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sábado, 26 de junho de 2010

As lamentações e esperanças do profeta Jeremias

Descrição do livro

Alguns estudiosos, baseados numa tradição antiga registrada na Septuaginta, apontam Jeremias como sendo o autor de Lamentações (2º Crônicas 35.25). Porém, não há unanimidade quanto a essa referência autoral.

Acredita-se que o livro de Lamentações foi escrito entre os anos 586 à 538 a.C., que compreendem a conquista e a destruição da cidade de Jerusalém pelos babilônicos e o decreto de Ciro, imperador da Pérsia, que permitiu a volta dos judeus à sua pátria (Esdras 1).

Lamentações não é um livro de prosa, foi escrito seguindo o modelo da poesia hebraica, chamada de paralelismo. Contém cinco poesias, em cinco capítulos correspondentes, todos acrósticos (versos começando com letras em sequência alfabética), exceto o último capítulo.

Cada capítulo tem vinte e dois versículos, número que foi escolhido tendo em vista o alfabeto hebraico, que é composto de vinte e duas letras. O capítulo 3 tem 66 versículos, isto é, três vezes vinte e dois.

No Antigo Testamento usado pelos judeus, o livro encontra-se entre os chamados cinco rolos, juntamente com os livros de Rute, Ester, Eclesiastes e Cantares. Com a tradução do Antigo Testamento para o grego, os Setenta resolveram colocá-lo logo após o livro de Jeremias.

Três expressões do pensamento hebraico encontram-se em Lamentações: profecia, ritual e sabedoria. O livro de Lamentações foi escrito no antigo ritmo das canções fúnebres israelitas.

O panorama em que Lamentações foi escrito


O país havia sido arrasado, e o povo havia sido levado prisioneiro. Para se ter uma ideia do que aconteceu em Jerusalém naquele ano, é necessário ler 2º Crônicas 36.11-21 e Jeremias 52.1-27.

A destruição do Templo foi tão intensa que nenhum traço do Templo original de Salomão, ou das poderosas muralhas da cidade real, têm sido encontrados por arqueólogos modernos.

O sofrimento extenuante do povo de Jerusalém, durante o estado de sítio, levou algumas mães às práticas do canibalismo, devoraram seus próprios filhos.

Lamentos


Em grego, o título de Lamentações é threnoi, cujo significado é chorar em alta voz. Lamentar-se é a expressão da queixa acompanhada de gemidos, gritos e choros.

As lamentações refletem a tristeza do autor em relação a situação espiritual, moral e física do povo de Israel. O choro é diante de Deus, em caráter intercessório em favor do seu povo. Nas páginas deste livro, basicamente é desvendada as profundezas da desgraça humana sob a perspectiva de uma nação inteira. Na leitura, experimentamos uma sensação esmagadora de desespero que pode envolver comunidades e até nações.

O motivo das lamentações

Chora-se pela queda da monarquia da Casa de Davi; destruição de Jerusalém e a deportação dos judeus para a Babilônia. Os ditos poemas são contos se lamentando pela destruição do Templo, a cessação do culto ao Deus dos judeus e a condição triste do povo em Jerusalém, a cidade assolada por Nabucodonosor.

O objetivo do livro é lembrar a primeira e também a segunda destruição do novo Templo pelos romanos em 70 d.C.. Lamentações é lido em voz alta até hoje pelos judeus ortodoxos no nono dia de abe, o quinto mês do calendário hebraico, que corresponde a julho-agosto.

Embora a nota dominante deste livro seja a tristeza, não deixa de haver nele expressões de confiança em Deus e esperança no futuro. O poeta, que acreditamos ser o profeta Jeremias, reconhece ser justo o castigo desta cidade e povo, embora caia, às vezes, em desespero, se conforta contemplando a bondade e fidelidade do Senhor.

Os cinco acrósticos dos poemas fúnebres revelam profundo sentimento de remorso. O povo entende que perdera sua terra natal em decorrência do pecado de Judá.

Esboço do livro:


Primeira capítulo: Os versos retratam as tristezas de Jerusalém. Jeremias lamenta pela humilhação, pecados e aflições do povo de Jerusalém.

Segundo capítulo: Deus castiga Jerusalém, mostra sua ira por causa do pecado. Há o cerco da cidade, a fome e a ruína de Jerusalém.

Terceiro capítulo: Os versos registram Jeremias desolado em meio ao castigo, apresentam sua esperança em meio a aflição e o convite ao povo a se voltar arrependido a Deus para obter misericórdia.

Capítulo quarto: Jerusalém está arrasada. A ira de Deus está aplicada. Os versos descrevem as grandes aflições de várias classes de pessoas.

Capítulo quinto: O profeta faz oração rogando misericórdia e restauração. Os males estão presentes tanto quanto muitas recordações tristes.


E.A.G.
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Este artigo é composto de compilações, cujas fontes são:

Conciso Dicionário Bíblico Ilustrado – 12ª edição / 1983 (IPB).

Bíblia de Estudo NTLH – edição 2005 (SBB).

Guia do Leitor – edição de 2005 (CPAD).
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Postagem com a intenção de servir como subsidio às escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 13 – A Esperança na Lamentação.
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Artigo liberado para cópias, desde que citados o autor e o link (HTML) deste blog.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

UMA REFLEXÃO NA TENDA DA ROCHA - NO CEPO COM O PROFETA JEREMIAS

Por Wilma Rejane

"Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho" - Hebreus 12.6.

