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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Qual é a verdadeira história do monstro do Lago Ness?

O Lago Ness situa-se nas Terras Altas da Escócia, estende-se por 37 quilômetros ao sudoeste de Inverness. O Monstro do Lago Ness seria uma criatura gigantesca que teria um pescoço comprido, cabeça pequena e uma ou mais 'corcovas' e, muitos afirmam, habita neste lago. 

Apesar da longevidade dos relatos sobre

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Credulidade mística

As pessoas estão sendo iludidas, pois o Inimigo de nosas almas dá com uma mão e toma com a outra.

Por Esequias Soares

As práticas esotéricas vêm fascinando a sociedade brasileira, como nunca antes. Jogo de búzios, tarô, cartomancia, astrologia, cristalomancia, quiromancia, necromancia, e todas as categorias de clarividência. Muitas dessas artes de prever o futuro eram proibidas por lei, segundo artigo o artigo 27 da Lei de Contravenções Penais, que considerava "contravenção o ato de explorar a credulidade pública mediante sacrilégios, predições do futuro, explanação de sonhos e práticas semelhantes". O Senado Federal, no entanto, aprovou, no final de 1997, a lei que legaliza a prática de prever o futuro, depois de aprovada pela Câmara dos Deputados.

Os clarividentes ganham espaço cada vez maior na mídia. A televisão brasileira está bombardeando os lares com propagandas esotéricas. A cada dia que passa o número deles vai aumentando. Isso sem contar as feiras místicas espalhadas pelos principais shopping centers do país e os congressos esotéricos promovidos por esses videntes. 

Esse crescimento se deve a dois fatores principais: a credulidade do povo e os problemas sociais e espirituais de nossa nação. O povo brasileiro é muito crédulo e voltado para o misticismo. A começar pela capital. Brasília é reconhecida pelos místicos como uma cidade esotérica, pois nelas se encontra "altar" para todos os ramos do esoterismo. Dizem que o planalto brasileiro atrai energia cósmica.

Virada de ano: qual cor de roupa devo usar no réveillon para atrair paz, dinheiro e felicidade no amor?


Virada de ano: qual cor de roupa devo usar no réveillon para atrair paz, dinheiro e felicidade no amor?


Não troque a fé em Jesus por lendas urbanas e superstições.

Reflita comigo:

Se usar branco atraísse paz, nenhum médico ficaria em depressão; se usar amarelo atraísse dinheiro, o pessoal dos Correios estavam ricos; se usar vermelho resolvesse a vida amorosa, nenhum bombeiro se divorciaria.

domingo, 20 de novembro de 2016

Uma figura estranha na festa?

Lenda urbana? Conta-se que uma jovem evangélica, recém batizada nas águas, cuja família não é religiosa, participava de uma festa em casa. Em dado momento, foi feita uma foto (selfie) para registrar a comemoração. E, segundo dizem, todos ficaram surpreendidos ao olhar a imagem e verem que nela estava uma figura estranha, amedrontradora, entre as pessoas fotografadas.



Algumas pessoas acreditam que seja um demônio. 


Outros, como eu, não acreditam nesta tese de aparição demoníaca. Particularmente, penso que tenha sido o resultado de uma sujeira na lente do celular, que ocasionou um efeito por refratamento.


Analisando pela perspectiva bíblica. As Escrituras Sagradas afirmam que o diabo vem para matar, roubar e destruir. Não diz que ele vem para tirar selfies.

E.A.G.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A superstição difama o caráter de Deus


"Não se deve brincar com a superstição, pois é uma forma de difamação do caráter de Deus; Essa crença presume, inconscientemente, que o Altíssimo é fraco, e não tem poder para controlar tudo. Temor a demônios e a combinações de números ou a certos dias, estrelas e constelações e certos padrões estelares presumem que o Altíssimo criara uma força irresistível nesse mundo, a qual, Ele mesmo, não pode controlar. O Universo seria grande demais para o Senhor, onde se moveria apressadamente daqui para ali, tentando nervosamente controlá-lo."

