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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Exortação aos que exortam


É claro que Deus reprova quem vive no erro, quem faz do pecado seu estilo de vida. Mas devemos considerar que os pregadores são pessoas falíveis, gente como a gente.

O fato do pregador pecar não é motivo para parar de pregar. O próprio apóstolo Paulo se identificou como um pecador, e ele é o responsável por quase a metade do conteúdo existente no Novo Testamento, textos escritos por ele e sobre ele. Ao pecar, o que deve ser feito é, o mais rápido possível, o pedido de perdão e tomar firmemente a decisão de não repetir o ato falho e jamais abandonar a chamada ministerial. 

domingo, 1 de maio de 2022

Atos 20.1-16: A verdade sobre Êutico

É comum ouvir pessoas mencionarem a história de Êutico a fim de indicar que a pregação foi longa demais. As pessoas dizem, de forma humorística: não nos mate de tanto pregar! Será que o Espírito Santo inspirou Lucas a adicionar essa história no Livro de Atos com a finalidade de ensinar os pastores a limitarem a duração de suas lições? 

Embora os pastores devam ser sábios no que diz respeito ao tempo de cada sermão, veremos que o propósito da história de Êutico deve ensinar uma verdade mais elevada.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Na Assembleia de Deus perto de você

Deus dá talentos e dons aos cristãos, que são respeitados por Ele como indivíduos. Ninguém é igual a ninguém, e no que tange ao palestrante, nós concordamos que o que importa mais não é o seu estilo como pregador, mas sua fidelidade ao texto e conteúdo da Palavra usado na apresentação dela. O introvertido não precisa forçar sua personalidade para se passar por extrovertido, e o mesmo vale no sentido oposto. 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Colossense 2.14 - O preparo e a pregação do Evangelho


Aquele que divulga o Evangelho, deve entregar a mensagem que recebeu e faz dela a diretriz da sua vida. 

"E quando vocês estavam mortos nos seus pecados e na incircuncisão da carne, ele lhes deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos pecados. Cancelando o escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz. E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz" - Colossenses 2.13-15 [NAA].

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Cuidado com o que a memória diz

A Negação de Pedro.
 Arte do dinamarquês Carl Heinrich Bloch no ano de 1873.
Há memórias fortes e memórias fracas; há memórias privilegiadas e memórias que não vão além do nível comum. Quando perfeita, a memória pode ajudar de modo surpreendente quem a possui. Mas a memória também pode trair o seu dono. O indivíduo que confia demasiadamente nela corre o risco de entrar em situação vexatória, se o apontamento da memória não estiver exato, se a clareza de detalhes não for integral. 

Assim sendo, tenham o máximo de cuidado com a memória, pregadores, quando fizerem citação de trechos das Escrituras Sagradas, pois não é sempre que a memória retém as coisas satisfatoriamente.

Um dos pontos que muitos tropeçam com muita frequência, por confiarem na memória, é a narrativa sobre a negação de Pedro, quando Jesus estava sendo julgado. Comete-se equívocos quanto ao número de vezes que Pedro faltou com a verdade, dizendo não conhecer o Mestre, e no número de vezes que o galo contou naquela ocasião.  Todos que confiam na memória e afirmam que o galo cantou três vezes, antes que Pedro mentisse, infelizmente, estão confundidos. 

Quantas vezes o galo cantou antes de Pedro negar o Mestre? A Bíblia não declara que o galo cantou três vezes e nem Jesus fez essa afirmativa quando advertiu a Pedro acerca do ato da negação. O que está escrito é o seguinte: "Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás" - Mateus 26.34 (ARC). 

Três vezes se refere à negação e não ao cantar do galo. Observe com atenção a vírgula, antes da palavra "cante", e tudo estará esclarecido. O leitor apressado, que não respeita o sinal gráfico de pontuação que ali está, induz a memória a sugerir que o galo cantaria três vezes antes que Pedro cometesse seu ato falho.

O episódio que estamos comentando é um dos poucos que está registrado nos quatro Evangelhos: Mateus 26.31-35 e 26.69-75; Marcos 14.27-31 e 14.66-72; Lucas 22.31-34 e 22.54-62; e João 13.36-38 e 18.15-18, 25-27. Mateus e João relatam que antes que o galo cantasse uma vez, Pedro negaria o Senhor. Quem registra o número de vezes do canto do galo é o evangelista Marcos (14.72) e o faz nesses termos: "E no mesmo instante o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes.” E, caindo em si, começou a chorar" . 

O que acabamos de ler é exatamente o que está escrito nos Evangelhos. É claro que se tivéssemos que fazer uma recomendação aos que confiam em demasia na memória, diríamos que não convém confiar exageradamente. Confiar no que está escrito, sem alterar o lugar da vírgula.

Consulte a Bíblia antes de consultar a memória. Tome cuidado com os registros da sua memória.

E.A.G.
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Autor do artigo não identificado. Conteúdo extraído do periódico Mensageiro da Paz, ano 40, edição número 3, página 4, publicado em fevereiro de 1970 pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro então denominado Guanabara. O conteúdo desta postagem é adaptado ao blog, com acréscimos de referências bíblicas, troca de vocábulos que caíram em desuso por outros agora em voga e uso das regras ortográficas da Língua Portuguesa que entraram em vigor em 1º de janeiro de 2009.

domingo, 28 de abril de 2019

A pregação do Dragão no meio cristão

Ovelha descansa no gramado. A pregação do Dragão no meio cristão, por Jossy Soares. Jornal Mensageiro da Paz, Julho de 2013, Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

Por Jossy Soares

Há algo de errado com muitas pregações no meio cristão mundo afora. Muitos estão colhendo e promovendo glorificação para si, ao homem e seus próprios interesses.

As colunas centrais da pregação cristã são aquelas recomendadas por Jesus Cristo: arrependimento e remissão dos pecados (Lucas 24.47). A primeira trata-se da obra produzida pelo Espírito Santo convencendo o homem de sua condição de miserável pecador e destituído da glória de Deus (Romanos 3.23; Atos 3.19); a segunda trata do plano de Deus elaborado antes da fundação do mundo (Apocalipse 3.18), a Obra de Cristo no Calvário onde Ele ofereceu a Si mesmo pelos nossos pecados em oferta agradável a Deus. Foi do agrado de Pai que o Filho padecesse por nossos pecados (1 Pedro 2.24).

Jesus Cristo ofereceu seu próprio sangue para remir os que estavam sob a maldição do pecado, purificando e trazendo o homem para perto de Deus (1 João 1.7; 2.3).

