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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

O novo conceito cristão de família tem como base o divórcio e vários filhos com cônjuges diferentes?

No Brasil, o novo conceito cristão de família tem como base o divórcio e vários filhos com cônjuges diferentes? Há quem diga que sim.

Cresci em um tempo em que não era permitido por lei casais se divorciarem. Foi só em 28 de junho de 1977 que houve aprovação legal do divórcio, regulamentado com a lei número 6515, de 26 de dezembro do mesmo ano. Eu me lembro que, no âmbito da sociedade secular, fracassar no casamento era motivo de vergonha. Porém, hoje, parece que muitos contraem o matrimônio sem ter a disposição de empreender esforço para que seja por toda a vida. Inclusive entre os cristãos evangélicos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

O matrimônio na terra é ratificado por Deus no céu


Ele tem 55 anos. Durante um passeio pela orla de uma determinada praia famosa, por acaso, encontra uma garota de apenas 25. Seus olhos parecem brilhar mais ao vê-la, o coração pulsa forte, a lógica desaparece por completo da sua cabeça. Retira sua aliança de casamento, esconde-a na carteira. Após conversas sobre coisas triviais por cerca de trinta minutos, convida-a para um lanche no quiosque mais próximo. Mais trinta e poucos minutos e os dois estão apaixonados. 

sábado, 23 de julho de 2022

A sutileza da normalização do divórcio

INTRODUÇÃO

É de vital importância ao cristão estudar sobre as sutilezas de Satanás, pois a Palavra de Deus diz que os últimos dias seriam tempos difíceis, marcados por uma intensa ação maligna contra a Igreja [2 Timóteo 3.1-5]. É necessário conhecer aquilo que as Escrituras revelam sobre o maligno e a forma como ele age, para sermos capazes de nos proteger. Quando o apóstolo Paulo escreve aos crentes em Corinto, faz um alerta para que eles não ignorem os "maus desígnios" de Satanás, pois o inimigo das nossas almas é habilidoso ao atuar dissimulando suas más intenções [2 Coríntios 2.11]. 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

O casamento é para sempre

Há uma frase que diz: O pecado seria menos tentador se suas consequências acontecessem imediatamente. O pecado não confessado e abandonado e a morte estão sempre juntos. 

I - A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO

1. Definição de adultério.

O adultério é um ato proibido no sétimo mandamento [Êxodo 24.14; Deuteronômio 5.18]. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam uma situação moral baixíssima [Isaías 57.3; Jeremias 23.10; Oseias 7.14]. As principais passagens do Novo Testamento em que se menciona o adultério, relacionam-se com o divórcio ou separação: Mateus 5.31-32; 19.6; Marcos 10.11-12; Lucas 16.18; João 8.3-11; Romanos 7.2,3; 1 Coríntios 7.10,11,39.

A palavra adultério é usada na Bíblia figurativamente para exprimir a infidelidade do povo hebreu para com Deus. 

► Sumário: Lições Bíblicas Adulto - 2º trimestre 2022 - Os Valores do Reino de Deus [CPAD]

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Por que bons casamentos tropeçam em coisas ruins?


Josué Gonçalves

Outro dia, depois de ministrar para centenas de casais, quando voltava para casa perguntei para a minha esposa no final: "Quantos dentre aqueles casais que participaram hoje da palestra são realmente felizes no casamento? Quantos estão vivendo de acordo com o que foi planejado por Deus?" 

Se você é casado ou casada, que nota daria para o seu casamento? Você é feliz no seu casamento?

Há um texto na Bíblia, no livro de Eclesiastes, que revela o desejo do coração de Deus para cada casal: Goza a vida com a mulher que amas..." (Eclesiastes 9.9).

Quando Deus planejou o casamento, Ele pensou em um relacionamento que proporcionasse ao casal alegria, felicidade, cumplicidade, prazer e paz. Infelizmente, com a Queda (Gênesis 3), o homem passou a viver as consequências do pecado também no casamento. Mas Jesus se manifestou para trazer cura e restauração (Lucas 19.10). Hoje é possível ser feliz no casamento, basta praticar os princípios estabelecidos na Palavra do Senhor, que é o nosso manual de instrução (Salmos 119.105).

Quando é que bom casamentos tropeçam em coisas ruins? Quando as expectativas não são cumpridas.

Quando você se casou, o que você esperava de seu cônjuge? Todos os jovens que estão se preparando para casar, nutrem expectativas em relação ao futuro cônjuge. A jovem desenha na mente tudo o que ela espera daquele que será seu marido.

Muitas dizem: meu futuro marido será sensível às minhas necessidades, romântico, gentil, afetuoso, generoso, bom amante, companheiro de todas as horas, trabalhador, bom genro etc. Não é diferente com o rapaz, que pensa: Minha futura esposa será romântica, generosa, mansa, carinhosa, boa amante, sensível às minhas necessidades, amiga, companheira e boa nora.

Aí eles se casam, mas com um ano, os dois se frustram, porque nada daquilo que foi esperado acontece. Por quê? Uma das razões é que na maioria das vezes os casais não praticam a arte da comunicação construtiva. Um não sabe qual é a real necessidade do outro.

Quando não há diálogo, as necessidades não são conhecidas e por isso não são supridas. Bons casamentos, em que os casais evitam tropeçar em coisas ruins, são aqueles aonde ambos se preocupam em manter os canais de comunicação sempre abertos.

Nunca deixe o seu marido/esposa ficar tentando adivinhar quais são as suas carências, necessidades ou anseios, converse, dialogue, explique, se abra. Não existe outro caminho para superar este problema, a não ser através da comunicação.

Lembre-se: não basta escutar, é preciso ouvir com o coração o coração do outro. Ouvir com sensibilidade é se importar com aquilo que é importante para o outro. Que bom se você acordasse amanhã perguntando para si mesmo: "O que eu posso fazer hoje para suprir uma carência ou necessidade do meu cônjuge? 

Esse é um  dos segredos de uma vida a dois que vale a pena ser vivida. Reflita sobre isso e compartilhe com seu cônjuge essa ideia.


Fonte: https://amofamilia.com.br

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Conselhos para cristãos evangélicos divorciados


Por Gilson Bifano

Você se divorciou recentemente?

Muitos pastores e igrejas erram por não fazerem distinção a situação do divórcio e novo casamento e o mandado pastoral de ministrar em amor e com graça àqueles que tiveram o dissabor de passarem por uma experiência de divórcio. E pensando nessa necessidade, veja abaixo alguns conselhos práticos para quem se separou recentemente. 

Cuide-se. Procure cuidar da saúde. O divórcio tem um impacto tão grande nas emoções que o corpo pode  sofrer consequências. Cuide de suas emoções. Se achar que é preciso, não hesite em procurar ajuda terapêutica.

Cuide de sua alimentação, comece a se exercitar, procure ter uma vida saudável, especialmente se filhos pequenos e adolescentes estão envolvidos nesse processo.

Se você já viajou de avião, pode se lembrar daquela recomendação que as comissárias fazem, antes da decolagem: "Se houver despressurização na cabine, coloque a máscara de oxigênio primeiro em si e depois nas pessoas que estão ao seu lado, especialmente nas crianças." Você precisa estar bem para ajudar os seus filhos! 

Não se afaste da igreja. As igrejas, pelo menos muitas delas, já estão sabendo separar a teologia do divórcio da pessoa divorciada. Faça parte de uma igreja que seja, de fato, uma família. Uma igreja acolhedora ajudará você a superar essa fase difícil.

Conecte-se com pessoas que já passaram pelo divórcio. Um grupo de ajuda poderá ser muito útil a você neste momento. Muitas igrejas, hoje, já têm grupos de adultos solteiros que fazem programações de entretenimento e atividades culturais, bem como servem de apoio espiritual. De preferência, procure um grupo  que não esteja se reunindo com objetivo de arranjar casamento para seus membros.

