemanha em 1898, filho de um pastor luterano que trabalhou em comunidades de colonização alemã no Rio Grande do Sul, Kolenda residia nos Estados Unidos quando, após a conversão, teve contato com o movimento pentecostal. Ordenado pastor ainda jovem sentiu uma forte chamada ministerial.

Quando foi convidado para ajudar no trabalho missionário no Brasil, JP já era um obreiro experiente e destacado nos EUA. Kolenda veio trabalhar (tanto ele como outros missionários da AD estadunidense) em regime de cooperação com a Missão Sueca, inclusive se sujeitando as normas e aos métodos de trabalho dos suecos. Essa sujeição era uma exigência dos escandinavos, pois estes se viam como pioneiros do trabalho pentecostal em terras brasileiras, e não queriam a princípio ceder lugar aos estadunidenses.

JP chega ao RJ no ano de 1939, e para curiosidade e espanto geral, desembarca com seu Chevrolet e aluga um apartamento em Copacabana. Era evidente que a postura e o status financeiro dos obreiros vindos da América do Norte era vista com reservas pelos suecos. Segundo Paul Freston, não foi só isso que trouxe dificuldade de aceitação por parte dos missionários. Para o sociólogo a "ênfase americana em educação teológica e a atitude menos severa na área de costumes" contribuíram para vários conflitos entre os missionários estadunidenses, suecos e brasileiros.

Logo, JP seguiu para o estado de Santa Catarina onde o trabalho ainda era muito modesto. Juntamente com outro missionário estadunidense, organizaram a AD em Santa Catarina e promoveram as bases para seu maior crescimento. De forma simultânea, Kolenda estava envolvido nos grandes debates acerca do ensino teológico nas Convenções Nacionais. Não foram poucos os debates sobre esse assunto, muito dos quais JP foi rechaçado pela liderança das ADs brasileiras. O tema sobre a melhor formação dos obreiros era necessário e incomodo. Mas não havia acordo entre as partes, e as discussões prosseguiram durante muitos anos.

Porém, foi em outro projeto que Kolenda foi bem sucedido. Lançou uma campanha financeira nos EUA e no Brasil em favor da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), para compra de maquinários e aquisição de um prédio próprio para a editora. Conseguiu ainda trazer um técnico dos EUA para ajudar na instalação gráfica. O sonho do instituto bíblico JP não conseguiu concretizar, deixando esse desafio para seus sobrinhos João Kolenda e Dorris Lemos.

Deixou Santa Catarina em 1952, se dedicando tão somente a CPAD no RJ. Ainda nos anos 50 partiu para a Alemanha, país arrasado pela guerra, para ali ajudar na reconstrução das igrejas, fundando inclusive um instituto bíblico em seu país de origem. JP voltou outras vezes ao Brasil, e na década de 70 ajudou a implantar na AD em Belém um instituto bíblico. Em outras vezes esteve em SC para ministrar estudos bíblicos e rever parentes, amigos e obreiros.

Em uma de suas visitas à CPAD no RJ no ano de 1969, Kolenda é entrevistado para o Mensageiro da Paz. Uma das perguntas feitas ao legendário obreiro foi "qual o maior problema que se depara as Assembleias de Deus presentemente?" A resposta do antigo pioneiro surpreendeu por sua aguda observação das transformações em curso no seio das ADs. Para ele o maior problema das ADs no Brasil e no mundo era "a tendência para a acomodação entre os crentes e o profissionalismo ministerial." Ainda segundo Kolenda "o ministério têm perdido o fervor da evangelização, trocando-o por um ministério que é apenas uma profissão".

Chega a ser uma ironia essa constatação, pois quando ele e outros obreiros defendiam os institutos bíblicos, geralmente eram acusados de querer montar uma "fábrica de pastores" dentro das ADs. Agora JP revela outra preocupação e observa uma tendência, a qual se aprofundaria durante os anos seguintes e, chegaria aos dias atuais como uma triste e sórdida realidade: o ministério visto apenas como profissão, meio de vida e fonte de lucro.

Quantos obreiros hoje não são fabricados? Não em institutos, mas em famílias pastorais, atuando em uma espécie de plano de carreira ministerial. Plano esse que não exige nada mais do que uma boa filiação, parentesco, casamento ou lábia para ser bem sucedido. Sim, conforme diagnosticou JP, o ministério para muitos se transformou em uma atrativa profissão. E quem paga essa conta e as benesses de uma vida de muitos privilégios?

Fonte
ARAUJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
FRESTON, Paul. Breve História do Pentecostalismo. In: ANTONIAZZI, Alberto. Nem anjos nem demônios; interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994.
MENSAGEIRO DA PAZ. Junho de 1969 - nº 12. Rio de Janeiro: CPAD.
Conteúdo extraído de Memórias das Assembleias de Deus - http://mariosergiohistoria.blogspot.com.br/ 

Veja mais: A morte do Pr. João Kolenda Lemos

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Samuel Câmara é desligado da CGABB

Algum tempo atrás, coloquei em meu coração que não iria mais escrever sobre política eclesiástica assembleiana neste blog. Mas abro uma exceção para este episódio triste e constrangedor.

Desde que me converti ao Senhor Jesus Cristo, tive a firme convicção que deveria ter Deus em primeiro lugar, colocar a religião muito abaixo de interesses espirituais. E assim, mesmo congregando na Assembleia de Deus, onde estavam meus pais e onde encontrei minha esposa com quem estou casado há quase 30 anos, nunca nutri um sentimento exacerbado pela placa denominacional. Nunca enfatizei a AD ao evangelizar quem quer que fosse.

Tomei conhecimento da existência da instituição paraeclesiástica Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) ainda em meus primeiros passos de fé. Foi através de uma notícia negativa: pastores fizeram uma reunião e desligaram o irmão Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira / Brás.

Agora, outro fato parecido ocorre. Pastores reúnem-se e afastam mais um pastor da instituição: Samuel Câmara, líder da Assembleia de Deus em Belém do Pará, o ministério onde os missionários suecos começaram o trabalho missionário no Brasil. Tenho comigo que este passo político e nada espiritual terá um desdobramento muito grande, que talvez cause uma grande surpresa ruim aos promotores da exclusão de Câmara. Por quê? Porque no passado não havia internet, nos idos de 1980 era possível abafar assuntos considerados inconvenientes. É esperar para ver a repercussão.

A notícia em detalhes poderá ser lida nos blogs Point Rhema.

