Na ilustração desta postagem, um postal do princípio do século 20 mostra a figura folclórica da época do Natal, o Papai Noel, um simpático velhinho barrigudo, com uma longa barba branca e vestido com uma roupa vermelha.
A imaginação mais comumente usada, que se espalhou em diversas partes do mundo, originou-se nos Estados Unidos. Retrata o idoso rechonchudo sendo aguardado ansiosamente pela criançada, porque distribui presentes na noite de 25 de dezembro. Supostamente, todas as crianças acreditam que o Papai Noel vive na Lapônia e a cada ano o correio recebe milhares de cartas que são endereçadas para lá, informando qual presente desejam receber. Papai Noel tem lugar de destaque na música natalina, fotos e bonecos são expostos em vitrine de lojas e muitas caracterizações de homens usando seus trajes são usados em shopping center para impulsionar as vendas.
A figura conhecida como é nos dias de hoje, é uma criação baseada no personagem lendário São Nicolau, padroeiro das crianças na Holanda, cujos presentes de ouro acostumou-se distribuir às crianças em trocas de prendas em 5 de dezembro, em alguns países europeus. Os primeiros colonos holandeses da América do Norte levaram consigo esse costume. Assim, Papai Noel é hoje muito popular nos Estados Unidos. Na versão americana, é conhecido por lá como Santa Claus - uma corruptela de Sinter Klaes, forma holandesa de São Nicolau - mora no Polo Norte, possui oito renas voadoras, que arrastam trenós pelos céus, os animais são usados como meio de transporte à distribuição de brinquedos.
Na Holanda, e em algumas ex-colônias holandesas, o protagonista do Dia de São Nicolau, em 5 de dezembro, por padrão, é um velho generoso, com barba e cabelos brandos, tem o nome Sinter Klaes é baseado no Bispo Nicolau de Mira, um santo grego que viveu na Lícia, na Ásia Menor, no terceiro século (d.C.). Imponente, tem uma mitra e um manto vermelhos, cavalga em um cavalo cinza e é costumeiramente auxiliado por dois ou mais ajudantes.
Após a Reforma Protestante, Sinter Klaes encontrou objeções por causa da idolatria católica. Ministros protestantes o condenaram como uma superstição. Martinho Lutero se opôs à festa dedicada à Sinter Klaes. E assim o prestígio de São Nicolau diminuiu nos círculos religiosos, mas a tradição popular nunca morreu completamente.
"Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor" - Cantares de Salomão 2.15.
Pela vista humana os filhotes de raposas são animaizinhos graciosos, bonitinhos. E eles estavam sendo poupados por causa da aparência inofensiva e graciosidade. Mas a devastação das raposinhas é tão prejudicial às uvas quanto das raposas em estado adulto. Assim é a comparação que podemos fazer entre a cultura de se cultivar ilusão do Papai Noel na cabeça das crianças de famílias cristãs protestantes e o ato de contar-lhes mentiras.
Que as crianças ouçam as histórias do Papai Noel, sim, mas conscientes que é uma mera fantasia popular. E que elas ganhem seus presentes também, mas sabendo a origem real de cada um deles.
Fonte: Enciclopédia Ilustrada do Conhecimento Essencial - Reader's Digest
Atualizado em 23 de abril de 2021, 12h31.
Um comentário:
Bom artigo!
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