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sábado, 14 de maio de 2022

Daniel Berg e a Assembleia de Deus na Vila Carrão - São Paulo/SP

O ano célebre da Assembleia de Deus no Brasil é 1911, a data histórica é 19 de novembro, o dia em que os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, missionários suecos, dirigidos pelo Espírito Santo de Deus, desembarcaram em Belém do Pará. 

A origem histórica da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Paulo ocorreu dezessete anos depois. Aconteceu no dia 15 de novembro de 1927, quando Daniel e Sara Berg e família chegam à capital paulista, e passam a morar em uma casa alugada na Vila Carrão. Ali realizaram o primeiro culto com a presença do casal Simon e Linnéa Ludgren, nesta ocasião, ambos eram missionários na cidade de Santos, município do litoral de estado de São Paulo.

quinta-feira, 24 de março de 2022

Memórias da Assembleia de Deus em Jardim Mangalot - Pirituba [São Paulo-SP]


Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pirituba, São Paulo-SP, ministério Belém, setor 62.


Fachada do templo na segunda metade da década de 1980; Pastor Antonio Luiz Sellari e o corpo de obreiros posicionados para deixar uma lembrança à posteridade. 

sábado, 12 de junho de 2021

O primeiro templo da Assembleia de Deus em território brasileiro

O primeiro templo da Assembleia de Deus no Brasil, situava-se na Travessa 9 de janeiro, número 75, em Belém do Pará. O primeiro culto neste endereço foi ministrado no dia 08 de novembro de 1914. 

O bem foi adquirido em 17 de setembro de 1917. A denominação pentecostal funcionou neste logradouro até o dia 30 de outubro de 1926. A mudança ocorreu por iniciativa do Missionário Samuel Nyström, motivada pelo aumento do número que membros. A transferência da sede não foi para longe, levou-a para Travessa 14 de Março, número 759.


Fonte: Pensamentos Assembleianos. https://bit.ly/3vbMa

terça-feira, 6 de abril de 2021

IBAN - Portas fechadas: Igreja Batista - Asa Norte - Brasília

Igreja Batista Asa Norte - Brasília
By Rubem Teixeira.




Porque os governadores querem tanto fechar as igrejas? No raciocínio deles, todo evangélico é "bolsonarista". Como fazem oposição a Bolsonaro, nos perseguem. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A liderança da Deus é Amor tenta interferir nas relações íntimas dos casais membros da igreja?


Uma pessoa, que se identificou com as iniciais L.L. escreveu um e-mail com uma pergunta bastante peculiar, desconcertante mas que merece atenção, porque serve como quebra de boataria desmedida e muito prejudicial à cristandade como um todo.

Confira a pergunta e também a minha resposta.

12 de novembro de 2016 em 12h20.
"A paz do Senhor, Eliseu.
Eu li o seu site e vi que você conhece um pouco sobre a doutrina da Igreja Pentecostal Deus é Amor. 
Também sou evangélica, tenho uma curiosidade a respeito da doutrina desta denominação. Certa vez, disseram para mim que os membros da IPDA não podem tirar a roupa durante o ato sexual. Isso é verdade?
Perdoe-me pela pergunta, sei que é bem estranha e até vulgar, mas realmente gostaria de saber. Ficaria grata se pudesse me responder.
Que Deus o abençoe."
Minha resposta:

Olá, irmã L.L.

Em primeiro lugar, quero lhe dizer que não considero a sua pergunta vulgar, ao contrário, é pertinente e feita com polidez. Penso que você ousou perguntar motivada pelo seu amor a Deus e quer agradá-lo em todas as áreas da sua vida. Este propósito é algo muito bom. 

O Regulamento Interno da IPDA

Não conheço em profundidade a doutrina da Igreja Pentecostal Deus é Amor. Mas, possuo o Regulamento Interno (R.I) desta denominação, na versão mais recente, que foi doado por uma leitora do blog Belverede; ela congregava na igreja-sede e trabalhava lá em uma das áreas ligada à administração.

A liderança da IPDA, reproduzindo o ensinamento bíblico, orienta aos seus membros a não relacionarem-se sexualmente enquanto solteiro ou solteira e quando casados a não aceitarem relações sexuais com pessoas que não seja o cônjuge. Mas dentro do ambiente matrimonial, na intimidade a dois do casal entre as quatro paredes do dormitório, a denominação não se manifesta sobre usar ou não trajes. Tal declaração não passa de boato. Seria uma ação por demais ridícula se houvesse imposição desse tipo de regra sobre o leito conjugal de seus membros.

De acordo com o conteúdo do RI, posso dizer a você que a pessoa que disse que os membros da IPDA recebem instruções para não se despirem durante o coito estão redondamente enganadas sobre as orientações oficiais desta igreja.

Interpretações bíblicas equivocadas

Eu não posso afirmar com certeza, mas posso lhe dizer que talvez existam alguns pregadores dessa igreja que ousam dizer algo neste sentido em que você pergunta, porém, eles agem assim sem nenhum respaldo da doutrina oficial da IPDA. E, se alguém quer determinar como os casais, devidamente ligados em laço matrimonial, devem agir intimamente, o faz por excesso de zelo e por uma religiosidade doentia impulsionada por extrema falta de conhecimento das Escrituras Sagradas.

Pessoas que afirmam isso devem pensar que o sexo é algo pecaminoso e sujo, mesmo entre pessoas casadas e fiéis a Deus. Elas não entendem que quem criou os órgãos genitais, masculino e feminino, foi o próprio Deus; o mesmo Deus que criou a fêmea, Eva, para ser a companheira de todas as horas do macho chamado Adão; o mesmo Deus que disse “e serão os dois uma só carne”, aludindo à conjunção carnal entre homem e mulher.

Dignidade

É importante citar Hebreus 13.4 a, que diz o seguinte: “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula...” (ARA). Em grego, o idioma original no qual foi escrito o Novo Testamento, a palavra vertida como “leito” ao nosso idioma é o termo “sexo”. Este texto no livro Hebreus explica que o relacionamento entre marido e esposa é uma relação em santidade, portanto, é digno de honra. A parte b deste versículo, diz: “...pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará”. O contexto bíblico nos leva a entender que a devassidão tem a ver com as práticas sexuais com pessoas fora do casamento; e o adultério é exatamente isso. 