E.A.G.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A morte do Pr. João Kolenda Lemos

Por Eliseu Antonio Gomes 

João Kolenda Lemos, nascido em 18 de Dezembro de 1922, partiu para descansar eternamente nos braços do Senhor na sexta-feira do dia 28 de Dezembro de 2012. às 15h05. No momento de sua ida ele estava em Pindamonhangaba - SP.

Apesar de ser homem de costumes simples, era profundo conhecedor das Escrituras Sagradas e cultura geral. Estudou Teologia no Central Bible College (CBC) em Springfield – Missouri (EUA) nos anos de 1946 a 1950.

Exerceu 71 anos de ministério pastoral nas Assembleias de Deus. Dedicou-se à obra missionária no Brasil por toda sua vida. Entrou para a história do movimento pentecostal brasileiro como uma das principais lideranças na área de ensino teológico. Em 1958, ao lado de sua esposa Ruth Doris Lemos, missionária norte americana, fundou o Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD).

Kolenda trabalhou na Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) no período de 1951 até 1955. Também cooperou com o missionário Lawrence Olson no início do programa de rádio Voz das Assembleias de Deus. Estava viúvo, a esposa havia falecido em 2009. Deixou três filhos, oito netos e três bisnetos. 

Seus filhos estão envolvidos na obra de Deus. Mark Jonathan é pastor e junto com sua esposa Helba Galvão Lemos, atual diretor do IBAD; Rebekah Câmara, casada com o Pr. Samuel Câmara, é conferencista, produtora e apresentadora de tevê na Rede Boas Novas; e Rachel Santos, juntamente com seu marido Cláudio Rogério, são pastores na AD em Manaus e também apresentadores de programas de tevê pela RBN.

O velório de Kolenda ocorreu em 29 de Dezembro na sede da IBAD, em Pindamonhangaba (SP) a partir das 9 horas, seguido de um culto de celebração à vida às 14 e sepultamento de corpo às 16 no Cemitério Municipal de Pindamonhangaba.

E.A.G.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AGO 2013: surpreendente

Os blogs dos pastores Geremias do Couto e Carlos Roberto Silva trouxeram para a Blogosfera Cristã uma notícia alvissasseira. Pelo menos para os assembleianos que se interessam pela política eclesiástica.

O cobiçado cargo de presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, cujas eleições ocorrerão em 2013, será disputado por três pretendentes ou mais. Diferente de anos anteriores, quando os candidatos eram Samuel Câmara e José Wellington Bezerra da Costa, ou apenas o último.

Nas próximas urnas, além das três escolhas, parece-me que Câmara entrará fortalecido, pois a terceira opção enfraquece Wellington, que embora tenha saído vencedor em vezes anteriores, sempre ganhou com margem pequeniníssa de votos à mais.

O desenho está se formando. Parece que o cenário para as próximas eleições ao cargo de presidente da CGADB será bem diferente do que já houve na história da instituição CGADB. E isso tem como peso diferencial a Terceira Via, encampada pelo Pr. Geremias do Couto.

As figuras dos pastores Gilberto Marques, José Wellington Bezerra da Costa e Samuel Câmara juntas não é algo comum de se ver. Esperamos que haja um consenso entre todos, para que o pleito transcorra em paz e glorifique a Deus, independente de qual lugar for escolhido para a realização da AGO 2013.

E.A.G.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Entrevista José Wellington Bezerra da Costa

"Somos a Assembleia de Deus de ontém, hoje e sempre"


Entrevista com o pastor José Wellington Bezerra da Costa


O pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e da Assembleia de Deus, Ministério do Belém (SP), costuma afirmar que continua hoje com o mesmo fervor que tinha em seu coração quando começou a servir ao Senhor Jesus, a diferença é que agora com muito mais experiência. Afinal, são 76 anos de vida, dos quais 69 de fé em Jesus e de Assembleia de Deus, e 57 como obreiro, sendo 49 só como pastor da AD.

Líder do órgão máximo da denominação no país no ano do seu centenário, e com anos de experiência à frente da AD, pastor José Wellington reflete sobre o passado, o presente e o futuro da AD, e seus principais desafios no século 21, e fala da alegria que foi participar da 6ª edição do Congresso Mundial das Assembleias de Deus, que foi realizado de 6 a 9 de fevereiro em Chennai, Índia. Segundo ele, essa foi uma das melhores edições do evento. O Congresso deste ano reuniu cerca de 10 mil assembleianos de 70 nações e teve como tema “Avante! No favor de Deus”. O objetivo do Congresso é manter e celebrar a fraternidade mundial da denominação e estabelecer objetivos conjuntos para os próximos anos.


Pastor Wellington relata a sua experiência entre os irmãos indianos, o tratamento dispensado aos convidados, o perfil da igreja em território indiano e ainda informações sobre os preparativos das comemorações do Centenário das ADs no Brasil.

Obreiro O senhor esteve recentemente no Congresso Mundial das Assembleias de Deus na Índia. Como foi o evento deste ano? O que o senhor destacaria de mais positivo?
Em primeiro lugar, nós fomos recebidos de uma forma muito carinhosa. Os indianos são um povo com um coração nobre, receptivo, amoroso. A forma como eles nos receberam nos cativou inteiramente. Se esse povo nos tratou tão bem na parte social, imagine a igreja local. Também participamos de cultos maravilhosos. O presidente da Convenção da Assembleia de Deus na Índia, o pastor David Mohan, é um homem de Deus. Ele é líder de uma igreja bonita, grande e avivada. Enfim, tivemos um trabalho maravilhoso. Com relação à organização, eu tenho participado de vários Congressos Mundiais da AD, mas esse foi o mais organizado de que já participei. No que diz respeito à organização, dou nota 10 aos irmãos da Índia. E a liturgia deles se assemelha muito com a dos brasileiros. O que eu posso dizer? Eu voltei muito feliz. Outra alegria é que, pela primeira vez, tivemos um brasileiro como um dos preletores do Congresso Mundial da AD. O pastor Joel Freire, líder da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus Brasileiras nos Estados Unidos (Confradeb-EUA), foi um dos ministrantes na grande reunião de terça-feira à noite. Foi uma celebração muito bonita.


