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domingo, 11 de dezembro de 2011

Neemias e o jugo desigual

Com o objetivo de fazer desse blog uma ferramenta que possa ajudar aos cristãos que estão usando a revista Lições Bíblicas, Neemias - Integridade e Coragem em Tempos de Crise, com uso no 4º trimestre de 2011, publicação da editora CPAD, e pesquisam subsídios na Internet para complementar o conteúdo da lição nº 12 - As Consequências do Jugo Desigual - cujos comentários são de autoria de Elinaldo Renovato, indico algumas postagens que publiquei sobre o tema aos longo da minha jornada na Blogosfera Cristã.

Antes, gostaria de falar um pouco sobre Neemias, cuja vida possuem ensinamentos de grande valor aos cristãos de todos os tempos.

Ele foi um homem de grandes virtudes. Movido por essas qualidades, ele enfrentou todos os desafios e os venceu. Neemias foi corajoso ao jogar os móveis de Tobias para fora do casa do Senhor, ao resolver a questão da falta de mantimentos aos levitas, abolir as atividades comerciais aos sábados, e, por tudo isso teve facilidade em ser contundente na questão de ir contra o matrimômio entre israelitas e povos estrangeiros, entre judeus e gentios.

Precisamos conhecer, cultivar em nós e incentivar que as pessoas em nosso círculo social e cristãso também cultivem as características de Neemias e ajam como ela agia. Quais ações?

•  reverenciou sempre a Deus. e sempre apreciou orar constantemente;

• renunciou ao bem-estar em favor do bem-estar de seu povo;

•  teve inteligência emocional - soube convencer o rei sobre o que era certo fazer em favor de Israel e não se deixou levar por provocações de inimigos; foi perseverante e venceu todas as adversidades;
• foi líder com estratégias que revelaram grande habilidade organizacional e por ser assim atingiu com total sucesso as metas empreendidas.

Clique nas linhas abaixo e confira os tópicos publicados no Belverede sobre jugo desigual:

1 - O jugo desigual na questão do casamento

2 - Jugo desigual ou paradigma

3 - As Escrituras Sagradas versus o “eu acho”

4 - Um exemplo de jugo desigual nos negócios


E.A.G.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O dia de adoração e serviço a Deus

"Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus" - Romanos 14.4-6.

"No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite" - Atos 20.7.

A palavra para sábado em hebraico é sabbath, significa cessão, descanso. Neste dia os judeus e seus animais não deveriam trabalhar. Neste dia o judeu celebra o descando de Deus depois da sua obra da criação do mundo (Êxodo 20.8-11; Gênesis 2.2).

Qual é o dia que o cristão deve adorar ao Senhor? Sábado ou domingo?

Sobre o sábado

O sábado é dia santo para Israel, um concerto perpétuo. Gurardá-lo demonstrava submissão a Deus e honrá-lo trazia grandes bênçãos (Isaías 58.13-14).

Deus havia ordenado na Lei de Moisés, que os israelitas guardassem o dia do sábado. O propósito era que o povo tivesse um dia de descanso, momentos de adoração ao Senhor. O objetivo do sábado era que os israelitas tirassem um dia de repouso e consagração ao Criador. O povo deveria  reunir-se em assembleia solene e trazer suas ofertas, e dessa maneira manter sempre em mente que o Senhor era quem os santificava, que os israelitas eram um povo exclusivamente dEle  (Êxodo 31.12-17).

No sábado, o judeu que realmente amava a Deus se alegrava. Era o dia em que ele lembrava que Deus havia libertado a nação da escravidão do Egito (Deuteronômio 5.15; Salmo 103.1).

O sábado representa aos judeus o selo da aliança mosaica (Isaías 56.4, 6). Neste dia, os judeus deviam consagrarem-se e adorar ao Criador. Todavia, por diversas vezes, eles não cumpriram esta ordenança divina. Os israelitas constamente ignoraram o dia santo.

