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sexta-feira, 8 de abril de 2022

2 Coríntios 2.14-16: Exale sua fé evangelizando

Pescadores no Lago de Genesaré.
Exale sua fé, mostre ao mundo o agradável perfume de Jesus Cristo que existe em você.

"Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta a fragrância do seu conhecimento em todos os lugares. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto entre os que estão sendo salvos como entre os que estão se perdendo. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida..." [2 Coríntios 2.14-16].

É importante lembrar que Jesus nasceu em vilarejo pobre, em Nazaré. Ele cresceu ali, aprendeu o ofício de carpinteiro ao lado de José, o pai adotivo que o Pai celeste lhe deu. Realizou mão-de-obra para as elites e para alguns com um pouco mais de sorte que viveram em sua classe socioeconômica.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Ana, a mãe de Samuel

Por Paulo Martins

Ana era era muito amada por Elcana, seu marido. Ela era uma mulher muito graciosa, amável e temente ao Senhor, porém ela era muito triste com o fato de ser estéril e porque Penina, a outra esposa de seu marido, buscava sempre a provocar porque ela tinha filhos e Ana não (1 Samuel 1.6). 

Certa vez, Penina a humilhou tanto que Ana acabou perdendo o apetite e começou a chorar muito. Mas mesmo após tanta humilhação, ela não contou o que Penina fazia para o seu marido e nem foi tirar satisfações com ela. Em vez disso, ela foi ao templo chorar aos pés de Deus e fez um voto dizendo: “Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.” (1 Samuel ‭1.11‬). 

Quando Ana orava ela estava sentindo amargura na alma e de seus lábios não saía som algum. Com isso, o sacerdote do templo chamado Eli, ao vê-la naquele estado a repreendeu, pois pensou que ela estivesse embriagada. Ana então explicou a Eli que na verdade ela não estava embriagada, mas sim atribulada de espírito e por isso estava ali derramando sua alma perante o Senhor (1 Samuel 1:15). Eli então percebeu a situação e a abençoou dizendo: “Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.” (1 Samuel ‭1.17‬).

A partir daí, o coração de Ana se acalmou, ela voltou a comer e seu semblante deixou de ser triste. Ana teve fé e creu que Deus havia entendido suas lágrimas e ouvido a sua oração (1 Samuel 1.18). Ela entregou seu sonho nas mãos de Deus e descansou. 

Ao voltar para casa, ela certamente contou para o seu marido o voto que ela havia feito a Deus, porque o marido podia anular qualquer voto que não tivesse seu consentimento (Números 30:10-16). Porém, Elcana amava muito Ana e, em vez de anular o voto que ela havia feito a Deus, ele optou adorar a Deus juntamente com Ana (1 Samuel 1.19).

O voto que Ana fez à Deus foi um voto muito forte. Ao dizer que ela daria seu filho a Deus todos os dias de sua vida, queria dizer que se ela viesse a conceber um filho, ele pertenceria totalmente a Deus. Seria como dizer: “Deus, dá-me a oportunidade de dar a luz para um filho que será seu, não meu”. Ela foi corajosa em fazer um voto tão forte assim e Deus certamente se agradou muito com a atitude de Ana. 

Desde então, a Bíblia deixou de citar o nome de Penina. Isso deu a entender que Penina, que vivia atormentando Ana, já não tinha mais importância porque Ana estava com o coração em paz e tinha entregue seus problemas totalmente nas mãos de Deus. Portanto, as provocações de Penina deixaram de fazer efeito na vida de Ana.

Deus atendeu o pedido de Ana e ela, finalmente, engravidou. Ao passar os meses, nasceu seu filho que chamou Samuel, que significa: Do Senhor pedi (1 Samuel 1.20). 

Ana não esqueceu do voto que tinha feito e por isso criou seu filho ao peito até desmamar. Então ela pegou seu filho desmamado, um novilho de três anos, um efa (aproximadamente 22 litros) de farinha e um odre (recipiente feito de pele de animal, geralmente de cabra, usado para o transporte de líquidos) de vinho e apresentou na Casa do Senhor. Ela foi até o Sacerdote Eli e o lembrou que ela era aquela mulher que tinha estado ali orando ao Senhor, mostrou seu filho e explicou que era por ele que ela estava orando. Ana também falou sobre o voto que fizera a Deus e que estava ali para entregar o seu filho. (1 Samuel 1.24-28) 

A despedida certamente não foi fácil, mas mesmo assim, Ana entregou seu filho com um coração totalmente grato a Deus, pois Ele havia a abençoado. Com isso, Ana orou e louvou a Deus de uma forma maravilhosa e sem igual e Samuel ficou ali, servindo ao Senhor, perante o Sacerdote Eli (1 Samuel 2.1-11).