Não fuja deste momento. Não sobrecarregue sua agenda para tentar esquecer a dor.  Se desejar chorar, chore. Elaborar o luto será importante para você prosseguir na vida de maneira saudável.

Reveja seu orçamento. Divórcio mexe com orçamento familiar. Converse com seus filhos sobre o novo momento e confie em Deus. Saiba que Ele não deixará faltar o que é necessário para a família.

Não fale mal do seu ex nem use seu filho como arma. Muitos cometem estes erros, falam mal do ex ou da ex para os filhos ou usam estes para feri-los. Lembre-se de que o casamento acabou, mas a relação pais e filhos continua.

Perdoe! Procure não guardar rancor do seu ex-marido ou ex-esposa. Perdoe a si mesmo. Perdoe seu ex-cônjuge. Guardar mágoa, rancor ou ódio só trará prejuízos para si mesmo.

Apegue-se a Deus. É verdade que Deus não deseja o divórcio, mas é verdade também que Ele ama, profundamente, todas as pessoas, inclusive os divorciados. Você é tão importante para Ele quanto aquele marido dedicado e aquela esposa amorosa de sua igreja.

E.A.G.

Fonte: Comunhão, ano 13, número 169, setembro de 2011, página 32. Jucutuquara / Espírito Santo (Next Editorial)

Gilson Bifano é pastor, escritor, pedagogo, filósofo e palestrante na área de casamento, família, sexualidade, educação de filhos e outros temas ligados à família. Lidera o Oikos - Ministério Cristão de Apoio à Família. Tem pós-graduação em Terapia da Família.

domingo, 28 de abril de 2019

O Divórcio - resposta em destaque para leitor do blog Belverede

Placa de trânsito. Seta à direita: casamento; seta à esquerda: divórcio. Eliseu Antonio Gomes. Blog Belverede. https://belverede.blogspot.com.br

Em 13 de maio de 2013, publiquei postagem com o título O Divórcio. Ontem, sem se identificar, uma pessoa acessou a postagem e interagiu escrevendo assim:
"Então não podem divorciarem os casais desse tempo? Obrigado por me fazeres ouvir estes conselhos."
De alguma maneira o conselho dirigido para uma pessoa pode ser  útil para outras que vivem em situação parecida. Dentro dessa perspectiva, resolvi colocar em destaque a minha resposta, sugerindo que a postagem de 2013 seja lida também.
_______

Olá, Unknown (de 27 de abril de 2019).

Responderei a você, adaptando o conteúdo das palavras que usei recentemente para uma pessoa amiga, que vive um período de turbulência no matrimônio. A pessoa com quem se casou se mostra infiel no relacionamento, abandonou o lar, tem relacionamento extraconjugal. 

É o seguinte:

Você é uma pessoa de Deus e Deus nunca abandona os seus. Deus te ama e dá provas desse amor imenso todos os dias. Não tenha medo de alimentar esperanças, pois é através da esperança que Deus age em seu favor.

O futuro é igual uma casa em começo de construção. Tijolos são assentados um por um. Um sonho por vez. Não tenha pressa, não queira ter a construção pronta, como se pudesse acontecer igual uma mágica. Se a casa tiver projeto, sua aparência final será bonita e todos os seus espaços úteis. Planeje seu futuro pedindo sabedoria a Deus e capacidade de tomar as iniciativas certas em momentos certos. 

Você se casou... Agora, ele (a) é o seu marido/esposa e não corresponde expectativas importantes. Agora, como companheiro (a) dele (a), você precisa orar colocando-o (a) no topo da sua lista de intercessões. A Palavra diz que a esposa sábia edifica a casa, fala que a pessoa cristã casada santifica seu marido/esposa descrente e que o marido crente santifica sua companheira descrente. Por descrente, entenda quem está fraco na fé. Provérbios 14.1; 1 Coríntios 7.14.

Eu gosto da comparação que o escritor de Eclesiastes fez sobre o matrimônio. A comparação do casamento é como um laço de três dobras. A primeira dobra é Jesus, a segunda é o marido e a terceira é a esposa. O Salvador está com a gente sempre, até nos momentos em que nos sentimos sem ninguém para nos apoiar. 

É sempre triste saber que alguém não honra a relação matrimonial. Entendo e respeito a decisão de pessoas que não desistem do (a) parceiro (a) infiel. E mesmo assim eu peço a você que reflita sobre isso com bastante cuidado. Mantenha seus pés no chão e os pensamentos voltados para Deus, porque Deus é quem deixa a brecha de saída aberta para e esse tipo de problema. 

Sei que os conflitos entre casais não são iguais para todos. Cada caso é um caso diferente. Por envolver pessoas, cada qual com seu caráter e sua personalidade distinta, a resposta para a solução não é instantânea. É preciso orar, observar, ter paciência. 

Por que eu digo isso? Muitas vezes o coração endurecido é da pessoa que pecou e não de quem tem a disposição para perdoar. O coração do crente convertido é humilde e não se ressente da maldade que lhe fazem; mas o coração de quem está fraco na fé muitas vezes é insensível demais, duro demais, não tem a mínima vontade de mudar de atitude. Esta dureza tem a ver com o caráter. Conheço casos de separação com desfechos diferentes. Existe aconselhamento com resultado feliz. Mas para isso é preciso que os dois se coloquem no centro da vontade de Deus, que a pessoa que cometeu o adultério tenha um arrependimento verdadeiro.

Está escrito que Deus odeia o divórcio. Mas, também, que Ele permite a separação em casos de adultério. Quando há o coração duro de uma das partes. Você tem disposição para perdoar, então pergunte a Deus se o coração do (a) seu/sua companheiro (a) sofre por causa do pecado cometido e busca ser fiel a El e a você, ou se quer e ou se quer continuar a satisfazer os desejos carnais.

Abraço.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Como resolver conflitos no casamento

Conflitos no casamento?

Hoje em dia, é possível encontrar livros e seminários criados com o objetivo de trazer a você todos os tipos de respostas, que declaram ser respostas cuja origem é Deus. As produções de livros e seminários, com base na Bíblia, feitas as ressalvas apologéticas, são importantes. Porém, se não houver no leitor ou seminarista a fé na Palavra, nada escrito ou falado, mesmo que apresentado de modo irrepreensível, surtirá efeito eficaz e duradouro na relação conjugal.

É importante enfatizar que a solução espiritual de todos os problemas não é encontrada simplesmente ao ler livros ou participar de seminários, mas sim que marido e esposa coloquem sua fé e confiança totalmente em Cristo e no que Ele fez em favor da humanidade na cruz. Em outras palavras, o marido e a esposa só encontrarão o término de seus problemas se crerem que o sacrifício vicário do Filho Unigênito do Pai celeste propiciou a condição de apresentar a Deus a Igreja santificada pela lavagem da Palavra, se de fato amarem a Palavra e estiverem dispostos a obedecê-la com integridade de coração.

O papel do homem no enlace matrimonial

Ao analisar com cuidado o conteúdo bíblico, enxergamos a definição clara sobre a função do homem e da mulher como marido e esposa. Em Efésios 4.25-32, aprendemos que o marido que realmente ama sua consorte, ama-a com a mesma intensidade que ama ao seu próprio corpo, e assim mostra ser com ela "uma só carne", revelando a unidade da união sagrada do casamento. E através da conduta deste marido, o Espírito Santo apresenta ao mundo a união de Cristo com a Igreja.

Como marido, o homem é responsável pela vida espiritual da mulher com quem se casou. Cabe ao homem exercer liderança e prestação de serviço no âmbito do casamento. Deus colocou sobre ombros masculinos a missão de liderar e servir dentro de sua casa. O apóstolo Paulo resumiu a posição masculina no casamento, observando que o marido deve amar sua companheira como Cristo amou a Igreja: "Maridos, que cada um de vocês ame a sua esposa, como também Cristo amou a igreja e se entregou por ela" - Efésios 5.25.