A pregação cristã deve sempre fazer referência ao Jesus Cristo e seu sacrifício vicário São assim as expressões de expressões de adoração e louvor a Jesus Cristo na revelação de seu triunfo em todo o Livro do Apocalipse (5.2, 9, 13). A menção de Jesus como Cordeiro sempre aponta para seu sacrifício na cruz.

O inimigo de nossas almas há muito vem executando seu plano de subtrair essa glória ao Cordeiro de Deus da boca e dos corações dos homens. Uma das formas é tentar fazer o homem acreditar que tem em si alguma condição de autodeterminação tirando, sutilmente, Deus so centro de todas as coisas e ponto de vista humano.

No círculos seculares, nega-se sua total dependência de Deus. Prega-se a força interior, como algo inerente ao homem que o torna senhor de sua vida. Vemos fatos semelhantes no meio cristão. Aliás, muito se tem falado sobre o poder da fé, como se a fé fosse um fim em si mesmo. Assim, se prega a "fé na fé" e não a fé em Deus. Em outras palavras, essa fé na fé é a versão evangélica da atitude mental positiva das ciências associadas à Nova Era e ao Humanismo. Não existe o poder da fé. Existe o poder de Deus.

Geralmente, os propagadores desse "outro evangelho" são os que têm ganhado aceitação e dinheiro com essa situação porque mexem com o emocional das pessoas, levando-as a acreditar em algo aparentemente muito bom, mas invariavelmente antibíblico.

Não adiante barulhos de glorificação a Cristo e, ao mesmo tempo, a ocultação da sua maior realização pela humanidade: sua morte de cruz e o perdão que dela decorre. As pregações que estão promovendo o pregador e massageando o ego do povo não tem as "digitais" do Espírito Santo de Deus. Se elas ocultam a Obra expiatória do Cordeiro de Deus, apresentam a fé na fé e a atitude mental positiva, tornou-se uma pregação humanista e é notória que uma das estratégias do Anticristo será a elevação do ego humano acima de tudo, até extinguir Deus e tudo que com ele se relacione da mente da humanidade.

O apóstolo João menciona, no Apocalipse, o discurso do Falso Profeta, a besta que subiu do mar. Ele tinha chifres como de cordeiro, a aparência era de espiritualidade, de piedade, de religiosidade, parecia ser algo confiável, lembrava um cordeiro, entretanto, a fala dessa besta era a pregação do Dragão (Apocalipse 13.11).

O Falso Profeta, como agente satânico, nos últimos dias influenciará todo o pensamento da humanidade contra o Cristianismo, seja de forma contundente, seja de forma velada. A falsa espiritualidade tem acometido o meio cristão com esse "outro evangelho" e transtornado a mente de muita gente deixando em desuso a mensagem da cruz e a glória devida ao Cordeiro de Deus.

Uma das funções do Espírito Santo de Deus é glorificar a Jesus. Falando do Consolador Jesus diz: "Ele me glorificará, porque vai receber do que é meu e anunciará isso a vocês" (João 16.14). Assim, a pregação inspirada pelo Espírito de Deus é aquela que glorifica ao Cordeiro. Não temos nenhuma obrigação de ouvir ou de tolerar pregação que não tenha a autenticação do Espírito Santo.

O momento que vivemos exige discernimento. Rejeitemos e denunciemos qualquer mensagem que não tenha a autenticação do Espírito de Deus. "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre" (Hebreus 13.8).

E.A.G.

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 83, nº 1537, julho de 2013, coluna Apologética Contemporânea, página 16. Bangu. Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Postagem publicada de modo resumido.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Os crentes de Bereia, e todos os hereges e suas heresias sob a ótica da oração da concordância (Mateus 18.18-19)

Arte: Pawel Kuczynski 
Quero solicitar a gentileza de que meditem sobre o uso do versículo "o que concordares na terra...".

Conversava há pouco com uma pessoa que defendia a cartilha de usos e costumes da instituição religiosa da qual faz parte. O ensino de seus líderes - embora seja uma imposição criada com boas intenções - não faz parte da doutrina de Cristo, não há respaldo bíblico para o ensinamento. Querendo justificar o procedimento de seus pastores, meu interlocutor disse "devemos respeitar as normas estabelecidas pelas igrejas, porque são seladas por Deus e desrespeitando cometemos pecado!" E usou o texto de Mateus 18.18-19 para respaldar seu argumento.

Imagine dois ou três líderes religiosos heréticos, concordando sobre heresias medonhas? Deus não concordará com os desvios doutrinários deles jamais, e ainda os chamará para um acerto de contas no Dia do Julgamento Final, se não se arrependem do pecado que cometem.

Cabe aos liderados, membros das denominações cristãs, tomarem cuidado com as doutrinas que recebem. É muito importante agirem como agiram os crentes de Bereia. Os bereianos ouviram os apóstolos pregando com muito interesse e educação, mas também analisaram se o que ouviam estava de acordo com as Escrituras Sagradas. Então, por esta atitude, Lucas fez o seguinte relato sobre eles:

"E logo, durante a noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Bereia. Ali chegados, dirigiram-se à sinagoga dos judeus. Ora, estes de Bereia eram mais nobres do que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" - Atos 17.10-11 (Nova Almeida Atualizada - SBB).

Quem vai à igreja precisa se acostumar a checar todos os conteúdos que ouve. 

É necessário contextualizar o texto de Mateus 18.18-19. Jesus falava acerca da concordância na oração, entre pessoas reunidas em seu nome. Este versículo não valida criar doutrina extra bíblica, pois quem se ajunta desprezando a Palavra não se reúne em nome de Jesus. A reunião dessas pessoas é motivada por interesses próprios e, possivelmente, até diabólicos.

Proibir o que a Bíblia não proíbe ou liberar o que a Bíblia não nos dá liberdade para a liberação é algo sério demais. E tais atitudes se chocam com as advertências contidas em Provérbios 30.5-6 e Apocalipse 22.18-19.

“Quem despreza a palavra terá de pagar por isso, mas o que teme o mandamento será recompensado” – Provérbios 13.13 (NAA).

“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! — diz o SENHOR” – Jeremias 23.1 (NAA).

Enfim, se em Hebreus 4.1 a Bíblia se apresenta como Palavra de Deus, viva, eficaz, mais penetrante do que qualquer espada de dois cortes, penetrante até a divisão da alma e do espírito, e juntas e medulas do corpo humano, tem a capacidade de discernir pensamentos e intenções do coração do homem, qual é a intenção de dar “retoques” em suas recomendações. É um erro grave desprezá-la, alterá-la. Quem pastoreia deve entregá-la ás ovelhas exatamente como ela é; quem ensina não pode misturar suas idéias com as idéias de Deus.

