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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

1 Reis 2.8 - Cuidado com Simei!

Por João Pereira de Andrade e Silva

"Eis que você também terá de lidar com Simei, filho de Gera, filho de Benjamim, de Baurim, que me lançou uma terrível maldição no dia em que eu ia a Maanaim. Porém ele veio ao meu encontro junto ao Jordão, e eu, pelo SENHOR, lhe jurei, dizendo que não o mataria à espada" - 1 Reis 2.8 a.

A Bíblia Sagrada comenta algumas características e fatos a respeitos de muitos personagens, fala de exemplos deixados por vultos do Antigo e do Novo Testamento, que formam o panorama de épocas de um passado bastante remoto para nós. Lemos: "Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito..." (Romanos 15.4 a). Abordaremos um personagem cujo procedimento não é aconselhável tê-lo como inspiração. Apesar disso, não deixa de apresentar lições para nossa vida espiritual, principalmente para aqueles que desejam servir ao Senhor "guardando o mistério da fé em pura consciência".

Vamos falar sobre alguns aspectos da vida de Simei, filho de Gera, de Baurim - o homem que amaldiçoou Davi, o grande rei de Israel. Simei era filho de Benjamim. Portanto, um israelita. Não possuímos informação se era, ou não, da família de Saul. Pelo modo de agir, temos a impressão de que era um saudosista, pois ao amaldiçoar Davi, disse-lhe: "O SENHOR Deus o está castigando por todo o sangue derramado na casa de Saul, cujo reino você usurpou. O SENHOR já entregou o reino nas mãos de seu filho Absalão. Agora você caiu em desgraça, porque é um assassino!" (2 Samuel 16.8).

Como muitas pessoas em nossos dias, Simei não tinha visão ou revelações espirituais. Não aceitava e nem se incomodava com a direção de Deus, pois se atentasse para essas coisas, saberia, como o general Abner, e outros, que o Senhor havia escolhido e ungido Davi para que reinasse sobre Israel. Davi não era um usurpador, mas um homem chamado e constituído por Deus. Apesar disso, para homens carnais, ambiciosos e politiqueiros, essa questão de direção, revelação de Deus, não significam nada. Os "Simeis" não atentam ao fato de que na Obra de Deus, devem prevalecer a direção e revelação do Senhor.

Muitos vivem a procura de "um lugar a direita, ou a esquerda". Não importa, desde que tenham posição. E para consegui-la "amaldiçoam" companheiros, negando-lhes as qualidades espirituais que os capacitam. São como Simei, não reconhecem a unção nem a direção de Deus.

Simei foi injusto, cometendo grande erro ao chamar Davi de "homem de sangue", porque Saul foi muito mais sanguinário do que Davi. Senão, vejamos os fato:

• quando Saul fora avisado pelo seu criado Doegue (edomeu) do que o sacerdote Aimeleque havia dado a Davi e aos seus homens, os pa~es da proposição e a espada que pertencera a Golias, o gigante, isto foi o suficiente para que Saul fosse interpelar o sacerdote e ordenasse a morte de oitenta e cinco homens, que ministravam perante o Senhor  (1 Samuel 22.17-19).

Sem motivo que justificasse vingança tão ignominiosa, Saul ordenou uma grande chacina, pois além dos oitenta e cinco homens ungidos, sacrificou todos os habitantes de uma cidade, incluindo as criancinhas que ainda era nutridas apenas com leite materno. Então o saudosista Simei não tinha razão para dar a Davi o qualificativo de "homem de sangue". Realmente, Davi havia derramado sangue. Mas não o sangue inocente. Porém, em "guerras do Senhor", para defesa e consolidação territorial do seu povo em lutas sérias e leais.

Há, todavia, outros ângulos a considerar. "Os criados de Saul", que eram israelitas, não quiseram estender suas mãos contra os sacerdotes. Respeitaram a unção que havia sobre eles. O Doegue, entretanto, que era edomeu, descendente de Esaú, alheio às promessas de Deus, arremeteu contra os sacerdotes e os matou.

