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terça-feira, 26 de abril de 2022

Calma no período de adversidade

Muitas vezes, vivenciamos na vida cristã momentos de provações, perdas, e ficamos desesperados.  Esperamos alegria, mas surge a tristeza. Tais situações acontecem porque Deus trabalha em nossos corações endurecidos usando o descontentamento para não nos afastemos dEle. 

Buscamos o amor de Deus num amigo, e talvez esse amor apareça em um inimigo. Os nossos olhos procuram o calor e a luz do sol, mas dia após dia o céu está nublado e o vento gelado nos faz tremer de frio. Desejamos ter contato com o

quinta-feira, 10 de março de 2022

O que são os Cânticos dos Degraus? E Salmos de Romagem?

Modelo do canto sudoeste do Monte do Templo,
 baseado em pinturas de L. Rotmeier.
[Exposição: Museu Torre de Davi]
Você já ouviu falar nos "Cânticos dos Degraus" ou "Salmos da Romagem"? Eles são os Salmos que formam uma coleção de 15 cânticos de peregrinação, que são os Salmos 120 a 135. Pode-se dizer que eles formam um tipo de pequena saltério, pois eles são, conforme a tradição judaica, divididos em cinco grupos de três Salmos cada.

Até hoje não se sabe com precisão a origem da designação "Cânticos dos Degraus", isto é, do uso da expressão "degraus" no título dado a esse conjunto de Salmos. Muitas teorias têm sido propostas para esclarecer essa questão. Há quem diga que seja uma referência ao retorno do exílio babilônico, quando os judeus subiram do cativeiro. Por outro lado tradições antigas ligam esses 15 Salmos aos 15 degraus que

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Quem pode encontrar uma mulher virtuosa?

Em Provérbios 31, encontramos uma pergunta bastante conhecida entre os cristãos: "Mulher virtuosa, quem a achará?" (versículo 10). Ao folhear as páginas das Escrituras, constatamos que Rute, a trisavó de Salomão, era uma mulher de valor, esposa virtuosa.  

Há muitas qualidades que poderíamos tentar associar a Rute para descobrir porque é que ela é elogiada como uma mulher de valor. Era corajosa, fiel, generosa e sábia; temia o Senhor e criou os seus filhos e netos para serem tementes a Deus também; Rute permaneceu fiel por toda sua vida. Mesmo quando a situação era inconveniente e as circunstâncias estavam contrárias, encontrou maneiras de anunciar a Palavra de Deus aos membros da sua família.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Cantares de Salomão 2.1 - A Rosa de Sarom citada na Bíblia não é referência a Jesus Cristo

Na Biologia, a planta que produz a Rosa de Sarom é identificada como Circus Hibiscus. Também é conhecida como arbusto Althea, é nativa do leste asiático. Especialistas em botânica afirmam que após o plantio, desenvolve-se sem requerer grandes cuidados, pois a espécie prospera de modo quase independente. Para mantê-la de maneira ornamental e agregar valor paisagístico admirável, basta ao cultivador fazer podas periódicas bimestrais. 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

Provérbios 1.20-22: A sabedoria clama e grita nas praças. Albert Einsten e o pedreiro Zé Ninguém

O Livro de Provérbios tem em seu capítulo primeiro esta observação importante:

"A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras. Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?" (1.20-22 - NAA).

Ao me converter a Jesus Cristo em minha mocidade, e conhecer o texto bíblico supracitado interpretava-o entendendo que se tratava apenas do ângulo espiritual, até ter contato com alguém que expandiu minha compreensão. A pessoa explicou algo que carrego ao longo dos anos, mais ou menos assim: o pedreiro não sabe qual a consequência de dividir o átomo e o físico nuclear não é capaz de levantar uma parede de alvenaria perfeitamente aprumada.

O resultado pode não ser dos melhores se o cientista, sem nenhuma instrução anterior, quiser misturar cal, cimento, pedras e areia e construir uma casa; assim como o pedreiro, provavelmente, fracassará se tentar se aventurar como professor de física e tentar explicar a fórmula E=mc2 sem se preparar intelectualmente, antes.

Através desta passagem bíblica, acrescida de interpretação, fiquei mais ciente que preciso dos saberes do mecânico de autos, do técnico em informática, da costureira, do confeiteiro, do contador, do economista. Cada qual em sua área tem a bênção de Deus para desenvolver e apresentar algo de bom para a sociedade. Se buscamos cada especialista da área em que precisamos de alguma ajuda, seremos abençoados por Deus.

Trago este ensino bíblico para cá, dizendo que valorizo os especialistas de cada área. Não desprezo o conhecimento acadêmico e nem o conhecimento adquirido pela a experiência de vida. Tudo conta para mim, a sabedoria em suas múltiplas formas é preciosa para mim.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

A Teologia de Eliú - o sofrimento é uma correção divina?

Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O nome Eliú é hebraico e significa "Ele é Deus" ou "Ele é o meu Deus". Era o mais jovem dos amigos de Jó (32.2-6;  32.2-6; 35; e 36). 