Apesar de Samuel ter sido criado longe de sua mãe, ela jamais o esquecia e de ano em ano Ana fazia uma túnica e levava para ele, demonstrando todo o seu cuidado e amor (1 Samuel 2.19). Samuel foi muito abençoado por ter tido uma mãe assim e se tornou uma benção para Israel.

Deus muito se alegrou com a fidelidade de Ana e por isso a abençoou com mais três filhos e duas filhas. Ela poderia ter deixado a revolta dominar seu coração ou ficar se lamentando com a vida que levava, mas em vez disso ela optou por ir chorar para quem realmente poderia resolver os seus problemas e acalmar o seu coração. Ana certamente foi um grande exemplo de mulher.

Deus te abençoe.

E.A.G.
_______
Créditos
Autoria e imagem: Paulo Martins. Extraído de https://tinyurl.com/yyc2suhb
O autor é pastor da Igreja Assembleia de Deus Madureira em Santo Antônio da Patrulha / RS. 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O culto que Deus recebe



O culto a Deus é mais do que uma reunião no templo.

É preciso ser perspicaz para entender que não basta reunir-se, porque é impossível cultuar de verdade se não houver a confraternização dos irmãos. Sem a fraternidade, Deus não recebe as orações, não recebe os louvores.

A saudação é uma maneira de confraternizar. Então, saudemos uns aos outros com atitudes positivas (Tiago 1.27; 2.1-8; 2.15-17). Não é possível amar a Deus se não houver a comunhão entre os irmãos (1 João 1.7).

"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" - 1 Coríntios 14.26.
"Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre" Salmos 133.1-3.

E.A.G.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A verdadeira prosperidade e o Gnosticismo da atualidade cristã

Não é errado o crente em Jesus ser próspero. Deus é bom e deseja uma vida abundante para nós (João 10.10). 


Encontramos essa afirmação na revista Lições Bíblicas (CPAD), 1º trimestre de 2012, cujo título é A Verdadeira Prosperidade - A Vida Cristã Abundante, lição 1, página 4, edição do professor, a ser lecionada em 1ª de Janeiro de 2012, em que os comentários são assinados por José Gonçalves.

Nesta mesma lição, o autor foi feliz ao citar a corrente filosófica Gnosticismo no tema relacionado com prosperidade. Nos dias atuais existem resquícios da doutrina da gnose na Igreja. A minha intenção é comentar exatamente isso, mas fazendo um aprofundamento maior do que fez José Gonçalves, pois pouco se fala sobre isso nos meios pentecostais.

Gnosticismo é um termo derivado do vocábulo grego gnosia (conhecimento). Aplica-se esse termo para um conjunto de ensinos heréticos que os líderes da Igreja Primitiva tiverem que enfrentar duramente.

A mola propulsora do Gnosticismo era a suposta posse de conhecimento secreto. Os líderes desse movimento criaram o seu clube privado, os quais se apresentavam como os "iluminados" e que tinham segredos revelados da parte de Deus, informações escondidas daqueles que não podiam se salvar, inclusive daqueles que haviam recebido a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Os gnósticos sustentavam uma falsa teoria da superioridade da gnose em comparação com a fé cristã. Eles exaltavam a inteligência e a erudição e desprezavam a fé, ao ponto dela ser classificada como sem valor no plano da salvação. Diziam possuir a informação de como unir a alma com Deus, alegando que não havia ligação entre o Criador e a matéria  má. Para eles, a salvação provinha da libertação da alma, presa no corpo físico contaminado. 

No exagero de considerar a matéria ruim, pregavam que a criação do mundo material aconteceu por um equívoco de Deus, ou de um ser antideus. Ensinavam que Jesus não havia nascido como um ser humano, diziam que Ele não havia sofrido porque não houve a encarnação, acreditavam que o Filho de Deus nunca viveu como uma matéria. As cartas apostólicas 1 Timóteo 2.5, e 1 e 2 João refutam o Gnosticismo dizendo que é falso o ensinamento que afirmava que Jesus não era uma reencarnação divina.

No Novo Testamento, encontramos muitos textos referentes ao Gnosticismo. João 1.1 combate falsos conceitos; 1 Corintios 8.1 contrasta o valor do conhecimento com a prática do amor; Colossenses 2.8 e 3.8-23 descreve as filossofias gnósticas como sutilezas vãs, um sistema que oprime o cristão com rigores ascéticos promovidos pela carne fazendo a falsa promessa de redenção; 1 Timóteo 1.4, 2 Timóteo 2. refutam a espiritualização da ressurreição de Cristo e chama o Gnosticismo de fábulas e genealogias sem fim; Tito 3.9, classifica as pregações gnósticas como questões tolas.

