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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Joquebede e o nascimento e educação de Moisés

Joquebede casou-se com Anrão, da tribo de Levi, durante os anos que o povo de Israel foi escravo no Egito. Ela viveu numa época em que a carga de trabalho dos israelitas era muito pesada, e a vida tornou-se amarga e de dura servidão [Êxodo 1.8-13]. 

Joquebede ficou grávida pela terceira vez quando já tinha Miriã e Arão. Moisés nasceu num momento de grandes

domingo, 7 de abril de 2019

Entrando no Tabernáculo - o pátio

A réplica do Tabernáculo no Parque Timna
Estrutura recriada por Shimon Eliezer Halevy
Deserto de Neguev - Israel.

INTRODUÇÃO

Existe uma confusão na mente dos cristãos de nossos dias, entre o que é literal e o que é figurado. O cristão precisa saber que a tipologia do Antigo Testamento é rica, obedece princípios hermenêuticos que resguardam a verdadeira tipologia ao seu significado e aplicação à vida cristã.

A história do Tabernáculo, nome derivado do verbo "habitar", também conhecido como Tenda da Congregação, não é uma mera descrição de um santuário qualquer, possui um significado profundo. Conforme Hebreus 9.23-24, as coisas do Tabernáculo são figuras de coisas relativas ao céu. Há um propósito para haver uma descrição tão detalhada a esse respeito. A concepção do Tabernáculo reflete os pensamentos de Deus; fala-nos da glória que há no céu, da cidade de ouro e da nova Jerusalém. No céu, toda a riqueza e glória estão reunidas na maravilhosas Pessoa do Filho de Deus, em nosso Senhor Jesus Cristo, que é o centro dos pensamentos e propósitos, desde a eternidade passada até a futura.

É importante ao cristão hodierno ter conhecimento do significado do Tabernáculo, uma vez que este templo portátil é um dos símbolos da Antiga Aliança. A despeito da banalização que se faz da tipologia bíblica, é necessário resgatar os valores, conforme a revelação exposta na Bíblia.

I. O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL

Visto que o Tabernáculo era o lugar onde Deus escolheu para manifestar a sua presença de glória aos israelitas, entendemos que tornou-se o lugar de encontro entre Deus e o seu povo. Conhecer a tipologia é de vital importância, porque não é matéria para ser relegada ao conhecimento dos cristãos. Ao estudar os detalhes em torno do Tabernáculo, nos deparamos com o simbolismo que envolve o plano de Deus para salvar o pecador.

O Altar do Tabernáculo

As medidas do Pátio eram de cem côvados por cinquenta, o equivalente a quarenta e cinco metros por vinte e dois e meio, aproximadamente. Não existia portas laterais e nem traseiras; a entrada só era possível pela Porta Principal. Dentro da Cerca de linho fino retorcido estavam o Altar de Bronze, ou cobre, usado para os sacrifícios; e a Bacia de Bronze, ou cobre, que era usado para o asseio dos sacerdotes, antes de eles entrarem do Santuário. O acesso do povo ao Santuário só era permitido através do sacerdote, que oferecia os sacrifícios pelos pecados e os sacrifícios de gratidão do povo.

O Pátio era como se fosse um "redil de ovelhas". Entre outros significados, "redil" tem os sentidos de "casa" e "morada". O pastor permanece a maior tempo com o rebanho e age como guardião das ovelhas, carneiros e cordeiros.; assim também é o Deus de Israel, que propôs a Moisés construir uma morada especial no meio das tribos israelitas, para que Ele se fizesse presente e se manifestasse ao seu povo.

O desejo de Deus em habitar com os homens não se refere somente aos dias do povo de Israel no deserto. Aplica-se também ao nosso tempo e ao futuro quando haverá o novo Céu e a nova Terra, conforme consta o texto bíblico de Apocalipse 21.1-3:  "Eis o tabernáculo de Deus com os  homens, Deus habitará com eles...".

1. As montagens provisórias do Tabernáculo.

Quando Moisés chegou às planícies do Sinai, o povo ficou maravilhado pela beleza exuberante da região, das suas montanhas e sol radiante, sem saber que ali era o lugar que Deus estaria presente. A partir de então, os hebreus deveriam reconhecer a autoridade de Moisés e aceitar o projeto de construção do Tabernáculo. Moisés liderou a execução, que ocorreu nas proximidades do sopé do Monte Sinai, dois anos após a saída do Egito (Êxodo 40.2, 17), quatorze dias antes da celebração da Páscoa.

Após o povo de Israel ter construído o Tabernáculo, Deus o encheu com a sua glória. Sem a glória da presença divina, o trabalho não teria sentido e seria considerado inacabado. Deus quer encher a Igreja com a sua gloria e também a vida de cada cristão. Ele quer abençoar os cristãos com sua glória enquanto ofertamos a ele a nossa adoração por meio de louvores e ofertas voluntárias apropriadas.

