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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Resposta aos que afirmam que o inferno é apenas uma metáfora

"Ao vê-lo, caí aos seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno" - Apocalipse 1.17,18.

Definição

A palavra "inferno" não é encontrada nos idiomas originais da Bíblia. Ela tem origem no latim e significa "lugar das profundezas" e "mundo inferior". O fato de não encontrarmos o vocábulo não quer dizer que não exista. Ora, também não encontramos o vocábulo "oxigênio" na Bíblia, não o vemos, temos a certeza que ele existe e sabemos que ele é imprescindível para nossa sobrevivência. 

terça-feira, 28 de junho de 2022

A vontade permissiva de Deus

O nosso Deus dá permissão para todas as situações que atravessamos. Porém, não são todas as permissões que a origem é o seu coração soberano. Em sua soberania, Ele é como a mãe ou o pai que se rende à insistência do filho ou da filha em seguir fazendo suas vontades estranhas à educação que recebe. É por este motivo que lá na oração-modelo Jesus nos ensina a pedir ao Senhor para não permitir que caiamos em tentação e que nos livre do mal [Mateus 6.13].

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Yvone do Amaral Pereira e o livro Memórias de um suicida

Será que alguém sabe para onde vão as pessoas que cometem o suicídio? No livro "Memórias de um suicida" há um relato supondo que o destino final de quem atenta contra a própria vida é um suposto lugar denominado Vale dos Mortos.

Este blogueiro, que agora você lê, é um cristão evangélico que congrega em uma Assembleia de Deus. Antes de continuar a digitar, preciso enfatizar o seguinte: "Memórias de um suicida" é apresentado como um romance psicografado pela médium espírita brasileira Yvonne do Amaral Pereira, que atribui autoria ao escritor português Camilo Castelo Branco.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Como encontrar o caminho para Deus

1. Admita que é pecador. 

Reconheça que tem desobedecido a Deus.

"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" - Romanos 3.23.

2. Vá até Deus por intermédio de Jesus Cristo.

"Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem, que deu a si mesmo em resgate por todos, testemunho que se deve dar em tempos oportunos"  2.5-6.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

2 Pedro 3.8 - A vinda do Senhor

"Mas há uma coisa, amados, que vocês não devem esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia" - 2 Pedro 3.8.

Como podemos afirmar que Jesus voltará em breve depois de dois mil anos que Ele subiu ao Céu? Há pessoas que dizem que os apóstolos estavam enganados ao aguardem a volta do Salvador no primeiro século.

Jesus voltará. Não sabemos quando será o Dia do

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

O que a Bíblia diz sobre o Anticristo?

É importante haver clareza sobre a manifestação do Anticristo. Embora o tema seja fascinante, muitas vezes é mal compreendido.

O Anticristo é o oposto de Cristo. Assim como Jesus veio à terra em forma humana para fazer a vontade de Deus, sendo seu porta voz, o Anticristo será um homem que representará Satanás neste mundo e comunicará ao mundo o que ele pretende dizer.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

A tricotomia humana e o destino final de cada um de nós


Por Eliseu Antonio Gomes

Você sabe quem você é?

Embora pareça ridícula e um tanto quanto sem razão, esta pergunta é importantíssima. Muitas pessoas ainda não sabem respondê-la na íntegra ou não analisaram o quanto é uma questão importante.

Você se esforça para ser bom pai ou mãe, ou ótimo filho e estudante exemplar? É visto como um vizinho popular e bom cidadão? É considerado o funcionário modelo na empresa? Ainda que as respostas sejam todas positivas, não representam a sua pessoa integralmente.  

Por causa da vida moderna, que nos empurra para uma rotina agitada, possuímos o afã de dar cabo de todas as obrigações e problemas o mais rápido possível. E então esquecemos do principal: cuidar nós mesmos e saber como alcançar estabilidade ao terminar nossa jornada terrestre.

Logicamente, ao olhar no espelho encontramos nosso reflexo. Mas a imagem reproduzida nunca será capaz de mostrar a criatura humana em suas três dimensões, não veremos o temperamento, a inclinação moral, a tendência comportamental, a introjeção de humor atrás do semblante do indivíduo reservado. Apenas o estado corpóreo é refletido, a força vital e as emoções jamais serão capturadas à parte das expressões corporais. 

É comum querer cuidar bem do nosso lado exterior. Manter corte de cabelo bem alinhado, vestir roupas elegantes e bonitas, usar a fragrância de perfume mais agradável etc. Cuidamos bem da constituição física e deveríamos dar trato de qualidade similar ao nosso lado interno, que é igualmente importante.

Você e eu não somos apenas um corpo físico

Quando Deus criou o homem, além do corpo deu-lhe alma e espírito. A constituição tríplice não deve ser entendida como partes independentes entre si e sim como a expressão representativa do ser humano como um todo. Temos um corpo composto da matéria, e o lado incorpóreo que agrega uma alma e um espírito.

O que é a alma?

A alma que pecar essa morrerá – Ezequiel 18.4.

Órgão muscular, o coração está dentro da nossa caixa torácica, sua função é receber e bombear nosso sangue da cabeça aos pés. Portanto, descrever o coração como o centro emocional do ser humano é apenas uma licença poética, nada mais. 

Em muitos trechos bíblicos, o coração é apresentado como sinônimo da alma, é mostrado como centro da volição, a sede da vida intelectual, o lugar que reside nossas emoções.

A alma diz respeito ao indivíduo, é referência da vida pessoal. Quando está submetida ao Espírito de Deus, guerreia contra a tendência da natureza pecaminosa, que insiste em pecar: Jeremias 31.25; 1 Pedro 2.11.

Sobre a alma, Jesus Cristo disse que de dentro do coração do homem procede muitas coisas más. Essas coisas são capazes de contaminar o ser humano perante Deus. Mateus 15.19.20.

O que é o espírito?

O espírito é a fonte da vida humana: Gênesis 1.3,6, 14, 20, 24, 26; e, 2.7.

O espírito humano está relacionado aos aspectos mais elevados do homem, é o canal de comunhão com o Espírito de Deus, o meio que o Criador usa para se comunicar conosco.

O espírito humano diferencia o homem do restante da criação. Há grande diferença entre o ser humano e os seres vivos irracionais, componentes químicos e geológicos do ambiente. Quando as criaturas foram criadas, Deus disse “haja” e passaram a existir. Porém, quanto à Humanidade, Deus disse: “Façamos o homem”, apanhou barro e o modelou dando a forma que havia imaginado antes; depois, soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida - o espírito - e o homem passou a ser alma vivente.

O espírito recebe influencias, pode ser edificado e corrompido (1 Coríntios 10 23-33; 2 Coríntios 7.1). Quando a alma domina com as paixões más, o espírito sofre, passa a ser vítima desses sentimentos maus e apetites terrenos. Se a origem da influência é o Espírito de Deus, o caráter humano se estrutura de forma sadia e plausível. Mas se for influenciado pela alma decaída, então, a configuração do caráter humano recebe formato ruim e doentio (Mateus 5.3; Isaias 57.16; Gênesis 41.8).

O corpo

Invólucro do espírito e da alma, é uma matéria limitada. Depois de gerado, desde o útero entra em um processo irreversível de envelhecimento que só termina com a morte física. É finito, nesta forma que o conhecemos. Adoece, apodrece, acaba.

Mas, quem receber a Jesus Cristo no seu coração, e depois passar para o além-túmulo, no futuro a sua matéria será transformada de corruptível em incorruptível e de simples pó ganhará característica glorificada. 

Para onde você vai após a morte? 

A alma e o espírito são eternos. Após a morte física, aguardarão o Dia do Julgamento Final (Eclesiastes 11.9; Mateus 25.31-46; Hebreus 9.27). Neste julgamento, os atos de todas as almas, de todos os tempos, passarão pelo parecer do Senhor Jesus Cristo e dependendo da sentença recebida partirão para um dos dois destinos eternos que Deus criou para a Humanidade. São: Céu e Inferno. 

As Escrituras Sagradas dizem que o Céu é o local onde está o trono de Deus, é lugar duradouro, morada e pátria dos crentes fiéis, preparado para os salvos viverem felizes eternamente (Salmo 11.4; João 14.2,3; Filipenses 3.20; 1 Pedro 1.4 e Apocalipse 14.13). Para receber a salvação temos que reconhecer a Jesus como nosso único Salvador, enquanto ainda estamos nesta vida física do corpo. Sobre à ida ao Inferno, as Escrituras afirmam que é o ambiente onde muitos prantearão e rangerão os dentes, é o destino preparado para o diabo e seus anjos, uma região de vergonha e horror, onde o fogo nunca se apagará. Veja: Daniel 12.2; Hebreus 6.2,8.

Não é a religião ou ideologia ou filosofia humana que salvará alguém do castigo e tormento interminável no porvir. A maneira de escapar do sofrimento infinito é aceitar, pela fé, a Palavra de Deus, que afirma que só Jesus Cristo é o nosso único Senhor e Salvador. 

O apóstolo Pedro, considerado pelos católicos como o primeiro Papa, disse sobre a salvação: "Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do Céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4.12). O apóstolo Paulo concordou: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10.13); "Porque há um só Deus, e um só mediador' (intercessor) 'entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate de todos..." – 1 Timóteo 2.5, 6 - parênteses meus.

Conclusão

É muito importante ter com exatidão as características e conceitos que as páginas das Escrituras Sagradas declaram sobre o ser humano. Saber com clareza qual é a definição bíblica de quem somos e para onde iremos na existência além-túmulo é o primeiro passo para escapar da condenação eterna.  

