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domingo, 27 de janeiro de 2019

Elias, o profeta servido por corvos à margem do riacho de Querite


O MINISTÉRIO DE ELIAS

No capítulo 17 do primeiro livro de Reis, entra no olhar dos leitores das Escrituras Sagradas um dos mais importantes personagens do Antigo Testamento, o profeta Elias (que viveu, aproximadamente, entre 874 a 852 a.C.). Seu nome significa “meu Deus é o Senhor”, e correspondia a característica de seu ministério, ele foi designado a declarar a Israel, que o Senhor é Deus e não há outro. A sucessão de fatos de sua vida está registrada nos capítulos 17 a 19 e em 2 Reis, capítulos 1 e 2.

A DECADÊNCIA RELIGIOSA DE ISRAEL 

Quando Elias surgiu, a situação espiritual em Israel era calamitosa, o país prosperava em termos políticos, mas perdia sua comunhão com Deus. Naquele tempo, o rei Acabe, influenciado por sua esposa Jezabel, havia colocado o ídolo Baal em lugar do Deus verdadeiro. Portanto, era ilegal exercer o ministério de profeta do Senhor e a adoração a Baal era requerida por lei. O povo “acreditava” no Senhor, porém sob pressão “dobrava os joelhos” em adoração a Baal. Era necessário demonstrar a falsidade de Baal e a existência do único Deus vivo.

BAAL: “MESTRE” E “SENHOR”

A chamada de Elias trouxe à tona a verdade sobre Baal, o mais conhecido dos deuses cananeus (1 Reis 16.32). Cego, mudo e inanimado, porém considerado o deus da fertilidade, era atribuído a ele o crescimento do número de crianças na comunidade. Apregoava-se que era o responsável pela germinação das colheitas, pelo aumento dos rebanhos. Era adorado como deus da chuva e como vencedor da morte.

O culto a Baal constituía de prostituição religiosa, masculina e feminina.

ACHADO ARQUEOLÓGICO SOBRE O CULTO A BAAL

O Instituto Oriental da Universidade de Chicago, auxiliado pelo governo da Palestina, em 1924, adquiriu o direito de escavar a Colina de Megido. Sistematicamente, uma equipe escavou e removeu muitas camadas de terra, registrando e preservando tudo que era avaliado como peça de valor histórico.

Nas proximidades do templo de Acabe, o Instituto encontrou as ruínas do templo de Astarote, deusa esposa de Baal e também o templo de Baal. A poucos passos dos templos de Astarote e Baal havia um cemitério, onde encontraram muitos jarros contendo despojos de crianças sacrificadas no dito templo. Daí, a conclusão de que os sacerdotes de Baal serem assassinos de criancinhas, o que esclarece a matança deles pelo profeta Elias, na narrativa de 1 Reis 18.

 Manual Bíblico Henry H. Halley, páginas 184 192, 193. Edição de 1994. São Paulo /SP (Edições Vida Nova).

ELIAS E O PENTATEUCO

As chuvas de outono e o orvalho de verão eram necessários para as colheitas de Israel. O Senhor havia avisado que faria cessar a precipitação de águas das nuvens e o orvalho noturno e das madrugadas sobre a plantação, se o povo se desviasse dEle para servir a outros deuses (Levítico 26.19-8-19; Deuteronômio 11.16-17; 28.23-24).

Neste cenário, o ministério de Elias começa um tanto abrupto. Corajosamente, o profeta não manda recado, não fala aos ouvidos do povo, em pessoa ele comunica o juízo divino ao rei Acabe, que matava os profetas do Senhor enquanto os profetas pagãos sentavam-se à mesa do monarca. Deus determinou que a seca e que a fome deveriam durar três anos e meio na terra de Israel, então, Elias prediz esta grande seca e um longo período de fome, com o qual Israel seria punido pelos seus pecados de idolatria.

Elias orou pela seca e Deus respondeu sua oração, não houve chuva do céu durante três anos e seis meses conforme escreveu Tiago em sua carta (5.17). Diante deste fato, muitos israelitas de coração endurecido pereceram, o gado morreu e a vegetação se transformou em pau e palha.

A RECLUSÃO DO PROFETA

Naquela época, a missão dos profetas de Deus era condenar o pecado e o culto pagão dos israelitas. Os profetas não estavam vinculados ao palácio e nem ao templo judaico, então, o sustento deles dependia totalmente da providência de Deus e da sua comunidade de discípulos.