Eliú surge no livro de modo inesperado, quando parecia que o debate teria um desfecho (32.15). Ele não é mencionado além desta aparição, nem sequer quando Deus pronuncia seu veredito sobre Elifaz e seus amigos (42.7). Tal situação leva alguns a pensarem que o conteúdo seria um adendo inserido no livro pelo autor, com o propósito de acrescentar algumas coisas à série de discussões.

A longa intervenção de Eliú interrompe a continuidade do poema. O desafio lançado por Jó (31.35-37) aguardava a resposta de Deus, que só é vista no capítulo 38. Eliú argumenta dizendo que Jó tentava justificar-se aos olhos de Deus. Ao fazer isso, Eliú demonstrou pensar que estava acima de todos os demais naquele debate teológico.

I - O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS

1. Deus é soberano

Por que Deus é soberano? Porque Ele é um ser onipotente, onisciente e onipresente.

Em sua onipotência, Deus faz tudo o que lhe apraz sem que suas ações ocorram em contrário à sua natureza justa e bondosa. Tal característica está registrada nas Escrituras Sagradas. Encontramos as expressões do seu poder infinito nas seguintes referências: Gênesis 1.1; Jó 26.14; Salmos 62.11; 89.8-13; Jeremias 10.12-13; Mateus 19.26;  Romanos 4.27; 8.31.

A onisciência de Deus, admirável atributo exclusivo da sua divindade, abrange todas as coisas. Engloba o passado, o presente e o futuro. Ele tudo sabe, contudo não interfere sobre a liberdade de escolhas do ser humano. A onisciência divina é claramente afirmada pelas Escrituras: Jó 34.21-22; Salmos 139.1-4, 12; e 147.5; Atos 15.18; Hebreus 4.13.

Por meio de sua onisciência, Deus é capaz de manifestar sua presença em todos os locais ao mesmo tempo. Não há outro ser capaz de estar presente simultaneamente em todos os lugares. O centro de Deus está em todo o espaço e nele não há circunferência limitadora. Através da onisciência, Deus manifesta sua justiça, bondade e sabedoria. Salmos 139.7-10; Provérbios 15.3; Amós 9.2-3; Atos 17.28; Efésios 1.23.

Como soberano, Deus pode se revelar e falar por meio do sofrimento. Ainda que Deus seja soberano no que diz respeito a tudo, o ser humano é responsável pelos seus próprios atos. Em sua soberania, Deus pode manifestar-se em períodos de grande aflição de espírito, padecimento físico, dificuldades diversas. Junto com a prova o Senhor fornece a estrutura para suportar a adversidade e meios de escapes, pois ama os aflitos e não sente alegria alguma ao presenciar pessoas sofrendo. Ver 1 Corintios 10.13.

2. O orgulho do homem priva-o de ouvir Deus

O orgulho humano é um obstáculo que dificulta ouvir a Deus. Quando uma pessoa fica cheia de si mesma, está muito próximo de seu tombo. Não é em vão o alerta em Provérbios 16.18: "Antes da ruína vem a soberba, e o espírito orgulhoso precede a queda". A caída pode ser literal ou apenas figurativa. Perder ou diminuir prestígio, experimentar a decadência financeira e a cessação de influência em grupo podem ser tristezas pequenas se fizermos a comparação com a queda espiritual. "Aquele que pensa estar em pé veja que não caia" (1 Coríntios 10.12). 

Todo aquele que acredita que é possível viver muito bem sem ouvir a Deus está fadado ao fracasso. Exemplos não faltam. Tal atitude de arrogância provocou a Queda no Éden, fez Sara e Abraão tentarem contornar o problema da infertilidade com a presença de Agar. Etc. O orgulho nos torna cegos e surdos espirituais. Somos chamados a viver em humildade, a manter a confiança em Deus e a crer que Ele cumpri todas as promessas que empenha (Provérbios 3.5-6).

3. Uma ponderação importante

A oração é a melhor opção para vencer as provações, pois é a maneira de o espírito humano conectar-se ao Espírito Santo de Deus. Ao orar, consentimos com Deus nas suas realizações, colocamos a nossa fé em ação e atacamos o maligno.

Na Bíblia Sagrada, a oração é descrita como:

Invocar o nome do Senhor (Gênesis 4.26);

Invocar a Deus (Salmo 17.6);

Levantar a alma ao Senhor (Salmo 25.1)

Buscar ao Senhor (Isaías 55.6);

Aproximar-se do trono da graça (Hebreus 4.16);

Chegar perto de Deus (10.22).

Em momentos de aflição, muitas vezes Davi orou pedindo livramento; em profunda agonia, Jesus orou intensamente no Monte das Oliveiras (Salmos  119.153; Lucas 22.44).

II - O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR  A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS

1. A justiça de Deus demonstrada

Em sua soberania, Deus não exerce justiça desprovida de amor. Ele é justo e também misericordioso. O amor do Senhor é a base do plano divino para salvar o homem do pecado.

O Pai Eterno não é um carregador de malas, dizem alguns teólogos. É verdade. Mas qual pai amoroso, ou mãe afetuosa, permite que seus filhos arrastem bagagens pesadas, os vê cansados pedindo socorro e tapa seus ouvidos? É verdade que o  Pai Eterno não é o gênio da lâmpada de Aladim. Mas também é verdade que Isaías o descreve como um Deus cujas mãos estão estendidas para nos socorrer, um Deus cujos ouvidos estão atentos para as nossas orações. O profeta nos alerta que a vida em iniquidade e pecado impede o agir bondoso de Deus em favor do ser humano (Isaías 59.1-2).