Em sua peregrinação pelo deserto, o povo de Israel montou o Tabernáculo  em Gilgal, em Siló,  (Josué 4.19; 5.10; ; 9.6; 10.6, 43; e Josué 18.1) Israel peregrinou pelo deserto por aproximados quarenta anos, sendo trinta e oito em Cades-Barneia. Ao entrar em Canaã, quando Moisés já era morto, Josué assumiu a liderança à condução do povo (Deuteronômio 34.5-9). Então ele encorajou o povo para a montagem do Tabernáculo em lugar fixo, ainda não habitado e limpo. Quando Davi conquistou Jerusalém, determinou que o Tabernáculo fosse montado na cidade para que a Arca da Aliança tivesse o seu local de estadia permanente.

2. A posição do Pátio do Tabernáculo.

Acerca da centralidade de Deus no meio do seu povo, é importante observar que havia a provisoriedade do Tabernáculo. Ele era montado e desmontado, bem como a posição geográfica dele, posicionado no meio das doze tribos, representando assim a centralidade de Deus entre o seu povo. Como centro do povo de Israel, Deus é o centro da Igreja de Cristo e, em consequência disso, o centro da nossa vida. Nada pode ocupar o lugar de Deus em nosso coração.

A centralidade do Pátio remete á centralidade de Deus na Igreja de Cristo. Assim como Deus era o centro das doze tribos de Israel, Ele o é na Igreja.

O Santuário e todos os seus utensílios simbolizam a presença de Deus no meio do povo; posteriormente, Jesus cumpre a missão de Deus-presente e, após o Pentecostes, o Espírito Santo é o Deus presente em nós (Mateus 1;23; 28.20; João 1.14; 14.16). 

3. A posição do Exército de Israel em torno do Tabernáculo.

II. A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO TABERNÁCULO

Algumas igrejas fazem figuras do judaísmo para servirem de base para os cultos cristãos. Ainda que não fabriquemos figuras materiais com finalidades de veneração em nossas igrejas, o que tem que prevalecer é o modo cristão de cultuar, quando se cultua em "espírito e em verdade". Os únicos elementos usados no culto cristão são os ingredientes da Santa Ceia: o pão e o vinho.

1. O cortinado de linho branco da cerca do Pátio.

O linho é uma planta têxtil com aproximadamente de cinquenta centímetros de altura e de flores de um azul vivo, muito cultiva às margens do rio Nilo, notável por sua maciez e brancura deslumbrante. Das sementes, é possível extrair um óleo para preparação de tintas e vernizes. Nas Escrituras, o linho é símbolo da justiça dos santos. (Êxodo 27.5). Em Ezequiel 16.10, o Senhor declara que vestiu o seu povo com o linho fino e o cobriu com seda.

As cortinas do Pátio tinham dupla função. Preservavam a morada de Deus no Santuaário e impediam a entrada do pecador impenitente.

2. Colunas, cortinas e varais do Pátio (Êxodo 27.10-12).

Deus é santo e não podemos perder a perspectiva da santidade da Igreja de Cristo. Como o povo de Israel, ao passar por aquela cerca, deveria lembrar que o lugar era santo porque o Santo dos santos habitava, a Igreja de Cristo tem a consciência do caráter santo do Pai celeste.

3. A cerca de linho: a santidade e a justiça de Deus.

A delimitação do pátio era feita de um cortinado de linho branco e de colunas de bronze, uma imagem que representa a santidade de lugar e a justiça de Deus (Isaías 6.3; Salmos 71.19). Por este motivo, somente os ministros do Santuário podiam andar no pátio, somente eles tinham a missão de de ministrar os cerimoniais de sacrifícios pelos pecados os povo. O pecador não tinham acesso ao Santo dos Santos, senão através do sacerdote.

III. A PORTA DO PÁTIO

1. A Porta do Pátio: uma tipificação do único caminho (Êxodo 27.16)

Cortinas de linho cercavam o pátio (o átrio) onde estavam o Altar do Holocausto, a Bacia de Bronze e a Casa de Ouro coberta de tapetes. As cortinas, bem brancas, faziam contraste com com as tendas cinzentas ao redor, onde o povo hebreu morava.. Transmitiam a impressão de pureza e santidade que se requer em seu interior; mediam dois metro e meio de altura, impedindo que se olhasse por cima, deixando claro que a entrada era restrita.

Mas não é possível ter acesso a Deus de qualquer maneira, muitos dizem ser seguidores de Cristo, mas estão conformados com este mundo sujo, o comportamento pessoal contrasta drasticamente com a santidade do Senhor, , vivem como moradores das tendas cinzentas. A vida do cristão tem que condizer com a brancura das cortinas, suas vestiduras precisam estar  alvas como a neve.

O povo que vivia ao redor era tão pecador quanto nós. Estamos manchados, sujos e com pecado. "Não há quem faça o bem... com a língua urdem o engano... todo o mundo é culpável perante Deus... todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.10-23).