Apenas recentemente aprendi a diferença entre ser tentado e ser provado. Tentação vem do diabo e é para nossa destruição. Provação vem de Deus, é para nossa edificação. O profeta Jeremias, ao ser liberto do cepo, exclamou: "Tu, pois, ó Senhor dos exércitos, que provas o justo”, Jeremias 20.12. Cepo é um pedaço de tronco, o profeta foi amarrado a ele depois de ter apanhado do ímpio Pasur.

Enquanto a pecadora sociedade israelita se afundava em idolatria e outros pecados, Jeremias, Atalaia de Deus, pagava o preço da santidade e obediência. Uma voz ungida, em meio a ruídos infernais, que era sufocada pela surdez espiritual. Quantas pessoas estão sendo influenciadas, salvas e edificadas através de Jeremias? Incontáveis sob a face da terra.

Quando somos provados, não crescemos sozinhos. É porque Deus quer ministrar através de nós, aleluia! Fortalecidos na fé, tendo chegado ao alto do monte, apontamos o caminho para os que estão no vale, não apenas isto, mas lançamos cordas reforçadas por muitas tranças, conquistadas a preço de renúncia.

“Gloriamos-nos nas tribulações, sabendo que elas produzem paciência, experiência e esperança” - Romanos 5.3, 4.

Jeremias disse: “Vi terror por todos os lados, mas o Senhor está comigo como um valente terrível” - Jeremias 20.9-11. Ainda que a sua e a minha visão seja de terror, prossigamos confiantes, totalmente entregues Àquele que nos salvou, na Sua força venceremos o pavor. Depois da prova, do cepo, finquemos o tronco em memorial ao Senhor. E como em Betel, um altar de honra se formará para outros adoradores.

Fonte: A Tenda na Rocha.
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Artigo publicado com a intenção de servir como subsidio às escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 12 – A Opção pelo povo de Deus.

domingo, 13 de junho de 2010

O PROFETA JEREMIAS E A GRANDE COMISSÃO DA IGREJA

Em Mateus 28.18-19, após morto na cruz e sepultado por três dias, saído da tumba em poder de ressurreição, Jesus ordena aos doze apóstolos: “Ide por todo o mundo e fazei discípulos de todas as nações” (ARA).

O objetivo é claro, Jesus não tinha apenas a intenção que se compartilhasse as Boas Novas, desejava que seus seguidores formassem servos semelhantes a eles, que pudessem dar prosseguimento à missão, isto é, que formassem discípulos.

A Grande Comissão é um imperativo, está baseada e sustentada pela autoridade do Senhor ressurreto e exaltado, que promete estar sempre com o seu povo.

Ao pronunciar o comissionamento, Jesus estava prestes e ascender ao céu. Quando alguém está de partida, suas últimas palavras são sempre as mais importantes. Antes de subir, as últimas palavras de Jesus a seus discípulos foram de instrução. Elas nos faz saber que:

• os discípulos continuavam sob a autoridade do Mestre;
• os discípulos deveriam fazer mais discípulos;
• os discípulos deveriam batizar e ensinar os novos discípulos a obedecerem a Jesus;
• Cristo estaria com os discípulos todos os dias por intermédio do Espírito Santo.

Embora nas missões anteriores Jesus tivesse enviado seus discípulos apenas aos judeus (Mateus 10.5-6), a partir daquele momento a missão ganhava proporção mundial.

Nas palavras da Grande Comissão, entendemos que evangelizar não é uma opção, mas uma obrigação de todos que os que consideram Jesus como Senhor. Não somos todos evangelistas no sentido formal desta palavra, mas recebemos os dons necessários para ajudar a realizar essa grande obra. Ao obedecermos, temos o conforto de saber que Jesus estará sempre conosco.

A cruz de Jesus Cristo tem sido chamada de “sustentáculo da história cósmica”. O destino eterno de cada ser humano depende desse relacionamento da pessoa com Jesus e sua obra na cruz. Como seguidores do Mestre, devemos refletir profundamente sobre a morte e a ressurreição de Jesus e seus significados.

Cada discípulo, depois de refletir sobre seu entendimento quanto a morte e ressurreição de Jesus, precisa refletir sobre o que a cruz significa a um vizinho, ao amigo, aos membros da família, aos colegas da escola e do trabalho.

Você tem certeza de que cada um dos indivíduos que conhece já veio aos pés da cruz e recebeu a salvação que só Cristo pode dar? Se não, ore para saber como você pode ser um instrumento preparado para levar estas pessoas ao Calvário hoje. Esta missão pode envolver um telefonema, uma carta, um e-mail, um convite para almoço, uma tarde juntos. Peça para Deus que prepare seu coração, peça uma porta aberta oportunamente, e ousadia enquanto compartilha a mensagem transformadora do Evangelho.

O discipulado demanda tempo, esforço, dedicação, acompanhamento, aconselhamento, paciência, sabedoria e amor. Não é tarefa nada fácil, mas extremamente recompensadora.

Em Atos 1.8, lemos as seguintes palavras de Cristo: “Recebereis poder , ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra”. Jesus é o Senhor de toda a terra. Ele morreu pelos pecados dos povos de todas as nações. Assim, devemos ir e conquistar novos discípulos, seja em nossa vizinhança ou em outros países. O avanço dos pregadores das Boas Novas até os confins da terra, fazendo discípulos, é a síntese do cristianismo.