2. O caráter justo e Deus

Deus não tem prazer no sofrimento, usa-o como meio para salvar o pecador. Os momentos de dificuldades são ocasiões de desenvolvimento das capacidades intelectuais, morais e espirituais. Ao sofrer a pessoa que está no pecado desperta de sua letargia espiritual, em meio à tormenta consegue perceber o valor da adoração e vida em comunhão com o Criador.

"Vocês pensam que eu tenho prazer na morte do ímpio? - diz o Senhor Deus. Não desejo eu muito mais que ele se converta dos seus caminhos e viva? (...) Livrem-se de todas as transgressões que vocês cometeram e façam para vocês um coração novo e um espírito novo. Por que vocês haveriam de morrer, ó casa de Israel? Eu não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertam-se e vivam." (Ezequiel 18.23, 31-32).

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" - 2 Pedro 3.9).

3. A defesa da soberania de Deus

A soberania de Deus faz parte dos seus atributos absolutos, ou seja, pertence somente a Ele. "Pois o Senhor, o Deus de vocês, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não trata as pessoas com parcialidade, nem aceita suborno" (Deuteronômio 10.17).

Eliú enfatiza em seu discurso que é a criatura que depende do Criador e não o contrário (Jó 34.13-15). É um fato incontestável que o Senhor é maior do que o homem e não precisa dar contas de seus atos, porém, em sua superioridade quer dar-se a conhecer pelo homem. O Soberano tem enorme satisfação em que seus servos o conheçam que rejeitar tal conhecimento é o mesmo que rejeitá-lo (Isaías 1.2-3). Ele revelou-se no Éden, através da encarnação de Jesus, se revela continuamente por meio da criação, por intermédio das Escrituras Sagradas, e, diariamente, está pronto para revelar-se a todos nós executando a sua bondade. 

Não é sem um bom propósito que está escrito: "Agrade-se do Senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração" (Salmo 37.5). Deus não se cansa de manifestar sua providência aos que nEle confiam.

III - O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS

1. O caráter pedagógico do sofrimento

O sofrimento serve como meio de abater o orgulho. Dependendo da maneira como é visto, produz gente consagrada ao Senhor ou ateus. Entender que o sofrimento pode ser usado por Deus como efeito pedagógico para a vida muda completamente a nossa perspectiva de fé. Assim como Jó, as pessoas tementes a Deus procuram saber a razão pela qual sofrem, enquanto os incrédulos não aceitam que um Deus justo e soberano permita o padecimento humano. 

Em seu discurso, Eliú fala sobre o caráter pedagógico que há no sofrimento (Jó 36.15, 19). Afirma que a prova é um chamado que Deus dirige ao pecador com a finalidade de livrá-lo da morte (33.29-30). Tal abordagem também é feita por Elifaz (5.17-27) e Zofar (11.13-19).

2. Adorando a Deus na tormenta

Jó foi moído pela dor, o que não significa que a soberania de Deus sobre sua vida foi um ato de tirania. É importante ter em mente que o sofrimento não significa que Deus nos abandona. É possível experimentar grandes provações agradando a Deus. Tudo passa nesta vida abaixo do sol, inclusive o tempo de sofrimento (Eclesiastes 3.2).

Jesus Cristo incentiva os cristãos a pedirem a Deus o livramento do mal (Lucas 11.4). Contudo, em tempos difíceis é importante agir como o profeta Habacuque (3.17-19). O triunfo da fé é revelado quando manifestamos a confiança de que Deus nos ama apesar de todas as circunstâncias. Jó é o maior exemplo bíblico sobre isso no Antigo Testamento e Jesus Cristo na Nova Aliança (Mateus 26.39).

CONCLUSÃO

Toda pessoa que vive a fé cristã genuína compartilha a experiência de Jó, pois o sofrimento é uma consequência da atual condição humana. Através do sofrimento o cristão fiel amadurece. Ninguém sai a mesma pessoa depois que experimenta momentos difíceis e ao orar encontra as respostas do Senhor. Quem verdadeiramente conhece a Deus como Pai, sabe que não é uma atitude de desrespeito clamar por ajuda em tempo de crises (Jeremias 33.3). 

 E.A.G.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Salmo 23 na versão King James Atualizada


O Senhor é o meu pastor; nada me falta.

Em verdes prados me faz descansar, e para águas tranquilas me guia em paz.

Restaura-me o vigor e conduz-me nos caminhos da justiça por amor do seu Nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.

Tu prepararás um banquete para mim na presença dos meus inimigos; me honrarás, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice.

A felicidade e a misericórdia certamente me acompanharão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por dias sem fim.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Salmos 74.15-17




"Foste tu o que abriste fontes e torrentes; tu o que fizeste secar rios perenes. Teu é o dia, também tua é a noite. Tu formaste a luz e o sol. Foste tu o que determinaste todos os limites da terra; o verão e o inverno, tu os fizeste" 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Salmos 1


Felizes são aqueles
que não se deixam levar
pelos conselhos dos maus,
que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus
e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado!