Amar a esposa como também Cristo amou a igreja? Sim, o maior desafio do cristão casado é imitar o gesto sacrificial de Jesus, que deu a sua vida por aqueles a quem amava. É claro que ao esposo está ordenado que faça isso de modo figurado. Figurativamente o marido é chamado todos os dias a amar sua mulher com um amor igual ao de Deus. O grande sacrifício de Jesus caracteriza o tipo de amor de Deus. Então, o marido é conclamado. a abrir mão de seus desejos e morrer para o seu eu, deve querer se entregar a sua mulher como parte integral de si mesmo, agir segundo o conceito divino da união matrimonial.

Ao tomar em casamento um ser feminino criado por Deus, o homem deve estabelecer um laço de convivência prazerosa com esta pessoa. Amar a consorte como Cristo amou a Igreja significa ser líder cristão autêntico na rotina do lar, significa dar apoio para que a companheira estruture de maneira plena a sua personalidade, significa esforçar-se para que ela se torne uma pessoa realizada. Precisa encará-la com honra, tratá-la como gente de grande valor, dando a liberdade para ela apresentar seus talentos e através de seus talentos cumprir o plano que o Senhor tem para a sua vida. Sendo assim, os dois viverão a vida cristã ideal, vivenciarão o casamento que tem a soberania de Jesus Cristo, que é a cabeça da Igreja.

Como sacerdote espiritual em seu lar, convém ao marido elogiar a esposa, com o objetivo de desenvolver nela, principalmente, suas qualidades espirituais. Tal qual pastor no lar, o marido precisa ser alguém sensível, para que ela confie a ele seus sentimentos mais íntimos e dessa maneira tenha condições de prestar a devida ajuda. Como homem casado e fiel, o marido tem o dever de desenvolver na mulher a segurança emocional; a mulher precisa sentir total segurança que é a única mulher na vida do marido e de que a afeição que ele sente por ela é duradoura. Como macho, o homem casado precisa entender que sua companheira é a "parte mais delicada" de sua macheza, e sendo ela assim possui grande necessidade de receber o calor do abraço sincero e ser plenamente entendida. Como par conjugal, o marido tem que providenciar momentos de qualidade, momentos que não exista distração além do interesse de ambos, momentos para planejar e executar tarefas juntos, orar e rir muito juntos.

Esposa realizada é sinônimo de maridos felizes. Se um homem dedica tempo de qualidade à sua mulher, se decidiu lhe dedicar o tipo de amor descrito acima, ela agradecerá ao Senhor o amor e proteção de seu esposo, que não a deixa só, não permite que ela enfrente suas lutas e adversidades sozinha, a conforta e se empenha para fazê-la uma pessoa melhor. Por certo, se o marido se comporta como deve para com sua mulher, ela não terá problemas em se submeter e ele, saberá retribuir à contento, é mais do que provável que tal marido receberá retorno positivo.

Em 1 Pedro 3.7, encontramos aconselhamento aos maridos convertidos a Cristo, tal conselho não deveria provocar confusão ao leitor, mas acontece ao que não se aprofundam no contexto da frase. O apóstolo recomenda ao marido amar sua esposa considerando ser ela a parte mais fraca. Por não se aprofundar, o leitor termina acreditando que o teor da mensagem possui cunho machista ao explicar sobre o padrão de Deus para o lar cristão. Nesta orientação, ele podia estar se referindo às diferenças físicas entre os sexos; talvez tivesse em mente a questão de vulnerabilidade social da mulher no século 1 - elas não tinham voz pública, não tinham direitos civis, elas tinham apenas o marido e os parentes do sexo masculino mais próximos como meio de defesa. Jamais o texto quer dizer que a esposa é intelectual ou moralmente inferior.

Ainda, tendo 1 Pedro 3.7 como foco, é válido observar o alerta ao marido. É: caso desconsidere a condição de fragilidade de sua esposa, caso não proteja a dignidade feminina, ao orar a sua comunicação com Deus estará afetada, suas orações poderão ser interrompidas. Esta advertência também tem a ver com o comportamento da mulher que não honra ao seu marido, pois ignorar ao que o Espírito fala através das Escrituras, seja em qual situação for, é agir com imprudência.

Se você é um marido que se esforça em sempre demonstrar seu amor por sua parceira, se você tem ajudado sua parceira a ser madura espiritualmente e uma mulher realizada pessoalmente, se você confere incentivo intelectual e espiritual e procura entendê-la emocionalmente, se você tenta cuidar dela e protegê-la, está adotando o comportamento certo que o levará a viver como um homem feliz porque obedece à vontade de Deus quanto ao relacionamento de um homem casado. Parabéns!

O papel da esposa no enlace matrimonial 

Os conselhos escritos por Pedro (1 Pedro 3.5-6), ao recomendar a esposa cristã ser submissa ao marido não salvo, não são doutrinação machista, ele ensina a elas como ganhá-los para o Senhor. Tal ensinamento também é aplicável ao marido que não está casado com uma esposa não salva.

A lógica humana poderia sugerir que a esposa cristã falasse ao marido sobre os pecados que ele comete ou contasse a ele sobre os princípios espirituais que precisa observar para ser salvo. Mas Pedro evita o inconveniente desses métodos, que tendem a pôr o marido na defensiva. Em vez disso, recomenda que a esposa mantenha-se calada sobre sua fé, permaneça tranquila na rotina diária do seu lar, e aja com a mansidão de Cristo, pois assim poderá tornar o marido descrente em alguém receptivo ao evangelho.

Não existe traço machista nesta orientação. Observemos o contexto histórico. No século 1, as mulheres não tinham direitos legais e exerciam pequena influência pública. Como poderiam a esposa cristã levar o marido descrente a crer em Deus? O apóstolo Pedro explica que, apesar dessas desvantagens, a esposa ainda assim é capaz de causar impacto importante sobre o marido não cristão. A mulher espiritual possui a capacidade de falar bem alto sobre Cristo - não por meio de palavras, mas através do procedimento e do caráter semelhante ao de Cristo.

A submissão recomendada por Pedro não deve ser separada da responsabilidade, também bíblica (Efésios 5.25; Colossenses 3.19). Apesar de Sara ser elogiada por sua submissão, não nos esqueçamos que seu marido Abraão, em vez de confiar em Deus, confiou em seus próprios planos, fazendo com que Sara corresse risco de ser maltratada fisicamente (conferência: Gênesis 12.11-13; 20.10-11).

O apóstolo Paulo (Efésios 5.21), expande sobre a questão da submissão. Ele ensina ao cristão, que em sua relação interpessoal - seja na condição de homem ou mulher casada, ou como irmãos em Cristo na reunião da igreja ou distante dos ares religiosos do templo, estando presente no âmbito social das relações de trabalho ou escola etc - necessita estar disposto à sujeição. É preciso que nós cristãos nos relacionemos uns com os outros no temor do Senhor.

A esposa deve se sujeitar ao marido apenas quando ele for amoroso? Quando a esposa respeita o marido, mesmo que ele não mereça, revela-se aos outros o bom caráter dela. Mas, a submissão da mulher ao marido não significa que ela deva participar de conduta pecaminosa (Efésios 5.24-33).

Sujeitar-se em temor significa ceder em amor a outra pessoa, sendo que isso implica alguns limites definidos. A esposa deve estar em sujeição, mas só até o ponto que não transgrida as Escrituras, a submissão não deve levar a uma conduta questionável. Quando nos sujeitamos, pondo de lado interesses próprios, precisamos ter em foco a unidade do Corpo de Cristo e o fortalecimento espiritual de cristãos abalados em sua fé.

Sujeitar-se em temor significa demonstrar reverência para com o Senhor e respeito para com o cônjuge, ceder em amor a outra pessoa, sendo que isso implica alguns limites definidos. A esposa deve estar em sujeição, mas só até o ponto que não transgrida as Escrituras, a submissão não deve levar a uma conduta questionável. Quando nos sujeitamos, pondo de lado interesses próprios, precisamos ter em foco a unidade do Corpo de Cristo e o fortalecimento espiritual de cristãos abalados em sua fé.