A. W. Tozer, Os Perigos de Uma Fé Superficial, página 145, edição 2014, Rio de Janeiro (Graça Editorial). 

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O rato, o gato e o comportamento de crentes amadurecidos na fé


A crônica do menino que confundiu um gato como rato dentro de um mercado.
Em um determinado dia, dentro de um supermercado, quando tudo transcorria dentro da normalidade, com clientes realizando suas compras sossegadamente, ouvindo a música de caixas de som instaladas pela gerência, o som estridente da voz de uma criança ecoou naquele espaço tranquilo e assustou a todos:

- Mãe, olhe ali, um rato! – apontando o dedo em direção de um canto de parede.

Imediatamente, as pessoas que estavam próximas olharam, outras deixaram o local em passos largos. Não era um roedor nojento, havia ali um filhote de gato, cujos pelos eram acinzentados, semelhante ao bicho asqueroso, que furtivamente costuma invadir despensas e comer a comida armazenada.

Não é à toa que Jesus Cristo recomenda: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” (João 7.24). 

Nem tudo é aquilo que parece ser. Como cristãos, jamais deveremos julgar precipitadamente atitudes comportamentais sem averiguação completa dos fatos; confundir situações por falta de atenção, agir e falar sem o respaldo bíblico.

Ao ouvir o anúncio desesperado da criança, muitos clientes abandonaram aquele comércio convictos de que realmente exista um rato. Assim acontece também com cristãos que não verificam com seriedade o que ouvem. É necessário analisar tudo e reter apenas o bem, colocar a pregação que ouvimos debaixo da autoridade das Escrituras Sagradas. “Laço é para o homem o dizer precipitadamente: É santo! E só refletir depois...” (Provérbios 20.25 a).

Como ministro do Evangelho de Jesus Cristo, a responsabilidade do pregador aumenta quando emite a Palavra de Deus. Não é conveniente aumentar, diminuir ou distorcer seu conteúdo, não convém transmiti-la de maneira parcial, visando extrair algum proveito próprio. O erro proposital ou não intencional tem suas consequências (Provérbios 30.5-6; Jeremias 48.10; Apocalipse 22.18-19).

Vivamos a vida cristã como crentes amadurecidos na fé. “Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação” – 1 Pedro 2.2 (NVI).

E.A.G.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Idolatria evangélica



Está escrito na primeira carta de João, capítulo 5 e versículo 21: "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos...".

Então, abre-se espaço às perguntas:

1. É possivel que exista idolatria no meio evangélico? 

É lamentável dizer que existem muitos evangélicos idólatras,  é o que mais existe. Por idolatria, entenda-se tudo e todos que ocupam no coração da pessoa o lugar que pertence a Deus.

Basta ir num show gospel para constatar que algumas pessoas no meio cristão demonstram uma espécie de afeto que beira à histeria. Parecem adorar a criatura ao invés de adorarem ao Criador.

2. Quais seriam essas idolatrias?

A idolatria é um sentimento arraigado nas profundezas do coração. É importante deixar claro que existe muita confusão neste assunto. Muitas pessoas confundem o fato de honrar com idolatrar, admirar com idolatrar. É possível prestar honra e admiração sem praticar idolatria, é muito.dificil olhar para alguém e dizer se presta honra, admiração ou idolatria no primeiro lance de observação.

A idolatria do evangélico não é a idolatria que usa como objeto as esculturas da igreja romana. O que é? Em muitos casos é o dinheiro - a avareza é idolatria -, o carro zero km, o orgulho pela denominação evangélica que frequenta,  o marido ou a esposa, os filhos, a residência...

Há quem prefira agradar mais ao gosto do cônjuge e filhos do que cumprir a vontade de Deus, Há quem prefira romper laços de afeto com pessoas por causa de dinheiro e coisas, ignorando ao mandamento de amar o próximo como a si mesmo.

