Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

Mostrando postagens com marcador Evangelho escrito por Lucas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Evangelho escrito por Lucas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 29 de abril de 2019

O crente e a fé insuflada por Mateus 21.21 e Hebreus 11.6

O crente e a fé insuflada por Mateus 21.21 e Hebreus 11.6. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

Sobre pessoas portadoras da fé nos dias atuais, não é raro encontrar testemunhos considerados insanos, declarações que para alguns é entendida como propagação de heresias. É compreensível que seja assim, pois agir com fé é o mesmo que atravessar a linha racional, estar além da  lógica humana.

Esta postagem ocorre em consequência de uma troca de postagens em uma rede social. O que escrevo é baseado  no conhecimento bíblico adquirido pela leitura e meditação na Palavra, conhecimento este que trouxe experiências pessoais, bênçãos recebidas. Ao orarmos com fé, somos atendidos. Eu não digo "somos atendidos" retoricamente, digo isso como depoimento, testemunho cristão. Acontece comigo.

Reflexão sobre a fé

O  texto bíblico que descreve a fé é bastante conhecido, encontramos em Hebreus 11.1: "Ora, a fé é a certeza de coisas que esperamos, a convicção de fatos que não se veem". As pessoas citadas neste trecho da Bíblia são exemplos de fé que nos enchem de coragem e nos incentivam a seguir uma vida tendo a fé em ação, embora sejamos incompreendidos em diversas situações. Tais pessoas carregaram as promessas do Senhor no coração e tiveram a vida ativa dedicada ao Todo Poderoso. E assim alcançaram a graça do Senhor, nasceram de novo pelo Espírito Santo e entregaram-se a uma vida de trabalho e constante atividade no Reino de Deus. Serviram ao Pai celeste, foram desafiadas por causa da fé mas permaneceram fieis até o fim.

Ter fé não é arriscar tudo como o jogador que se lança à sorte e ao azar. O crente age com confiança que as promessas de Deus serão cumpridas integralmente e elas se cumprem na íntegra. A vida da pessoa que age crendo é uma declaração de fé por causa de suas ações. A fé é uma certeza que coloca o crente diante do sobrenatural, não é palpite e não cabe dúvida. Podemos comparar a fé com substâncias concretas, tal qual as coisas materiais e temporais são acessíveis aos nossos sentidos, a fé tem a mesma clareza do objeto perceptível. 

O foco da fé do cristão é o nosso Deus, que é o Ser Superior para o qual nada é impossível; e o acesso a Ele é em nome de Jesus, conforme a instrução e promessa de Cristo, tudo é atendido se o pedido é feito usando a fé.

Promessas aos portadores da fé no Deus que deseja nos abençoar agora

A prática de orar com fé impactante é diferente da prática da fé devocional, é mais do que crer na existência de Deus, é crer que Deus quer nos atender naquilo que pedimos. Esta crença tem o suporte da Bíblia, possui referência em Hebreus 11.6: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que recompensa os que o buscam."

Jesus prometeu, o seguinte: "Em verdade, em verdade lhes digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirem alguma coisa em meu nome, eu o farei" - João 14.12-14. É importante atentar ao pronome "tudo", pois está muito bem traduzido do grego koiné ao nosso português.

Algumas pessoas afirmam que tomar a atitude conforme o ensino de Jesus neste trecho de João 14.12-14 é tratar Deus com irreverência, como se Ele fosse uma espécie de empregado ou gênio da lâmpada de Aladim. Mas o que lemos, tanto no Evangelho de João quanto em Mateus 21.21-22 são promessas bíblicas postas à disposição do crente. 

O Pai celeste nos atende quando vivemos como discípulos de Jesus, pois na condição de seguidores do Mestre buscamos ao Senhor em conformidade com a sua vontade. É verdade que Deus não responde aos interesses egoístas. Naturalmente, o crente convertido não alimenta desejos mesquinhos, sua oração não acontece em choque com a doutrina bíblica, o "tudo o que pedirdes (Mateus 21.21) está incluído em "se fizerdes tudo o que vos mando" (João 15;14).

Quando o crente ora, lembrando-se que tudo o que solicita com fé é atendido, não age de modo repreensível, não está fora do padrão do ensino de Jesus. Sua oração não está passível de contestação, pois resulta da aprendizagem oriunda do ensino de Cristo (Mateus 6.9-13; 21.22). Quem ora assim, considera "venha o teu reino; seja feita a tua vontade assim na terra como no céu".

Deus, o Pai perfeito

O Novo Testamento apresenta a Deus como aquEle que é realmente bom, quando comparado a pessoas boníssimas. Deus não alimenta nenhuma maldade, é o eficiente promotor do bem. Sua bondade é completa e está relacionada a sua justiça impecável. Ele a ninguém tenta porque não é possível que seja corrompido pelo mal (Lucas 18.19; Tiago 1.13, 17).

Na condição de Ser Supremo, o Absoluto, o Incomparável, o Altíssimo, Deus é descrito por Jesus como nosso Pai. Ele é o  Pai Eterno, o  Pai de amor, o Pai Celestial. Ao apresentar o modelo de oração aos cristãos, Cristo nos ensina a buscarmos a Deus na condição de uma figura paternal de uma família. 

"Portanto, orem assim: 'Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;  seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje;  e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores;  e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!" -  em Mateus 6.6. 

Na Oração Pai Nosso, Jesus nos deu a orientação sobre o que é orar, observamos que nos ensina a buscar a Deus como seus filhos amados. Ainda sobre a oração, Jesus disse o seguinte: "Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, a porta será aberta. Ou quem de vocês, se o filho pedir pão, lhe dará uma pedra"- Mateus 7.7-9.

Não é ao acaso que o Reino de Deus é citado na oração Pai Nosso. O Reino de Deus está presente no cotidiano do crente convertido a Jesus Cristo, é uma realidade incontestável a  todos os seguidores de Cristo. Mas esta situação não é compreendida perfeitamente pelas pessoas que criticam a oração do crente que agrada ao Pai celeste o buscando em oração movida pela fé de que Ele é galardoador por excelência. É importante refletir que se servimos a Deus com inteireza de coração, somos cidadãos do Reino porque vivemos o padrão comportamental cristão, embora ainda vivamos como peregrinos aqui na terra.

Os pais humanos, de filhos biológicos ou adotivos, mesmo sendo imperfeitos, geralmente desejam o bem-estar da sua prole, quanto mais o Pai celeste deseja nos ver em boa condição. Na sociedade, um pai tem a função de amar e educar uma criança, respondendo às suas necessidades básicas, com o objetivo de que ocorra o seu desenvolvimento quanto ao aspecto físico, emocional, psicológico e espiritual de modo perfeitamente saudável. No parâmetro desta perspectiva, quanto à noção cristã e bíblica da fé, devemos crer que Deus, nosso Pai celeste, deseja atender a nossa oração.