No tempo de Neemias não foi diferente. Após os judeus retornarem do exílio e já instalados em sua pátria, com os muros que os protegia totalmente construídos, continuaram a profanar o sábado. Bastou o servo de Deus se ausentar por um período de tempo para que o povo deixasse de observar a guarda do sábado. Neemias, protestou contra os negociantes que desrespeitavam o dia santo, não se calou, antes agiu energicamente. Num gesto de temor a Deus, ordenou que os comerciantes se ausentassem da cidade e parassem as vendas, fez com que ao pôr do sol da sexta-feira, quando tinha início o sábado, as portas de Jerusalém permanecessem fechadas, impedindo que ninguém vendesse ou comprasse. Ele deu-lhes um ultimato: "Por que passais a noite defronte do muro? Se outra vez o fizerdes, hei de lançar mão sobre vós" (Neemias 13.20,21). Com muito medo, eles foram embora.

Quem profanasse o sábado recebia o prejuízo capital, pagaria com a própria vida (Êxodo 31.15). Neemias, judeu consciente que o povo quebrava os mandamentos do Senhor em diversas ocasiões, fez com que todos considerassem que a desobediência tinha como consequência todas as sortes de maldições descritas em Levíticos 26.13-33, a fim de evitar o juízo sobre a cidade.

Sobre o domingo

Os discípulos colheram espigas no sábado. Quando Jesus foi inquirido quanto ao fato, respondeu-lhe que nenhuma lei estava sendo transgredida, pois semelhantemente Davi havia agido, quando ele e seus homens tinham fome, além disso, lembrou-lhes que era o Senhor do sábado. Cristo aproveitou a oportunidade para esclarecer que o descanso (sábado) foi criado para o ser humano e não o contrário (Mateus 1.21; Marcos 2.26-28).

A Igreja de Cristo também deve ter um dia especial no qual precisa dedicar-se integralmente a Deus.

O sábado era um sinal de aliança de Deus com Israel, porém, na Nova Aliança, a morte vicária de Jesus fez com que as exigências cerimôniais da Lei de Moisés fossem canceladas, então o  sábado judaico não é obrigatório para os crentes em Cristo. Nós não estamos sob o jugo da Lei de Moisés. A morte expiatória de Jesus nos tornou libertos da obrigação do Código Mosaico (Colossenses 2.14, 16).

A guarda do sábado é o único dos Dez Mandamentos que não se repete depois do Dia de Pentecostes (Atos 2). Embora não tenhamos a obrigação de guardar o sábado judaico, precisamos valorizar o descanso semanal. para que possamos adorar ao Senhor. É imprescindível que o ser humano tenha, ao menos, um dia de descanso semanal, com vista a conservar a saúde física, mental e espiritual. É necessário considerar que somos templo do Espírito Santo, portanto, é preciso zelar da morada do Senhor (1 Coríntios 3.16, 17; 6.19).

Ao cristão, não é o sábado, em si, que precisa ser observado, mas o princípio de separar um dia na semana para descansar e adorar ao Senhor. Este princípio deve ser levado em conta, todos nós precisamos consagrar um dia a Jesus Cristo, e neste dia estudar a Palavra de Deus e adorá-lo em reuniões de culto ao Senhor.

Para os cristãos o domingo é o dia de adoração e serviço a Deus, este princípio precisa ser considerado com seriedade. No primeiro dia da semana o Senhor Jesus ressuscitou. A Igreja Primitiva passou a reunir-se nesse dia para adorar e servir a Deus. Então, o domingo serve como um sinal entre Deus e o seu povo. A Igreja Primitiva adotou o domingo como o dia de adoração e continuou a fazer isso regularmente (Mateus 28.1; Marcos 16.2, 9; Atos 20.7; 1 Coríntios 16.2).

Como dia de adoração e serviço de fé, o domingo é um dia referencial em que o crente em Cristo deve usar para consagrar-se a Deus. por isso, nós cristãos celebramos o domingo como dia de descanso, adoração e comunhão fraternal.

Conclusão

Jesus é Senhor do sábado (Mateus 12.8). Ele sempre se posicionou contra o abuso dos fariseus a respeito da guarda do sábado, porém, nunca anulou o princípio de que o ser humano precisa de um dia para descansar.