Conclusão

A Palavra de Deus deve ser obedecida em primeiro lugar, e sem falhar. O casal convicto que a Bíblia Sagrada contém a Palavra de Deus, coloca em prática a orientação estritamente bíblica. Ao praticar o que a Escritura diz, o observar criterioso da Palavra é santificado, torna-se livre das amarras do pecado, é liberto de circunstâncias causadoras de problemas, seja no casamento ou fora do matrimônio. Em Jesus, o ser humano encontra os meios para conhecer a satisfação da liberdade e é capaz de viver livre de quaisquer ações que gerem ressentimentos na vida conjugal. Basta crer na ação salvadora de Cristo na cruz e colocar em prática o ensino dEle, que está contido nas Escrituras Sagradas, que são a nossa coleção de regras de conduta.

O estilo de vida aceitável diante de Deus como maridos e esposas testifica da graça e do poder de Deus. Por meio de Cristo, se quisermos, podemos viver o relacionamento conjugal livre das situações ruins, experimentar o prazer a dois sem conhecer o aspecto de opressor e oprimido.

E.A.G.

Bíblia da Família, Jaime Kemp, página 1062, edição 2007, Barueri/SP (SBB)
Bíblia de Estudo Preparando Casais para a Vida, página 2024, 1ª edição maio de 2013, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel Ltda).
Bíblia de Estudo do Expositor - segunda edição revisada, página 2138, edição 2017, Baton Rouge/LA - USA (Ministério Jimmy Swaggart)
Bíblia de Estudo Vida, página 1901, edição 1998, São Paulo/SP (Editora Vida).

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A importância de um pai na vida de seus filhos em fase infantil

O calor do abraço de um pai em
 seu filho é um momento de valor
 emocional incalculável.
Em 2002, uma campanha publicitária divulgou, em tom de brincadeira, o movimento nacional dos pais desprezados. O objetivo da campanha era vender os produtos da loja que contratou a campanha. Isto traduziu uma tendência social. 

O mote da campanha dizia: "por que o Dia das Mães é o dia do "presentão" e o  Dia dos Pais é o dia da "lembrancinha?" Assim, expressava a importância que esta mesma sociedade demonstra á figura paterna. Mas afinal, qual a importância do pai?

Carlos Grzybowski, psicólogo e terapeuta familiar se manifestou dizendo: 

"O pai é figura fundamental na formação da identidade dos filhos, pois é a partir do modelo relacional entre o pai e a mãe que a criança desenvolve o sentimento de segurança básica, essencial para seu crescimento emociona sadiol."

Isabelle Ludovico da Silva, psicóloga clínica especializada em terapia familiar sistêmica, disse:

"Para o menino, o pai se torna um padrão de masculinidade. Para a menina, ele será a ponte para sua relação com os homens."

A explicação para o conjunto de anúncios pôde ser encontrada nas palavras do Pastor Marcos Inhauser, que ao lado da esposa dirige um ministério voltado para as questões familiares:

"Os pais têm a tendência de serem liberais na fixação de limites, de apoiar seus filhos nos voos por autonomia. As mães têm a tendência de ter seus filhos para sempre à sua volta, tendo maior dificuldade em liberá-los. É no equilíbrio entre as ações do pai e da mãe que os filhos amadurecem, porque dos pais recebem os estímulos para sair, para se aventurar, para se independizar. E das mães recebem a certeza de um refúgio quando as coisas não vão bem."

Carlos Grzybowski, disse que o perfil do pai dos tempos atuais tem se definido pela ideologia do capitalismo neo-liberal:

"Ironicamente alguns definem o modelo de pai atual como o "pai-presente", aquele que dá presentes no aniversário, Natal, Dia das Crianças, Páscoa... Enfim a mentalidade d que nossas emoções estão vinculadas à capacidade de compra."

Ainda por conta desta ideologia, Inhauser afirmou o seguinte:

"Tem crescido o número de pais que transferem suas responsabilidades. Este pai terceirizador da tarefa de educar e amar seu filho é algo que tem crescido nos dias atuais."

A psicóloga Isabelle Ludovico lembrou de outro aspecto resultante das tendências atuais:

"Por medo de ser autoritários, os pais muitas vezes se omitem na hora de colocar limites."

É bom ressaltar que não há pai sem mãe e vice-versa.

Isabelle esclareceu:

"Através do nosso relacionamento marido e mulher, é transmitido aos filhos referências de afetividade,sexualidade e companheirismo".

A figura paterna deve ser sempre lembrada como referencial de família. De que este é o modelo de Deus de Deus: pai, mãe e filhos. Portanto,“Honre o seu pai e a sua mãe, como o SENHOR, seu Deus, lhe ordenou, para que você tenha uma longa vida e para que tudo vá bem com você na terra que o SENHOR, seu Deus, lhe dá".

Fonte: Expressão Nacional, coluna Comportamento, agosto de 2002.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Divorciados no grupo de obreiros - a interatividade do blogueiro com o leitor

Em 24 de abril de 2013 publiquei o artigo Divorciados no grupo de obreiros. Pode?. Trata-se de uma reflexão bíblica, sem a intenção de me posicionar como alguém capaz de fechar o assunto. Continuamos a refletir sobre este tema, polêmico e importante, no espaço de comentário do artigo

Veja a interatividade mais recente, recebida em 11 de novembro passado, enviada por Marcos Roberto Chagas. Importante frisar que o mesmo inseriu a questão de adultério à questão "união conjugal de obreiros divorciados", quando citou o trágico episódio de aproximação íntima entre Davi e Batseba.

A infidelidade conjugal
A família e a sexualidade
As bases do casamento cristão
Briga entre pessoas casadas
Divórcio e novo casamento pela ótica da Reforma Protestante
O Divórcio
Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Briga entre pessoas casadas

No início da relação matrimonial, tudo são flores. Com o tempo, o ninho do casal é lindo, quente, composto de móveis novos, bastante troca de afetividade. Mas, inevitavelmente, o peso da rotina chega e abafa a paixão, se encarrega de trazer boletos bancários, dívidas a pagar... Não é anormal que casais discutam, afinal, são dois seres pensantes, indivíduos que gozam da capacidade de raciocinar. Porém, a discussão não pode virar costume. Nestes momentos de choque de ideias, os exercícios de tolerância e de respeito é que provam se existe disposição em manter o amor aceso entre os dois. 

Ao invés de sustentar o pensamento de separação, o que se tem a fazer é buscar retomar o convívio em paz. Deve haver a reconciliação o mais rápido possível. Ninguém deve sustentar situações de malignidade no laço conjugal. O matrimônio deve permanecer levando-se em conta o texto bíblico: "até que a morte os separe" (Mateus 19.6).

Em momentos de conflito, que haja inteligência para rejeitar o sentimento de orgulho, que o marido despreze a filosofia machista e a esposa as coisas feministas. 

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?

Por Osiel Gomes

Qual delito culmina na legitimidade do divórcio: adultério ou prostituição (Mateus 5.32; 19.9)?

Antes que houvesse a aplicação da lei, separação já vinha sendo praticada pelos judeus de maneira arbitrária. A colocação da lei não era para um tipo de legalização do ato em si, mas sim para proteção da mulher. A hermenêutica dos judeus, em se tratando do divórcio, logo se tornou liberal, machista e autoritária, pois eles começaram a fazer uso de Deuteronômio 24.1, alegando quaisquer motivos pelos quais o homem poderia separar-se de sua mulher, o que fica expresso que a base para o pedido de divórcio não era somente o adultério, mas por qualquer coisa indecente.

Podemos asseverar que a base para um pedido de divórcio no Velho Testamento não era tanto o adultério, isso pelo fato de os judeus saberem que a lei ordenava a morte de quem o praticasse (João 8.5). Ademais, estava engolfado na mente deles Êxodo 20.14: "Não adulterarás".