Para aproximar-se de Deus, é necessário haver no coração humano a disposição sincera para reconhecer a condição de pecador, apenas desta maneira Ele nos aceita. Ao lado oriental do Tabernáculo havia uma porta  aberta para o pecador arrependido. Do mesmo modo, também, há um caminho nos dias de hoje, pelo qual os pecadores podem ir a Deus. O Senhor disse: "Eu sou o caminho"!
• A porta é ampla.
A entrada media vinte côvados, cerca de dez metros. Não é comum encontrar portas tão amplas assim. A tipificação deste cenário nos leva a entender que o amor de Deus dispõe de uma porta assim, para que todos que quiser entrar não encontre impendimento. Tal situação, fala que a entrada é livre para todos. Deus é Salvador, e quer que todos os seres humanos sejam salvos (1 Timóteo 2.3-4; Apocalipse 22.17).
• A porta é bonita.
A aparência da porta era magnífica. Possuía quatro cores, estava embelezada com relevos de bordadura em estofo azul, púrpura, carmesim sobre um fundo branco. A beleza era um convite a entrar. 
• Entrada facilitada.
A porta não era confeccionada com metal ou madeira. Era uma cortina com vinte côvados de largura e cinco de altura. Até mesmo uma criança pequena poderia entrar. Jovens e velhos também.
• Há apenas uma porta.
O próprio Senhor Jesus Cristo nos deu o significado desta porta quando realizava o seu ministério terreno. Ele disse: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo (João 10.9). Por meio dEle temos acesso ao Pai (Efésios 2.18; 3.12); só Jesus é o Mediador entre Deus e o homem (1 Timóteo 2.5).
Nada foi colocado na Bíblia por acaso. Todos os materiais usados para construir o Tabernáculo e objetos usados nos rituais tinham seu significado e simbologia, cujo critério o cristão precisa guardar em seu coração, pois ensinam sobre Deus e seus propósitos para conosco. É digno de nota que os objetos feito de bronze mostram que, quanto mais longe do Lugar Santíssimo, menor era o valor dos materiais usados, o que nos ensina que é preciso viver de modo especial para Deus (Êxodo 27.19; 2 Timóteo 2.19-22).

2. As quatro colunas e suas bases: uma tipificação do Evangelho (Êxodo 27.16).

As quatro colunas são apontadas pelos estudiosos como sendo o simbolismo dos quatro Evangelhos do Novo Testamento; a representação dos quatro cantos da Terra.

3. As cores da cortina de entrada: diversos tipos (Êxodo 27.16).

CONCLUSÃO 

O Pátio do Tabernáculo mostra pelo menos três verdades que podemos tomar como imagem para a nossa vida: Deus é o centro; Deus é santo; Cristo é o único caminho para a vida eterna. Portanto, é preciso ficar claro que não podemos perder a dimensão da centralidade de Deus.

E.A.G.

Sumário / Elienai Cabral definido por ele mesmo
Lição 1 - Tabernáculo, um lugar da habitação de Deus
Lição 2 - Os artesãos do Tabernáculo

segunda-feira, 25 de março de 2019

Os artesãos do Tabernáculo

Os 12 pães e a mesa da presença, coberta de ouro puro.
1 mt de comprimento; 50 cm de largura; 70 de altura.
Símbolo de gratidão a Deus pelo pão de cada dia.
(Êxodo 25.26-30; Levítico 24.5-9; Lucas 11.3) 

Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

No capítulo 25 de Êxodo, encontramos a determinação de Deus a Moisés para que fosse feito um santuário, determinação esta seguida pela promessa de que após construído nele o Senhor iria habitar. O Tabernáculo era símbolo da Igreja de Cristo, na qual hoje Ele habita e manifesta sua glória.

Por requerer o resgate da alma de cada pessoa adulta, no monte Sinai, Deus traçou o desenho de um altar para a queima de incenso (Êxodo 30.1-16), instruiu Moisés para fazer uma grande bacia na qual os sacerdotes pudessem lavar as mãos ao oferecer sacrifícios (versículos 17-21). Moisés também recebeu fórmulas para a produção de um óleo a ser usado especificamente para unção durante a adoração (34-38) e foi informado que pessoas existiam pessoas especialmente dotadas com habilidades necessárias para construir o centro de adoração ao Senhor (31.1-11). 

I - HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS

Deus chama pessoas singulares para executar serviços notabilissímos.

1. Bezalel e Aolide, chamados por Deus (Êxodo 31.1-11).

A narrativa desse texto nos faz saber que Deus identificou dois artífices por nome como especialmente escolhidos, e divinamente habilitados, para realizar tudo o que Ele revelara a Moisés (Êxodo 28.3; 36.1). Ambos foram separados pelo Senhor, de tantos outros obreiros, como os artífices para realizar a obra do Tabernáculo: "a tenda da congregação; a arca do testemunho; o propiciatório e todos os móveis da tenda; e a mesa com seus utensílios, e o altar do incenso; e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua base; e as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos (...) e o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário, farão conforme tudo que tendes mandado".