Que Deus tenha misericórdia, que jamais haja em nós atitudes parecida com a de Doegue, homem que não possui temos de Deus, gente entranha à doutrina e princípios que norteiam a vida e "modus operandi" da Igreja e do ministério eclesiástico. Esses são sempre dispostos a usar a calúnia ou pressupostos discutíveis, contra "sacerdotes" ungidos do Senhor.

Doegues, não se esqueçam de que Deus cuida da sua Obra.

Enquanto o rei Davi estava firme no trono, e a Nação experimentava período de paz, o Simei não se manifestou. Quem sabe até visitava a corte, dando suas opiniões. Mas, bastou que Davi sofresse o impacto da revolução do filho Absalçao, que o obrigou a deixar o governo, para que Simei aparecesse, exteriorizando todo o fel do seu sentimento, do fingimento e da deslealdade. Não passou diretamente para o lado dos revoltosos, mas achava que os revoltosos tinham razão. Como muitos fazem em nossos dias, não entrou na linha de frente da batalha e nem se quer quis lutar, porém, deu apoio indireto para Absalão, como se Davi fosse um mal administrador, conivente com pecados, e outras coisas mais.

Simei cometeu muitos erros. Ele  se enganou quando disse que Deus havia dado o reino para Absalão naquele ocasião e nem posteriormente. Deus não dá posto de liderança para rebeldes. Estes sempre tentam tomar os "reinos" usando estratégias malignas e subterfúgios vergonhosos e terminam fracassados em suas tentativas desleais.

Sabemos que após a derrota de Absalão, Simei foi dos primeiros a ir ao encontro de Davi, quando este voltara ao trono em Jerusalém. Pediu perdão, confessou o pecado, prometeu lealdade e até conseguiu que Davi o perdoasse e lhe poupasse a vida. 

Passaram-se os anos, e antes de morrer Davi o "recomendou" a Salomão, seu filho sucessor. O novo monarca era homem sábio e prudente. Tratou dos casos de Adonias e Joabe, e quanto Abiatar, seguidor de Adomias, Salomão o mandou para Ananote, "para os seus campos". Chamou também a Simei, recomendando que viesse residir em Jerusalém e que não saísse da cidade. Simei, muito cordato e "humilde" aceitou e até considerou ser boa aquela palavra. Porém, se esqueceu da recomendação do rei, e saiu para buscar seus servos. Foi o último dos seus erros, pois este lhe custou a vida.

Assim acontece com todos que não andam em sinceridade; que usam de engano; que não "respeitam as dignidades alheias", que falam coisas perversas; que não temem a Deus e nem a sua Palavra. 

Que Deus nos guarde dos "Simeis" e do seu modo de agir.

E.A.G 

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 46, número 3, ano 1976, Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Texto usado com adaptação ao blog Belverede.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sabedoria divina para a tomada de decisões

A crise familiar no reino de Davi, a busca de Sabedoria que Salomão desejou para reinar, e o uso desta sabedoria adquirida em favor do povo e para a construção do Templo, nos dá uma excelente lição à vida cristã em família e na igreja. Por meio desta história, sabemos que Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas. Uma das definições da pessoa sábia: "O sábio não é aquele que sabe mais do que os outros; é aquele que descobre em Deus a fonte da sabedoria" - Pastor Elienai Cabral; - Pastor Elienai Cabral. Livro: O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; página 148 (CPAD).
Por Eliseu Antonio Gomes 

Introdução

Deus é a fonte de todo conhecimento e sabedoria. Deus deseja nos dar sabedoria para vivermos de modo que seu nome seja glorificado em nossas vidas. 

I. Crise familiar no reino davídico.

1. A velhice de Davi (1 Reis 1.1-4).

Davi obteve grandes sucessos como guerreiro de grandes batalhas e de ter expandido as fronteiras da nação israelita, mas não soube administrar bem sua família. Ao chegar à velhice, o seu reinado estava sem o governo pessoal, motivando a luta pelo trono.

Já muito idoso, Davi recebe os cuidados de Abisague, jovem sulamita.