Entre as maiores idolatrias acredito que esteja o Poder Político, Pregadores e Cantores famosos, ministérios e/ou denominação, profetas (ou profeteiros). Idolatra-se gente como se fossem semi deuses, troca-se o sacrifício de Jesus por amuletos, água "ungida" roupas e afins.

Aparentemente outros ainda adoram anjos.

3. O que fazer para combatê-la?

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" - 2 Timóteo 3.16-17.

Através do conhecimento das Escrituras Sagradas e a aplicação de seu ensino é possível  livrar-se da idolatria.

E.A.G.

Artigo publicado a partir de uma participação em debate sobre o assunto no grupo Assembleia de Deus Tradicional em 30 de janeiro de 2015 - https://www.facebook.com/groups/adtradicional/ 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sorte ou azar? A crença no uso de roupa brança na Virada de Ano

Crente pode usar branco na virada de ano?
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Na passagem de ano, eu uso branco, preto, azul... Na verdade, nem sei qual cor usei neste período de ano em anos passados! Não penso nisso... A peça está limpa, é bonita, é confortável? Não está amarrotada? Esses são meus critérios para usar roupas.

Durante uma época da minha vida, percebia um determinado preconceito com a cor preta, diziam que ela dava azar, trazia negatividade, simbolizava coisas ruins. Sempre achei esquisito tal tipo de pensamento.

É necessário que todos nós tenhamos a informação bem nítida em nossas mentes que Deus é o Criador de todas as coisas. Inclusive das cores branca e preta.

Lembrando disso, entendemos que é o Criador que nos abençoa e protege. Pensar que a criação tenha poder de trazer sorte ou azarar é apenas superstição, crendice sem valor.

Deus criou todas as cores. E a nossa vida está nas mãos do Criador. 
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Acho que é bom estarmos preparados para responder ao mundo a razão da nossa fé sobre todos os assuntos, inclusive sobre os comportamentos que adotamos nesta época do ano, porque Satanás gosta de deturpar as coisas e planos de Deus na cabeça da Humanidade, usa as superstições mundanas para distrair o foco da adoração e fé em Jesus Cristo como Salvador.

Ora, se a pessoa não passar entre 31 de dezembro e 1º de janeiro usando vestimentas brancas, o ano não lhe será de vitória? A vitória do cristão vem do Senhor Jesus, não depende de escolha de cor de suas roupas.

É de causar espanto a quantidade de crenças estéreis que existem neste mundo.

Não é certo pensar que Deus não está preocupado se o cristão acredita ou não em superstição. Não é correto dizer que Deus está interessado apenas no coração, e que basta fazer as coisas com honestidade, amor e respeito ao próximo para ser uma pessoa abençoada. Será? Não creio assim, porque acreditar que o branco possui poderes para fazer com que os dias fluam melhor no futuro, é o mesmo que dispensar à criação (neste caso a cor branca) atributos de divindade.

Para o cristão, alegar que se a pessoa comprou a peça de roupa branca e pagou, mesmo que movida por superstição, tudo bem, é um equívoco. A intenção é que fala mais alto, o crente deve sair fora de todo misticismo. Modismos e superstições precisam estar fora do coração do crente. Devemos valorizar a liberdade que Jesus Cristo nos dá.

De fato, usar o branco ou não é irrelevante, desde que as peças de roupas sejam usadas sem extravagâncias, evitando a indecência e sensualidade, e não se deixando prender por lendas sem justicativas bíblicas.

Compro a roupa seguindo o meu gosto pelo modelo da peça de roupa. Posso romper a virada de ano com modelos em branco ou outra cor. Para mim tanto faz se visto essa cor em dia 31 de dezembro ou outro período do ano. Sei que o pecado não se consiste na preferência da cor, mas na intenção que uso minhas roupas.