Tendo a plena consciência de que somos um espírito com uma alma - ambos eternos - dentro de uma estrutura mortal, poderemos traçar planos melhores e metas definidas que nos levarão ao futuro feliz.

Sabendo que nos apresentaremos diante de Jesus Cristo, que agirá como o Juiz Justo para todas as pessoas, resta-nos tomar a atitude certa.

Nota do Editor: artigo originalmente denominado Identidade Espiritual 2, autoria de Eliseu Antonio Gomes, postado neste blog em 25 de julho de 2007. Postagem atual contém texto expandido e adaptado.

sábado, 7 de dezembro de 2019

A Última Trombeta - revelação de Olav Rodge

A Última Trombeta é uma produção radiofônica, que apresenta a revelação do norueguês Olav Rodge, ocorrida em 11 dezembro de 1952. . Em detalhes, a mensagem fala sobre o Arrebatamento da Igreja



Produção de boa qualidade artística, em estilo de radio-novela, sucesso da época, com tradução do missionário Erick Albert Peterson. Foi distribuída em mídias nos formatos Long Play (disco vinil) e fitas K7, aos evangélicos da Assembleia de Deus e outras denominações evangélicas no século passado. 

Tinha o selo Louvores do Coração, gravadora evangélica muito popular aos crentes de gerações passadas. O proprietário chamava-se Jonathas Freitas, que também mantinha uma loja com o mesmo nome no bairro da Lapa, zona oeste da Capital paulista, situada na rua Faustolo, 1922. Ao falecer, seus herdeiros não deram continuidade na atividade.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Vídeo dramatiza o evento 'A Segunda Vinda de Cristo'

"Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês. Porém, considerem isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, estejam também vocês preparados, porque o Filho do Homem virá à hora em que vocês menos esperam" - Mateus 24.42-44 (NAA).

A Segunda Vinda de Cristo
A Bendita Esperança do Crente e a Grande Tribulação
► Morte e Ressurreição
► O Tribunal de Cristo e os Galardões
O Céu Físico e o Céu Trono de Deus Morada dos Salvos



segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O Céu físico e o Céu como Casa de Deus e Morada dos Salvos em Cristo - Escatologia: Acontecimentos futuros no Plano da Redenção

"Jesus, porém, disse: 'Deixem os pequeninos e não os impeçam de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos Céus."
(Mateus 19.14)

Por Eliseu Antonio Gomes

A Astronomia é o ramo da Ciência que estuda a estrutura e o deslocamento dos astros, seus posicionamentos relativos e seus padrões de movimentação. É a primeira área da Ciência a ser estudada de modo sistêmico. Está presente em nosso cotidiano: na definição do tempo, na localização geográfica, na queda de objetos e até nos desastres, já que em sua origem, a palavra desastre significa “fato que contraria os astros”.

Não é comum encontrar uma roda de conversa em que o assunto seja a Astronomia, mas também não é uma situação rara encontrar gente fascinada pelo estudo dos astros, principalmente quando acontece a passagem de um cometa dentro do raio de visão da órbita terrestre e períodos de eclipses entre o sol, a lua e a terra.

Todas as noites, nos quatro cantos do nosso planeta, crianças, jovens, adultos e idosos cheios de paixão como foram Aristóteles, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Johannes Kepler, põem-se a olhar para o firmamento, muito mais vezes do que se pensa que façam. Inumeráveis profissionais e leigos, incontáveis estudantes e autodidatas, não se cansam de olhar para a imensidão azul do céu.


I - O CÉU FÍSICO E O CÉU ESPIRITUAL

O céu, no sentido da natureza física, é definido como espaço limitado, no qual se locomovem os astros, descrito como a abóboda celeste, o firmamento. Deus fez o Universo inteiro e disse que era muito bom e prometeu aos salvos dar-lhes um novo céu e uma nova terra ao chegar o fim dos tempos (Gênesis 1.31; Apocalipse 21.1).

Na Bíblia Sagrada, a palavra "céu" refere-se à realidade física que está fora da terra (1 Reis 21.24; Salmos 19.1; Atos 1.11) e à dimensão espiritual onde Deus habita em glória (1 Reis 8.27; Amós 9.6; Atos 7.55). Neste artigo, abordaremos a dimensão espiritual digitando a consoante "c" em fonte maiúscula (Céu).

Nas Escrituras, diversos vocábulos são traduzidos por céu, porém, os considerados mais significativos são o hebraico "shãmayim" e o grego "ouranos". O primeiro é plural e o segundo ocorre com frequência como existindo mais do que um céu. O termo é usado ao referir-se ao céu físico, especialmente dentro da expressão "céu e terra" (Gênesis 1.1; Mateus 5.18).

"Vaidade de vaidades, diz o Pregador. Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito alguém tem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?" - Eclesiastes 1.2-3.

Abaixo deste céu físico, o ser humano vive em um corpo com as seguintes características:
Necessita de casamento e maternidade (Mateus 22.30; Marcos 12.25);
Possui tendência ao pecado (Apocalipse 21.8, 27);
Sente fome, sede, tristeza, dor e chora (Apocalipse 21.4);
Adoece e morre (Apocalipse 20.14; 21.4).
A visita ilustre dos magos a Jesus em sua tenra infância (Mateus 2.1-12).

Não era apenas os judeus que esperavam um grande rei prometido por Deus. Homens orientais, sábios e cultos, vindo de reinos distantes esperavam que um ungido do Senhor nascesse e reinasse sobre o povo israelita. Na época que Jesus nasceu, alguns astrônomos descobriram no céu uma estrela que tinha um brilho muito especial. Eles acreditavam que esta estrela seria o sinal de que um grande rei havia nascido, conforme declaravam antigas profecias. Então, organizaram uma caravana e empreenderam uma longa jornada, que durou vários meses, levando presentes valiosos próprios de um rei.

Quando chegaram à fronteira de Israel, os astrônomos seguiram direto para o palácio da capital, Jerusalém, pensando que o bebê estaria lá. O rei Herodes, quando ficou sabendo que estrangeiros ricos haviam chegado, perguntando por um novo monarca, ficou imediatamente em alerta, suspeitando que havia trama para tentar tirá-lo de seu trono. Ele também sabia das profecias da Bíblia, e ordenou que buscassem os visitantes às pressas. Perguntou aos escribas e fariseus se havia informação bíblica sobre o local onde estaria o bebê, e ficou sabendo que o profeta Miqueias havia predito que seria em Belém. Dissimuladamente, tentou fazer com que os magos descobrissem e dissessem a ele o local exato em que Jesus estava, para matá-lo. Ao anoitecer, os magos seguiram até Belém, seguindo a estrela que reapareceu no céu. Cheios de alegria, encontraram a Jesus em uma casa, louvaram a Deus e adoraram o Messias, presenteando-lhe com ouro, incenso e mirra. Depois, em sonho, um deles foi avisado por Deus que o rei Herodes não deveria conhecer a localização de Jesus, e assim eles voltaram à terra natal satisfeitos por terem encontrado o Salvador.

Observações referente aos magos no relato de Mateus:
• Astrônomos afirmam que por ano mais de 10 mil estrelas explodem na Via Láctea e sua queima causa um brilho fulgurante.
• Os magos orientais encontraram Jesus em sua casa e não deitado em uma manjedoura, dentro de uma estribaria, conforme algumas gravuras retratam o acontecimento (Mateus 2.11).
• Diferente do que muitos dizem, a Bíblia não afirma qual era o número de magos, mas tradições falam que eram apenas três pessoas.
• Diferente do que muitos dizem, a Bíblia não diz que os magos eram astrólogos.
Novos céus e nova terra.

É importante observar a narrativa escatológica sobre o termo céu, no sentido físico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é reconhecido que o Universo como existe hoje não é eterno, mas que desaparecerá no modo em que é observado, com a finalidade de dar lugar a novos céus e nova terra (Isaías 65.17; 66.22; 2 Pedro 3.10-13; Apocalipse 21.1).

A língua grega tem duas palavras diferentes para referir-se à ideia de novo. "Neos" é uma novidade de tempo; "kainos" é uma novidade de qualidade. Um objeto "neos", significa que ele não existia, mas agora existe. Um objeto "kainos" significa que ele existia, mas sua qualidade mudou para melhor, foi refeito de modo aperfeiçoado. Neste sentido, o novo céu e a nova terra de Apocalipse 21.1 não são "neos", mas "kainos".

O que será alterado no céu?

Deus acabará com todo o lixo espacial na atmosfera terrestre. Lixo espacial é a sujeira que o homem coloca na atmosfera. A quantidade de lixo espacial é assustadora. Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), existem aproximadamente 500 mil pedaços de lixo e equipamentos espaciais orbitando nosso planeta. Todos eles viajam a velocidades de quase 27 mil quilômetros por hora.

São estágios completos de foguetes desgastados, ônibus espaciais, satélites antigos desativados, tanques de combustível, efluentes de motores de foguetes sólidos, fragmentos de aparelhos defeituosos ou desintegrados.

A Agência Espacial Europeia declarou que em janeiro de 2018, existiam cerca de 30 mil objetos maiores que 10 centímetros, cerca de 750 mil objetos que variam entre 1 a 10 centímetros e cerca de 166 milhões de objetos entre 1 milímetro e 1 centímetros de tamanho.

O maior pedaço de lixo espacial na órbita baixa da Terra mede cerca de 30 metros de comprimento por 16 metros de largura. Seu painel solar, de 46 metros de comprimento, dá ao satélite um perfil ainda maior. Esta espaçonave pesa 8 toneladas.

Como será o futuro determinado pelo Criador para a terra?