E.A.G.
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Texto adaptado e compilado:

Revista Caminhada Diária, nº 2, edição de 1987 (Editora Sepal).
A Bíblia Anotada Expandida Charles C. Ryrie – edição impressa em 2007 (SBB)
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – edição impressa em 2004 (CPAD)
Bíblia de Estudo Almeida – edição de 1999 (SBB).
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Subsidio preparado com a finalidade de aproveitamento nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 11 – A excelência do Ministério.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

JEREMIAS: DESCREVENDO O PROFETA VERDADEIRO E O PROFETA FALSO

• Profeta verdadeiro

A primeira pessoa a quem a Bíblia chamou de profeta (em hebraico nãbbi) foi Abraão (Gênesis 20.7; Salmo 105.15). Mas profecia do Antigo Testamento recebeu normatização na vida e na pessoa de Moisés, que através de seu ministério constituiu o padrão comparativo a todos os profetas que vieram a existir depois dele (Deuteronômio 18.15-19; 34.10).

Existem três vocábulos hebraicos que encontramos na Bíblia para descrever o profeta. São nãbbi, rõ'eh e hõzeh. O primeiro é geralmente traduzido ao português como profeta. O segundo termo é um particípio ativo do verbo “ver”, e é traduzido como “vidente”. O terceiro, não tem sido traduzido por um termo em português equivalente e distinto dos outros, sendo vertido por profeta (Isaías 30.10) ou por vidente (1º Crônicas 29.29).

A derivação do termo nãbbi pode ser traçada até uma raiz etimológica acadiana, aludindo à natureza da pessoa do profeta como um alguém que chama e que também é chamado, isto é, chamado por Deus e chamando todos à comunhão com Deus.

No Antigo Testamento, os profetas apresentavam-se aos seus contemporâneos como homens que tinham uma palavra a dizer. O oráculo falado era a forma pela qual a mensagem de Deus era expressada. Cada profeta tinha a liberdade de deixar a marca da sua personalidade e experiência nas suas palavras.

• Falso profeta

No capítulo 28 do livro de Jeremias encontramos o confronto do profeta verdadeiro com o profeta falso. Jeremias era o profeta verdadeiro enquanto que Ananias era a figura do falso. Como foi possível distinguir quem era o verdadeiro porta-voz do Senhor? A questão da discriminação de profetas não é acadêmica, porém, é de suma importância ter a capacidade de diferenciá-los. E isto é possível através do Espírito Santo.

Em Deuteronômio 13 encontramos fundamentos para discernir. A essência do profeta falso é que ele convida o povo a seguir outros deuses (versículo 2), incita os israelitas à rebeldia contra quem os libertou da escravidão no Egito (versículos 5 e 10).

Jeremias (23.9, 10-14, 17) também traz o mesmo raciocínio: o profeta falso é homem de vida imoral, alguém que não está disposto a colocar barreiras que impeçam a imoralidade na vida alheia, sua mensagem tende a ser pacífica, pois procura falar o que seus ouvintes mais desejam ouvir.

Em constraste disso, o profeta verdadeiro conclama o povo a viver em santidade, pois é compelido pelo Espírito a proferir mensagens de juízo contra o pecado (23.29). No entanto, é necessario esclarecer que os profetas autênticos também entregam mensagens de paz. Existem ocasiões em que a paz é a mensagem de Deus para seu povo, isto ocorre nas ocasiões em que a santidade se sobrepõe ao pecado.


•Falsos profetas no século 21

Nos dias de hoje, podemos discernir quem são os profetas do Senhor analisando se existe ou não o fruto do Espírito na vida deles.

O apóstolo Paulo mostra claramente que quem pratica as obras da carne não está caminhando no Espírito.

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” - Gálatas 5.19-23.

Além deste texto, é possível avaliar se um profeta é falso ou não através da instrução do apóstolo Tiago, que nos descreveu o que vem a ser a sabedoria de Deus na Dispensação da Graça. O porta-voz do Senhor age de acordo com sabeboria divina.

“Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento” - Tiago 3.13-17.

Segundo Tiago, o profeta de Deus é uma pessoa que sempre prega a Palavra de Deus de maneira imparcial, não faz uso dela para defender interesses pessoais, de amigos ou de sua classe ou instituição.

E.A.G.

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O conteúdo deste artigo é uma compilação feita a partir do Novo Dicionário da Bíblia – volume 3, quarta edição (Edições Vida Nova).

Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição O - O poder da Verdadeira Profecia.

Este texto está liberado para uso, desde que citados nome do autor e o endereço (HTML) deste blog.

JEREMIAS: DISCERNINDO A PROFECIA VERDADEIRA DA PROFECIA FALSA

Na profecia encontramos a combinação de proclamação e predição. Os profetas do Antigo Testamento se ocupavam em falar da situação presente e ampliava aos acontecimentos vindouros. O entrelaçamento de proclamação e predição diferenciava o verdadeiro profeta do mero prognosticador.

Como é que o profeta recebia a mensagem que tinha por incumbência transmitir aos seus semelhantes? A resposta é ao mesmo tempo clara e vaga: "a palavra do Senhor veio...", literalmente o verbo era o verbo "ser", "a palavra do Senhor se tornou ativamente presente para...". Trata-se de uma afirmação de uma consciência direta e pessoal. Isso é a experiência básica do profeta (Êxodo 7.1-2).

A inspiração é um milagre; não temos capacidade de explicar qual é a maneira que Deus faz a mente humana tornar-se consciente para com a sua mensagem.

Esta foi a experiência de Jeremias quando a mão do Senhor tocou em seus lábios, passado o tempo ele descreveu a situação como "estar no conselho do Senhor" (Jeremias 23.22).