Eu gosto da cor branco porque ela é suave, discreta, reflete luz, proporciona visibilidade agradável e por combinar com todas as outras cores. Sei que não existe pecado em gostar dela. Aliás, gosto de todas as cores. Entendo que podemos usar todas elas na noite de 31 de dezembro: branco, preto, amarelo, roxo, etc. Se visto a cor preto, passo a virada do ano com a mente traquila, porque sou livre das crendices populares.
Se os cristãos usam branco porque gostam, não há problema nenhum com essa predileção. Os cristãos gozam da liberdade em Jesus Cristo, então o uso depende do gosto de cada um, pode trajar a cor que quiser no momento que desejar.
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Alguns pessoas aceitam a ideia de que a cor branca simboliza a harmonia, paz e pureza. No entanto, os cristãos precisam, tanto na passagem de ano como o ano inteiro, independente se o símbolo seja válido ou não, cuidar para não viver em pecado, porque é o pecado que rouba a harmonia, a paz com Deus e torna o coração impuro. Assim sendo, ao pecar, o que se deve fazer no imediato momento seguinte e não deixar por isso mesmo, é preciso procurar a reconciliação com confissão e arrpendimento (1ª João 1.9).
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A cor da roupa que cobre o corpo fisico não quer dizer nada pois o importante é manter branca as vestes espirituais (Eclesiastes 9.8).

E.A.G.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

As características dos anjos - o estado incorpóreo dos seres angelicais

É compreensível haver interesse em saber sobre os anjos, perguntar que tipo de criaturas são eles, pois a Palavra de Deus nos informa que eles são seres que nos rodeiam e foram formados pelo Senhor de maneira diferente da raça humana.


Através do estudo bíblico, é possível encontrar respostas sobre as características deles, e até encontrar razões que nos motivem a manter firme nossa fé em Jesus Cristo.

As Escrituras esclarecem que Deus é o Criador do que é visível e também do que é invisível: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” - Colossenses 1.16.

Em Hebreus 1.14, encontramos a revelação que os anjos são seres espirituais, enviados para servir aos que hão de herdar a salvação. Ou seja, eles não são composto de matéria, não têm corpo visível aos olhos humanos, e não ocupam espaço material.

Mas, embora os anjos sejam invisíveis e sem matéria, temos relatos bíblicos de episódios em que eles agiram no espaço físico, sendo visualizados pelos seres humanos. Eles puxaram Ló e sua família para fora de Sodoma (Gênesis 19.10,16); na manhã da Páscoa um anjo rolou a pedra que barrava a entrada do sepulcro onde o corpo de Jesus esteve por três dias (Mateus 28.2); um anjo entrou na prisão onde Pedro estava detido e o libertou das cadeias e abriu todas as portas que o mantinham preso (Atos 12.7).

Traços que caracterizam os anjos: são seres poderosos (Salmo 103.20; 2ª Tessalonicenses 1.7, 2ª Pedro 2.10-11); dóceis (Juizes 6.22-23; Lucas 1.30); santos (Mateus 25.31; Marcos 9.38; Lucas 9.26; Atos 10.22); inteligentes ( 2º Samuel 14.17,20); reverentes (Isaías 6.2); obedientes a Deus (Salmo 103.20-21; Mateus 6.20; 1ª Pedro 1.12); e, festivos (Jó 38.7; Lucas 2.13; 15.10).


Ao tocar no tema "caracteristica dos anjos", é importante dizer também o que eles não são.

• A descrição dos gnósticos sobre os anjos não está de acordo com as Escrituras Sagradas.

A cabala, a astrologia, a terapia holística, a numerologia, as ciências ocultas, a tarologia, quando falam sobre quem são e quais são as missões de seres angelicais deturpam todo o conteúdo bíblico sobre o assunto. Todos os cristãos, ao se envolverem com o tema angeologia, devem centrar pesquisa em fontes bíblicas.

