Buscamos o amor de Deus num amigo, e talvez esse amor apareça em um inimigo. Os nossos olhos procuram o calor e a luz do sol, mas dia após dia o céu está nublado e o vento gelado nos faz tremer de frio. Desejamos ter contato com o
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terça-feira, 26 de abril de 2022
Calma no período de adversidade
quinta-feira, 10 de março de 2022
O que são os Cânticos dos Degraus? E Salmos de Romagem?
Modelo do canto sudoeste do Monte do Templo, baseado em pinturas de L. Rotmeier. [Exposição: Museu Torre de Davi] |
Até hoje não se sabe com precisão a origem da designação "Cânticos dos Degraus", isto é, do uso da expressão "degraus" no título dado a esse conjunto de Salmos. Muitas teorias têm sido propostas para esclarecer essa questão. Há quem diga que seja uma referência ao retorno do exílio babilônico, quando os judeus subiram do cativeiro. Por outro lado tradições antigas ligam esses 15 Salmos aos 15 degraus que
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Quem pode encontrar uma mulher virtuosa?
quinta-feira, 14 de outubro de 2021
Cantares de Salomão 2.1 - A Rosa de Sarom citada na Bíblia não é referência a Jesus Cristo
sexta-feira, 30 de abril de 2021
Provérbios 1.20-22: A sabedoria clama e grita nas praças. Albert Einsten e o pedreiro Zé Ninguém
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
A Teologia de Eliú - o sofrimento é uma correção divina?
Eliseu Antonio Gomes
INTRODUÇÃO
O nome Eliú é hebraico e significa "Ele é Deus" ou "Ele é o meu Deus". Era o mais jovem dos amigos de Jó (32.2-6; 32.2-6; 35; e 36).
Eliú surge no livro de modo inesperado, quando parecia que o debate teria um desfecho (32.15). Ele não é mencionado além desta aparição, nem sequer quando Deus pronuncia seu veredito sobre Elifaz e seus amigos (42.7). Tal situação leva alguns a pensarem que o conteúdo seria um adendo inserido no livro pelo autor, com o propósito de acrescentar algumas coisas à série de discussões.
A longa intervenção de Eliú interrompe a continuidade do poema. O desafio lançado por Jó (31.35-37) aguardava a resposta de Deus, que só é vista no capítulo 38. Eliú argumenta dizendo que Jó tentava justificar-se aos olhos de Deus. Ao fazer isso, Eliú demonstrou pensar que estava acima de todos os demais naquele debate teológico.
I - O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS
1. Deus é soberano
Por que Deus é soberano? Porque Ele é um ser onipotente, onisciente e onipresente.
Em sua onipotência, Deus faz tudo o que lhe apraz sem que suas ações ocorram em contrário à sua natureza justa e bondosa. Tal característica está registrada nas Escrituras Sagradas. Encontramos as expressões do seu poder infinito nas seguintes referências: Gênesis 1.1; Jó 26.14; Salmos 62.11; 89.8-13; Jeremias 10.12-13; Mateus 19.26; Romanos 4.27; 8.31.
A onisciência de Deus, admirável atributo exclusivo da sua divindade, abrange todas as coisas. Engloba o passado, o presente e o futuro. Ele tudo sabe, contudo não interfere sobre a liberdade de escolhas do ser humano. A onisciência divina é claramente afirmada pelas Escrituras: Jó 34.21-22; Salmos 139.1-4, 12; e 147.5; Atos 15.18; Hebreus 4.13.
Por meio de sua onisciência, Deus é capaz de manifestar sua presença em todos os locais ao mesmo tempo. Não há outro ser capaz de estar presente simultaneamente em todos os lugares. O centro de Deus está em todo o espaço e nele não há circunferência limitadora. Através da onisciência, Deus manifesta sua justiça, bondade e sabedoria. Salmos 139.7-10; Provérbios 15.3; Amós 9.2-3; Atos 17.28; Efésios 1.23.
Como soberano, Deus pode se revelar e falar por meio do sofrimento. Ainda que Deus seja soberano no que diz respeito a tudo, o ser humano é responsável pelos seus próprios atos. Em sua soberania, Deus pode manifestar-se em períodos de grande aflição de espírito, padecimento físico, dificuldades diversas. Junto com a prova o Senhor fornece a estrutura para suportar a adversidade e meios de escapes, pois ama os aflitos e não sente alegria alguma ao presenciar pessoas sofrendo. Ver 1 Corintios 10.13.