Como cristãos, estamos agindo como os negociantes do tempo de Neemias, visamos apenas o lucro e não nos importamos com o bem-estar social e espiritual? Assim como Neemias, não devemos compactuar com o erro, e jamais ter olhar leniente para a transgressão.

O cristão tem um dia da semana para servir a Deus. Neste dia não deve preocupar-se com o aumento de seu patrimônio. No entanto, há pessoas que, ansiosas quanto ao futuro, não separam um dia sequer para descansar. E acabam desenvolvendo doenças, como a hipertensão, enxaqueca e insônia. Algumas morrem prematuramente.

A comunhão dominical dos santos traz vida e vigor tanto para a alma quanto ao corpo (Salmo 133). Como você tem tratado o seu corpo, tem reservado um dia para repousar e servir a Deus, juntamernte com seus irmãos em Cristo?

O domingo, como o primeiro dia da semana, foi o dia instituído pela Igreja Primitiva para ser o principal dia da reunião mais importante da semana. Então, como cristãos, não podemos deixar de ter, pelo menos, um dia reservado para estarmos com o Senhor, em sua casa, adorando-o em espírito e em verdade.

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Observação: Compilação em modo resumido dod comentários de Elinaldo Renovato à revista Lições Bíblicas, 4º trimestre de 2011, páginas 77 à 83, edição Mestre (CPAD).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Neemias: exercício ministerial na Casa do Senhor

Postagem com vista a servir de subsídio aos cristãos que seguem as lições da revista de escola dominical, Lições Bíblicas (CPAD, referente ao terceiro trimestre de 2011, cujos comentários é do Pr. Elinaldo Renovato. Sugestões direcionadas à lição 10, O Exercício Ministerial na Casa do Senhor, e também a todos que desejam aprofundar-se na proposta deste tema.

Artigos publicados neste blog:

Bíblia Sagrada - ler e praticar

Todavia estou alegre

Mateus 6.24-33: O pão nosso de cada dia e a ansiedade

Hebreus 13.7 - fazendo hermenêutica no grego nesta passagem bíblica

O primeiro rebanho do pastor é o seu lar

Sete tipos de pregadores e sete tipos de ouvintes

O que é louvor?

Culto racional

E.A.G.

domingo, 20 de novembro de 2011

Neemias 10.28 - Netineus ou netinins, quem eram eles?

Quem são os netineus ou netinins?
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"E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os servidores do templo, todos os que se tinham separado dos povos das terras para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham conhecimento e entendimento, firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos; E que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos."
- Neemias 10.28-30.
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Na tradução Almeida Revista e Corrigida - 4ª edição (SBB), e suas correções anteriores, na passagem bíblica Neemias 10.28, encontramos a palavra "netineus", após o substantivo "cantores". E na tradução Almeida Revisada (Imprensa Bíblica Brasileira), encontramos o termo "netinins. As outras traduções bíblicas correntes, em português, podemos ler "servidores do templo".
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No idioma hebraico, para netineus/netinins, encontramos  נָתִין . A palavra está no plural.
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Quem eram eles? Eram grupo de escravos, trabalhavam no templo, atendiam às atribuições dos levitas. Referências bíblicas: 1 Crônicas 9.2; Esdras 2. 43, 58, 70; 7.7; 8.17, 20; Neemias 3.26, 31; 7.46, 60, 73; 10.28; 11.3, 21.
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Fonte: Hebrew Word Study (Transliteration-Pronunciation Etymology & Grammar); Brown-Driver-Briggs (Old Testament Hebrew-English Lexicon); Strong's (Hebrew & Chaldee Dictionary of the Old Testament); Exhaustive Concordance (KJV Translation Frequency & Location).


Consultas online: Hebrew Dictionay (Lexicon- Concordance) ; Chat Bible .

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Neemias e as bênçãos de Deus



A lição da revista de escola dominical, publicada pela Editora CPAD, escrita por Elinaldo Renovato, para o segundo semestre de 2011, lição 7, traz a seguinte verdade prática: Quando o povo de Deus arrepende-se de seus pecados, além de receber o perdão divino, começa a viver uma fase de copiosas bênçãos.