E.A.G.

domingo, 5 de novembro de 2017

Dez propostas para que o pregador convidado se saia bem na igreja que o convidou


1. O pregador não deve chegar à igreja quase no horário de pregar. Chegue antes para aproveitar a oportunidade de adorar a Deus reunido com aqueles que o recebem no templo.

2. Não fique ao telefone, não acesse mídias sociais durante o culto. Não converse com quem estiver ao seu lado. Tais atitudes são falta de reverência ao Senhor, falta de educação para com os irmãos presentes. Você é observado, isso é muito feio. Ser assim depõe contra sua imagem de líder evangélico, que precisa prestar bom exemplo de cristão.

3. Participe do culto orando e glorificando ao Senhor, não seja "espiritual" apenas quando estiver pregando.

4. Ao chegar à tribuna, não comprimente apenas o pastor da igreja, comprimente a todos que estiverem assentados nas poltronas sobre o altar. 

5. Não chame o pastor apenas de irmão, ou varão, ou vaso. O pastor tem nome e sobrenome. Se não consegue memorizar a identidade, escreva num papel o nome do pastor e da sua esposa também, pois ela também tem nome e sobrenome.

6. Se o som não estiver bem equalizado, fale com educação com o sonoplasta, ele também é filho de Deus e não é seu funcionário.

7. Não deixe a igreja de pé por muito tempo; existem pessoas que trabalham em pé durante toda a jornada do expediente de trabalho. Deus não quer o sacrifício de ninguém.

8. Não peça para que os irmãos olhem para quem estiver ao lado e lhe diga algo. Fazer esta solicitação é irritante demais, demonstra que você não tem conteúdo aprofundado para entregar uma mensagem da parte de Deus. Se está preso ao mal costume, ore mais para que o Senhor o use sem a necessidade do recurso de clichês.

9. Se sua mensagem não está fluindo conforme desejado por você, não critique os membros da igreja. Busque o Senhor pedindo inspiração ao seu ministério de conferencista.

10. Não passe o horário que lhe foi dado, se não lhe foi informado a duração de tempo, pergunte quantos minutos você tem para falar.

E.A.G.
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Autoria indefinida. Conteúdo adaptado a este blog.

terça-feira, 7 de julho de 2015

A lição da bolha de sabão e Hebreus 12.1-2

Ao realizar uma pregação, com vista a enriquecer o seu conteúdo, um dos recursos usados é a inserção ao discurso algumas figuras de linguagem, que possuem elo com o tema da mensagem. 

Ao abordar a vaidade, costuma-se fazer uso do Livro de Eclesiastes, capítulo 1 e versículo 2, entre outras passagens correlatas. Esta porção bíblica fala sobre a brevidade da vida, diz que nada ou quase nada existirá amanhã.

Pergunta: quem pelo menos uma vez na vida não parou com o que fazia só para admirar a beleza momentânea de uma bolha de sabão? Esta figura, tão bela e frágil, pode ser comparável a nós, se não estivermos encobertos pela sombra do Onipotente.

Assim sendo, que o coração não se distraia com essa vida passageira, rejeitemos a pressão do pecado que tão perto nos rodeia, olhemos fixamente para Jesus, o autor e consumador da nossa fé.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Geremias do Couto e as coisas de menino

"Quando era mais jovem, ficava preocupado por, algumas vezes, terminar a pregação sem suar. Achava que a mensagem não tinha sido lá essas coisas. A lógica era essa (e ainda o é em alguns arraiais): quanto mais suado, mais 'ungido'. Ainda bem que cresci e aprendi. Deixei para trás as coisas de menino."

Frase postada às 10h27 de 9 de janeiro de 2015 pelo Pastor Geremias do Couto, em sua página oficial no Facebook.

Fonte: https://www.facebook.com/GeremiasCouto?fref=ts

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Como falar melhor

Perder a inibição para falar, preparar aulas ou palestras, falar de improviso, evitar o "branco", dirigir ou participar de reuniões, são problemas de comunicação verbal que podem ser eliminados com técnica, disciplina e treinamento. O Prof. Reinaldo Polido, diretor e professor do curso de Expressão Verbal e autor do livro Como Falar Sem Inibições, preparou algumas dicas.

1. Seja você mesmo

Essa é a primeira e maior dica de como falar melhor: a naturalidade acima de tudo. Nenhuma técnica poderá ser mais importante que a sua naturalidade. Aprenda, aperfeiçoe, progrida, mas ao falar seja sempre natural.

2. Pronuncie bem as palavras

Pronuncie completamente as palavras. Principalmente não omita a pronúncia do "s" e "r" finais e do "i" intermediário. Por exemplo: fale primeiro, janeiro, terceiro, precisar, trazer, levamos, e não janero, tercero, precisá, trazê, levamo.

Pronunciando todos os sons corretamente, a mensagem será melhor compreendida pelos ouvintes e haverá maior valorização da imagem de quem fala. Faça exercícios para melhorar a dicção, lendo qualquer texto com o dedo entre os dentes e procurando falar da forma mais clara possível.

3. Fale com boa intensidade

Se falar muito baixo, as pessoas que estiverem distantes não entenderão suas palavras e deixarão de prestar atenção. Também não deverá falar alto porque, além de se cansar rapidamente, poderá irritar os ouvintes. Fale numa altura adequada, para cada ambiente. Nunca deixe, entretanto, de falar com entusiasmo e vibração. Se não demonstrar interesse por aquilo que transmite, não conseguirá também interessar sua platéia.

4. Fale com boa velocidade

Não fale rápido demais. Se a sua dicção for deficiente será ainda mais grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. 

Também não fale muito lentamente, com pausas prolongadas, para não entendiar os ouvintes. Use um aparelho gravador para conhecer melhor a velocidade da sua fala e decidir-se pelo seu estilo.

5. Fale com bom ritmo

Alterne a altura e a velocidade da fala para construir um ritmo agradável de comunicação. Quem se expressa com velocidade e altura constantes acaba por desinteressar os ouvintes, não pela falta de conteúdo, mas pela maneira "descolorida" como se apresenta.

6. Tenha um vocabulário adequado

Um bom vocabulário tem de estar isento do excesso de termos pobres e vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se recomenda um vocabulário repleto de palavras difíceis e quase sempre incompreensíveis.

Evite também o vocabulário específico da sua profissão diante de pessoas não familiarizadas com esse tipo de palavreado. Evitando o vocabulário pobre e vulgar, não tendo a preocupação de se expressar com palavras difíceis e reservando o vocabulário profissional dentro da mesma área, você estará desenvolvendo um vocabulário simples, objetivo e suficiente para identificar todas as suas ideias e pensamentos.