De acordo com a vontade do Senhor, Elias deveria se dirigir à beira do riacho de Querite, cujas correntes desaguavam no rio Jordão, próximo ao mar Morto. O Senhor determinou que o profeta fosse e permanecesse ali, para receber sua provisão sobrenatural, muito semelhante ao maná e às codornizes durante as peregrinações de Israel pelo deserto (Êxodo 16.13-36).

Às margens do Querite, era possível a Elias saciar sua sede com suas águas correntes, esperasse duas vezes ao dia pão e pedaços de carne trazidos por corvos, seus improváveis fornecedores alados, enviados pelo Criador. Havia condição para que o profeta pudesse aproveitar seu tempo meditando sobre as coisas celestes e orando. A provisão era boa e abundante, embora não fosse um banquete o profeta aprendeu a ficar contente com a providência divina. Assim, enquanto a nação sofria com as dificuldades de beber e comer, o profeta tinha água e alimento suficientes.

A ATUAÇÃO DOS CORVOS

As Escrituras Sagradas narram que Elias foi sustentado por corvos. Infelizmente, existe quem duvide que o Criador proveja sustento aos seus servos de modo fora do comum ou do natural, quando a ocasião é necessária. A palavra hebraica que encontramos em 1 Reis 17.4 é “oreb” (referência 6158 na Concordância de Strong), cuja tradução aos idiomas que a Bíblia Sagrada está traduzida, é “corvo”, inclusive à Língua Portuguesa.

O Senhor é o Criador de todas as coisas, Ele tem controle total sobre os elementos que criou; assim Ele possui controle absoluto sobre as aves dos céus e tudo o mais que existe. 

Devido a seca, o Querite secou. Após a experiência com as aves de rapina, Deus dirigiu Elias até a viúva de Sarepta (cidade em que nos dia de hoje localiza-se o Líbano). Ali, uma mulher estrangeira, desconhecida e pobre, teve a sua fé usada pelo Senhor para a multiplicação da farinha, que serviu como sustento a Elias, para ela mesma e ao filho, por três anos (1 Reis 17.8-24; 18.1).

DEUS DOS IMPOSSÍVEIS

Muitas vezes, a forma de Deus agir está além da lógica humana. Pois, Ele “escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus” – 1 Coríntios 1.27-29”.
De acordo com Salmos 147,9 e Jó 38,41, Deus se ocupa em alimentar até os filhotes dos corvos. Se Ele ouve até os filhotes de corvos quando clamam, não se preocupará com os seus próprios filhos (Mateus 7.9-11). Jesus disse: “Observem os corvos, que não semeiam, não colhem, não têm despensa nem celeiros; contudo, Deus os sustenta. Vocês valem muito mais do que as aves!” – Lucas 12.24.
O Criador preparou um grande peixe para transportar Jonas, salvando-o de afogar-se em alto-mar e para que profetizasse em Nínive; também usou um pequeno peixe que vivia nas águas do mar da Galileia fazendo-o engolir uma moeda com o objetivo de que a moeda chegasse às mãos de Pedro e com ela Pedro pagasse aos romanos o seu tributo e o de Jesus (Jonas 1.17; Mateus 17.24-27).
O Criador usou o canto do galo para despertar a consciência de Pedro, quando este estava enfraquecido na fé (Marcos 14.72).
O Criador usou um jumento, dando-lhe o poder de falar, para que o animal repreendesse Balaão, que se encontrava repreensível; usou um jumentinho como meio de transporte para que Jesus entrasse em Jerusalém (Números 22.27-31; Lucas 19.28-38).
De acordo com 1 Reis 17.4-6, o leitor da Bíblia aprende como Deus trabalha de forma imprevisível para dar bênçãos aos seus servos. Ele age como não imaginamos; realiza fatos onde não haveria nenhuma ocorrência positiva; é responsável por acontecimentos com quem pensamos que nada de bom aconteceria. Quem imaginaria que Deus usaria corvos como garçons do profeta Elias?