O contexto no qual viviam homens e mulheres daqueles dias era bem diferente dos de hoje: por meio de um contrato, um judeu poderia possuir várias mulheres e ter sexo com algumas delas em apenas um dia, caso legalizasse contrato. Era triste também para as mulheres, porque, nessa situação, algumas delas eram quase como objetos para fins sexuais.

Na concepção dos judeus, o divórcio não seria permitido no caso de haver acusação falsa contra a esposa, afirmando que ela teria feito relação sexual antes do casamento (Deuteronômio 22.13-19). Também não era permitido o divórcio quando um homem fosse obrigado a casar com uma jovem, obrigado pelo pai, por ter ele praticado relação sexual com ela (Êxodo 22.16, 17).

Então, entendamos, o divórcio no Antigo Testamento surge não por meio de um querer de Deus, mas como medida para proteger as mulheres dos maus-tratos dos homens, que tinham dureza de coração. Por sua vez, os judeus davam carta de divórcio não propriamente por causa de adultério, mas, sim, por causa de seus desejos egoístas e pecaminosos.

Muitos estudiosos falam que Jesus deixou certa exceção para o divórcio e o novo casamento, e que o apóstolo Paulo, nas entrelinhas, dá a entender que isso seria possível, razão pela qual fez as citações bíblicas registradas em 1 Timóteo 3.2 e Tito 1.6, especificando que somente os que exercem cargos é que não podem se divorciar. Trata-se apenas de uma conjectura.

Na busca por uma compreensão do texto de Mateus 5.32, estudiosos têm procurado entender o sentido de "porneia". Alguns dizem que a palavra refere-se a casos de relações sexuais antes do matrimônio. Outros dizem que ela poderia ser aplicada ao caso de um homem já ter contraído casamento. De modo geral, podemos dizer que "porneia" fala de relações sexuais ilícitas, tanto antes como depois do casamento.

Sejamos diretos nesse assunto: Jesus jamais aprovou o divórcio, pois, nesse caso Ele estaria contratando o perfeito plano de Deus para o casamento. Ele também era consciente que, por causa da dureza do coração, é que Deus permitiu Moisés dar carta de divórcio. Todo bom exegeta sabe que nem Marcos e nem Lucas fizeram uso da palavra "adultério" como sendo o fundamento legal para pedir o divórcio (Marcos 10.1-12; Lucas 16.18), apesar de a ideia estar implícita. A expressão ali é "a não ser por causa de relações sexuais ilícitas", o que significa que muitos já estavam praticando isso, e não porque tivesse o Senhor aprovado.

Jesus não pendeu para as hipóteses apresentadas na época pelas escolas de Hilel ou Shamai, e em suas palavras enaltece o casamento, falando que ele é indissolúvel (Gênesis 2.24), dando prioridade ao propósito divino. E o cristão deve fugir tanto do adultério como da prostituição (1 Tessalonicenses 4.34).

As incríveis e esquecidas promessas  feitas no altar durante a emocionante cerimônia de casamento
Casamento e divórcio - ovelhas e pastores
Conselho para marido em crise conjugal
Divórcio e novo casamento pela ótica da reforma protestante
Eu e minha casa serviremos ao Senhor
Inspiração divina e autoridade da Bíblia
Solteiro por toda a vida e feliz?

Fonte: Mensageiro da Paz, nº 1585, junho de 2017, coluna A Bíblia tem a resposta, Osiel Gomes, Bangu, Rio de Janeiro -RJ (CPAD).

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Não adulterarás

Por Eliseu Antonio Gomes

Para muitos, a prática do adultério pode parecer normal, mas a Palavra de Deus é clara ao declarar: "Não adulterarás" (Êxodo 20.14; Deuteronômio 5.18).

O adultério é a relação sexual de uma pessoa casada com alguém que não é o cônjuge e vive-versa. "Adultério" e "pecado contra o sétimo mandamento" na maior parte das igrejas evangélicas tornaram-se sinônimo da relação sexual extraconjugal com outra pessoa casada ou solteira.

O objetivo do sétimo mandamento é preservar a sacralidade da família que foi instituída pelo Criador por meio do casamento no jardim do Éden (Gênesis 2. 18-24). Requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e esposa. Foi apresentado no Decálogo para Israel manter a pureza sexual e evitar as práticas da cultura egípcia, de onde os israelitas saíram, e da cultura cananéia, para onde o povo se dirigia.

Homens de coração endurecido

Embora o adultério viole o princípio de Deus para com os seres humanos, jamais ter sido a vontade do Criador para a humanidade, era comum em Israel o homem adulterar.

Coisa feia

"Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça aos seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão" -  Deuteronômio 24.1.

O significado de "coisa feia" foi alvo de muitas interpretações entre os sábios de Israel e teve como resultado o fim de muitos casamentos por motivos absurdos.

Pela dureza do coração humano as esposas israelitas dos tempos antigos eram preteridas por quaisquer desculpas, e a ruptura matrimonial era motivada com a intenção de trocar uma mulher envelhecida por outra jovem e mais bonita.

O sentido da expressão "coisa feia" no texto de Deuteronômio 24.1 não é claro, mas podemos conjecturar que se após o casamento o homem descobrisse comportamento indecente ou conduta inapropriada de sua esposa (nudez pública, por exemplo) poderia repudiá-la. Não podemos considerar que "coisa feia" signifique adultério, pois se assim fosse a consequência era a pena capital da esposa infiel e de seu parceiro de pecado.

O valor do casamento pela ótica de Cristo

"Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" - Mateus 19.4-6.

No Novo Testamento, Jesus retomou o ideal de Deus para a humanidade, denunciou a covardia dos israelitas, principalmente a dos religiosos. Advertiu os homens casados de sua geração a continuarem casados, pois eles determinavam o bem-estar das mulheres. Naquela época, as esposas repudiadas tinham apenas duas opções para sobrevirem, elas partiam para à mendicância ou viravam prostitutas.

Na doutrina de Cristo, o adultério vai mais além da cópula extraconjugal, abrange a imaginação lasciva e os pensamentos impuros. "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela" - Mateus 5.27-28.

Conclusão

A santidade do relacionamento familiar deve ser mantida entre todos. É isso que Deus espera dos casais, principalmente entre quem se diz seguidor de Cristo. "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará" - Hebreus 13.4.

O mundo de hoje está às avessas e o sétimo mandamento continua vigente. Mesmo que a sociedade atual diga "não" para tudo aquilo que Deus diz "sim", o crente temente a Deus obedece as orientações das Escrituras Sagradas, prazerosamente.

E.A.G.

Compilações:
Deuteronômio, Introdução e Comentário, J. A. Thompson, reimpressão 2011, página 233, São Paulo (Vida Nova). Ensinador Cristão, ano 16, nº 61, página 40, jan/fev/mar 2015, Rio de Janeiro (CPAD).  
Os Dez Mandamentos - Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança, Esequias Soares, 1ª edição outubro de 2014, páginas 99, 100,  Rio de Janeiro (CPAD). 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Casamento e divórcio - ovelhas e pastores


Depois que recebi a visita de uma pessoa em prantos, falando que estava se separando por causa de traição e pedia uma explicação sobre a sua situação, segundo a Bíblia, e naquele momento eu só poder dizer-lhe que não tinha opinião formada, passei a me interessar pelo tema divórcio e estudá-lo com afinco. 

Fiz o estudo por longo tempo, talvez mais de um ano, dispensando livros com a opinião pronta do escritor. Li a Bíblia sem pressa, sem a intenção de reforçar opinião pré-estabelecida antes da leitura.

O assunto é complexo. Penso que não há uma fórmula para solução geral. Sempre envolve muita dor e algumas vezes faz sofrer muitos corações de filhos que ainda estão em fase infantil. Nestes casos, os olhos e a experiência de um pastor dedicado ao rebanho de Cristo é que irá auxiliar mais apropriadamente o procedimento a ser tomado sobre o matrimônio em crise.