Pelo contrário,
o prazer deles está na lei do SENHOR, 
e nessa lei eles meditam dia e noite.

Essas pessoas são como árvores que crescem na beira de um riacho;
elas dão frutas no tempo certo, e as suas folhas não murcham.
Assim também tudo o que essas pessoas fazem dá certo.

Salmos 1, versículos 1 ao 6.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).

A felicidade é o plano de Deus para você
Bem-aventurados os pobres de espírito
Davi, Asafe e Agur: reflexões sobre a prosperidade bíblica
O cuidado ao falar e a religião pura
Saiba como estudar a Bíblia para a sua edificação
Salmos, o livro de louvores e oração
Três situações comuns a considerar em relacionamentos sociais dos cristãos neste mundo

E.A.G.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A lua pode causar moléstias a noite?

Por Claudionor de Andrade

É sabido que o sol pode causar males à pele e molestar o homem. Mas o que entender quando a Bíblia diz que a "lua não te molestará de noite" (Salmos 121.6)?

Certa vez, um amigo, perguntou-me exatamente isso: se a Lua pode molestar alguém. Achei a questão pertinente, e pus-me a pesquisar o assunto. De início, adianto que não podemos ignorar os efeitos que o satélite dos namorados exerce sobre a Terra. Sem ela, o planeta seria inviável, pois a força gravitacional dá-nos estabilidade. Em relação a nós, ela funciona como um pêndulo, facultando-nos perfeito equilíbrio. Na antiguidade, porém, acreditava-se que a Lua causava loucura. Por isto, os deficientes mentais eram chamados impropriamente de lunáticos.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Cantinho dos Evangélicos - Oficial: O anjo do Senhor acampa-se ao nosso redor


Jardim em flores da especie Margarida.

É muito bom saber que nós, servos de Deus, não estamos desprotegidos e vulneráveis aqui no mundo. Muitas coisas ruins que acontecem no mundo são provocadas por Satanás, outras não.

Em meio ao caos desse mundo, em meio a tanta violência e desastre, o povo de Deus está protegido. Você e eu somos guardados o tempo todo, 24 horas por dia, isso não é maravilhoso?

Ué, mas quem é que nos guarda? ...

Continuação da leitura: O anjo do Senhor acampa-se ao nosso redor .

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A tua face

A teu respeito diz o meu coração:
Busque a minha face!
A tua face, Senhor, buscarei.Salmos 27.8
Vanderléia Silva
O verdadeiro adorador não busca as mãos de Deus, isto é: as bençãos.
Mas busca a face: ou seja a comunhão e o relacionamento com ele (Is 55:5-6).
A igreja vive um momento de extrema falta de compromisso com Deus.
Tenho visto um cristianismo mecânico, vou a igreja hoje porque é dia de culto, entro como se entrasse num salão de palestras, que te ensinam e te encorajam a PROSPERAR. vejo "cristãos" berganhando com Deus. Olha Deus, se tu me der isso que preciso, vou mais vezes ao culto, vou orar mais.
Estamos sendo ensinados a buscar somente as mãos de Deus, as bençãos e se for as materiais melhor ainda.
Quando leio os Salmos, vejo Davi buscando a face de Deus, ele queria ser íntimo do Pai. Conhecer e se fazer conhecido diante de Deus.
Como estamos buscando ao Senhor?
Somente aquela oração ao final do dia, já sonolentos?
Precisamos de ser avivados ou morreremos.
A apatia tem tomado conta de um povo que foi escolhido para fazer diferença neste mundo sujo, e o que temos feito?
O diabo tem trabalhado de forma progressiva, e nós nos acomodamos.
Precisamos reagir, ser ousados.
Precisamos buscar a face do Senhor, buscar um relacionamento cada vez maior.
Não se contente com sua vida espiritual, queira mais.
Queira mais que ontem.
Mas como colocar meu relacionamento com Deus em primeiro lugar, numa vida tão corrida? Onde o dia parece pouco para tantos afazeres.
Precisa querer. Renunciar outras coisas. Priorizar sua intimidade com o Espírito Santo.
Eu tenho me desafiado a ter 10 min de cada hora com Ele, chamei esse desafio de 10 minutos por hora.
E você o que fará pra mudar seu relacionamento com Deus?
Estamos vivendo nossos últimos dias nessa terra.
Há uma eternidade te aguardando.
Que o Senhor te abençoe, queira mais de Deus, queira sua face!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

FAMÍLIAS: A sugestão do Autor de Provérbios é o “temor do Senhor”


No temor do SENHOR há firme confiança e ele será um refúgio para seus filhos. Provérbios 14:26 


Salomão experimentou, na própria pele, o que significa viver em comunhão com o Senhor e o que significa afastar-se de Deus. Foi então, com conhecimento de causa que ele escreveu: “No temor do Senhor o homem encontra um forte apoio e também segurança para sua família” (Provérbios 14:26).