Obreiro O que mais chamou a sua atenção na Assembleia de Deus daquele país?
A impressão que eu trouxe daqueles dias é de uma igreja muito amável, e que está trabalhando com denodo a fim de realizar a obra de Deus. Como as reuniões eram de caráter mundial, nos deparamos com uma amálgama de vários povos. Na verdade, o maior número era de indianos, mas pelas suas vestimentas não conseguíamos distinguir os naturais dos estrangeiros, ou seja, quais eram indianos nativos e quais eram do Paquistão ou da Malásia. Mas, eu chamo a atenção para o comportamento desse povo, uma postura excelente. Eu voltei maravilhado com o momento do culto, com a maneira como as pessoas se comportaram diante de Deus. Eu posso afirmar que foi algo muito bom.

Obreiro Qual o ponto mais positivo do evento para o senhor?
Como na Índia ainda existem alguns Estados em que há muita repressão ao cristianismo, a realização desse Congresso deixou para todo o país uma mensagem evidente do poder do Evangelho. Como a igreja que existe na Índia é relativamente grande, tudo o que faz tem naturalmente um grande alcance e, de fato, a igreja
indiana deixou uma mensagem do Evangelho de Cristo que mostra para todo o povo que o Evangelho é superior a toda aquela idolatria em território nacional.

Obreiro A Assembleia Geral Ordinária da CGADB em Cuiabá será a AGO do Centenário. Qual a sua expectativa para esse conclave e para os temas que serão debatidos ali?
Eu estou naturalmente orando e certo que vamos realizar com sucesso mais um período convencional. Vamos colocar em pauta assuntos que considero muito importantes, principalmente no que diz respeito à doutrina. Temos também o resultado daquela comissão que formamos na Convenção Geral passada, no Espírito Santo, que trata sobre o casamento, e também temos o programa do Centenário. Queremos dar muita evidência a essa programação de junho, pois estamos certos de que a igreja no Brasil está envolvida. Estamos dando apenas os últimos retoques na programação, de maneira que eu creio que toda a igreja no Brasil estará exaltando ao Senhor de forma marcante pelo centenário da nossa igreja.

Creio que as comemorações do Centenário da AD no mês de junho são um momento concedido por Deus para notificar a todo o Brasil a presença de nossa igreja. Eu, que pertenço à geração passada, lembro-me que a nossa igreja, por ser pequena e também perseguida, era mantida quase no anonimato. Hoje, porém, pela graça de Deus, a denominação tem visibilidade devido à sua expansão, projeção social e uma grande parcela de membros universitários, profissionais liberais. Essa comemoração vai também notificar ainda mais a existência e o conteúdo da denominação.

Obreiro O senhor acredita que a AGO de Cuiabá possa ser também um período de reflexão sobre o Centenário da igreja para os cerca de 2,5 mil ministros que estarão ali presentes?
Nós faremos todo o possível para que isso aconteça, e este é o desejo do meu coração. Como nesse período não vamos ter eleição, então teremos muito tempo para uma reflexão mais profunda do trabalho do Senhor. Eu acredito que o Senhor Deus vai nos dirigir para que levemos o nosso plenário a um momento de reflexão, porque é muito apropriado para isso acontecer. Depois de 100 anos de existência, esse é um momento importante para todos os obreiros, embora não tenhamos um número tão elevado para a AGO em Cuiabá, mas é uma chance que Deus está nos concedendo.


Obreiro Olhando para a Assembleia de Deus hoje e para o seu passado e o seu futuro, o que é preciso melhorar ou resgatar na nossa denominação para que possa enfrentar com êxito os desafios do século 21?
Eu acredito que a Assembleia de Deus na qual aceitei a Cristo como meu salvador há 69 anos passados não pode estar diferente hoje. É verdade que houve mudanças na sociedade atual, porém a modernidade e o avanço tecnológicos devem ser utilizados por nós para o bem e a edificação da Igreja. No contexto doutrinário, temos todo o empenho de manter a Igreja dentro dos parâmetros das Sagradas Escrituras. É verdade que somos constrangidos a reconhecer que em algumas cidades há igrejas que estão um pouco diferentes com relação a alguns costumes que não são próprios da Assembleia de Deus, e é por isso que o tema desta Convenção Geral de abril é A Doutrina e o Comportamento da Igreja para este momento. Desejo convocar os pastores para que todos estejam empenhados no ensino da Palavra de Deus e do comportamento da Igreja que o Senhor tirou do mundo, purificando-a com o Seu sangue a fim de levá-la para o Céu. Não podemos perder esse alvo. Somos a Assembleia de Deus de ontem, hoje e a do futuro. Não se pode mudar a identidade da Igreja do Senhor.

Obreiro Como estão os preparativos para a Conferência Pentecostal na região Sudeste em novembro?
Estamos empenhados na construção de nosso novo templo. Temos muito a fazer, portanto trabalhamos diuturnamente. Com relação à organização, estamos trabalhando naturalmente na preparação do povo de todas as faixas etárias da igreja, desde as crianças, passando pela mocidade e pelo Círculo de Oração, a Orquestra, o Coral e os obreiros. Estamos envolvidos nesse trabalho, e esperamos ter uma grande festa.

Obreiro Que palavra o senhor deixa para os obreiros assembleianos de todo o país por ocasião do Centenário das Assembleias de Deus no brasil?
Eu quero dizer aos meus companheiros que a existência da Assembleia de Deus é uma indelével prova do poder de Deus derramado em nossos corações no Brasil, e que não podemos prescindir dessa operação miraculosa de Deus em Seu povo neste país. Temos que valorizar isso, pois este é o tempo que Deus colocou em nossas mãos para dar ênfase não somente no que diz respeito à parte social, porém muito mais à parte espiritual. Não podemos nos esquecer da doutrina dos apóstolos, da comunhão, do partir do pão, e das orações.

Revista Manual do Obreiro - CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
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Fonte:  A Serviço do Rei Jesus (Ev. Jairo Elin & Elizabete Beatriz).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Morre Pastor José Pimentel de Carvalho

Luto na Assembleia de Deus.

No ano do centenário da denominação, aos 95 anos de idade, em 24 de fevereiro de 2011, aprouve ao Senhor transferir para a glória celestial um dos seus heróis da fé - Pastor José Pimentel de Carvalho, Curitiba, Paraná, Brasil.

Segundo informação de Tadeu Panicio Junior, secretário da presidência IEADC, a cerimônia fúnebre será realizada no próximo sábado, dia 26, a partir de 9 horas, na avenida Cândido de Abreu, nº 367, templo-sede da Assembleia de Deus - Curituba / Paraná. Será sepultado às 11h30, no cemitário Jardim Saudade.

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança" - 1ª Tessalonicenses 4.13..