OBJETIVOS DO CRIADOR

Tudo o que Deus faz tem um propósito definido. No caso do episódio dos corvos, ao trazer alimentação para Elias duas vezes ao dia, o Senhor quis provar de maneira inequívoca que é o Todo Poderoso. Nesta ocasião, o sustento do profeta em tempo de estiagem mostra a intenção do Criador em se revelar como provedor de seus servos. No mesmo capítulo, Ele mostra ser o Deus que vence a morte ao ressuscitar uma criança e no capítulo 18, através de Elias, desafia quatrocentos profetas de Baal e os vence quando o fogo desce sobrenaturalmente do céu e os consumiu.

CONCLUSÃO

Se confiarmos nas promessas de Deus, haver em nós a convicção sobre a providência de recursos, como demonstrou Elias ao obedecer a ordem de ocultar-se nas proximidades do riacho conhecido como Querite, teremos a garantia de sua provisão.

Elias confiou em Deus para responder às suas orações. Em resposta à confiança de Elias, Deus manifestou-se com os milagres espetaculares registrados na Bíblia Sagrada. Quantas vezes as pessoas afirmam que estão comprometidas com Deus e dizem confiar nEle mas se recusam a tomar posição firme quando é o momento de exercer a sua fé?

Deus não era a causa das dificuldades do povo israelita, eles é que eram a causa por quebrarem o pacto com o Senhor. Enquanto o pecado continuou em Israel, não houve bênção sobre o povo rebelde. A fé em Deus requer não só que digamos que cremos e confiamos nEle mas também que coloquemos realmente nosso o coração, nossa alma e o corpo em suas mãos. Longe de Deus o tempo se fecha e densas trevas cobrem a vida. Só o arrependimento pode trazer de volta as chuvas de bênçãos do Senhor. Se a sua vida tem falta de luz e você está longe da vontade de Deus, amarrado ao pecado arrependa-se, mude de hábitos. Esforce-se para viver próximo do Senhor, entregue o seu coração ao Deus verdadeiro. Só então os céus se abrirão, a chuva cairá e as bênçãos voltarão a florescer.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Examine a pessoa a si mesma


Em Isaías 40.31 a águia é citada em uma comparação ao crente em Deus.

"Examine-se cada um a si mesmo" - esta é a recomendação do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11.28.

No livro dos Salmos (143.8) lemos a seguinte oração, que é o pedido de ajuda à autoanálise: "Faze-me ouvir, pela manhã, da tua graça, pois em ti confio; mostra-me o caminho por onde devo andar, porque a ti elevo a minha alma" - tradução Almeida Revista e Atualizada.

Portanto, sem pressa, todos nós precisamos a cada novo dia reflitir o seguinte: Uma ação de bravura mostra nosso bom ânimo intensamente; uma atitude de civilidade apresenta nosso lado longânime; um gesto de amizade nos aproxima do próximo por meio da paz; e o gesto de obediência às determinações de Cristo nos mantém em comunhão com Deus.


Examine a pessoa a si mesma Examine-a-pessoa-a-si-mesma-1-Corintios-11-28-Salmos-143-8-ave-aguia-observa-se-no-espelho-dagua

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os corvos na Bíblia

Existem cerca de quarenta espécies de corvos no mundo, sendo que podem ser vistos na região de Israel e da Palestina apenas três: o corvus, o corvus corax e o corvus monedula.

Os corvos são da família dos corvídeos, e não possuem nenhuma relação com urubús, da família dos catardídeos, aves rapinadoras muito comuns encontradas a circular nos céus do Brasil a procura de carniça.

Os termos na Bíblia para corvos, em hebraico 'orebh e grego korax, são análogos ao corvo em português, visto que provavelmente se referem à gralha, ave de tamanho menor, mas que também são usados a respeito de todas as variantes da família dos corvos, aves maiores.  1    2    3

1.  A espécie principal de corvo (nome científico Corvus).

O voo do corvo sobre a Palestina.  
Geralmente são todos completamente em cor preta, têm pernas curtas e bicos muito grandes. São onívoros, comem carne. Vivem em grupos mas não formam colônias. Constroem ninhos dentro das copas das árvores em locais de difícil acesso, macho e fêmea se revezam para chocar e alimentar os filhotes. Esse espécie de animal é bastante estudada por demonstrar grande inteligência, demonstram sabedoria para construir ferramentas que lhes torne a vida mais prática. Assim como os papagaios, são dotados da capacidade de imitar a fala humana quando treinados, ou seja, são domesticáveis.  4

2. O corvo encontrado no Neguev (Corvus corax)

Romênia: casal de corvos, espécie Corvus Corax.
A espécie Corax é a mais distinta entre o gênero de corvos. A sua plumagem geralmente é toda preta, embora o seu pescoço e mama tenham tonalidade acastanhada. Escolhem viver em áreas arborizadas e vizinhas de campos abertos ou regiões costeiras.