Conclusão

Heresias  se propagam por aí todos os dias. Não nos interessam conceitos de fé que não estão em acordo com a doutrina bíblica. Portanto, precisamos cuidar constantemente do verdadeiro ensino bíblico. É sempre necessário buscar o aprendizado sobre o conteúdo da Bíblia, todos os crentes precisam aprender sobre as Escrituras, ininterruptamente. Aprendizagem requer ensino, estudo, prova de conhecimento e aprovação, é o que afirma com razão um catedrático e amigo evangélico.  

Algumas vezes, obtive respostas inacreditáveis baseando-me em Mateus 21.22 e tenho certeza que não sou o único. É claro que esta convicção está acompanhada de reverência, não faço uso da minha fé, na disposição do Pai celeste em me atender, com trivialidades. Então, em casos e coisas que estão ao meu alcance, faço uso da minha capacidade e oportunidades que estão ao meu alcance. Pois as possibilidades são da competência humana e as impossibilidades estão na esfera divina.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Aprendei a parábola da figueira

Salônica, a Tessalônica na Bíblia, e as figueiras da Grécia moderna.

Por Josias Pereira de Almeida

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão" - Marcos 13.28.

Quando Jesus saiu do Templo seus discípulos se aproximaram dEle para lhe mostrar os detalhes da construção religiosa. De súbito Jesus os surpreendeu com a seguinte afirmação:

"Vocês estão vendo tudo isso? Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derribadas".

Ao chegarem ao Monte das Oliveiras, de frente para o Templo, Pedro, Tiago e André lhe perguntaram em particular:

"Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?

Jesus respondeu-lhes, falou sobre:
• guerras, grandes terremotos, tsunamis na terra (Lucas 21.25);
• as nações em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar e das ondas
• homens desmaiando de terror (21.26);
• corrupção, violência, "assim como foi nos dias de Noé... também será na vinda do filho do homem" (Mateus 24.37; Gênesis 6.11; 12, 13).

Jesus apontou para a Parábola da Figueira como o principal sinal do fim dos tempos. Sabemos que a figueira é o símbolo da nação de Israel (Jeremias 8.13; Joel 1.7), portanto, devemos ficar atentos a tudo que acontece com Israel e a cidade de Jerusalém.

Veja o que Jesus disse sobre o assunto:

"Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a devastação estará próxima (...) Haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios até que o tempo deles se cumpram" - Lucas 21.20; 23b; 24 (NVI).

Vamos discorrer um pouco pela história para entendermos melhor esta profecia:

A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C., pois o governo romano tornara-se opressivo após a morte de Herodes. Durante alguns anos, Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira, até que em 70 d.C. as legiões romanas, comandadas por Tito, dominaram a cidade e destruíram o Templo. Aqui, cumpre-se a profecia de Jesus sobre a diáspora judaica, registrada em Lucas 21.20 a 24.

Nos anos 132-135 d.C., a independência judaica foi restaurada por breve período, durante a revolta de Bar-Kochba, porém os romanos triunfaram novamente. Os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade foi mudado para Élia Capitolina (transformada em colônia de cidadãos romanos) e Roma a reconstruiu, dando-lhe as feições de uma cidade romana.

Os exércitos muçulmanos invadiram o país no ano 634, quatro anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Durante o reinado de Abdul Malik, que em 691 construiu o Domo da Rocha, conhecido como Mesquita de Omar, Jerusalém resistiu ao califado por rápido período. Após um século de domínio islâmico, sob a dinastia omídia de Damasco, em 750, Jerusalém passou a ser governada pela dinastia do Califado Abássidas de Bagdá, que havia destronado o califado de Damasco. Nesta época começou o declínio da cidade.

Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099, massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a Capital do Reino Cruzado. Os cruzados dominaram até 1187, quando a cidade foi tomada por Saladino, o curdo. Os mamelucos - aristocracia feudal militar egpícia - governaram a partir de 1250. Os turcos otomanos, cujo domínio prolongou-se por quatro séculos, subjugaram a cidade em 1517.

Durante os séculos XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de degradação. Nesta fase histórica, compreendemos que houve o cumprimento da profecia de Ezequiel (37.11). "Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados".

Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX. O crescente número de judeus retornando de diversas nações à sua cidade ancestral, a decaída do Império Otomano, o interesse dos europeus por Jerusalém foram fatores determinantes para o reflorescimento da Terra Santa. Nesta altura, entendemos que ocorreu o cumprimento de Ezequiel 37.7: "Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso."

Edmund Henry Hynman Allenby, general britânico, durante a primeira guerra mundial, conduzindo as Forças Expedicionárias do Egito, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948 Jerusalém foi à sede administrativa das autoridades britânicas no território israelense.

Ao findar o mandato britânico em 14 de maio de 1948, e de acordo com a resolução da ONU, de 29 de novembro de 1947, Israel proclamou sua independência, e Jerusalém tornou-se a capital de Israel. Neste momento histórico, percebemos o cumprimento profético de Isaías 66.8: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos."

Assim, compreendamos que é chegado o momento de santificação maior, pois a figueira está florescendo, produz frutos, as vinhas espalham sua fragrância (Cantares de Salomão 2.13).

Fonte: Semeador, ano 2, número 19, setembro de 2006, coluna doutrinária, página 9 (jornal informativo da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - SP).
O autor é co-presidente da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - São Paulo. | Conteúdo adaptado ao blog Belverede.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Você quer ser feliz de verdade?


"Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam" - Lucas 11.28.

A origem da felicidade está em Deus. A gente só é feliz quando quer ser feliz. O Senhor não empurra a bem-aventurança para dentro do nosso coração. Abra-o, deixe a felicidade entrar! Isto só é possível quando determinamos para nós mesmos ser praticante da doutrina de Cristo.

E.A.G.

Você quer ser feliz de verdade? O Senhor não empurra a bem-aventurança para dentro do nosso coração. Voce-quer-ser-feliz-de-verdade-bem-aventuranca-Lucas-11-28

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A ressurreição de Jesus

Por Eliseu Antonio Gomes

A doutrina da ressurreição

"Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" - Atos 4.10-12.

A doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche o cristão autêntico de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que nosso Senhor estará conosco para sempre.