Após o Arrebatamento da Igreja, o crente fiel passará a conhecer todas as coisas boas que Deus fez em seu estado de planejamento inicial (Romanos 8.19-22; Colossenses 1.20). A condição final de toda a criação expressará de maneira perfeita e pormenorizadamente a vontade de Deus sobre a terra. As palavras de Jesus garantem que nenhuma coisa boa será perdida, será renovada.
• Não mais haverá destruição e os efeitos da destruição do solo ocorrida no passado serão desfeitos;
• Não mais haverá destruição e os efeitos da destruição da biodiversidade ocorridos no passado serão desfeitos;
• Não haverá poluição da água, do ar, radioativa e sonora.
O que continuará ocorrendo com o cristão quando estiver na eternidade com Deus?
Os relacionamentos dele com outros seres humanos salvos (Lucas 24.39; João 20.27);
Continuará em seu corpo físico, porém transformado (1 Coríntios 15.42-44);
Vivenciará o mundo natural (Apocalipse 22.2);
Terá o prazer de experimentar relacionamento próximo com Deus (Apocalipse 21.3);
As origens étnicas da humanidade (Apocalipse 21.24).

II - CÉU COMO DESIGNAÇÃO DA CASA DE DEUS

O Céu como dimensão espiritual é uma cidade extraordinária.

Infelizmente, muitas pessoas obtêm sua concepção do Céu da literatura, cinema e televisão em vez de pesquisar na Bíblia Sagrada. A cultura popular retrata o Céu como um lugar muito chato, etéreo e sobrenatural. A mídia evoca o Céu como um ambiente misterioso para seres desencarnados ou para seres angelicais flutuantes entre nuvens, local ao qual todos vão depois de morrer e vivem como anjos. Essa imagem separa erroneamente os mundos físico e espiritual.

Pensar no Céu como um “lugar” é mais certo do que errado, mesmo que a palavra (lugar) possa confundir. As Escrituras Sagradas descrevem o Céu como uma realidade espacial que toca e interpenetra o espaço criado. Enquanto estamos em carne e ossos, as realidades celestiais são invisíveis para nós. Entretanto, a esperança estabelecida sobre o que a fé vê dá ânimo e coragem para continuar e chegar lá. Romanos 8.24,25; 1 Coríntios 13.12.

Quatro personagens da Bíblia que viram o Céu aberto antes da morte:
Ezequiel (1.1)
Estevão (Atos 7.56);
Pedro (Atos 19.9-11);
João (Apocalipse 1.10-11).
Três situações no ambiente celestial:
A excelência da criação: "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmos 19.1);
O coral de aleluias: "Aleluia! Louvem o SENHOR do alto dos céus, louvem o SENHOR nas alturas" (Neemias 9.6; Salmos 148.1);
Deus está em companhia de anjos (Marcos 13.32);
A luz do Todo Poderoso sobre os salvos: "Então já não haverá noite, e não precisarão de luz de lamparina, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão para todo o sempre" (Apocalipse 22.5).
Detalhes sobre como será o Céu quando o crente viver lá: 
Ponto à estadia eterna dos salvos (2 Coríntios 5.1);
Recinto de atividades (Apocalipse 22.3);
Local de descanso (Apocalipse 14.13);
Lugar perfeito (Apocalipse 21.4; 22.3-5).
A perífrase

Céu é uma palavra que às vezes é empregada perifrasticamente em lugar de Deus. Assim é que quando o filho pródigo disse "pequei contra o céu" (Lucas 15.18, 21), ele queria afirmar "pequei contra Deus". Semelhantemente, é o caso de João 3.27: "se do céu não lhe for dada". O exemplo mais enfático sobre isso é o uso que Mateus faz da expressão "reino do céu", que é paralela à expressividade de Marcos ao escrever "reino de Deus".

A multiplicidade de Céus

Entre muitos povos antigos havia o pensamento de uma pluralidade de Céus. Segundo os judeus, existem três céus; o primeiro corresponde á região da atmosfera terrestre, onde voam os pássaros (Jó 35.11). É a esse céu que se referem as passagens que falam sobre o orvalho, nuvens e ventos. O segundo céu refere-se à expansão do espaço onde brilham o sol, a lua e as estrelas (Gênesis 1.8). O terceiro, corresponde à casa de Deus e dos anjos. Cristo veio do terceiro Céu, para lá retornou depois da ressurreição (Atos 1.11; Hebreus 4.14) e de lá virá outra vez (1 Tessalonicenses 4.16). Paulo foi arrebatado a esse Céu (2 Coríntios 12.2).

Alguns judeus mencionam sete céus. Não há base teológica para sustentar esta afirmação, se prezamos pelo uso do cânon bíblico. Eles declaram isso com base em livros apócrifos. Quais? O Testamento dos Doze Patriarcas; Levi 2 e 3; e Livro dos Segredos de Enoque.

Promessa e esperança

Grandes metrópoles como Tóquio, São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Washington, etc, são insignificantes diante da imensidão que é o Céu, a Cidade Santa preparada por Deus aos que nesta vida têm o Filho Unigênito do Pai no coração e o reverencia e se submete aos Seus mandamentos.

Deus é confiável. O plano de Deus para o seu povo é muito maior e melhor do que qualquer coisa que nós podemos imaginar. Desta maneira, o crente que agora vive na terra pode viver confiante que as promessas relacionadas ao Céu se cumprirão. O destino final do cristão perseverante é a morada celeste, estará lá com Deus e com Cristo para sempre, com todas as pessoas conhecidas, que permaneceram fiéis ao Senhor, e com os anjos (Salmo 33.13, 14; 1 Pedro 1.1-4; Apocalipse 21.3,4).

Há lugar para todos lá no Céu. Existe espaço para todo ser humano, de todos os tempos e nações, que invocaram, invocam e invocarão ao Senhor Jesus como Senhor com reverência. Cristo prometeu: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês. E, quando eu for e preparar um lugar, voltarei e os receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, vocês estejam também" -  João 14.2-3).

Atribuições bíblicas sobre o Céu:
Trono de Deus (Isaías 66.1; Mateus 6.9);
Casa de Deus (João 14.6);
Cidade cujo arquiteto e construtor é Deus (Hebreus 11.10);
Cidade reservada aos que permitiram ser santificados pelo Senhor (Apocalipse 21.27).
É preciso entender bem que, nos dias que estamos vivendo agora neste mundo, é como se fosse um degrau abaixo à existência no porvir. Sendo o céu a morada de Deus, podemos aceitar a ideia da vida perfeita que existe lá, baseados naquilo que conhecemos aqui na terra. Lá, à direita de Deus está o trono de Cristo; lá não existem lágrimas, tristezas e nem mortes. Isaías 66.1; Efésios 1.20; Apocalipse 21.3,4.

O Céu é onde o julgamento final ocorrerá (Apocalipse 20.7-15). Após o julgamento final, a nova Jerusalém descerá do Céu para a terra (Apocalipse 21.2-10). É importante entender que a presente vivência é apenas a primeira fase das seguintes que virão: a vida eterna com Deus e a morte eterna sem Deus. Dependendo da postura que adotamos quanto à autoridade de Cristo, teremos a paz eterna ou seremos encaminhados ao castigo eterno no inferno. Confira: João 3.17,18. O Céu é reservado apenas para aqueles cujos nomes tenham sido inscritos no livro da vida (Apocalipse 20.15).

CONCLUSÃO

Cristo pede licença para entrar e permanecer em todos os corações. Quando Ele entra na vida de uma pessoa e essa pessoa não quer que Ele se vá, então, tal pessoa de livre e espontânea vontade passa a controlar mais seus pensamentos e atitudes objetivando viver em acordo com a vontade divina, reconhece a Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal. Analise as palavras de Jesus sobre isso em João 14.6 e Apocalipse 3.20.

Jesus é a única fonte de vida eterna (João 11.25; Colossenses 3.4). Então, é importante investir na vida espiritual. A vida espiritual é mais importante que esta vida presente. Quem não investe no lado espiritual do seu ser, corre o grande risco de não conhecer e nem experimentar as delícias celestiais que o espera no futuro com Deus, na eternidade.

E.A.G.

Guia Profético para o Tempo do Fim. Timothy Paul Jones com Benjamin Galan e David Gundersen. Capítulo 5: O que Acontece Depois do Fim. 1ª Edição 2016;  páginas 77 a 91. Bangu, Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Novo Dicionário da Bíblia. Editor organizador J. D. Douglas. Volume 1. Quarta edição 1981. Páginas 283 e 284, (Edições Vida Nova).
Utopia: Tudo o que você quis saber sobre Astronomia mas não tinha a quem perguntar. Patrícia Amaral e Cássio Costa Laranjeiras. Arquivo online em PDF - https://bit.ly/2KMzmZ4

quinta-feira, 11 de julho de 2019

A escatologia na parábola O Joio e o Trigo

Na literatura mundial, de todos os tempos, não há livro mais cheio em material alegórico do que a Bíblia. As Escrituras Sagradas empregam a linguagem figurada para através delas transmitir verdades profundas e necessárias.

E nas páginas da Bíblia, não há nenhuma personagem que mais fez uso da parábola do que Jesus Cristo. Ao usar parábolas, Ele ilustrou lições com figuras familiares e fez referência especial aos seus diferentes efeitos produzidos nos homens de disposições diferentes, revelou o modo de progresso do Reino de Deus aqui na Terra e como será  a sua consumação.

Entre as parábolas que encontramos nos Evangelhos, a parábola do Joio e do Trigo é a que tem a explicação mais ampla sobre o Juízo Final e a natureza do Reino, de modo a não deixar dúvida na sua interpretação. Tudo ali está claríssimo: há um campo; há pormenores sobre este campo; fala de dois semeadores, um que semeia uma semente de boa qualidade e o outro que semeia ervas daninhas; fala do tempo da colheita e como e por quem ela será realizada.


"Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo: 'O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto todos estavam dormindo, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e foi embora. E, quando as plantas cresceram e produziram fruto, apareceu também o joio. Então os servos do dono da casa chegaram e disseram: 'Patrão, o senhor não semeou boa semente no seu campo? De onde, então, vem o joio?' Ele, porém, lhes respondeu: 'Um inimigo fez isso.' Mas os servos lhe perguntaram: 'O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?' O dono da casa respondeu: 'Não! Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. E, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Ajuntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; mas recolham o trigo no meu celeiro.'" - Mateus 13.24-30.
Jesus diz que a boa semente foi lançada em boa terra, mas alguém semeou entre ela o joio. Esclarece que o joio precisa crescer junto com o trigo até a colheita, para depois ser arrancado, evitando desta maneira que, ao remover o joio, com ele seja tirado também o trigo. Percebendo a falta de compreensão dos discípulos, Cristo passa a revelar o significado de cada elemento que aparece na parábola. Explica:
"O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e jogado no fogo, assim será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, que ajuntarão do seu Reino todos os que servem de pedra de tropeço e os que praticam o mal e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." - Mateus 13.37-43.

Tanto Jesus como o Diabo são semeadores. A parábola diz com extrema clareza que Jesus plantou o trigo, que representa os cristãos; Satanás plantou o joio, que representa os falsos irmãos; o tempo da ceifa será o tempo do fim; e que os ceifadores são os anjos. Apesar de estar tão claro, há muitos que têm a mente cauterizada, confundem as palavras do Mestre, dando-lhes uma interpretação que Jesus jamais autorizou; não sabem diferenciar o joio do trigo, para eles qualquer gramínea é trigo, desde que esteja no campo. Pensam que já foi realizada a colheita. A colheita ainda não está feita.

O plantio de joio é a configuração de uma ação diabólica, traduz o retrato da prática do mal ao extremo. Como erva daninha, o joio não tem nenhum valor comercial e é uma semente que não é possível diferenciar quando comparada ao trigo até que tenha brotado. No círculo da cristandade, os maus são semeados entre os bons, e a diferença nem sempre é visível. Muitos que não são do Senhor assemelham-se aos que são: eles frequentam os cultos e participam diretamente da liturgia, são leitores da Bíblia, oram como se fossem cristãos fervorosos, mas não têm Cristo, seus corpos não são morada do Espírito Santo e não amam a Deus.

Ninguém se engane, não pense que nas igrejas há somente grãos. A vivência na comunidade cristã nos tem mostrado que nelas sempre houve e haverá também a palha. As folhas secas são os crentes que se julgam superiores ao joio e ao trigo. Eles não vigiam, não guardam a Palavra de Deus em seu coração, e de quando em quando, cortam a erva daninha que tenta sufocar o trigo, não se importam com o aviso de Jesus Cristo. O Senhor disse que a separação de um e outro só cabe a Ele realizar, pois o homem é incapaz de limpar a plantação. Portanto, enquanto houver o cultivo do trigal, isto é, igrejas avivadas antes do Arrebatamento, haverá também a erva daninha ocupando espaço na plantação.

A ceifa acontecerá na primeira fase da Segunda Vinda de Cristo, quando então o trigo será separado pelo Senhor definitivamente da erva maligna. Quando ocorrer o Arrebatamento, apenas os crentes perseverantes na doutrina do Senhor, que preservam a fé e a simplicidade, serão salvos, somente os salvos irão com o Salvador para o Céu. Não há salvação aos que vivem dentro das igrejas sob o manto da religião, agindo dissimuladamente, pensando que apresentar-se como crente lhe dá o direito de praticar todas as coisas que a sua imaginação inventar. Quem não estiver espiritualmente preparado não será arrebatado pelo Senhor  (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Quando Jesus falou sobre o joio e o trigo, seu objetivo era mostrar aos crentes o perigo da má influência que há aos que são trigos, pois convivem com o joio, os falsos irmãos que carregam no coração o amor ao mundo e suas efemeridades.


Ninguém se iluda. Toda pessoa, por mais religiosa que seja, que não queira se converter dos desejos desenfreados da carne ao senhorio de Jesus Cristo, terá a mesma sorte da igreja em Laodiceia (Apocalipse 3,14-22). Não pense que por haver crido em Jesus, está transformado definitivamente em trigo; o crente que não se manter vigilante e dormir, como fizeram os crentes da igreja de Laodiceia, ouvirá contra si a mesma frase que os laodicenses ouviram: "estou a ponto de vomitá-lo da minha boca" (verso 15).

Por acaso, não tinha a igreja de Laodiceia possuído a vida e o amor de Cristo? Não foi, a princípio, modelo de fidelidade, sofrendo pela causa e nome do Senhor? Sim. Mas depois aquela igreja se tornou morna, nem fria e nem quente, indiferente, e perdeu o direito às bênçãos. Embora antes tivesse sido a representação do trigo, veio a tipificar o misto do joio e da palha. Tal deformação ainda acontece nos dias atuais.

Muitos vivem no meio religioso julgando que são trigo, porém, na verdade, são o joio ou a palha. Caso o indivíduo não seja um praticante da Palavra de Deus, mesmo que viva assiduamente dentro da igreja a vida toda, não receberá a salvação; é possível frequentar uma igreja por toda a vida e não ser salvo. Conferir: Provérbios 13.13; Tiago 1.19-27.

O "não vos conheço" será proferido para muitas pessoas que diversas vezes disseram "Senhor, Senhor" e não obedeceram aos mandamentos de amar a Deus e ao próximo, não apresentaram o fruto do Espírito. Muitos que profetizaram, manifestaram dons espirituais de curas e expulsaram demônios, estiveram entre os verdadeiros servos do Senhor, ouvirão a sentença "afastai-vos de mim". Mateus 7.22-23.

O joio é joio tanto dentro quanto fora da igreja; de igual modo o trigo é trigo em todo o lugar que estiver. Portanto, ninguém se glorie sendo joio, por crescer no meio do trigo, ou seja, estar atrelado à rotina da igreja. Chegará o momento em que o trigo será recolhido e guardado no celeiro e o joio posto à distância, para ser julgado e condenado a passar sua existência no castigo eterno.

Conclusão

A serpente entrou no Paraíso como se fosse a melhor amiga de Eva; o sangue de Abel foi derramado por seu irmão Caim; Judas infiltrou-se entre os doze apóstolos e beijou Jesus hipocritamente, Estevão e Tiago foram martirizados por pessoas que pretendiam erradicar o cristianismo, falsos cristãos atrapalharam os ministérios dos apóstolos Paulo, Pedro e João. O joio está presente na Terra há bastante tempo!

A Terra pertence a Deus e nela Jesus Cristo proclamou o Evangelho da salvação, entregou sua vida no sacrifício da cruz para, sem pecado, morrer no lugar de todos os pecadores, ressuscitar dos mortos para que os pecadores arrependidos de seus pecados tenham a oportunidade de abandonar a natureza nociva de joio pelo bom caratismo do trigo.

E.A.G.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

A Mordomia do Corpo


Por Eliseu Antonio Gomes

Introdução


A cultura deste mundo glamoriza a beleza física e a exposição de pessoas de maneira sensual. Mas o que a Bíblia Sagrada ensina sobre a mordomia do corpo?

Ao estudar Biologia, o aluno passa a dominar os conceitos básicos necessários para compreender de quase tudo que se passa em si e ao seu redor, habilita-se a tomar decisões corretas no sentido de preservar melhor a sua saúde e cuidar de modo apropriado do meio ambiente. Quando esta mesma pessoa volta a sua atenção para a Bíblia, recebe a informação de que o seu corpo na realidade não é seu, é propriedade de Deus. A biosfera é criação de Deus. Os ecossistemas terrestres e aquáticos são projetos de Deus.  Todo o Universo é do Criador, pois tudo é obra de suas mãos.

Por meio de livros e através de microfones nas igrejas, temos contato com sermões sobre o que Deus tem a dizer sobre nossas almas, nossas mentes, nossas vontades e nossas emoções. As Escrituras Sagradas falam sobre essas coisas e também sobre como Deus deseja que tratemos o corpo. E adverte: se destruirmos o nosso corpo, Deus nos destruirá (1 Corintios 3.17).


A tricotomia do corpo

"E que o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo"- 1 Tessalonicenses 5.23 b.

Embora a Bíblia não seja um livro de ciência, sempre que registra um fato científico; registra-o sem nenhum erro. Tudo o que a Bíblia apresenta como verdade tem autoridade divina. A criação é apresentada como fato histórico em muitos lugares das Escrituras (Êxodo 20; Salmos 8. Mateus 19; Hebreus 4). E ao abordar a origem do homem, fala que Deus o fez como um ser tricotômico, ou seja, o ser humano é tríplice, sua composição tem o lado material, que é o corpo, e o imaterial, que se consiste do espírito e da alma.

A parte material do homem é descrita nas Escrituras como corpo e carne, sendo que em muitas vezes o termo carne se refere à natureza pecaminosa (Mateus 6.22; Gálatas 2.20; 1 Pedro 1.24; Romanos 7.18). Entre suas designações, a parte tangível do ser humano é descrita também como "corpo de humilhação", "vaso de barro" e "templo do Espírito Santo" (Filipenses 3.21; 2 Coríntios 4.7; 1 Coríntios 6.19).