7. Cuide da gramática

Um erro gramática dependendo da sua gravidade, poderá atrapalhar a apresentação e até mesmo destruir sua imagem. Toda a gramática precisa ser correta, mas principalmente, faça uma revisão de concordância e conjugação de verbos. Muitos hesitam na construção de frases porque têm dúvida sobre a concordância a fazer ou o verbo a conjugar. Além disso, aumente suas leituras de livros de bons autores e observe atentamente a construção de frases. A leitura é uma das melhores fontes de aprendizados.

8. Tenha postura correta

Fique sempre bem posicionado. Ao falar, procure não colocar as mãos nos bolsos, nas costas, cruzar os braços, nem se debruce sobre a mesa, cadeira ou tribuna. Deixe os braços naturalmente ao longo do corpo ou acima da linha da cintura e gesticule com moderação. O excesso de gesticulação é mais prejudicial que a falta.

Distribua o peso do corpo sobre as duas pernas, evitando o apoio ora sobre uma perna, ora sobre a outra. Essa atitude torna a postura deselegante. Também não fique se movimentando desordenadamente de um lado para o outro e quando estiver parado não abra demasiadamente as pernas. Só se movimente se pretender se aproximar dos ouvintes ou dar ênfase  determinada informação.

Não relaxe a postura do corpo com os ombros caídos. Poderá passar uma imagem negligente ou de excesso de humildade. Cuidado também para não agir de forma contrária, não levantando demasiadamente a cabeça, nem mantendo rígida a posição do tórax. Poderá passar uma imagem arrogante e prepotente.

Deixe o semblante sempre descontraído e, sendo possível, sorridente. Não fale em alegria com a fisionomia fechada, nem em tristeza com a face alegre. Lembre-se sempre que é preciso existir coerência entre o que falamos e o que demonstramo na fisionomia.

Ao falar, olhe para todas as pessoas para ter certeza de que estão ouvindo e prestando atenção nas suas palavras. Principalmente ao ler, este cuidado precisa ser redobrado, pois existe sempre a tendência de olhar o tempo todo para o texto, esquecendo a presença dos ouvintes.

9. Tenha início, meio e fim

Toda fala, seja numa simples conversa ou numa apresentação para uma grande plateia deve ter começo, meio e fim.

O início

Ao começar, procure conquistar os ouvintes desarmando suas resistências e conquistando seu interesse e atenção. Para isso, poderá usar algumas das seguintes dicas:

• Conte uma história que tenha estreita relação com o conteúdo da sua mensagem. Histórias normalmente despertam o interesse.
• Elogie sinceramente os ouvintes.
• Diga que não irá consumir muito tempo.

O meio

Na primeira parte do meio, prepara o tema a ser abordado:

• Conte numa única frase sobre a matéria que irá abordar. Por exemplo: "Vou falar sobre o lazer do homem moderno".
• Em seguida, faça um relato histórico do tema ou levante um problema para o qual dará solução.
• Finalmente, fale sobre as etapas do assunto que irá desenvolver. Por exemplo: se o tema fosse lazer , as etapas poderiam ser o lazer no campo, o lazer na praia e o lazer no clube. Na segunda parte, desenvolva o  assunto principal atendendo ao que foi preparado. Se fez um relato histórico, agora fale do presente; se levantou um problema, agora dê a solução; se dividiu o tema, agora cumpra as etapas prometidas.

Use comparações, exemplos, estatísticas, depoimentos, enfim, tudo o que puder para confirmar o conteúdo da sua exposição. Se sentir que alguém poderia fazer alguma objeção às suas afirmações, este é o momento de refutá-la.

O fim

No final faça uma breve recapitulação. Em apenas uma ou duas frases, faça o resumo do que apresentou.

Em seguida, para encerrar, use os mesmos recursos sugeridos para iniciar: elogiar o auditório, fazer uma citação, aproveitar uma circunstância, um fato bem humorado, levantar uma reflexão, etc. Além disso, poderá pedir que ajam de acordo com suas propostas. Não encerre dizendo "era isso que eu tinha que falar" ou outras formas vazias e sem objetividade.

10. Pratique bastante

Treine bastante e, sempre que puder, aproveite a oportunidade para falar. Não se esqueça também de que o bom comunicador deve saber ouvir.

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Quando a esposa do pastor se irrita ao ser exemplo no sermão do marido - charge Josias Botelho


As qualidades do líder cristão

Por ser uma tarefa tarefa importantíssima e das mais nobres, com múltiplas responsabilidades, o apóstolo Paulo apresentou a Timóteo a lista de qualificações exigidas àqueles que desejam liderar. A lista de requisitos ressaltam o caráter de quem quer exercer ou já exercer o ofício de presbítero, nada tem a ver com posição social ou grau de escolaridade.

"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo "- 1 Timóteo 3.2-7.

Irrepreensível

No idioma grego, o termo "irrepreensível" não se refere a uma pessoa perfeita, vivendo sem pecado, caso fosse isso ninguém estaria qualificado para ser um líder evangélico (Romanos 3.23). A exigência aponta para um estilo de vida que não exista procedimentos que deponham contra seu ministério, que sua vida seja coerente com a declaração de fé em Cristo e em Deus.

"Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem" - 1 Pedro 2.12.

Esposo de uma só mulher

Não basta ao líder fazer batalha pela pureza doutrinária se em sua perde a batalha pela pureza moral. É necessário ao líder encampar as duas batalhas, no discurso e na prática. Quem exerce o ofício de liderança deve ser alguém que deve ser fiel à sua esposa, no caso de ser casado (Mateus 5.27-28).

Atento, sóbrio e honesto

A pessoa em posição de liderança não pode ser uma pessoa desligada da vida de seus liderados, pois o ato de pastorear é um trabalho que demanda cuidar das ovelhas em todos os aspectos, desde o perigo da ronda de predadores ao provimento diário da água e da comida, à tosquia e manutenção do abrigo.

Sobriedade tem a ver com simplicidade, não ser alguém exagerado em nada, moderado ao comer e beber ser alguém que,age com responsabilidade e honestidade em tudo.

Hospitaleiro

No grego o termo hospitaleiro significa "amante dos estrangeiros", o que remete às pessoas distantes e desconhecidas. Em Romanos 12.13; 1 Pedro 4.9;  1 Timóteo 5.10; e Hebreus 13.2 encontramos a exortação referente à hospitalidade. Repare que o substantivo feminino hospitalidade tem ligação com o substantivo masculino hospital. Portanto, o líder precisa estar disposto a tratar  de ovelhas feridas, querer prestar socorro com qualidade aos que estejam necessitando de cuidados especiais.