A ressurreição nos contextos do Antigo e Novo Testamento

A doutrina da ressurreição do corpo está presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
O filho da viúva de Sarepta.
1 Reis 17.17-24 narra a primeira ocasião de ressurreição dentre os mortos registrada nas Escrituras Sagradas. É notável que uma pessoa não-israelita, original de Sarepta de Sidom, recebeu a suprema bênção antes do povo judeu: a dádiva da vida resgatada do poder da morte.
Uma viúva fenícia, recebera em sua casa o profeta Elias e o sustentou com seus poucos recursos e circunstâncias limitadas, agindo pela fé, segundo a Palavra e providência do Senhor, através da multiplicação da farinha na panela (1 Reis 17.8-16).  Jesus Cristo fez menção deste episódio em seu ministério (Lucas 4.25-26).
A bênção da ressurreição veio na pessoa de seu filho, a única esperança para uma viúva naquela sociedade antiga. Na mente da mãe do menino falecido havia um senso de culpa, ela concluía que a morte de seu filho era a expressão do castigo divino por seus pecados (versículo 18). Diante da situação, o profeta Elias deitou-se sobre o cadáver e orou para que voltasse a viver, a fim de que através do milagre fosse demonstrado que o Deus de Israel é mais poderoso que o falso deus Baal, e assim ficassem esclarecidas a veracidade e fidedignidade da Palavra de Deus entre todos os povos (versículo 24).
O filho da viúva de Naim
Lucas 7.11-17 narra a primeira das três vezes em que Jesus Cristo fez alguém tornar a viver, as outras situações são a filha de Jairo e Lázaro (8.40-56; João 11.38-44).
Próximo da porta de Naim, um pequeno povoado situado próximo de Nazaré, Jesus Cristo era seguido por uma grande multidão e encontrou outra multidão que seguia um enterro. A pessoa morta era transportada em um esquife -  uma espécie de maca ou caixão aberto. Era o filho único de uma viúva. A narrativa nos faz entender que a motivação de Jesus para realizar o milagre é a compaixão que sentiu pela mãe que perdera o filho. O texto nos faz pensar que o corpo estava à vista e envolto em lençóis, conforme o costume judaico e o fato de o defunto sentar-se e passar a conversar após receber a ordem de Jesus: "Jovem, eu te mando, levanta-te" (versículo 14 - ARA).

A natureza literal e corporal da ressurreição de Cristo

Após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo de Jesus: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Jesus (Lucas 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lucas 24.6, 7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo.

As evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus

O túmulo vazio
A ressurreição destaca a Cristo das demais religiões. Os lençóis que envolviam o corpo não estavam desarranjados e ilesos, mantinham a forma que tinham quando cobriam Jesus, a parte superior tendo caído sobre a inferior devido ao peso das especiarias, e o envoltório da cabeça separado do resto através do cumprimento do pescoço. Aparentemente, o corpo tinha simplesmente passado pelo sudário do enterro.
Entre discípulos e apóstolos
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discípulos foi corporal e literal, eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos. (1 Coríntios 15.5-8). 
O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discípulos mais fortes e maduros na fé.
No capítulo 24 do Evangelho escrito por Lucas, encontramos a passagem dos dois seguidores de Jesus, entristecidos devido a crucificação e morte do Senhor, sendo que um deles é identificado como Cleopas, que segundo uma tradição antiga seria irmão de José, marido de Maria, a mãe de Jesus (versículo 18).
Os dois discípulos estavam espiritualmente cegos em seus entendimentos quanto aos acontecimentos trágicos, cegueira provocada talvez pela intervenção divina ou pelo fato de terem considerado Jesus apenas como mais um profeta comum entre tantos outros que viveram em Israel, e não como o Unigênito Filho de Deus, cujas profecias prediziam a necessidade do sofrimento do Messias. Ambos não faziam parte do grupo dos doze apóstolos, caminhavam conversando e Jesus passou a andar com eles, apresentou-lhes conteúdos da Escrituras que falavam a seu respeito. Convidado por eles para pernoitar em suas casas, aceitou sentar-se à mesa, abençoou e partiu o pão e o distribuiu. Neste instante os dois perceberam que estavam diante do Cristo ressuscitado. Então Jesus desapareceu daquele ambiente e os dois discípulos foram encontrarem-se com os onze apóstolos para relatar-lhes o que havia ocorrido. Após o relato, Jesus apareceu aos onze apóstolos e aos que estavam com eles. Todos estavam perplexos e ficaram alegres com sua aparição, quando mostrou-lhes cicatrizes nos pés, mãos, ao lado de seu corpo, e comeu com eles. O impacto da aparência de Cristo - uma pessoa de carne e ossos - ajudou os apóstolos a entenderem as Escrituras no que tange a crucificação e ressurreição, tornou-os capazes de interpretar as profecias a esse respeito à luz do seu cumprimento.
"Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus... E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir" - Atos 1.3, 9-11. 

O propósito da ressurreição de Jesus

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" - Romanos 10.9.

Embora todo o Novo Testamento descreva benefícios abrangentes que a ressurreição de Cristo nos traz, o apóstolo Paulo, no texto capitulado em Romanos 4.25, especifica que a ressurreição nos declara justos perante os olhos de Deus. O propósito da ressurreição de Jesus é salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender de seus maus caminhos.

Ao ressuscitar Cristo dos mortos, Deus declarou tanto a sua aprovação por Cristo ter completado a obra da redenção quanto sua aprovação em relação a todos os que crêem e são assim unidos a Cristo em sua ressurreição.

Conclusão

Jesus ressuscitado é a razão da fé cristã. Ele é a certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. A ressurreição de Jesus é a garantia da realidade da vida vindoura, nos assegura que todos os que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra para estar com o Criador para todo o sempre no céu.

Cristo está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel (1 Timóteo 2.5).

As Escrituras não anunciam apenas a morte e ressurreição de Jesus, também ordenam que a mensagem da salvação deve ser oferecida a todas as nações (Lucas 24.47).

E.A.G.

Compilações
Bíblia de Estudo NVI, páginas 565, 1739, 1ª edição, 2003, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Plenitude, páginas 374, 1065, 1156, 1098, edição 2001, Barueri-SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves, 2º trimestre 2015, páginas 90-95, Rio de Janeiro (CPAD).

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A última ceia


Arte: A Última Ceia, quadro de Pavel Popov.

Por Eliseu Antonio Gomes

O ambiente da última Ceia do Senhor, é digno de muitas notas. Quem estava assentado à mesa? Judas Iscariotes, o traidor; os discípulos que logo após aquela reunião disputavam sobre quem seria o maior entre eles; estava Pedro, que negou Jesus três vezes; no final, todos os discípulos abandonariam o Mestre, exceto o apóstolo João.

O real propósito da Páscoa para os judeus. Êxodo 12.1-28. A maioria das nações celebram o seu dia da independência. Cada nação celebra a seu modo, mas estas celebrações têm uma grande diferença do Dia da Independência de Israel, ou, Dia da Libertação, também chamado de Páscoa. Ocasião anual e que os judeus comemoram a libertação do Egito, de acordo com as instruções citadas em Êxodo 12.1-28.

As normas estabelecidas para a celebração talvez fossem mais um teste da completa confiança de Israel em Deus. Preocupações com a pressa, com o preparo para a viagem, com a solidariedade grupal e com o reconhecimento da graça de Deus para com Israel foram os principais motivos dessas restrições. Talvez, naquela ocasião os israelitas não compreenderam os motivos das limitações da Páscoa. Mais tarde Deus responderia às perguntas dos israelitas: Êxodo 12.26; 13.3, 14; Deuteronômio 4.9.

A última ceia de Jesus com seus discípulos aqui na terra. Lucas 22.7-13. Muitos séculos mais tarde, após a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, a noite da Páscoa teria um significado muito mais amplo. Durante uma celebração da festa da Páscoa, enquanto milhares de judeus levavam seus cordeiros escolhidos para Jerusalém, Jesus era escolhido como Cordeiro Pascal para toda a humanidade (1 Coríntios 5.7).