Davi reinou por 40 anos e realizou um reinado de grandes conquistas para Israel (1025-985 a.C.). Ao chegar aos 70 anos de idade ficou enfermo. A enfermidade criou algumas crises no seu reino, com familiares e com homens da corte. No declínio momentâneo da realeza, o rei foi alvo de traição, mentira e ambição. Em meio ao estado frágil, foi informado de acontecimentos desagradáveis que estavam produzindo insegurança no trono de Israel. Então ele entendeu que era chegado o momento da sucessão, e resolveu indicar o próximo rei de Israel. Perto do dia de morrer, consagrou Salomão como seu sucessor ao trono.

É importante ter em mente que há a hora de encerrar uma carreira, o final é tão importante quanto o começo dela.

2. Bate-seba: a atitude de uma mãe em meio à crise.

Bate-seba, uma linda mulher, era filha de Eliã, viúva de Urias, um heteu, que havia se convertido ao Deus de Israel. Tanto o seu pai como o seu falecido marido, eram destacados no exército de Davi (2 Samuel 23.34, 39); Aitofel, o seu avô, era o famoso conselheiro do rei (2 Samuel 15.12, 31). Mas, Bate-Seba é mais lembrada pelos leitores da Bíblia pelo seu início de relacionamento com Davi, num encontro adúltero com o monarca (2 Samuel 11 e 12.1-25).

Bate-Seba trabalhou junto com Natã nos momentos que cercaram a morte do rei, seu então esposo Davi e pai de seu filho Salomão, para assegurar que a vontade de Davi, em ter Salomão como seu sucessor, fosse bem sucedida. Ela e o profeta impediram que Adonias usurpasse o trono. Com essa atitude da esposa, o velho e adoecido Davi demonstrou ainda gozar de lucidez para decidir a sucessão real e declarou, publicamente, Salomão como o novo rei de Israel. Sabendo da posse de Salomão, Adonias fugiu.

O nome de Bate-Seba, apesar do pecado sexual que ela cometeu, aparece na árvore genealógica de Jesus, numa demonstração clara de que Deus perdoa e esquece nossos erros quando pedimos seu perdão e nos arrependemos (Mateus 1.16).

3. Adonias e os valentes de Davi (1 Reis 1.15).

A história de Salomão começa com uma crise de sucessão no trono de Israel.

Adonias, era o quarto filho de Davi com Hagite (2 Samuel 3.4). O relato em 1 Reis 1.6 nos revela que Davi, como seu pai, não impunha limites em seu tempo de criança, não o contrariava em nada. A falta de disciplina causa sérias crises no relacionamento familiar. Portanto, discipline seus filhos com contundência e amor, enquanto são novos, sempre que necessário, para que ao crescerem não se tornem pessoas intolerantes e intoleráveis.

A diferença entre Adonias e Salomão era o fato de que a mente de Adonias estava voltada para si mesmo, era vaidoso, ambicioso, egoísta e gostava de ostentar pompa, sempre acompanhado de uma escolta de soldados do exército israelita montados em cavalos pomposos. Não tinha sensibilidade espiritual, por isso, quis tirar proveito da situação crítica para promover-se com traição. resolveu aproveitar a enfermidade do seu pai para apoderar-se do trono, armando uma tentativa de golpe político contra o próprio pai. Por sua vez, Salomão tinha índole de homem pacífico, era conciliador, inteligente, fiel aos conselhos do pai, e sendo assim deu continuidade a um reinado de prosperidade sob a bênção de Deus. .

Davi prolongou seu reinado além do tempo ideal, não soube discernir o momento certo de passar a coroa ao herdeiro do trono. Já havia perdido alguns filhos, e entre os que restaram estava Adonias, que era o quarto mais velho dos filhos vivos (2. Samuel 3.2-3). Quando Davi estava às portas da morte, vendo que o pai já não possuía boas condições de saúde para governar, este desejou sucedê-lo no trono, pois naquele tempo ele era o filho mais velho.