Os judeus tinham dupla consciência ao ler os escritos proféticos: por um lado eles entendiam que eram as palavras de Deus dadas aos profetas, que reputavam como indivíduos escolhidos como porta-vozes do Senhor; e, por outro lado, entendiam que as palavras escritas eram expressões surgidas sob ocasiões e circuntâncias vividas pelo escritor.

E.A.G.
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O conteúdo deste artigo é uma compilação feita a partir do Novo Dicionário da Bíblia – volume 3, quarta edição (Edições Vida Nova).

Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição O - O poder da Verdadeira Profecia.

Este texto está liberado para uso, desde que citados nome do autor e o endereço (HTML) dO blog Belverede.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O PROFETA JEREMIAS: OS ATOS DE FÉ E A ORAÇÃO DE INTERCESSÃO DOS CRISTÃOS VERDADEIRAMENTE ESPIRITUAIS

Três considerações sobre intercessão: fé, amor e perdão.

• Mateus 6.12, 14 - Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensinou orar pedindo para Deus que perdoe nossos pecados, assim como nós perdoamos os pecados do próximo contra nós;

• Tiago 2.13 - O apóstolo escreveu que Deus só usa misericórdia com quem é misericordioso;

• Gálatas 5.6 – Paulo declarou que a fé atua através do amor. Isto é: a fé não fala "sou crente"; a fé faz... Demonstramos que cremos fazendo tudo que é a vontade de Deus! E deixando de fazer o que não é a vontade de Deus!

Depois que aceitei Jesus como meu Senhor, passei a usar essas três premissas bíblicas, não tenho mais coração duro porque entendi e procuro imitar o coração de Deus, que é amoroso e maleável.

Ao agir, me esforço para ser maleável, porque sou cristão e ajo conforme entendo que devem agir os cristãos.

Portanto, quando me deparo com alguém que erra contra mim, mesmo considerando que este alguém talvez precise pagar pelo erro cometido, eu o perdoo e procuro esquecer o episódio. Porém, se o mesmo quiser nova chance, eu permito que tenha a oportunidade de reparar o erro amigavelmente. É o meu amor cristão... É a misericórdia dispensada ao próximo... É a minha fé em ação.

A fé se manifesta agindo pelo amor, e o amor se manifesta agindo com misericórdia, e, por conseguinte, a misericórdia se manifesta perdoando.

Você crê em Jesus e diz que Jesus é o seu Senhor? Então, perdoe, porque perdoar faz parte do mandamento do amor.

Interceder não é apenas orar pelo próximo. É agir em favor dele, também! Demonstremos nosso amor intercendendo através de ações efetivas para com os que agiram como nossos inimigos.

Foi exatamente isto que a fé do profeta Jeremias (capítulos 14 e 15.1) fez . Ao orar, o profeta mostrou o tamanho da sua fé em seu Deus. Chegou a chorar em favor de seus inimigos! O profeta tinha um coração maleável, pois orou e chorou em favor de seus contemporâneos que tentaram matá-lo. E além da oração intercessória, ao longo da sua carreira ministerial, tomou diversas atitudes contundentes para que o povo israelita voltasse a buscar ao Senhor.
Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, lição 5, da revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperança em Tempos de Crise (CPAD).

O artigo está liberado para cópia, desde que citados nome do autor e o link (URL) deste blog.

E.A.G.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Chorando aos pés do Senhor - O choro de Jeremias e as lágrimas e consolo espiritual dos cristãos

"Bem-aventurado os que choram, porque eles serão consolados" - Mateus 5. 4.

Bem-aventurado

Bem-aventurado, em grego é “makarios”. Significa abençoado, decreve a condição interior do seguidor de Cristo. Ser bem-aventurado é mais do que sentir alegria comum, é ter no coração paz com Deus. É ser uma pessoa que goza felicidade, porém, uma emoção representada de uma maneira muito mais profunda do que a raiz da palavra “feliz”. É ter a condição de um bem-estar havendo aprovação divina, ser uma pessoa alegre e afortunada por pertencer ao reino de Deus.
“Bem-aventurado, makarios; Strong 3107; do radical mak, indicando grande ou longa duração. A palavra é um adjetivo que sugere alegre ou de longa duração, supremamente abençoado, uma circunstância em que as congratulações são normais. É uma palavra de graça que expressa as alegrias especiais e satisfações concedidas à pessoa que experimenta a salvação”.- definição do Dicionário Strong na Bíblia Plenitude.
O bem-aventurado não perde sua alegria, esperança e paz devido às circinstâncias exteriores, pois confia totalmente em Deus. Para possuir esta felicidade é necessário seguir a Jesus Cristo.

“Bem -aventurado os que choram porque eles serão consolados”

Em Isaías 61.1-2, lemos que Deus enviou Jesus Cristo para consolar os que choram.
No sermão das bem-aventuranças, o verbo chorar não tem apenas a conotação da consternação comum. Significa o profundo sentimento de sofrimento e tristeza da alma, que poderá refletir ou não na exteriorização das lágrimas. É a dor por causa do pecado e do mal. A aflição por motivo pessoal e também motivada por causa do sofrimento próximo ou causada pelo próximo.
O cristão convertido não tem prazer de pecar e lamenta muito ao cair em pecado, então, nestes momentos pesarosos, passa pelo processo de confissão e pedido de perdão. Ao ser perdoado, recebe o refrigério consolador de Jesus Cristo.O cristão convertido sente pesar por causa do próximo, sofre por causa do sofrimento do povo de Deus, chora com os que choram e se alegra com os que se alegram. O amor pelo próximo resulta no consolo de Deus (Apocalípse 7.17).