A palavra empregada no Antigo Testamento para bênção é "berãkha". No geral, denota a concessão de bem, usualmente concebido como coisas materiais (Deuteronômio 11.26; Provérbios 10.22; 28.20; Isaías 19.14). Frequentemente, é apresentada nas páginas bíblicas em contraste com  a maldição (Gênesis 27.12; Deuteronômio 11.26-28; 23.5; 28.2; 33.23).

A palavra usada para bênção no Novo Testamento é "eulogia", o termo é empregado com o mesmo sentido que encontramos no Antigo Testamento (Hebreus 6.7; 2ª Corintios 9.7 [generosisade]; Tiago 3.10). Porém, possui um sentido mais amplo. Além do plano físico, também denota o bem-estar espiritual (Romanos 15.29; Efésios 1.3).

"Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências" Romanos 6.12.

Jesus quer reinar em nossos corações.

Para estar habilitado a receber as bênçãos de Deus, tanto materiais quanto espirituais, é preciso ter disposição para afastar-se das práticas do pecado. É o pecado que provoca a separação entre o homem e o Senhor (Isaías 59.2, 1 João 3.4).

Todos os seres humanos pecam, inclusive quem tenha Jesus Cristo como Senhor dentro de seu coração. Mas existe diferença em pecar e viver no pecado. Quem ama a Deus, ao pecar se entristece, e conserta o erro o mais rápido possível. Quem vive constantemente pecando, faz do pecado um estilo de vida, tem entronizado em seu viver o pecado, não se incomoda em pecar, o trono do seu coração não está ocupado por Jesus.

Alguns tipos de pecados são imperceptíveis aos olhos humanos. Nossa tendência é observar e pensar  que os pecados escandalosos são os piores: adultério, traição conjugal, espancamento, assalto, estupro. Mas todos os pecados são nocivos. Os pecados que só Deus vê e os que vistos e condenados pela sociedade são igualmente letais, levam à maldição da morte (Tiago 1.15).

• Mentir

Há cristãos que amam a mentira social, a inverdade proferida pela causa nobre. Os fins nunca justificarão os meios, como ensinou Maquiavel. Seja sempre sincero. A Bíblia ensina que quem profere a verdade manisfesta a justiça (Provérbios 12.17).

• Raiva

Outros estão presos pelo ódio. Odeiam sem expressar o sentimento. Quando chega a oportunidade de ajudar, boicota o próximo e quer prevalecer sobre os outros porquê lhe falta o amor. Quer ver a derrota dos outros porquê sente sede de vingança. "A ira do homem não opera a justiça de Deus" - Tiago 1.20.

• Pecados de egolatria
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Costumamos ouvir muito a pregação sobre o dono de uma herdade que lançou suas sementes no solo e a colheira foi de muitos frutos, colheu muito além do que ele precisava para ter uma vida excelente. Ao invés de repartir as bênçãos recebidas da sua semeadura, ele quis construir muitos celeiros para acumulá-las e usufruir delas sozinho (Lucas 12.13.21). Nós nos acostumamos a ouvir a interpretação deste texto com argumentações contra a prosperidade que Deus dá. Na verdade, Jesus censurou os ávaros, dizendo que os avarentos são loucos. Jesus não se posicionou contra as riquezas.

Alguns nutrem dentro de si egoísmo e avareza. Eles não se sentem bem compartilhando o que proporciona bem-estar e é bom. Sentem uma enorme vontade de obter vantagens de todas as formas possíveis. Exigem todos os afagos para satisfazer seu ego: o melhor salário; melhor status eclesiástico, toda pompa e circunstância que proporcione a ideia de superioridade e tratamento especial. 

• Os inimigos de Neemias e os nossos inimigos

Neemias teve a forte oposição de Sambalate e Tobias. Mas ele os venceu ao abraçar firmemente o projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém e concluí-lo, deixando seus adversários do lado de fora da cidade.

Assim como fizeram Neemias e o povo israelita, deve ser o procedimento de todos os cristãos. Nós precisamos lutar bravamente contra os inimigos da nossa fé, sem nunca desanimar. Satanás é nosso opositor. Ele está nas regiões celestiais trabalhando com suas hostes malíginas para que nós adotemos ações que sejam contrárias às praticas de amor a Deus e ao próximo, por meio do destempero emocional, da mentira, egoísmo e da avareza (Efésios 6.12).