Instruções sobre a ceia do Senhor. 1 Coríntios 11.17-34. As palavras "vendo eu sangue, passarei por cima de vós" (Êxodo 12.13) vieram a comunicar um sentido completamente novo após o sacrifício vicário de Cristo. Atualmente, ainda que os judeus celebrem a Páscoa, a maioria dos cristãos não o faz. Em lugar disso, a cerimônia tem sido incorporada a uma nova ordenança, a Ceia do Senhor, na qual Jesus Cristo representa o Cordeiro Pascal e deve ser realizada para anunciar a morte do Senhor até que Ele venha (versículo 26).

Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor? O real propósito da Ceia do Senhor para a Igreja e quem dela tem permissão para tomar parte está esclarecido nas palavras do apóstolo Paulo, escritas no capítulo 11 da primeira carta aos crentes de Corinto e, consequentemente, a todos nós. Devemos observar:

a. A quem em última instância oferecemos o culto;
b. Que o crescimento espiritual dos cristãos está vinculado às suas ações cúlticas;
c. Que a Ceia é comunitária e os seus integrantes devem ser considerados e respeitados;
d. Que a fundamentação da prática e do significado da Ceia do Senhor está nas palavras do próprio Senhor Jesus, sendo que não é afetada pela cultura ou por comportamentos sociais;
e. Que há seriedade no ato da Ceia e que ela deve ser encarada como um autoexame, e não apenas como uma celebração comunitária;
f. Que há implicações e consequências espirituais quando há desobediência.

O significado da celebração da Ceia e os seus elementos. Lucas 22.14.20. A Ceia do Senhor celebra o fato de Deus nos libertar da escravidão do pecado. Antes da morte e ressurreição de Jesus, a festa judaica da Páscoa celebrava o fato de Deus ter libertado o seu povo do cativeiro egípcio.

Jesus usou o pão e o cálice para simbolizar seu corpo e seu sangue (Mateus 26.26-29; Marcos 14.22-25; Lucas 22.17.20).

O cordeiro sacrificial da Páscoa aplacou o anjo da morte; o pão da Ceia significa o corpo de Cristo, partido na condenação do pecado. O vinho da Páscoa simbolizava o sangue do cordeiro nas portas, o vinho da ceia simboliza o sangue de Cristo dado por nós, a sua morte que nos garante a vida eterna. A Páscoa representava a antiga aliança de Deus com o seu povo; a ceia do Senhor nos lembra da sua nova aliança.

Conclusão

Na última Ceia, Cristo estabeleceu um dos fundamentos principais da fé cristã, ao partilhar o pão e o vinho dando ação de graças durante uma reunião à mesa, exemplo no qual todos os fiéis ao longo dos tempos são ensinados a fazer o mesmo, participando também do Corpo e do Sangue de Cristo. Sem esta comunhão entre os irmãos não é possível haver a verdadeira vida cristã;  não existe a conexão entre o homem e Deus

Mesmo que grande parte do conteúdo da cerimônia da Páscoa haja mudado, uma coisa permanece: a Ceia do Senhor comemora um tempo de dor e de derramamento de sangue do Salvador que venceu a morte, um tempo de liberdade e de resgate da humanidade através da perfeita e eficaz intermediação do Senhor na cruz do Calvário.

E.A.G.

Bíblia Devocional de Estudo, página 101, 1ª edição, Niterói (Fecomex)
Bíblia de Estudo Vida, páginas 99, 1570, 1635. edição 1998, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia Missionária de Estudo, páginas 1017, 1183, edição 2014, Barueri (Sociedade Bíblica do Brasil).
Ensinador Cristão, ano 16, nº 62, página 41, abril-junho de 2015 (CPAD),

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O amor de Deus na parábola do filho pródigo


Filho pródigo
Autor: João Cruzué

Quando o filho mais moço exigiu sua parte na herança (Lucas 15:11), o pai não disse uma palavra; fez as contas e repartiu a fazenda para os dois herdeiros. Quando o moço vendeu sua parte, pegou o dinheiro e foi-se embora, o pai presenciou tudo e, também, não disse uma palavra. E não disse, porque nada do que dissesse iria convencê-lo. É o que pode estar acontecendo hoje quando você acha que Deus está em silêncio.

E o filho mais novo da parábola foi-se embora e desperdiçou tudo. E ainda tentou manter-se a distância em um emprego de "pastor" de porcos, depois que o dinheiro acabou. Isso também é muito comum. Deus tem sido uma das últimas portas que os filhos do pós-modernismo batem, quando encontram o fundo do poço.

Quando a fome apertou mesmo, e o moço sentiu que um porco tinha mais valor que ele, a "ficha" caiu. Ele racionalizou, pensou bem, e tomou uma atitude: iria voltar! Mesmo que para isso tivesse que se humilhar e aceitar uma posição de serviçal. Sim, ele estaria disposto a trabalhar apenas pelo pão.

E por causa da fome ele voltou. A crise de pão o colocara de volta no caminho para  casa.

O Pai, por outro lado, não se esquecera dele nem um dia. E foi assim que o avistou ainda longe, voltando trôpego, quase nu, esquálido, com os pés feridos e arrependido. Viu e não deu as costas, nem ficou irado, nem endureceu o semblante. Em vez disso, abriu um grande sorriso, com o coração movido de íntima compaixão, saiu correndo ao encontro do filho, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

Abraçou e o beijou; também sem dizer uma palavra. Não sei se chegou mesmo a ouvir as frases ensaiadas do jovem desventurado. O regresso do moço e o rosto humilde já diziam tudo.

E não mais se contendo de tanta alegria, o pai gritou aos empregados:




Trazei-lhe a melhor roupa;


Vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão,



E alparcas nos pés,



Trazei o bezerro cevado, matai-o


e comamos e alegremo-nos,

Porque este meu filho estava morto, e reviveu

Tinha-se perdido, e foi achado.


Aquele pai não disse uma palavra de perdão. Sua recepção, no entanto, valia por mil palavras. Demonstrava não apenas perdão, mas devolução do status filial e um amor incondicional. Amor que se expressou por uma explosão de alegria em uma grande festa.

pródigo arrependido não estava preparado para um perdão incondicional, nem pela reconquista da condição de filho. Jamais passou pela sua cabeça ser recebido com festa. É assim que Deus faz: Ele surpreende, vai muito além daquilo que planejamos e esperamos.

Quando Jesus disse esta parábola, o desmiolado filho caçula representava os pecadores: as prostitutas, os leprosos, os publicanos, os samaritanos, os desprezados pela sociedade, os quebrantados de coração, os bêbados, os desgarrados e distanciados de Deus. Você e eu.

E o filho mais velho que se aborreceu com a volta do irmão caçula representava os religiosos legalistas dos dias de Cristo. Fariseus, saduceus, levitas, escribas e sacerdotes. A elite religiosa que torcia o nariz pela forma amorosa com que Cristo se relacionava com a "gentalha". A mesma atitude mesquinha que está acontecendo neste século XXI, em que Deus está interessado na salvação dos perdidos, já tem preparado o "cevado" para uma grande festa, mas os "filhos mais velhos", não estão mais interessados em olhar o caminho dos pródigos.