Deus criou a alma humana, que diz respeito à vida pessoal, ao indivíduo. Ela tem emoções e guerreia contra as paixões da carne (Jeremias 31.25, 1 Pedro 2.11). Além disso, a Bíblia faz referência à alma como coração, usa a linguagem figurada para falar sobre sua característica de ser o ponto central das emoções, e da vida intelectual (Hebreus 4.12; Mateus 22.37, Hebreus 4.7). Além disso, a alma também é descrita como mente, a consciência (Romanos 12.2) e pelo termo carne quando este significa a natureza pecaminosa (Gálatas 5.19-21).

O espírito está relacionado aos aspectos mais elevado do homem, porém, está sujeito à corrupção do pecado (Romanos 8.16; 2 Coríntios 7.1).


O pecado não deve reinar em nosso corpo   

"Portanto, não permitam que o pecado reine em seu corpo mortal, fazendo com que vocês obedeçam às suas paixões" - Romanos 6.12.

A morte é inevitável. A Bíblia nos ensina que há duas possibilidades após o falecimento: o sofrimento sem-fim ou a alegria eterna. Mas essas opções só podem ser alcançadas em vida. Após o óbito, não há tempo de voltar atrás, se decidimos servir ao pecado.

Todos os homens ressuscitarão dos mortos (João 5.28-29). Para onde você vai após morrer? Para o céu ou para o inferno? Qual é a sua escolha? Quando o corpo falece não é o fim da existência humana, os não redimidos serão ressuscitados para uma existência eterna no lago de fogo (Apocalipse 20.12, 15). Deus estabeleceu um dia para Jesus julgar o mundo (Atos 17.31); após a morte, o escritor de Hebreus revela, no capítulo 9 e versículo 27, que o destino do homem é o juízo. Todas as pessoas prestarão conta do que escolheram fazer com a constituição física que o Criador lhe deu.

Para ser salvo, não é suficiente ser frequentador assíduo de cultos evangélicos, ter conhecimento profundo das Escrituras Sagradas e entregar contribuições financeiras na igreja. De nada adianta tocar com esmero na orquestra, cantar de modo admirável nos grupos musicais e participar de eventos evangelísticos sempre que o pastor marca o evento. É importante que façamos todas essas coisas, mas porque temos a convicção que somos salvos e não porque queremos a salvação.

Para ser salvo, basta reconhecer a Cristo como Senhor, este reconhecimento implica em fazer tudo o que Ele manda, ser praticante dos ensinamentos contidos nas Escrituras Sagradas (Lucas 6.46; Tiago 1.22). Nesta entrega, Jesus liberta a alma da escravidão do pecado e oferece o Céu como destino final e presente gratuito (João 8.46; 14.1-2). Não espere para tomar esta decisão amanhã, pois pode ser tarde demais (Lucas 12.19-20; Tiago 4.14).

O Espírito Santo trabalha, incessantemente, para a salvação do pecador que se mostra arrependido de seus pecados. Religiosos ou não, todos os seres humanos nascem envolvidos em ofensas e pecados (Efésios 2.1); mas quando invocam o nome do Senhor experimentam o novo nascimento, eles nascem pela vontade de Deus da água e do Espírito (Romanos 10.13; João 3.5, 6). Assim, o pecador é lavado, santificado e justificado em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito de Deus (1 Corintios 6.11). Quando o coração do homem é purificado pela fé, recebe poder para ser feito filho de Deus (Atos 15.9; João 1.12; Romanos 8.16).

Sete características das pessoas que aceitaram a Jesus como Senhor e são livres da opressão do pecado:

• Ama os inimigos (Lucas 6.35);
• Evita pecar (Mateus 5.39, 44, 45);
• Não pratica a vingança (Romanos 12.17-21);
• Tem disposição para perdoar desafetos (Mateus 6.14-15; 1 João 4.20)
• Pratica o bem (1 Pedro 3.11);
• Tem interesse pela paz e edificação (Romanos 14.19);
• Promove o bem de todos (Gálatas 6.10).


O nosso corpo não é para a prostituição

"Também não ofereçam os membros do corpo ao pecado, como instrumentos de injustiça, mas, como pessoas que passaram da morte para a vida, ofereçam a si mesmos a Deus e ofereçam os seus membros a Deus, como instrumentos de justiça" - Romanos 6.13.

Ao entregar o corpo para atividades pecaminosas, a pessoa é escravizada pelo pecado e sofre com pelo menos quatro grandes perdas:

• pode perder o seu lar (Lucas 15.11-17;
• a verdadeira alegria (Salmos 51.12);
• o direito de agir por conta própria (Romanos 6.19);
• a esperança (Efésios 2.12).


A sensualidade das mulheres de Sião

Isaías 3 descreve o comportamento das mulheres de Sião. O profeta revela que elas andavam "cascavelando" (tradução Almeida Revista e Corrigida). No texto original, o termo usado tem o sentido de "atrair para trair". Este assunto é coisa séria.

Não quero julgar se existem irmãs que se vestem com a intenção de chamar atenção para as curvas anatômicas de seus corpos. Não quero julgar se elas usam roupas provocantes intencionalmente, desejosas de receberem galanteios de homens estranhos, olhares despudorados de maridos de outras mulheres, apreciarem ou não comentários vulgares.

Quero dizer aos crentes em Cristo, para as irmãs e aos irmãos também (porque alguns homens também erram neste assunto), sobre a necessidade de lembrar que o uso das peças de roupas muito justas ou curtas em locais públicos, exibe a beleza de modo negativo. A exibição da anatomia do corpo é capaz de provocar o adultério ou fornicação pelo pensamento, e inclusive incitar de fato a imoralidade sexual, em palavras mais diretas, acontecer mesmo a conjunção carnal, que agride a santidade de Deus. 


Devemos mortificar as obras da carne

"Porque, se vocês viverem segundo a carne, caminharão para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificarem os feitos do corpo, certamente viverão" - Romanos 8.13.

"Mortificardes" é equivalente a "considerai-vos mortos (6.11). Ao passo que em 6.11 os crentes são exortados a se considerarem mortos com relação ao pecado, em 8.13 se lhes diz que considerem as suas práticas pecaminosas anteriores como mortas com relação a eles próprios. 

Podemos comparar isso com o caminhar de acordo a descrição do fruto do Espírito: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos" (Gálatas 5.22-24). A caminhada no Espírito refere-se à conversão. É significativa que a situação da conversão é levada a efeito por aqueles que estão em Cristo. A crucificação da carne com as suas paixões e desejos desenfreados só é possível com a identificação com o Cristo ressuscitado. Identificar-se assim significa alcançar uma vida nova com a ressurreição do Senhor, seguir o exemplo de Jesus e possuir e esperança da sua volta.

Podemos comparar "mortificardes", também, com o linguajar mais vigoroso de nosso Senhor sobre arrancar o olho e cortar a mão e o pé que leva a pessoa a pecar (Mateus 5.29; Marcos 9.43).


Devemos glorificar a Deus em nosso corpo

"Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo, que está em vocês e que vocês receberam de Deus, e que vocês não pertencem a vocês mesmos? Porque vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês" - 1 Coríntios 6.19,20.´

O texto de 1 Corintios 6.12-20 trata das atividades relacionadas à imoralidade sexual. Quando duas pessoas têm relações sexuais ilícitas, a fornicação ou o adultério, elas se tornam uma só pessoa. E sendo o cristão templo do Espírito, que é Santo, entendemos que este cristão pecou contra Deus ao estabelecer tal unidade profana.

Não é possível agradar a Deus sem receber Jesus no coração. Uma parte da Humanidade existirá para sempre, porém, não terá a vida eterna, pois esta vida está restrita apenas para as pessoas que receberam a Jesus Cristo como seu Senhor. Existir sem Deus é pior do que a morte.

A principal característica de Deus é a santidade. E o nosso Deus santo deseja que todos os crentes em Cristo como Salvador reconheçam seu Filho como Senhor e vivam uma vida santa. Você não pode ser santo se amar o pecado. O seu coração se entristece quando você peca? O crente quando de fato ama a Deus se sente chateado desagradá-lo pecando. Só quando o temor ao Senhor reside no coração é que há disposição para refutar comportamentos, pensamentos e falas pecaminosas.


O corpo deve ser conservado irrepreensível

"O mesmo Deus da paz os santifique em tudo. E que o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo"- 1 Tessalonicenses 5.23.

A Bíblia mostra, em dois versículos, a oração do apóstolo Paulo aos crentes tessalonicenses, e em consequência para todos os cristãos. Em 1 Tessalonicenses 5.22-23, vemos o final da instrução do apóstolo, que começou em 4.1. Aqui, os termos "corpo", "alma" e "espírito" não são divisões ou partes do ser humano, mas o ser humano como um todo.

A sessão 4.1 a 5.23 de 1 Tessalonicenses pode ser sintetizada com a frase "os fiéis viverão para sempre com Deus". Em sua retórica, Paulo nos faz saber que Jesus não morreu e ressuscitou apenas para exibir o poder de Deus sobre a morte. Havia propósito nobre. Impulsionado pelo amor de Deus, Cristo morreu para nos libertar de todos os nossos pecados, entregou-se para todos nós termos a capacidade de viver de maneira irrepreensível diante de Deus. Ele ressuscitou para que a morte nunca mais tivesse poder sobre nós. Ele ressuscitou para que pudéssemos ter o mesmo tipo de vida que o trouxe de volta dos mortos. Viver a viva em Cristo nos abre a oportunidade de morar para sempre na Mansão Celestial.


Conclusão

Os filósofos gregos  Aristóteles, Sócrates e Platão acreditavam no dualismo, difundiram a ideia de que o espírito é importante e o corpo não tem importância espiritual alguma. Portanto, não haveria razão para cuidar bem dele.