Um adendo sobre depilação

Também, preciso dizer sobre outra situação, que é levantada sobre os corpos femininos de membros da IPDA. No passado de algumas décadas atrás, alguns pregadores da IPAD afirmavam - espero que não haja algo parecido hoje -  que as mulheres desta igreja não deveriam se depilar, alegavam que a depilação era questão de vaidade pecaminosa. E algumas mulheres de fato não raspavam os pêlos de suas axilas e pernas, gerando horror e ojeriza em pessoas que não faziam parte do roll de membros desta igreja. 

Sobre esta questão, também não há uma norma interna específica da IPDA, as cristãs dessa igreja agem como pensam ser a melhor maneira de se dedicar ao Senhor. Minha opinião a respeito da depilação da mulher é que elas são livres para se depilarem. A verdade sobre esta questão é que não existe nenhuma orientação da Bíblia sobre isso, então elas podem raspar os pêlos de debaixo dos braços e de suas pernas e manter a consciência tranquila diante de Deus, porque não há pecado nesta prática. Habitamos em um país de clima tropical, o que nos faz olhar para esta situação como um modo de manter o corpo asseado. E, voltando ao tema anterior, quando uma esposa se mantém limpa para seu marido, ela está honrando o seu casamento.

Enfim, sugiro que faça uso das tags (marcas) que eu criei neste blog. Tags / marcas são as palavras que ligam os artigos por assuntos específicos. Para isso, basta a você digitar “casamento” na caixa de pesquisa, que está localizada na parte superior deste blog, ou clicar nas palavras “casamento” e “sexualidade”, que estão localizadas na parte inferior do blog, na seção “Assuntos Abordados em Belverede”. 

E.A.G.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Resposta para um cristão saudosista da IPDA em décadas passadas

Anos 1980. Fachada do prédio da antiga sede mundial da IPDA.
Avenida do Estado, 4568.  Capital de São Paulo.

Em 27 de janeiro de 2014, publiquei Saudades da Igreja Deus é amor que não existe mais. O conteúdo foi escrito por Levi Muniz,  radialista muito conhecido entre os membros daquela denominação.

Então, não demorou para surgir as participações de internautas. Esclareço que eu me sinto prestigiado quando existe tal interatividade do leitor, mesmo quando se manifesta para trazer sua crítica ao blog, o que raramente acontece e não é o caso agora.

Infelizmente, o participante em questão não apresentou quem ele é, fez seu comentário anonimamente. Vejamos logo abaixo o que ele disse e a minha resposta a ele:

domingo, 13 de março de 2016

Igreja Luterana de Istambul - Conto


Igreja Luterana de Istambul


      Abortar, mascarar e submergir.

      Doravante essas palavras ecoarão em meu coração como uma canção de Satã. Abortar, mascarar e submergir. Muito simples e executável para alguém pacificado no centro de uma suíte refrigerada, vinte seguros andares acima da cidade, no hotel cinco estrelas Marmara Taksim.
      A cidade – Istambul. Constantinopla de vielas e Audis, do moderno e do antigo, encruzilhada de civilizações, encruzilhada da civilização.
      A missão fora gestada durante três meses. Todas as possibilidades pesadas, as variantes, as eventualidades. Basicamente um avançado sistema de direcionamento de mísseis, uma das muitas tecnologias que faltam ao país para dominar verdadeiramente a tecnologia aeroespacial. Para colocar melhor e também colocar melhores satélites em órbita. E, claro, construir melhores armas no processo.
      O país é o Brasil, eu sou ou era um agente da ABIN, divisão especial ASR, de Ações Sob Risco, nome insosso para o nosso incipiente serviço de operações estrangeiras.
      A tecnologia era iraniana – isso mesmo, iraniana. Estava à venda no mercado negro global, e alguém na inteligência brasileira avisou seus superiores, um deles achando por bem comprá-la.
      O encontro fora marcado pela Deep Web, a web negra e relativamente imune à bisbilhotice da NSA e outras agências de espionagem. Cinco milhões pela tecnologia, uma pechincha, mas o superior que mandou comprá-la teve problemas para arrumar a quantia. Brasil...
      O vendedor, pudemos apurar, era um dissidente religioso, cientista ligado à religião Fé Bahá’í, muito perseguida no Irã. Parece que o cara quis dar o troco, embora a religião, segundo palavras de nosso analista, ‘prime pelo pacifismo’. Bem, eu não sou psicólogo ou especialista em religiões comparadas, só cumpro missões. Um pacote em troca do dinheiro, troca rápida numa loja de tapetes, pacotes novamente trocados a 50 metros, para despiste, repassados 300 metros depois para outro agente, que pegaria o pacote a partir de um veículo em movimento.
      Os escolhidos fomos eu, Pip e Eric, a quem chamávamos de Chaparral, além de um outro elemento, franco-atirador da ABIN de Brasília, a quem eu não conhecia, e de codinome Lampião (na ASR, todos deveríamos adotar pseudônimos, nomes de guerra que deveriam ser usados nas operações.  Assim Marcelo virou Pip, e Eric, Chaparral. Eu, Sammis, virei Sam; sim, óbvio demais para um codinome que objetivava exatamente esconder minha identidade. Questionado por meu superior, quando da escolha do codinome, redargui: “Em nosso mundo, senhor, o óbvio é sempre o mais inacreditável.” Ele sorriu e não me perturbou mais sobre isso).
      Chaparral era agente experiente em ações e um exímio atirador, mas coube a Pip a função de primeiro elemento, por sua longa experiência no Oriente Médio e seu domínio do farsi e de línguas semíticas. Eu seria o elemento de meio, ou seja, pegaria o pacote das mãos de Pip e me dirigiria para uma rua próxima, passando o material para Chaparral, que de carro o levaria para o ponto de extração, onde três outros agentes aguardavam.  Coordenando a operação, o ex-delegado da PF Simeônides Faria, agora chefe de operações da ASR (segundo as más línguas, não por suas competências, que eram algumas, mas principalmente graças às suas boas relações com o partido no poder).
      Tudo que deveria ser discutido já o fora – o perigo de lidar com iranianos, o perigo de comprar tecnologias vetadas e monitoradas pelos americanos e suas vadias, o perigo de o serviço secreto turco ser alertado.
      Minha parte consistia em sair da estação de metrô no momento combinado, em meio à multidão do horário de rush, e andar em direção à loja. Pip sairia dela com o material, cruzaria comigo e trocaríamos de pastas, idênticas. Nossa cobertura era um único atirador, situado a uma distância grande demais – mas a única possível. E vulnerável, pois a ocultação de sua presença era problemática. Tudo precisava ser muito rápido.