Jesus deixou implícito e muito claro na parábola que o Pai do pródigo, é Deus, nosso Pai Celestial. Um Pai amoroso, perdoador, festejador, que deseja para abraçar aqueles que se levantam do pecado e encontram o caminho do arrependimento. Um Deus que tem propósitos especiais para cada pessoa - ou farrapo de pessoa. Ele ama cada pecador e está disposto a perdoar e depois revelar em cada coração qual seu propósito de cada um.

Deus está em silêncio, não é porque o/a não ama. Mas porque talvez você se mantém longe e ainda não pensou em voltar. Ainda deseja continuar distante, vivendo infeliz, sob uma justificativa de uma falsa liberdade, crendo em sofismas, em filosofias vazias. Pode ser que jamais pensou em ler uma Bíblia - a palavra de Deus. Quem sabe se Uma foto do quadro da sua vida nesse instante pudesse lhe mostrar que não há nenhum futuro para você sem a mão amiga de Deus.

Jesus é o filho do Deus vivo. Basta apenas um pensamento em seu coração. Um simples pensamento: "Deus, se Tu existes mesmo, mostra um pouco da tua misericórdia para mim, e perdoa-me, pois minha situação é esta, esta e esta... Eu sempre pensei assim, assim e assim...E agora eu preciso muito de ajuda. Da Tua ajuda, pois eu cheguei além do que se conhece por fundo do poço.

Um abraço de perdão. Um beijo de aceitação. Uma roupa de justificação, um anel de filiação, sandálias para proteger os pés e uma grande festa de comemoração para a sua volta. Você pode estar morto, perdido, derrotado mas se voltar de verdade para Deus vai receber uma nova vida, vai encontrar um caminho da paz e da felicidade e vai voltar a ouvir de novo o barulho da alegria.

Jbc.

.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

As limitações dos discípulos

Minisserie A Bíblia (History) . O ator Diogo Morgado interpretou Jesus.

No decorrer de seu ministério, Jesus Cristo foi seguido por pessoas sem expressão social, cheias de problemas e limitadas, mas jamais os descartou por estas características.

Muitos crentes têm uma ideia errada sobre os apóstolos do Senhor, pessoas que foram inspiradas pelo Espírito para escreverem textos sagrados que hoje conhecemos como o Novo Testamento, norteiam a nossa vida e são tidos como única regra de fé e conduta. Assim como nós, os discípulos eram pessoas falíveis.

Os discípulos e a necessidade do perdão. "E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz" - Lucas 7.49,50.

Os cristãos precisam manter a disposição de perdoar uns aos outros quando necessário, porque Deus não perdoa e nem age misericordiosamente com quem não perdoa e nem é misericordioso com o próximo. conferir: Mateus 6.15; Tiago 2.13.

A narrativa da mulher pecadora, que ungiu os pés de Jesus, na casa de um israelita chamado Simão, na cidade de Naim, nos mostra as seguintes características do pecador arrependido:

a. O reconhecimento de culpa;
b. O exercício de fé e a necessidade de alívio para a consciência;
c. A certeza do perdão e a consciência que as lágrimas não lavam pecado, mas o amor e intercessão de Cristo;
d. A experiência da purificação, que acompanha o perdão;
e. A gratidão.
f. O serviço. A mulher usou seu precioso unguento para lavar os pés do Senhor;
g. Paz. Jesus disse para mulher: "vá em paz", e foi assim que desde então ela viveu.

A falta de fé dos discípulos mesmo depois de verem milagres. "E aconteceu, no dia seguinte, que, descendo eles do monte, lhes saiu ao encontro uma grande multidão; E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho" - Lucas 9.37,38.

A narrativa de Lucas contando o episódio em que o pai de um menino pede o socorro de Jesus em favor de seu filho, que sofria a possessão de um espírito maligno que o atirava ao chão, e o mantinha em convulsão e espumando pela boca, nos revela que muitas vezes os demônios atacam, de maneira visível, as pessoas. Porém, não necessariamente, todos os casos de convulsões tenham a mesma origem, sintomas parecidos podem ocorrer devido às causas físicas.

Diz o texto que os discípulos não tiveram autoridade de expelir o espírito, e Cristo ao saber do fracasso deles declarou que a causa de fracassarem era a perversidade (frisando: perversidade) e a incredulidade daquela geração. Então, pediu que lhe trouxessem o garoto e fez valer o seu poder e expulsou o demônio, deixando a todos que viram o exorcismo maravilhados com a sua presença e com a majestade de Deus.

O conhecimento da Palavra de Deus, aliado à oração, é a melhor maneira de encher-se de fé (Romanos 10.17).

Jesus não aceita a disputa dos discípulos. "E suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si"  - Lucas 9:46,47.

Jesus responde à pergunta de quem é maior entre os discípulos, o episódio também está registrado em Mateus 18.1-5 e Marcos 9.33-40. Usa a figura de uma criança para ensinar que o maior no reino de Deus muitas vezes é considerado o mais insignificante pelos homens.

Jesus nos conclama à humildade. As pessoas muitas vezes desprezam os não-influentes e bajulam os que têm influência, aproximam-se dos grandes a fim de alimentar o ego e nutrir o status diante dos outros. Não precisamos nos importar nem um pouco com os símbolos de posição social neste mundo, porque o verdadeiro caminho para a grandeza é  a humildade, e o sinal de humildade mais aparente é incluir em nosso círculo de amizades as pessoas que o mundo considera os menos importantes.

Jesus repudia o exclusivismo dos discípulos. "E, respondendo João, disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava os demônios, e lho proibimos, porque não te segue conosco. E Jesus lhe disse: Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós" -  Lucas 9.49,50.

O exclusivismo nada tem a ver com o ensinamento de Cristo.

Para João, não era suficiente realizar milagres em nome de Jesus; era necessário "seguir conosco" e Jesus ensina que não há neutralidade na luta contra o mal. Os que não são contra nós, são por nós, é uma prova que devemos aplicar a outros. E no capítulo 11 e versículo 23 de Lucas encontramos outro teste de Jesus, que devemos aplicar a nós mesmos: "quem não é por mim é contra mim".

Jesus é contra a avareza dos discípulos. "E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?" - Lucas 12.13,14.

Possuir coração avarento é um grande perigo, a avareza produz muitas consequências ruins. A parábola do rico louco ensina-nos que Jesus não quis se ocupar demasiadamente com os interesses materiais de seus ouvintes; que a vida de alguém pouco tem a ver com a abundância dos seus bens; que a riqueza pode ser perdida em uma noite mas a verdadeira riqueza é o que temos diante de Deus.

O valor de uma vida não consiste naquilo que alguém tem mas naquilo que esse alguém é (Salmo 15.1-5).

Jesus ensina os discípulos quanto a solicitude da vida. "E disse aos seus discípulos: Portanto vos digo: Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis. Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que as vestes" - Lucas 12.22,23.