O Gnosticismo moderno incentiva a acomodação do cristão 

Deus fez o homem como um ser tríplice. Um espírito, com uma alma dentro de um corpo. Jesus Cristo veio ao mundo e morreu por nós para nos salvar por inteiro. O amor de Deus não é dirigido apenas para o espírito humano. Ele também nos ama na dimensão da alma e na dimensão física do corpo.

Quem não é, já foi ou será um jovem. Aos jovens, existe o mandamento dirigido aos campos material, e da alma e do espírito: "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra" - Efésios 6:1-3.

É lógico que a maior prosperidade que um homem pode alcançar é viver no céu. Mas, o termo grego para "salvação" significa bem-estar. Salvação em grego é "soteria". E soteria/salvação compreende o bem-estar em todos os sentidos. Abrange os campos físico, da alma (psiológico) e do espírito. Soteria tem a ver com a cura do corpo, com estabilidade financeira, estabilidade emocional e espiritual.

Infelizmente, existe no meio cristão um pensamento gnóstico que resistiu ao tempo. Tal pensamento faz com que pregadores priorizem temáticas que estejam relacionados ao espírito. Raramente são feitas exposições bíblicas voltadas aos anseios da alma e aos interesses no campo material em que vivemos como seres socioeconômicos. As pregações que abordam a matéria e a alma são raras, quando feitas são taxadas como pregações de autoajuda, edonistas, todas influenciadas pela Teologia da Prosperidade. São rejeitadas com veemência, sem análises profundas. Não deveria ser assim (1 Tessalonicenses 5.21).

Nem tudo que é ensinado sobre prosperidade está associado à Teologia da Prosperidade.

1 - As finanças

Em se tratando da questão financeira, a prosperidade é uma bênção que Deus tem para nós. O erro que ocorre com muitas pessoas é amar mais as bênçãos do que o Abençoador.

Existe prosperidade bíblica, divina. Deus abençoa o servo dEle com trabalho prazeiroso, horas produtivas e bem-remuneradas, que, consequentemente, dão condições de descanso com lazer feliz.

“Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias de vida que Deus lhe deu, porque esta é a sua porção. E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus. - Eclesiastes 5.18-19.

"Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" - 1ª Timóteo 6.8-10.

No idioma grego, língua original na qual o Novo Testamento foi escrito, em 1 Tm 6.8-10, a palavra "sustento", possui  o sentido de trabalho compensador e agradável. E,"cobrirmos" refere-se a ter roupas e moradia própria. Quem é feliz em seu trabalho e possui casa própria, deve dar-se por satisfeito.

Querer ser rico, sem haver temor a Deus no propósito de enriquecimento, com certeza leva pessoas para muitas tentações e laços. Muitos mentem, se prostituem, roubam, assaltam, matam, traficam drogas e até gente... Isso acontece, mas apenas com quem ama o dinheiro, somente com aqueles que não amam a Deus e nem ao próximo se corromperão.

É importante contextualizar os textos bíblicos, usá-los da maneira exata como eles estão escritos.

2 - A alma

"Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração" - Salmo 37.4.

A alma é a sede das emoções, das vontades, onde estão armazenadas as informações do intelecto.

Uma das característas do fruto do Espírito é a alegria, uma emoção (Gálatas 5.16-23).

No final do livro Eclesiastes, há a recomendação do Pregador: "Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo. Afasta, pois, a ira do teu coração, e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade. Lembra-te do teu Criador..." - Eclesiastes 11:9-10; 12.1 a.

É lógico que Deus não promete satisfazer o ego humano sem estabelecer critérios, porque o ego do homem representa o homem que não aceita a presença de Jesus em seu coração, não permite que Cristo esteja entronizado no centro de sua vida. Mas, aquele que tem a Jesus como Senhor em seu coração, não é esquecido por Deus, sempre é lembrado por Ele, sempre é abençoado por Ele.

Quem ama ao Senhor, deleita-se nEle, recreia-se nEle, e é abençoado na alma, consegue satifazer os desejos da alma.

Conclusão

"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." Romanos 14.17.

O reinado de Deus entre os seres humanos não é material, mas é composto de seres materiais. Sem beber e sem comer nós morremos. Não existe Reino de Deus sem alegria.

Deus não criou o homem com bexiga para vê-lo morrer de sede; com estômago para passar fome, não fez casais fertéis para que eles coloquem no mundo filhos, que são imagem e semelhança do Criador, para crescerem desnutridos e vestí-los com roupas rasgadas, fazê-los passar vergonha com os coleguinhas da escola, chorar por um doce que os pais não têm dinheiro para comprar.