Nos dias atuais, existem muitos corações iguais ao do profeta Jeremias, que sofrem por causa da Humanidade sem Deus, cega e escravizada pelo pecado.


E.A.G.

Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, lição 4, da revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperança em Tempos de Crise (CPAD).

O artigo está liberado para cópia, desde que citados nome do autor e o link (URL) deste blog.

domingo, 11 de abril de 2010

A LIÇÃO DE SILÓ QUASE LEVA O PROFETA JEREMIAS À MORTE

“Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor e dize a todas as cidades de Judá que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mando que lhes fales; não omitas uma só palavra” - Jeremias 26.2.

O capítulo 26 do livro de Jeremias possui a narrativa das circunstâncias em que o discurso do capítulo 7 foi pronunciado pelo profeta, mostra as reações que o conteúdo da mensagem provocou em seus ouvintes.
Jeremias, objetivando fazer os judeus abrirem os olhos para a falsa segurança que depositavam no Templo, fez uma comparação com a religiosidade judaica do passado, quando a arca da Aliança se encontrava no santuário em Siló. Ele declarou que o que havia ocorrido no passado, também aconteceria com a presente geração.
O que havia acontecido?
Siló distava há 38 quilômetros ao norte de Jerusalém e se encontrava no território de Efraim. Havia sido o lugar do tabernáculo, depois da conquista de Canaã, sob o comando de Josué. O antigo santuário de Siló atendia a família sacerdotal de Eli. Durante o período em que a arca da Aliança esteve ali, o lugar se converteu em um importante centro de peregrinação, e transformou-se em centro religioso de Israel por mais de um século (1º Samuel 1.3).
Mas, devido a rebelião dos israelitas contra Deus, a contaminação do povo com o pecado da idolatria, aproximadamente no ano 1050 a.C., os inimigos filisteus infringiram uma dura derrota aos israelitas e levaram a arca da Aliança para depositá-la como troféu no templo do falso deus Dagom, em Asdode. Nesta ocasião, a cidade e o santuário foram saqueados e devastados, cerca de 30 mil soldados da infantaria de Israel foram mortos (Josué 18; 1º Samuel 4.1-11; 5.1-5).

A comparação de Jeremias entre os israelitas do passado, adoradores no tabernáculo em Siló, e a geração para qual ele dirigia à Palavra de Deus, adoradores no Templo em Jerusalém, enfureceu o povo. Dizer que a mesma desolação do passado se repetiria no presente, foi motivo suficiente para que a multidão tentasse contra a vida do profeta, que por pouco escapou daquela situação com vida.

Aicão evitou o martírio do profeta. Ele era homem influente naquela sociedade, tinha laços estreitos com o rei Josias, era o pai de Gedalias, que por conseguinte era amigo do profeta e, talvez, devido a relação entre eles, deve ter se sentido compelido a evitar a morte do profeta e foi feliz na proteção concedida (2º Reis 22; Jeremias 26.24).

E.A.G.
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Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 3 - Anunciando Ousadamente a Palavra de Deus.

terça-feira, 30 de março de 2010

O PROFETA JEREMIAS E O FALSO DEUS BAAL

A chamada do profeta Jeremias se consistiu na missão de alertar seus compatriotas quanto ao abandono da fidelidade ao Senhor. O povo de Judá, embora tivesse sido ensinado pelo Senhor a respeito de tão abominável pecado, que deveria evitar, se perdeu na prática da idolatria, adorava outros deuses, imitando os povos circunvizinhos. Entre estes deuses haviam Baal e Astarote (Êxodo 20.3-6).

O que era pecado, aos contemporâneos de Jeremias, era tido como correto. Eles escarneciam do profeta e de Deus. Diziam que o Criador era incapaz de agir, fosse para o bem ou para o mal. Por tamanha apostasia, o profeta predisse que Judá e Jerusalém seriam exilados. O que veio a acontecer não muito anos depois.

O nome do falso deus Baal, em sua origem, nos tempos mais remotos, não era nome próprio, significava senhor ou dono, empregou-se para caracterizar a relação da divindade com o seu senhor, também era usado para indicar a relação do homem com a sua mulher, então sendo usado o termo marido.


Posteriormente, foi usado como nome composto para designar o deus de cada lugar, como por exemplo Baal Peor, o dono do monte Peor. Cada região cultivada possuía seu próprio Baal que, segundo a crença fecundava a terra por meio de suas fontes e a quem, como dono divino, se devia tributo. Havia várias formas de Baal, que eram encontradas em diversas cidades. Baal-Berite (Senhor da Aliança), adorado em Siquem; Baal Zebube (Senhor das Moscas) adorado na cidade de Ecrom pelos filisteus). Veja: Números 25.3; Juízes 8.33; 9.4. Baal também era chamado de Hadade, e adorado em todas as povoações da fenícia.

O plural “Baalin” é referência às sua várias representações, locais ou regionais.

Baal era o mais conhecido dos deuses de Canaã, acreditava-se que ele era o principal deus responsável pela fertilidade, pela germinação dos plantios, pelas multiplicações dos rebanhos e pelo aumento dos filhos na comunidade.

Durante certo tempo o culto a Jeová e a Baal foram duas religiões que seguiram seu curso em paralelo; no entanto, com o passar dos anos a adoração ao Senhor Baal ou Senhor de Canaã assumiu hegemonia expressada em rituais hediondos e imorais.

O culto a Baal foi uma das piores tentações dos israelitas, desde os tempos antigos Levantaram altares nos terraços das casas, nas ruas de Jerusalém e em todas as cidades de Judá (Juizes 2.13; 1º Reis 16.31-32; Jeremias 7.9; 11.13; 32.29).