Adonias sentia-se com direito ao trono e entendeu que o mesmo pertencia a ele por direito, ao saber de que Davi tinha preferência por Salomão para assumir o trono, não respeitou a vontade do pai, criando grandes problemas em família e no reino. Acreditando que podia se declarar como o novo rei de imediato, reuniu carruagens, cavaleiros e cinquenta homens; recrutou a ajuda de Joabe, comandante dos exército de Abiatar, o sumo sacerdote. Porém, outros generais, sacerdotes, o profeta Natã e os gurda-costas de Davi se negaram a apoiá-lo. Ele fracassou em seu intento de reinar.

Reincidente no erro de conspiração, mais tarde, depois da morte do pai, quando Salomão já governava, e depois de haver recebido o perdão de Salomão no episódio da primeira tentativa de golpe de Estado, tramou novamente para obter o trono, achando que apoiado pela lei, poderia aspirar ao reino se viesse a casar-se com Abisague, a jovem sunamita que cuidou de Davi quando doente em seu leito. Salomão, percebendo o ardil, mandou matá-lo. (1 Reis 1.49-53; 2.25).

O efeito mais positivo do discipulado na nossa vida é o nosso esforço para, sinceramente, sermos sempre fiéis ao nosso cônjuge e a nossos filhos e irmãos, e conduzi-los num viver conforme a vontade de Deus, mediante o ensino acompanhado de bons exemplos

II. Salomão busca sabedoria para reinar.

1. O novo rei dedica holocaustos a Deus (1 Reis 3.4).

Dos quatro filhos que Davi teve em Jerusalém, Salomão foi o quarto filho. Dentre os reis de Israel, veio a ser o terceiro a reinar.

Ao nascer, Davi o chamou Salomão, que significa "o pacífico", da mesma raiz de "shalom", que significa "paz". Diz o texto bíblico que ao nascer "o Senhor o amou" (2 Samuel 5.14; 12.24-25). Filho de Davi e Bate-seba, embora um dos mais novos, ainda jovem foi escolhido para ser rei, motivando grande disputa entre os irmãos, principalmente Adonias.

Após o sepultamento de Davi, Salomão,  pela perspectiva humana um jovem inteligente, buscou ao Senhor para reinar em Israel. O texto bíblico diz que Salomão amava Deus e por este motivo, consciente de sua inexperiência, foi a um dos montes altos chamado Gibeão, uns 16 km a noroeste de Jerusalém, onde ficava a Arca da Aliança para oferecer holocaustos a Deus e receber dEle a sabedoria divina de que precisava. Neste lugar, com seu coração aberto a Deus em oração, numa das noites de preocupação com o reino e como administrá-lo bem, ele adormeceu. Durante o sono, Deus falou com Salomão em sonho. Nesta revelação, Salomão ouviu tudo que precisava ouvir, pois o sonho foi uma maneira especial de Deus comunicar-se com ele.

Diante da responsabilidade de governar o povo de Israel, naquele sonho, orando, Salomão pediu a Deus sabedoria para ter capacidade de reinar sendo um bom rei. Salomão não solicitou bens materiais ou a morte de seus inimigos. Ele pediu bom senso para guiar o seu povo de modo justo. Essa atitude humilde de Salomão agradou a Deus, que se dispôs a fazer muito mais do que o rei estava pedindo.

No tempo da invasão israelita contra Canaã, Gibeão era uma grande cidade habitada por heveus. Depois da queda de Jericó e Ai, temendo pela vida, seus habitantes enganaram Josué levando-o a estabelecer um pacto no qual eles seriam subordinados aos israelitas. Gibeão é o palco da grande providência de Deus, no episódio em que Josué, em socorro aos gibeonitas, travou batalha contra os reis amorreus. Ali, Deus enviou uma tempestade de pedras e fez com que o dia não terminasse enquanto Josué não derrotasse completamente seus inimigos . Na distribuição das terras, coube por sorte a posse ser para Benjamim, e foi separada para os levitas (Josué 9.7-10; 11.19; 19.25; 21.17)

2. Salomão pede sabedoria a Deus (1 Reis 3.5).

A atitude de Salomão, nessa primeira fase de sua vida, agradava ao Senhor. Empossado rei em meio a crises, ele era a melhor pessoa para administrar a crise do reino de modo temente a Deus. Era uma instabilidade que atingia não só a corte, mas todo o povo estava afetado pela insegurança daquele momento. Em quem confiar? Como fazer para gerenciar aquela situação e proporcionar a paz no coração e na vida do povo?