Condolências para toda a família e para todos os assembleianos e irmãos de igrejas co-irmãs do Estado do Paraná

E.A.G. 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Editoras CPAD e Betel abordam o tema Atos dos Apóstolos no primeiro trimestre de 2011


"Nos dias atuais, temos visto em Igrejas, cristãos que não crescem, não amadurecem, não frutificam porque não desejam saber dos verdadeiros ensinos que estão na Palavra de Deus, e muito menos obedecer à sua vontade. Neste primeiro trimestre de 2011, abordaremos os ensinamentos práticos narrados no Livro de Atos dos Apóstolos. É importante enfatizar que Jesus ensinava com poder, pregava com poder e operava sinais demonstrando o seu poder. O Livro de Atos relata o que “Jesus continua a fazer e a ensinar”, isto é, o que ele passou a fazer por meio da Igreja (At 1.1). Atos é a “Igreja do Senhor em ação”, que mostra as atividades missionárias, ensinamentos práticos, narra o Pentecostes, os testemunhos dos apóstolos e o desenvolvimento da Igreja, nas três fases: Jerusalém (At 2 a 7); Judéia e Samaria (At 8 a 12); e até os confins da terra (At 13 a 28). Portanto, desejo a todos um bom proveito desses ensinos, que foram praticados na Igreja Primitiva e que devem fazer parte da nossa vida. Que Deus abençoe a todos!" - Editora Betel (CONAMAD).

"Prezado professor, em virtude das comemorações do centenário das Assembléias de Deus no Brasil, a revista Lições Bíblicas, ao longo desse trimestre, buscará, baseada no Livro de Atos dos Apóstolos, refletir a razão e as ações da Igreja de Cristo em seus primórdios, comparando-as com a Igreja dos nossos dias" extraído da revista (edição Mestre), página 4 -  Editora CPAD (CGADB).

As revistas trazem os comentários dos pastores Eliel A. Alencar e Claudionor de Andrade, o primeiro, pela CONAMAD e o segundo pela CGADB.

E.A.G.

sábado, 24 de julho de 2010

PASTOR ANTÔNIO GILBERTO CONCEDE ENTREVISTA AO SITE CRISTIANISMO HOJE

Consultor teológico e doutrinário da maior igreja evangélica do Brasil, o pastor assembleiano Antônio Gilberto ressalta a essencialidade da Bíblia
.
Por Carlos Fernandes

Enquanto aguardam a liberação de uma sala para a entrevista, Antônio Gilberto e o repórter conversam sobre a Igreja Evangélica e assuntos relativos à fé cristã no Brasil. O pastor folheia um exemplar de CRISTIANISMO HOJE. “Não há mais muito temor a Deus”, comenta, a respeito do conteúdo de uma reportagem. Ele dá uma olhada pela janela e balbucia, como se falasse consigo mesmo: “Quem de nós tem buscado ao Senhor em espírito e em verdade?”. Em dado momento, a secretária lhe traz as informações que solicitou sobre um evento. A procura não é tão grande como o esperado. “É impressionante, irmão”, diz. “Antigamente, eram comuns campanhas de oração de uma semana, cultos de consagração que duravam um dia inteiro. Agora, o pessoal não quer orar nem por cinco minutos.”

Não, Antônio Gilberto da Silva não vive do passado, embora admita que os tempos idos lhe trazem ótimas recordações. É um homem ativo e perspicaz, para quem a chegada dos 80 anos de idade parece ter trazido apenas mais experiência. Sobe com desenvoltura os três lances de escada na sede da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), no Rio. Ali, ele sente-se mesmo em casa. Respeitado por seu profundo conhecimento das Escrituras, é professor e consultor teológico e doutrinário não só da editora, mas da denominação. Integrante da Diretoria da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), é presença certa em seminários e congressos sobre Escola Bíblica Dominical, assunto em que é especialista. “O crente deve estudar, estudar e estudar a Palavra de Deus”, afirma. “Só quem está ao lado da Bíblia pode manter-se espiritualmente de pé.”

Ao longo desta entrevista, por diversas vezes Antônio Gilberto assumiu uma postura de contrição. “Glórias a Deus, irmão, glórias a Deus”, disse, erguendo os braços e fechando os olhos, todas as vezes que foi solicitado a falar acerca de suas realizações na obra do Senhor. Elas não têm sido poucas ao longo dos últimos 65 anos, desde que se converteu, ainda adolescente. Casado, com quatro filhos e oito netos, o pastor diz que quer servir ao Senhor enquanto lhe der graça e força. “Minha oração é para permanecer fiel. A fidelidade traz felicidade.”

CRISTIANISMO HOJE – Como está a Assembleia de Deus hoje, às portas do centenário?

ANTÔNIO GILBERTO – Eu digo que ela está caminhando bem, pela graça de Deus. O início de nossa igreja e seu crescimento são provas de que esta obra não pode ser dos homens. Como o trabalho daqueles dois obreiros estrangeiros [N.da Redação: os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, oriundos dos Estados Unidos, fundaram a Assembleia de Deus no Pará, em 1911] poderia despertar espiritualmente o país se não fosse pela ação do Espírito Santo? Hoje, a Assembleia de Deus é querida e acatada, tem comunhão com as igrejas coirmãs e é uma referência em sentido geral.

Quantos membros tem a denominação?

É uma pergunta muito difícil de ser respondida, inclusive por causa de seu tamanho. Há mais de quinze anos, fizemos um levantamento amplo. Embora não tenha havido o retorno de todas as informações solicitadas, projetamos com segurança uma membresia da ordem de 11 milhões. O levantamento baseou-se apenas nos membros batizados, sem levar em conta as crianças e os frequentadores eventuais. Claro que não podemos afirmar este número com rigor científico, mas serve para dar uma noção da amplitude de nossa igreja.

Diversas igrejas independentes têm usado o nome “Assembleia de Deus”, mesmo sem qualquer ligação com a CGADB. A denominação cogita alguma medida contra isso?