Segundo a Bíblia, os anjos atuam de maneira diferente de todas as informações que são passadas pelo movimento Nova Era.


• Os anjos não são agentes intercessores entre Deus e os homens (João 14.13; Atos 4.12; 1ª Timóteo 2.5).

Ao orar, o cristão deve remeter sua súplica a Deus, em nome de Jesus Cristo. Jamais deveremos invocar ou recorrer aos anjos pedindo soluções. Eles são ministros de Deus e agem de acordo com as orientações e autoridade dEle.

Os anjos não devem ser adorados (Mateus 4.10).

Nas Escrituras Sagradas, todas as ocasiões em que encontramos relatos de relacionamentos entre anjos e seres humanos, eles sempre foram respeitados por representarem a Deus, jamais foram adorados.

E.A.G.
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Artigo criado com a intenção de servir como subsídio às classes bíblicas que fizerem uso da revista Lições da Palavra de Deus; ano 6, nº 26. Comentários de autoria do Pastor Walter Brunelli, com o tema Anjo, Mensageiros de Deus (Editora Central Gospel). Texto dirigido à lição nº 3: As características dos anjos.

O conteúdo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

As simpatias e o Ano Novo - feitiçarias caseiras

Eguinaldo Hélio de Souza

Muitos recorrem à milhares de receitas mágicas de domínio popular a fim de resolver seus problemas. Seus praticantes as chamam de simpatias e são largamente empregadas pelo povo brasileiro, sendo difundidas como inofensivas tradições folclóricas. Mas... Será que as simpatias são realmente inofensivas? Que poderes envolvem? Que perigos escondem? Quais os reais limites entre a fé e a superstição? O uso de palavras bíblicas santifica esta prática? Há alguma relação entre a simpatia e a bruxaria?

Possuir respostas para estas perguntas é vital. Pessoas que jamais entrariam em um terreiro ou se envolveriam com algum tipo de ocultismo tornam-se ingenuamente (ou não) vítimas das maldições inerentes a este tipo de prática. A inocência não serve de escudo.

Definindo simpatia

O que é mesmo simpatia? O dicionário Aurélio a define, entre outras coisas, como: "ritual posto em prática, ou objeto supersticiosamente usado, para prevenir ou curar uma enfermidade ou mal-estar". Mas esta explicação é muito branda. A significação de um site sobre simpatia é outra bem diferente para esta prática: "Simpatia é a maneira ritual de forçar poderes ocultos a satisfazerem a nossa vontade".

Este conceito é exato e sincero, uma vez que não são as meras palavras, atos, rituais e objetos que vão levar a realização do desejo do praticante da simpatia, mas, sim, os poderes nela invocados. Não são as gotas do azeite, os pingos da vela e/ou o pano vermelho os verdadeiros objetos da fé. Os praticantes, quando usam destas coisas, colocam sua fé em entidades indefinidas ou em algum santo católico, como no caso de Santo Antônio, Santo Expedito e São Jorge, muito comuns em simpatias.

Isso significa que, mesmo sem intenção, ou involuntariamente, procura-se criar algum vínculo com o mundo espiritual e manipulá-lo de forma a atender nossos desejos. A grande questão é: com quem a magia da simpatia lida?

Brincando com o inimigo

Neste mundo pragmático em que vivemos, o que as pessoas geralmente querem saber é: "Funciona?". O mesmo site comenta: "A simpatia tem grande prestígio, dada a psicologia do povo que quer resultados imediatos, sem tratamento e sem trabalho, trazidos pelas escamoteações da mágica. Em suma, o milagre".

Embora a única preocupação do praticante seja ter resultado imediato, ele, porém, não se detém para questionar qual a fonte do poder por trás das simpatias. Claro que a maioria não funciona, e o aparente efeito de algumas não passa de coincidência ou auto-sugestão. Mas quando se trata de um "milagre" real, os envolvidos não questionam o autor do suposto milagre, nem sequer cogitam que estes "poderes ocultos" têm como fonte os espíritos malignos.