Os cristãos que conheceram a Jesus Cristo vivem neste mundo e são a materialização do Reino de Deus aqui na Terra. É preciso meditar no seguinte: Deus fez o ser humano tricotômico: um espírito com uma alma dentro de um corpo. E Deus ama o homem por inteiro, não ama ninguém pela metade.

Há quem pense que Deus enviou Jesus só para salvar o espírito, e que não está se importanto com as necessidades físicas e nem com os desejos da alma. Estes, interpretam errado o amor de Deus, e por conta dessa interpretação errada, julgam que pensar em prosperidade, no bem-estar da alma e do corpo, seja um grande pecado.

Pense bem, Deus não ama só o seu espírito!

Confira todas as abordagens sobre as matérias da revista no blog Belverede: EBD 2012 primeiro trimestre: Verdadeira prosperidade - vida cristã abundante


E.A.G.

Consultas: O Novo Dicionário Bíblico;  volume 1; 4ª edição (Editora Vida Nova); Consiso Dicionário Bíblico Ilustrado; 12ª edição (Imprensa Bíblica Brasileira).

sábado, 23 de julho de 2011

Morre precocemente Amy Winehouse!



Morte por overdose? Está confirmada pela polícia londrina, e noticiada pela CNN e Band News a informação de falecimento, mas ainda não se sabe o motivo.

Amy Jade Winehouse, londrina nascida no bairro Southgate em 14 de setembro de 1983, morreu neste dia, 23 de julho de 2011 em sua casa em Londres, aos 27 anos de idade. Ela era de uma família judia composta de quatro pessoas, com tradição musical ligada ao jazz, foi cantora e compositora de soul, jazz e R&B do Reino Unido.

Além do talento reconhecido pela crítica e público, desde 2008 ela também atraía para si atenção por seus escândalos devido ao uso de drogas. Chegou a revelar à Impensa que sofria de arritmia cardíaca por conta do uso abusivo de cocaína, álcool e cigarro. Fez uso de centros de reabilitação e afirmou libertar-se da dependência química.

Devido seus problemas com álcool e drogas, em 2007 teve suas aparições públicas canceladas por três meses citando uma orientação médica para que fizesse repouso completo. Ela foi presa algumas vezes. Supostas imagens dela em vídeo fumando crack foram parar na Internet. Na Sérvia, Belgrado, o público fez uma grande vaia contra ela porque estava visivelmente fora de si, atirou o microfone sobre a platéia e abandonou o palco, deixando o conjunto que a acompanhava tocar sozinho, então o público saiu antes do prazo e houveram protestos para devolução do dinheiro do ingresso. Noutra ocasião e lugar, ela abandonou o palco no meio de uma canção, saiu ao pedir desculpas, logo em seguida houve um comunicado que ela não cantaria mais porque sentia dificuldades para lembrar as letras de suas músicas e também para permanecer em pé. Recentemente, desistiu de sair em turnê pela Europa para não encarar o mesmo público. No Rock in Rio Portugal, chegou 50 minutos atrasada, com hematomas no corpo, chorou no palco, e se apresentou com a voz péssima.

Seu abuso de drogas deveria ocorrer pelo conturbado ambiente no lar em que cresceu. O pai traiu a mãe com uma colega de trabalho e veio a casar-com a amante. Em 1983, em uma entrevista para a televisão, o próprio pai de Winehouse veio a contar isso, alegando acreditar ter sido esse o fator que levou sua filha aos vícios.

Em uma de suas internações hospitalares foi-lhe dito que deveria largar as drogas, caso não fizesse isso poderia fazê-la morrer precocemente.

A artista tem seu nome acrescido ao grupo de cantores falecidos aos 27 anos: Brian Jones (fundador do Rolling Stones), Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain, Jimy Hendrix e Jim Morrison. Todos estes jovens estiveram envolvidos com drogas.

Segundo a mídia especializada, a cantora tinha na agenda uma gravação de dueto com o cantor americano Tony Bennett em 20 de setembro de 2011, uma música no álbum Duets II - Tony Bennetss album.

Winehouse tinha planos para cantar como vocalista de uma nova banda, que fundaria juntamente com um amigo baterista, mas a agenda artística  e o volume de problemas fizeram adiar o projeto.

Em janeiro de 2011, Amy excursionou no Brasil. Winehouse cantou nas cidades do Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife e São Paulo. E por aqui não houve notas de incidentes.

A cantora deixa material artístico inédito, estava prestes a lançar o terceiro álbum, produção iniciada em 2008,  interrompida várias vezes devido suas idas e vindas às internações para reabilitação, e que já havia lançado uma das músicas nas rádios e televisões especializadas em música. Este álbum teve data de lançamento marcado para janeiro e remarcado para julho de 2011.