Os crentes em Cristo não comungam desta escola maluca, pois aprenderam na Bíblia que o seu organismo é uma das mais magnificas criações de Deus, e tudo que Deus fez é bom e tem um propósito especial. Sabem que a anatomia e fisiologia, os sistemas biológicos, do ser humano foram feitos para mantê-los em boas condições internas e externas para interagir de modo compatível com o meio-ambiente. E nesta situação, glorificam ao Criador com muita satisfação.

E.A.G.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Escatologia: a doutrina das últimas coisas

Escatologia: a Doutrina das Últimas Coisas

Escatologia, em grego: eskhatos (ἔσχατος)  "último"; e loggia (λογία) "discurso". Portanto, podemos dizer que a Escatologia é um estudo que indica a Doutrina das Últimas Coisas.

A palavra Escatologia define o ramo da Teologia que estuda o futuro de todas as coisas na história terrena e o desdobramento destes fatos na eternidade celeste. Faz uso da Bíblia Sagrada como  base da linha de pesquisa, com o objeto oferecer

A bendita esperança do crente em Cristo e a Grande Tribulação - Escatologia: Acontecimentos futuros no Plano da Redenção


No começo deste mês, fiz uma portagem sobre a homenagem que o Presidente Jair Bolsonaro recebeu em sua visita ao Estado de Israel. Então, houve uma satisfatória interatividade no espaço de comentários.
Ubirajara Crespo disse... 
A expressão "amigos de Zion" nos leva a lembrar de Sião, assim como fazia o salmista cativo na Babilônia. "As margens do rio da Babilônia eu me lembrava de Sião" (o monte onde Moisés recebeu as tábuas da lei). Sua Terra fora enterrada debaixo das areias de um deserto escaldante. Hoje Sião está acordando, e prepara a cama para receber o seu povo e recuperar o terreno perdido para os posseiros, que se aproveitaram da ausência temporária do dono da Terra para se adonarem do local."

Minha resposta:

"Pastor Ubirajara.

Sião está acordando! Que alegria ler isto, pois é um sinal escatológico de enorme alegria para a Igreja de Cristo. Eu olho para Sião e me lembro da promessa bíblica, que usa a figueira como uma metáfora ao cumprimento da “bem-aventurada esperança”.

Eu me lembro de Mateus 24.32-35: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Almeida Revista e Corrigida - ARC).

Este texto bíblico, que fala para nós os crentes sobre a figueira em renovação da folhagem e de flores, traz para mim muitas imagens nostálgicas. São memórias do período infantil, quando ouvi e li pela primeira vez mensagens proferidas por pregadores durante os cultos e li na revista de escola dominical sobre o tema e sua interpretação. As diversas abordagens causaram impacto e ficaram guardadas em meu coração.

Mas essa nostalgia abrange o aprendizado bíblico e algo mais:
• eu relembro meu pai em sua fase dos trinta e poucos anos de idade;
• minha mãe em seu apogeu da beleza feminina;
• muitas brincadeiras com os amigos na faixa-etária dos nove aos doze anos de idade; e,
• minha querida cidade de São Paulo com mais espaços em chão de terra batida, menos asfalto, mais vegetação, menos prédios, grandes passeios de bicicleta, número menor de automóveis.
Voltando ao texto bíblico, aprendemos que a renovação da figueira fala sobre a reestruturação do Estado de Israel, que por sua vez é um sinal do retorno do nosso Senhor Jesus na primeira fase da sua vinda, quando vem para arrebatar a Igreja.

Para mim, o texto registrado em Mateus 24.32-35, da Parábola da Figueira, está associado com a expressão de Paulo a Tito 2.13: "a bem aventurada esperança."

“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Que ninguém te despreze” - Tito 2.11-15.

A bem-aventura esperança (Tito 2.13) é expressão usada com frequência, remete à consolação oferecida por Deus aos que anseiam reunir-se outra vez com os seus entes queridos que faleceram, compartilhando a mesma fé em Cristo. A expressão também é uma referência ao fato do crente estar salvo do período de sete anos da Grande Tribulação.

Depois que cresci, descobri que a expressão “a bem-aventurada esperança” não é encontrada em todas as traduções da Bíblia ao idioma português. Nenhum problema com essa diferença. Em se tratando da Sociedade Bíblica do Brasil, encontramos a expressão apenas na Almeida Revista e Corrigida (ARC) e Tradução Brasileira (TB). Ao observar o mesmo trecho bíblico na Nova Almeida Atualizada (NAA), Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), e Almeida Revista e Atualizada (ARA), encontramos “dia feliz” e “bendita esperança”.

Enfim, Pastor Ubirajara, muito obrigado por prestigiar o blog Belverede. É bem-vindo a estar mais vezes aqui, comentando as pautas que publicamos. Aprendemos contigo e queremos continuar a nos enriquecemos com o seu saber das Escrituras Sagradas. Venha mais vezes.

Abraço, meu irmão, com a paz do Senhor."
_______

Síntese:

As mais de trezentas referências bíblicas à segunda vinda de Cristo claramente mostram que a sua volta é uma peça em dois atos, o arrebatamento e o aparecimento da glória,. Os elementos contrastantes não podem ser fundidos em um único evento. O apóstolo Paulo faz distinção entre as duas fases em Tito 2.13, onde se refere ao arrebatamento como “a bem-aventurada esperança” e a volta de Cristo à Terra como “o aparecimento” ou “manifestação” da glória.

Fase 1

Na primeira fase, Jesus virá de repente para arrebatar a sua Igreja nos ares e levar todos os crentes para a casa do seu Pai, em cumprimento à promessa em João 14-1-3. Ali, eles comparecerão ante o Tribunal de Cristo (2 Coríntios 5.8-10). Enquanto os crentes estiverem no céu, aqueles deixados para trás na terra sofrerão as angústias do período de sete anos da Grande Tribulação. 

Fase 2.

Na segunda fase da segunda vinda de Jesus, descrita como a manifestação da glória, Ele voltará à terra em poder e grande glória para estabelecer o seu reino milenar. 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A Mulher Vestida de Sol e o Dragão Vermelho - Escatologia: Acontecimentos Futuros no Plano da Redenção


No livro de Apocalipse, capítulo 1 e versículo.2, encontramos a divisão que está contida nele próprio. "As coisas que tens visto", referem-se ao passado (capítulo 1); "as que são" aludem aos dias que o apóstolo João estava vivendo (capítulos 2 e 3); e "as que depois destas hão de acontecer", apontam ao futuro (capítulos 4 ao 22).

No final do capítulo 10, vemos que foi dito a João para profetizar sobre muitos povos, nações, línguas e reis. O capítulo 11 deu início a esta profecia, que tem continuidade no capítulo 12. Ao ler o décimo segundo capítulo, aprendemos mais sobre Israel, Jesus, o Dragão, o arcanjo Miguel e os habitantes da terra. Nesta leitura, abrimos mais os nossos olhos para a realidade espiritual, pois o texto narra a grande batalha entre o bem e o mal, a luta entre Deus e Satanás, que se intensificará no final dos tempos.

O Dragão

Dragão: fera horrorosa, é frequentemente representado com garras, asas e cauda de serpente. Não bem delineado biblicamente, serviu para os pagãos e gentios, especialmente os babilônicos, como motivo de adoração. Bel, um ídolo com a figura de um dragão, feito de barro e bronze.

Em geral, no Antigo Testamento, duas palavras hebraicas são traduzidas para o termo "dragão". São as seguintes: "tan" e "tannin".
Tan: chacal. Sempre ocorre no plural, usualmente na forma masculina: Jó 30.29; Salmos 44.19; Isaías 13.22; 34.13; 35.7; 43.20; Jeremias 9.11; 10.22; 14.6; 49.33; 51.37; Ezequiel 29.3; Miqueias 1.8; Malaquias 1.3.
Tannin: palavra de sentido incerto, provavelmente não relacionada com "tan". É traduzida de muitas maneiras, como "animais marinhos"  e "monstro marinho" (Gênesis 1.21; Jô 7.12) e serpente (Êxodo 7.9, 10, 13) sendo que esta última é uma tradução mais clara na passagem do livro de Êxodo, que parece ser também o sentido de Deuteronômio 32.33, Salmos 91.13 e Neemias 2.13. 
Monstros no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, muitas vezes as figuras de monstros são usadas representando os inimigos do povo de Deus, a saber, Leviatã (Jó 3.8); Raabe (Salmo 89.10, Isaías 51.9) e Beemote (Jó 40.15; Salmos 74.13-14; 89.10; Isaías 51.9; Amós 9.3).

O monstro Leviatã (hebraico livyãthãn), representante das forças do mal segundo a crença na época de Jó, seria uma espécie de animal marinho grotesco, acreditava-se que ele fosse controlado por feiticeiros para engolir a lua e o sol e assim fazer com que a escuridão dominasse tudo (Jó 3.8).

Evidentemente, em Gênesis 1.21, as grandes criaturas do mar, tais como a baleia, estão em foco, e esse pode ser também o significado de Jô 7.12 e Salmos 148.7.

Em Salmos 74.13, Isaías 27.1 e 51.9, é possível que crocodilo esteja em vista, a mesma possibilidade em Ezequiel 29.3, 32.2 e mesmo Jeremias 51.34. Em vista do Novo Testamento, o termo pode em alguns contextos, referir-se a uma criatura apocalíptica de alguma espécie.

Monstros no Novo Testamento

No Novo Testamento, "drakõn (dragão), é a palavra que se refere a algum monstro apocalíptico, e é empregada figurativamente para Satanás. Essa é a palavra que a Septuaginta usa principalmente para traduzir o hebraico "tannïn".