Assim como fizeram os israelitas, os cristãos precisam fazer. O quê? Consagrar-se (Neemias 9.1-3; 16; 33-36). Se o cristão se propuser a abandonar as práticas do pecado, então, virá sobre ele as bênçãos de Deus. É necessário confessar e abandonar o pecado, orar, glorificar a Deus em todo o tempo. Então, a bênção virá.

É preciso compartilhar as bênçãos de Deus! Até a pessoa mais pobre desse mundo tem algo a compartilhar com alguém. Talvez, um compartilhamento de informação útil ao desinformado; o sorriso sincero ao que está triste; o abraço apertado aos que sentem solidão, a palavra de conforto ao desesperado, o pão com margarina ao faminto, a roupa que não entra mais no corpo.

• O amor é o vínculo da perfeição (Colossenses 3.14)

Amar é construir e preservar o muro que faz com que os inimigos e o pecado fiquem do lado de fora do seu viver. Praticar o amor é procecer na condição de cidadão do Reino de Deus, é permitir que Jesus esteja entronizado no centro da sua vida como o Rei dos reis.

Materialize em seu cotidiano o amor através de suas ações, hoje e sempre.

E.A.G.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Neemias e o Vale de Ono

"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." - 2 Timóteo 2.1-2.

Reflexão bíblica sobre a necessidade de cristãos diferenciarem elogio e lisonja.

Líderes e liderados precisam ter graça e discernimento para que possam resistir da forma correta aos ataques, às investidas malígnas. E também ter a capacidade de receber críticas justas, proferidas por servos de Deus (1º Crônicas 17.2; 2º Samuel 12.7-9; Salmo 141.5).

Quem se propõe a fazer a vontade do Senhor sempre encontra opositores. Foi assim com Neemias. Apesar dele possuir autorização do rei Artaxerxes para reconstruir os muros de Jerusalém, sofreu todos os tipos de ataques tentando impedí-lo de fazer a reconstrução. Ataques declarados e sutís, vindos de gente que era aparentemente amiga e de quem claramente era inimiga. Em determinados momentos palavras duras, e em outros palavras disfarçadamente gentís.

"Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?" - Neemias 6.1-3.

Quando os inimigos de Israel viram que os muros de Jerusalém estavam erguidos, reuniram-se para aumentar o poder de oposição contra o povo de Deus. Tramaram novo plano contra a vida de Neemias, o líder da obra, analisando que sem liderança o trabalho não seria concluído. A tática era deixar de afrontar o povo de Deus de maneira aberta. Os inimigos se colocaram em posição aparentemente humilde, como se tivessem abandonado a inimizade e não mais quisessem impedir a finalização dos portões na muralha, que já estava concluída.

Gesém, o árabe, é mencionado no livro de Neemias, 2.19 e 6.1-2, como grande opositor do projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém. Duas peças, achados arqueológicos, o apontam como alguém que era muito influente na Arábia. O primeiro, é um memorial datado como “nos dias de Gesém (Jasm), filho de Shahru’” , e o segundo é uma taça de prata contendo inscrição dedicatória em aramaico, com os seguintes dizeres: “O que Qayany, filho de Gesém, rei de Quedar trouxe a Han Ilate”. Esse segundo dizer, de autoria de seu sucessor, o apresenta como chefe principal das tribos e dos negociantes do deserto de Quedar, do norte da Arábia. A História mostra que os árabes possuíram relações comerciais com os reis persas a partir de 525 a.C., quando invadiram o Egito. Essas informações trazem luz à queixa de Gesém encontrada em Neemias 6.6. Ele teria seu campo comercial diminuído com a reconstrução dos muros.

O nome Tobias, em hebraico significa "Jeová é bom". Possivelmente seja a mesma pessoa descrita em Esdras 4.7, pois Tabeel é a forma aramaica para escrever "Jeová é bom". Ele era governador de Samaria, embora no capítulo 2, verso 10 do livro de Neemias, lemos "o servo amonita". Acredita-se que ele tenha sido um escravo liberto que obteve grande ascenção social em Amom. Fez aliança com Sambalate com a intenção de evitar que os muros de Jerusalém fossem levantados. Certamente porque perderia controle político e privilégios na região.