Todos nós vamos ter um encontro com nosso Criador um dia, mas Amy Winehouse parece ter desejado adiantar o encontro. Sua vida, marcante pelo corpo frágil, timbre de voz em contralto, composições fortes e originais, parece ter sido uma breve e rápida corrida em rota de colisão fatal.

E.A.G.

Atualização: 19 horas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Você me ama?


Jeter Blaas

Até que ponto estamos declarando o nosso amor, e de que forma o expressamos pelo ministério, pelas vidas, e até mesmo por Cristo? Ele foi até a cruz por nós, tornando-se a oferta perfeita e vitálicia, fazendo-se sacrifício em nosso lugar. Não cabe a nós irmos até a cruz, mas até onde temos ido por Ele? Será que temos compreendido nosso chamado?

O chamado é muito mais do que uma vocação, ele é divino, vem da parte de Deus. Pedro o recebe para ser um pescador de almas, e mais do que isto, apascentar ovelhas. Veja que no texto de João 21.15-17 Jesus pergunta a Pedro se ele o amava. Essa pergunta é feita no nível de amor mais profundo, o incondicional, absoluto, o da entrega, amor "ágape". Porém, Pedro responde em "fileo", que é o amor fraterno e amigo. Jesus repete a pergunta em ágape e Pedro novamente responde em "fileo". Por fim, Jesus pergunta se Pedro o amava com amor "fileo" e Pedro entristecendo-se diz que Jesus sabia de tudo, e que sim, o amava com amor "fileo". Essa tristeza certamente se deve ao fato de lhe faltar uma disposição maior de entrega, de se doar a serviço do reino.

Deus nos escolhe! Independente de nossas limitações, ele nos chama. Apascentar ovelhas não é tarefa fácil. Muitos podem pensar que o amor incondicional se relaciona somente a Cristo, mas Deus em Sua palavra nos diz que "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda este é o que me ama e o que me ama será amado de meu Pai e eu também o amarei e me manifestarei a ele" - João 14.21.

O mesmo acontece em 1ª Coríntios 13. Todas essas expressões nesse texto se referem a "ágape". Um líder chamado por Deus para servi-lo, nessa tão importante missão de apascentar ovelhas, deve buscar de Deus e desenvolvê-lo a cada dia.

A partir do momento que Pedro passou a ser cheio do Espírito Santo, isso se tornou presente em seu ministério. Posso citar 1ª Pedro 1.22: "Tendo vos purificado as vossas almas na obediência, na verdade que nos leva ao amor fraternal (filadelfian) não fingido, amai-vos (agapésate) ardentemente uns aos outros de coração". Ele ensina a viver tanto o amor fraterno quanto o ágape. Toda vez que se refere em suas epístolas "aos amados", essa expressão se deriva de ágape. Ele chega a fazer dez citações referêntes ao assunto.

Creio que ele aprendeu a viver esse amor. Nós também podemos manifestá-lo! Assim como Pedro aprendeu, cada um de nós deve desenvolver um nível de identidade maior, e esse amor se tornará consequência no ministério. É o que nos fará conquistar vidas e apascentá-las para Cristo.

Fonte: Vitrine Cristã, edição 4, ano 2010, página 30.
__________

Artigo publicado, originalmente, com o título "Tu me amas?".

Jeter Blaas é Bacharel em teologia com concentração exegética em grego e hebraico pelo Seminário Batista Independente em Campinas, pastor da Igreja Quadrangular da Vila Rami em Jundiaí - SP, músico, líder de louvor do ministério Adoração Viva, compositor e produtor musical.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A morte do ateu: era uma vez José Saramago

"Há quem me nega o direito de falar de Deus, porque não creio. E eu digo que tenho todo o direito do mundo. Quero falar de Deus porque é um problema que afeta toda a humanidade." - José Saramago, em uma de suas entrevistas ao El Pais.
Passa para a eternidade mais uma alma por quem Jesus Cristo morreu.

Segundo o comunicado da Fundação José Saramago, o escritor morreu às 12h30 (horário local, 7h30 em Brasília) na residência dele em Lanzarote, onde morava desde 1993, "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família". Houveram complicações com leucemia e complicações respiratórias.

Nos últimos anos, Saramago foi hospitalizado várias vezes, após sofrer uma grave pneumonia no final de 2007 e início de 2008.