A Bíblia relata que quando Moisés foi enviado por Deus ao Egito para falar a faraó acerca da libertação do povo hebreu, lançou sua vara ao chão e Deus a transformou em cobra. Entretanto, os magos egípcios fizeram o mesmo com seu poder (Êx 7.10-12). Os milagres foram iguais, mas a fonte deles era antagônica: Moisés invocava ao Deus verdadeiro, e os outros, cultuavam falsos deuses e espíritos malignos.

Assim, pode-se depreender que desejar milagres e não se preocupar com a "fonte de origem" é abrir a porta para a atuação do diabo. Sobre o poder do diabo em obrar prodígios a Palavra de Deus esclarece: "A vinda desse iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem. Perecem porque não receberam o amor da verdade para se salvarem" (2Ts 2.9,10; grifo do autor).

Fé e superstição

"De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10.17). Logo, a fé bíblica, a fé verdadeiramente cristã, é uma conseqüência de se ouvir e aceitar a Palavra de Deus. A superstição, elemento essencial das simpatias, não tem seu fundamento nas Escrituras Sagradas, se é que possui algum fundamento. As pessoas que se envolvem com simpatias, o fazem pela indicação de outro, e não se preocupam em analisar os poderes ocultos que se escondem por trás das mesmas.

Mesmo o uso de objetos, palavras e atos narrados na Bíblia podem se degenerar em superstição. Embora a Palavra de Deus se utilize desses elementos, tais elementos, no entanto, só têm valor quando baseados na fé. "Tudo o que não é por fé, é pecado" (Rm 14.23).

Temos de fazer distinção entre as narrações bíblicas e os princípios bíblicos. Quando Deus ordenou ao povo de Israel que desse voltas ao redor dos muros de Jericó e tocasse trombetas para que os muros caíssem (Js 6), não estava ensinando com isso um ritual de "como derrubar muros". A Bíblia é explícita ao dizer que "pela fé caíram os muros de Jericó" (Hb 11.30), e não pelo simples fato de serem rodeados. Houve uma ordem específica de Deus e uma obediência em fé correspondente, então Deus operou. A vitória veio de Deus pela fé, e não porque aquele era um ritual mágico.

Da mesma forma, o fato de Jesus ter cuspido na terra, feito lodo, passado nos olhos de um cego e este ter sido curado após lavar-se no tanque de Siloé, não significa que Jesus estava ensinando, com isso, um ritual para curar cegos (Jo 9.11). Aquele foi um milagre produzido pelo poder de Cristo mediante a fé, e não passos a serem seguidos pelos cegos que buscam cura. A Bíblia estava narrando um acontecimento, não ensinando um ritual para curar cegos.

É importante também mencionar a repetição de palavras que geralmente está inserida nas simpatias. Jesus condenou a prática das chamadas "rezas", quando disse: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles..." (Mt 6.7,8). Embora no dicionário orações e rezas sejam palavras sinônimas, na prática, porém, as rezas tornaram-se fórmulas mágicas com poder em si mesmas, e não representam nenhuma manifestação de fé, no sentido bíblico.

É bom ratificar que, biblicamente, fé significa confiar (crer) em Deus e em Cristo (Jo 14.1). Os cristãos oram e tomam atitudes confiando nas promessas divinas, e não em meras palavras e atos por si só. Os praticantes da simpatia não agem de acordo com um relacionamento pessoal com Deus ou Jesus.

O nome de Deus em vão

"SALMOS 37 e 38 - Leia os salmos 37 e 38 três vezes ao dia, durante três dias. Após tê-lo feito, publique o texto (salmo) no jornal no quarto dia e veja o que acontece. Faça dois pedidos difíceis e um impossível".