Sambalate é um nome de origem babilônica, significa "o deus lua deu vida". Ele é identificado como de origem horonita, talvez porque tenha vivido em Bete-Horon, proximidades de Jerusalém. Ele já era uma personalidade importante no mundo político de Samaria quando Neemias empreendeu a reconstrução dos muros. Sua tendêcia à política era grande, pois  levantou calúnias inteligentes, como a mentira de rebelião de Neemias contra o rei Artaxerxes, tentando colocar todo o poderio do monarca contra o servo de Deus. Os papiros de Elefantina informam que ele exerceu posto de governador de Samaria em 445 a.C, e que teve dois filhos com nomes hebreus, Selamias e Delaías. Tais nome podem ter sido dados devido sua convivência muito íntima com os judeus, ter se casado com uma  hebréia, pois foi até genro de familiares de sacerdote (Neemias 2.19; 13.28).

Tobias e Sambalate se esforçam ao máximo para prejudicar Neemias, até contrataram Semaías, para convidá-lo a uma conversa fora de hora dentro do templo, portanto com intenções suspeitas (Neemias 6.10).

Segundo J.I. Parker, no livro Neemias - Paixão pela fidelidade, Sambalate e Gesém fizeram um convite cortês, para que Neemias pensasse que o objetivo da conferência de alto escalão fosse declarar paz entre eles e assim comparecesse  ao encontro. Parecia uma reunião de ato político, uma concessão de perdedores que reconheciam a parte convidada como vitoriosa, o reconhecimento oficial de Neemias como governador de Jerusalém.

O local do encontro era terreno neutro, ficava na metade do caminho entre Jerusalém e Samaria, o Vale de Ono, aldeia construída por Semede, descendente de Benjamim, depois perdida e recuperada pelos benjamitas após o exílio (1º Crônicas 8.12; Neemias 11.33-35).

Packer comenta mais sobre esse episódio: "Lisonja e vantagem imaginária tem sido sempre uma potente combinação para virar a cabeça de pessoas. A cabeça de Neemias, porém, como demonstra a réplica, não foi virada."

Neemias era prudente e perpicaz, percebeu a estragégia ardilosa de seus oponentes, não caiu na cilada. Caso tivesse aceitado o convite, todos os seus liderados também abandonariam seus postos, pois saberiam que ele teria cedido aos desejos dos inimigos.

O posto de liderança é um posto de visibilidade. Crianças, jovens, gente madura, pessoas não convertidas e neófitas na fé observam os líderes. A credibilidade precisa ser cuidada. Quando alguém que está na frente da obra deixa seu posto para entrar em conferência com ímpios, o provável desastre é iminente, porque a imagem torna-se maculada, e é preciso abster-se até da aparência do mal ao assumir o ministério cristão (1ª Tessalonicenses 5.22).

O projeto de Neemias era terminar a obra. Cercar a cidade onde Deus poderia ser adorado dentro do templo. Façamos isso também, cuidemos para que os inimigos de nossas almas não nos distraiam, com aspereza ou palavras brandas, quanto ao dever de adorar ao Senhor.

E.A.G.

Consultas: Dicionário Bíblico Universal de Buckland (Editora Vida); O Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova); Revista Ensinador Cristão - ano 12; nº 48; página 5 (CPAD), Lições Bíblicas / professor - 4 º trimestre de 2011 - lição 5: A Conspiração dos inimigos contra Neemias, páginas 33-40 (CPAD).

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Neemias e as portas de Jerusalém

Em 2004, houve um acordo entre palestinos e israelenses para reformar uma  parte do muro próximo ao acesso do portão mougkrampi, nas proximidades conhecida como Muro das Lamentações. 


A vida de Neemias nos fornece um grande exemplo no que se refere ao sacrifício, à consagração e ao apego a um projeto. Ao mesmo tempo, encontramos na pessoa dele as características de alguém que ora e jejua, nunca age impulsivamente e de quem age com bastante determinação.