      Já subindo as escadas, vindo da estação de metrô, pude ouvir os tiros e a multidão que corria em todas as direções, incapaz de atinar para a origem dos disparos. Instintivamente coloquei a mão na Glock sob meu paletó. Avaliei como pude o perímetro: nada, apenas pânico e terror. Fixei na loja à 50 metros, apressei o passo.
      Pip rompeu pela vidraça lateral da loja, com a pasta enfiada sob um dos braços. Caiu ao chão, imediatamente levantando-se e disparando para o interior. Um homem saiu pela porta, mas antes que pudesse fazer mira em Pip eu já lhe dera três tiros.
       – Pip! Por aqui!
       – Sam! O Mossad! Onde está o atirador???
      Notícia lúgubre, caindo como uma granada, não de estilhaços em chamas, mas de ecoante gelo em meio ao tiroteio. O serviço secreto de Israel, os melhores assassinos, não eram necessariamente nossos adversários, mas inimigos de morte dos iranianos. Mas também dos iranianos traidores? Ou talvez não soubessem? E onde estava nosso maldito atirador?
      Fugimos por entre a multidão, sendo perseguidos por um outro homem saído da loja e aparentemente outros três elementos, sendo dois homens e uma mulher.
      – Você foi seguido? –, perguntou Pip enquanto corríamos despistando nossos perseguidores.
       – Não  – respondi.
      –  Pois tome a pasta, siga para o ponto indicado, creio que somente a operação na loja foi comprometida.
      – Mas afinal o que houve lá?
      Após entrar na loja, ao avistar o cientista, cujas roupas batiam com a descrição combinada, Pip fez-lhe um sinal. Ele aproximou-se um tanto melindrado, e ambos trocaram os pacotes: a grande mala de dinheiro que Pip levava pela pequena pasta do iraniano. Imediatamente foram rendidos por um dos ‘vendedores’ da loja de tapetes, e um casal de ‘turistas’ que até então pareciam insuspeitamente observar as mercadorias. Pip entregara a mala a um dos turistas, mas aproveitando-se de um descuido da mulher, numa manobra envolvente agarrou-a por trás ao mesmo tempo em que segurava seu braço armado, direcionando o disparo instintivo dela para o abdômen de seu companheiro. Em seguida puxou-a para trás, e ambos caíram por trás de pilhas de tapete, fora da alça de tiro do elemento que disfarçara-se como vendedor. Pip sacou rapidamente sua arma, mesmo sendo acotovelado pela mulher, disparou à queima-roupa contra a nuca dela, levantando-se de um salto e disparando contra o vendedor. Iniciou-se a troca de tiros, e Pip aproveitou um momento de disparos que obrigou seu oponente a abrigar-se, para romper pela vidraça lateral. Percebera que era o Mossad pelo grito da mulher, no momento em que a agarrara: ela pediu, em hebraico, para seus companheiros atirarem neles dois.
      – O cientista estava lívido. Lívido demais, tremia demais – continuou Pip enquanto corríamos. – Ao vê-lo, soube logo que algo estava errado.
      Pip me deu a pasta, mas imediatamente aportaram à nossa frente outros dois agentes, de armas em punho. O plano de separar-nos fora comprometido também. Fomos obrigados a disparar em meio à multidão, pois os agentes dispararam contra nós.
      No novo pânico reinante, entramos por uma loja de carnes e saímos pelos fundos. Peguei a pasta, mas pedi a Pip para ignorar o protocolo e não nos separarmos. Aquela era a última missão dele, antes de ser realocado para a academia de formação de agentes, e ele já não era nenhum moleque. Ele refletiu por um momento, coisa rara nesses três anos em que atuamos juntos. E assentiu. Continuamos nossa fuga por uma rua contígua aos fundos da loja de carne, em direção à rua onde Chaparral passaria. Estávamos em cima da hora.
      Chegamos à rua atrasados, Chaparral acabara de passar, mas nos vira pelo retrovisor. Percebeu que acontecera algo, pois o plano era Pip fugir em outra direção, e eu chegar ao ponto de encontro sozinho. Mas era um bom agente, ou um idiota, dependendo de que lado e em que lugar está aquele que avalia.  Deu marcha à ré, e entramos no carro.
      – O Mossad apareceu, a operação foi comprometida. Mas temos a pasta. Atingimos três agentes deles.
      – Maldição! Já avisaram o ninho?
      – Ligarei agora.
      Liguei para o ninho, ou seja, para a suíte de onde nosso diretor coordenava a operação.
      – Anu voando para o ninho. A raposa atacou os pássaros, mas salvamos os ovinhos.
      – Onde você está, anu?  Como está a ninhada?
      – Completa e reunida, ninho. Migrando para o oceano neste momento.
      Houve um silêncio de oito ou nove segundos do outro lado, que psicologicamente durou como alguns minutos.
      – Abortar o voo, anu. Repito, abortar o voo. O oceano está poluído.
      – Mas como, ninho? Quais as instruções?
      – Operação comprometida. Abortar, mascarar e submergir. Repito: abortar, mascarar e submergir.
      Quedamos em silêncio enquanto Chaparral dirigia pelas ruas movimentadas de Istambul, agora indo em direção à parte nova da cidade.
Então fomos abalroados, por um furgão que surgiu de lugar nenhum avançando em direção à porta direita do veículo. Nosso carro fez menção de capotar, mas elevou-se como num cavalo-de-pau e caiu novamente. O lado abalroado era o lado de Pip (eu sentara-me no banco traseiro), que, sempre ágil, imediatamente começou a disparar contra o veículo agressor. Saltei do carro pelo lado esquerdo e disparei também, no que fomos brindados com mais tiros. A pasta, ela deveria estar com escutas ou um sinalizador. Que idiotas! A simples menção da palavra Mossad parece ter nos ‘emburrecido’ ou pior, inadmissivelmente apavorado, e nem nos perguntamos sobre a segurança da pasta.
      Chaparral saíra do carro, e juntos atravessamos a pista movimentada, saltando por sobre a mureta de concreto que separava as duas mãos da via, indo em direção a um pequeno conjunto de dutos de esgoto.
      – Algo está errado! O atirador não estava lá, mas antes de entrar na loja certifiquei-me à distância de sua presença e posição – disse Pip.
      Chaparral sangrava do ombro, logo ele que pouco participara dos tiroteios fora atingido.
      – Fujam, eu vou tentar atrasá-los. Estou com um mau pressentimento, não busquem auxílio diplomático ou da ASR, tentem sair do país por conta própria – disse Pip.
