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terça-feira, 27 de setembro de 2022

Os cristãos e a perspectiva das Escrituras Sagradas sobre o envolvimento com a política

Visão de Jerusalém a partir do Monte das Oliveiras

O Brasil atravessa um momento em que o brasileiro está exposto ao seu direito e dever de escolher representantes políticos para cinco cargos: presidente da República, governador, senador, deputado federal, deputado estadual. No meio cristão, há quem sinta repúdio ao interesse de crentes por suas preferências por determinados candidatos e chegam até a dizer que e predileção seria prática idólatra. Será? Talvez para alguns, mas jamais para todos.

"O diabo não seria tão perigoso se se mostrasse como realmente é. Por isso ele precisa se mostrar como anjo de luz. Irmão, você consegue, por um momento, fazer uma análise crítica com base bíblica para si mesmo e dizer com plena certeza que isso não é idolatria?" - indagou determinado cristão evangélico em uma rede social. Esta pessoa recebeu minha resposta, e tive o incentivo para escrever o que está a seguir.

Dentro do cenário político brasileiro, damos graças a Deus por existir o regime que dá liberdade de o povo escolher autoridades do Executivo e Legislativo, nas esferas federal, estadual e municipal. Os crentes se  posicionam na condição de eleitores, pois a eles está delegado o poder de escolher pelos votos da maioria dos cidadãos quem serão seus representantes. A ação de votar é uma questão obrigatória no Brasil, vai além do prazer, todos os brasileiros alfabetizados e maiores pode 18 anos de idade devem fazê-lo até completar 70 anos. Aliás, para aqueles que amam sua família e amigos, além do dever legal existe uma dose de alegria em participar da eleição, pois é perceptível que dessa forma é possível criar um futuro melhor para todas as pessoas que amamos - se votamos bem informados.

1. Deus referiu-se a Nabucodonosor, chamando-o de "meu servo". Nabucodonosor foi o fundador do Império Babilônico, o maior entre os reis da Babilônia, aquele que apossou-se das terras que o Senhor descreveu como terra que mana leite e mel e havia dado aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó e sua descendência. Era um rei que exigia ser adorado como um deus, situação esta que vai de encontro com o que o Senhor deseja de todos seres humanos. 

"Eu fiz a terra, os seres humanos e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder e com o meu braço estendido, e a dou a quem eu quiser. Agora eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo. Até os animais selvagens eu entreguei a ele, para que o sirvam. Todas as nações servirão a ele, a seu filho e ao filho de seu filho, até que também chegue a vez da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis o fizerem seu escravo" - Jeremias 27.5-7.

2. Ciro, o fundador do Império Persa, também chamado Artaxerxes [interpretado no filme 300 por Rodrigo Santoro], no sentido do exercício da fé ao Criador, jamais foi uma pessoa que serviu a Deus reverentemente. No tempo em que estava vigente o Decálogo, com "não terás outro deus além de mim", submetia as nações sob seu domínio cobrando altos impostos mas não interferia na forma de culto de nenhuma nação dominada. Apesar disso, o Criador fez referência a ele como "meu pastor" e "meu ungido".

"... que digo acerca de Ciro: Ele é meu pastor e realizará tudo o que me agrada; ele ordenará acerca da Cidade de Jerusalém: ‘Tu serás reedificada!’, e quanto ao templo: ‘Eis que teus alicerces sejam lançados!'" - Isaías 44.28 NAA.

"Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para submeter as nações diante dele, para desarmar os reis, e para abrir diante dele os portões, que não se fecharão" - Isaías 45.1.

3. Quando Jesus era humilhado e torturado com açoites, Pilatos disse-lhe que tinha autoridade para soltá-lo, então Cristo respondeu a ele: "O senhor não teria nenhuma autoridade sobre mim se de cima não lhe fosse dada" [João 19.11].

Em carta destinada aos membros da igreja em Roma, Paulo repercute o que Jesus disse a Pilatos. O apóstolo recomenda aos cristãos que não se rebelem contra as autoridades, pois rebelar-se contra elas é fazer rebelião contra o próprio Deus que as instituiu como seus ministros para o nosso bem. Aos governos, o cristão é ensinado a pagar impostos; a prestar respeito e honraria [Romanos 13.1-7].

Escrevendo para Timóteo, Paulo recomenda a ele que ensine aos cristãos na igreja em Éfeso o seguinte: "Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade" [1 Timóteo 2.1-2].