2. O orgulho do homem priva-o de ouvir Deus
O orgulho humano é um obstáculo que dificulta ouvir a Deus. Quando uma pessoa fica cheia de si mesma, está muito próximo de seu tombo. Não é em vão o alerta em Provérbios 16.18: "Antes da ruína vem a soberba, e o espírito orgulhoso precede a queda". A caída pode ser literal ou apenas figurativa. Perder ou diminuir prestígio, experimentar a decadência financeira e a cessação de influência em grupo podem ser tristezas pequenas se fizermos a comparação com a queda espiritual. "Aquele que pensa estar em pé veja que não caia" (1 Coríntios 10.12).
Todo aquele que acredita que é possível viver muito bem sem ouvir a Deus está fadado ao fracasso. Exemplos não faltam. Tal atitude de arrogância provocou a Queda no Éden, fez Sara e Abraão tentarem contornar o problema da infertilidade com a presença de Agar. Etc. O orgulho nos torna cegos e surdos espirituais. Somos chamados a viver em humildade, a manter a confiança em Deus e a crer que Ele cumpri todas as promessas que empenha (Provérbios 3.5-6).
3. Uma ponderação importante
A oração é a melhor opção para vencer as provações, pois é a maneira de o espírito humano conectar-se ao Espírito Santo de Deus. Ao orar, consentimos com Deus nas suas realizações, colocamos a nossa fé em ação e atacamos o maligno.
Na Bíblia Sagrada, a oração é descrita como:
Invocar o nome do Senhor (Gênesis 4.26);
Invocar a Deus (Salmo 17.6);
Levantar a alma ao Senhor (Salmo 25.1)
Buscar ao Senhor (Isaías 55.6);
Aproximar-se do trono da graça (Hebreus 4.16);
Chegar perto de Deus (10.22).
Em momentos de aflição, muitas vezes Davi orou pedindo livramento; em profunda agonia, Jesus orou intensamente no Monte das Oliveiras (Salmos 119.153; Lucas 22.44).
II - O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS
1. A justiça de Deus demonstrada
Em sua soberania, Deus não exerce justiça desprovida de amor. Ele é justo e também misericordioso. O amor do Senhor é a base do plano divino para salvar o homem do pecado.
O Pai Eterno não é um carregador de malas, dizem alguns teólogos. É verdade. Mas qual pai amoroso, ou mãe afetuosa, permite que seus filhos arrastem bagagens pesadas, os vê cansados pedindo socorro e tapa seus ouvidos? É verdade que o Pai Eterno não é o gênio da lâmpada de Aladim. Mas também é verdade que Isaías o descreve como um Deus cujas mãos estão estendidas para nos socorrer, um Deus cujos ouvidos estão atentos para as nossas orações. O profeta nos alerta que a vida em iniquidade e pecado impede o agir bondoso de Deus em favor do ser humano (Isaías 59.1-2).
2. O caráter justo e Deus
Deus não tem prazer no sofrimento, usa-o como meio para salvar o pecador. Os momentos de dificuldades são ocasiões de desenvolvimento das capacidades intelectuais, morais e espirituais. Ao sofrer a pessoa que está no pecado desperta de sua letargia espiritual, em meio à tormenta consegue perceber o valor da adoração e vida em comunhão com o Criador.
"Vocês pensam que eu tenho prazer na morte do ímpio? - diz o Senhor Deus. Não desejo eu muito mais que ele se converta dos seus caminhos e viva? (...) Livrem-se de todas as transgressões que vocês cometeram e façam para vocês um coração novo e um espírito novo. Por que vocês haveriam de morrer, ó casa de Israel? Eu não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertam-se e vivam." (Ezequiel 18.23, 31-32).
"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" - 2 Pedro 3.9).
3. A defesa da soberania de Deus
A soberania de Deus faz parte dos seus atributos absolutos, ou seja, pertence somente a Ele. "Pois o Senhor, o Deus de vocês, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não trata as pessoas com parcialidade, nem aceita suborno" (Deuteronômio 10.17).