Antes de assumir o reino, subiu ao Monte Gibeão, onde permanecia o tabernáculo, construído por Moisés, para oferecer holocaustos a Deus. Ali, recebeu o comunicado divino que lhe oferecia tudo: riqueza, poder etc. Contudo, apesar da generosa oferta, pediu somente sabedoria. Como resposta, recebeu de Deus três promessas incondicionais e uma condicional. Incondicionalmente, foi garantido a Salomão não somente sabedoria, mas também muitas riquezas honra e poder; e, condicionalmente, uma vida longa "se andar nos meus caminhos" (1 Reis 3.10-14).

Assim, Salomão pôde governar o povo com muita sabedoria. Ele fez um excelente governo e seu nome ficou famoso graças  não somente à consolidação de um poderoso Estado, mas à sua religiosidade, provada pela decisão de construir o templo, idealizado por seu pai.

O povo brasileiro atravessa uma das piores crises econômicas do país. Em tempos de crise econômica o que você pediria, caso estivesse na mesma situação de Salomão? De nada adianta ter bens materiais e faltar sabedoria para administrá-los.

O melhor bem que podemos receber de Deus é a sabedoria. Peça a Deus sabedoria para ser capaz de conduzir sua vida sendo uma bênção ao próximo. Deus responde este tipo de oração, irá orientá-lo, concedendo-lhe uma estratégia adequada para seguir adiante dando passos bem-sucedidos. O Senhor não deixará faltar a provisão para você e sua família. Confie no Deus que tudo provê.

3. O desejo de construir um templo para Deus (1 Crônicas 22.1-5).

Ao longo de seu reinado, Davi acumulou muitas riquezas, visando ao sonho maior de sua vida que era disponibilizar ao povo de Israel um templo a Deus em Jerusalém, para assim estabelecer um lugar fixo para adoração a Deus. Fez tudo quanto pôde para realizar tornar realidade o seu projeto, juntou muito material de construção. Então, foi impedido por Deus de realizar tal edificação, através de uma profecia proferida por Natã, em razão do adultério cometido com Bate-seba, mulher de Urias, por planejar a morte deste, e por toda sua vida ter sido homem de guerra (1 Crônicas 22.8). Entretanto, Deus lhe garantiu que Salomão haveria de erigir o grande templo em seu lugar.

Apesar de impedido de pôr mãos à obra, Davi negociou com Hirã, rei de Tiro, o envio de madeiramento (cedros do Líbano), operários e artífices, para possibilitar a realização de seu sonho, sonho concluído por seu filho Salomão.

III. Sabedoria para edificar o templo.

1. Salomão faz aliança com Hirão (1 Reis 5.1-6).

O grande edifício não era apenas um capricho de Davi como rei. Existia a necessidade de congregar o povo num só lugar e a dificuldade do povo e do próprio rei para subir os montes, com a finalidade de sacrificar ao Senhor, especialmente em Gibeão (1 Reis 3.3-4). Essa dificuldade vinha desde os tempos dos juízes. Por isso, construir uma grande casa para Deus em lugar fixo era uma necessidade de todo o povo, além de manter a união das famílias e fortalecer o reino de Israel.

Com a finalidade de realizar tão importante obra, Salomão fortalece as relações com Tiro e faz contratos para materiais com os quais construirá o templo que seu pai desejava erguer. Para esse fim, convocou milhares de funcionários israelitas e, no quarto ano de reinado, começou a construção.