Receber alguém desconhecido em casa hoje em dia é considerado uma atitude virtuosa, mas na geração da Igreja Primitiva era situação corriqueira, sendo até motivo de vergonha aos cristãos daquela época se um viajante pernoitasse em uma estalagem. Era inconcebível que uma pessoa pudesse ser descrita como honesta se ela não fosse hospitaleira.

Apto ao ensino

É claro que não é imprescindível que o líder seja uma pessoa com diplomas de teologia na parede. Ele precisa ser alguém que tenha conhecimento das principais doutrinas bíblicas e tenha condição pedagógica de transmiti-las bem (1 Timóteo 5.17).

Sem tendências a embriagar-se

Parece uma contradição Paulo aconselhar Timóteo a beber vinho e também afirmar que o bispo está desqualificado das funções de liderança se tomar vinho. O caso em questão é a situação de embriaguez, que leva a usa série de consequências ruins para quem bebe e para quem convive com o bêbado. A pessoa incontinente não tem condições alguma de conduzir o rebanho de Cristo.

De maneira contundente as Escrituras condenam a embriaguez: Gênesis 9.20 -27; 1 Samuel 25.36; 1 Corintios 11.21. E em Levítico 10.9 e Provérbios 31.4-5 está expresso que os líderes estão proibidos ingerirem bebidas fortes.

Não espancador

O cristão deve amar o próximo como a si mesmo, quem parte para a violência está abaixo do nível da civilidade, portanto, fora do perfil de um servo de Deus apto a conduzir suas ovelhas..

Não cobiçoso de torpe ganância, moderado

Repare que o apóstolo tem o cuidado de classificar a ganância, porque nem todas elas são torpes. É justo ao obreiro trabalhar na obra de Deus e esperar receber dela moderadamente o seu salário justo (1 Corintios 9.9-11; 1 Timóteo 5.17-18).

Não contencioso

Não contencioso quer dizer avesso a brigas, significa mais do que não ser uma pessoa violenta, é aquela pessoa que não tem disposição de esmurrar e também não é disposta a travar disputas orais.

O líder deve ser inimigo de contendas, quem sempre dá lugar a argumentação, discussões e brigas não é alguém que preserva o vínculo da paz, portanto é desqualificado para liderar o rebanho de Cristo (Efésios 4.1-3;2 Timóteo 2.23-24).

Não avarento

No grego está escrito "não amante da prata" o termo aparece em 1 Timóteo 3.3. Hebreus 13.5. Uma das características mais marcantes dos falsos obreiros do Senhor é que eles fazem tudo com o objetivo do lucro fácil (1 Timóteo 6.5-9-11).

É lícito ao obreiro receberem honorários, mas jamais serem apegados ao dinheiro, jamais devem trabalhar com única e exclusivamente com o propósito de serem recompensados financeiramente. A apóstolo Pedro trata deste sentimento como "uma sórdida ganância (1 Pedro 5.2).

Que governe bem a sua casa

O termo grego para governar é equivalente aos termos reger, administrar, presidir. Paulo considera que o lar do líder cristão é uma prova incontestável que ele é aprovável para exercer o posto de líder da igreja. E o detalhe maior disso é sua qualidade de pai, os seus filhos lhes são submissos e ele é modesto ao apresentar esta qualidade de controle familiar (1 Timóteo 2.11).

Não neófito

Literalmente, o termo em grego se aplica à agricultura.. Quer dizer "não ser uma planta nova". O indivívio para ser líder não pode ser frágil, deve ser alguém maduro ao ponto de produzir fruto, precisa ser experimentado. No plantio, o brotinho não tem condições de oferecer sombra para as árvores,, consequentemente precisará da sombra de outros, e ser dependente gerará resultados desastrosos para a igreja.

Bom testemunho dos que são de fora

Ao preencher todos os requisitos acima, a consequência natural é que o líder adquira depoimentos favoráveis sobre seu caráter. E caso sofra injustiças, Paulo recomenda que a acusação seja recebida criteriosamente, com a confirmação de duas ou mais testemunhas de boa reputação (1 Timóteo 5.19).

E.A.G.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

As regras para ser um bom pastor

Por Genivaldo Tavares de Melo

1) Não queira ser um bom pastor, seja você mesmo.
2) Ame pela ordem: Crianças, idosos, adolescentes, jovens e os demais.
3) Seja o mais próximo possível daqueles a quem rotulamos de "símplices".
4) Valorize os chamados "pobres" na somatória, o dízimo deles é maior que o maior.
5) Não se deixe levar pelas aparências, quanto mais polida a Bíblia, mas, desconfie.
6) Não permita que o espírito do caciquismo (aqui mando eu) repouse sobre a sua inteligência.
7) Entenda que você foi chamado para servir e não para ser servido.
8) Não mande, dê o exemplo.
9) Aprenda a ser respeitoso com o público.
10) Faça teologia, mas, saiba, que o melhor, vem do alto.

E.A.G.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Púlpito é altar? Não, na liturgia assembleiana



Deus fez os céus e a terra e não habita em templos feitos por mãos humanas. Nós, os cristãos que se renderam aos pés de Jesus, somos os verdadeiros templos de Deus. E os verdadeiros adoradores de Deus, que é espírito, o adoram em espírito e em verdade, não apenas no plano físico (Atos 17.24; 1 Corintios 3.16; João 4.23-24).

Acho estranhíssima a ideia de considerar a tribuna como se fosse um altar de Deus. Aos que pensam que é, peço a gentileza de mostrar os textos bíblicos em que estão baseados, usando o espaço de comentários deste artigo.

As igrejas Assembleias de Deus costumam receber autoridades políticas no local próximo ao púlpito, e há quem critique isso dizendo ser uma profanação ao altar de Deus.

Para os assembleianos, o local onde está o púlpito é apenas uma plataforma para fazer uso da comunicação. Pensando assim, recebe-se e dá-se assentos para as autoridades políticas nestas plataformas, mesmo aquelas que não professam a mesma fé, as cadeiras não estão reservadas só aos líderes da denominação.

Jesus veio para os doentes, para os pecadores. Por que o cristão deveria rejeitar os pecadores em ambientes de cultos? Nesses ambientes eles têm oportunidade de ouvir a Palavra de Deus. O cristão é orientado a ser hospitaleiro (Hebreus 13.2). Tratar bem o próximo jamais será pecado.