      – De maneira nenhuma, senhor! O senhor fugirá, eu fico para despistá-los. Deus, é sua última missão! – retorquiu Chaparral.
– Vão, idiotas! E não confiem em ninguém! Esses planos valem muito mais que cinco milhões. Talvez tenhamos sido vendidos!
      Outra estrofe da canção de Satã, de que falei no início deste relato, outro trecho que ele usaria em meus dias maus para me acordar e ver-me chorar a seco: “talvez tenhamos sido vendidos.”
      Isso explicaria o sumiço do atirador, os agentes do Mossad, o carro, e principalmente a forma como o diretor falara, sua frieza, seu quase “danem-se aí, idiotas”.
      E a escolha de Chaparral para esta missão... Chaparral caíra em desgraça diante do próprio diretor da Abin, por recusar-se a matar durante uma operação de queima. Coisa simples, em território nacional. Foram duas as ‘recusas’ consecutivas de Chaparral, e ele estava na ‘geladeira’. Por que fora enviado para este caldeirão fervente? Então o próprio diretor da ASR estaria envolvido? E por que não desconfiei dessa sujeira toda?
      Com Chaparral na retaguarda, seguimos os dutos em direção a uma bifurcação, seguida por um viaduto. Eu trazia a pasta, abrira-a ali, recolhendo os papéis, enfiando-os numa embalagem de biscoitos ou coisa parecida, que encontrara pelo chão, e desfazendo-me da pasta. Em seguida entramos por baixo do viaduto, correndo entre os carros.
      Ao sairmos do outro lado, outros perseguidores desceram de um Corolla prata e dispararam contra nós. Chaparral e eu saltamos para trás de veículos que passavam lentos no engarrafamento; Pip, que vinha atrás cobrindo nossa retaguarda, só teve tempo de virar-se para receber sua bala no peito.
      Mesmo ferido, Chaparral correra agachado entre os carros, rapidamente pondo-se em posição de flanquear nossos oponentes. Percebi sua intenção, e Pip não gostaria que eu fizesse algo diferente: levantei-me disparando com tudo que podia, dando cobertura à manobra de Chaparral. E ele emergiu quinze metros além de onde estávamos, exatamente na lateral dos atiradores, que foram alvejados rapidamente.         
      Algo grande e ruim estava em andamento, eram muitos opositores, ATÉ MESMO PARA A CAPTURA DE UM PLANO DE DIRECIONAMENTO DE MÍSSEIS. Abaixado sobre Pip, segurei em sua mão: não conseguia falar mais nada, meu amigo e mentor partia impedido de sua última palavra.  
      Maldito trabalho, maldito dia em que deixei a polícia para entrar neste lodaçal. Ao menos como policial eu morreria em casa, e não do outro lado hostil do oceano.
      – Sam! Fuja para o metrô, eu irei em direção ao porto! Vamos submergir!
      – Está bem! Tome cuidado! Lembra daquele dia no Panamá, os contêineres de carne? Tente fugir da mesma forma!
      Corri em direção à estação de metrô. Sirenes tomavam de assalto os ouvidos; ambulâncias, bombeiros, policiais em suas viaturas brancas com faixas azuis onde se lia um agora onipresente POLIS completavam a medida de nossos olhos. E mais disparos.
      Enquanto corria, subi no capô de um carro para observar. A polícia atirava contra Chaparral, que correra na pior direção, em sentido contrário ao tráfego, dando de cara com as viaturas. Ele não se renderia, ele tinha aquela coisa idiota e romântica do espião, sempre sonhara com esse trabalho de merda. Morreria atirando, esfaqueando, mordendo se pudesse. Morreria com aquele sorriso de deboche, aquele sorriso que me fazia sempre confiar em sua coragem. Agora estava sozinho.
      No metrô eu ficaria encurralado como um rato, as estações poderiam simplesmente ser bloqueadas. Precisava de uma outra saída.
      Em nossa profissão maldita, o óbvio é o mais inacreditável. Andando apressado entre um conjunto de edifícios comerciais, li uma inscrição em turco, Istanbul Luteryen Kilisesi, que nada me disse, mas logo abaixo ela tinha a legenda, em letras menores, agora inteligíveis pelo meu regular alemão: Istanbul-Lutherischen Kirche, Igreja Luterana de Istambul.
      A última vez em que entrara numa igreja fora antes de assassinar o primeiro homem, em minha primeira operação pela ABIN, na cidade paraguaia de Hernandarias. Naquela operação vi que não poderia conciliar minha fé e minha profissão, embora tantos o façam. Instintivamente sabia que cristão algum deveria portar armas, mas até ali tentava contextualizar, meu pastor era policial militar, eu fora um, e havia outros tantos. Grande lástima, são idiotas mentindo para si mesmos e para idiotas. Mas não existe um Deus idiota, um Deus que possa ser engabelado. E como mentir para mim mesmo? Abandonei a fé, lutei com todas as minhas forças para deixar de pensar nela, deixar de torturar-me por matar, por torturar, por mentir por profissão e interesse.
      Agora, cinco anos depois, exausto num país muçulmano, uma casa de Deus é tudo o que eu tenho para abrigar-me, tudo o que eu tenho para dar esconderijo às minhas mentiras e armas. Deus, que caminho tomei, que caminho tomei...
      Eram já dezoito e quinze. Algumas pessoas estavam assentadas nos bancos; um homem à porta me observou a entrar e veio abraçar-me, numa saudação tipicamente turca. Ele percebeu meu constrangimento ao abraçá-lo, mas não era por timidez ou por estar suado e fedendo: tentava evitar que ele sentisse a arma sob meu paletó.
      Sentei-me na penúltima fileira de bancos, do lado direito. Ajeitei a gola, abaixei a cabeça. Ficaria ali até terminar o culto, eventualmente iria ao banheiro e lá tentaria encontrar um espaço ou local onde pudesse esconder-me em silêncio até o dia seguinte. Ou solicitaria abrigo ao pastor, me faria de mendigo ou imigrante em trânsito para a Europa. Falava apenas alemão e inglês; torci para que ele pregasse em alemão e não em ou não apenas em turco.
      Após longos vinte e sete minutos, um jovem achegou-se ao púlpito e proferiu algumas palavras em alemão. Em seguida chamou um grupo de três mulheres, duas senhoras e uma jovem, as quais cantaram. Eles não usavam microfones nem aparelhagem alguma de som, e convidaram todos os presentes a se achegarem para os primeiros bancos, para que pudessem ouvir melhor o culto. Declinei do convite com um aceno de mão, e com alívio percebi que outros dois homens declinaram também.