É preciso lembrar que a posição divina é contrária ao divórcio. Contudo, a visão de Deus sobre o divórcio e novo casamento nos casos de traição é justa. A Bíblia aponta caminhos, que o cristão tem a liberdade de trilhar ou não.

Corações insensíveis e irreconciliáveis

A Bíblia afirma em Gênesis 2.24 e Mateus 19.6 que depois que duas pessoas se casam, elas se tornam uma só carne. Pense na hipótese da separação de seu corpo, literalmente. Ficar sem os braços, sem um olho, sem as mãos... É algo parecido com esta situação que acontece no campo espiritual quando marido e mulher optam à vida separados um do outro.

Jesus Cristo declarou que uma das causas do divórcio é a dureza de coração de pessoas casadas (Mateus 19.8). Não é o ideal para Deus que haja a separação, mas Ele permite o divórcio quando há entre o casal uma pessoa que seja de coração duro - e em grande parte o coração duro é do cônjuge traidor e não o coração de quem é vítima da traição. 

Penso que se possível, a melhor decisão é perdoar o pecado do cônjuge, quando este mostrar-se arrependido por seu ato falho. Mas, nem sempre quem peca se arrepende, então, não há nada mais a fazer do que separar-se e seguir adiante.

Motivos para separação e novo casamento

Eu acredito que Deus jamais castigaria alguém vítima de traição a viver em situações continuadas dessa mesma traição. Minha base é Mateus 19 e as cartas de Paulo aos coríntios.

Há quem entenda que após uma traição o cônjuge traído pode se separar, mas precisa permanecer só o resto de sua vida. Eu penso que em caso de infidelidade, quando o parceiro infiel não tem disposição para honrar o leito conjugal, a pessoa traída tem a permissão de Deus para a separação e novo casamento. O cônjuge traído não é obrigado a estar ao lado de quem não o ama e lhe faz mal e nem a padecer em solidão depois do rompimento do laço conjugal. 

A declaração bíblica, para o consentimento de uma pessoa traída casar-se outra vez após divorciar-se do cônjuge traidor encontra-se em Mateus 19.9. Jesus Cristo esclareceu: “Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.”

Explicando meu modo de entender esta passagem bíblica: Jesus considerou pecado de adultério quando o divorciado se casa pela segunda vez sem que o motivo da separação seja a infidelidade conjugal. Então, é compreensível pensar que se uma pessoa se divorcia por ser a vítima de traição e depois casar-se com outra pessoa ela não estará cometendo adultério.

Pessoas ultrarradicais não enxergam nenhuma possibilidade de novo casamento, nem mesmo para os traídos, mas não possuem argumentação bíblica para seus posicionamentos.

Motivos banais

É preciso pensar bem. O divórcio é uma decisão a ser protelada, a última medida a ser adotada por quem se diz servo de Cristo, jamais deveria ser considerado o remédio para todas as crises conjugais, não deveria ocorrer com a frequência que estamos contemplando em acontecer entre crentes evangélicos.

Para alguns, são expostos como motivos de validação de divórcio o descumprimento, consciente, de compromissos assumidos no altar no momento da cerimônia do matrimônio, o não-cumprimento voluntário de diversos compromissos ou deveres na vida de casal, além da mácula do leito sexual. Muitos admitem a ideia de que em casos de verificada a reincidência obstinada de outras traições. Eles enumeram os seguintes problemas, descrevendo-os como a porta aberta de saída do casamento:
a. Manutenção alimentícia do lar;
b. Cuidados pessoais e com a residência;
c. Respeito à hierarquia doméstica;
d. Espirito participativo nas contas do lar.

Embora sejam problemas graves tais situações, de acordo com a orientação bíblica, é preciso discordar desses pontos apresentados como motivos para divórcio, pois não encontramos base bíblica para usá-los como motivos de fim da relação matrimonial. A Bíblia é contundente: a separação só é permitida em casos de morte e relação extraconjugal.

Injustiças no gabinete pastoral

Quando é a mulher a parte infiel, a tendência da orientação é que haja o divórcio, porém, se quem traiu é o homem o costume é aconselhar a esposa a perdoá-lo.

Casais que se casaram antes da conversão a Cristo, ou apenas o marido ou a mulher se converteu, e após a conversão surge a crise conjugal, são casos especiais que o pastor deve analisar com maior cuidado (1 Coríntios 7.12-15).

O segundo casamento

O segundo casamento pode ser aceito em casos de divórcio em que a traição é devidamente comprovada. A Bíblia não é autoriza o novo casamento, exceto nos casos de infidelidade conjugal.

Escrevendo aos Coríntios, Paulo fala que se o cônjuge não crente não aceita conviver com um cônjuge crente, pode haver a separação, mas não diz nada sobre o novo casamento. Mas, ponderemos sobre isso lembrando que a pessoa divorciada torna-se solteira. Paulo recomenda aos solteiros que possuem hormônios em brasa que se casem para que não pequem (1 Coríntios 7.2, 9).

Equívocos a dois

A Bíblia declara que marido e esposa não têm o controle de seus próprios corpos e sim o tem a pessoa com quem se casou, e que é dever que os casados sejam benevolentes entre si quanto a necessidade um do outro no leito conjugal (1 Coríntios 7.3,4).

É uma queixa comum da esposa o desprezo que recebeu de seu ex-marido antes de traí-lo. Ele chegava do trabalho, jantava, assistia ao programa predileto de TV e depois ia dormir,  Mas, também, ele tinha "olhos grandes" nas mulheres que passavam por dele, folheava revistas masculinas para apreciar modelos e navegava em sites de pornografia. Tal comportamento causou a frieza sexual dentro do casamento e induziu a esposa à traição conjugal. Por sua vez, o marido traído depositou a culpa pelo fracasso matrimonial na companheira e se sentiu desempedido para casar-se com uma mulher mais jovem. Nestas situações, é preciso considerar que ambos cometeram erros terríveis, não lutaram pela manutenção do amor conjugal.

Embora existam as excessões, não é possível aceitar que situações assim acontecem por causa de incompatibilidade de gênios quando um homem e uma mulher, ambos cristãos evangélicos, se casam no Senhor. 

Pastores divorciados

Devemos enfatizar que o pastor precisa ser uma pessoa com capacidade de liderar exemplarmente a sua casa, se não o faz, segundo as palavras de Paulo, não é competente para governar quaisquer igreja. As pessoas do mundo e os membros das igrejas podem questionar que autoridade tem um pastor para dizer que Jesus é a solução para os problemas em família, e outros setores da vida, se em sua casa ele não prova possuir capacidade para resolver suas próprias crises familiares ((1 Timóteo 3.2-5; Tito 1.6).

É extremamente difícil definir o que significa "liderar exemplarmente a sua casa", pois existem muitos que conduzem o lar usando autoritarismo e não autoridade, no entanto a comunidade cristã os considera bons exemplos de pais e maridos. Porém, a Bíblia recomenda que o esposo ame sua mulher como Cristo amou a Igreja e se sacrificou na cruz por ela, que ame-a como ama a si mesmo, que honre-a como o vaso mais fraco, não se irrite contra a esposa e nem provoquem a irritação de seus filhos para que eles não desanimem (Efésios 5.25, 28;  1 Pedro 3.7; Colossenses 3.19, 21).

Tanto o pastor viúvo como o pastor que não teve felicidade de casar-se com uma esposa fiel, tem a permissão de Deus para divorciar-se e casar pela segunda vez. Entretanto, as Escrituras nos dizem que esta situação não é a mais conveniente aos que desejam exercer o ministério pastoral (1 Timóteo 3.2). 

Quanto aos pastores serem maridos de uma só mulher, creio que devemos observar o contexto. Paulo falava sobre os matrimônios em poligamia. Na época, muita gente tinha mais de uma mulher, então Paulo orienta que sejam ordenados apenas pastores que tenham só uma.