Baal era a divindade masculina e Asera a sua companheira, conhecida também como Astarote. Asera era a equivalência feminina de Baal entre os fenícios e os cananeus, e chamada pelos isrelitas de Poste-Ídolo.

O culto a Baal introduzido em Israel por Acabe foi o Melkart de Tiro.

E.A.G.
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Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 2 - Os Perigos do Desvio Espiritual.

domingo, 21 de março de 2010

JEREMIAS - O MINISTÉRIO DO PROFETA

A palavra hebraica nab é traduzida por “profeta” cerca de 300 vezes no Antigo Testamento. Pode ser que o termo originalmente significava “anunciar” ou “falar”.

Como ser humano, Jeremias teve dúvidas sobre sua chamada profética, chegando a pensar estar fora dos propósitos de Deus. Ele foi um jovem que lutou para descobrir a vontade divina para sua vida. Após fazer a sua escolha, outras dificuldades o fizeram duvidar de ter feito a escolha certa. Seu conflito interno e as descobertas que o levaram a firmar-se como profeta oferece compreensão e novas perspectivas aos servos de Deus que passam por momentos pessoais difíceis nos dias de hoje.

A chamada de Jeremias, sua vocação como anunciador da Palavra de Deus, a autoridade que veio a conhecer e como essa lhe foi comunicada, sua distinção claríssima entre o verdadeiro e o falso profeta, suas mensagens e os dilemas agonizantes em que foi envolvido, devido sua fidelidade, tudo estão delineados em seus oráculos com muita autoridade espiritual.

Deus impediu Jeremias de se casar e criar filhos, uma vez que o juízo divino contra Judá era iminente e alcançaria a geração seguinte (16.1-4).

Jeremias foi nomeado profeta para Judá, mas também para as nações, considerado o mais sofrido dos profetas, e por causa disso ficou conhecido como o profeta das lágrimas. Nas quatro décadas de seu ministério, ele profetizou sob os últimos cinco reis de Judá: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Exerceu sua função durante em um dos períodos mais movimentados da história do antigo Oriente.

Ele desmascarou os pecados da nação e anunciou seu julgamento sabendo que tudo isso seria inútil para salvá-los. Convencido do fracasso final amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jeremias 15.10; 20.14-18).

Nunca esteve preocupado em agradar ao povo, mas a Deus, que o chamou e o que o vocacionou para a Sua obra.

Agia com denodo e coragem, profetizou no período mais crítico da história de Israel. Foi vigoroso na batalha, desafiou e contestou a injustiça, a falsidade e a vilania. Fez tudo que pôde para reconduzir seus contemporâneos aos caminhos do Senhor. Suas advertências, infelizmente não encontraram guaridas no coração dos judeus. Diante da apostasia destes, o profeta foi obrigado a suportar o insuportável. Aqueles e a quem amava odiavam-no. “Atendei e vede se há dor como a minha dor” (Lamentável 1.12).

E.A.G.

O presente artigo é uma compilação de estudos em O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB); Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB); Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).
Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 1 - Jeremias, O Profeta da Esperança.

JEREMIAS - A MENSAGEM CONFIADA POR DEUS AO PROFETA

Jeremias amava profundamente o seu povo. Não era por prazer que ele entregava a mensagem de juízo, fazia isso motivado pelo senso de obrigação. Ele sabia que anunciar o castigo divino era a sua missão. A Palavra de Deus era como fogo, não poderia ficar calado (Jeremias 1.5,10; 20.9).

Jeremias recebeu ordem divina para advertir aos israelitas que todos os homens são culpados e responsáveis diante de Deus. Era seu dever informar que Deus não dorme como supõem os homens, está sempre alerta para cumprir sua palavra. Era dever de Jeremias dizer que as nações da sua geração estavam debaixo do juízo divino porque a conduta dos povos está debaixo da justiça humana comum. Tinha a obrigação de informar que os israelitas culpados sofreriam destruição e dificuldade, porque Deus os julgava, e quando Ele viesse, os reinos e povos iníquos seriam arrancados e derribados. (Jeremias 1.11,12).

Jeremias também foi incumbido a transmitir mensagem de esperança: o castigo e o julgamento de Deus são redentores. Deus aflige para curar. Além do julgamento, existe a possibilidade de uma restauração.

Ao profetizar nos últimos dias antes da queda de Jerusalém em 587 a.C., predisse que Deus enviaria Judá e Jerusalém para o exílio na Babilônia, em razão de terem violado a Lei. Entretanto, ele predisse também o dia que Deus destruiria o poder da Babilônia e de outras nações hostis, restaurando a terra de seu povo.

Jeremias, sem cessar, advertia Jerusalém para que se rendesse ao rei da Babilônia, tanto fez que o acusaram de traição. Nabucodonosor recompensou-o por essa advertência ao povo, não só poupando-lhe a vida, mas lhe oferecendo uma honraria qualquer que ele quisesse aceitar, inclusive no ambiente da corte. Mesmo assim, o profeta continuava a bradar que o rei da Babilônia estava cometendo um crime hediondo na destruição do povo do SENHOR, e por essa causa, no devido tempo, seu país seria assolado para sempre (Jeremias 50 e 51).

Jeremias viu Judá e Jerusalém desintegrarem-se moralmente por dentro e serem destruídas militarmente por fora. As profecias de Jeremias cumpriram-se parcialmente com o retorno dos exilados sob a liderança de Zorobabel em 536 a.C. e com a reconstrução da nação no período pós-exílico. Os eventos, porém, dificilmente alcançaram a grandeza das expectativas de Jeremias. O pleno cumprimento das profecias ainda aguarda um cumprimento escatológico.