      Enquanto cantavam, pus-me a refletir não sobre aquele dia miserável, mas sobre a coletânea de misérias que me levaram até ali. Minhas escolhas, minha carreira, minhas ‘conquistas’, cujos prêmios eram meus dois amigos mortos, cujo prêmio fora uma traição, cujo prêmio fora estar sendo procurado por serviços secretos de no mínimo três países. Sim, eram comendas, minhas medalhas de lata: Semi, sub vivo, sozinho e longe de todos que conhecia.
      Era o fim da festa e eu estava nu: Um abortado, um mascarado, um submerso no inferno que a vida tinha pra oferecer. Que tal? Escolhi viver pela espada: Cristo disse que morrerei pela espada. Por que não me levanto de uma vez e vou lá para fora ser morto por israelenses, turcos ou brasileiros que vendem brasileiros?
      Um senhor subiu ao púlpito, todos se levantaram. Levantei-me também. Ele procurou por instantes um trecho em sua Bíblia, e começou a ler.
      Se você é ou já foi um cristão, notadamente um cristão evangélico, deve estar familiarizado com o fato de que Deus fala poderosamente em momentos assim. São mesmo os momentos eleitos. Em meu coração imaginava que Ele não perderia a oportunidade, e faria o homem pregar sobre algo como as agruras do filho pródigo. Mas o Deus-que-não-desiste foi ainda além: o trecho lido era de Gênesis 37, versículos 12 a 36. José sendo lançado num poço, e depois vendido por seus irmãos. Esperava por acusação; ouviria o relato sobre o sacrifício de um inocente, a traição e o degredo.
      Eis-me no poço, eis onde todas as minhas boas intenções me trouxeram. Como li certa vez, e jamais me esqueci: todos os caminhos levam ao tribunal de Cristo. Não sou o fiel José, sou um qualquer que trocou Cristo pela fruição que o mundo apostou na mesa, aposta que ele me fez vencer, e que ele venceu: seria eu homem o suficiente para transformar essa situação, esse literal fundo do poço, em algo benéfico para mim, para mais alguém?
      Esforçando-me para compreender a mensagem, pensava também no que faria. Poderia tentar voltar ao Brasil, descobrir o que acontecera, vingar-me se possível e caso os fatos realmente concretizassem nossas suspeitas. Mas nesse caso, as chances de eu ser morto, no Brasil ou a caminho, eram incomparavelmente maiores.
      Tinha o dinheiro, a conta secreta em Luxemburgo. O falsário em Marselha, especializado em documentos sul-americanos. Ele poderia confeccionar-me documentos de fina falsificação, e dali eu poderia tentar recomeçar, como o filho de Jacó, num ‘Egito’ a escolher, embora com o vingativo Mossad e outros em meu encalço.
      Poderia também jogar alto no velho jogo sujo: tentar revender no mercado os papéis (que tipo de cientista idiota não digitalizaria isso? Medo do poder rastreador (on e off line) da NSA? Das novas granadas de pulso eletromagnético, que se dizia que os americanos já possuíam, e eram capazes de apagar informações de discos rígidos, pendrives e, claro, inutilizar quaisquer parafernálias eletrônicas?). Ou poderia, mesmo traído por parte de meus ‘irmãos’, de alguma forma entregar a tecnologia ao Brasil, dar-lhes o tão almejado trigo. Como José.
      De lapsos em lapsos, deixava de prestar atenção no sermão para juntar os cacos de ideias e traçar meus planos, sempre três, o velho A, B, C. Como em tantas outras vezes, mas agora de uma maneira anabolizada, o tempo oferecia-se como meu inimigo, ou só mais um deles, só mais um dos gigantes que me encurralavam. Defini as três opções.
      O plano A: sair da Turquia, entregar os papéis nalguma representação diplomática num dos países circunvizinhos (três cópias entregues em representações brasileiras em três países diferentes), sacar o dinheiro em Luxemburgo, providenciar documentos falsos, e seguir a sina do traidor, fazer o que fazem traidores quando descobertos: mascarar & submergir, abrigar-me nas sombras. E tentar fazer o que tantos e tantos traidores não tiveram oportunidade, tempo hábil, a singeleza da coragem: Abandonado pelos meus mas abalroado por uma nova chance, encontrar um lugar seguro e voltar para o aprisco deste Deus que não trai. E viver em paz com todos, se possível for.
      O plano B era a direta antítese do A: Simplesmente alcançar de uma vez o fim merecido, o fim dos que vivem pela espada. Sim, abandonar a igreja e ir para fora combater meus perseguidores. Disparar com o abrasante prazer da fúria cada tiro, os tiros derradeiros de minha perícia, e fruir sua doce canção; e tombar no chão sarraceno como meus amigos.
      Se a política é o jogo sujo por natureza, a geopolítica é o poker dos satanases. Quanto ao Brasil, os partidos no governo mudam, mas meu país nunca teve arroubos imperialistas; possui mesmo uma divertida, embora nobre, inabilidade para a vilania. Porém precisa defender-se, defender-se dos chacais. Precisa de informação, o tipo de poder mais básico, molecular, elementar. O plano C seria então um complemento do A; ou melhor, de meu plano de redenção e de meu plano de perdição, seria a síntese: Pois eu posso conseguir informação. É o que sei fazer de melhor. Agora livre das amarras institucionais, que, embora poucas, sempre foram algo sufocante nesse ramo, posso oferecer minha vida em holocausto, e militar até o último suspiro, até que o Mossad ou qualquer me alcance. Ajudando meu país de dentro das sombras. De dentro do Egito. E mais, posso ajudar nações miseráveis a identificar seus inimigos, seus exploradores e manipuladores. Seguir de uma outra maneira a trilha de Assange, de Snowden.
      E retornar ao aprisco. Sim, doravante ninguém me forçará a matar; e espero nunca mais ter que matar. Ah!!! Como um homem pode ser idealista quando está prestes a ser eliminado! Oh Deus, que maldita vida a minha! Tenha misericórdia deste porco, desse saco de ossos angustiados...  
      Sei que é uma proposta a mais miserável, e fácil de ser feita aqui, novamente num banco de igreja, novamente encurralado, novamente no poço. Tudo que tenho é esse resto de vida, e esse ofício amaldiçoado. Mas se é Tua vontade, usa, Senhor, meu dom miserável para promover justiça na terra...
      Se essa pregação é mesmo para mim, se sou o José vendido, se foi Tua mão o que lá fora distorceu as probabilidades para me fazer sobreviver, preciso então ir para fora, encontrar minha posição no tabuleiro, no Egito tão grande em deserto e dor. E reassumir o controle.