Esse texto mostra os seguintes nomes:
• Bezalel, empregado para ser o arquiteto ou mestre de obra. Era da tribo de Judá, neto de Hur, provavelmente o mesmo Hur que ajudou a segurar as mãos de Moisés (Êxodo 17).
• Aoliabe, da tribo de Dã. 
As Escrituras Sagradas dizem que Bezalel era homem que esbanjava habilidades artísticas, além de cheio do Espírito de Deus, de sabedoria, entendimento e conhecimento em todo tipo de habilidades (Êxodo 32.2; 35.30; 36.1-2; 37.1-9; 35-8.22; 1 Crônicas 2.20 e 2 Crônicas 1.5). Aoliabe era uma mestre de obra, desenhista e bordador (Êxodo 31.36; 35.34; 36.1-2; 38.23).

2. A prerrogativa de Deus (Êxodo 31.2,3).

Bezalel e Aolibe foram chamados de "artices dotados", o que sugere habilidade previamente desenvolvida. Eles eram experientes para desenvolver a tarefa complexa que Deus havia prescrito (Êxodo 25-30). É provável que tenham selecionado uma equipe de artistas e artesãos, e supervisionado o andamento da empreitada para que tudo a missão fosse concluída de acordo com as ordens de Deus (versículo 11). Não e possível afirmar quanto tempo levou.

Bezalel foi quem fez a maior parte do serviço (Êxodo 37-38; 38.22).

3. A pluralidade do serviço cristão (Romanos 12.4-8; 1 Coríntios 12.8-10, 28).

Êxodo 31.2 mostra o momento que Deus nomeou Bezalel como o desenhista e artíce dos móveis do Tabernáculo. Nomear alguém para alguma coisa implica em chamar pelo nome para ocupar um determinado cargo. Quando o prefeito, governador e presidente que nós votamos se elege, ficamos na expectativa para saber quem serão as pessoas nomeadas por ele. Se ser nomeado por um político gera expectativa, estar nomeado por Deus é um enorme privilégio.

Todos os crentes em Cristo estão nomeados por Deus. O Senhor nos chama pelo nosso nome. Segundo João 15.16, nós fomos nomeados pelo Senhor. Portanto, é preciso priorizar a maravilhosa sabedoria dos desígnios de Deus e viver ao mesmo tempo em e para Cristo, usando devidamente os dons espirituais e talentos naturais dados por Deus.
A arca da aliança
Caixa de 1,20 m de comprimento , 0,75 de largura e 0,75 de altura.
Armazenava as 2 tábuas dos Dez Mandamentos; 1 vaso de maná; e a vara de Arão.
Feita de madeira de acácia e revestida de ouro puro.

II. CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (Êxodo 31.3-5)

1. Cheios do Espírito para realizar a obra (versículo 3).

O Espírito de Deus dá variedades de dons. Assim, os artesãos se aplicaram às instruções dadas por Deus e completaram a obra sem que nada os desabonassem. Eles cumpriram cada pormenor da planta à risca. Duas vezes foi registrado nos capítulo 35 e 40 de Êxodo "assim o fizeram". Mais tarde o Templo construído por Salomão seguiu o modelo do Tabernáculo. E deveria ser exatamente assim, pois o projeto de origem divina visava imprimir na humanidade muitos ensinos da fé cristã, era a figura  que anunciava coisas futuras (Hebreus, capítulos 9 e 10).

2. Habilidades especiais para obras especiais (versículos 4 e 6).

Deus nos dá muitos tipos diferentes de capacidades e habilidades.

As listas de dons espirituais dadas no Antigo Testamento se trata de uma relação completa, porém, são representativas. A passagem bíblica (31.1-11) enfatiza o papel do Espírito Santo em capacitar artesãos para construção do tabernáculo. Na Dispensação da Lei, o Espírito se manifestava apenas sobre os indivíduos que fossem chamados para uma tarefa determinada, agora, na Dispensação da Graça o Espírito mora no coração de todos os em todos os crentes que sempre optam pelas ações corretas (1 Corintios 3.16).
Altar do incenso

III. USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS

1. Os talentos (habilidades) de Bezalel e Aolide.

Em Êxodo 31. 2-6 encontramos os nomes, Bezalel e Aolide. Mas não apenas suas identidades, com tais informações também aparece a reputação dos dois indivíduos (31.3b-4; 35.30-36.2).

O perfil de Bezalel o mostra como alguém que possui admirável domínio do seu ofício de artesão. Mas vai além dessa descrição humana ou terrera, fala sobre a variável de origem celeste. Ele não era apenas o profissional das artes, pronto para desempenhar uma tarefa muito importante, muito além de suas habilidades impressionantes havia a característica do seu bom relacionamento com Deus. O que quer dizer que se houvesse outros artesãos no mesmo nível de preparo intelectual e técnico, Bezalel era mesmo o mais preparado entre todos na sua área profissional.

O relato sobre Aolide nos permite saber que aqueles dois homens eram portadores de inteligência e habilidade perfeitas para elaborarem tudo o que era necessário no Tabernáculo. Ambos estavam tomados inteiramente pelo Espírito de Deus, aptos para elaborarem com perfeição o fabrico de todos os elementos previstos por Deus ao serviço religioso no Tabernáculo.

A expressão "cheio do Espírito" aparece nas passagens bíblicas de Êxodo 28.3; 35.31; e em Deuteronômio 34.9. Nessas porções da Bíblia existe o objetivo de Deus adequar o indivíduo para uma tarefa que serve ao bem-estar do povo de Deus. Provavelmente, este é o propósito arraigado nas expressões contidas em Lucas 1.15, 41; Atos 2.4; Efésios 5.18; e 31.3.