Há duas coisas que estão faltando na família de hoje: apoio e segurança. Pais se sentem desorientados. Filhos se sentem largados à sua própria sorte. Conseqüentemente, cada membro da família anda agarrando às suas próprias futilidades. A família atual está desunida e infeliz.

A sugestão do Autor de Provérbios é o “temor do Senhor” – o respeito ao Senhor, o amor ao Senhor, a comunhão com o Senhor. 

Pais e mães devem olhar para si mesmos e para o drama que virou sua família – a obediência à Bíblia e ao Senhor da Bíblia constituem o mais firme apoio para a construção da família funcional e feliz. E, quando isso acontece, quando o temor do Senhor capacita os pais, a família experimenta apoio visível e sensível. 

Filhos que vivem em famílias apoiadas no Senhor sabem o que é viver em segurança. Segurança profunda, o mesmo no meio da doença, do desemprego, das perseguições. Decidamos, como Josué: “eu e minha família seguiremos ao Senhor”.

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autoria: Pastor Olavo Feijó



sexta-feira, 10 de julho de 2015

Anjos e Demônios ao redor



Autor: Pr. Olavo Feijó
Reprodução: Arlete Oliveira

Ao escrever um lindo salmo de gratidão, por bênçãos incontáveis, o salmista cita uma delas: “O Anjo do Senhor fica em volta daqueles que O temem e os protege do perigo” (Salmo 34:7).

O perigo maior que nos cerca, diz Pedro (I Pedro 5:8), é o Diabo, sempre ao nosso redor, “procurando alguém para devorar”. A luta real e constante do cristão é de natureza espiritual, de acordo com Paulo (Efésios 6:12).

Por que poderemos ser vencedores, nesta luta cósmica, cercados por anjos e demônios? Simplesmente porque Aquele que luta por nós e nos defende é o Espírito de Cristo. E Ele, claramente, nos garantiu - “Eu venci o mundo” (João 16:33). É verdade que, ao nosso redor, temos sempre anjos e demônios. A grande verdade, todavia, é que dentro de nós, com absoluto poder divino: “o Espírito de Deus habita em vocês” (I Coríntios 3:16).

O Espírito de Cristo, dentro de nós, comanda Seus anjos e predomina sobre os demônios!

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Visite Momento Versículos, o blog de Arlete Oliveira
                                                                             

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Deus é refugio e fortaleza - Salmos 46


Este Salmo reflete algumas verdades que, no meu entender são tesouros preciosos para a vida daqueles que  confiam no Senhor.

O salmista inicia afirmando que DEUS É:

Deus é agora, já, no presente, muito além de tudo ou de quem já foi no passado, ou ainda venha a ser no futuro. Coisa maravilhosa é crer e esperar num Deus todo poderoso, além da história já escrita, e vanguarda de tudo o que possa acontecer no futuro. Somos parte da história que Deus está escrevendo neste tempo presente.

Outra realidade importante é, que DEUS É NOSSO

Existem coisas muito importantes e valiosas que nada teem a ver conosco. Casas, carros, mansões, propriedades, patrimônio, amizades e familiares, as quais, muito embora reconheçamos o seu valor, nada nos  dizem, simplesmente por não nos pertencerem, mas DEUS É NOSSO.

REFÚGIO - Refúgio nos dá a ideia de abrigo em incômodos de menor abrangência, como chuva fina, sol escaldante, orvalho. Sim, Deus é nosso refúgio em tempos de pequenas lutas que nos incomodam. Ele no conforta, nos aconselha através da Sua Palavra, nos dá forças para continuar, apesar desses incômodos.

FORTALEZA - Fortaleza nos remete a um amparo contra grandes ataques e ou tempestades. As fortalezas são construções preparadas com paredes de grande espessura, projetadas para guardarem seus ocupantes em tempo de guerra, rajadas de canhões, metralhadoras, etc.. O mesmo Deus que é refúgio, se apresenta agora como fortaleza. Glórias ao Senhor. Não importa se a luta é pequena, passageira, ou mesmo grande de duradoura, Deus cumpre o seu papel de nos guardar independente da situação.

SOCORRO BEM PRESENTE - Em que pese termos à nossa disposição a instituição SOS, seja na área d saúde, do corpo de bombeiros, da polícia, infelizmente nem sempre esses socorros chegam à tempo de nos atender, muitas vezes por questão de minutos, chegam após se instalar a fatalidade, mas DEUS É O NOSSO SOCORRO BEM PRESENTE NA HORA DA ANGÚSTIA. A ação é tipo "on line", vinte e quatro horas por dia, é só clamar. Para quem vive em comunhão permanente, ligado com o Criador, não tem tempo de espera, o socorro está bem presente.

Que Deus nos ajude a sempre manter comunhão com Ele.

Pr. Carlos Roberto Silva
Point Rhema | http:// pointrhema. blogspot. com. br 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Boa tarde com a paz do Senhor

"Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele" - Salmos 118.24.

Acordamos depois de algumas horas de sono porque o Senhor nos deu a capacidade de despertar; levantamos do leito descansados por causa da bondade dEle em nos preservar com força e saúde; observamos o sol a pino declinar no horizonte porque Ele quer nos manter interagindo, vivos e ativos, no ecossistema que está no controle de suas potentes mãos!