      Mas antes o primeiro passo, preciso escalar esse poço em que fui por meus irmãos abortado, mascarado, submerso. Preciso sobreviver.

Sammis Reachers

Conto do livro O Pequeno Livro dos Mortos (Editora Letras e Versos, 96 págs., R$ 20,00). Para saber como adquirir, escreva para  sreachers@gmail.com


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Novo templo-sede da Assembleia de Deus ministério Belenzinho São Paulo


Fotografia nº 1
Fotógrafo não identificado.

Fotografia nº 2
Fotógrafo não identificado

Fotografia nº 3
 Imagem: Tiago Bertulino

Fotografia nº 4
Imagem: Luiz Marcos

  
Imagem nº 5

Construção de seis andares localiza-se há alguns metros da estação Belém do Metrô, entre a Avenida Alcântara Machado (sentido centro, também conhecida como Radial Leste), e ruas Doutor Fomm, João Tobias e Siqueira Cardoso, no bairro Moóca, São Paulo/SP. 


Ainda antes da inauguração, eventos ocorrem no local. Em 12 de junho de 2012, 6.194 novos crentes passaram pelo batismo nas águas em tanque batismal construído no prédio.

Coleta de imagens, em:

1. Pastor José Wellington Bezerra da Costa, Ministério se reúne no Novo Templo nesta Sexta, 06 de Abril, ano da postagem não está definido, http://goo.gl/ZHZxqk

2Nova Sede Belenzinho Capital, Nova Sede Belenzinho SP Capital 2013, postagem em 6 de novembro de 2013, http://goo.gl/g8fNaQ

3. Tiago Bertulino, 5 mil são esperados para o culto de abertura da 7ª AGE da CGADB, data da postagem em 22 de janeiro de 2016,  http://goo.gl/zyS9FR

4. Edificando Nossa Cada AD Belenzinho - álbum sem título/foto 3, postagem de 5 de março de 2015, - https://goo.gl/cjPXLi

5. Google Maps -  Avenida Alcântara Machado, Janeiro de 2016 - https://goo.gl/Tw4pXi

E.A.G.

sábado, 16 de julho de 2011

A relação entre Jesus e o templo

Assembleia de Deus do Calvário: Orlando, Flórida - USA
Templos, ambiente importante para Jesus.

Jesus valorizou o templo.

• Judaico

Ensinou (Marcos 12.43; João 8.20); expulsou os cambistas (Marcos 11.15; João 2.14-15 ); observou os contribuentes no templo construído por Salomão (Mateus 21.12; Marcos 12.41-43; Lucas 21.1).

• Cristãos

Pediu que nos relacionássemos com a igreja (Mateus 18.17); escreveu sete cartas aos líderes das igrejas (Apocalipse 2.1 - 3.22).

A diferença entre igreja e templo

A palavra igreja tem origem no latim, vocábulo ecclesia, cujo significado é "ajuntamento do povo". E por conseguinte sua raiz é grega: ekklesia (assembléia, comunidade, congregação, reunião)..

O termo grego ekklesia é uma junção de ek + kaléo, ao pé da letra: chamada fora. No Novo Testamento ekklesia quase sempre designa uma congregação de adoradores, e nunca um edifício.

A igreja, no sentido mais amplo, designa o conjunto de todas as almas redimidas por Jesus Cristo: as que se acham vivas sobre a terra e as que partiram com o Senhor.

Templo (do grego naos: santuário ou hieron: conjunto de edifícios) possui um explícito sentido material. Trata-se, portanto, de um edifício público para culto religioso.Em outras palavras, é o prédio onde a igreja se reúne.Por exemplo: templo de Salomão, templo de Herodes, templo de Jerusalém, templo batista, templo pentecostal.

E.A.G.

A segunda parte desta postagem, onde encontra-se as explicações de terminologias sobre "templo" e "igreja", é de autoria de Jaime Nunes Mendes, conteúdo coletado parcialmente na comunidade Bíblia de Modo Fácil, existente na rede social Orkut.

domingo, 12 de junho de 2011

Dízimo, templos, missões, prosperidade e Jesus Cristo

1ª Igreja Batista; Av. Major Carlos Pinto, nº 477, Rio Grande / RS - by Adriel Wailler.


O dízimo, o templo, as missões, a prosperidade e o arrebatamento da Igreja.

Já encontrei quem critique construções de bons templos, alegando que seria melhor o pastor usar o dinheiro do dízimo para fazer missões porque em breve Jesus voltará. Abaixo, a resposta que acostumei dar.

O templo é o local onde os cristãos têm condição de reunirem-se para juntos adorarem a Deus. Na unidade do cristão é que Deus ordena a bênção e a vida eterna (Salmo 133).

Templo com conforto é o ideal para mim e para você. Ao entrar no templo cujas dependências são confortáveis, o ofertante e o dizimista vê como o seu dinheiro foi administrado. Vê que o pastor se preocupa com o bem-estar das ovelhas de Cristo. É uma pena que algumas pessoas interpretem conforto como um luxo descartável.

Quando se fala em missões, logo é pensado no missionário que viaja ao longe. Mas missões também tem a ver com evangelismo urbano, evangelismo em nosso círculo social, em nosso bairro. O seu vizinho que ainda não aceitou a Jesus é alguém que precisa ser alcançado. E uma igreja bem construída e confortável poderá recepcioná-lo. Quando se constrói bons templos pensamos nisso: missões urbanas, missões em nosso círculo pessoal de amizades.

Ter conforto não é pecado, e oferecer conforto aos que são evangelizados e aceitam convites para vir em nossos templos também não.

É importante ter vida próspera, uma vida financeira estável, A estabilidade gera uma família feliz, em paz, saudável. É claro que não deveremos ir à igreja por coisas materiais. Mas, coisas materiais não devem ser satanizadas "porque Jesus vai voltar em breve".

E.A.G.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Visita à Igreja Pentecostal Deus é Amor

Por Eloi Oliveira

Relatarei minha experiência, quero que os leitores levem em conta que sou de uma igreja - Congregação Cristã no Brasil - onde qualquer liturgia soa estranho no começo, por sermos muito diferentes e talvez por isso eu tenha estranhado um pouco.

O relato contém opiniões minhas, apenas.

Neste domingo senti vontade de me consagrar,  visitar a Igreja Pentecostal Deus é Amor, o templo-sede em minha cidade, Ribeirão Preto. Deus colocou em meu coração o intento de ir visitá-la pela primeira vez. Eu já havia prometido isso a mim mesmo faz um certo tempo, mas estava esperando em Deus fazer o movimento, que aconteceu neste final de semana.

Cheguei pouco antes das 14 horas, pois às 14 horas é o horário de início do culto, conforme marcado na placa afixada na parte externa da igreja. Quando eu cheguei lá não havia praticamente ninguém. A primeira irmã chegou junto comigo, pedi informação e ela me conduziu para um acesso de entrada ao templo pelo estacionamento da igreja. Havia um irmão com idade avançada na porta de entrada. Os dois foram muitos simpáticos comigo. Mas disseram que o culto só começava às 15 horas. Achei estranho, o horário oficial anunciava uma hora de diferença à menos.

Pois bem, entrei e a irmã dedicadamente mostrou o lugar onde se sentariam os homens, na IPDA separam assentos só para homens e só para mulheres. Me sentei e tirei discretamente uma foto do púlpito, para mostrar a você, leitor dessas linhas, e fiquei aguardando o início do culto.

Lá dentro do recinto da igreja estava apenas um obreiro. A  rádio Voz da Libertação estava ligada, os  autofalantes transmitiam a programação da demominação.

Chegaram mais algumas irmãs, um irmão também, e este recém-chegado me parece ser obreiro ou tem algum cargo na igreja, ele me saldou muito educadamente com a Paz do Senhor e sentou-se umas duas fileiras a frente. Depois chegou mais um homem e sentou-se bem la atrás.

Ficamos ouvindo a rádio.

Eu como sou muito curioso e observador, observei cada detalhe da igreja, queria conhecer, e vi que a igreja é bem simples, humilde, sem exageros. o salão (que é ate grande e com uma boa estrutura) foi adaptado, ali  foi uma fábrica antes da IPDA comprá-lo.

Haviam faixas de campanhas penduradas nas paredes laterais. Lá  na frente tinham várias caixas - parecidas com urnas - e cada uma estava escrito assim: unção da prosperidade, unção da quitação das contas, unção da saúde, unção da família, e por aí vai. Acho que tinham umas oito caixas. Saí de lá sem entender para que elas servem.

E por falar em urna, vi que algumas irmãs escreviam algo em um papel impresso, e depositavam em uma outra urna que ficava no púlpito. Também não sei o significado.

Na rádio algumas coisas ditas me intrigaram como as falas do Davi Miranda: ''só comprem CDs da Voz da Libertação, as outras músicas evangélicas conduzem ao erro, cuidado". Também houveram vários testemunhos de pessoas que devem ser membros da IPDA. Fiquei intrigado pelo fato de praticamente todas as pessoas que testemunharam atribuírem a bênção ao ''missionário'', e sempre o pastor que responsável pelas entrevistas, testemunhos, fazer questão de enfatizar: ''isso aconteceu na Igreja Pentecostal Deus é Amor''. Nos momentos que os membros esqueciam de falar, ele indagava, ''aonde foi que aconteceu o milagre mesmo?''. Existia uma certa ênfase no missionário e no nome da igreja, mas o nome de Jesus quase não era direcionado à ocorrência dos milagres.

Quase chegando às três horas, eu me ajoelhei para orar, como faço na Congregação Cristã no Brasil, para entrar em em comunhão. O pastor chegou, desligou a transmissão da rádio e deu início ao culto, com a presença de umas oito mulheres e três homens apenas. Fiquei espantado em ver que a igreja estava vazia, sendo o templo-sede.

O pastor disse que iríamos orar e depois íamos ouvir a radio outra vez, às 16 horas, porque o missionário iria fazer pronunciamento de nível mundial a todas as igrejas.

Pois bem, começou a oração feita pelo pastor. Me pareceu que é sempre ele quem faz as orações na igreja. Eu ajoelhei como sempre faço nas CCB (na Assembleia de Deus eu nao ajoelho, porque lá ninguém ajoelha nas orações em grupo). Alguns poucos dos presentes ajoelharam e então  me senti à vontade ajoelhado. Eu gostei muito da oração, muito bem centrada, uma oração que realmente me fez muito bem. Ao término, percebi que tinham chegado mais uma mulher e três homens.

Vi tambem que não havia jovens ali, somente pessoas maduras, somente eu e mais um éramos jovens, o restante todos mais velhos.

O pastor deu início à liberdade de louvores. Essa foi a parte do culto que eu mais me emocionei, que eu achei mais linda. Algumas senhorinhas, bem de idade mesmo, foram lá na frente cantar os hinos da harpa. A humildade delas era evidente, havia na entoação do canto um poder que só quem tem o Espírito Santo no coração sabe definir. 

Chegado às 16 horas foi ligada a radio para ouvir a pregação do Davi Miranda. Ele falava algo de ''trazer mais almas para a igreja'', que a igreja tinha 22 milhoes de membros no mundo e se cada membro trouxesse pelo menos mais um, o número de membros dobraria para 44 milhões. Advertiu-nos também sobre a necessidade de trabalhar na obra, dando como exemplo a parábola dos talentos, e que os talentos são almas que devemos trazer para Deus. Ressaltou a necessidade de chamar nossos vizinhos para a igreja, de pregar o evangelho para as pessoas, para não receber a condenado de Deus por enterrar o talento. Teve hora também que o Missionario disse que os dizimos tambem são talentos, e que deveríamos devolver os dizimos para a igreja, como foi feito na parábola.

Já na igreja não teve quem pedisse dinheiro, nem nada relacionado a isso, como na Assembleia de Deus, que existe o momento das ofertas.
 
Às 16h30 algumas pessoas, das pouquíssimas que estavam lá foram embora. Chegaram mais dois homens de idade, voltando a ter quatro homens. E as mulheres se foram.

Não entendi em qual momento acabaria a reunião, ou se já havia acabado. Como eu não havia almoçado ainda, e já eram quase 17 horas, eu me senti na liberdade de ir embora, pois só havia a rádio ligada.

Gostei muito da igreja, apesar de estranhar a liturgia do culto, e também pela igreja ser vazia daquela maneira. Saí sem ouvir a mensagem do pastor, mas acho que a palavra era via radio naquele dia.

Sai de lá  bem. O  ápice foi a oração e os louvores. O ponto negativo foi a liturgia confusa, a falta de instrumentos e banda, não haver qualquer instrumento que acompanhe os louvores. Lá não tem nada disso. E nessa falta os presentes ouvem a rádio a maior parte do tempo. Essa ideia não me agrada.

Se eu pretendo voltar? Sim, assim que Deus me tocar para voltar!

Paz e graças.
__________

Eloi Oliveira tem 26 anos, pertence à Congregação Cristã no Brasil em Ribeirão Preto, São Paulo. Postou o texto na rede social Orkut, na comunidade Igrejas Pentecostais.

Veja mais:

Lana Holder debocha da Assembleia de Deus e da Igreja Deus é amor e Lourival de Almeida dá a resposta

Encontro inusitado: pastores Marco Feliciano e Daniel Miranda da Deus é Amor

domingo, 10 de janeiro de 2010

Seis razões importantes para estudar as Escrituras

Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia - Pirituba - SP
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1 - Preparar-se para fazer missões e evangelismos:
"Então ele disse: Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas" - Marcos 16.15.


2 - Ter orações respondidas:
"Se vocês ficarem unidos comigo, e as minhas palavras em vocês, vocês receberão tudo o que pedirem" - João 15.7.


3 - Ser cristão eficaz:
"Faça todo o possível para conseguir a completa aprovação de Deus, como um trabalhador que não se envergonha do seu trabalho, mas ensina corretamente a verdade do evangelho" - 2ª Timóteo 2.15.


4 - Estar preparado para enfrentar oposições da maneira correta:
"Meus filhinhos, o fim está perto. Vocês ouviram dizer que o Inimigo de Cristo vem. Pois agora muitos inimigos de Cristo já têm aparecido, e por isso sabemos que o fim está chegando" - 1ª João 2.18.


5 - Progredir espiritualmente:
"Porém continuem a crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" - 2ª Pedro 3.18 a.


6 - Vencer paradigmas:
"Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele" - Romanos 12.2.

E.A.G.
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Nova Tradução na Linguagem de Hoje

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pastorado feminino - notícias da Convenção Geral da Assembleia de Deus nos Estados Unidos




Por JC Santos


As Assembleias de Deus norte-americanas se reuniram em Orlando, na Flórida, para o 53º Concílio da Convenção Geral, entre 4 e 8 de agosto. Cerca de 30 mil delegados eram esperados no encontro. Muitos outros milhares puderam acompanhar através de uma cobertura maravilhosa, ao vivo, de alta resolução, online. Todas as reuniões plenárias foram transmitidas diretamente, sem cortes. As únicas interrupções eram as pausas para votar e para os períodos de alimentação. Os cultos também foram transmitidos ao vivo e com alta qualidade. Talvez a nossa Convenção Geral no Brasil se inspire para fazer o mesmo – será que seria tão respeitosa quanto os nossos irmãos denominacionais norte-americanos?

As notícias principais são:
O Pastor George Wood foi eleito com mais de 80% dos votos dos delegados presentes ao cargo de presidente da Convenção Geral dos Estados Unidos.
Atualmente ele servia no cargo de presidente concluindo a gestão do Pastor Thomas Trask, que serviu como líder das Assembléias de Deus Americanas por 14 anos e havia deixado o cargo vago, renunciando em 2007. Nesta Convenção de 2009 então o conclave elegeria o próximo presidente. Assim sendo, não foi o caso de reeleição, foi uma eleição. Anteriormente a isso, George Wood estava servindo como Secretário Geral da Convenção.
Pastor Wood, mesmo assumindo a vaga deixada pelo Pastor Trask temporariamente, demonstrou uma fenomenal liderança e eficiência em expansão administrativa e ministerial da denominação além de trazer uma estabilidade entre os ministros jovens e mais maduros atuantes hoje. O apoio à próxima geração é fantástico.
O conclave também aprovou importantes resoluções, entre elas estão a adoção de uma quarta razão para a existência do Concílio. A saber, o estabelecimento de ministérios que visam a atender as necessidades humanas, exercendo amor e compaixão através do serviço. Esta adoção vem a juntar-se às outras três razões para a existência da denominação (evangelizar o mundo, adorar a Deus e preparar os crentes para o serviço divino.
Outras resoluções determinaram a retirada da obrigatoriedade do ministro credenciado de pregar um determinado número de vezes por ano, que também o ministro credenciado esteja envolvido ativamente em um ministério, e a reafirmação da declaração da evidência inicial de falar em línguas como sinal do Batismo com o Espírito Santo.
Neste concílio também foi reconhecida pela primeira vez uma mulher ministra no Presbitério Executivo. A Pastora A. Elizabeth Grant. As Assembléias de Deus Americanas concedem licenças às mulheres que exerçam o ministério nos USA – a prática é seguida pela maioria das igrejas Assembléias de Deus ao redor do mundo. O Brasil é uma exceção neste tema em particular.

J. C. Santos é estudante de Teologia, 33 anos, carioca, casado, residente em Boca Raton, Flórida, Estados Unidos.

Texto adaptado ao blog.

Fonte: Falando Sério