Quem pode pronunciar-se sobre este ponto é a Direção nacional da igreja. Esses chamados “pentecostais” ou “neopentecostais” leem a Bíblia, mas não a estudam no sentido estrito deste termo. Eles só querem saber de manifestações humanas, como gritar, rolar, pular, expulsar demônio, praticar exorcismo. É um inominável erro cuidar só de manifestações e não do verdadeiro relacionamento com Deus, aquele que transforma a vida das pessoas. Primeiro, a predominância do Espírito Santo segundo as Escrituras; depois, os efeitos de sua manifestação. No início do movimento neopentecostal no Brasil, por volta dos anos 1960, várias igrejas que surgiram me convidavam para lhes ministrar sobre as doutrinas fundamentais da fé cristã. Esse interesse arrefeceu, como é fácil detectar nos seus escritos e programas de rádio e televisão. Esses grupos precisam despertar a tempo para, em primeiro lugar, dar espaço contínuo e amplo ao estudo sistemático da Palavra de Deus. A Assembleia de Deus está correndo o mesmo perigo; muito pouco estudo da Bíblia, priorizando suas doutrinas básicas.

Em 1989, a Assembleia de Deus dividiu-se em dois grandes segmentos, a CGADB e a Convenção de Madureira (Conamad). Passados vinte anos, os dois grupos estão mais próximos ou mais distantes?

Não chamaria o que aconteceu de divisão, e sim, de cisão administrativo-eclesiástica. Acompanhei bem de perto o processo e sei que havia desde algum tempo certas discordâncias, mas não desavenças espirituais, religiosas e doutrinárias. As igrejas Assembleias de Deus professam a mesma doutrina. Eu integro a CGADB e, regularmente, sou gentil e honrosamente convidado por colegas obreiros da Conamad para participar de eventos e ministrar a Palavra de Deus. Sinto-me honrado e também grato a esses companheiros de ministério por essas solicitações. Da mesma forma, temos regularmente pastores e outros líderes de Madureira em eventos da CGADB. Eu, pessoalmente, mantenho a expectativa de desaparecimento desta cisão.
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Nota do blog: a entrevista inteira possui dezessete perguntas, onde o Pr. Antônio Gilberto fala sobre a qualidade da música evangélica atual, liderança e pastorado, a importância do ensino sistematizado da Bíblia e alguns outros assuntos. Recomendamos a leitura em sua inteireza. Aqui: Pelo retorno à Palavra.

E..A.G.

domingo, 18 de julho de 2010

Pastor Silas Malafaia concede entrevista para Organizações Globo

Ao Extra Online, jornal do conglomerado Globo, de 17 de julho de 2010, em vídeo de um minuto e nove segundos, com olhos fitos na câmera, pausadamente, o Pr Silas Malafaia diz:

"Quero dizer que eu saí da Assembleia de Deus... da convenção! Você precisa entender que a Assembleia de Deus como igreja não tem nada a ver com a convenção, que é de pastores, chamada CGADB. A convenção tem esse nome: Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. É uma entidade de pastores. Tanto é que eu saí dessa convenção e o nome da minha igreja continua sendo Assembleia de Deus. Porque eu tenho um projeto grande de abrir igrejas por esse país afora, certo? Existem milhões de brasileiros que, como... O brasileiro é um povo muito bondoso e de um coração muito desejoso de Deus. E eu creio que eu posso com uma mensagem da Bíblia, ganhar muitos brasileiros para Jesus e para o Evangelho. Então, com isso eu estou desimpedido de estruturas políticas denominacionais para abrir igrejas e fazer a obra que Deus quer que eu faça".

Na entrevista, Malafaia explica outros motivos para ter saído da CGAD, cita o Pr. José Wellington Bezerra da Costa, Bispo Manoel Ferreira, comenta sobre sua meta de chegar aos mil templos em cinco anos e também fala sobre homossexuais.

Leia as dez perguntas da repórter Eliane Maria e as respostas que Silas Malafaia concedeu: Extra Online - Silas Malafaia diz que havia descalabro administrativo na CGADB.

E.A.G.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Geremias de Couto não desligou-se da CGDB

Visitando o blog Point Rhema, do Pastor Carlos Roberto Silva, encontrei um artigo relevante, entre tantos outros (aqui). Aponta à carta-renúncia do Pr. Geremias do Couto, o mesmo renunciou apenas ao cargo de membro e secretário no Conselho Nacional de Política da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

De fato, é necessário que haja luz sobre isso, apesar da carta ter sido redigida com extrema clareza. Nunca saberemos analisar e concluir com certeza se as interpretações erradas são provocadas por analfabetismo funcional ou maquiavelismo. As duas razões são péssimas para se pensar, mas não existe nada mais do que elas!

Carlos Roberto Silva transcreveu trecho de Geremias do Couto:

"Caros:

Apenas para esclarecer uma vez mais, informo:

1. Não me desliguei da CGADB.

2. Não deixei a Assembleia de Deus.

3. Não abandonei a trincheira.

4. Apenas renunciei à condição de membro e secretário do Conselho Político da entidade pelos motivos elencados na carta e também com o fito de ficar mais livre para expressar minhas opiniões sem as amarras do cargo.

Abraços".

E.A.G.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

EM CARÁTER IRREVOGÁVEL PASTOR GEREMIAS DO COUTO DESLIGA-SE DO CONSELHO POLÍTICO DA CGADB

"Com a finalidade de evitar distorções aos que tomarem conhecimento da notícia através de terceiros, publico neste blog, em primeira mão, a carta que ontem, 8 de junho de 2010, protocolei junto à Secretária-geral da CGADB, na qual apresento as razões e comunico a minha renúncia, em caráter irrevogável, como membro e, consequentemente, secretário do Conselho Político da CGADB.

Como afiliado à entidade, continuarei a propugnar pelo seu fortalecimento e permanecerei atento aos desdobramentos do affair que ora se desenrola, pois o que mais desejo de coração é ver uma CGADB saudável, que bem represente as Assembleias de Deus e seja instrumento de agregação da liderança em todo o Brasil, vencendo essa etapa tão desgastante e lamentável que tomou vulto no curso dos últimos anos desde a Assembleia Geral Ordinária do Anhembi".

Continue a ler: Manhã Com a Bíblia


IMPORTANTE, postagem retificadora em de 18 de junho de 2010: Geremias do Couto não desligou-se da CGADB    

domingo, 6 de junho de 2010

REVISTA VEJA FAZ MENÇÃO AO ESCÂNDALO DE SUPOSTA IMPROBIDADE FISCAL DAS GESTÕES DE JOSÉ WELLINGTON NA CGADB

Rumo aos 1 000 templos

"O televangelista Silas Malafaia está sedento. Sua meta é implantar, nos próximos cinco anos, 1 000 templos pelo Brasil afora. Hoje, ele comanda 97 igrejas. O plano só será possível porque o pastor deixou, há duas semanas, a vice-presidência da Convenção-Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), que congrega 60% dos pastores da denominação. Malafaia saiu afirmando que a direção se tornara um 'caso de polícia'. Na semana passada, o tesoureiro fez o mesmo, dizendo haver 'tremendas irregularidades'. Se as acusações forem comprovadas, será um ganho duplo para Malafaia: ele ficará livre dos problemas e também das amarras que a organização impõe à criação de templos em áreas de outros pastores".