2. Os talentos revelados na Igreja (Mateus 25.14, 15).

Há pessoas que possuem dons inerentes, fazem com extrema habilidade coisas que outros por mais que se esforcem não conseguem realizar com a mesma qualidade. A habilidade nata facilita a ascensão rumo ao êxito pessoal e profissional, porém não nos mantém no topo. É preciso existir em nós a sabedoria, saber usar o bom senso para nos manter dentro dos nossos objetivos. Use a abundância de sabedoria e bom senso, e você obterá e manterá o sucesso necessário para sua vida, como crente em Cristo, como cidadão, sendo o cônjuge no lar, no papel de pai ou mãe, na função profissional e na eclesiástica.

Segundo alguns teólogos, apenas sete pessoas tiveram o privilégio de ouvir Deus citar seus nomes mais de um vez: Abraão e Jacó (Gênesis 22.11; 46.2); Moisés (Êxodo 3.4); Samuel (1 Samuel 3.4-10); Marta e Simão  (Lucas 10.4; 22.41); e, Saulo (Atos 9.4).

CONCLUSÃO

Precisamos reconhecer que cada talento vem do Senhor e dedicar-lhe a glória. Encaremos cada talento que há em nós como dom de Deus, estejamos sempre dispostos a usá-los para a glória dEle. Oremos para que Ele nos ajude a fazer o que nos chamou para fazer; e nos mostre como nos manter cheios do Espírito, cheios de sabedoria e habilidade, compreensão e inteligência para usar todo conhecimento adquirido com excelência.

E.A.G.

Compilação:
Guia do Leitor da Bíblia - Uma Análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo, Lawrence O. Richards, 5ª edição 2006, Rio de Rajeiro RJ (CPAD).

terça-feira, 19 de março de 2019

Tabernáculo - Um Lugar da Habitação de Deus


INTRODUÇÃO

Podemos considerar o Tabernáculo como o primeiro templo judeu. Segundo relata o Antigo Testamento, Moisés recebeu ordem de Deus para que construísse um local de culto, com característica de fácil montagem e desmontagem, pois naquela época o povo israelita era nômade.

Êxodo 25 dá início à seção mais comprida da Bíblia e talvez menos lida e entendida do Livro de Êxodo. Do início do capítulo 25 até o capítulo 40 - com exceção do 32 ao 34 - temos uma excelente descrição detalhada do Tabernáculo. Fala sobre sua estrutura, equipamentos e o sacerdócio. É compreensível que o leitor das Escrituras Sagradas se surpreenda ao comparar o tamanho do relato sobre a Criação e a preparação para que Terra ficasse pronta para a habitação humana, e depois verificar que estão separados 12 capítulos sobre o Tabernáculo. Compreende-se isso: todas as coisas referentes ao Tabernáculo apontam para Cristo e são de alguma maneira um arquétipo de Cristo.

I - A PARCERIA DE DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO 

Deus revelou-se a Israel e fez do Tabernáculo o seu lugar de habitação. Estabeleceu uma parceria com seu povo para construir o Tabernáculo.

A sessão de versículos 1 ao 7 de Êxodo 25 mostra a conclamação do Senhor ao seu povo para a construção do Tabernáculo por meio de ofertas alçadas:
 "O SENHOR disse a Moisés: Diga aos filhos de Israel que me tragam uma oferta. De todo homem cujo coração o mover para isso, dele vocês receberão a minha oferta. Esta é a oferta que dele vocês receberão: ouro, prata e bronze; pano azul, púrpura e carmesim; linho fino; pelos de cabra; peles de carneiro tingidas de vermelho e peles finas; madeira de acácia; azeite para a iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral".
1. Por que construir um tabernáculo no deserto?

A resposta a essa pergunta é clara e objetiva. Uma das lições que se aprende em Teologia acerca de Deus é que "Deus é Espírito e, assim, Ele é autoexistente, não criado por outro ser, atemporal, autossuficiente, não restrito a nenhum determinado ponto geográfico. O fato de Deus manifestar seu desejo de habitar com o seu povo não o limita a nada. Ele tem origem em si mesmo, Ele existe por si mesmo quando diz: "Eu Sou o Que Sou" (Êxodo 3.14).

A ordem dada a Moisés para construir uma morada para Ele tinha por objetivo mostrar o seu Espírito, fazendo-se sentir pelas exibições especiais da natureza no lugar da sua presença, a shekinah: a manifestação do fogo, da nuvem, da água, dos relâmpagos e trovões.

2. A materialização da obra de Deus.

Nós devemos nos atentar para a ideia de que a oferta, entregue pelos judeus para a construção da Arva, teve orientação divina. Foi o próprio Deus quem pediu ao povo que contribuísse para o grande projeto do Tabernáculo.