Várias descobertas arqueológicas importantes corroboram a historicidade do relato bíblico sobre os últimos anos do reino de Judá.

1 - A Crônica Babilônica apresenta informações sobre as campanhas dos exércitos babilônicos de 626 a.C. em diante, incluindo a captura de Jerusalém em 597 a.C.;

2 – As Cartas de Laquis descrevem a situação em Judá pouco antes do cerco final a Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C.;

3 – Em Laquis foi encontrado um selo com o nome Gedalias;

4 – Tábuas de barro foram encontradas junto à Porta de Istar, na antiga Babilônia, afirmam que Yaukin (Joaquim), rei da terra de Yahud (Judá), recebia subsídios reais, uma pensão diária (2º Reis 25.29-30).

E.A.G.
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Fontes: O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB); Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB); Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).
Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 1 - Jeremias, o Profeta da Esperança.

sábado, 20 de março de 2010

Jeremias - origem, personalidade, a chamada, esboço do livro do profeta

Festival Darom, Adom. Derto do Neguev. Estado de Israel. Bolg Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br | https://www.israel-in-photos.com/he/festival-darom-adom
Anêmonas em Israel.
Entre os meses de janeiro e março os campos florescem ao norte do Neguev.
A origem do profeta

Jeremias nasceu numa pequena aldeia sacerdotal chamada Anatote, que distava uns seis quilômetros a nordeste de Micmás e sudeste de Jerusalém. Anatote estava situada na terra de Benjamim, que foi dada aos filhos de Arão. Era a terra de Abiatar, de quem o profeta foi descendente Por revelação divina, neste lugar Jeremias comprou um lote que tinha pertencido aos seus antepassados (1 Reis 2.26; Jeremias 1.1; 32.7).


Pela sua linhagem, poderia ter exercido o ofício levítico, que lhe teria proporcionado prestígio e segurança, porém trocou o status social e religioso pelo plano de Deus. Flavio Josefo afirmou que em Israel os sacerdotes eram honrados como se pertencessem à nobreza.

Foi contemporâneo dos reis Josias, Jeoaquim e Zedequias (Jeremias 1.3). Exerceu seu ministério profético entre 626 a 586 a.C..

A vida de Jeremias é uma da mais bem retratada no Antigo Testamento, mais do que a de outros profetas, como Isaías, Ezequiel e Profetas Menores.

A personalidade do profeta

O nome Jeremias significa Jeová exalta e Jeová derruba, o sentido pode simbolizar as orações de seus pais a favor da desconsolada nação da Israel, como também todas as aspirações do profeta perante o caos religioso que viu.

Ele foi considerado o mais introspectivo dos profetas. Sua personalidade é a mais claramente descrita no Antigo Testamento. Não é nenhum exagero dizer que para entender o vocábulo profeta é necessário estudar a vida de Jeremias.

Ele sempre buscou agradar, em tudo, aquEle que o salvou e o convocou para a peleja. Por causa disso, não foi nada popular entre seus contemporâneos, pois exortou Judá a se submeter à denominação do inimigo, para que não perecesse nos confrontos de guerra; mostrou ao povo que o ataque da nação estrangeira era um castigo vindo do Senhor; e avisou que Deus disciplinava a nação, uma vez que ela abandonou os preceitos divinos.

Sendo profeta de severos juízos, tinha poucas amizades. Entre seus amigos, havia Aicam, Gadalias, filho de Aicam, Ebede Meleque, e Baruque (Jeremias 26.24; 39.14; 38.7-13; 39.15-18; 36.4-32).

A chamada do profeta

“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas nossa capacidade vem de Deus” – 2 Coríntios 3.4,5.

A chamada do profeta ocorreu no reinado de Josias (638-606 a.C.), durou até a queda de Jerusalém.

Quando Jeremias foi chamado para o ofício profético identificou-se como “uma criança” (na’ar, Jeremias 1.6). Este vocábulo é ambíguo em hebraico, descreve infância (Êxodo 2.6) e adolescência em seus últimos anos (1 Samuel 30.17). Então não sabemos com certeza a idade de Jeremias, quando Deus o chamou para o ministério profético. Vinte e um anos, talvez. A nossa certeza é que o profeta foi vocacionado por Deus ainda na flor de seus dias.

Três coisas o Senhor fez em relação a Jeremias: conheceu-o, santificou-o e o deu às nações. Quando o profeta ainda não existia, já era conhecido de Deus; quando ainda não era ciente de sua missão, já se achava separado para o ministério; ainda não sabia falar, todavia, o Senhor já o tinha dado aos povos como arauto.

 Quando ele recebeu sua chamada, assustou-se; quis recuar. Diante da recusa de Jeremias, respondeu Jeová: “Não digas: Eu sou uma criança; porque aonde quer eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. Após tocar seus lábios, diz: “Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jeremias 1.7-9). Assim Deus o comissionou e o capacitou.

Sobre a reação de recuo do profeta, escreveu F.B. Meyer: “Jeremias era muito jovem e tentou esquivar-se da grande missão a ele confiada. Os mais nobres sempre agem assim (Êxodo 4.10). Mais adiante, disse Meyer: “Sempre que Deus nos dá uma comissão, assume a responsabilidade da sua execução em nós, conosco ou através de nós”.