Tem-se popularizado o uso de Salmos, ou mesmo do nome de Jesus, como simpatia para a resolução de problemas. Todos os dias, os jornais trazem uma coluna de agradecimento ou de recomendação de pessoas que aconselham os leitores a usar o "salmo tal" ou a "palavra tal" para resolverem seus problemas e alcançarem alguma coisa.

"Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20.7). Embora alguns achem que, ao citarem a Bíblia, Deus ou Jesus valida este tipo de atitude, o oposto, no entanto, é que é verdade. As pessoas estão, de fato, querendo manipular a Deus por meio de palavras e ritos, quando a Bíblia ensina que isto é abominável aos seus olhos.

Nós, os cristãos, mais do que ninguém, reconhecemos o poder da Palavra de Deus. Mas este poder só é válido quando tomamos toda a Bíblia como regra de fé e conduta, e não quando extraímos trechos isolados e os usamos com um ritual, ou quando escrevemos um salmo ou outro trecho qualquer das Escrituras e os usamos como talismã. O salmo 91 é Palavra de Deus e, se creio nele e o aplico em minha vida, ele trará resultado. Entretanto, o mero pano ou papel onde ele está impresso não é um talismã para ser colocado atrás da porta para me proteger de espíritos malignos.

Temos de tomar cuidado para que a nossa fé não se deteriore em superstição e idolatria. Em Números 21.4-9, Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e colocasse sobre uma haste. Todos os israelitas que olhassem para ela seriam curados, e assim aconteceu. Todavia, com o passar dos dias, o povo de Israel, ao invés de colocar sua fé no Deus que os curava ao olharem para a serpente de bronze, puseram sua confiança na própria serpente e passaram a adorá-la e a oferecer-lhe incenso. Substituíram Deus por um dos instrumentos que Ele usou para abençoá-los. Por isso o rei Ezequias ordenou sua destruição: "Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã" (2Rs 18.4; grifo do autor).

Feitiçaria caseira

"A bruxaria está na moda, e é possível encontrar cada vez mais adeptos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. Suas fileiras exibem advogados, contadores e engenheiros [...] As feiticeiras modernas não gostam de ser chamadas de bruxas. Preferem o termo medieval wicca (pronuncia-se uíca), que deu origem à witch (bruxa em inglês). A palavra vem do alemão arcaico, wic, que significa dobrar, porque a mágica teria função de mudar ou 'dobrar' os acontecimentos". Mas, como diz Eddie Van Feu em seu livro Wicca - Rituais: "A verdade é que wicca é só um termo mais bonitinho para bruxaria".

Os que consideram exagero comparar simpatia e feitiçaria fariam bem em atentar para este assunto. Vejamos os rituais ensinados no mesmo livro sobre wicca:

Para proteger seu lar

"Deixe romãs abertas na janela da casa para trazer paz e harmonia para sua família", ou: "Faça uma cruz com dois pedaços de canela em pau e coloque-a escondida atrás da porta em sua escrivaninha".

Para ter amor

"Guarde uma rosa ou um amor-perfeito dentro de seu livro de poesia ou do seu romance favorito. Tenha-o sempre à cabeceira, pois este é um poderoso talismã".

Perguntamos: qual é, então, na prática, a diferença entre a simpatia e a bruxaria? Ambas se apóiam em rituais, objetos e palavras para alcançar seus objetivos. Ambas utilizam elementos cristãos. Ambas definem apenas vagamente os poderes envolvidos na realização de seus "encantamentos". Em outras palavras, são usados apenas termos diferentes em relação ao mesmo tipo de prática. As forças malignas utilizadas pelos bruxos na História Antiga e Medieval continuam sendo acionadas por meio das chamadas "simpatias". O sincretismo cristão encobriu essa realidade, mas não pode mudar a essência do que realmente envolvem essas práticas.