Conclusão

Além deste assunto ser doloroso para divorciados, polêmico para a igreja, exigir tempo de quem se dispõe a se aprofundar sobre o parecer das Escrituras, também é constrangedor para muita gente porque muitos têm em seu círculo familiar e de amizades parentes e amigos divorciados. Ao mesmo tempo, a abordagem deste tema, segundo o parecer da Bíblia, é por demais necessário porque o crente deve se guiar somente pela Palavra de Deus.

Não devemos ser mais duro com divorciados do que a Palavra de Deus é, não convém expor e apedrejar com preconceitos e discriminações quem divorciou-se e nem jogá-los no inferno ou incentivar quem vive em crise conjugal a separar-se. A missão do cristão ajudar e orar por todos, sem se esquecer que o Justo Juiz observa cada um de nós.

E.A.G.

Texto criado a partir de troca de postagens entre os contatos na rede social Facebook. 
Álbum Família Projeto de Deus - https://www.facebook.com/eliseu.gomes/media_set?set=a.4168401579176.169017.1558298942&type=1 
Genivaldo Tavares de Melo, Linha do Tempo em 12 de janeiro de 2015 - https://www.facebook.com/genivaldo.melo?fref=nf&pnref=story 

domingo, 23 de março de 2014

Doze erros que destroem casamentos

Doze maneiras de destruir um casamento.

1. Parar de conversar de maneira aberta e sincera.

2. Alimentar-se de raiva e ser sempre egoísta, com palavras duras e ações violentas.

3. Nunca perdoar, por menor que seja os erros do cônjuge.

4. Gastar dinheiro com muitas coisas supérfluas, e assumir dívidas altas com futilidades.

5. Não ajudar nas tarefas domésticas.

6. Adquirir vícios e hábitos nocivos e defender seu direito de conviver com eles.

7. Recusar-se a dizer "desculpe-me", "perdoe-me", "errei".

8. Tirar Deus e seu cônjuge da sua lista de prioridades.

9. Não se importar com as necessidades sexuais de seu cônjuge.

10. Ameaçar pedir divórcio todas as vezes que surgir um conflito entre o casal.

11. Ter um relacionamento extraconjugal ou alimentar uma paixão secreta.

12. Desistir de Deus e recusar-se a acreditar que Ele tem poder para restaurar o amor e a esperança no seu casamento.

Autoria desconhecida

E.A.G.

domingo, 6 de outubro de 2013

Advertências contra o adultério

Falar em pecado nos dias atuais está fora de moda. Dizem que o assunto é “coisa” de fanáticos religiosos e ignorantes. Mesmo que seja considerado impopular alertar contra a prática do pecado, a verdade precisa ser dita. 

Devemos lembrar que aquilo que a Escritura considera como pecado jamais terá aprovação divina. Pecado é tudo aquilo que prejudica a vida. Está presente de inúmeras formas em nossa sociedade. Na família, na escola, no trabalho. No Congresso, nas Câmaras Legislativas. Nos jornais, no rádio, no cinema, e de um modo avassalador na televisão e na Internet. 

A sexualidade  

Tudo o que Deus criou é bom e isso inclui a sexualidade. O sexo, em si, nunca foi pecaminoso. Deus o estabeleceu para ser desfrutado no matrimônio antes que o pecado entrasse no mundo. 

Salomão aconselha os homens a se afastarem da imoralidade. No capítulo 5 de Provérbios, escreveu duas perguntas, sobre a importância de ser fiel, com o objetivo de suscitar reflexões em cada leitor das Escrituras Sagradas. “E porque, filho meu, te deixarias atrair por outra mulher, e te abraçarias ao peito de uma estranha?” - Provérbios 5.20. 

Adultério 

Na Bíblia, o adultério é e continuará sendo pecado. Em Êxodo 20.14, o Deus Eterno ordena firmemente: não cometa adultério. Encontramos no Antigo e Novo Testamentos sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Deuteronômio 5.14; Romanos 13.9; Gálatas 5.19). 

O adultério viola o padrão santo estabelecido por Deus para o casamento (Êxodo 20.14). Até mesmo o adultério praticado em segredo e mantido no sigilo fica plenamente desmascarado diante do Deus que julga com justiça.

Em Provérbios 5.1-2 somos esclarecidos que o adultério é um grave problema de relacionamento. O adúltero é uma pessoa que tem comportamento confuso, que mistura o certo e o errado, a conduta digna com a indigna. 

Precisamos estar atentos. As consequências da infidelidade são devastadoras. Os lábios da mulher em relação extraconjugal podem parecer destilar favos de mel. Na realidade, aquilo que começa de maneira prazerosa, como doce desejo, não demora a amargar como o absinto (Provérbios 5.4). Quando os instintos do adúltero ficam satisfeitos, sobressai o remorso, o complexo culposo, o medo, a frustração, a consciência que a relação ilícita pode ser tudo menos amor. No momento que o encontro termina, só resta tristeza e amargura. Ponto em comum em tudo isso é uma fome que jamais se aplaca, deixa o indivíduo mais vazio. 

A traição conjugal produz feridas profundas na alma, o esmagamento do cônjuge vitimado, é uma opção destrutiva para toda a família, pois provoca a disfunção familiar. Ela é perigosa, para a Igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral. Causa destruição de reputações, os custos permanentes pesam muitíssimo mais na balança do que a satisfação momentânea. 

Tentação e vigilância 

Todos nós estamos sujeitos a ser tentados. Salomão reconhece os atrativos poderosos e torturantes do adultério, que finge oferecer prazer e satisfação sexuais com poucos riscos.  

O sigilo do pecado escondido, a maquinação para manter o adultério em segredo e a natureza proibida do ato só parece aumentar o seu poder irresistível de atração. 

Na televisão brasileira existe uma sensualidade legal, mas nem por isso deixa de ser imoral. Programas de auditórios são sempre realizados com a presença de modelos seminuas. É considerado legal para a sociedade e até mesmo para o Estado, mas é imoral diante de Deus. O sexo se tornou o deus deste século. Muitos tentam viver a “adrenalina” provocada pela concupiscência de uma forma ilegítima. Escândalos sexuais, práticas sexuais ilícitas ocorrem em escalas geométricas. Vive-se em desejos que transformam pessoas em viciadas em pornografia, masturbação, necessidade excessiva de relações sexuais, pedofilia e outras formas de perversões. 

Quando se perde a reverência a Deus, a insensatez toma conta do coração humano. Não deixe esse tipo de entulho acumular em sua mente. 

A tentação na esfera da virtualidade 

Ao nascer, fomos dotados de instintos específicos, sem os quais nossa sobrevivência seria impossível. O impulso sexual é uma tendência natural que caracteriza a preservação da espécie. Depois da queda de Adão e Eva, o ser humano pecador passou a deturpar esse impulso dado pelo Criador, gerando as muitas complicações que conhecemos nos dias atuais. 

O Pr. José Gonçalves escreveu no livro Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso: “Quando me converti ao evangelho nos anos oitenta, o acesso a uma revista masculina era muito difícil para quem era menor de idade. Além da embalagem plástica que protegia o periódico, havia também uma tarjeta onde se lia: ‘proibido para menores de 18 anos’. Com o advento da Internet esse fraco muro de proteção foi implodido e o acesso ao caudaloso rio da pornografia está à disposição das crianças, adultos e idosos. As redes sociais potencializam em muito a possibilidade de alguém se prender nas redes da tentação de casos extraconjugais. Homens e mulheres que estão vivendo alguma desilusão no casamento encontram uma porta aberta para a aventura sexual no Orkut, Facebook e outras redes sociais.” 

E ainda mais: “A Internet pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal, dependendo de quem faz uso dela. Não devemos desprezá-la por causa dos possíveis usos equivocados. Não culpamos Gutemberg pelas revistas pornográficas. Será que os automóveis são uma invenção ruim porque algumas pessoas provocam acidentes?” 