Veja | Coluna Radar - edição 2168.

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A nota da revista saiu com uma gafe. Está datada em 9 de junho de 2010, ainda estamos no dia 6. Veja a gafe da Veja antes deles a corrigirem: AQUI

domingo, 23 de maio de 2010

As consequências da ausência de Silas Malafaia na CGADB


Sou uma pessoa que aceitou a Cristo numa Assembleia de Deus – Ministério Belém-SP, cujo presidente dela acumula o cargo de presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Nesta proximidade, posso afirmar com muita certeza que a política eclesiástica implementada na CGADB, está levando a denominação para rumos que não temos muitos motivos para ter alegrias. Afirmo isso porque estou perto de muitas das “coisas que acontecem e aconteceram” neste período dos últimos anos.

É lamentável constatar que muitos líderes assembleianos esqueceram-se de caminhar no Espírito, agem na carne objetivando posições políticas-eclesiásticas dentro da CGADB.

Tenho condições de afirmar com muita convicção que Silas Malafaia era um contrapeso que pressionava a instituição CGADB mais para cima do que para baixo. Esta afirmação nada tem a ver com simpatia ou antipatia, contra ou a favor, de Malafaia ou de José Wellington Bezerra da Costa.

A presença de Malafaia na CGADB pressionando, politicamente, pode ser considerada como o zumbido e a mão do dentista fazendo força com o motor e broca para extrair a cárie de um dente podre. Quem gosta disso? Ninguém, mas é uma experiência necessária à higienização bucal!

Não é à toa que muitos críticos da homilética do Pr. Silas Malafaia estão lamentando seu desligamento da CGADB. Quem fará o papel do dentista, agora?!

Caso não apareça alguém com a mesma coragem do Pr. Silas, fazendo oposição à situação que está estabelecida no interior da CAGDB, infelizmente veremos a putrefação aumentar e haverá uma auto-implosão. Falo da instituição CGADB e não da Assembleia de Deus.

A Assembleia de Deus pouco será afetada, a igreja está imune à auto-implosão da CGADB porque os seus membros, os crentes dos bancos nos templos, estão distantes do ambiente e da rotina dos pastores filiados.

Quem viver verá!

E.A.G.

sábado, 22 de maio de 2010

A ASSEMBLEIA DE DEUS NÃO APÓIA DILMA ROUSSEFF


Devido a presença de Dilma Rousseff ao templo-sede da Assembleia de Deus, no bairro do Belenzinho, SP, cujo pastor responsável é José Wellington Bezerra da Costa, atual presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), há quem se equivoque pensando que esta denominação esteja apoiando a candidata de Lula. Ledo engano!

A Assembleia de Deus não é uma denominação com um só líder, cuja autoridade é aceita em unanimidade em todo território nacional. Aliás, o apoio de José Wellington para Dilma Rousseff marca uma sinalização para que muitos pastores assembleianos apoiem os adversários dela, fazendo campanhas fortes em contrário a ela.

Por quê? Porque a CGADB é uma instituição política-eclesiástica, onde Wellington é o atual presidente. Ele não possui 100% de apoio dos pastores conveniados à entidade que preside, os apoios são apenas um pouco mais do que 50%.

Wellington não tem representatividade nacional dentro da CGADB, seu poder de influenciar não é grande, apesar da pomposa nomenclatura "pastor-presidente". Quase a metade dos pastores filiados à CGADB apoiam o Pr. Samuel Câmara, o seu adversário na política-eclesiástica. E a Dilma Rousseff não recebeu o apoio dele.

Além de tudo isso, é preciso ponderar que existem ADs que não estão filiadas à CGADB. Estão filiadas à CONAMADE, outra grande convenção de pastores assembleianos, em que as autoridades eclesiáticas de Wellington e Câmara são totalmente nulas. Na CONAMADE, o pastor-presidente prefere ser chamado de bispo. É o Bispo Manoel Ferreira.

Assim sendo, para que Dilma Rousseff possa pensar que tem 70% de apoio da liderança AD no Brasil para a próxima eleição, deve receber o apoio de três pastores: José Wellington, Samuel Câmara e Manuel Ferreira.

E os outros 30% que faltam? São lideranças que estão fora dessas duas convenções. Existem muitas ADs independentes por aí!

Pela característica estrutural multifaceta que a denominação Assembleia de Deus possui, os candidatos aos cargos da esfera federal não têm condições de receber apoio total. Apenas os políticos que concorrem aos cargos estaduais e municipais têm uma chance remota de conquistar tal pretensão.

Por que remota? Ora, os assembleianos não agem feito animais no cabreto, eles pensam por si, na hora de digitar o voto o que fala mais alto não são as preferências da liderança pastoral.

E.A.G.


O texto deste artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede.

sábado, 15 de maio de 2010

PASTOR SILAS MALAFAIA RENUNCIA AO CARGO DE VICE-PRESIDENTE DA CGADB E DESLIGA-SE DELA

Neste sábado, 15 de maio de 2010, o Pastor Silas Malafaia, em rede nacional de televisão, no programa Vitória em Cristo, anuncia seu desligamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), onde era filiado desde quando foi ungido ao pastorado.

Afirma que não divide a denominação Assembleia de Deus, a saída é motivada por uma visão de Deus muito grande e que não abrirá mão desta visão por causa de instituições humanas. Revela que cansou-se de fazer parte da política eclesiástica assembleiana. Além disso, sem dizer a razão deixa no ar que o tempo trará a resposta do motivo maior de sua saída da CGADB.

Avisa que não pede para nenhum líder assembleiano imitá-lo, diz que não aceitará líderes divisores ao seu lado, e que, talvez, poderá voltar num futuro remoto para a instituição.
Eu sou um alguém que conhece parte desta instituição por dentro.
O Pr. Silas Malafaia não disse as palavras das linhas abaixo, são todas minhas:

• Parafraseando o apóstolo Paulo: o pastor que cuida estar em pé olhe bem para não cair.
Quando você era menino agia como criança, mas sendo adulto é hora de agir com maturidade.

• Pensem bem: CGADB ou Jesus Cristo?