É encontrada próxima aos córregos da Judéia, nas proximidades do deserto do Neguev. Porém,  também é bastante vista por toda a Europa e Estados Unidos.

A alimentação do Corvo Corax é variada, adapta-se às estações do ano. Comem animais invertebrados, anfíbios e répteis. Mamífero. Carniça. Pássaro, besouro, roedor, larva. Grãos de cereais, bagas, frutas. Resíduo de alimentos humanos e fezes. 

É considerado uma ave inteligente, observa-se que resolve problemas de maneira criativa. Em diversas regiões é tida como uma praga por fazer parte de bando numeroso que desequilibra o ecossistema.

O Corvo Corax é oportunista, aproveita a sobra de carcaças de caça de outros animais, espera que os respectivos predadores transforme a carne em pedaços do tamanho apropriado à capacidade que eles possam ingerir, ou aguardam a ação do tempo para alimentar-se delas. Escondem o excesso de comida, principalmente o que conter gordura, para comer no futuro. Atacam os ninhos do Condor da Califórnia,  e são considerados responsáveis pela ameaça de extinção dessa espécie.

Foi adotado como o símbolo nacional do Butão.  5    6

3. A gralha encontrada na Palestina (nome científico: Corvus monedula).

Gracioso pouso da gralha em Israel

Seu comprimento mede 35 centímetro e pesa aproximadamente 250 gramas. O pescoço é cinza prateado  e a maior parte do corpo tem cor preta. A íris dos olhos tem cores branca e azul. Machos e fêmeas são muito parecidos, sendo a fêmea sempre maior. Juntam-se como casal no primeiro ano de suas vidas e permanecem fiéis um ao outro por toda vida, vivida em bando. Na coletividade, existe a presença de um líder, que geralmente assume o posto em disputa mortal. Alimenta-se de sementes e frutas, insetos e larvas, animais menores e bolotas.

Tanto o corvo como a gralha são parecidos com seus iguais que vivem na Europa Ocidental.  7

As citações bíblicas

É a primeira ave a ter seu nome citado na Bíblia Sagrada. Em Gênesis, capítulo 8 e verso 7. Após quarenta dias das cheias do dilúvio, Noé soltou o corvo e na sequência uma pomba. Entende-se daí que a pomba volta ao seu endereço para comer e descansar, enquanto que o corvo, animal solitário e independente, encontrou farta alimentação a boiar sobre as águas.

Na Dispensação da Lei, o corvo é listado como uma ave proibida de ser usada para alimentação (Levíticos 11.15).

Em Isaías 34.11, o corvo é apresento com a mesma natureza das corujas, a viver em lugares despovoados.

Citados no livro de Provérbios como castigo: "Os olhos de quem zomba do pai e, zombando, nega obediência à mãe, serão arrancados pelos corvos do vale, e serão devorados pelos filhotes de abutres" - (30.17 - NVI). Na cultura hebraica, os corpos sem sepultura eram considerados alvos de grande desonra. Cadáveres descobertos ficam ao alcance das aves.

Em Salmos 147.9 e Jó 38.41, o corvo é apresentado como representante de todas as aves, na questão de Deus providenciar-lhe o que comer.  Jesus fez citação desses textos bíblicos, ao mencionar os cuidados divinos de sustento aos seres humanos, ensinando que o Criador espera que confiemos nEle e não em nossas capacidades, dinheiro ou tecnologias (Mateus 6.26; Lucas 12.24).

Em 1 Reis 17.4, encontramos a informação de que Elias foi alimentado por corvos, às margens do riacho do Querite, a leste do Jordão. Provavemente, as aves levavam ao local a comida excedente que encontravam. Provavelmente, o profeta se serviu de cereais, grãos e frutas.   8    9

E.A.G.