4. Sobre o episódio do sepultamento de Jesus, encontramos em Mateus 27.59; Marcos 15.43; Lucas 23.51 e João 19.38-40 o relato sobre José de Arimateia, comerciante rico, político, senador e discípulo oculto de Jesus Cristo. Usando seu prestígio na esfera política, não hesitou em abandonar seu segredo e confessar sua fé para evitar que o corpo de Jesus fosse jogado no campo para ser devorado pelas feras, como acontecia com os cadáveres de pessoas crucificadas. Ele foi até Pilatos, solicitou autorização para ter acesso ao corpo do Mestre e dar-lhe um sepultamento honroso. Ao agir assim, este senador cumpriu uma profecia proferida 740 anos antes de Jesus nascer. 

Está escrito em Isaías 53.9: "Designaram-lhe a sepultura com os ímpios, mas com o rico esteve na sua morte, embora não tivesse feito injustiça, e nenhum engano fosse encontrado em sua boca".

O cumprimento desta profecia está registrada assim no Evangelho de Cristo escrito por Mateus 27.57-60: "Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi até Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse entregue. E José, levando o corpo, envolveu-o num lençol limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que ele tinha mandado abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do túmulo, foi embora."

5. É importante fazer uma exegese dos termos adoração [lá no grego koiné "latria"], veneração [grego: "dulia"] e devoção [hiperdulia]. Vejamos:
• Latria: Só Deus e Jesus devem ser adorados, se "latria" não estiver focado no Criador e em Cristo não precisamos dizer que são atitudes pecaminosas.
• Dulia. Prestação de honra.
• Hiperdulia: Junção dos termos "hiper" e "dulia". Hiper tem a conotação "acima de" e "dulia", como já mostrado, é "devoção". Refere ao coração totalmente dedicado, e se for a Deus e Cristo, não há nada de condenável.
Estas três atitudes, principalmente a prestação de honrarias [dulia], muitas vezes são confundidas com idolatria ["latria" e "hiperdulia"]. Mas nenhuma das três atitudes, embora pareçam ser, de fato o são. Quando o ser humano as pratica tendo em vista obedecer a orientação de Deus, ele faz o seu papel de adorador de Deus submetido à Sua vontade soberana e não de um idólatra.

6. Observando atentamente o contexto histórico em relação aos governantes do passado, Nabucodonosor, Ciro e Pilatos, dentro da narrativa bíblica e através dos comentários de historiadores seculares, fica claro que em sua soberania o Senhor fez com que essas autoridades fossem movidas com o objetivo implementar seus planos de abençoar o povo judeu. 

Conclusão: As menções sobre os adjetivos que Deus usou para descrever esses dois monarcas, o comentário de Jesus para Pilatos e os ensinamentos de Paulo aos cristãos, mostram que cabe ao cristão tratar as autoridades contemporâneas como instrumentos de Deus, e respeitá-las, obedecê-las e honrá-las. Ao agir assim, não estamos atribuindo aos seres humanos características sobre-humanas que produzem meios de nos garantir a provisão necessária somente pela força do homem na esfera terrestre. Ao agir assim, através dos nossos atos expressamos fé e toda nossa confiança em Deus, pois sabemos que Ele desempenha seus planos de provisão com misericórdia, é capaz de usar todas as autoridades que instituiu aqui na terra em nosso benefício, sem que mereçamos as bênçãos que nos envia através deles. Acreditamos que Deus age salvando um indivíduo, inumeráveis grupos, povos e nações por meio das autoridades que estabelece neste mundo. 

Respondendo de maneira direta e suscinta: idolatrar é trocar a entronização de Deus no coração por alguém ou algo. Pode existir isso no meio político, tanto pelo lado de quem defende a ideologia de direita como de esquerda. Neste atual cenário de eleição, líderes religiosos orientam os membros das igrejas a orarem pelos candidatos e por quem está no exercício de cargos públicos. Note, se oramos por todos os políticos, eles não são alvos de idolatria, são tratados dentro dos parâmetros circunscritos pela Palavra de Deus. 

O Todo Poderoso está  no centro dos nossos corações. Toda honra e glórias a Deus e apenas a prestação de honra aos que Ele institui como autoridades e instrumentos para o nosso bem-estar.

E.A.G.