Eliú enfatiza em seu discurso que é a criatura que depende do Criador e não o contrário (Jó 34.13-15). É um fato incontestável que o Senhor é maior do que o homem e não precisa dar contas de seus atos, porém, em sua superioridade quer dar-se a conhecer pelo homem. O Soberano tem enorme satisfação em que seus servos o conheçam que rejeitar tal conhecimento é o mesmo que rejeitá-lo (Isaías 1.2-3). Ele revelou-se no Éden, através da encarnação de Jesus, se revela continuamente por meio da criação, por intermédio das Escrituras Sagradas, e, diariamente, está pronto para revelar-se a todos nós executando a sua bondade.
Não é sem um bom propósito que está escrito: "Agrade-se do Senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração" (Salmo 37.5). Deus não se cansa de manifestar sua providência aos que nEle confiam.
III - O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS
1. O caráter pedagógico do sofrimento
O sofrimento serve como meio de abater o orgulho. Dependendo da maneira como é visto, produz gente consagrada ao Senhor ou ateus. Entender que o sofrimento pode ser usado por Deus como efeito pedagógico para a vida muda completamente a nossa perspectiva de fé. Assim como Jó, as pessoas tementes a Deus procuram saber a razão pela qual sofrem, enquanto os incrédulos não aceitam que um Deus justo e soberano permita o padecimento humano.
Em seu discurso, Eliú fala sobre o caráter pedagógico que há no sofrimento (Jó 36.15, 19). Afirma que a prova é um chamado que Deus dirige ao pecador com a finalidade de livrá-lo da morte (33.29-30). Tal abordagem também é feita por Elifaz (5.17-27) e Zofar (11.13-19).
2. Adorando a Deus na tormenta
Jó foi moído pela dor, o que não significa que a soberania de Deus sobre sua vida foi um ato de tirania. É importante ter em mente que o sofrimento não significa que Deus nos abandona. É possível experimentar grandes provações agradando a Deus. Tudo passa nesta vida abaixo do sol, inclusive o tempo de sofrimento (Eclesiastes 3.2).
Jesus Cristo incentiva os cristãos a pedirem a Deus o livramento do mal (Lucas 11.4). Contudo, em tempos difíceis é importante agir como o profeta Habacuque (3.17-19). O triunfo da fé é revelado quando manifestamos a confiança de que Deus nos ama apesar de todas as circunstâncias. Jó é o maior exemplo bíblico sobre isso no Antigo Testamento e Jesus Cristo na Nova Aliança (Mateus 26.39).
CONCLUSÃO
Toda pessoa que vive a fé cristã genuína compartilha a experiência de Jó, pois o sofrimento é uma consequência da atual condição humana. Através do sofrimento o cristão fiel amadurece. Ninguém sai a mesma pessoa depois que experimenta momentos difíceis e ao orar encontra as respostas do Senhor. Quem verdadeiramente conhece a Deus como Pai, sabe que não é uma atitude de desrespeito clamar por ajuda em tempo de crises (Jeremias 33.3).
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Salmo 23 na versão King James Atualizada
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Salmos 74.15-17
"Foste tu o que abriste fontes e torrentes; tu o que fizeste secar rios perenes. Teu é o dia, também tua é a noite. Tu formaste a luz e o sol. Foste tu o que determinaste todos os limites da terra; o verão e o inverno, tu os fizeste"
A Bíblia Sagrada: comparações dos livros Gênesis e Apocalipse
A definição da vida pela Bíblia e pela Ciência
A gravidez de Sara
A luz de Deus, o sol e a lua
A Teologia da Ciência
Gerados pela palavra da verdade
Trinta provas científicas da existência de Deus
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Salmos 1
Salmos 1, versículos 1 ao 6.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).
A felicidade é o plano de Deus para você
Bem-aventurados os pobres de espírito
Davi, Asafe e Agur: reflexões sobre a prosperidade bíblica
O cuidado ao falar e a religião pura
Saiba como estudar a Bíblia para a sua edificação
Salmos, o livro de louvores e oração
Três situações comuns a considerar em relacionamentos sociais dos cristãos neste mundo
E.A.G.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
A lua pode causar moléstias a noite?
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Cantinho dos Evangélicos - Oficial: O anjo do Senhor acampa-se ao nosso redor
É muito bom saber que nós, servos de Deus, não estamos desprotegidos e vulneráveis aqui no mundo. Muitas coisas ruins que acontecem no mundo são provocadas por Satanás, outras não.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
A tua face
Busque a minha face!