Veja mais: A inteligência dos corvos

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Consultas:
1 - O Novo Dicionário da Bíblia, volume 3, 4ª edição, 1981 (Edições Vida Nova)
2 - Pequena Enciclopédia Bíblica - O. S. Boyer, 19ª impressão, 1992 (Editora Vida)
3 - Dicionário Michaellis, volume I e II, edição Reader's Digest Brasil Ltda / Cia Melhoramentos Ltda, Edição 2000
4 - Wikipedia - http://he.wikipedia.org/wiki/%D7%A2%D7%95%D7%A8%D7%91
5 - Wikipedia - http://en.wikipedia.org/wiki/Common_Raven 
6 - Wikipedia - http://he.wikipedia.org/wiki/%D7%A2%D7%95%D7%A8%D7%91_%D7%A9%D7%97%D7%95%D7%A8 
7 - Wikipedia - http://he.wikipedia.org/wiki/%D7%A7%D7%90%D7%A7 
8 - Bíblia Vida Nova, 2 ª edição 1996, (Sociedade Religiosa Edições Vida Nova).
9 - Bíblia de Estudo NVI, edição 2000 (Editora Vida). 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O pensamento divino e o pensamento humano


"Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor" - Jeremias 8.7 (NVI). 

Sobre o reconhecimento pessoal:

O ser humano é incrível! Ele quer que aqueles que não têm capacidade de observá-los em todo tempo, os observe... E se esquece dAquele Observador que nunca dorme, esquece que Ele os vê diuturnamente. Quer ouvir a opinião de quem pode falhar ao opinar, mas despreza qual seja o pensamente do Opinante Infalível.

Não me excluo desse disparate. 

E.A.G.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pedro, o galo cantor e os profetas modernos

"Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento" -  Provérbios 9./9.

Que Deus nos ajude a não cometer o erro das injustiças, entrar pelo mau costume das generalizações! Nem todas as críticas são positivas e fazem bem. Principalmente aquelas que usam passagens bíblicas contendo adjetivos negativos, para atacar a classe inteira de lideranças evangélicas. Tais citações não servem de constatação de um fato comprovável em sentido amplo, portanto, são injusta. 

Aquilo que desejamos anunciar, falando ou escrevendo, sobre fatos e pessoas, jamais deve ser generalizante. Mas neste tempo digital em que estamos, críticos costumam ser generalizantes, trocam o destinatário específico pelo endereço geral para escaparem das reações de seus atos, sabendo que os maus não gostam de ser corrigidos e advertidos.

É uma pena encontrar cristãos - bem intencionados - fazendo citações bíblicas generalizantes. Que tipo de citação bíblica? Exemplo: usar Mateus 23.23, ou outro versículo similar, em tom acusador. Ninguém passa a ser lobo, mercenário, hipócrita, ou víbora, só porque alguém usou versículos com esses termos.

Que Deus nos ajude a usar bem, com inteligência e responsabilidade, a liberdade de expressão em redes sociais e blogs. 

É costume usar a simbologia do canto do galo como sinal de uma advertência profética para a Igreja moderna, que estaria inteiramente presa às correntes das tradições e amarras de negação. 

O galo é a ave usada como símbolo de marcador de tempo, o seu canto serve para "acordar as pessoas" do campo. Nos velhos tempos de roça, o cantar do galo nas madrugadas era o único despertador que fazia o camponês acordar para ir trabalhar na roça. Tal situação é ilustrada na esfera virtual: o galo cantou e Pedro olhou; o galo cantou e Pedro pensou; o galo cantou e Pedro negou a Jesus e logo tomou consciência que Jesus Cristo o conhecia e olhava para ele com olhar de compaixão.

Jesus Cristo usou o "cantar galo" para "acordar" Pedro da sonolência espiritual no momento que ele o negava conhecê-lo, justamente em pleno momento de padecimento por torturas para abrir a porta da salvação ao discípulo e para toda a Humanidade. 

A cena do cantar do galo seria mesmo correta como representação da voz de profetas modernos na Internet? Em tempos de modernidade virtual, a negação a Deus e o abandono da fé viva em Cristo não é a realidade de todos os cristãos. Portanto, a mensagem daqueles que se dizem profetas do despertamento não é um cantar do galo, não representa o chamado para a exortação geral. 

Os tais "galos da atualidade" dizem usar a virtualidade para escrever o que seriam impedidos de pregar dentro das Igrejas. Justificam-se afirmando que os blogs e redes sociais são meios para comunicar o que não poderiam falar dentro das igrejas. Eles bradam como se estivessem profetizando o caos total da espiritualidade cristã, como se fossem os despertadores de uma geração inteira que dorme espiritualmente. Eles precisam rever esses conceitos.