E.A.G.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Então e assim - reflexão no livro de Jó, capítulo 42.10-12

Ao conversar ontem pela manhã com uma pessoa muito estimada, senti a necessidade de mostrar textos bíblicos referentes a relação de dar e receber. Citei Jó e Jesus Cristo.

"E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram acerca de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e um pendente de ouro. E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas" - Jó 42.10-12.

O cativeiro

Por cativeiro, podemos considerar um lugar ou o tempo que uma pessoa permanece sem liberdade. Esta é a descrição que o escritor do Livro de Jó faz da situação em que Jó se encontrava.

No primeiro capítulo, o escritor do livro escreveu: "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente" - Jó 1.1-3.

Sobre cativos, temos a seguinte profecia: "Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas" - Isaías 42.5-7.

Jesus Cristo identificou-se com esta profecia: "E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos" - Lucas 4.17-21.

Todos os dias restantes de Jó

"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" - Salmos 90.10.

Notamos que o termo cativeiro é usado em Jó 42.5-7 de maneira figurada. O patriarca não estava dentro de uma cela, sofria com grave doença, pela perda da família e perda da condição financeira privilegiada. Mesmo nestas condições, tinha forças para orar em favor dos amigos. Depois da oração, todas as amizades que o conheciam antes do seu sofrimento foram visitá-lo em sua casa, e em sinal de comunhão todos comeram pão juntos. Após a refeição, os visitantes sentiram compaixão de Jó e tomaram a decisão de agir para ajudá-lo, e essa ajuda aconteceu através de compartilhamento de bens ao ponto dele ficar em condição financeira melhor do que antes das aflições que o acometeram e o empobreceram.

A narrativa bíblica não revela como Jó recuperou-se da doença, mas mostra que experimentou novo vigor físico, pois voltou a casar-se e teve dez filhos, sendo que três eram mulheres muito bonitas e faleceu em idade avançada, aos  cento e quarenta anos, tempo de longevidade em dobro de anos considerados normais ao ser humano. Em sua velhice, teve plenas condições de ver o crescimento de sua família até os tataranetos. E o livro termina com essas palavras: "Então morreu Jó, velho e farto de dias."

As bênçãos que Deus te dá

Não cabe ao cristão ter a esperança de ser abençoado apenas no plano desta vida, como também desprezar as bênçãos de ordem material.

Para instruir sobre as bênçãos que Deus nos dá, Jesus Cristo usou como ilustração as figuras do agricultor e do cesto de sementes usado como forma de medir porções no mercado. O agricultor generoso, no momento da compra de grãos recebe o produto de maneira extremamente generosa. "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo" - Lucas 6.38.

As bem-aventuranças em dar e receber

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" - Atos 20.35. Lucas, relatou uma exortação do apóstolo Paulo, em que ele discursa sobre coisas da esfera material, e nesta exortação relembra as palavras de Cristo sobre bem-aventurança. E fica claro que são felizes tanto quem dá quanto quem recebe.

Escrevendo aos crentes da cidade de Filipos, 4.13, Paulo afirmou ter condições de viver bem, espiritualmente, tanto passando necessidade quanto tendo sobras, ser alguém pobre ou rico. Nós também devemos ter a mesma estrutura espiritual dele. São muitas as vezes na vida em que podemos servir de instrumento de Deus para abençoar outros, tal qual fizeram as amizades de Jó. E poderá existir vezes em que estaremos em posição parecida com a do patriarca, em que será preciso ter o coração humilde para receber a bênção que o Senhor quer nos entregar por intermédio de pessoas perto de nós. Assim sendo, estejamos prontos para dar e também para receber. Na primeira e na segunda condição somos pessoas bem-aventuradas.

Ninguém, mesmo que esteja longe do estado de extrema necessidade, deve dizer "eu não preciso", porque o Senhor é bondoso e muitas vezes não se satisfaz com o nosso cesto cheio, quer que seja recalcado (espremer o produto para baixo e colocar mais), sacudí-lo, e fazê-lo transbordar.

E.A.G.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A Sulamita

O livro Cantares de Salomão registra a bela história de amor entre o rei Salomão e a Sulamita. E muitos se perguntam o que isso tem a ver conosco, os cristãos, qual seria o motivo deste livro fazer parte da Bíblia Sagrada.

O livro, em composição poética, no começo identifica a jovem como a "morena",  "formosa minha", ao longo de oito etapas do romance apresenta, figurativamente, oito etapas da evolução espiritual, da salvação até a maturidade espiritual.

No começo de Cantares de Salomão o último titulo dado à moça do campo descrita ali é Sulamita. Seria o feminino do nome Salomão em hebraico? Ela pôde ser chamada a assim por causa da sua identificação com seu amado. Após passar por vários estágios em sua experiência de ser atraída por ele e buscá-lo, por fim ela tornou-se a sua cópia. Não era exagero chamá-la assim, vê-la era o mesmo que ver Salomão.

No início do relacionamento, ela buscava apenas a sua a sua própria satisfação. Amadurecida, agora ela tornou-se também a cooperadora de seu marido na obra que ele tinha de realizar. Antes, seu amado precisava chamá-loa várias vezes para sair a trabalhar com ele; depois ela mesma tomou a iniciativa de chamá-lo a fim de ir ao campo (Cantares 5.2; 7.2).

No começo, extremamente egoísta, ela só se preocupava consigo mesma. No final, amadurecida, sua preocupação era com a irmãzinha (Cantares 1.6; 8.8).

Esta mudança representa o estágio mais maduro da experiência cristã; é o estágio em que o cristão está plenamente conformado à imagem de Jesus Cristo. Nesta fase, não preocupa-se apenas com seu próprio progresso, mas também com o bem-estar coletivo (Romanos 8.29).

O apóstolo Paulo escreveu sobre Jesus Cristo e a cristandade sobre este assunto:

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente" - Efésios 4:11-14.

E.A.G.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Rob Bell e as três chamas do amor: raya, ahava e dod

Na proximidade de Natal, e outras épocas, como o Dia dos Namorados, muitas pessoas demonstram mais sensibilidade, querem um amor “para chamar de seu”. Neste desejo, nem todas vão buscar a pessoa querida em lugares ideais. Muitas escolhem métodos equivocados para tentar acabar com a solidão. Mas, à parte essa questão de erros e acertos, ter o interesse é um grande primeiro passo para encontrar um relacionamento importante.

Na Bíblia Sagrada, o livro Cânticos do Cânticos de Salomão reúne belíssimos poemas românticos da poesia oriental. Belas estrofes que expressam a relação amorosa em estado de reciprocidade de sentimentos, a evidência da alegria de um casal unido pelo amor verdadeiro.

Quando existe verdade no amor entre o casal, o namoro sempre chega ao ponto em que surge a ideia do matrimônio. O rapaz quer casar-se, mesmo que não considere estar preparado para esse passo tão importante em sua vida. E a garota também quer.

Raya, Ahava  Dod

O pregador americano Rob Bell produziu um DVD, intitulado As Três Chamas do Amor. A mensagem apresenta três aspectos fundamentais para que o relacionamento seja saudável e sempre amoroso. Bell toma como base o livro Cântico dos Cânticos, que descreve o amor de Salomão pela Sulamita, e o contrário também. Ele usa as três palavras hebraicas para definir o amor, que é sempre um sentimento pulsante e atual. Segundo ele, as três palavras hebraicas -  raya, ahava e dod - descrevem três dimensões do amor.

1. Amizade 

A palavra hebraica usada pela primeira vez para descrever o amor no livro Cântico dos Cânticos é "raya", cujo significado é ser um amigo, um companheiro ou alma gêmea (Cântico dos Cânticos 4.7). A companhia que queremos para a jornada da vida deve ser especial, deve ser o nosso melhor amigo (a). 

2. Profundo afeto / compromisso

A segunda palavra hebraica “ahava". Ela significa uma profunda afeição. É o desejo incontrolável de estar com a outra pessoa. Sentimento que faz coração sofrer de saudade.

“Ahava” é o ingrediente sólido na relação do casal. Um sentimento muito forte de afeição na relação de um homem com uma mulher. Amor voluntário, mais intenso do que o sentimento romântico fugaz. Amadurece o relacionamento, provoca o desejo de estar junto para o resto da vida. É o comprometimento que faz perder o interesse pelo passado, os momentos anteriores em que não estava relacionado com quem está agora.

Este tipo de amor é uma escolha firme de estabelecer e solidificar uma união estável. Há cumplicidade, o amparo mútuo, o auxílio em reciprocidade voluntária.

O casal de Cântico dos Cânticos experimenta o estado do amor / “ahava”, ele é descrito como mais forte do que a morte (Cânticos 8.7).

3. Paixão

A terceira palavra é dod, que significa paixão. É o estágio da união de corações, do romantismo das carícias mútuas, da atração física, da satisfação, do prazer consumado. Tempo de festejar.

Conclusão 

Rob Bell descreve estas três características do amor como três chamas distintas. Cada uma é um fogo diferente.

Uma pessoa pode se contentar com uma dessas chamas em seu relacionamento, apenas com chama da paixão / dod, sem considerar que ela representa apenas uma parte do amor. Quando este sentimento está isolado causa sofrimento. É possível manter o fogo aceso, mas jamais ele resolverá o problema da dor na alma.

O segredo para estabelecer um relacionamento feliz é manter as três chamas acesas em um único facho. Transformar amizade, compromisso e paixão em um único luzeiro, as três chamas juntas se transformam em uma única chama, porém, maior, mais quente. A labareda de fogo é capaz de aquecer o coração e satisfazer as necessidades da alma. “Qualquer coisa menos do que isso é viver abaixo da qualidade de vida que o casal está destinado a viver em uma relação matrimonial”, diz Rob Bell em seu vídeo, Ele conclui: “A boa notícia é que se em seu relacionamento estiver faltando uma das chamas, existe a chance para acendê-la e agrupá-la com as outras.”

E.A.G.