► Lição 2: Os artesãos do Tabernáculo
Dízimo no judaísmo e na Igreja de Cristo

3. Três verdades bíblicas que o ofertante deve saber (Êxodo 25.2).

Em primeiro lugar, a oferta foi um plano de Deus para o sustento de sua obra; em segundo, a contribuição deveria ser feita como ato voluntário; terceiro, a fidelidade na ação de contribuir trazia ao povo hebreu abundância.

II - O TABERNÁCULO FOI UM PROJETO DE DEUS

"E farão para mim um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu mostrar a você como modelo do tabernáculo e como modelo de todos os seus móveis, assim mesmo vocês o farão" - Êxodo 25.8-9.

1. Deus arquitetou o Tabernáculo (Êxodo 25.8).

O modelo era divino, mas era feito com elementos materiais e teria caráter temporário. Deus elaborou a engenharia e arquitetou toda a construção do Tabernáculo, dando a Moisés a relação dos peças e equipamentos que deveriam ser utilizados. Desde o início, é perceptível o caráter provisório do projeto divino, pois o povo de Israel não faria uma peregrinação perpétua no deserto. A efetivação do Tabernáculo aconteceu mediante a participação do povo de Deus através de ofertas  alçadas e voluntárias como ouro, prata, cobre, pano azul, e púrpura, e carmesim.

O livro de Êxodo descreve detalhadamente a execução e aparência de todos os utensílios litúrgicos da tenda religiosa, apresenta uma descrição arquitetônica e construtiva minuciosa dos espaços que comporiam o complexo da tenda religiosa.

2. O Tabernáculo foi um projeto de Deus.

O Tabernáculo foi um projeto segundo um modelo especial, era um plano divino, mas destinado à montagem com elementos naturais pois teria um caráter temporal, necessitada praticidade para armar e ser desarmando sempre que houvesse a necessidade de transportá-lo Embora Moisés haja sido formado academicamente no Egito, nenhum item do Tabernáculo era fruto de sua mente engenhosa e disciplinada. Recebendo instruções direta de Deus, Moisés persuadiu o povo hebreu a envolver-se na construção, enfatizando que se tratava de uma proposta celestial.

O Tabernáculo era um retângulo descoberto, delimitado por um acortinado. No pátio, orientado para o leste, estava o altar em bronze onde eram realizados os sacrifícios e a pia onde Aarão e seus filhos lavavam as mãos antes de realizar os sacrifícios.

Logo depois da pia estava o santuário, uma tenda coberta por uma série de camadas de cortinas sustentadas por grandes colunas de madeira revestidas em ouro. Dentro do volume, uma cortina dividia o espaço em dois, de maneira que o espaço mais sagrado fosse um cubo perfeito, conhecido como Santo dos santos. Neste recinto estava a Arca da Aliança, receptáculo das Tábuas da Lei, pedaços da primeira edição quebrada por Moisés quando da sua ira ao ver os hebreus adorando a imagem do bezerro de ouro. A parte aberta do santuário, entre o Santo dos santos e a entrada pelas cortinas, abrigava um pequeno altar para incenso, um candelabro de ouro e a mesa sobre a qual deveria estar o pão da apresentação.

3. O plano térreo do Tabernáculo (Êxodo 25.9).

O Tabernáculo de Moisés foi um projeto de Deus assim como a Igreja o é no mundo. O fato de o Tabernáculo ter existido no período da peregrinação dos hebreus pelo deserto e ter sido um santuário portátil por causa das constantes mudanças realizadas por Israel, ele e seus móveis apontavam à revelação de um plano salvífico por intermédio de Jesus.

O apóstolo Pedro compara, em sua primeira carta, no capítulo 2 e versículo 11, os cristãos aos hebreus, diz que os crentes são peregrinos e forasteiros, isto é, subentende-se que ele quis dizer que não temos residência fixa neste mundo, somos gente estrangeira cujo destino final é o lar que está no céu.

O uso de qualquer objeto do Tabernaculo na Igreja não passa de decoração estética. A Arca da Aliança como se vê representada em alguns púlpitos utilizada como forma de afirmar que Deus está naquele objeto é desvio doutrinário. Nossa Arca é o Senhor Jesus, e Ele mesmo, como Sacerdote e Cordeiro se apresentou diante do Pai para mostrar o fruto da expiação que fez por todos.

III - A RELAÇÃO TIPOLÓGICA ENTRE O TABERNÁCULO E A IGREJA

O modo especial de Deus revelar-se ao seu povo era através de tipos e figuras materiais que ilustrassem as verdades celestiais. Esta linguagem figurada expressa a relação de Deus, o Criador e Senhor, o Todo-Poderoso, com a sua criação e com as suas criaturas. 

1. A importância dos aspectos tipológicos do Tabernáculo.

A tipologia bíblica constitui-se uma das maiores riquezas de proveito espiritual para o crente que deseja conhecer a Bíblia profundamente, pode ser explorada sem receio, desde que as regras de interpretação de texto seja respeitada. É bom lembrar que um tipo sempre é inferior ao tipificado.