Deus nomeou Jeremias como profeta antes de seu nascimento. Esta nomeação foi no sentido de ter um plano e um propósito para a vida dele. Dessa situação, alguns deduzem que o ser humano não tem condições de rejeitar o plano divino. E buscam apoio nas palavras de Paulo (Romanos 9.18) Outros, pensam que mesmo Deus tendo um plano para a vida de todos nós, existe a liberdade de escolha para aceitar este plano ou rejeitá-lo. É a questão do livre-arbítrio.

Jeremias foi apontado como o profeta chorão e profeta solitário. Chorou porque sofreu muito ao ver a apostasia da sua geração. Sua solidão ocorreu porque recebeu a orientação de Deus para não se casar (Jeremias 9.1; 13.17; 16.2).

A história do profeta cobriu um período quarenta anos. Depois da queda de Jerusalém, ele foi forçado a fugir para o Egito, supõe-se que ali tenha morrido por volta do ano 580 a.C.. A tradição judaica afirma que foi apedrejado.

O Livro de Jeremias 

Jeremias é reconhecido como o seu autor. Porém, muitos acreditam que tenha a contribuição de Baruque, do capítulo 26 ao 45.

Data do livro

Não existe uma data específica, aponta-se o período inteiro do seu ministério para se dizer quando foi escrito, portanto, afirmamos que ocorreu entre 626 e 586 a.C.. 

Palavras-chave:

Arrependimento e restauração.

Versículos-chave: 

Jeremias 4.14; 7.23-24; 8.11-12. 

Propósito do livro:

Não existe ordem cronológico dos fatos neste livro. Todo o conteúdo é um conjunto de compilações das profecias de Jeremias para Judá, uma nação à beira da destruição em consequência da idolatria e tantos outros pecados. O profeta condenou as lideranças religiosas e anunciou que ela estava sob condenação divina caso não se arrependesse. Sua mensagem também de esperança era de que a Nova Aliança seria incondicional e que Deus escreveria a sua Lei nos corações humanos, perdoaria e esqueceria os pecados. Tudo isso se cumpriu em Jesus Cristo.

Esboço do livro: 

1.1 - 35.19: As profecias antes da queda de Jerusalém; 

36.1 - 45.5: As provações e o sofrimento de Jeremias;

40.1 - 45.5: As profecias após a queda de Jerusalém;

46.1 - 51.64: As profecias contra as nações estrangeiras;

52.1-34: Apêndice histórico.

Assim como Jeremias, os cristãos são chamados a servir à Nova Aliança, para compartilhar a esperança do Evangelho com aqueles que se encontram espiritualmente perdidos (2 Coríntios 3.6). 

E.A.G.

Compilações: 
O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova);
Manual Bíblico de Halley (Edições Vida Nova); 
Bíblia de Estudo NVI (Editora Vida); 
A Bíblia Anotada Expandida - Charles C Ryrie (SBB);
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual (SBB);
Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida);
Lições Bíblicas - Jeremias: esperança em tempo de crise, 2º trimestre de 2010 (CPAD).

quarta-feira, 17 de março de 2010

O PROFETA JEREMIAS E O AMOR ÁGAPE

O amor ágape é o amor de Deus.

Deus quer o melhor para nós: "Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais" - Jeremias 29.1 .

É exatamente com a mesma intenção de Deus, que o profeta Jeremias expressou, que séculos depois Jesus Cristo orientou os discípulos a não andarem ansiosos por causa do futuro (Mateus 6.25). Precisamos crer que somos amados do Senhor, que Ele tem projetos bons para o nosso amanhã, que não estamos desamparados.

Diante disso, reflitamos em Provérbios 8.17: "Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham".

Lembremos que o apóstolo Paulo nos ensinou que a fé atua pelo amor. Ele também afirmou que tudo que não provém de fé é pecado (Gálatas 5.6; Romanos 14.23).

Quando o crente comete atitudes sem amar, desagrada a Deus. Portanto, para ser feliz com Deus é preciso amá-lo e amar os semelhantes também. Só temos coração disposto a agradar alguém quando gostamos deste alguém.

Quem ama a Deus obedece os mandamentos dEle:


• o Senhor manda amar o próximo e aos inimigos, o diabo incita a nossa natureza carnal ao ódio;

• o Senhor pede para perdoar o próximo e o diabo empurra nossa carne à vingança;

• o Senhor preza pela fidelidade conjugal, o diabo quer que cometamos adultérios;

• o Senhor manda honrar e obedecer aos pais, o diabo se esforça criando situações para que os filhos sejam rebeldes;

• o Senhor manda que ajudemos uns aos outros, o diabo ensina a ser avarentos e egoístas.


Dou graças a Deus porque nas duas primeiras décadas da minha vida, que são muito importantes ao ser humano, tive a oportunidade de conhecer a Deus. São nestes primeiros 20 anos que o caráter é estruturado e a impressão da personalidade é imprimida. Pude fazer isso observando a Palavra de Deus. Não falo do fanatismo. Falo da relação pessoal do nosso espírito com o Espírito Santo.

O amor está acima de todo o mal. Por causa disso Paulo recomenda aos cristãos nunca cansar de praticar o bem e a vencer o mal com o bem (1ª Tessalonicenses 5.15; 2ª Tessalonicenses 3.13, Romanos 12.21).

O apóstolo João escreveu que quem pratica o bem procede de Deus e quem faz o mal não conhece a Deus (3ª João 1.11).

Isto posto, fica uma pergunta: estamos amando a Deus só com palavras ou nosso amor possui além dos discursos as ações benéficas? Obedecer, entre outras coisas, é uma prova de amor.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citado autor e o blog.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Bênção e maldição em Jeremias 17.5-8

"Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR

Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.

Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR.

Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto."