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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A MISSÃO PROFÉTICA NO NOVO TESTAMENTO - A BASE ANALÍTICA QUE DEFINE O FALSO PROFETA E O PROFETA VERDADEIRO

O ministério profético foi bastante atuante no Antigo Testamento. Todos os cristãos concordam que havia unção divina sobre tal ofício neste passado mais remoto. Mas, a crença sobre a existência do ministério profético não tem sido unânime para a contemporâneidade da Igreja. Nem todos crêem na operação dos dons do Espírito para os dias de hoje.

Os cessacionistas, baseando-se em Efésios 2.20 e 1ª Corintios 13.8-13 acreditam que os dons cessaram após a morte dos apóstolos. Mas essas passagens bíblicas não afirmam que a vigência do uso de dons cessaram.

Logicamente, os pentecostais acreditam que o ministério profético do Antigo Testamento é diferente em várias maneiras quanto à ministração profética no Novo Testamento e nos tempos atuais.

A Igreja do Senhor precisa de profetas. Através do Espírito Santo o Senhor concede ministérios proféticos. As revelações proféticas são para nos ajudar a lutar com discernimento, são para entender os propósitos de Deus, encontrar coragem e força, confirmação e orientação, em momentos que o coração está confuso e desanimado.

Compreende-se que alguns profetas do AT tiveram autoridade para escrever as Escrituras. E enquanto escreveram, eles tiveram unção que os tornaram inerrantes, pois registraram a Palavra de Deus. Nos dias de hoje, os profetam não têm autoridade para extrair, adicionar ou modificar nada nas Escrituras Sagradas.
Ao contrário disso, os profetas da atualidade são testados, na Era Cristã eles são analisados pelo conteúdo bíblico. Se agem contra a instrução da Bíblia Sagrada, devem ser refutados por todos. É preciso observar se o ministério deles possui coerência com a Palavra de Deus, se eles conduzem almas para Deus ou se através do que fazem estão destruindo vidas. Os dons do Espírito são para edificar e não destruir.

Em Atos, capítulo 11, encontramos a narrativa sobre um homem chamado Ágabo identificado chama de profeta.. Lucas escreveu que ele chegou a Antioquia acompnahdo de um grupo de outros profetas, profetizou corretamente que haveria uma grande fome, o que de fato aconteceu. Em outro mmento, em Atos 21, Ágabo profetizou amarrando as mãos de Paulo e os pés com o cinto dizendo que da mesma forma, Paulo seria preso pelos judeus e entregue aos gentios.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que sejam citados o link (HTML) do blog Belverede e o nome do autor do texto.

O presente artigo é publicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 13 – A missão profética na igreja; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD). 

sábado, 18 de setembro de 2010

O TRÍPLICE PROPÓSITO DA PROFECIA - UMA REFLEXÃO SOBRE 1 CORINTIOS 14.3

O apóstolo Paulo escreveu suas cartas com vista a promover a edificação da Igreja. O capítulo 14 da epístola 1ª Corintios tem seu contexto nos capítulos 12 e 13.1-13.

Nos capítulos anteriores, Paulo escreveu sobre a importância de se priorizar a prática do amor cristão. Escreveu isso porque os crentes da congregação situada na cidade de Corinto estavam equívocados, eles priorizavam mais os dons espirituais.

Dom significa presente.

No capítulo 14, Paulo ensina que os dons espirituais devem ser usados praticando o amor de uns para com os outros. Comenta sobre a razão da existência de diversos dons para uma diversidade de pessoas, faz referência sobre a soberânia do Senhor ao distribuir os dons segundo a vontade dEle, ensina que nenhum dom deve ser desprezado pelos crentes, mas afirma que os melhores presentes são sempre os mais importante e devem ser preferidos e mais valorizados por todos. Então, revela o desejo que todos fossem presenteados com línguas estranhas, mas que preferia que todos tivessem
a capacidade de profetizar.

Por quê? Porque havendo mais profecias do que as línguas estranhas durante os cultos será caracterizado que o dom mais importante é o mais valorizado, dessa forma Deus é mais glorificado.

