Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

Mostrando postagens com marcador Livro de Habacuque. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Livro de Habacuque. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A sobrevivência em tempos de crise



EBD - Lições Bíblicas. O Deus de Toda a Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises. Comentarista: Elinaldo Renovato. Lição nº 1: A sobrevivência em tempos de crise.
Por Eliseu Antonio Gomes

O Deus de toda provisão

O melhor modo de entender a realidade de Deus é conhecê-lo pela sua natureza, quando buscamos não o que Ele pode ser, mas sim o que Ele é. A mente humana entende e define o que pode ser avaliado pelas limitações do pensamento humano. Então, é evidente que, sendo limitada e finita, nunca poderá conceber de forma adequada a Deus e à natureza da sua existência (1 Timóteo 6.16).

Deus se revela de vários modos. Ele revela-se como o Deus vivo, o Ser pessoal e como Espírito (Deuteronômio 5.22-27; Mateus 16.16; Hebreus 12.12; Jeremias 10.10); é aquele que existe sem depender de ninguém, pois é onipotente e onisciente.

Deus e as crises

"Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir" - Isaías 59.1.

A definição da palavra crise em latim (krisis) significa o agravamento de uma doença emocional ou mental; figurativamente, pode ser a manifestação repentina de um sentimento desagradável, ou pode atribuir-se a um estado de incerteza, vacilação, declínio moral e espiritual.

Estamos vivendo tempos difíceis no Brasil. A nação enfrenta uma crise política e econômica sem precedentes. Milhões de trabalhadores perderam seus empregos. Além disso, o país passa por uma grande crise de ética na classe política governante. Em meio ao caos como este, o cristão brasileiro não pode se desesperar,  e se entristecer, precisa orar e confiar no Deus de toda provisão. Entretanto, não é apenas a pátria brasileira que sofre assim, o mundo também vem enfrentando crise de ordem política, econômica e espiritual.

Alguns cogitam: Teria Deus se enfraquecido em meio às crises? Ou teria a igreja se deixado enganar pelo sistema deste mundo? O Criador é o Soberano absoluto que age livremente na história conforme está revelado no Antigo e Novo Testamento. A relação entre Deus e os homens sempre foi marcada por experiências, em que a fé no impossível torna-se a força para a realização da obra de Deus na terra. Não há crise em que Deus não possa interferir e mudar a situação para melhor. Ele é capaz de oferecer todo provimento fundamental!

A Palavra de Deus relata várias vezes que esses tempos complicados não seriam uma novidade para a Igreja de Cristo (1 Timóteo 3.1). Seriam épocas marcadas pela avareza dos homens, presunção, soberba, blasfêmia, ingratidão, profanação, desobediência aos pais, calúnia, traição, obstinação. Um período onde o ser humano olhará mais para si mesmo do que para o outro.

Apesar de Deus ser onipotente, transcendente, soberano e todo-poderoso, se aproxima do seu povo para socorrê-lo. Um dos atributos divinos é a demonstração da soberania de Deus operando em um mundo que está em crise. Portanto, é imprescindível vencer todas e quaisquer crises de ordem moral, social e espiritual. Para isso, é preciso priorizar e manter sempre o fundamento do Evangelho de Cristo, manter a convicção na Palavra, sem jamais esquecer que temos a nosso favor o Deus inabalável que nos oferece o suprimento necessário (Salmos 37.25; Mateus 7.10).

A origem das crises

Muitos, erroneamente, acreditam que a agressividade é consequência da contemporaneidade e do capitalismo. A violência é consequência do pecado e da dureza do coração do homem, que vive longe do Criador. Apos a desobediência de Adão e Eva no jardim do Éden, os seres humanos se afastaram de Deus e o pecado se alastrou na raça humana como virose fatal (Gênesis 6.5). Com isto, não desprezamos o fato de que o desemprego, a pobreza, a falta de acesso à educação e epidemias não contribuem para que aconteçam ações de bestialidades na sociedade.