Copeiro de Artaxerxes I, rei da Pérsia entre 465 a 424 a.C., função na qual era bem remunerado, conceituado, e de alta confiança - pois garantia que o monarca não fosse envenenado -  ao ter conhecimento das consequências da grande destruição dos muros de Jerusalém,  provocada por Nabucodonossor, por volta de 586 a.C., quis abandonar o conforto de sua vida em país estrangeiro, pediu e obteve permissão do rei para deixar a função de oficial do governo e voltar a sua terra natal como empreiteiro designado a reconstruir os muros da cidade empobrecida e cercada de inimigos.

Classificar a vida como sagrada e profana é um prejuízo espiritual, mas é muito comum encontrar quem faça isso na Igreja do Senhor. Considera-se que o ofício de pastores, missionários e sacerdotes são sagrados, enquanto que o de engenheiro, pedreiro, agricultor, e outros, são serviços seculares. Nós precisamos dos dois tipos de trabalhos.

O retorno de Neemias à Jerusalém foi como governador de Judá. Lendo o livro, que podemos concluir fosse um diário pessoal, observamos que o trabalho honesto, por natureza, é sagrado. Nas páginas da Bíblia encontramos diversas situações em que servos de Deus, assim como Neemias, trabalharam na política e serviços fora da esfera do templo, dentro do contexto social. Na agricultura, no serviço militar, na carpintaria, na pescaria, nas tarefas domésticas, etc, e empreenderam ações de glórias ao Senhor. Pessoas de todo o tipo participaram da reconstrução: sacerdotes, ourives, perfumistas, comerciantes, líderes e mulheres (3.1, 8, 12, 17, 32).

Para reconstruir os muros de Jerusalém e congregar o povo judeu como nação, Neemias foi prático, bravo e um talentosos organizador e administrador. Contou com a companhia de Esdras, um estudioso e mestre que se dedicava a aprender e ensinar o conteúdo das Escrituras. O trabalho dos dois eram importantes e igualmente segundo a vontade de Deus.

Os judeus, motivados por um líder forte, em sua quase totalidade se envolveram no projeto restaurador. Quase todos eles foram encarregados de reconstruir o muro na parte que era próximo às suas casas.

No muro, haviam dez portas: porta do peixe, porta antiga, porta do vale, porta do monturo, porta da fonte, porta das águas, porta dos cavalos, porta oriental, porta da guarda, e porta das ovelhas. Cada qual tinha sua finalidade específica, e cada uma delas foi mantida funcionando como era antes da destruição

Neemias resistiu a oponentes poderosos durante 52 dias (1.1 ao 3.32). Lutou e venceu os problemas de falta de unidade interna se mostrando como exemplo pessoal (5.1-19) e enfrentou corajosamente todas as falsas acusações (6.1-14). Ao terminar a restauração da cidade, ele providenciou para que Esdras  lesse a Lei para que através dela conduzisse a vida do povo (8.1-18). Então, Neemias e todo o povo confessaram os seus pecados e renovaram a aliança buscando a aproximação com Deus.  Mas, com o passar do tempo o fervor espiritual diminuiu e novamente Neemias se apresentou como reformador e enfrentou grande oposição (13.1-31).

E.A.G.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Orações e jejuns de Neemias

"E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus" - Neemias 1.4.

O primeiro capítulo do livro de Neemias descreve Neemias oração e jejum, por causa de seu grande sofrimento a notícia de que Jerusalém tinha sido desolada. Com certeza ele não foi o único judeu a clamar ao Senhor durante o período do exílio babilônico. Porém, de todas as orações, as orações dele foi diferente, pois obteve resultado positivo. Ele assentou em seu coração orar e agir, reconstruir os muros de Israel, sua devoção e intenção foram tão fortes que se absteve de comer e beber, e assim seu clamor foi atendido. Seus muitos dias de clamor e jejum foram caracterizados por lágrimas, muitas súplicas a Deus por misericórdia a seu povo.

Neemias tinha o propósito definido de buscar a Deus. Ao receber notícias do estado da sua nação, desolada, em caos total, assolada por inimigos incircuncisos, sentiu-se impactado, triste, mas não se abateu. Quis, humildemente, fazer a diferença e ser instrumento nas mãos do Deus das promessas.