• Cuidem-se, líderes conveniados à CGADB, as próximas eleições eclesiásticas vêm aí, e é preciso andar e cuidar para que o rebanho de Cristo ande no Espírito, para isto acontecer é preciso ser exemplo de retidão. Um dia o Senhor pedirá contas a vocês por causa de tantas infantilidades!

E.A.G.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - CONCLUSÃO

Fazem alguns anos que eu percebo a necessidade de haver uma abordagem mais profunda sobre o assunto prosperidade nas publicações da CPAD. Quase todas as ocasiões em que o tema é ventilado existe uma enorme timidez e o que dizem quase sempre não é dito com a desenvoltura que o assunto precisa ser tratado. Não entendo qual é a razão disso.


Na sexta-feira passada, 9 de abril, assisti ao programa do Pr. Adilson Rossi. Ele é pastor filiado a CGADB e ligado ao ministério do Belenzinho – SP, seu templo está situado na Baixada do Glicério, centro da Capital paulista. O programa dele é produzido no templo que pastoreia e é transmitido pela Rede Gospel, canal do casal Estevan e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo. Ao final do programa, Adilson Rossi estava sentado atrás de uma mesa, lembrando muito o Malafaia. Ele também pedia ofertas para ajudar no custeio do seu programa, informou números de agências bancárias e de contas correntes, clamava aos telespectadores para que bancassem financeiramente sua produção evangelística. O que eu acho plenamente justo e corretíssimo.

Pr. Adilson Rossi: “Sei que vão me criticar por pedir, não me sinto bem fazendo assim, mas é necessário pedir patrocínio”. E arrematou com um comentário que eu julguei infeliz e desnecessário: “Aqui não é como em outros programas que você vê por aí, não pedimos quantias determinadas, tudo é pedido para ser feito com amor”. E orou em favor de quem se dispusesse a ser mais um de seus patrocinadores, pediu a Deus bênçãos especiais aos que colocassem as mãos no bolso atendendo-o.

Ora, as quantias determinadas em 900 e 1 mil reais, no programa do Silas, também foram solicitadas em caráter voluntário e para que o contribuinte agisse com amor a Deus. Tanto a oferta com valor indefinido quanto de valores definidos são solicitações bíblicas. Como já disse antes, entendo que o segundo tipo de solicitação seja oferta do tipo oferta alçada, mencionada em Malaquias 3.8-10.

Que Deus abençoe os pastores Silas Malafaia e Adilson Rossi. Ambos são bons televangelistas e profundos conhecedores da Palavra. Que Deus os abençoe e nunca desampare a todos nós.

Nem todos os críticos do Pr. Silas Malafaia tem emitido bons conselhos. E eu não penso que o Pr. Silas Malafaia seja um pessoa incriticável, ele é homem falho tanto quanto eu e você. E nem ele nega isso!

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e o link (URL) deste blog.

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - PARTE 2

Sejamos sempre sóbrios. Eu não penso que o Pr. Silas Malafaia é pessoa incriticável, ele também é homem falho tanto quanto eu e você. Ele não nega sua condição humana, não promove culto a sua pessoa.

Mostro-mo neutro, como servo de Deus e não servo de homens. Sei que a minha posição neutra irrita muita gente, mas é assim que a minha consciência encontra paz com o Senhor. Penso que eu preciso ler mais a Palavra e buscar as argumentos bíblicas sobre tudo e todos, para depois me manifestar.

O objetivo da oferta

Os 1 mil reais pedido por Murdock tem destino definido. São para pagar o satélite que transmitirá o programa Vitória em Cristo para mais de 100 países. É um sucesso evangelístico do Pr. Silas Malafaia. Sucesso?! Então, brasileiros e brasileiras, é um dever nacional lançar pedras no evangelista, porque assim como nós, ele é nascido no Brasil!

O que eu digo sobre Murdock e Cerullo? Não os conheço bem. Como falar de desconhecidos? Estaria agindo com preconceito. Poderia cometer injustiças, e os injustos não herdarão o céu. Mas, ainda me pronunciarei... Não tenho muita pressa.

Eu conheço quem tenha ofertado e afirme haver recebido "bênçãos sem medidas", oriundas das "janelas do céu abertas por Deus". Então... Sou demorado para opinar, porque estou meditando na Palavra sobre este cenário novo do pentecostalismo brasileiro.

Sobre o Silas ter ou não o avião, entendo que depende da proporção ministerial de cada pastor ou evangelista. Consideremos se se trata de um líder com meia dúzia de ovelhas ou de alguém responsável por um rebanho com 20 ou 30 mil membros. Analisemos: O pastor está cuidando de um templo só, ou está cuidando de vários, em mais de um estado ou país? Não façamos análises simplórias, não pensemos apenas no veículo, pensemos em qual será o uso.
O objetivo da critica

Quase toda crítica contra o Pr. Silas Malafaia reside na questão de comportamento dele quanto a não seguir os costumes da Assembleia de Deus, no que tange aos pedidos de ofertas na televisão, e ele aproximar-se de líderes evangélicos que não fazem parte da denominação, e, também, apresentarem estratégias de arrecadação que a AD não costuma usar.

Bem, diante deste cenário, lembro que como cristãos nossa regra de conduta precisa ser a Bíblia Sagrada, e não apenas cartilhas denominacionais assembleianas ou de qualquer outra denominação evangélica.

Quase todos os críticos sérios do Pr. Silas Malafaia, são dignos de respeito (faço a ressalva porque alguns não são sérios e não inspiram merecimento de nenhum respeito da nossa parte), usam o mesmo viés ao criticar. Baseiam-se na questão do bom costume assembleiano.

E eu fico pensando: Bom costume para quem? Nos guiamos pelo gosto pessoal? Jeremias 17.5-9 não alerta ao cuidado de se deixar guiar pelos sentimentos do coração?

Nós sabemos, nem todos os críticos do Pr. Silas Malafaia têm emitido bons conselhos.

Algumas pessoas que estão envolvidas nas críticas fazem parte da política interna da Convenção Geral das Assembleias de Deus, elas possuem alguma espécie de interesse na centralização de poder na denominação.

O Pr. Silas Malafaia faz parte da Mesa Diretora da CGADB. Então, não podemos desprezar isso, temos a questão da política eclesiástica. Ele é atualmente o 1º Vice-Presidente, cargo conquistado por votos, a maioria de seus pares votou e o colocou no posto, democraticamente. Então, não é a minoria dos pastores assembleianos que estão descontentes com a pessoa e ministério dele.