Apesar de que falar em línguas estranhas seja inútil para a igreja, tanto quem fala assim, quanto o crente que profetiza, ambos agem sob a atmosfera divina dentro da comunidade em que estão inseridos.
Falar em línguas estranhas e profetizar são duas ações que possuem o aval do apóstolo Paulo, os cristãos devem exercitar as duas atividades. Nenhuma dessas duas ações são proibidas pelo apóstolo. Na verdade elas devem caminhar juntas no cotidiano cristão, usando-se os devidos critérios bíblicos.
O propósito das línguas estranhas.
Dentro da comunidade cristã, quando o crente fala de maneira incompreensível, não comunica nada a seus irmãos em Cristo. Nenhuma vantagem é colhida dessa audição, afinal, nenhum ouvinte pode entender o que é dito, então, ninguém é edificado. Quem fala sem que o ouvinte entenda recebe apenas experiência espiritual para si, ocupa-se apenas em edificar a si mesmo.
É importante falar em línguas estranhas. Apesar da locução incompreensível não emitir nenhum conteúdo da parte do Espírito aos membros da Igreja, essa fala produz importantíssima edificação pessoal ao locutor. Essa experiência cria ânimo e incentiva a viver segundo a vontade de Deus. O crente acostumado a falar em línguas estranhas é edificado pelo Espírito ao falar, e neste processo ele recebe estrutura construída pelo Espírito e torna-se preparado para enfrentar com mais tenacidade os opositores do cristianismo, é capaz de usar as armas espirituais com desenvoltura.
O propósito do dom de profetizar.
Paulo escreve aos Coríntios afirmando que é preciso haver preferência pelo dom de profetizar mais do que pelo falar em línguas estranhas. Ele deixa claro o motivo dessa orientação. Quando o crente usa o dom de profetizar ele está fazendo o bem ao próximo e não apenas a si.
É importante pensar no próximo e profetizar, esta atitude cumpre o mandamento do amor e transforma o portador do dom em agente da graça do Senhor (1ª Corintios 14.3). Quem profetiza fala de modo a esclarecer e fortalecer a igreja; se aplica e faz cumprir os deveres práticos da religião, e insta os motivos para uma vida santa; apresenta as promessas e as esperanças do Evangelho, faz considerações realmente relevantes visando administrar o conforto em momentos difíceis.

O Pr. Esequias Soares, em seu comentário na revista O Ministério Profético na Bíblia - A Voz de Deus, nas páginas 86 e 87 da edição Mestre, compartilha com todos nós o seguinte, que adapto e  transcrevo em resumo:

"1. Edificação: Todas as profecias devem ser devidamente julgadas à luz da Bíblia, a fim de que não venham causar confusão e nem abalar a fé dos mais fracos. Não podemos nos esquecer que um dos principais objeticos da profecia é a edificação dos fiéis.

2. Exortação. No grego a palavra 'exortação' é 'paraklesis', de onde procede o substantivo 'parákletos' - defensor, advogado, intercessor, auxiliador, consolador, conselheiro - que Jesus empregou referindo ao Espírito Santo (João 14.16,26; 15.26; 16.7). Jesus é mencionado como Advogado em 1ª João 2.1. Assim sendo, o ato de exortar é imitar a Cristo e falar segundo o Espírito, animando, despertando, alertando, encorajando a todos, em público e de maneira particular.

3. Consolação. A consolação pelo Espírito fortalece a fé, produz nova experiência, renova a esperança e dissipa o medo".
Mais importante é dar do que receber.
Deus não faz acepção de pessoas. Mas ao ler a Bíblia percebemos que para Ele é sempre mais importante quem se preocupa e se ocupa em dar do que quem espera apenas receber.
Assim sendo, na esfera espiritual, quem profetiza, quem dirige seu ministério objetivando abençoar o próximo, sempre será considerado maior do que quem fala línguas estranhas. É considerado assim porque possue caráter benevolente.  
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Artigo liberado para cópias, desde que sejam citados o link (HTML) do blog Belverede e o nome do autor.
O presente artigo é publicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 12 - O tríplice propósito da profecia – A voz de Deus na Terra; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO NOVO TESTAMENTO - QUAL É E QUAL NÃO É A MISSÃO DOS PROFETAS DO SÉCULO 21

Ao morrer na cruz sem pecar, Jesus Cristo cumpriu a lei e nos concedeu a graça de Deus. Quando subiu, Ele deu dons aos homens, incluso o dom de profetas (Romanos 6.14; Efésios 4.7).

Para que serve a profecia?

O exercício do dom profético serve de sinal aos crentes (1ª Coríntios 14.22).
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A Palavra de Deus incentiva aos membros da Igreja a desejar profetizar e alerta aos líderes não impedir que as profecias sejam proferidas (1ª Coríntios 14.1,4,5,12,19,31, 39).

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O profeta da Verdade

O verdadeiro profeta exerce seu ministério reconhecendo a Jesus Cristo como único fundamento, único Senhor e Salvador, como foi revelado no primeiro século e está registrado nos Evangelhos.
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No Dicionário Vine, o termo "fundamento" (fundada: themelios, themelion ) é apresentado como um adjetivo, relacionado com tithemi (colocar).

O apóstolo Paulo é contudente sobre a fundação da Igreja. Nenhum pregador cristão - seja ele um pastor, evangelista ou profeta ou outro servo de Deus - pode lançar outras bases além da que já existe. Nenhum outro fundamento pode ser estabelecido ao pregar o Evangelho (Romanos 15:20-21; 1ª Coríntios  3.11; Efésios 2.19-22).

Nos dias de hoje, a missão dos profetas, como também dos pastores, evangelistas e mestres, é amadurecer os santos, preparando-os para as obras do serviço cristão.

O profeta verdadeiro é alguém que recebe capacidade, segundo as Escrituras Sagradas, de entregar aos cristãos mensagens de exortação, consolo e revelação (1ª Coríntios 14.3, 30). O propósito da função de profeta é incentivar e instruir os cristãos na caminhada cristã,  fazer isso através de conselhos com bases bíblicas, instando-os ao arrependimento, apontando o caminho da justiça e da vivência com o poder de Deus. A tarefa profética objetiva à edificação através do ensino bíblico (Mateus 4.34; 9.35; Efésios 4:29; 1ª Tessalonicenses 5.11,19-21; 1ª Coríntios 14.3-4, 31).


O profeta verdadeiro não incita divisões

Ele esforça-se o máximo possível para manter a unidade da fé que vem com o conhecimento do Filho de Deus, conscientizando a todos que a Igreja é o Corpo de Cristo, um organismo espiritual indivisível.

O Evangelho, que nos apresenta o Filho de Deus, nos orienta a viver a unidade no Corpo de Cristo. A união dos cristãos, originadas da fé, é baseada no profundo conhecimento do Senhor. Esse conhecimento flue, naturalmente, da verdade das Escrituras Sagradas aos que abrem o coração para recebê-la.

O profeta do pai da mentira

É preciso fazer uso do discernimento espiritual para separar o profeta falso do verdadeiro, é preciso todo cuidado para não fazer confusão.

Em nossa geração, Deus não tem o propósito de preparar e usar um servo para ser um "super-crente" com a missão de estabelecer um "novo fundamento" no cristianismo, algo que suplante a revelação dos apóstolos e profetas da Igreja Primitiva. Os profetas de hoje em dia têm como parâmetro pregar a Palavra de Deus, do Gênesis ao Apocalípse, sem distorcer,  diminuir ou aumentar seu conteúdo.

Não existem novas revelações da parte de Deus a serem anexadas às Escrituras Sagradas. Não existem "novas informações” a serem consideradas no mesmo peso da autoridade do Evangelho, nada e nem ninguém pode substituir as revelações de Jesus e dos apóstolos contidas no Novo Testamento. 

Portanto, o profeta que trouxer novidades além das Boas Novas reveladas por Cristo e pelos apóstolos é uma pessoa anátema, sua mensagem deve ser refutada  pelos cristãos.

Conclusão

A mensagem profética não se condiciona aos concílios ecumênicos, não se submete às convenções e interesses humanos. E o porta-voz dessa mensagem é uma pessoa sem medo de transmiti-la. Nenhum dispositivo da terra cala a boca de um verdadeiro profeta, nada o impede de falar a verdade, ele é capaz de dar sua própria vida para comunicar a mensagem do Senhor.

Caro leitor, com esse entendimento retido, e lendo e meditando na Palavra, você será capaz de reconhecer os falsos profetas, as falsas profecias e os falsos ensinos, que o Espírito Santo, por meio das Escrituras Sagradas, diz que estarão presentes na Igreja nos últimos dias.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que sejam citados o link (HTML) do blog Belverede  e o nome do autor. (Eliseu Antonio Gomes - http://belverede.blogspot.com).

O presente artigo é publicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 10 – O ministério profético no Novo Testamento ; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O último profeta do Antigo Testamento - fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?


"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" - Provérbios 15.1.

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito.

Segundo Tim LaHaye, em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que sentem dificuldades de deixar para depois uma reação às coisas que não gostou, são as mais temperamentais. Certamente que é verdade, é uma força de expressão que identifica os que são do tipo colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. Há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também.

Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio / temperança / auto-controle.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando o coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com que existam reações raivosas, cheias de sede de vingança.

Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos. E o outro João, o batizador.

O primeiro foi conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

João Batista (na verdade batizador, porque "batista" é a função e não sobrenome dele), veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro... Mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). E João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que seja, citados o link (HTML) da comunidade Assembleia de Deus - Belém e o nome do autor.

O presente artigo é republicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 8– João Batista – O Último Profeta do Antigo Testamento; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

Postagem original neste blog em 14 de junho de 2007, com o título Temperamentos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O FRUTO DO ESPÍRITO E OS FALSOS PROFETAS

Atentemos à questão de que as profecias nem sempre são a previsão de fatos que estão por acontecer. A pregação da Palavra, sem previsões, também é uma maneira de profetizar.

Embora no passado tenha existido muitos profetas que falaram como porta-vozes de Deus, também está registrado nas Escrituras Sagradas as ações de profetas falsos. Eles agiram por inspiração humana e/ou inspiração demoníaca. A mesma afirmação é válida para hoje.

No Antigo Testamento

“Disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam” - Jeremias 14.14.

“Os seus profetas lhes encobrem isto com cal por visões falsas, predizendo mentiras e dizendo: Assim diz o SENHOR Deus, sem que o SENHOR tenha falado” - Ezequiel 22.28.

A falsa aparência dos maus

Nunca espere que os falsos profetas apareçam e confessem quem eles são e o que querem. As suas intenções interesseiras jamais serão confessadas publicamente. Eles não terão aparência suspeita, farão com que todos pensem que são gentes boas, sempre justas.

“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” - 2ª Corintios 11.13-15.

A falta de humildade dos falsos profetas

Não acredite em quem conheça e ao mesmo tempo pisa na Palavra de Deus!

Não se contente em apenas observar o discurso. Procure conhecer quem discursa. O falso profeta demonstra quem realmente é por não viver aquilo que prega, ele não se submete à vontade do Senhor. O fruto do Espírito, catalogado em nove características em Gálatas 5.16-23, não é presente em sua conduta.

Como chamar de profeta quem fala de amor e não ama? Como pensar que uma pessoa é profeta, se ela prega sobre alegria do Espírito mas produz tristeza no meio cristão? Como conviver com quem prega a paz mas vive em contendas? Como descrever o pregador que espera longanimidade no próximo mas é impaciente com todos em sua volta? Como continuar ouvindo alguém que ensina que devemos nos comprazer em fazer o bem, mas ele mesmo não é benigno? Como chamar de profeta quem não tem histórico de bondade? Como classificar de profeta quem não tem fidelidade a Deus, é mentiroso, não honra os contratos que assina? Como chamar de cristão quem não é manso como Jesus Cristo? Como chamar de profeta quem não domina a si mesmo?

São muitos que usam as Escrituras Sagradas em benefício próprio. Agem por interesse pessoal ou de seu grupo. Eles não trabalham objetivando o crescimento do reino de Deus, pensam no crescimento da instituição eclesiástica que estão vinculados. Assim sendo, são incapazes de pregar a Palavra com imparcialidade. Ao usá-la na pregação, as motivações que geram sua oratória são voltadas para “puxar o tapete” da concorrência.


O alerta de Jesus Cristo para você

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”
- Mateus 7.15-23.

“...surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” - Mateus 24.24.

Os verdadeiros profetas do Senhor falam e vivem de acordo com a Palavra do Senhor

Não basta ser um pregador educado e simpático. Não basta ter uma oratória bonita e uma homilética admirável.

Ser ministro é ser servo, portanto, o profeta de Deus é alguém humilde. Sua vida é marcada por ações que objetivam engrandecer o nome do Senhor e também promover o bem-estar do próximo em todos os sentidos possíveis.

Os profetas verdadeiros não se importam em ter suas mensagens confrontadas com as Escrituras Sagradas, sabem que é certo avaliar se o seu discurso é ou não segundo a Palavra de Deus. Na verdade, eles se alegram ao ver que quem o ouve faz exatamente assim, pois têm a intenção que todos sigam a Jesus Cristo e não a eles!

"Amados, não creiais a todo espírito, mas examinai os espíritos para ver se eles são de Deus, porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" - 1ª João 4.1.

"Examinai tudo, retende o que é bom" - 1ª Tessalonicenses 5.21.

E.A.G.
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Artigo liberados para cópias, desde que seja, citados o link (HTML) da comunidade Assembleia de Deus - Belém e o nome do autor.

O presente artigo foi escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 7– Falsos Profetas; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O ministério profético - os profetas maiores e menores e outras classes de profetas do Antigo Testamento

A Bíblia, e particularmente os livros proféticos, tem uma ordem sistematizada que ajuda a entender os seus respectivos contextos. Deus inspirou os profetas a falar a sua verdade.

Compreendendo a organização dos livros proféticos, e, consequentemente de toda a Bíblia, cria-se uma base firme para prosseguir nos estudos bíblicos e teológicos. Conhecer a organização dos livros da Bíblia é requisito básico para o aprofundamento do conhecimento bíblico.

Os profetas clássicos ou escritores e os profetas não-clássicos

Os profetas são divididos entre “profetas escritores”, ou clássicos, cujas mensagens estão preservadas como livros no Antigo Testamento, e “profetas oradores”, cujo ministério é descrito, mas não fizeram nenhuma contribuição ao cânon.

Os profetas oradores

A importância de um profeta na história não pode ser medida pelas categorias clássicas e não clássicas. Elias e Eliseu são profetas oradores. Os dois, com sucesso, conseguiram substituir Jeová por Baal como deidade oficial em Israel (1º Reis 16; 2º Reis 10).

Os filhos de profetas

A designação “filhos de profetas” é empregada nos tempos de Elias e Eliseu. Podemos depreender, de 2º Reis 2.3-5, que eram conhecidos assim os grupos de homens estabelecidos aqui e ali na terra santa, debaixo da superintendência geral do profeta “autorizado”. Os filhos de profetas na verdade seriam discípulos deles.

Elias, em seu esforço de ajudar Eliseu da pressão da separação, deu a impressão de encetar uma viagem costumeira como seu mestre. Após o arrebatamento de Elias na carruagem de fogo, Eliseu, por sua vez, passou a gerir os grupos proféticos desses “filhos de profetas” e também fez uso de seus serviços (2º Reis 4.38; 6.1, 9.1).

Com certeza os membros desses grupos eram indivíduos profeticamente dotados (2º Reis 2.3-5), mas não se sabe se eles se reuniam ao grupo por chamada divina, numa experiência individual e sobrenatural com Deus, ou se se ligavam pessoalmente ao profeta de maneira natural, atraídos pelos seus ensinamentos.

O profeta Amós (7.14) demonstra que “filho de profeta” foi um termo que sobreviveu ao passar dos anos, evoluiu ao sentido de termo técnico.

Profetas Maiores e Profetas Menores

Os chamados clássicos, os profetas escritores, são divididos em dois grupos: Maiores e Menores.

As obras dos profetas escritores estão divididas. São considerados Profetas Maiores, os lvros que são especialmente longos, e Profetas Menores, os escritos com conteúdo menos avolumados. Estas designações estão de acordo com o conteúdo literário dos livros.

Os livros conhecidos como Profeta Maiores: são quatro: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

São doze os Profetas Menores: Oséias, Joel , Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Embora os livros estejam classificadas em maiores e menores, os ministérios desses profetas do Antigo Testamento são considerados de igual modo, eles foram inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo de Deus.

Conclusão

Todos os profetas, têm a mesma autoridade divina. Mesmo que ministerialmente suas ações tenham sido desempenhadas de maneiras diferentes, eles falaram em nome do Senhor. A autoridade deles é reconhecida pelas menções feitas no Novo Testamento por Jesus e os apóstolos.

E.A.G.
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Bibliografia: Bíblia NTLH; Bíblia de Estudo Almeida (SBB); Dicionário Bíblico Universal Buckland (Editora Vida); Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova).

O presente artigo foi escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 6 – Profetas Maiores e Profetas Menores; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) da comunidade sejam divulgados.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA - DOZE PROFECIAS A RESPEITO DE JESUS CRISTO E O CUMPRIMENTO DELAS

A autencidade da profecia bíblica pode ser conferida através da sua precisão e seu cumprimento fiel e claro. As profecias bíblicas sobre Jesus Cristo se cumpriram durante o período de 1.400 anos, o tempo em que as Escrituras Sagradas foram escritas. Outras, ainda estão para se realizarem, como a vitória sobre a morte.

1º. Descendente de Davi


“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra” – Jeremias 23.5 (ver também Salmo 132.11; Isaías 11.10; Jeremias 23.5; Jeremias 33.15).

Cumprimento: “E a Jessé nasceu o rei Davi. A Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias”; Mateus 1.6 (Lucas 1.32-33; Romanos 1.3; Atos 2.30).


2º. Descendente de uma mulher

“Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” – Gênesis 3.15.


Cumprimento: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” - Gálatas 4.4-5.

3º. Nascido em Belém


Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” - Miqueias 5.2.

Cumprimento: “Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos...” Mateus 2.1 (veja mais: Lucas 2.4-6).


4º. Nascimento de uma virgem

“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” - Isaías 7.14.


Cumprimento: “Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria” - Lucas 1.26-27 (Mateus 1.18-25).

5º. A montaria sobre o jumento


“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta” - Zacarias 9.9.

Cumprimento: "Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei- mos (…) Indo, pois, os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou (…) Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este?” - Mateus 21.1-2; 6-7, 10.


6º. A traição de Judas Iscariotes

“Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” – Salmo 41.9.

Cumprimento: Não falo de todos vós; eu conheço aqueles que escolhi; mas para que se cumprisse a escritura: O que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e declarou: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há de trair.” - João 13.18,21.

7º. Jesus crucificado


“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido?” - Salmo 22.1 (ver capítulo inteiro e o Salmo 69.21.

Cumprimento: “E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá, sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” - Marcos 15.34 (leia também: Mateus 27.34-50; João 19.28-30).


8º. Traspassado

Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés” - Salmo 22.16 (Zacarias 12.10).

Cumprimento: Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Também há outra escritura que diz: Olharão para aquele que traspassaram” - João 19.34,37.

9º. Abandonado pelos discípulos


Ó espada, ergue-te contra o meu pastor, e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos exércitos; fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos” – Zacarias 13.7.

Cumprimento: “Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o fugiram” - Mateus 26. 56.

10º. Jesus e Sua ascensão ao céu

“Tu subiste ao alto, levando os teus cativos; recebeste dons dentre os homens, e até dentre os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles” - Salmo 68.18.

Cumprimento: E aconteceu que, enquanto os abençoava, apartou-se deles; e foi elevado ao céu” - Lucas 24.51; Tendo ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos” - Atos 1.9.

11º. Jesus ressurreto dentre os morto

Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” – Salmo 16.10.

Cumprimento: “Pelo que ainda em outro salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção experimentou. Atos 13.35-37.

12º. Vitória sobre a morte

Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse” – Isaías 25.8.

Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória” - 1ª Corintios 15.54.

Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” - Apocalipse 7.16-17.

“Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” - Apocalipse 21.4.


E.A.G.
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Textos bíblicos extraídos da tradução Almeida Revista Atualizada.

Artigo escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 5 – A autenticidade da profecia; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) da comunidade sejam divulgados.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Profecia e misticismo - A necessidade de buscar conhecimento de Deus para não ser destruído

Certa vez, nos idos da década de 1990, quando muitas cédulas falsas do dinheiro brasileiro haviam sido espalhadas por alguns estados do Brasil, assisti uma pessoa da polícia federal dando uma entrevista sobre o caso. Ele disse que a melhor maneira de reconhecer um produto falsificado é conhecendo muito bem o produto verdadeiro.

Esta técnica também é válida no mundo espiritual. É preciso conhecer para adquirir discernimento, ter a capacidade de distinguir entre o que é autêntico e o que é falsificado.
O profeta Oséias, no capítulo 4, repreende os filhos de Israel, porque eles rejeitavam o conhecimento. Naquela sociedade, permanecia as práticas do jurar com falsidade, do mentir, do matar, do furtar e do adulterar; os israelitas praticavam a violência, atos sanguinários um após o outro. Entregavam-se à luxúria e ao vinho. E passaram a consultar deuses falsos, ao invés de servir ao Senhor.
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” - Oséias 4.6.
A Igreja do Senhor, para não ser levada pelos ventos das doutrinas falsas, não ser enganada com as falsas profecias, não confundir os dons espirituais com o misticismo, necessita conhecer a Palavra de Deus com bastante profundidade. É só dessa maneira que terá a capacidade de discernir corretamente a origem de tudo que permeia a religiosidade.
"Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” - Mateus 22.29.
Os cristãos têm a Bíblia, o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo para nortear sua vida espiritual. Quando mantêm-se consagrados, são capazes de reconhecer a diferença entre as ações místicas enganosas e a autenticidade da profecia divina, e então só aceitam as experiências que passam pelo escrutínio das Escrituras Sagradas.
Os cristãos precisam estar sempre conscientes que as profecias, e todos os dons espirituais, são úteis para que juntos, todos os cristãos, possam trabalhar para servir a Deus e uns aos outros, a finalidade é o bem coletivo da Igreja, jamais servir ao portador dos dons, fazê-lo o único ou maior beneficiário.
O objetivo dos adivinhadores em todas as suas formas de adivinhação é fazer frente à vontade de Deus e ao Evangelho de Cristo, beneficiarem-se. Os embusteiros não encontram guarida entre quem persiste em conhecer a Deus, suas ações divinatórias fracassam e a enganação dos magos é frustrada, porque a luz sempre dissipará as trevas (Salmos 4.6).
Os cristãos precisam persistir em buscar o conhecimento da Palavra de Deus, para assim ter sua mente ativa, reconhecendo a profecia verdadeira e sabendo se o profeta fala da parte do Senhor ou não. E por conseguinte sempre considerar que nenhum milagre ou prodígio garante a origem divina do ministério, seja quem for o profeta ou ministro. E apenas dar valor, reconhecer como divinas, apenas as mensagens cujo conteúdo seja cristocêntrica.
Os cristãos precisam ter em mente que o conteúdo das ações do misticismo têm relação íntima com seres espirituais tenebrosos, estão em desacordo com os ensinamentos do cristianismo. E que a prognosticação, bruxaria, necromancia, feitiçaria, são repulsivas aos olhos de Deus, pois estas práticas representam a idolatria e satanismo.
"Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” - Oséias 6.3.