Saramago era ateu e comunista, nasceu em 16 de novembro de 1922, em Azinhaga, uma aldeia ao sul de Portugal. Filho de agricultores sem terra que imigraram para Lisboa, abandonou a escola aos 12 anos para receber formação de serralheiro, profissão exercida durante dois anos. No início de sua vida, trabalhou como mecânico, desenhista industrial e gerente de produção em uma editora. Ao passar do tempo, atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975. Foi diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Viveu de seus escritos a partir de 1976, de início como tradutor. Ganhou em 1998 o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa, apesar de nunca ter cursado universidade.
Suas obras literárias estiveram entre os estilos do poema, crônicas e romances. Em 1993, escreveu a peça teatral chamada In Nomine Dei.
Seus livros:
1980 - Levantando do chão

1982 - Memorial do Convento

1984 - O Ano da Morte de Ricardo Reis


1986 - A Jangada de Pedra

1991 - O Evangelho Segundo Jesus Cristo (livro censurado pelo governo português, fazendo com que Saramago exilasse-se na ilha espanhola Lanzarote, onde viveu até o dia da morte.

1995 - Ensaio sobre a Cegueira (transformado em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles em 2008)


1997 - Todos os Nomes

1994 / 1997 - dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote
2002 - O Homem Duplicado

2009 - Caim (sarcasmos sobre o Velho Testamento).

Fonte: UOL Notícias | compilação com bases na atualização de 16h06 - 18/06/2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PASTOR ESDRAS COSTA BENTHO COMENTA SOBRE PROSPERIDADE BÍBLICA NO BLOG BELVEREDE

Kharis kai eirene

Prezado Eliseu, suas palavras são dignas de serem refletidas pelos teólogos assembléianos. Entendi que o caro amigo não é defensor da Teologia da Prosperidade, mas também não defende a Teologia da Mendicidade, mas aproveitou a oportunidade para criticar com mestria tanto uma como a outra. Já comentei a respeito da prosperidade em meu blog de acordo com a visão veterotestamentária, uma vez que a maioria dos pregadores da prosperidade usam e abusam das perícopes desse tomo sagrado.

Segue abaixo, algumas dessas considerações que, embora não definitas, contribuem para uma reflexão a respeito do tema:

Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento.

1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar". A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).

2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa "viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".

3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio", "agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco", "imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é "sabedoria", "prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1Sm 18.14 ler vv.12,15). Nestes versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.

4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras "tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: "Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranqüilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foi abatido. A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10).

O patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade" advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: "Descansado [shālâ] estava eu, porém ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.

5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa "engordar", "ser gordo" e, consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo "gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagagens como essas eram freqüentes np Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado sempre gordo refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: "Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo "gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra". Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundande, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).

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O conteúdo acima está postado em meu blog, como comentário ao artigo publicado na data de ontem neste blog, cujo nome é Carta Aberta aos Pastores Filiados à CGADB
O Pr. Esdras Costa Bentho é um dos idealizadores do UBE Blogs, juntamamente com o Pb Valmir Nascimento Milomen e Pr. Altair Germano. É paraibano, teólogo, graduando em Pedagogia e escritor. Na ciência pedagógica é pesquisador nas áreas de educação infantil, formação de professores e gestão educacional. Na ciência teológica, é biblicista e hermeneuta, especialista em Hermenêutica Bíblica e pesquisador na área de Hermenêutica Filosófica, com ênfase no período clássico da hermenêutica alemã. Aprecia os filósofos alemães, principalmente Heidegger, Kant e Gadamer, e os franceses Rousseau e Ricoeur; além de ávido leitor da poesia pessimista de Augusto dos Anjos. Edita o blog Teologia & Graça.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DIRCE MIGLIACCIO - MORRE A SEGUNDA ATRIZ QUE INTERPRETOU A EMILIA DO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO NA TELEVISÃO

Dirce Migliaccio, atriz que interpretou a boneca tagarela criada por Monteiro Lobato, em O Sitio do Pica Pau Amarelo, produção da Rede Globo, faleceu ontem em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, no Hospital Álvaro Ramos. A causa da morte foi pneumonia. Ela já havia sofrido um AVC em 2008 e residia no Retiro dos Artista, albergue que dá amparo à classe desses profissionais da atuação cênica.
Ela interpretou o papel no ano de 1977, sendo a segunda atriz a encarnar Emilia na televisão. A primeira foi Luciana Lambertini, na TV Tupi, entre 1952 à 1963, também falecida.
Dirce, após deixar de interpretar o papel foi substituída por Reny de Oliveira, que o encarnou de 1978 à 1986, e atualmente mora nos Estados Unidos; está afastada da profissão de atriz.
E, mais recentemente, diferente das colegas antecessoras, todas atrizes adultas, Isabelle Drumond, em 2002, assumiu o papel aos oito anos de idade e o interpretou até 2006, quando o programa deixou de ser gravado.
Os personagens de Monteiro Lobato povoaram a minha mente quando eu era uma criança. Queria conhecer quais eram os rostos atrás das maquiagens.
E.A.G.

domingo, 21 de junho de 2009

Praça da Sé - evangelismo de rua

É tarde de um sábado ensolarado em 20 de junho de 2009. Um grupo de jovens afinados entoam belas canções evangélicas e conseguem chamar a atenção dos transeuntes na Praça da Sé, o marco zero de São Paulo. Enquanto os hinos são executados, obreiros distribuem folhetos.