O ensino de Jesus nesta passagem bíblica é mais um convite para descansarmos nos braços de um Pai amoroso do que propriamente um mandamento, se consiste em um princípio libertador ao peso da preocupação excessiva. Sempre que nos concentrarmos em nós mesmos e não em Deus violamos o princípio de Jesus. Como seres humanos, às vezes ultrapassamos os limites e nos afligimos, ao invés de confiarmos nos cuidados eficazes do Senhor, desnecessariamente, carregamos o fardo pesado imposto por este mundo.

É importante lançar sobre Deus as nossas ansiedades, confiantes que Ele tem cuidado de nós (1 Pedro 5.7).

Conclusão

Na prática do cristianismo não há lugar para fingirmos ter valores espirituais melhores que os irmãos com quem convivemos.

A vida cristã é composta de posturas espirituais, porém, também, humanas. Nós corremos o risco de falharmos por fraqueza. Em momentos de fragilidade, a nossa fé deve estar cravada no Evangelho para superarmos todos os erros e culpas e dissiparmos todas os ardis da vida e do inimigo de nossas almas.

Embaraços e atos equivocados não podem ser considerados erros sem perdão. Ao pecar, não podemos encobrir o pecado, mas confiantes na bondade do Senhor confessá-lo com a disposição de não mais cometê-lo, confiantes que Ele perdoa os nossos pecados e nos purifica de todas as injustiças. E assim será (Provérbios 28.13; 1 João 1.9). 

E.A.G.

Compilações em:
A Bíblia Explicada, páginas 357, 358, 361, edição 1997, Rio de Janeiro (CPAD);
Bíblia de Estudo de Genebra, página 1198, edição 1999,  Barueri (SBB);
Bíblia de Estudo Vida, páginas 1605, 1613, edição 1998, São Paulo (Editora Vida).
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves, 2º trimestre 2015, páginas 63,65, Rio de Janeiro (CPAD). 
Lucas, Introdução e Comentário, Leon L. Morris, página 167, reimpressão 2011, São Paulo, (Vida Nova). 

sábado, 2 de maio de 2015

Jesus escolhe os seus discípulos

Por Genivaldo Tavares de Melo

EBD – SUBSÍDIO - LIÇÃO PARA O DIA 03/05/2015

PONTOS A ESTUDAR:
I – O MESTRE.
II – O CHAMADO.
III – O TREINAMENTO.
IV – A MISSÃO.

Poucos querem seguir os verdadeiros ensinamentos. 

Caro professor, a lição é muito importante e aborda questões ligadas ao dever ministerial, não deixe que alunos contenciosos tomem as rédeas da sua classe.

I – O MESTRE.

1.1 Seu ensino.

Quanta falta faz hoje, o estilo de trabalho feito pelo Senhor; pregação com autoridade, que não é o mesmo que pregar com gritos histéricos, como fazem a maioria dos pregadores, principalmente os mais jovens, que tiram o paletó para impressionar e correm o púlpito de canto a canto, repousam os cotovelos sobre o parlatório fazendo pose de astros de primeira grandeza.

A autoridade de Jesus era a fala acompanhada de ação; pregava com poder e a pregação gerava resultados positivos.

Hebreus 6.1-1. O autor da carta deixa claro que os ensinos de Jesus não tiveram caráter de doutrinação e organização de igrejas, visava a salvação, a cura e a alimentação das almas sob todos os aspectos.

A igreja, no tocante ao ensino é secundária e tem um único objetivo: reunir as pessoas em torno de si mesmas e todas em torno de Cristo.

1.2 Seu exemplo.

Quem tenta embelezar seus ensinos com retóricas e demonstração de conhecimentos perde um enorme tempo e com certeza, nunca atentaram para os ensinos do Mestre.

Na causa do Reino vale a força do exemplo e não o exemplo da força e muito menos do convencimento visando vantagens.

Dá-lhe vós de comer, Mc.6:37.

II O CHAMADO

2.1 O método.

A indicação de João citado conforme Jo.1:35-39 é o que, em tese, todos devemos fazer a qualquer que queira ingressar nas fileiras do ministério.

Consideremos como muito sério apresentar alguém para o santo ministério, pois, com certeza, há muitos que são levados ao ministério sabendo-se de antemão que o tal não capacidade nem para ser crente quanto mais ser um pastor. Assim veremos a razão de Jesus ter separado Judas Iscariotes.

Não precisaríamos dizer que Jesus ao escolher os doze, tenha feito com base nas “revelações dos montes”. Havia algo de muito racional nessas escolhas como há nas escolhas de hoje e daí o cuidado que temos que usar.

Mesmo com todos os cuidados é possível errar, porém, temos a obrigação de minimizar esses erros eliminando as probabilidades, tais como:

• Conhecendo a família do candidato;
• Conhecendo o histórico profissional do candidato. Há pessoas que apenas olhando a sua carteira profissional de trabalho (CTPS) percebe-se que não leva jeito.v Foi ótimo Jesus ter escolhido Judas e certamente o fez para aliviar as críticas em nossas próprias escolhas.

2.2 O custo.

Quem está preocupado com o custo quando usam o ministério para estabilizar sua vidas.

Meu avô preocupava-se Sim, ele saia de casa com colher de pedreiro em uma mão e a bíblia na outra, deixando sua família sob às graças de Deus, evangelizava, conquistava vidas para Cristo.

Ensinemos o que realmente é ser discípulo de Jesus e como reconhecer os maus. Assim poucos inaptos desejarão ser um ministro.

III – O TREINAMENTO.

3.1 Mudança de destino.

Quem conhece profundamente o ministério e os riscos foge dele, mas quem ama a Cristo de todo o coração abraça-o com todo vigor e desejo por saber que recompensa o Senhor trará na sua vinda.

Is. 40:10. O galardão vem com ele e o salário diante da sua face. Ninguém precisa abrir conta bancária para fazer dela o relicário do seu ministério.

As obras de cada um serão julgadas no tempo próprio e aí se verá a diferença entre o justo e o ímpio. 1 Co 3:13.

3.2 Mudança de valores.

Os exemplos que temos visto tem sido a mudança de valores para pior. Cada um quer defender o seu território não importando os meios para isto.

Alguns sugerem que a família deva ser a primeira na visão do ministro. Nunca pude encontrar na prática essa possibilidade, salvo se o ministro for mais executivo que pastor e assim a família acaba entendendo o lado da missão.

Muitas famílias sofreram o ministério pastoral em razão da falta de entendimento de muitos ministros. O ministro deve tratar sua esposa e filhos com o mesmo carinho e respeito com que trata as famílias dos membros da igreja, respeitar o tamanho espiritual de cada um e jamais conduzi-los para agradar os olhos da igreja.

[Continuação do artigo em União de Blogueiros Evangélicos]

E.A.G.

sábado, 25 de abril de 2015

A tentação de Jesus (por Genivaldo Tavares de Melo)

PONTOS A ESTUDAR:
I – A REALIDADE DA TENTAÇÃO.
II – A TENTAÇÃO DE SER SACIADO.
III – A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO.
IV – A TENTAÇÃO DE SER NOTADO.