Aqueles que proclamam ser profetas da atualidade, que pensam ser os galos a depertar cristãos no século 21, dizem que a Igreja moderna nega a Cristo peremptoriamente, e os expulsa dos templos. Não conseguem ver com clareza a realidade em que vivemos. Eles são rejeitados do seio da igreja porque generalizam. Nem todos da Igreja estão fugindo ou dormindo. Nem todos os líderes desprezam o chamado para fazer missões, pastorear, evangelizar, ensinar, profetizar. Nem todos os líderes são materialistas e pensam apenas em arrecadação de dízimos e ofertas para proveito pessoal. Nem todas as tradições litúrgicas são antibíblicas.

A generalização faz com que eles considerem quem esteja acordado como dorminhocos. Não é justo generalizar. A profecia verdadeira nunca erra o alvo a quem a mensagem é dirigida, nunca bate na porta errada.

E.A.G.

sábado, 4 de dezembro de 2010

E o galo cantou...

.

Jesus avisou a Pedro que ele o negaria conhecê-lo. Marcos escreveu: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás (14.30). E conforme o Mestre predisse, Pedro negou conhecer Jesus Cristo e a ave terrestre cucuricou.

Na vida cristã, surgem muitas ocasiões em que temos a oportunidade de revelar a nossa fidelidade ao Senhor por meios de nossas atitudes. Porém, nem todos aproveitam esses momentos. Exemplos: 

Primeira vez: o telefone toca, o filho atende e informa ao pai que àquele vizinho chato quer conversar. Então, a (des)orientação paterna é: "diga-lhe que não estou em casa".

Segunda vez: é sexta-feira. Na repartição de trabalho o expediente está chegando ao fim. Os amigos convidam o marido, cristão evangélico, ao happy hour, sendo que sua esposa o espera para irem juntos ao culto. Ele liga para ela: "Sinto muito, fui escalado para fazer hora extra".

Terceira: No happy hour, uma garota linda demonstra interesse por ele. Então, o cristão evangélico dissimula para não parecer homem casado, sem perceber que é pai de um garotão que o vê como herói, esconde a aliança no bolso e, com a  "namorada", troca o lugar público por um canto reservado.

E.A.G.

Atualizado em 6 de dezembro de 2010 6h25; e em 9 de junho de 2017, 23h24.

domingo, 7 de setembro de 2008

Os altos e baixos de Eli e Samuel e de pastores e jovens na atualidade

Reflexão com base em 1Samuel.

Como todos os personagens bíblicos, quando usados por Deus Eli e Samuel tiveram momentos importantes, e falhas feias quando distantes dEle.

Vale lembrar que Eli não foi um pai exemplar. Seus filhos desagradaram grandemente a Deus. Depois o profeta Samuel, que viveu com ele durante a infância e juventude vendo-o na rotina do lar e no serviço ao Senhor, seguiu pelo mesmo caminho e teve filhos altamente repreensíveis.

Vejo os erros de ambos entre os pastores e jovens de hoje em dia.

O que aprendemos disso?
1 - O mais importante na vida cristã é andar no temor de Deus;

2 - Não é conveniente imitar nossos semelhantes, nem quem julgamos dignos de nossa admiração e gratidão. Eli criou Samuel, então... Não podemos colocar o exemplo de vida dos homens, sejam quais forem, acima dos ensinos das Escrituras Sagradas;
 
3 - Cargos eclesiásticos não fazem uma pessoa mais especial que outras. A carteirinha de pastor e o boleto, pago em dia, da credencial de filiação com a uma convenção eclesiástica, não tornam uma alma mais importante que as demais.
Nas cartas bíblicas estão registradas as qualidades de um pastor que importam de verdade. Está escrito que o pastor tem que ser esposo de uma mulher só e que tenha capacidade de governar perfeitamente seu lar.

Infelizmente, hoje em dia há muitos pastores e jovens nos estilos Elí e Samuel. Pastores erram e jovens copiam seus erros.

Isso é terrível!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Voo das águias


Procurando águias

Águias produzem resultados e aproveitam as oportunidades;
Águias influenciam as opiniões e ações à sua volta;
Águias agregam valor a você e à organização;
Águias atraem outras águias;
Águias preparam outras águias para liderar;
Águias cumprem suas metas e compromissos.

Autor desconhecido / Texto extraído da revista Igreja.