O grupo é liderado por Adil de Souza Sena, que é pastor da Igreja Evangélica Cristã, também autor do estudo bíblico dos folhetos e radialista do programa Fé Para Vencer, que vai ao ar pela Rádio Trianon AM 740 aos domingos, às 9 e 17 horas.

O templo do grupo evangelístico situa-se na rua São Leopoldo, nº 163, no bairro Belenzinho - São Paulo - SP.

E.A.G.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Vereador Carlos Bezerra Jr reúne pastores com Prefeito Kassab


Vereador reúne Kassab e pastores para discutir fiscalização a igrejas
Após a tragédia na Igreja Renascer da Avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci, o Ministério Público deu início a uma fiscalização ostensiva sobre os demais templos da denominação. Muitos foram multados, alguns lacrados, e, não demorou muito a surgirem rumores de que a mesma postura se estenderia às demais igrejas. Os boatos preocuparam várias lideranças evangélicas, que procuraram o vereador Carlos Bezerra Jr. buscando informações sobre as inspeções municipais e do poder judiciário.
Para discutir o problema, o parlamentar e líder do PSDB na Câmara promoveu ontem, 16/2, um encontro entre cerca de 20 representantes das principais denominações evangélicas de São Paulo e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), na Prefeitura.
Em São Paulo, 80% dos imóveis são irregulares, segundo a própria Prefeitura. Compõem essa porcentagem inúmeros estabelecimentos comerciais e institucionais, condomínios, indústrias, e, claro, igrejas. Porém, na maioria dos casos, os templos evangélicos apresentam um traço que os diferencia dos demais imóveis sem regularização: ao contrário de grandes shoppings, casas noturnas, hospitais, que se estabelecem em prédios projetados para suas atividades, as igrejas começam em casas comuns, e, pouco a pouco, vão ampliando, ocupando antigos galpões, velhas fábricas.
“Estamos observando, aqui e ali, algumas ações de fiscais que, de um momento para outro, passaram a visitar freqüentemente algumas das igrejas aqui representadas”, explicou Bezerra Jr. a Kassab. “Sabemos que o trâmite dos documentos é demorado, mas todas as igrejas aqui estão em processo de regularização e é preciso haver compreensão quanto a isso”, afirmou.
As afirmações do vereador foram confirmadas pelos pastores. Um deles, Jabes de Alencar, presidente do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, cuja igreja funciona em um antigo galpão da Antártica, no Bom Retiro, afirmou ter sido surpreendido por notificação que nunca havia sido aplicada ao templo.
No entanto, após ouvir vereador e pastores, o prefeito tranqüilizou-os. Ele afirmou não haver nenhuma disposição do governo municipal para fiscalizar especificamente as denominações evangélicas representadas e se dispôs a destacar assessores para facilitar o diálogo entre igrejas e poder público. “Sabemos da situação em que a cidade se encontra, das dificuldades para regularização. Não podemos e não vamos, simplesmente, apagar a luz e fechar São Paulo”, falou Kassab. “Essa administração é parceira do povo cristão da cidade. Aliás, seria impensável mover uma fiscalização intensa, que pretendesse fechar templos, sobre parcela tão representativa da nossa população como os evangélicos”, assegurou.
Depois da reunião, o prefeito indicou o secretário das Relações Governamentais, Antonio Carlos Malufe, junto com sua equipe, para acompanhar os processos de regularização dos pastores. Os líderes evangélicos elogiaram a iniciativa do vereador em promover a reunião e a postura de Kassab durante o encontro. “A ação de Carlos Bezerra Jr. foi excelente. Ele soube colocar os nossos anseios sempre sendo muito respeitoso com o prefeito. E o prefeito, por sua vez, se mostrou sensível às nossas necessidades”, ressaltou o pastor Carlos Walter, presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo.
Participaram da reunião ainda os pastores Márcio Luiz da Silva, secretário executivo da Convenção Batista Nacional, Walter Nola, da Comunhão de Igreja e Pastores; Mario Mignoni, da Igreja Assembléia de Deus Betesda; Walter Brunelli, da Assembléia de Deus Bereana; Valdo Romão, secretário executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo; Valmir Ventura, da Comunidade da Graça; Francisco Marcelino, presidente da Associação Batista Leste da Capital; Adilson Brandão, dirigente da Associação Batista Missionária, Eliaquim Dias, responsável pela Associação Batista Extremo Leste da Capital; e Paulo Eduardo, presidente da Primeira Igreja Batista de São Paulo. Além dos bispos Hugo Vilar, da Igreja Sara Nossa Terra; Adriel Maia, da Metodista; Nivaldo Palmeira, da Comunidade Renovo; e Elisiário, da Metodista Wesleyana; dos apóstolos Arles Marques, da Coalizão Apostólica Brasileira; e Willy Garcia, da Igreja Apostólica Nova Vida; e dos membros da diretoria do Conselho de Pastores do Estado de São Paulo, pastores Eude Martins, João Torres, Aldo Alexandre e Eli Fernandes.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ENTEL - AS INTERFERÊNCIAS DA IMPRENSA ATRAPALHARAM O TRABALHO POLICIAL?ELOÁ CRISTINA PIM