Nomes e palavras que designam o Inimigo de todas as almas 

João viu Satanás como um Dragão vermelho, isto não significa que o Diabo tem a aparência de um dragão. Ele é um ser espiritual, não é uma criatura física. Ele aparece nas Escrituras de muitas formas e nomes diferentes. Vejamos alguns dos nomes dele:
• Acusador. Este termo tem significado semelhante ao "Diabo", "aquele que calunia" (Apocalipse 12.10).
• Antiga serpente. Esta foi a primeira aparência exterior que Satanás assumiu registrada nas páginas das Escrituras (Gênesis 3.1; 2 Coríntios 11.3; Apocalipse 12.7-9).
• Belzebu, príncipe dos demônios. "Belzebu" é formado pela junção das palavras hebraicas "ba'al" 9senhor" e "zebul" ("altura" ou "lugar de habitação", o que tende a ser "senhor das alturas". Este nome identificava um falso deus cananeu, e o escritor de 2 Reis (2.1-16), expressou desprezo ao grafar com ironia o nome como Baal Zebube ("senhor das moscas).
• Dragão. Esta é a descrição usada pelo profeta Isaías (27.1) e pelo apóstolo João no livro de Apocalipse (12.1).
• Enganador de todo o mundo. Satanás é mentiroso e fonte das mentiras (Apocalipse 12.9; 20.3).
• Maligno. O Diabo é incorrigivelmente mau (Efésios 6.16; 1 João 2.13-14).
• O espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Satanás é um ser espiritual (Efésios 2.2).
Pai da mentira. João 8.44. 
• Príncipe das potestades do ar. "Ar" aponta ao fato de que a batalha com Satanás é uma luta espiritual (Efésios 2.2).
Príncipe deste mundo. João 12.31. 
• Satanás. Título hebraico que significa "adversário" (1 Crônicas 21.1; Jó 1.6-12; Zacarias 3.1-2; Mateus 4.10; 2 Crônicas 11.14). 
• Tentador (Mateus 4.3).
Apocalipse 12: o ápice no último livro da Bíblia Sagrada

O capítulo 12 de Apocalipse , contém o interlúdio central da série de revelações que João viu. Com suas perspectivas proféticas e simbólicas, ajuda ao leitor da Bíblia compreender melhor o período da Grande Tribulação, os eventos escatológicos e muito mais. É chamado de parentético, porque apesar de estar no grupo de capítulos relacionados ao futuro, ele faz menção ao passado e ao presente. Ao abranger o passado, presente e futuro, menciona detalhes esclarecedores acerca da perseguição do inimigo de nossas almas contra Israel, e enfatiza a vitória de Cristo e sua igreja sobre o mal.

Muitos leitores deixam de ver o poderoso quadro que está apresentando nesta passagem bíblica, porque não se dedicam ao exame pormenorizado de cada pequenino detalhe. Existe a mensagem global da justiça, do poder e da absoluta vitória de Deus, mas jamais poderemos entender o significado pormenor específico sem que nos debrucemos sobre ele em oração e aplicação das leituras sistemática e devocional.

12.1, 2 - A mulher vestida de sol e com a lua aos seus pés 

A mulher é a primeira das sete personagens apresentadas em Apocalipse, capítulos 12 e 13. Evidentemente, a mulher simboliza Israel (Isaías 26.17) sendo Jerusalém um símbolo profético da comunhão restaurada entre Deus e os israelitas (Isaías 52.1; Ezequiel 40.2-3; Gálatas 4.26).

Na revelação apocalíptica, a mulher veste-se com esplendor régio e governamental, sua coroa contém doze estrelas, que representam os doze filhos de Jacó (os doze patriarcas que deram origem às doze tribos formadoras do povo de Israel; as doze famílias que foram o início da nação israelita),  como mostra o sonho de José (Gênesis 37.9; Apocalipse 7.5-8).

O sol significava o próprio Israel, que antes de ter um encontro com um anjo se chamava Jacó (enganador). Tal vestidura de sol significa a glória do Senhor, que tem envolvido o povo israelita ao longo dos séculos (Salmos 54.11; 104.1, 2; Malaquias 4.2). A lua abaixo dos pés da mulher é uma alusão à supremacia de Israel como nação escolhida por Deus (Deuteronômio 7.6).

Israel (nome hebraico que significa "aquele que luta com Deus" ou "Deus luta") é o novo nome que Jacó recebeu após sua luta misteriosa à beira do rio Jaboque, e consequentemente passou a ser o nome de todo o povo descendente dele (Gênesis 32.24, 28). A nação de Israel, com frequência era retratada como mulher casada no Antigo Testamento Isaías 54.1) e como esposa adúltera divorciada por causa de seu pecado e rejeição (Isaías 47.7-9; 50.1; Jeremias 3.1-25; Oseias 2.1-23).

Os judeus têm grande importância no plano de Deus para o futuro, são o povo escolhido, ainda que tenham rejeitado o Messias quando Ele veio ao mundo (João 1.11-12). Como nação, Israel já foi restaurada a partir de 1948, mas ainda acontecerá uma restauração espiritual (Salmos 122.3; Ezequiel 37).

Nota apologética: desconsiderando o simbolismo contido em Apocalipse 12, o catolicismo romano aforma que a tal mulher é Maria, mãe de Jesus. Outros teólogos, ignorando o fato de que tem origem em Jesus, e não o contrário, afirmam que a mulher é a Igreja. As duas afirmações são especulações. Mão há dúvida de que a Mulher simboliza Israel, porque o versículo 17 mostra que o Dragão fará guerra "ao resto da semente", numa referência clara ao povo israelita (Romanos 9.27).

12.1, 2, 5 - Uma nação em trabalho de parto

A narrativa desta porção bíblica nos faz saber que a mulher está grávida de um menino que governará as nações, sente dores de parto, ela grita com ânsias de dar à luz. A gravidez é uma referência à sua condição pouco antes do nascimento de Jesus. O símbolo do parto é uma símile comum no Antigo Testamento, usado para retratar o sofrimento agudo, especialmente "a angústia para Jacó". Neste dolorido trabalho de parto, a nação dará à luz ao Messias. O sofrimento da parturiente mostra que o fato de Israel ser um povo escolhido, provoca experiências difíceis. Desde o princípio, o Inimigo luta contra Israel, pois sabe que o Senhor propiciou a redenção da humanidade por meio desse povo  (Jeremias 30.5-7; Isaías 26.15-18; 66.7).

12.3,4 - Os planos de Satanás

Em Apocalipse, nos capítulos 12, 13, 16 e 20.2, encontramos a figura do "grande Dragão vermelho", criatura gigantesca, animal feroz, com característica de lagarto, com sete cabeças coroadas e dez chifres, representando Satanás (12.3-4).

A tonalidade avermelhada o retrata como o orgulhoso e cruel inspirador da Besta, simboliza sua índole violenta e seu caráter assassino (João 8.44); suas sete cabeças coroadas de diademas são referências à autoridade que exercerá sobre os reinos da terra no período da Grande Tribulação e a dificuldade do povo de Deus em matá-lo (Daniel 7.7; Apocalipse 13.1-2; 17.7); e os dez chifres do dragão simbolizam a estrutura final de governança sobre dez reinos gentios que formarão a base do império do Anticristo e da Besta (Daniel 7.8, 24; Apocalipse 13.1-10; 17.12). A grande cauda remete à força, poder e domínio como o deus deste século (Lucas 10.19 e 2 Coríntios 4.4) aponta à característica de astúcia, por meio da qual foi capaz de induzir a terça parte dos anjos que não guardaram seu principado e se rebelaram contra Deus (2 Pedro 2.4; Judas 6.

O objetivo do Dragão ao arrastar um terço das estrelas para a terra é devorar o bebê recém-nascido, porém, no último momento de seu ataque ele encontra a oposição de Deus, e o Filho ascende ao trono celestial (Apocalipse 12.3-6). Mas o que significam essas estrelas arrastadas por Satanás e por qual razão foram lançadas sobre a terra? Essas estrelas são os anjos que se rebelaram e a queda aconteceu antes que o pecado entrasse no mundo. Anteriormente no Apocalipse, as estrelas representaram os mensageiros celestiais (Apocalipse 1.20, 2,1, 3.1). As estrelas simbolizam os anjos fiéis, logo também representam os anjos rebeldes que foram expulsos da presença de Deus (2 Pedro 2,4; Judas 6; Apocalipse 9.1).

12.5, 6 - O bebê

O contexto geral das Escrituras Sagradas (Salmos 2.9 e Apocalipse 2.27), nos faz entender que o menino que a mulher deu à luz, protagonista desta narrativa bíblica, é o Messias (Isaías 9.6; e versículos 5 e 6 de Apocalipse 12). Declara-se quatro coisas a respeito dEle:
1. O nascimento;
2. O destino, que é esfacelar os inimigos (Salmos 2.9);
3  A ascensão;
4. Jesus é destinado a reinar com justiça. 
Ainda antes que o Messias nascesse, o Dragão salivava por antecipação ao planejar destruir os planos de redenção criados por Deus. O nascimento de Jesus aconteceu conforme predito pelos profetas (Isaías 7.14; 9.6; Miqueias 5.2). Ele nasceu em Belém, se tornou o Salvador da humanidade ao dar sua vida em favor de todos os pecadores arrependidos e ressuscitar ao terceiro dia (Mateus 1.1; 2.1; João 3.16 e Gálatas 4.4, 5). Na sua encarnação Jesus Cristo era de descendência judaica (Mateus 1.1; 2 Timóteo 2.8). Assim, com determinação, o Dragão se volta para perseguir a mulher até o fim, empreende esforços para destruir a linhagem messiânica, mas Deus a protege (versículos 13, 14 e 15).