Conclusão: alegre-se no casamento 

Muitos casamentos fracassam porque são carentes de afeto e amor. Salomão nos aconselha a vivermos a nossa sexualidade com intensidade, mas dentro do casamento. Provérbios 5.15 trata do relacionamento íntimo entre marido e esposa: “bebe a água da sua cisterna.” Água é símbolo de vida. O ser humano não pode viver sem ela. Assim também é o relacionamento sexual no casamento. Ele é importante e traz vida ao matrimônio. 

Para proteger o seu casamento e torná-lo forte contra as armadilhas e tentações do adultério, o Livro de Provérbios aconselha: “alegra-se com a mulher da tua mocidade” (Provérbios 5.18). É de bom juízo e muita sabedoria alegrar-se pelo que se tem e não ficar se lastimando pelo que se gostaria de ter. Cuide com carinho do seu jardim afetivo. Da fonte cristalina do verdadeiro amor brota a fonte da alegria e da fidelidade.

Provérbios não diz para você manter um relacionamento frio, monótono com a esposa. Diz para você investir em uma vida agradável e plena com ela, divertir-se e desenvolver uma profunda intimidade. Tal investimento fará com que tenham um bom e divertido relacionamento sexual, companheirismo, bom humor, respeito e compreensão. Torna melhor a união. Investir na felicidade a dois é uma das mais poderosas armas de proteção ao seu casamento, faz com que dure satisfatoriamente até a morte.


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Compilações:
Bíblia de Estudo Vida, edição 1998, página 985 (Editora Vida);
Bíblia da Família - estudos de Jayme e Judith Kemp, edição 2007, página 556 (Sociedade Bíblica do Brasil);
O Provérbio Nosso de Cada Dia – Oswaldo Alves – 1996 ( Editora Candeias);
Revista Ensinador Cristão, ano 14, nº 56, página 37 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso – José Gonçalves - 1ª edição 2013, CPAD.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O divórcio - lição nº 7 - EBD - CPAD

Por Eliseu Antonio Gomes

A Lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher, mas os motivos pelos quais ele podia tomar tal deliberação tinha algumas restrições:

As vítimas de violência sexual e o divórcio na Lei de Moisés

Na cultura judaica, a reputação arruinada de uma virgem era pior que o estupro. O estuprador israelita era obrigado a pagar o dote ao pai da vítima, o mesmo valor que ele receberia quando ela se cassasse em cerimônia convencional, e depois de casado dar-lhe a proteção do casamento sem a possibilidade de divórcio, sendo obrigado a cuidar da vítima e das crianças resultantes dessa união. A obrigação de casar-se com a vítima estuprada garantia a ela não ficar solteira, rejeitada por não ter a virgindade, e também servia como meio de desmotivar o sexo sem compromisso conjugal (Deuteronômio 22.19, 29; 24. 1-4).

Divórcio e novo casamento no Código Mosaico

Eram tidos como problemas graves na sociedade israelita a mulher ser incapaz de gerar filhos, possuir defeito físico, fluxo irregular de sangue durante a menstruação, proceder com descuido durante o período menstrual e no descuido outras pessoas ter contato com o sangue. A pessoa que tivesse contato era considerada cerimonialmente impura, o que impelia a todos a exigir cuidados redobrados   (Levíticos 15.19, 27).

Se um israelita casasse com uma mulher com este perfil poderia assinar um documento de divórcio e mandá-la embora de casa. E se depois de divorciada essa mulher viesse a se casar com outro israelita e neste segundo casamento ela ficasse viúva novamente ou se tornasse divorciada, o primeiro marido era impedido de reatar laços matrimoniais com a ex-esposa. 

Nestes casos, entre os judeus não era errado a mulher casar outra vez. A mulher israelita divorciada de dois maridos  não tinha impedimento algum para casar-se de novo, desde que não fosse com seu primeiro marido (Deuteronômio 24.1-2). O veto ao primeiro marido era uma maneira de coibir aos homens agirem impetuosamente contra suas esposas e de proteger a reputação das mulheres, que poderia ser vista com alguém imoral e de más intenções.

Divórcio e novo casamento na perspectiva de Jesus

Sobre a questão do divórcio, o ensino de Jesus está registrado em Mateus 5.31-32; Marcos 10.2-12; e Lucas 16.18. Jesus reconheceu que em caso de adultério o divórcio possa ser uma triste medida necessária em caso do cônjuge adúltero ter coração endurecido e não se arrepender de sua infidelidade e manter-se infiel, ou de a parte ofendida ter seu coração endurecido e não ser capaz de perdoar o cônjuge adúltero que se arrependeu e se dispõe a voltar a dedicar-se de maneira correta ao laço conjugal.

Jesus deixou claro reprovar a atitude masculina de desprezar a mulher simplesmente por desagradá-lo, mostrou que não era de acordo com a pouca proteção legal que tinham elas. Lembrou aos judeus que o divórcio é contrário à vontade de Deus, sendo o objetivo divino que o matrimônio perdure por toda a vida. 

Aos rabis que procuraram Jesus preocupados apenas com a letra da Lei, perguntando sobre divórcio e novo casamento, disse-lhes: "Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera, e aquele que casar-se com a repudiada comete adultério" - Mateus 5.32. A resposta esclarece a necessidade de se entender o  propósito da Lei e o plano original de Deus acerca do casamento para a raça humana: um homem e uma mulher casados por toda a vida. A intenção do Senhor permanece inalterada ao passar dos anos, não pode ser ignorada por circunstâncias banais, como por exemplo um lapso quanto ao asseio físico individual feminino, a doença, a infertilidade, o ronco durante a noite, o envelhecimento (Lucas 16.16-18).

O divórcio e o novo casamento pela perspectiva do apóstolo Paulo

Paulo, em 1 Coríntios 6.18, abordando as relações sexuais ilícitas nos faz entender que, espiritualmente, o adultério  não é um pecado pior do que outros. Porém, produz um bojo de questões ao casamento que os outros pecados não produzem. Paulo esclarece que os outros pecados não atingem o corpo da pessoa, enquanto a prática da imoralidade sexual sim. Em suma, descrevendo isso no vocabulário do século 21, a infidelidade conjugal além de ferir o coração da pessoa traída, também a coloca em risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, e porque é preciso cuidar do corpo como templo do Espírito Santo, a pessoa vítima da infidelidade tem toda liberdade de analisar a situação em que se encontra e divorciar-se se considerar necessário. 

Paulo tratou de outra situação em 1 Coríntios 7.15, quando um cônjuge crente é abandonado por outro, que é descrente. Existem duas correntes interpretativas a respeito. A primeira entende que se o cônjuge descrente simplesmente se afastar, o crente deve permitir que vá embora. No caso dele voltar deve recebê-lo, considerando o pacto matrimonial. O crente desprezado não deveria casar-se outra vez. A segunda interpretação explica que o cônjuge descrente é livre para ir embora, o cristão é livre para conceder-lhe o divórcio e também para casar-se outra vez em outro relacionamento.  

Conclusão

Deus concebeu o casamento como exemplo de harmonia e interdependência. Assim como Cristo reúne muitos indivíduos com personalidades e dons distintos como membros do Corpo de Cristo, que formam a Igreja, o casamento combina duas pessoas num vínculo de compromisso duradouro de fidelidade. A sentença "uma só carne" (Mateus 10.8) acentua a união sexual na intimidade da vida a dois, representa também uma profunda fusão espiritual, à medida que duas pessoas unem tempo, recursos, emoções e objetivos debaixo da mesmo teto (1 Coríntios 12.12-13; Efésios 5.21-33).

E.A.G.

Compilações mescladas com textos de autoria de quem assina o artigo.
Consultas:
Dicionário Bíblico Universal, AR Buckland e Luckyn Williams, maio de 2007, São Paulo, Editora Vida
Bíblia de Estudo Vida; páginas 304, 305, 306, 1560, 1622, 1774; edição 1998; São Paulo;  Editora Vida.