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Na semana passada, houve o sequestro de Eloá Cristina, com o desfecho trágico. Este foi mais um dos diversos casos tristes que vemos neste mundo. Para mim foi possível acompanhar o desenrolar de tudo, estive defronte aos canais de televisão, quase que ininterruptamente, assistindo transmissões ao vivo. E, infelizmente, embora torcendo para estar errado, esperava acontecer o pior.
Por quê? Porque três emissoras tiveram contato com o sequestrador Lindembergue Fernandes Alves, dentro do apartamento da sequestrada, transformado por ele em cativeiro:
1 telefonema - Globo (a entrevista apareceu no Jornal Nacional);
1 telefonema - Record (entrevista que apareceu no Cidade Alerta e depois se espalhou por diversos programas);
3 telefonemas - Rede TV! (duas entrevistas feitas por Sonia Abrão e outra por repórter da equipe do seu programa).
Esta situação na cabeça do delinquente, talvez, tenha desencadeado uma confusão mental, desvio de valores, fazendo com que pensasse ter se tornado estrela de cinema ou participante principal de um faz-de-conta tipo Big Brother.
Analisem friamente três aspectos da situação:

1º - O televisor é uma caixinha que ilude.

Lindenbergue é um jovem de 21 anos, alguém saindo da adolescência, com neurônios oscilantes em constante ebulição... É o caçula numa família de cinco irmãos, cada um de um pai diferente.

Em estado normal, na rotina das nossas vidas tranquilas, quando somos colocados em situação de evidência, aparecendo dentro do televisor, a tendência é desequilibrar quanto ao raciocínio da realidade. Somos levados a pensar que somos mais importantes do que realmente somos.

E o sequestrador não estava passando por momentos tranquilos, vivia instantes de estresse alto, Qualquer estressado tem sua mente incapaz de pensar de maneira ordenada.

As entrevistas nas três televisões foram ingredientes que só prejudicaram todo o caso do sequestro...

2º - Pessoas armadas se sentem poderosas.

Imagine o rapaz sequestrador, tendo duas armas e um saco de balas, e além disso se vendo no televisor, sendo alvo dos comentários e sondagens para ser entrevistado... E se dando ao luxo de escolher em qual canal iria falar... Além disso, tendo duas garotas bonitas rendidas...

Tenho certeza que o estado psicológico dele saiu da órbita da realidade, acho que pensou que era um deus!

3º - Quem deve tem que pagar!

Se houver senso de justiça neste País, acho que os repórteres que entrevistaram o sequestrador serão chamados à delegacia e enquadrados no artigo das pessoas que prejudicam o trabalho da polícia. Também serão enquadrados como assassinos, no artigo de crime doloso, sem intenção de matar.
Poupe-nos, quem vier com delongas, com a velha estória de cerceamento da liberdade de imprensa.
Fiquei perplexo, ao ver o comportamento da mídia. Acredito que o desfecho trágico tenha dificultado em muito o trabalho policial. Todos os meios de comunicação, mas principalmente os três canais de televisão (Rede Globo, Redetv! e Record), por interferirem diretamente indo entrevistar o rapaz sequestrador em pleno andamento do seu crime. Neste momento de infrações penais Lindembergue Alves deveria ter contato externo apenas com a polícia, na pessoa do negociador... Dar entrevistas jamais!
Os crimes de sequestro em Países inteligentes são proibidos de ser noticiados, a liberação do fluxo da informação ocorre só depois que o caso é dado por terminado, para que as negociações do agente policial, o negociador, não sejam atrapalhadas O Brasil precisa ser igual, mas faz justamente o contrário: torna o criminoso em celebridade nacional.
A região de Santo André, local do apartamento / cativeiro se transformou no centro da atenção brasileira por cinco dias seguidos, até que houve a invasão e o término trágico do caso, com a menima Eloá sendo levada ao hospital alvejada com duas balas fatais, uma cravada no cérebro e outra na barriga.
O Brasil ainda não amadureceu...
E.A.G.