A tipologia é muito rica em si mesma, pode ser definida como o estabelecimento de conexões históricas entre fatos, pessoas e coisas do Antigo Testamento com o que existe no Novo. Por isso, ao lidarmos com a tipologia do Tabernáculo, é necessário considerar que ela é manifestada na pessoa de Cristo e em sua obra expiatória. Deus tinha a Arca, o Castiçal de Ouro, o Altar do incenso e a mesa dos pães da proposição como peças da liturgia de culto. No Novo Testamento, o modo de adorar a Deus tornou-se diferente e especial, porque o lugar da adoração é um Pessoa, o próprio Senhor Jesus Cristo.

De acordo com os parâmetros da hermenêutica bíblica, a estrutura física dos objetos usados no Tabernáculo é descrito detalhadamente. São metais e madeiras, tecidos e bordados, peles e cores. Tais peças estavam na mente de Deus como significados simbólicos voltados para revelar o seu caráter e glória.

O Tabernáculo era o símbolo da presença de Deus entre o povo (Êxodo 29.43-46). O apóstolo Paulo demonstrou considerar a relação tipológica muito importante quando escreveu a seguinte declaração: "Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança (Romanos 15.4).

2. A Igreja de Cristo é Tabernáculo de Deus na Terra

O estudo do Tabernáculo constitui-se a descoberta da maior riqueza da tipologia bíblica. O tabernáculo de Moisés era material, e Deus habitava nele; a Igreja é o tabernáculo espiritual onde habita e se manifesta gloriosamente (Efésios 2.22).

A mesma tipologia aponta para um povo futuro, a Igreja, a pessoas de Jesus Cristo. Não apenas o Tabernáculo, o Templo de Salomão também simboliza  a Igreja de Cristo edificada para "morada de Deus em Espírito" (Efésios 2.22).

A Igreja é apresentada na Bíblia como a Casa de Deus, de caráter familiar, porque a palavra "casa", nesse contexto, refere-se à família que mora na casa (1 Timóteo 3.15). Além disso, a Igreja é descrita como Templo de Deus (1 Corintios 3.16).

Alguns textos do Novo Testamento fazem da tipologia modo de comparação entre o Tabernáculo e a Igreja.  Paulo tipificou a Igreja como edifício de Deus para falar de crescimento coerente e organizado da comunidade cristã (1 Corintios 3.9). Neste edifício, os crentes em Cristo são identificados como "pedras vivas", as quais são edificadas umas sobre as outras.

CONCLUSÃO

O Pai desejou habitar entre os homens e derrubar a parede de separação erguida pelo pecado no Éden. Esse plano glorioso alcançou o objetivo máximo na encarnação e crucificação de Jesus Cristo, seu amado Filho "na plenitude dos tempos" (Gálatas 4.4; Efésios 1.5-10). Na Pessoa gloriosa de Jesus Cristo, Deus encontrou-se com o ser humano, e este com Deus.

Desde a geração de Moisés, Tabernáculo indica algo futuro que mudaria o destino do ser humano caído: a Obra Expiatória de Cristo representada em todo o santuário em ao meio ao deserto. Foi concebido para que o homem dos tempos atuais compreenda a sua figura representada na pessoa de Jesus Cristo, o qual expiou a nossa culpa, fazendo-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29).   Na Obra Expiatória do Senhor, a imagem do Tabernáculo relaciona-se com a Igreja fundada pelo Senhor Jesus Cristo. Tal qual o Tabernáculo, a Igreja de Cristo é um planejamento de Deus posto em curso com o objetivo de abençoar o mundo, convidar toda alma a achegar-se diante do Senhor com o coração contrito.

E.A.G.

Compilação
Ensinador Cristão, Entrevista do Comentarista, páginas 25 e 26, ano 20, nº 78, 2º trimestre de 2019; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD).
Lições Bíblicas Professor - O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de Cristo; Elienai Cabral;  2º trimestre de 2019; Lição 1; Tabernáculo: Um Lugar da Habitação de Deus; páginas 2 a 9; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD).
O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de Cristo; Elienai Cabral, páginas 7 a 11 e 15 a 19; 1ª edição 2019; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD).
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Atualização em 20 de março de 2019 às 8h23

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Quando Deus manda retroceder

"Fala aos filhos de Israel que retrocedam" - Êxodo 14.2.

Um mandado como este é meio difícil de aceitar, voltar atrás, recuar, passar novamente por um caminho que você já percorreu anteriormente é complicado.

O povo de Israel tinha acabado de sair do Egito, sentia muita felicidade por escapar do domínio de faraó e do peso da escravidão. Os israelitas estavam sentindo a presença de Deus durante o dia através da nuvem e a noite na coluna de fogo.

E inesperadamente: "Retroceda!"

Imagine você nessa situação, será que obedeceria a essa ordem sem reclamar, sem murmurar? Talvez pensasse: sofrimento outra vez, tristeza e dor, nem pensar.

E assim acontece muitas vezes conosco, o Senhor nos manda retroceder, voltar para trás, para que Ele possa usar alguma estratégia, para nos dar um livramento maior ainda, assim como fez com aquela geração de Israel, que pensaram que iriam morrer no deserto. Mas a Palavra de Deus foi impactante para eles:

"Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver" - Êxodo 14.13.