O ser humano, no episódio da Queda ao pecado, tornou-se até certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal. Neste mundo, o discernimento humano, imperfeito e pervertido, constantemente, avalia o que é bom e o que é mau. Tal coisa nunca foi a vontade de Deus, pois gera a injustiça. A vontade do Criador é que o homem conhecesse somente o bem e permanecesse dependente de sua palavra. Veja: Gênesis 3.1-24.

Crise na geração do profeta Habacuque

Habacuque viveu e profetizou em Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605 - 597 a.C.).

Esteve em meio a uma sociedade injusta, envolvida com a idolatria, males sociais; viu a corrupção enraizada nas instituições e nos costumes dos hebreus e a agonia dos hebreus envoltos na crise que os fazia sofrer.

Por isso, o profeta desejava algumas respostas de Deus, desejava saber porque Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava em Judá, rogava por uma explicação do porquê Ele permitia que o iníquo pecasse e o inocente sofresse. Perturba-se ao ver que os ímpios prosperavam e os justos iam de mal a pior.

Suas perguntas não eram resultado de incredulidade.  Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para subjugar Judá como forma de disciplinar seu povo, porque não tolera a prática do pecado. A resposta deixou o profeta ainda mais confuso, mas depois ele aprendeu a confiar no Senhor e aceitou a situação de que um povo mais ímpio que o povo dele fosse usado para repreender seus concidadãos.

Apesar do questionamento, Habacuque confiava que Deus poderia suprir as necessidades de seus servos fiéis, mesmo não florescendo a figueira e não havendo fruto na vide (Habacuque 3.17).

O sobreaviso e promessa de Jesus Cristo

Diante das dificuldades, assim como Habacuque, muitos perguntam: "Por que, Senhor?" Em Cristo somos convidados a ter paz em meio às "guerras" e às demais lutas enfrentadas em nosso dia a dia.

Quando Jesus executou seu ministério terreno, haviam crises e conflitos em Israel, a tensão política e a instabilidade social eram grandes, era um tempo de crise política, social, moral e espiritual. Neste cenário, Ele proferiu palavras, que são espírito e vida, estímulos para que continuemos nossa jornada cristã:

"Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" - Mateus 28.20;

"Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz. no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" - João 16.33.

Conclusão

Todo aquele confessa a Cristo como Senhor, passa a depender dEle para determinarem o que é bom. Crê na obra redentora na Cruz do Calvário; retorna ao propósito original de Deus para a humanidade; e possui condições plenas de, por intermédio de Jesus, alcançar bênçãos  quando genuinamente exercita sua fé em Deus com sinceridade.

O mundo inteiro pode estar em crise, porém, o Senhor, que intervém na história e supri as necessidades espirituais e temporais, não perdeu o controle da situação.

Confiar em Deus em tempos de abundância é fácil; difícil e continuar confiando no abastecimento em meio à escassez. Diante das doenças, instabilidades econômicas, desequilíbrios sociais, incertezas das palavras empenhadas por candidatos políticos, e etc, nunca se esqueça que Deus está conosco. Apesar da recessão econômica bater à porta de quase todos os cidadãos brasileiros, existir um colapso na área da Saúde e da Educação, temos um Deus que cuida do cristão, responde a oração mediante a fé e por intermédio do uso do nome de Jesus Cristo.

E.A.G.

Compilação:
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, página, 5, 6, 7, 9, 10, 11, Rio de Janeiro (CPAD).  
O Deus de Toda Provisão, Elienai Cabral, páginas 6, 7, 31, 1ª edição 2016, Rio de Janeiro (CPAD).

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Isaías e Habacuque - O clamor por avivamento na igreja atual

Por Geziel Nunes Gomes

A Igreja do Senhor em todo o mundo está clamando piedosa e ferventemente por um grande sopro de Avivamento. Isto tem muito a ver com Isaías 6 e Habacuque 3.

O profeta Isaías experimentou por algo que foi suplicado pelo profeta Habacuque. Habacuque desejou e Isaías provou. Estas são duas grandes dimensões do avivamento: desejar e receber, anelar e provar. Buscar e alcançar.