Pastores e autoridades ficam assentados na plataforma, que possui nível de piso superior ao restante do piso do templo. Falando por mim mesmo, é pensamento meu, não é de outros, acho uma tremenda besteira fazer questão de assentar-se em nível superior. Há quem se sinta desonrado, sendo pastor ou autoridade, se oferecerem assento em nível dos membros da congregação.

Algum tempo atrás, a Assembleia de Deus - ministério Madureira, recebeu a visita de uma pessoa que é líder da Igreja do Reverendo Moon, e ele assentou-se na plataforma em que os pastores se assentam. Isso foi motivo para muitas críticas na Internet.

Não estou a defender as doutrinas do Reverendo Moon, apenas afirmando como a Assembleia de Deus considera o local em que o púlpito está, isto é, considera uma plataforma de comunicação e não como um altar de Deus.

No episódio da presença de uma pessoa ligada ao Reverendo Moon na plataforma da AD Madureira, eu não tenho conhecimento do conteúdo que foi dito por essa pessoa e nem em que momento da reunião ela falou.

O detalhe do momento do pronunciamento é importante. Na liturgia assembleiana existe o momento da pregação da Palavra de Deus, ocorre como a última parte da reunião, a parte mais importante, o desfecho final da reunião. Nos momentos anteriores à pregação da Palavra de Deus, ocorrem momentos de louvores, momentos de testemunhos e saudações. Acredito (repito: eu suponho, porque não sou testemunha da ocorrência) que a pessoa ligada ao Moon fez uso do púlpito para uma saudação.

Os assembleianos sabem distinguir cada momento. Os líderes estão presentes e cuidam do rebanho, se há algum pronunciamento anterior que desvirtue o ensinamento bíblico, com certeza os líderes farão uso da praxe para refutar tudo no momento da exposição da Palavra do Senhor.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Quem precisa de Malaquias 3.8-10 para dizimar?

Para ser a favor da prática dos dízimos nos dias atuais não é preciso usar o livro de Malaquias. Leia Gênesis 14, capítulo todo; Salmo 110.4, e Hebreus 7, capítulo todo. Esses três trechos são suficientes para a compreensão que o dízimo cristão é importante. Por esses textos é esclarecido que o ato do dízimo não pode ser movido por pressão, mas por amor a Deus e por amor às almas que Deus ama.

Acesse "assuntos relacionados" e leia mais sobre isso.

E.A.G.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sete tipos de pregadores e sete tipos de ouvintes


Primeiramente, é necessário dizer que o discernimento espiritual surge através de leitura da Bíblia e de oração.

Em segundo lugar, amparado em João 7.24, lembro que o ato de julgar tem base bíblica, porém existe cristão equivocado fazendo dos julgamentos a prioridade de sua caminhada cristã. Ficam parados procurando erros nos irmãos e irmãs em Cristo, parecem ter enorme prazer em apontar erros no próximo e ao mesmo tempo demonstram estarem esquecidos de suas próprias falhas. Deixaram de evangelizar para exercer o papel de juiz de todos.

Em Marcos 16.15 você e eu fomos convocados por Jesus para pregar o Evangelho a toda criatura. Como cristãos, essa é a sua e a minha missão principal. E não precisamos ir longe: vizinhos, colegas de escola e trabalho, pessoas na frente e atrás das filas de banco e supermercado.
 
Abaixo, uma análise sobre pregadores e ouvintes de pregações.

O movimento do re-te-té

Quem é estudioso das Escrituras Sagradas sabe que em nenhuma passagem do Novo Testemanto encontramos ensino afirmando que a presença do Espirito Santo é evocada por meio de gritos, pulos e rodopios. Em nenhuma parte da Bíblia Sagrada está escrito que o barulho é sinal da presença de Deus no ambiente de culto.

Mas, é perfeitamente aceitável a ideia que o cristão alegre expresse sua emoção por diversas maneiras - uma dessas maneiras é a expressão corporal efusiva. Penso que os excessos de expressões corporais coletivas se transformam em equívocos quando passam a ser parte incorporada à liturgia de cultos. 
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Sobre a turma do re-te-té, acredito que seja apenas um grupo de cristãos que precisa de ensinamento bíblico. Acredito que amem a Deus, estão vivendo os primeiros passos da fé, são nossos irmãos em Cristo, mas ainda não tiveram o conhecimento pleno do Evangelho. Penso que, na medida do possível, precisamos empreender discipulado para que cresçam espiritualmente.

A unção espiritual não deve ser associada com gritos, pulos e rodopios. Não existe base bíblica para crer assim.

Ajuda é tarefa do pastor

Os cristãos que escrevem livros e fazem palestras de autoajuda se mostram especializados em determinadas áreas da vida cristã. Vida familiar, jovens, missões, etc. E, há quem os critique por agir assim. Alegam que tais atividades não possuem base bíblica.  

Quanto ao enfoque da autoajuda, lembro-me de Filipenses 4.7-8 (rapare em "quanto ao mais" e "tudo"):

"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai".

É responsabilidade do pastor dirigir as ovelhas às campinas melhores, levá-las aos pastos mais verdes. 

Pregadores das Boas Novas ou comediantes?

Foi Deus quem criou seres humanos introvertidos e extrovertidos. É natural que a personalidade de algumas pessoas seja descontraída. Entre elas existem pregadores, por natureza pregam sermões alegres. Então, desde que a mensagem seja cristocêntrica, não seja com a intenção de apenas entreter platéia, não vejo problema. Mas, há quem os condene, alegando que toda pregação deve levar o pecador ao arrependimento e o consolo aos abatidos, acreditando que na tribuna de igrejas não deve haver nada que provoque risos, porque a risada seria falta de temor a Deus.

Comediantes? Bem, é necessário ao que prega saber qual é o tipo de público-alvo que sua mensagem alcançará. Não é necessário pregar mensagem para aceitar a Cristo para ouvintes que já O aceitaram. Fazer isso é totalmente sem sentido, é desperdiçar tempo. Aos que já entronizaram ao Senhor em seus corações, o pregador deve usar temas de discipulado, assuntos voltados à edificação. A exortação não precisa ser feita com a cara de quem comeu e não gostou da comida.

Alegrar-se é uma recomendação bíblica: Salmo 32.11; 97.12; Romanos 12.15; 15.10; Filipenses 2.18; 4.4; 1ª Tessalonicenses 5.16.

Grandes empreendedores ou ganhadores de almas?