Deus não é assembleiano!

Lamentavelmente, temos visto que nem todos os líderes cristãos fazem assim. Em determinados momentos e circunstâncias, no calor das decisões referentes à política eclesiástica, trocam a Bíblia por Regulamentos Internos, adotam estratégias do mundo, sem cogitar em examinar se o comportamento ou coisa é importante ou não para o soprar do Espírito na Igreja do Senhor.

Sim, muitas convenções impedem o trabalhar de Deus. Não foi à toa que Paulo alertou a nós: "não extingais o Espírito" - 1ª Tessalonicences 5.19.

E.A.G

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (URL) deste blog.

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - PARTE 1

Introdução

Após o falecimento do Pr. José Santos, Silas Malafaia assumiu o posto de Pastor Presidente do campo AD Penha, que hoje já conta com mais de 20 mil membros.

Esta informação serve para nos situar no caso das críticas que Malafaia recebe. Ele não está em condição igual a outros líderes da Assembleia de Deus, gentes que possuem o título "pastor" antes do nome e no entanto não possuem a mesma responsabilidade pelo pastoreio de almas. O Malafaia não é um pastor sem a responsabilidade de dirigir igreja, como muitos outros que se assentam duas ou três vezes por semana nos púlpitos das ADs , participam de cultos e depois voltam para suas casas. Não faço um desdém aos outros, apenas pontuo a diferença.

Também é necessário descrever a estrutura das Assembleias de Deus. Elas são divididas (divisão no sentido organizacional) por campos e setores. E cada um deles têm o seu Pastor Presidente. E estes Pastores Presidentes são independentes uns dos outros. É por causa disso que algumas ADs são mais rígidas ou menos rígidas quanto aos usos e costumes, umas louvam a Deus batendo palmas, outras não... Até o brasão, o logotipo, muda de desenho de lugar a lugar.


Vale ressaltar que neste organograma assembleiano,
todos os Pastores Presidentes são independentes da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, nem o Pastor Presidente da CGADB, atualmente com gestão do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, tem autoridade para determinar algo nos campos e setores espalhados pelo país.

A
filosofia de puxar o tapete

Acho engraçado, mas talvez devesse chorar ao invés de rir.

Sou brasileiro, vivo no Brasil e vejo com tristeza parte da nossa cultura. Aqui, quando um compatriota faz sucesso, o costume é puxar o tapete dele. É proibido ser felizardo, é proibido progredir. Basta o cidadão crescer um pouco e aparecem compatriotas avidamente procurando um jeito de derrubá-lo. Cresceu, rasteira nele!

Não pergunta-se se a pessoa progride ocupada em tarefa honesta, se possue postura respeitável.... Pode ser em qualquer área de atuação. Infelizmente, o brasileiro tem entranhado dentro do coração esta cultura destruidora. E, também, infelizmente, esta cultura entra na Igreja Evangélica, alguns cristãos não a abandonam ao converter-se ao Senhor.

A ironia do brasileiro é agir diferente com os gringos

Talvez conheçam o caso de Ronald Biggs, o ladrão inglês. Ele assaltou um trem postal escocês, de Glasgow, no sul da Inglaterra, em 1963, e após operação plástica e perseguições da Scotland Yard veio a residir no Brasil, amparado pelo acordo internacional de extradições. Aqui, ele não vivia às escondidas. Esteve por três décadas convivendo nas altas rodas da sociedade carioca, era nota de colunas sociais chiques do Rio de Janeiro e do restante do Brasil, dava entrevistas à televisão, quase todos prestavam-lhe reverência, como se assassinar e roubar fosse a mais importante das virtudes. Em 1991 ele voltou para a Inglaterra velho e empobrecido. Foi para lá por conta própria. Ao pisar em solo inglês foi imediatamente preso, na prisão esteve cuidando da saúde às custas do governo inglês. Em agosto de 2001 a Inglaterra o soltou, estava com a saúde muito precária após sofrer vários derrames. Hoje está impossilitado até de conversar.

Por que será que para alguns brasileiros, estrangeiro é mais facilmente aceitável, tido como bom, mesmo que seja gringo reprovável?

O sujo falando do mal lavado?

Estando no fórum de outros blogs evangélicos, um anônimo criticava o Pr. Silas por causa das solicitações das ofertas de 900 e mil reais, feitas por Cerullo e Murdock. no Programa Vitória em Cristo. Não costumo pensar que tudo que seja estranho é heresia. Primeiro investigo.

Segundo o anônimo, fazer solicitações de ofertas alçadas são atitudes estranhas, são atitudes de tentativas de barganhar com Deus. Este anônimo cobrou de mim uma posição, insinuando que o pastor fosse um herege pelo fato das ofertas solicitadas.

Nem tudo o que é estranho podemos afirmar que é heresia. Logo pensei na cultura brasileira do puxar o tapete de quem sobe. Também pensei na lição bíblica do cisco e do argueiro. Anônimos são fora da lei. Tal forma se expressão, sem identidade, é ilegal em nosso Brasil. Então, internautas anônimos, falhando, cobram a perfeição de outros.

Existe a cobrança para que Silas Malafaia mantenha conduta assembleiana. Postura assembleiana? Acho que precisamos nos preocupar se temos posturas cristãs. A religiosidade denominacional deve sempre ficar abaixo do nosso serviço como cristãos. Muitos problemas seriam evitados se todos se propusessem a ser servos com esta perspectiva.

O jeitão de pedir ofertas é um mero costume tradicional e informal. Não existe uma regra quanto a passar salvas ou não passar salvas, ou ter gazofilácio ou não nos templos. Então, ter uma postura diferente quanto a arrecadação de dinheiro, seja no recinto da igreja ou nos programas de televisão, não significa bular regras, porque não existem regras estabelecidas, apenas o hábito.

No sudeste do Brasil, onde cresci, nas décadas de 1970, 80 e parte de 90, eu fui testemunha de muitas atrocidades de pastores contra as ovelhas de Cristo. Todas as intervenções dos líderes vinham com a argumentação “defesa do bom costume assembleiano”. Foi triste ver pastores afastando ovelhas de Cristo da comunidade cristã, sem usarem apoio da Bíblia Sagrada para fazer isso. Eles usavam a cartilha da religiosidade. Ou seja, eles foram mais assembleianos do que cristãos.


E.A.G.

Revisado em 14 de abril de 2010

O artigo está liberado para cópias, deste citados nome do autor e link (URL) deste blog.