A tua face, Senhor, buscarei.Salmos 27.8
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
FAMÍLIAS: A sugestão do Autor de Provérbios é o “temor do Senhor”
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Anjos e Demônios ao redor
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Visite Momento Versículos, o blog de Arlete Oliveira
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Deus é refugio e fortaleza - Salmos 46
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Boa tarde com a paz do Senhor
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Então e assim - reflexão no livro de Jó, capítulo 42.10-12
O cativeiro
Por cativeiro, podemos considerar um lugar ou o tempo que uma pessoa permanece sem liberdade. Esta é a descrição que o escritor do Livro de Jó faz da situação em que Jó se encontrava.
No primeiro capítulo, o escritor do livro escreveu: "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente" - Jó 1.1-3.
Sobre cativos, temos a seguinte profecia: "Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios. Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas" - Isaías 42.5-7.
Jesus Cristo identificou-se com esta profecia: "E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos" - Lucas 4.17-21.
Todos os dias restantes de Jó
"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando" - Salmos 90.10.
Notamos que o termo cativeiro é usado em Jó 42.5-7 de maneira figurada. O patriarca não estava dentro de uma cela, sofria com grave doença, pela perda da família e perda da condição financeira privilegiada. Mesmo nestas condições, tinha forças para orar em favor dos amigos. Depois da oração, todas as amizades que o conheciam antes do seu sofrimento foram visitá-lo em sua casa, e em sinal de comunhão todos comeram pão juntos. Após a refeição, os visitantes sentiram compaixão de Jó e tomaram a decisão de agir para ajudá-lo, e essa ajuda aconteceu através de compartilhamento de bens ao ponto dele ficar em condição financeira melhor do que antes das aflições que o acometeram e o empobreceram.
A narrativa bíblica não revela como Jó recuperou-se da doença, mas mostra que experimentou novo vigor físico, pois voltou a casar-se e teve dez filhos, sendo que três eram mulheres muito bonitas e faleceu em idade avançada, aos cento e quarenta anos, tempo de longevidade em dobro de anos considerados normais ao ser humano. Em sua velhice, teve plenas condições de ver o crescimento de sua família até os tataranetos. E o livro termina com essas palavras: "Então morreu Jó, velho e farto de dias."
As bênçãos que Deus te dá
Não cabe ao cristão ter a esperança de ser abençoado apenas no plano desta vida, como também desprezar as bênçãos de ordem material.
Para instruir sobre as bênçãos que Deus nos dá, Jesus Cristo usou como ilustração as figuras do agricultor e do cesto de sementes usado como forma de medir porções no mercado. O agricultor generoso, no momento da compra de grãos recebe o produto de maneira extremamente generosa. "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo" - Lucas 6.38.
As bem-aventuranças em dar e receber
"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" - Atos 20.35. Lucas, relatou uma exortação do apóstolo Paulo, em que ele discursa sobre coisas da esfera material, e nesta exortação relembra as palavras de Cristo sobre bem-aventurança. E fica claro que são felizes tanto quem dá quanto quem recebe.
Escrevendo aos crentes da cidade de Filipos, 4.13, Paulo afirmou ter condições de viver bem, espiritualmente, tanto passando necessidade quanto tendo sobras, ser alguém pobre ou rico. Nós também devemos ter a mesma estrutura espiritual dele. São muitas as vezes na vida em que podemos servir de instrumento de Deus para abençoar outros, tal qual fizeram as amizades de Jó. E poderá existir vezes em que estaremos em posição parecida com a do patriarca, em que será preciso ter o coração humilde para receber a bênção que o Senhor quer nos entregar por intermédio de pessoas perto de nós. Assim sendo, estejamos prontos para dar e também para receber. Na primeira e na segunda condição somos pessoas bem-aventuradas.
Ninguém, mesmo que esteja longe do estado de extrema necessidade, deve dizer "eu não preciso", porque o Senhor é bondoso e muitas vezes não se satisfaz com o nosso cesto cheio, quer que seja recalcado (espremer o produto para baixo e colocar mais), sacudí-lo, e fazê-lo transbordar.
E.A.G.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
A Sulamita
E.A.G.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Rob Bell e as três chamas do amor: raya, ahava e dod
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Lança o teu pão sobre as águas
O termo hebraico para "lançar" é "shalah": deixar ir, mandar embora, enviar. Muitos questionam o que quer dizer a metáfora sobre jogar o pão na água. Seria jogar a comida fora? Desperdício? A figura de linguagem não é negativa é expressão extraída do comércio de cereais em uma cidade portuária ilustrando a perspectiva de sucesso em empreendimento comercial ousadamente diversificado.