I – A REALIDADE DA TENTAÇÃO.

1.1 Uma realidade humana.

Nada pode nos demover do pensamento bíblico em reconhecer a humanidade de Jesus, no mesmo tamanho que todos os demais mortais.

Os mortais se diferenciam pelas ideias, planos de vida, inteligência e sensibilidade. Quando temos a certeza de que algo nos aproxima de Deus e que temos uma missão a cumprir, isso nos torna diferente e idealista.

Jesus foi um grande idealista como homem e o Espírito de Deus completou a boa obra. Fil. 1:6.

Jesus era 100% humano, física e intelectualmente com todas as necessidades que qualquer de nós.

A Bíblia declara que não lhe foi dado o Espírito por medida e aqui reside a diferença entre ele e os demais.

1.2 Vencendo a tentação.

Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Essa forma de condução não é a trasladação, mas, o convencimento no homem interior.

O trabalho do Espírito de Deus é o de comunicar a vontade dele próprio – pois o Espírito é Deus – de nos preparar para os embates do mundo espiritual nos fortalecendo no homem interior.

O fortalecimento no homem interior é o “algo” que os homens naturais não possuem. Ef. 6:10.

Vencer a tentação exige do homem. Ceder é pecar.

II A TENTAÇÃO DE SER SACIADO.

2.1 A sutileza da tentação.

A tentação não vem carimbada; “sou a tentação”.

As sutilezas ocorrem no sentido em que o inimigo age “quase” dentro dos nossos ideais de vida: É preciso tomar cuidado para que não sejamos empurrados dentro do nosso próprio terreno; naquilo que mais queremos para nossas vidas; dinheiro, prosperidade, amizades, apetites sob as mais variadas formas.

[Continuação no portal União de Blogueiros evangélicos].

E.A.G.


sábado, 11 de abril de 2015

O nascimento de Jesus

Por Eliseu Antonio Gomes

A maternidade é um privilégio doloroso. A jovem Maria de Nazaré teve a honra inigualável de ser mãe do Filho de Deus. Contudo, as dores e os prazeres de sua maternidade podem ser entendidos por todas as mães, de todos os lugares.

Jesus veio ao mundo como um de nós para salvar os perdidos.

Jesus nasceu na plenitude dos tempos quando a Terra de Israel estava debaixo do jugo do Império Romano. César Augusto era o imperador e todos os imperadores eram vistos como deuses.

A última ceia
As 12 aparições de Jesus Cristo nos 40 dias após a ressurreição
Jesus Cristo é Deus e também é o Salvador
Adotados por Deus
Jesus Cristo: o exemplo do missionário que veio de longe
Jesus é a porta
José, o pai terreno de Jesus, um homem de caráter
Maria, mãe de Jesus, uma serva humilde
O nascimento de Jesus narrado em poema de cordel
► Quem era Maria Madalena segundo os relatos bíblicos

domingo, 22 de março de 2015

O Evangelho Segundo Lucas

Por Eliseu Antonio Gomes

Autoria

O autor do terceiro Evangelho era claramente um escritor cuidadoso e um homem de cultura, usualmente concorda-se que deve ser identificado também como o autor de Atos, pois o prefácio de Lucas (1.1-4) é muito parecido com o de Atos 1.1, as duas obras são endereçados para Teófilo, o estilo e vocabulário favorecem a unidade de autoria, e o segundo prefácio refere-se a um livro anterior. 

A tradição concorda com o prefácio, que nos mostra que o autor não era testemunha ocular das coisas que registra, não era um dos primeiros seguidores de Jesus. e nesta posição ele fez uma pesquisa apurada de todos os acontecimentos do Mestre.

Não está grafado o nome do autor no terceiro Evangelho, porém, uma tradição antiga confere a autoria a Lucas, o médico amado, baseada nas referências de Colossenses 4.14; 2 Timóteo 4.11; e Filemon 24. Lucas não era, pelo que saibamos, um cristão de tanto destaque na igreja primitiva. O fato de um homem que não era apóstolo, sem posição de destaque que se conheça, ser universalmente considerado como tendo sido o autor, deve receber a merecida consideração.

O Fragmento Muratoriano, uma lista dos livros aceitos como parte do Novo Testamento, afirma que Lucas era gentio, nativo de Antioquia, escreveu seu Evangelho em Acaia, morreu aos 84 anos solteiro e sem filhos.

Data

A data do Evangelho de Lucas é motivo de debate entre os acadêmicos, e a questão está relacionada à sua autoria. A data mais tardia possível para a autoria do Evangelho é aproximadamente 80 d.C., uma vez que há evidências do seu uso a partir de 95, e que o livro de Ato utiliza as cartas de Paulo. Por outro lado, provavelmente o Evangelho não foi escrito antes do final dos anos 50, visto não ter sido escrito muito tempo antes do livro de Atos  (Atos 1.1), e 62 é a data do último evento registrado em Atos (a prisão domiciliar de Paulo em Roma).

Conteúdo

Lucas inicia seu Evangelho com uma declaração especial: ele mesmo havia se informado minuciosamente de tudo sobre a vida de Jesus desde o princípio. A genealogia de Cristo é rastreada desde Davi e Abraão até Adão, nosso antepassado comum, apresentando-o deste modo, como alguém da nossa raça. A obra não é uma repetição monótona de datas e ações, exibe uma fervorosa sensibilidade quanto aos detalhes pessoais íntimos, retrata Jesus como o Homem Perfeito e de grande empatia.

Seu relato é um dos mais completos e ricos em detalhes a respeito do nascimento e infância de Jesus, atrai o leitor para dentro dos eventos que ele descreve. A escrita é vívida. Narra de forma inigualável a vida do Filho de Deus, apresenta a Jesus como o Filho do Homem, o Homem Perfeito que veio salvar a todos, judeus e gentios.

Comparações com os Evangelhos de Mateus e Marcos

Quando se faz um paralelo entre Lucas e os demais Evangelhos Sinóticos observa-se a peculiaridade do vocabulário médico empregado por Lucas. Ao comparar, por exemplo, Lucas 4.38 com Mateus 8.14 e Marcos 1.30, observamos que Lucas enfatiza a natureza ou grau da febre da sogra de Pedro; ao analisar Lucas 5.12 com Mateus 8.2 e Mateus 1.40, vemos que o escritor anotou "cheio de lepra" e não apenas "um leproso"; ao confrontar Lucas 8.43 com Marcos 5.26. Somente Lucas observou que o episódio da cura do homem da mão mirrada era a mão direita que estava seca (6.6; Mateus 12.10; Marcos 3.1); e quanto a orelha decepada de Malco, foi quem assinalou que o corte ocorreu do lado direito (22.50; Mateus 26.50; Marcos 14.47).

