
E.A.G.
O Valmir (E agora? Como viveremos?, UBE) informou que recentemente entrou em contato com Edney Sousa, responsável pela organização do Campus Blog, solicitando a inclusão de um painel com o tema "blogueiros evangélicos", ou sobre religião, pois, pelas próprias palavras do Edney o objetivo do Campus Blog é apresentar todos os segmentos da blogosfera tupiniquim. A resposta foi uma recusa. Contradizente e polido, afirmou que “blogueiros evangélicos” é um tema parcial e passou a sugestão contactar “outras vertentes”. Ou seja, ele faz parecer entender que os blogueiros evangélicos são muito parciais em suas opiniões, ignorando que os demais blogueiros, em suas opiniões sobre os mais diversos assuntos que encampam também são.
Edney é apontado pela grande mídia como o alguém que desbrava a internet na esfera dos blogs brasileiros. Ele é apresentado por essa mídia como o bam-bam-bam... Ao mesmo tempo que, com o velho cacoete cultural daquela descrição estereotipada, a mesma mídia apresenta quem exerce fé cristã na linha reformada, os protestantes, como pessoas idiotas. Enquanto o Edney é mimado, nós, evangélicos, somos "escadas", servimos de ferramentas para alavancar os números dos índices de ibope nas televisões e rádios, promovemos o aumento das tiragens de jornais e revistas sendo achincalhados desde o centro até os quatro pontos cardeais de nosso País.
Na minha opinião, como cristãos evangélicos, mesmo que estejamos sendo usados dessa maneira tão negativa pela imprensa, a situação está melhorando dia após dia. No passado a mídia batia, hoje parte dela ainda bate, mas também assopra. A mídia percebeu que somos consumidores, viu que além do poder aquisitivo temos nossa voz ativa. Isto acontece porque crescemos em número populacional, nos organizamos e pontuamos presença no Poder Político, chegamos aos rádios e televisões como donos ,e existem blogs brasileiros - separados totalmente - das instituições corporativas da sociedade.
Acredito que a ala de blogueiros evangélicos é a ala que mais se assemelha aos blogs da América do Norte e Europa. Apesar de não conhecer dados de pesquisas mostrando que os blogueiros brasileiros são ou não são fortes formadores de opinião, vejo que entre os crentes existe maior semelhança na questão da independência editorial. Os blogs com temáticas religiosas possuem suas pautas desligadas da responsabilidade de responder aos interesses da elite da imprensa ou da sociedade em geral. É uma característica importante!
As grandes corporações de imprensa têm tentado embarcar no movimento-blog. Entendo que os blogs corporativos são apenas meros sofismas. Os chefes de redações das grandes corporações da imprensa contratam colunistas e dizem para eles assim: "Quero uma coluna diária sua, e quero que ela tenha formato de blog; as reuniões de pautas para ser decidido o que eu quero que escreva são às quintas-feiras, às 15 horas, não deixe de comparecer".
A essência do blog é a plena liberdade de expressão de quem escreve. É a certeza do leitor que está lendo o conteúdo de um autor que diz algo sem estar preso aos interesses das corporações. É o frescor de um artigo desprendido das convenções corporativas , desligado das elites que sempre quiseram e ditaram normas para a sociedade.
Sou partidário da idéia de que quando alguém escreve usando o formato de blog, estando preso ao elo do salário, recebe dinheiro para escrever, não podemos classificar a tal pessoa como blogueira. É uma colunista, é um profissional da imprensa. Por favor, não pensem que eu esteja desdenhando a profissão de jornalista (admiro e acompanho vários internautas que escrevem colunas em blogs). Apenas coloco pingos nos is.
O Edney começou com espírito de blogueiro, não consigo perceber se ainda continua com o mesmo ideal do início. Não sei se ele trocou artigos por salários, mas a impressão que eu tive, ao saber da resposta negativa dele referente à solicitação do Valmir para que o blog União de Blogueiros Evangélicos tivesse seu link no Campus Blog, é que negocia artigos por alguns minutos de fama. Só isto faz compreensível sua atitude contraditória.
Boa sorte para ele!
E.A.G.
“Eu fiz algumas cenas de nudez muito parcial e me senti sempre muito mal. Esse absurdo causa grande desconforto ao ator e a atriz porque nos obriga a mentir”, citou, recebendo aplausos. “A nudez produz uma sensação erótica. Neste filme, os atores estão vestidos para que os personagens possam estar desnudos.”“A pornografia está tão dissimulada em nossa cultura que não a reconhecemos como tal. Hoje qualquer diretor, medíocre ou não, se acha no direito de determinar que uma atriz possa ficar pelada numa cena ou parcialmente despida”, disse, ressaltando, indiretamente, que os diretores da TV Globo também apelam para a “pornografia” televisiva.“É frequente que cineastas de primeiro filme exibam para seus amigos em sessão privê as cenas privadas que conseguiu de uma determinada atriz”, acusa. “Quando os atores se recusam a fazer nudez, os diretores ficam bravos e fazem malcriações, como crianças mimadas, porque se consideram no direito a ela”.
“Até quando nós atores ficaremos atendendo ao voyeurismo e a disfunção sexual de diretores, roteiristas e produtores?”, questiona. “Eu penso num dia que não teremos medo do You Tube ou das sessões nostalgia do Canal Brasil. O dia que não teremos medo que nossos filhos tenham que responder perguntas constrangedoras dos colegas na escola.”
“Um diretor não deveria pedir que faça algo que ele não pediria a uma filha sua. Se essa gente quer nudez, que fiquem nus eles mesmos.”
1 - evangélicos maduros e novos convertidos; os não-evangélicos (alguns são simpatizantes do cristianismo e outros não);2 - os ateus e os agnósticos; os céticos e preconceituosos em relação ao cristianismo (alguns são declaradamente inimigos da fé e outros apenas questionadores dela).
“Uma das formas interessantes é a ilustração livre da vida do cristão, onde mostra que somos diferentes, mas que fazemos parte do mundo e não nos separamos dele pelo simples fato de que acreditamos que a melhor forma de levar a palavra e o amor de Cristo é se infiltrando e convivendo com todos e não nos separando dele”.
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Pastor José Wellington Bezerra da Costa. Foto: Fernando Flower. |