Assistencialismo
Dizem que as maiores motivações da vida estão ligadas ao desejo de ganhar e medo de perder. A sociedade está marcada pelo interesse próprio, se recusa a dar espaço à generosidade. Quem vive afastado de Deus não tem o hábito de compartilhar o que tem com o próximo, ao fazer algum benefício tende a esperar que aquele que foi beneficiado pague em tempo oportuno. As Escrituras Sagradas nos ensinam que ser uma pessoa egoísta torna a vida sem sentido, vazia.
Deus promete recompensar aqueles que são bondosos e abrem suas mãos aos que necessitam "Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido" - Provérbios 11.24-25.
No episódio da multiplicação de cinco pães e dois peixinhos, lanche de um menino, Jesus Cristo demonstrou sua compaixão pelas pessoas famintas. Todos os presentes na multidão se alimentaram fartamente. Embora Deus tenha demonstrado seu poder e generosidade e tenha havido enorme sobra de comida, o alimento que sobrou não foi jogado fora mas recolhido em doze cestos cheios. Com certeza o recolhimento ocorreu para que outras pessoas que não estavam naquele lugar e momento do milagre espetacular também pudessem ser abençoadas (Mateus 14.20; Marcos 6.43; Lucas 9.17; João 6.13).
Como Igreja do Senhor jamais devemos nos esquecer dos necessitados, pois Jesus Cristo nunca de esqueceu deles (Mateus 25.36; Lucas 4.18, 19). Ao fazer misericórdia o cristão jamais deve pensar em recuperar o seu "pão", como um rendimento da sua boa obra. Praticar o amor através da assistência social é uma obrigação cristã, a ação do benefício material ao próximo é uma forma de dedicar-se ao Senhor. Contribuir com liberalidade é um dom (Romanos 12. 6, 8).
2 Coríntios, capítulos 8 e 9, contém instruções sobre ofertas dirigidas aos crentes pobres de Jerusalém. Encontramos nestes dois capítulos o ensino mais completo do Novo Testamento sobre a contribuição financeira cristã para ajudar aos necessitados. Em 8.5, 15, 24 somos informados que ao realizar o socorro a quem precisa provamos nosso amor cristão, e um dia a situação pode inverter-se, quem tem abundância pode experimentar a escassez e precisar receber assistência. Em 9.12, 14, aprendemos que a generosidade é um sentimento que glorifica a Deus, ao praticá-la motivamos que sejam realizadas ações de graças, aumenta a proximidade entre cristãos, deve ser o reflexo do nosso desejo interior de ajudar ao necessitado.
Vigilância na prosperidade financeira
O cristão deve servir ao Senhor com o seu dinheiro, precisa tomar cuidado para que o dinheiro não se transforme em seu deus, considerando-o mais importante do que o Criador e seus semelhantes. Jesus Cristo ao falar sobre a condição de quem é verdadeiro servo de Deus, referiu-se a riqueza como se fosse uma pessoa, um ídolo pagão aos que amam o dinheiro (Mamom: a transliteração grega da palavra aramaica "riqueza", Mateus 6.24).
Missões
Lançar (hebraico: shallah = enviar) o pão sobre as águas também pode ser interpretado como fazer missões além-mar. Jesus Cristo é o Pão da Vida. É Deus quem envia os homens como seus embaixadores, representantes em missões oficiais (Isaías 6.8; Jeremias 1.7; Ezequiel 2.34). Moisés e Gideão foram representantes de Deus nas missões que lhes foram confiadas (Êxodo 4.28; Deuteronômio 34.15; Juízes 6.14). E na mais sublime de todas as missões o Messias foi enviado para salvar a humanidade (Isaías 61.1).
Conclusão
Aquele que dá uma parte do que tem para suprir a necessidade do outro sem esperar nada em troca será abençoado (Deuteronômio 15.10-11).
Salomão revelou que o caminho para o sucesso é agir generosamente. A generosidade não deve se limitar à área material, seja generoso na esfera financeira e também na espiritual. O cristão deve ser generoso sempre, em todos os aspectos da vida.
E.A.G.
Outra reflexão sobre o mesmo tema: O que quer dizer lançar o pão sobre as águas?