Que os nossos olhos espirituais permaneçam abertos, para que tenhamos capacidade de perceber o momento certo de retroceder e a hora certa de avançar. Que usemos a paciência - uma das nove características do fruto de Espírito - para permanecermos quietos, esperando o aviso para seguir adiante. 

Devemos aprender com alguns exemplos da Bíblia:

1. Jacó precisou retornar para a casa de seus pais (Gênesis 31.13);
2. Lázaro, morto já há quatro dias, voltou a vida (João 11.43);
3. Natã, como profeta, aconselhou a Davi fazer tudo o que estivesse em seu coração, mas Deus o fez voltar atrás em suas palavras (2 Samuel 7);

Assim sendo, se, segundo a orientação das Escrituras Sagradas, é necessário que você retroceda em alguma área de sua vida, não questione, sossegue o seu coração e obedeça, em momento oportuno, se for realmente preciso receberá a sinalização para avançar.

E.A.G.

sábado, 29 de novembro de 2014

Cânção do Êxodo

Angela Vanessa e Jô Pereira

Assembleia de Deus - congregação Bom Sucesso - Setor 10
Avenida José Rufino nº 800
Socorro - Jaboatão dos Guararapes - PE
Pastor setorial Elcir Ribeiro. Estadual: Ailtom José Alves

 

Fonte: Angela Vanessa / YouTube 

domingo, 4 de maio de 2014

O Livro de Êxodo

Êxodo quer dizer "saída", é a continuação do relato de Gênesis. Mostra o desenvolvimento de um pequeno grupo de setenta pessoas numa grande nação com milhões de pessoas. Trata do acontecimento mais importante da história do povo de Israel, isto é, a saída do povo israelita do Egito, onde eram escravos. Moisés é o profeta hebreu a quem Deus escolheu para liderar o povo israelita em sua saída do Egito.

Moisés, cujo nome significa "tirado das águas" é a figura humana central do Livro de Êxodo. A autoria de Êxodo é tradicionalmente atribuída a ele, embasada em quatro passagens: 17.14; 24.4, 7; 34.27.

Através de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação de todas as coisas que o Senhor desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração do Espírito Santo, comunicou ao povo hebreu por via oral e escrita, a revelação que recebeu.

É provável que o Livro de Êxodo tenha sido escrito durante os quarenta anos de caminhada do povo israelita pelo deserto. Descreve o que Deus fez, como libertou o seu povo. e como, daquela gente, fez uma nação cheia de esperança no futuro.

Moisés, ainda bebê, encontrado no rio Nilo dentro de cesto
pela filha de Faraó.
No capítulo 3, vemos como o Senhor o chamou e revelou seu nome Sagrado, EU SOU O QUE SOU, No capítulo 20 temos a lista dos Dez Mandamentos, que é uma das passagens mais conhecidas da Bíblia Sagrada. Em 34.6-7, encontramos a descrição dos atributos de Deus, como compassivo, clemente, longânimo, bom, fiel e perdoador, que pode ser considerada uma lista paralela da descrição do fruto do Espírito, em Gálatas 5.22-23.

O livro tem quatro partes principais:

1. A libertação dos israelitas;
2. A viagem até o monte Sinai;
3. A aliança de Deus feita com o seu povo no monte Sinai, onde Deus lhes deu as leis morais, civis, e religiosas;
4. A construção de um lugar de adoração para o povo de Israel e a apresentação das leis a respeito do sacerdócio e da adoração a Deus.

Veja mais:

O livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito
E.A.G.

Compilações:
Bíblia de Estudo de Avivamento e Renovação Espiritual, Enéas Tognini, página 51, 2009, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.
Bíblia de Estudo Plenitude, página 64, edição 2001, Barueri, Sociedade Bíblica do Brasil.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O êxodo decifrado

Tive o prazer de assistir ao documentário Êxodo Decifrado algum tempo atrás. Lamentei ter trocado meu aparelho videocassete por um player DVD. Gostaria de ter gravado aquilo tudo em VHS!
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O que há de incrível neste documentário são as pessoas que as fizeram. James Cameron, um consagrado diretor de Hollywood, responsável por Titanic e Exterminador do Futuro, é o produtor. E Simcha Jacobovici, um premiado documentariata, o apresentador.
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Juntos, eles realizaram outro documentário: O Túmulo Perdido de Jesus, que teve origem num livro de Jacobovici, Neste, eles sustentam a tese de que Jesus foi casado com Maria Madalena e foi o pai de um filho dela. Ao contrário de Êxodos Decifrados, que é sustentável bíblicamente, Túmulos Perdidos é cheio de heresias. Causou muita polêmica. O filme não teve o apoio de teólogos e nem teve embasamento científico. Foi criado para suscitar dúvidas e não respostas.

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Em A Tumba da Família de Jesus, nega-se a ressurreição, pois é dito que descobriram restos mortais de Cristo. Além disso, afirma-se que Jesus foi esposo de Maria Madalena e com ela teve um filho chamado Judá.
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Existem reprises nos canais Discovery Channel e também History Channel.
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E.A.G.