A Bíblia Sagrada mostra um padrão de comportamento específico quanto aos praticantes de orações e jejuns. No Antigo e Novo Testamento os servos de Deus jejuavam durante as épocas de crise. Nestes exemplos de oração e jejum, vemos que as súplicas, e a adoração ao Senhor, acompanhados de jejum, alcançaram o favor do Senhor.

Encontramos outros exemplos de jejuns no Antigo Testamento:

1 - O jejum de 40 dias ao pé do Monte Sinai, em preparação da Aliança (Êxodo 34:28);
2 - Ana, orou e jejuou implorando a Deus que sua madre pudesse gerar uma criança. Deus ouviu sua oração e concedeu a ela o prazer de tornar-se a mãe de Samuel (1º Samuel 1.7);
3 - Davi chorou, orou e jejuou, por seu filho doente (2º Samuel 3.35; 12.16, 21-22).
4 - Houve jejum no momento da reconstrução do Templo (Neemias 9.1);
5 - Houve jejum durante o ministério do profeta Joel (Joel 1.14; 2.15);
6 -E também, jejum de solidariedade no ministério do profeta Isaías (Isaías 58.1-12
7 - Ester pediu a Mordecai e aos judeus para jejuar por ela enquanto se preparava para comparecer diante de seu marido, o rei (Ester 4.16).

Exemplos de oração e jejum no Novo Testamento:

1 – Jesus Cristo jejuou 40 dias e 40 noites;
2 - A profetisa Ana era assídua no templo, aos 84 anos de idade adorava noite e dia em jejuns e orações. A consagração dela fazia parte de seu ministério ao Senhor, enquanto aguardava o cumprimento da profecia sobre o nascimento do Salvador (Lucas 2.37);
3 - A igreja de Antioquia jejuava durante o culto quando o Espírito Santo falou com eles sobre enviar Saulo e Barnabé para a obra do Senhor (Atos 11).

Neemias foi ouvido por Deus. Mas, a priori, a resposta que obteve não foi de vitória, ele foi levado para uma grande turbulência. A sua persistência nessa luta o levou à extraordinária vitória e consequente proteção divina de Israel.

Hoje, devemos jejuar e orar tendo em mente que poderemos ter uma forte resistência, e é preciso ter o mesmo ânimo de Neemias. Não devemos desanimar porque o objetivo não é alcançado de imediato e as lutas aparecem. Às vezes, como no caso de Neemias, que enfrentou Simbalate e Tobias, situações pioram em nossas vidas, e isso acontece porque Deus está respondendo o nosso clamor!

Sejamos perseverantes, lutemos e superemos as dificuldades, pois Deus é conosco (1ª Tessalonicenses 5.17).

E.A.G.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O livro de Neemias

O nome do livro é homônimo ao do personagem principal. A sua característica é semelhante ao de um diário. Encontramos narrativas na primeira pessoa do singular e também na terceira - possivelmente foram feitas cópias das memórias de Neemias ou de registros do templo.

Neemias narra  o cumprimento da promessa que Deus fez de levar seu povo de volta à pátria Jerusalém. Mostra a história que começou no livro de Esdras. Embora Esdras fosse um escriba - leitor e intérprete da Lei - e Neemias fosse empreiteiro, à época em que os dois livros foram escritos eles não se diferenciavam um do outro.

Neemias, funcionário da corte de Artaxerxes, imperador da Pérsia, volta à sua terra natal com a autorização de reconstruir as muralhas da sua pátria. Demonstra muita garra e amor pelo povo, e dessa forma cativa a todos. Diante da oposição externa e do desânimo no coração do povo hebreu, a péssima situação econômica, Neemias colocou sua fé em ação e liderou a construção dos muros em volta da cidade.

Lendo o livro, aparentemente, a mensagem parece ser de xonofobia. Mas, a questão de levantar os muros nada tem a ver com ódio aos estrangeiros. Deus quis que houvessem barreiras para que o seu povo estivesse protegido dos seus inimigos.

E.A.G.