Em 12.5 de Apocalipse, lemos sobre a vitória completa de Jesus, do nascimento à ascensão, Ao nascer, viver sem pecar, sacrificar-se e ressuscitar, Jesus frusta completamente Satanás e provoca sua ira mais aguda. O Dragão conhece o plano da redenção, por saber é perseguidor da parturiente, que é o Israel nacional, não se cansa de perseguir a nação que está nos planos do Criador para abençoar os seres humanos.

O quinto versículo fala sobre o arrebatamento de Cristo para Deus, com isso alude à ascensão de Jesus relatada em Atos 1;9; 2.33; comentada em Hebreus 1.1-3 e 12.2. 6

12.6 - A fuga de Israel ao deserto 

O longo intervalo de tempo da era cristã está entre os versículos 5 e 6 de Apocalipse 12.

Na primeira metade da Grande Tribulação, o Dragão perseguirá Israel com grande fúria, mas Israel será protegido por Deus (Salmos 27.5; 91.1, 4). O versículo 6 descreve o momento de  recuo estratégico de Israel para o deserto, possivelmente para Petra, em Edom, região atualmente conhecida como Jordânia (Daniel 11.41; Mateus 24.16). É interessante que esta região será poupada do ataque do Dragão até transcorrem mil duzentos e sessenta dias (três anos e meio), quando o Anticristo interromperá o culto no templo judaico, e devastará Jerusalém (Apocalipse 11.2). Então, muitos judeus fugirão para preservar suas vidas, Deus os preservará pelo período restante da Grande Tribulação, os outros mil duzentos e sessenta dias que constituirão o tempo de Grande Tribulação.

A simbologia relata que serão dadas à mulher duas asas de águia, para que voe ao deserto, onde será sustentada fora da vista do Dragão. As asas representam a providência divina e a condução de escape Por três anos e meio o remanescente de Israel será afastado do perigo, todas as pessoas que reconheceram a Jesus como o Messias serão salvas.

12.1-8 - A eficácia do sangue do Cordeiro

Este trecho bíblico mostra o que está por trás da grande perseguição aos seguidores do Cordeiro, aqueles que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro, receberam o perdão dos seus pecados por meio da morte redentora de Jesus, que por seu sacrifício na cruz livra o pecador dos seus pecados (Romanos 3.25; 1 João 1.7; Apocalipse 5.9; 12.11).

12.7-12 - O arcanjo Miguel em batalha contra o Dragão

Após o Arrebatamento da Igreja, Satanás declarará guerra contra os anjos do Céu, haverá uma batalha na região em que o Diabo e seus anjos estão. Nesta ocasião Cristo triunfará mais uma vez.

Miguel, encarregado de proteger de Israel, representa o socorro divino (Daniel 10.13, 21; 12.1; Judas 9). Desde sua rebelião, o Dragão e suas hordas vagueiam soltos pelo céu, que não é o Céu onde Deus habita mas a sede do governo do Diabo (Jó 1.6; 2.1; Gênesis 3.1-10; Efésios 2.2; 6.10-12; Gálatas 1.8). No meio da Grande Tribulação, Miguel se envolverá na guerra quando ocorrerá a expulsão de Satanás e os anjos rebelados serão escorraçados, seus adeptos serão excluídos das regiões celestiais sem permissão de retorno (Daniel 10.10-14).

João viu a batalha no céu. Viu os anjos de Cristo vencendo os anjos rebelados, observou o pavoroso dragão vermelho e o arcanjo Miguel, comandante do exército celestial, lutando um contra o outro (versículos 3, 7 e 9). Viu também o povo de Deus participando desta luta. Foi testemunha ocular do momento futuro em que o Dragão e seus anjos sofrerão derrota e serão lançados sobre a terra e lhe serão negadas outras oportunidades para acusar o povo de Deus e  (Apocalipse 12.7-12).

Esta batalha celestial e vitoriosa de Miguel simboliza o triunfo terreno que Jesus conquistou por meio de sua morte e ressurreição. Os santos vencem a "antiga serpente" unicamente pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho" dado acerca de Jesus. O Dragão será derrotado, a derrota do Dragão ocorrerá em virtude do que o Cordeiro fez em favor da humanidade (Apocalipse 12.7-9-11; 31-33; 16.11).

12.5 e Nesta ocasião o Dragão será desmascarado como "a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás". Ele será reconhecido como o espírito que mentiu para o mundo (Apocalipse 20.2).

12.5 - Palavras variantes e sinais vocálicos 

O texto das Escrituras hebraicas existiam apenas na forma de consoantes durante todo o período do Antigo Testamento, inclusive até boa parte dos séculos VII ou VIII d.C. Verifica-se demora semelhante na inserção de sinais vocálicos também nos textos siríacos e arábicos. Contudo, havia uma tradição oral bem definida, preservada pelos escribas, sobre como as consoantes deveriam ser vocalizadas. A partir da LXX, podemos aprender muita coisa a respeito da pronúncia primitiva do hebraico, nos séculos I e III a.C, à vista dos muitos nomes próprios escritos em grego, com o uso, evidentemente, de vogais gregas.

Precisamos confiar bastante na tradição oral dos guardiães judaicos dos originais do AT. Podemos com toda a segurança presumir que, na vasta maioria de casos, o sistema de vocalização deles é fiel às intenções do autor.

12.10-12 - A festa diante da expulsão de Satanás

Satanás não mais acusará o povo de Deus. O ecoar de um brado de alegria é um prelúdio ao estabelecimento do reino de Deus, o estabelecimento do reinado de Jesus.

12.13-16 - O dragão persegue a mulher

Atirado para a terra, furioso o Dragão convoca apoiantes à beira-mar. Ciente que sua derrota tem como motivo a exaltação do Filho, furioso, dispara de sua boca "água como um rio", simbolizando as nações antissemitas, que induzidas pela sagacidade de Satanás, fazem resistência e cheias de cólera pretendem destruir a mulher vestida de sol. As asas de águia que a mulher ganha dão condições para que ela se desloque ao deserto e se esconda, suas asas lembram o episódio em que o Senhor libertou Israel do Egito e o conduziu sobre asas de águia (Êxodo 19.4; Deuteronômio 32.11-12; Isaías 27.1).

Os exércitos do Anticristo marcharão contra Israel, porém, Deus levantará contra eles a sua bandeira (Isaías 8.7; Apocalipse 16. 12, 16; e 17.5). Os asseclas que compõem as fileiras dos exércitos inimigos do povo de Deus rumarão de encontro aos judeus e serão surpreendidos pela abertura do chão abaixo de seus pés. Provavelmente haverá um grande terremoto no momento do ataque a Israel ou nações amigas de Israel virão em seu socorro, batalharão e obterão êxito espetacular ao realizar a proteção aos judeus. Ver também Isaías 59.19; Mateus 25.34-40; Apocalipse 12.16; 13.1-18; 16.14.

12.17 - O grupo restante de israelitas

O Dragão investirá mais uma vez contra a mulher e ela novamente escapará de sua ira. Então, Satanás expressará toda a sua fúria contra cada pessoa que tenha recebido Cristo como seu Salvador que puder encontrar. Gentios de todas as nações e israelitas que não fugiram para o local seguro serão afrontados, perseguidos, sofrerão tentativas de ataques ou atacados (Mateus 24.15-20). Enfurecido em demasia, o Diabo fará oposição extremada, lutará contra todos os praticantes dos mandamentos de Deus.

O Dragão perceberá que o seu tempo é curto, sua expulsão do céu será seguida por seu encarceramento no abismo durante mil anos.

Conclusão

Nos dias atuais, os anjos do mal agem neste mundo, mas com limitações impostas por Deus (Jó 1). Procuram cristãos desatentos, agem como leões no momento da caça, estão desejosos para encontrar quem não esteja vigilante para capturá-los e devorá-los. É preciso estar sóbrio e preparado para resistir usando a fé (2 Pedro 5.8-9).

A narrativa simbólica de Apocalipse 12 enfatiza a grande vitória de Cristo na cruz e seu alcance universal. O livro demonstra o poder de Deus para vencer Satanás e seus seguidores. Comunica uma mensagem encorajadora aos crentes angustiados que enfrentam perseguição, convida seus leitores a observar atrás dos "cenários escatológicos" e notarem o lado espiritual das lutas cotidianas que frequentemente desafiam a fé, para assim aprenderem que o Diabo não pode derrotar Jesus e não é capaz de vencer aqueles que permanecem fiéis aos Senhor.

Os servos de Deus, com o auxílio de Cristo, podem e devem batalhar com confiança, pois lutam contra um perdedor (1 Coríntios 10.13).

E.A.G.

Compilação
Bíblia de Estudo NTLH, páginas 559 e 1555, impressão 2015, Barueri/SP, (Sociedade Bíblica do Brasil/SBB). 
Billy Grahan Responde - Um guia com respostas bíblicas para preocupações de nossos dias, páginas 321 e 322, 3ª impressão, 2014, Rio de Janeiro (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Guia Fácil para Entender o Apocalipse, Daymond R. Duck, páginas 181, 182, 186, 188, 189, impressão 2015, Bonsucesso, Rio de Janeiro/RJ (Thomas Nelson Brasil). 
Guia Profético para o Fim dos Tempos, Timothy Paul Jones, páginas 246, 248, 249, 251, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro, (Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). 
O Novo Testamento da Bíblia, editor organizador J. D. Douglas, editor em português Russel P. Shedd, volume 1, páginas 446 e 447, São Paulo, (Edições Vida Nova).