Jamais o pregador deve pregar sobre conversão afirmando que converter-se é parte de um processo que as levará a conquistarem sucesso nesta vida transitória. O progresso material e profissional não é o objetivo final do cristão, é apenas consequência. Em primeiro lugar o cristão precisa querer crescer espiritualmente, porque estamos de passagem neste mundo (Mateus 6.28; 1ª Pedro 2.11).

Exitem pregadores que são acusados de pregar buscando apenas lucros financeiros. Dizem que eles não visam almas para Jesus Cristo, apenas transferir o dinheiro delas para seus próprios cofres. Os tais são rotulados de pregadores da Teologia da Prosperidade, lobos em pele de ovelhas,  mercenários.

Certa vez Jesus Cristo deixou de lado a pregação e milagres, quis assentar-se perto do gazólico para observar a conduta de ofertantes. Ele fez questão de comentar aprovando a decisão de uma mulher viúva, ela era alguém desamparada pela sociedade, mas que  resolveu entregar o valor de um dia inteiro de trabalho na Casa de Deus. Bem, como o Filho de Deus tinha apenas três anos e meio de ministério, e considerou importante parar a pregação e as curas e checar a atitude de corações que entregavam dinheiro no templo, podemos entender que a questão das ofertas é assunto importante para a Igreja e para Deus. Conferir: Marcos 12.39-42; Lucas 21.1-4.

Quanto custa seu dia de trabalho, você já entregou este valor ao Senhor no templo?

Em Gênesis 4.1-4 o assunto finanças está presente. Nesta passagem bíblica vemos que o Criador se agradou da oferta de Abel, que era pastor de ovelhas. O ofertante Abel resolveu de livre e espontânea vontade tirar do seu trabalho, que era cuidar do rebanho, o bicho mais saudável e forte, aquele que representava alta reprodução à sua criação, o que economicamente representava grande valor, para que servisse de holocausto e servisse de demonstração de fé e amor ao Senhor.

Assim sendo, não creio que quando o pregador incentiva o ato de dízimos e ofertas, lembra aos ofertantes e dizimistas as promessas bíblicas de bênçãos -  atreladas às ações de dizimar e ofertar - esteja cometendo heresia. Tais promessas existem, elas deveriam ser escondidas?

É claro que o dinheiro jamais deve ser o tema central de quem prega. E, na mesma proporcionalidade, os críticos de coletas nas igrejas precisam rever seus conceitos, examinarem-se para que não se percam através dos sentimentos de egoísmo e avareza.

O tema finanças é um dos pilares da fé cristã e não deve ser desprezado, Jesus não o desprezou. 

Marketing cristão?
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Conheci uma pessoa que vivia de vendas de materiais evangélicos na porta da igreja. Ele não era pregador, por muitos anos vendeu livros e discos de vinil escritos e gravados por outras pessoas. Chegava com seu carro apenas no final dos cultos, não participava de nenhuma reunião. O pessoal da igreja gostava de encontrar a comodidade ao sairem dos templos e retornarem para suas casas, considerava bom ter acesso aos produtos evangélicos com essa facilidade. Mas, e alma daquele vendedor? Quando o pastor tocou neste detalhe o vendedor desapareceu.

A prática de vendas é comum entre os missionários. Eles comparecem aos cultos como pregadores itinerantes e vendem conteúdo criado por eles mesmos ao final das reuniões. Ao vender livros, CDs e DVDs, fazem isso como uma maneira de sustentar o ministério cristão que possuem. Se o conteúdo do material é bom, se possível, da parte de quem compra deveria sempre haver disposição para pagar mais do que o valor oferecido. Todo cristão precisa ter o objetivo de ajudar quem está envolvido com projetos de  missões.

É sempre necessário haver bom senso da parte de quem vende e da parte de quem compra. Preços justos, sempre.

Com certeza, quem usa o púlpito olhando para as ovelhas de Cristo como potenciais clientes, não são pastores e nem pregadores cristãos, pois estão interessados na lã e gordura das ovelhas de Cristo. Perderam o foco do cristianismo, perderam o rumo de suas chamadas ministeriais.

Acusar todas as pessoas que vendem material evangélico nos arredores das igrejas de mercantilista é cometer generalização. Toda afirmação precisa ser cautelosa.

O púlpito deve ser lugar onde se prioriza a mensagem bíblica, não deve ser transformado em plataformas para longas apresentações de produtos, preços e promoções.

Compra quem quiser, não é? Se por acaso você encontra quem esteja fazendo do púlpito uma banca de comércio, a melhor estratégia para acabar com isso é não comprar nada. O melhor protesto é nunca abrir a carteira de dinheiro para pessoas que confundem o significado do verbo cultuar
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Cristãos legalistas

Alguns líderes cristãos são apegados às proibições: homens não podem deixar a barba e os cabelos crescerem; mulheres não podem cortar o cabelo, usar batom, brinco, calça comprida; jovens não devem usar tênis e nem calça jeans. Tais líderes são vistos como os inventores de pecados.

Sobre os legalistas, eu os vejo da mesma maneira que vejo a turma do re-te-té. São pessoas que precisam ser discipuladas, elas estão aprisionadas em cartilhas religiosas de “pode-e-não-pode”. Dão às regras extrabíblicas maior valor que ao próprio Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
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A cartilha pode-e-não-pode é uma fonte de divisão e emulação. Separa irmãos e provoca a sensação de que seus praticantes são pessoas mais santas do que quem não vive igual elas.

Pregador ou papagaio?

No meio cristão não é raro encontrar nas igrejas quem seja considerado imitador. Os pregadores de televisão e pregadores congressistas são alvos de muitas imitações.

Todo pregador precisa buscar sua maneira própria de se comunicar, deve levar à tribuna mensagens originadas de seus próprios momentos devocionais, deve usar temas encontrados por meio de oração e da leitura bíblica. Quando o pregador se consagra, não é considerado pregador-papagaio.

Em psicologia existe um termo específico para o fenômeno da imitação: osmose. Ela não é algo bom ou ruim. Faz parte do gênero humano em geral. Não ocorre apenas com o grupo de pastores.

Em muitas situações uns acabam muito parecidos com outros. Ao longo dos anos, o marido recebe influência da esposa e vice-versa. Os filhos recebem de seus pais. O aluno recebe de seus professores e de artistas, os empregados de seus patrões. O liderado de seu líder.

Por osmose, imita-se a maneira de falar, os trejeitos, gestual, estilo de roupas, o corte de cabelo.

De pessoa para pessoa, o grau de osmose é diferente. Os fatores que levam à osmose são variados, sendo o mais frequente a admiração.

Tanto o influenciador quanto o influenciado, em quase todos os casos de osmose, mal percebem a mudança que acontece em suas vidas. Cada caso é um caso que deve ser avaliado particularmente.