Embora muitos sintam-se desesperados com a inércia, o comodismo e a inclinação ao materialismo, que se verifica em muitas igrejas ao redor da Terra, é óbvio que temos que reconhecer que existe o outro lado da moeda: os ventos de Deus estão soprando. Por toda parte existem ossos secos recebendo vida. Por toda parte existem enfermos espirituais que estão recuperando a saúde. Deus está Se movendo profunda e poderosamente.

Enquanto uns poucos se irritam e se perturbam com o que Deus está fazendo, milhões estão começando a alcançar uma dimensão sobrenatural, antes somente sonhada e desejada por Habacuque.

O Avivamento, que é tão necessário, é acompanhado de quebrantamento pela Palavra, vitalidade pelo Espírito e novo frescor pela oração.

Espíritos imundos, que por séculos estiveram atuando absolutamente sem resistência, começam a encontrar um novo poder que a Igreja está utilizando. Muitos deles já foram ordenados ao estado de paralisia, numa magnífica antecipação de seu escatológico fim.

Ao mesmo tempo, anjos que por séculos estiveram no anonimato, por rejeição da Igreja desde que se institucionalizou, começam a encontrar lugar para uma atuação mais livre e amiga, mais íntima e dinâmica, porque são vistos e tratados, amados e recebidos como irmãos, conservos e companheiros. Tal como no tempo de Paulo, Pedro e João.

Devemos estar preparados. Os portentosos milagres estão de volta. O povo voltará a fazer fila para entrar nos templos superlotados, com uma quase insaciável fome de Deus. Esperemos mais um tempo para que as manchetes sejam alteradas. A primazia não será dos rapazes que matam nas escolas, das mães que trucidam seus filhos, dos recém-nascidos jogados numa lata de lixo da Disney, nem de grupos gays festejando seus novos privilégios.

O mundo saberá dos muitos paralíticos que caminharão, dos usuários de CTIs e UTIs que de lá irão diretamente para os santuários agradecer a Deus o livramento, bem como dos mortos que não serão sepultados, por causa de sua própria ressurreição.

Como no tempo de Isaías, a tocha vai arder e queimar outra vez. A oração de Habacuque tinha um tempo para ser respondida. Esse tempo chegou.

A mesma Bíblia que prevê tempos trabalhosos para os nossos dias, anuncia que jovens profetizarão.

A Obra Missionária se alastrará no Mundo como um rolo compressor de Deus contra os faraós e  belsazares da vida.

A última palavra jamais pertenceu a Lúcifer. Ela é um patrimônio inalienável de El-Shadai. Deus está começando a remover as cinzas. Estamos caminhando ao monte, como Moisés, onde a sarça arde e não se consome.

Deus estará, ainda em nossos dias, trazendo de volta a perfeita santidade para o centro de Seu Tabernáculo. Os púlpitos deixarão de ser plataforma de políticos para serem a tribuna de profetas. Nossa identidade, prejudicada pela tradição e pelo legalismo está sendo restaurada pelo poder com unção, pela virtude com fé, pela graça com maravilhas.

O desprezo pela Palavra estará sendo substituído gradualmente por um apego irresistível a tudo quanto ela diz. Métodos, estratégias, planejamentos, teorias, técnicas e programas imperceptivelmente cederão o seu lugar ao clamor, à adoração, à intercessão, aos jejuns, à oração e à consagração.

Isaías viveu no seu tempo. Habacuque no seu. Nós viveremos os tempos dos dois: Pediremos um Avivamento que nos alcançará. Desejaremos um vento forte que nos sacudirá.

E.A.G.
_________

Geziel Nunes Gomes é pastor missionário, autor de diversas obras literárias, conferencista, professor de Teologia nas cadeiras de Evangelismo, Homilética, Hermenêutica e Escatologia. Este artigo é um resumo de preleção feita em Boston/ USA. Conteúdo publicado por Silvia Helena em seu profile no site Scribd, em 09/08/2008, com o título "Clamando por um avivamento". Texto revisado pelo Editor deste de Belverede.