E.A.G.
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Artigo escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 4 – Profecia e Misticismo; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) do blog Belverede sejam divulgados.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - NUDEZ - A INUSITADA PROFECIA TRANSMITIDA POR ATO SIMBÓLICO NO MINISTÉRIOS DE ISAÍAS

As formas de comunicação entre Deus e os profetas era o diálogo ou mensagem direta, ou visão e sonho. A comunicação entre os profetas e o povo era a mensagem oral direta, figuras, símbolos proféticos, encenação.

No livro de Isaías (20.1-4) lemos que Deus ordenou ao profeta viver um dramático e longo gesto profético por meio simbólico. Ele deveria andar por três anos nu e descalço, como um sinal e aviso de alerta do que viria a acontecer com o povo egípcio.

A atitude do profeta era um protesto contra o tratado político que se anunciava entre Judá com o Egito e Etiópia. A ilustração apontava à insensatez do rei de Judá, Ezequias, pensando em depender do Egito, porquanto o Egito, como qualquer outra nação, era vulnerável. O monarca não deveria confiar na amizade e poder das nações estrangeiras, apenas na proteção do Senhor.

A experiência humilhante de Isaías ilustrava a imagem dos horrores de guerra, remetia aos prisioneiros das batalhas e posteriores escravos, o que viria a acontecer aos egípcios e etíopes. Tal ato surtiu efeito positivo, pois fez com que o rei Ezequias refletisse e desistisse de entrar no conflito.

O perfil de Isaías era de uma pessoa educada e cortês. Ele tinha acesso aos corredores do poder. Sua reputação deve ter feito com que seu gesto profético fosse ainda mais chocante.

Embora a ordem de Deus para que o profeta caminhasse nu durante três anos venha a impactar e causar polêmica, seja vergonhosa e ilógica, tinha alta relevância ao ministério de Isaías. No trecho bíblico, Deus chama-o pelo tratamento “meu servo”, título sempre empregado de maneira especial. Esta expressão se refere a uma posição de confiança e honra. Moisés era amigo e servo de Deus (Êxodo 14.31; Números 12.7-8). Também estão inclusos na lista de servos Abraão, Jacó, Josué, Davi (Salmo 105.42; Ezequiel 28.25; Josué 24.29; 37.35; 2º Samuel 3.18; Salmo 132.10).

Sobre o episódio, descobertas arqueológicas de 714 à 711 a. C. chegaram às inscrições assírias, em Asdode, cidade filistéia. O registro histórico menciona nominalmente Sargão II, o rei assírio, e informa que o Egito aliado com alguns povos da Palestina e outras nações se revoltaram contra a dominação assíria. Asdode, centro da rebelião, foi derrotada sem que o Egito fosse socorrê-la. Acredita-se que foi neste cenário que Isaías “encenou” sua mensagem profética.

Alguns biblistas afirmam que a nudez do profeta deveria ser parcial.

E.A.G.
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Compilações de: A Bíblia Anotada Expandida Charles C. Ryrie – 1ª impressão, 2007 (Editora Mundo Cristão); Bíblia Devocional de Estudo – 1ª edição, 1997 (Fecomex); Bíblia de Estudo N.V.I. - (1ª edição, 2003 - Editora Vida); Bíblia de Estudo NTLH (impressão de 2005 - SBB); Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (impressão de 2004 – CPAD); Bíblia de Estudo Almeida - edição 2006 - SBB); Bíblia de Estudo de Genebra (Editora Cultura Cristã / SBB - edição 1999); Bíblia de Aplicação Pessoal (edição 2004 - CPAD).

Texto redigido objetivando colaborar com as classes de escolas dominicais que usam a revista O Ministério Profético na Bíblia - comentarista Esequias Soares, à lição 2 - A natureza da atividade profética.

O artigo está liberado para cópias, desde citado autor e o link (HTML) do blog Belverede sejam citados.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

EBD CPAD - O ministério profético na Bíblia - estudos bíblicos publicados no blog Belverede

Neste terceiro trimestre de 2010, nos propomos a aprofundar os estudos bíblicos em nosso blog Belverede.

Para tanto, com a bênção de Deus, pensamos em dar continuidade em artigos dirigidos às classes de escolas bíblicas dominicais que adotam as revistas lançadas pela editora CPAD. Não faremos cópias do conteúdo da literatura, serão conteúdos à mais, que possam servir de subsídios aos frequentadores da EBD. Começamos este projeto com a revista do trimestre passado.

Dados biográficos de Ezequias Soares, o autor dos comentários da atual revista:

• Pastor Presidente da Assembleia de Deus – Ministério Belém, em Jundiaí (SP)

• Apologista

• Graduado em Língua e Literatura Hebraica pela Universidade de São Paulo.