Os historiadores são unânimes em admitir que o catolicismo português trazido para o Brasil era fortemente influenciado pela bruxaria européia. Como resultado, as mesmas práticas continuam sendo realizadas "camufladamente". Logo, simpatias nada mais são do que bruxarias caseiras efetuadas por pessoas que apenas querem resultados e estão dispostas a fazer qualquer coisa para alcançá-los.

Livrando-se da simpatia

"Andamos por fé, e não por vista" (2Co 5.7). Este é o fundamento da fé evangélica e bíblica. Quando o relacionamento diário com Deus se baseia em objetos, fórmulas, rituais e/ou palavras previamente estabelecidas, então ocorre um afastamento. Não importam quantas "graças" as pessoas digam que alcançaram por este meio, isto não prova que foi Deus quem realizou nada. O Novo Testamento rejeita completamente o uso de tais subterfúgios para se alcançar resposta divina, e o Velho Testamento só o faz quando é orientado por Deus e, mesmo assim, como símbolos espirituais de Cristo.

Não se engane, caro leitor, mexer com simpatia é mexer com o oculto, e todo benefício que resultar disso é aparente. "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios (receitas de simpatia e magia) [...] Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem. Tudo o que fizer prosperará" (Sl 1.1-3; parênteses do autor).

Notas:
Novo Aurélio - O Dicionário da Língua Portuguesa Século XXI, Ed. Nova Fronteira.
Classificados do jornal A tribuna, de Santos, de 22/03/03.
Revista Época, 21 de out. de 2002, p.86.
Eddie Van Feu: carioca que estreou no mercado editorial nacional com a revista Olha à frente!, Ed. Escala, onde assinou muitos outros materiais. Atualmente, edita a Talentos do Mangá e escreve uma bateria de livros de Wicca, além de produzir diversos roteiros para desenhistas de todo o Brasil.
Wicca - Rituais, Eddie Van Feu, Ed. Escala, p. 11.
Ibid., p. 23-4.
Lidiomar Trazini. Comunidade Guerra Espiritual - Lidiomar Trazini

sábado, 14 de junho de 2008

A SUPERSTIÇÃO DO JEJUM


Ontem foi mais uma sexta-feira, dia 13, quando encontrei novamente algumas pessoas dizendo que esta data atrai azares. E, outra vez, ouvi fórmulas mágicas para se escapar das maldições oriundas dessa ocasião. Também me lembrei que a superstição é uma prática religiosa.

No Mini Dicionário Aurélio encontramos:

"Superstição sf . 1. Sentimento religioso baseado no temor e na ignorância, e que induz a admitir falsos deveres, recear coisas fantásticas, etc. 2. Crença em presságios tirados de fatos apenas fortuitos. 3. Apego exagerado e/ou infundado a algo".

Eu não desprezo a prática do jejum. Jejuar é bom, mas viver no jejum é exagero. O jejum serve para quebrar a carne, deve ser feito com raciocínio bem ativo, pois o nosso corpo é templo do Espírito Santo e precisamos cuidar dele (Romanos 12.1-2).

Está errando quem pratica o jejum como uma fórmula supersticiosa acreditando que só assim, através do rigor ascético, alcançará as respostas positivas e proporcionará alegria ao Senhor. Quem está agindo desse jeito precisa rever seu conceito sobre a fé cristã pois está escrito nas Escrituras Sagradas que agradamos ao Pai quando obedecemos aos mandamentos de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Não é parando de nos alimentar.

Para Deus sempre é mais importante a razão das coisas que fazemos do que propriamente o que fazemos. Ele vê as intenções de cada coração.

Há muitos religiosos jejuando com propósitos errados. A Bíblia mostra que existem pessoas equivocadas cuja sua prática de jejum responde aos anseios da sua carne e não às necessidades do seu espírito.

Isaías 58.4a - "Eis que, para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas impiamente";

Colossenses 2.17a, 20-23 - "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados... Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêssemos no mundo, tais como não toques, não proves, não manuseies? As quais todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne".


E.A.G.