A melhor das osmoses é se parecer com Cristo e com Deus.

Conclusão
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Acredito que devemos tomar cuidado para não nos transformarmos em promotores de contenda entre irmãos (Provérbios 6.16).

E.A.G.
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Este texto está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (HTML) ativo direcionado ao blog Belverede.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O obreiro e os seminários teológico

Conversei com um jovem obreiro nesta tarde. A síntese fica registrada neste blog, pois desejo compartilhar com todos os leitores deste espaço.

"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" - 2ª Timóteo 2.15.

Estude teologia. Não por você, mas por amor aos que te ouvirão. O Espírito Santo inspira o pregador a falar, mas usa o conhecimento que este pregador possui para que a mensagem seja transmitida com maior intensidade e amplidão.
 
Exemplos tirados de dentro das páginas do Novo Testamento

Os doze discípulos de Jesus Cristo eram indoltos, não tinham doutorado. O apóstolo Paulo era instruído, era doutor.

Dos doze discípulos, que se transformados em apóstolos, apenas Mateus, Pedro e João escreveram porções bíblicas. São: Evangelho de Mateus, Evangelho de João, 1ª e 2ª cartas de Pedro; 1ª, 2ª e 3ª cartas de João e o Apocalípse. Faça as contas: seis obras literárias.

Sobre o conteúdo que Paulo escreveu: cartas Aos Romanos, 1ª e 2ª Aos Corintios, Aos Gálatas, Aos Efésios, Aos Filipenses, 1ª e 2ª Aos Tessolonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito e Filemon. Total: 12 obras literárias! Além disso, o Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos são obras que podem ser consideradas frutos do ministério dele, pois Lucas era seu discípulo.

É um erro o líder evangélico pautar seu ministério apenas em experiências pessoais, mesmo que sejam milagres, curas, conversões espetaculares. Todo cristão precisa se pautar nas Escrituras Sagradas, ela é a nossa regra de fé e conduta. Portanto, quem é obreiro precisa estudar a Palavra de Deus para que ela seja o suporte de seu trabalho.

Conhecimento para servir ao próximo

Sem Cristo nada somos. Vangloriar-se da cultura adquirida em seminários teológicos e esquecer da essência e motivos de exercer o cristianismo é ato equivocado. Todo conhecimento e a glória recebida eu devo rendê-la ao Senhor.

O obreiro deve ter esclarecido em sua mente o seguinte: Eu sei o que sei sobre a Bíblia porque me esforço para ter o conheciemnto dela. E não faço este esforço para ostentar ser mais importante do que sou, não preciso massagear meu ego, quero ser últil nas mãos de Deus, entendo que é preciso me apresentar ao Senhor como um obreiro que maneja bem a Palavra.
 
O conhecimento teológico é uma ferramenta, deve ser encarada como um aparato de ministério ao Senhor, pois é para Ele que vivemos. O objetivo de todo teólogo deve ser difundir a Palavra do Senhor. 

Infelizmente, são muitos que perderam o foco, e arrotam soberba, pensam que a opinião e interpretação deles sobre as Escrituras Sagradas são mais importantes do que o conteúdo das Escrituras Sagradas.

Processos de aprendizagem e ensinos da Bíblia

Quanto a Palavra de Deus na forma escrita, o Senhor manda seus servos decorá-la, pôr no coração e na alma, escrevê-la nas mãos para lê-la em todo momento, pregá-la aos filhos, escrevê-las nas portas e paredes da residência. E quem segue este mandamento tem a promessa de viver nesta vida a felicidade do céu.

Confira Deuteronômio 11. 18-21: "Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o SENHOR jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra".

E.A.G.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O pregador evangélico e o resultado de sua pregação


Usemos a Palavra, lembrando que ela é de Deus. Não é minha e nem é sua. Ela não pertence ao que a usa. Ela é eterna e eficaz. E não volta vazia.
Esta característica é que me move a continuar pregando. Às vezes eu tenho o privilégio de ver o resultado. Quando não o vejo, fico traquilo, pois sei que atingirá os propósitos do Dono dela. Ele está sempre no controle!
Meditemos nisso. Eu e você somos simples porta-vozes.
"Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida" - 2ª Corintios 2.15-16 a.

E.A.G.

domingo, 7 de junho de 2009

COMO MEMORIZAR AS ESCRITURAS

Você duvida que possa guardar em sua memória versículos da Bíblia? Se a resposta é sim, então, as sugestões a seguir talvez sejam úteis para você.

Repita o versículo em voz alta

Já reparou que ao pensar em uma música e ouví-la diversas vezes faz com que a letra se torne memorizada sem nem ao menos pensar em memorizá-la ou se esforçar para que isso aconteça?

O ouvido tem memória! Utilize o "chip de memória" que está incorporado em você. Diga o versículo que quer decorar em voz alta, de modo que possa ouvi-lo bem, além de vê-lo e pensá-lo.

Acostume-se a decorar o versículo juntamente com a referência bíblica e seu tema

Crie o hábito de decorar o texto bíblico citando em que livro ou carta ele está. Assim: 1 - o tema; 2 - o versículo; 3 - a referência; 4 - outra vez a referência.

Exemplo:

Tema - Promessa de salvação;

Versículo - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna";

Referência - João 3.16.


Fazer assim, repetindo em voz alta as etapas fará com que fixe a passagem em sua mente e futuramente possa lançar mão dela sem precisar abrir sua Bíblia.

A utilidade da Escritura Sagrada

Memorizando versículos compridos

Se um texto for considerado demasiandamente grande, e o considera de difícil apreensão, então, faça o processo de memorização por etapas. Comece a recitação dele com a primeira oração, e vá progressivamente, para a segunda, e até conseguir dominá-lo por completo.

Não se esqueça: primeiro fale o tema, depois recite o versículo, em seguida a referência duas vezes.

Conclusão

O verdadeiro segredo para memorizar é repetir, e repetir, e repetir... Por que você acha que retemos tanto as mensagens de publicidade de rádio e televisão? É porque a ouvimos com bastante frequência. Ao ouvir os versículos bíblicos muitas vezes, eles serão inseridos em nossas mentes também.

A memória das Escrituras não é o mais importante, temos que pedir a Deus para que tenhamos o profundo entendimento dos seus significados e um coração disposto a aplicá-la corretamente em nosso viver.

E.A.G.

Fonte: Livreto Viver em Cristo - Associação Evangelística Bílly Graham / material do Minha Esperança Brasil. Autoria: Robert Boyd (texto adaptado ao blog).