2. A construção do templo (1 Reis 5.7-12).

A planta do Templo e seus utensílios são modelados a partir do modelo que Deus deu a Moisés para um centro de adoração móvel. Os utensílios do Templo ainda que numa escala muito maior, tinham o mesmo significado espiritual que cada item correspondente no Tabernáculo.

A estrutura do templo recebeu  o que havia de melhor, mármore, madeira de cedro, foi ricamente adornado com cobertura de ouro e mobiliado com utensílios de ouro. O projeto de construção se estendeu por sete anos.

3. A arca da aliança

No templo, foi depositada a Arca da Aliança, baú construído por Moisés seguindo à instrução de Deus, para servir de receptáculo das Tábuas da Lei (Êxodo 25.10). A Arca estava no monte Gibeão e deveria ser trazida para Jerusalém e ser colocada no Santuário, no interior do do lugar Santíssimo. Salomão sabia, por experiência, que o utensílio mais importante no templo seria a presença da Arca da Aliança, Sabia que a presença da Arca produziria grande alegria no coração do povo, pois era o grande símbolo da aliança entre Deus e os israelitas e representava a presença do próprio Deus em Israel. A ausência da Arca significaria derrota espiritual e a não presença de Deus no meio do povo.

A presença da arca foi e ainda é considerado pelos judeus como o lugar da Divina Presença de Deus (shekinah, em hebraico). Após a destruição do templo construído por Salomão, não se tem notícia de sua localização, a não ser por sua representação simbólica.

Atualmente, não precisamos de uma Arca, ou algo parecido, para sinalizar a presença de Deus. Jesus Cristo prometeu e se faz presente onde estirem reunidos em seu nome duas ou três pessoas, e em número maior também. Além disso, o Senhor se faz presente pelo seu Espírito Santo, que habita o seu povo ( Mateus 18.20; 1 Coríntios 3.16).

Conclusão

A crise familiar no reino de Davi, a busca de Sabedoria que Salomão desejou para reinar, e o uso desta sabedoria adquirida em favor do povo e para a construção do Templo, nos dá uma excelente lição à vida cristã em família e na igreja. Por meio desta história, sabemos que Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas.

Com frequência surgem conflitos entre pais e seus filhos adolescentes. Em virtudes desses momentos, pode surgir uma barreira de comunicação. Os pais acham difícil conversar com seus filhos. Eles atrasam as explicações sobre transformações cruciais, tanto físicas como mentais, especialmente nas áreas do sexo e da reprodução. Os pais intensificam o controle, e o adolescente luta ainda mais para obter independência. A fissura se abre, eles se tornam antagonistas. Para superar o problema, é importante colocar no ambiente do lar a ordem espiritual, pois em todas as situações a paz real só pode ser alcançada quando existe paz com Deus. Esta paz só é obtida quando há um relacionamento pessoal com Cristo. É importante que se toma a mesma decisão de Josué (24.15): "...escolhei hoje a quem sirvais... porém eu e minha casa serviremos ao Senhor".

O cristão deve exercer a vida cristã confiante nos recursos de Deus, disponíveis pela oração. Se preciso for, que se faça um concerto com Deus, para que haja disponibilidade para sabedoria que Ele oferece (Tiago 1.5) e a reivindicação  de sua ajuda para o desenvolvimento espiritual  apropriado de seus filhos ((Filipenses 4.6).

E.A.G.

Compilações:
A Bíblia de Estudo da Mulher Sábia, página 366, edição 2016, Várzea Paulista/SP (Casa Publicadora Paulista).
Billy Graham responde - um guia com respostas bíblicas para preocupações de nossos dias, Billy Graham, páginas 191 e 192, 3ª reimpressão 2014, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 83-88,  Bangu, Rio de Janeiro (CPAD). 
Minidicionário Bíblico, David Conrado Sabbag, páginas 19, 40, 113, 376. 1ª reimpressão (Difusão Cultural do Livro - DLC). 
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, páginas 136-143, 146, 1ª edição 2016, Bangu, Rio de Janeiro (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - A história de todas as personagens da Bíblia, Paul Gardner, página 92, 19ª reimpressão2015, São Paulo/SP (Editora Vida). 

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