Confira o vídeo, produzido pelo ministério Nooma, em legendas no idioma português, cujo título é Chama / Flame. Três descrições para amor em hebraico, por Rob Bell

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NOTA BELVEREDE: Rob Bell pronunciou-se afirmando acreditar que o inferno não existe. Este blog não compactua com tal posicionamento.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Lança o teu pão sobre as águas

"Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás" - Eclesiastes 11.1.

Lançar o pão sobre as águas é viver com dinamismo, tomar atitudes certas e ter esperança e fé quanto ao futuro que desconhece. É um convite a escolher fazer o bem, ser uma pessoa bondosa, afastada do egoísmo, apesar da imprevisibilidade da vida, pois  quem apenas observa o vento e as nuvens jamais semeará (Eclesiastes 11.4).

O termo hebraico para "lançar" é "shalah": deixar ir, mandar embora, enviar. Muitos questionam o que quer dizer a metáfora sobre jogar o pão na água. Seria jogar a  comida fora? Desperdício? A figura de linguagem não é negativa é expressão extraída do comércio de cereais em uma cidade portuária ilustrando a perspectiva de sucesso em empreendimento comercial ousadamente diversificado.

Assistencialismo

Dizem que as maiores motivações da vida estão ligadas ao desejo de ganhar e medo de perder. A sociedade está marcada pelo interesse próprio, se recusa a dar espaço à generosidade. Quem vive afastado de Deus não tem o hábito de compartilhar o que tem com o próximo, ao fazer algum benefício tende a esperar que aquele que foi beneficiado pague em tempo oportuno. As Escrituras Sagradas  nos ensinam que ser uma pessoa egoísta torna a vida sem sentido, vazia.

Deus promete recompensar aqueles que são bondosos e abrem suas mãos aos que necessitam "Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido" - Provérbios 11.24-25.

No episódio da multiplicação de cinco pães e dois peixinhos, lanche de um menino, Jesus Cristo demonstrou sua compaixão pelas pessoas famintas. Todos os presentes na  multidão se alimentaram fartamente. Embora Deus tenha demonstrado seu poder e generosidade e tenha havido enorme sobra de comida, o alimento que sobrou não foi jogado fora mas recolhido em doze cestos cheios. Com certeza o recolhimento ocorreu para que outras pessoas que não estavam naquele lugar e momento do milagre espetacular também pudessem ser abençoadas (Mateus 14.20; Marcos 6.43; Lucas 9.17; João 6.13).

Como Igreja do Senhor jamais devemos nos esquecer dos necessitados, pois Jesus Cristo nunca de esqueceu deles (Mateus 25.36; Lucas 4.18, 19).  Ao fazer misericórdia o cristão jamais deve pensar em recuperar o seu "pão", como um rendimento da sua boa obra. Praticar o amor através da assistência social é uma obrigação cristã, a ação do benefício material ao próximo é uma forma de dedicar-se ao Senhor. Contribuir com liberalidade é um dom (Romanos 12. 6, 8).

2 Coríntios, capítulos 8 e 9, contém instruções sobre ofertas dirigidas aos crentes pobres de Jerusalém. Encontramos nestes dois capítulos o ensino mais completo do Novo Testamento sobre a contribuição financeira cristã para ajudar aos necessitados. Em 8.5, 15, 24 somos informados que ao realizar o socorro a quem precisa provamos nosso amor cristão, e um dia a situação pode inverter-se, quem tem abundância pode experimentar a escassez e precisar receber assistência. Em 9.12, 14, aprendemos que a generosidade é um sentimento que glorifica a Deus, ao praticá-la  motivamos que sejam realizadas ações de graças, aumenta a proximidade entre cristãos, deve ser o reflexo do nosso desejo interior de ajudar ao necessitado.

Vigilância na prosperidade financeira

O cristão deve servir ao Senhor com o seu dinheiro, precisa tomar cuidado para que o dinheiro não se transforme em seu deus, considerando-o mais importante do que o Criador e  seus semelhantes. Jesus Cristo ao falar sobre a condição de quem é verdadeiro servo de Deus, referiu-se a riqueza como se fosse uma pessoa, um ídolo pagão aos que amam o dinheiro (Mamom: a transliteração grega da palavra aramaica "riqueza", Mateus 6.24).

Missões

Lançar (hebraico: shallah = enviar) o pão sobre as águas também pode ser interpretado como fazer missões além-mar. Jesus Cristo é o Pão da Vida. É Deus quem envia os homens como seus embaixadores, representantes em missões oficiais (Isaías 6.8; Jeremias 1.7; Ezequiel 2.34). Moisés e Gideão foram representantes de Deus nas missões que lhes foram confiadas (Êxodo 4.28; Deuteronômio 34.15; Juízes 6.14). E na mais sublime de todas as missões o Messias foi enviado para salvar a humanidade (Isaías 61.1).

Conclusão

Aquele que dá uma parte do que tem para suprir a necessidade do outro sem esperar nada em troca será abençoado  (Deuteronômio 15.10-11).

Salomão revelou que o caminho para o sucesso é agir generosamente. A generosidade não deve se limitar à área material, seja generoso na esfera financeira e também na espiritual. O cristão deve ser generoso sempre, em todos os aspectos da vida.

E.A.G.

Outra reflexão sobre o mesmo tema: O que quer dizer lançar o pão sobre as águas?