• Professor de Grego, Hebraico e Apologia cristã

• Escritor; Pesquisador; Conferencista

• Mestre de Ciência da Religião; Professor de Teologia

• Líder do Conselho de Apologética da CGADB.

Sumário:

Lição 1 - O ministério profético no Antigo Testamento

Lição 2 - A natureza da atividade profética

Lição 3 - As funções sociais e políticas da profecia | O papel da igreja na sociedade em que está inserida

Lição 4 - Profecia e misticismo | A necessidade de buscar o conhecimento de Deus para não ser destruído

Lição 5 - A autenticidade da profecia | 12 profecias a respeito de Jesus e o cumprimento delas

Lição 6 - Profetas maiores e menores - Profetas Maiores e Menores e outras classes de profetas no Antigo Testamento

Lição 7 - Os falsos profetas - O fruto do Espírito e os falsos profetas

Lição 8 - João Batista - O último profeta do Antigo Testamento - Fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?

Lição 9 - Jesus - O cumprimento profético do Antigo Pacto - A conferência de 63 profecias cumpridas integralmente

Lição 10 - O ministério profético no Novo Testamento - Qual é e qual não é a missão dos profetas no século 21

Lição 11 - O dom ministerial de profeta e o dom de profecias - O dom de profecia e o chamado vocacional dos profetas no Novo Testamento e em nossa geração

Lição 12 - O tríplice propósito da profecia - uma reflexão sobre 1ª Corintios 14.3

Lição 13 - A missão profética da Igreja

E.A.G.

terça-feira, 29 de junho de 2010

SUBSÍDIOS PARA AS LIÇÕES BÍBLICAS O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - TERCEIRO TRIMESTRE 2010 (CPAD)

“Os profetas bíblicos eram tanto pregadores da verdade como prognosticadores do futuro. A profecia tem raízes na história, mas também se estende pelo futuro. Em outras palavras, a natureza da profecia preditiva surge a partir do contexto histórico do profeta, quando a revelação de Deus lhe mostra o futuro bem como o presente” (Ed Hindson – Lições Bíblicas / mestre – 3º trimestre 2010, página 8 - CPAD).
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A palavra traduzida por profeta na Bíblia vêm de nabi (hebraico) e prophetes (grego). O profeta se identificava com as emoções do Senhor (Ezequiel 3.15), e tinham como uma das marcas ministeriais mais fortes o ato da intercessão. Vejamos algumas orações intercessórias: Êxodo 32.31; 32; 33.12-17; Números 14.13-19; 1º Samuel 7.8-9; 12.19,23; Salmo 99.6; Jeremias 15.1. Ele era a pessoa identificada como porta-voz de Deus.

Todos os verdadeiros profetas foram chamados por Deus: Êxodo 3.1-4 ; 1º Samuel 3.4; Isaías 6.8; Jeremias 1.4-5; Ezequiel 2.1-8; Oséias 1.2; Amós 7.15; Jonas 1.1-2.

Sobre o ministério dos profetas no Antigo Testamento, na leitura das páginas bíblicas constatamos que a revelação divina não chegava com igual clareza a todos os servos chamados a profetizar. Haviam oráculos do Senhor que os profetas não compreendiam na ocasião da revelação, sendo recebidos como enigmas e mistérios (1ª Pedro 1.10-11). No caso de Moisés, Deus lhe falou com especial clareza, como se fosse face a face (Deuteronômio 34.10).

No período da composição dos livros 1º e 2º Samuel o profeta era chamada de vidente. Não havia diferença essencial entre um vidente e um profeta. Nos dias de Saul, a pessoa popularmente designada como profeta era chamada de vidente, isso não significava necessariamente que o termo “profeta” fosse desconhecido e nem que o termo “vidente” se tornasse desconhecido em tempos posteriores (1º Samuel 9.9).

Os grupos de profeta ao qual Samuel se associou (1º Samuel 10.5), como igualmente o fez Elias e Eliseu (1º Reis 20.35; 2º Reis 2.3,5,7,15; 4.1,38; 5.22; 6.1; 9.1) parecem ter sido comunidades pequenas de homens que se agrupavam, em tempos de decadência espiritual, para a mútua cultivação do seu zelo religioso, edificação e desenvolvimento da experiência com Deus. O relacionamento deles com essas comunidades era naturalmente estreito, os profetas do Senhor seriam considerados mentores espirituais.

Segundo parece, estes grupos proféticos eram comunidades religiosas que surgiam diante da indiferença e apostasia generalizadas visando ao propósito da mútua edificação e o desenvolvimento da experiência com Deus.

E.A.G.

Compilações na Bíblia de Estudo NVI.