Finalidade

1. Lucas narra a história, mas não tão-somente a história como se entende hoje em seu sentido secular e positivo, que se prende à narrativa da perspectiva humana, conta a ação de Deus entre os homens e como Ele demonstra sua soberania entre eles;
2. Escreve para esclarecer que o cristianismo tem vínculos com o judaísmo, a fé cristã possui raízes judaicas;
3. Esclarece que o cristianismo não é uma religião que veio a existir para competir com o império romano;
4. O endereçamento do Evangelho a Teófilo pressupõe que o autor tinha o objetivo de circular o livro entre pessoas cultas.

Conclusão

Sabemos que o autor do terceiro Evangelho obteve as informações sobre a vida e o ministério de Jesus entrevistando testemunhas oculares, ministros e apóstolos do Senhor e pesquisando escritos sobre Jesus. Coube a Lucas colocar a história em ordem histórica e cronológica. Assim, temos o tratado extraordinário sobre o Salvador,

Enfim, sabemos que pessoas inspiradas pelo Espírito Santo escreveram os livros da Bíblia Sagrada, e que através da instrumentalização que Deus fez de Lucas foi possível chegar até nós informações relevantes sobre os passos, pormenorizadamente.

E.A.G.

Compilação:
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, página 1588, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD)
Lucas, Introdução e Comentário, Leon L. Morris, página 13, 14, reimpressão 2011, São Paulo, (Vida Nova).
Lucas - O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito, José Gonçalves, página 14, 16, 1ª edição 2015, Rio de Janeiro (CPAD).

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

EBD: Jesus: o Homem Perfeito, O Evangelho de Lucas, o Médico Amado (CPAD)

No 2º Trimestre de 2015 a Casa Publicadora das Assembleias de Deus disponibilizará a revista Lições Bíblicas com o tema Jesus. o Homem Perfeito - O Evangelho de Lucas, o Médico Amado, cuja autoria dos comentários é do Pastor José Gonçalves.

As lições são:

Lição 06: Mulheres que Ajudaram Jesus
Lição 07: Poder sobre as Doenças e Morte
Lição 08: O Poder de Jesus sobre a Natureza e os Demônios
Lição 10: Jesus e o Dinheiro
Lição 11: A Última Ceia
Lição 12: A Morte de Jesus

E.A.G.

domingo, 9 de maio de 2010

LUCAS 23.43 - COMO DERRUBAR VÁRIAS HERESIAS COM UMA CAJADADA SÓ

Por Airton Costa

“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”.

Com esta afirmação de Jesus ao ladrão crucificado podemos demolir pretensões de vários contradizentes. É a lei do menor esforço. Se podemos derrubar várias heresias com apenas um versículo, por que gastar tempo argumentando com muitas passagens bíblicas? Se a heresia ainda demonstrar sinais vitais, então podemos usar cajados mais dolorosos.

Vejamos.

Purgatório

Aquele homem, ao crer em Jesus e clamar por misericórdia, foi imediatamente perdoado. Além disso, ficou sabendo que logo após sua morte iria descansar em paz. Segundo a doutrina católica do purgatório, ele seria imediatamente jogado numa espécie de masmorra, onde passaria um bom tempo, até que as rezas movessem o coração de Deus. Qual a doutrina certa? A dos homens ou a de Jesus? O purgatório também não existiu para Estêvão, que antes de morrer entregou seu espírito a Jesus (Atos 7.59).

Mortalidade da alma

Os exterminadores dizem que a alma sucumbe com o corpo na sepultura. Ora, o corpo do ladrão ficou no túmulo, mas seu espírito seguiu para o paraíso. Alegam alguns mortalistas que as coisas não são bem assim, pois Jesus não subiu naquele mesmo dia. Esquecem que onde está o Pai está o Filho. Leiam: “Eu e o Pai somos um”; “Quem me vê a mim, vê o Pai”; “Ninguém VEM ao Pai senão por mim”. Jesus também disse que não deveríamos temer os que matam o corpo, mas não podem matar a alma (Mateus 10.28). A imortalidade da alma está aí expressa. Foi isso o que aconteceu com Estêvão e com o ladrão na cruz. Mataram o corpo, mas o espírito sobreviveu. Jesus nos ensinou uma realidade espiritual através da parábola do rico e Lázaro (Lucas 16.19-31). Ali está dito que o corpo desce ao pó e o espírito segue seu destino.

Batismo pelos mortos

O mormonismo ensina e pratica o batismo pelos mortos. Consiste em se batizar alguém que já morreu. Como não se pode batizar um espírito, um mórmon faz as vezes do falecido. Acho que não existe uma heresia mais braba. Talvez se iguale a esta, em extravagância, o ato de urinar em pontos estratégicos de uma cidade para marcar território, uso de sal grosso para afastar demônios, ou troca de anjo da guarda. Pois bem, Jesus teria se esquecido de batizar o ladrão? Aferram-se os contradizentes à tese de que Jesus continua evangelizando os espíritos em prisão. Deduzem que os espíritos convertidos deverão descer às águas (?). Como espírito por óbvias razões não pode ser batizado, Jesus espera que a sua igreja batize os mortos. Ao afirmar a salvação do ladrão, Jesus tinha certeza de que alguém iria batizá-lo dois mil anos depois? Como ele foi direto para o paraíso sem batismo?

Reencarnação

Segundo a doutrina espírita da reencarnação, referido ladrão deveria voltar à terra inúmeras vezes, nascer, morrer, nascer de novo até o total pagamento de sua dívida. Nada disso aconteceu. Jesus desconhecia esses nascimentos e mortes. O perdão de Jesus foi total e incondicional. Estêvão com certeza também não sabia que para chegar ao céu teria de enfrentar muitas vicissitudes, pois entregou seu espírito diretamente a Jesus. O rico e o pobre, como ensinou Jesus (Lucas 16.19-31), também não tiveram que “sofrer” encarnações. O profeta Elias foi direto para o céu, sem ter que penar em outras vidas (2º Reis 2.1,11).

Maldição hereditária

Será que Jesus se esqueceu de que aquele homem crucificado a seu lado estava cheio de maldições hereditárias que deveriam ser quebradas antes de sua subida para o paraíso? E Estêvão? E Elias? Os apóstolos em suas primeiras pregações teriam se esquecido desse detalhe tão importante? Nada disso. A pior maldição é ser descrente. Os que não crêem já estão amaldiçoados e condenados (João 3.18). Em Jesus, todos os vínculos satânicos, algemas, laços, pactos e maldições são quebrados, pois “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).

A negação da divindade de Jesus

Ao perdoar os pecados do ladrão e garantir sua salvação, Jesus estaria agindo como um lunático ou mentiroso? Não é mais razoável admitir que só quem perdoa pecados é Deus e que naquele momento quem estava perdoando era verdadeiramente o Deus encarnado? Como Jesus poderia garantir a salvação daquele homem se Ele realmente não fosse Deus? Ouçam: “Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8-9; e, João 1.1,2,3,4,14).

“Deve reter firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso tanto para admoestar na sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tito 1.9).

Fonte: Palavra de Verdade

Airton Costa é pastor da Assembleia de Deus Ministério Palavra da Verdade.
.