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Observações da vida

No corre-corre da vida muitas pessoas acabam sendo  como simples caminhantes, negligenciam o fato que a existência nesse mundo pode nos dar lições importantes, mas para recebê-las é necessário tomar uma atitude que atualmente caiu em esquecimento: ser um indivíduo observador.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Burros, poços secos e a paz há muito esperada por José em exílio

Burros, poços secos e a paz há muito espera1da por José em exílio

Enquanto Jesus se preparava para entrar em Jerusalém na semana anterior à sua morte, disse aos seus discípulos para lhe trazerem uma jumenta para cavalgar. E quando Ele entrou na Cidade Santa no lombo do animal, o povo gritou "Hosana!" e  reconheceu Jesus como "o Filho de Davi". O que levou as multidões a identificar Jesus como o Messias há muito esperado que tinha vindo para os libertar dos seus ocupantes romanos?

Mateus esclarece que Jesus solicitou os animais "para que se

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Abigail - pacificadora, viúva de Nabal e esposa de Davi

Abigail era uma mulher impressionante, incrivelmente inteligente, possuía discrição e beleza, sempre se comportava de modo agradável, nunca indelicada. Casou-se com Nabal - nome que soava parecido com a palavra "tolo" e este é significado do nome. Apesar de ser muito rico, seu esposo era um indivíduo mau caráter, grosso, vulgar, insolente, insensato.


Sua história ocorre cerca de 1005 a.C. , está relatada no livro 1 Samuel, capítulo 25. 

segunda-feira, 28 de março de 2022

O cristão evangélico e a interatividade com Deus

Muito se tem falado sobre a interatividade nos últimos tempos. Sabe-se que o ser humano é capaz de manter relações de troca com o seu ambiente e com as pessoas que são parte dele. Tem a capacidade de influenciar e ser influenciado, incentivar ações e obter respostas. Mas jamais explorou-se tanto esse aspecto de comunicação.

O que significa interação? Diz-se que é o processo de adoção recíproca de papéis, o desempenho mútuo de comportamentos estáticos. Noutras palavras, é o efetivo preenchimento de espaço entre dois seres que se comunicam. Em um modelo ideal, estes indivíduos possuem tanta intimidade, que o pensamento e a postura do primeiro se espelham no segundo, resultando em atitudes e ideias semelhantes.

quarta-feira, 23 de março de 2022

A mensagem de Ageu sobre prioridades

Reflexão em Ageu 2.12-19. Apos Judá voltar do exílio babilônico, a prioridade era reconstruir o templo, situado em Jerusalém, no monte Moriá, também identificado como monte Sião, lugar no qual a fé de Abraão foi provada por Deus, onde Isaque foi oferecido em sacrifício e trocado no último instante por cordeiro (Gênesis 22.2). Eles haviam saído da Babilônia, mas a

segunda-feira, 7 de março de 2022

Que Raabe é essa citada no Livro de Jó 9.13 e 26.12?

Há alguma relação entre a Raabe do livro de Jó [9.13; 26.12] e a personagem do livro de Josué 2.1? Como entender essas passagens do texto bíblico?

Sabemos que o livro de Josué está cronologicamente situado após o êxodo do povo hebreu e durante a conquista de Canaã. É quase consensual entre os cristãos ortodoxos que a autoria do livro é o próprio

domingo, 6 de março de 2022

Juízes 9.7-21 - A parábola de Jotão e a política na igreja

O sistema político é todo viciado no Brasil e a metodologia está totalmente corrompida? Rui Barbosa disse no início do século passado que "chegaria o tempo em que os homens de bem, devido a pujança da corrupção estabelecida no caráter da maioria das pessoas, teriam vergonha de serem honestos." Esse tempo chegou?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

A divindade de Jesus Cristo na vida dos cristãos

Deus disse a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Disse mais: Assim você dirá aos filhos de Israel: "Eu Sou me enviou a vocês." Deus disse ainda mais a Moisés: Assim você dirá aos filhos de Israel: "O Senhor , o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vocês. Este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração." Êxodo 3.14,15.

A expressão "Eu sou" dá o nome transliterado Jeová (Yahweh), explica o nome pessoal do Deus de Israel e indica Sua natureza. Com toda probabilidade, o nome de Deus

sábado, 4 de dezembro de 2021

Ester - rainha hebreia bela, sábia, corajosa e fiel a Deus

Ester era uma bela moça judia que vivia em Susã no tempo de Assuero, rei da Pérsia, também conhecido pelo nome grego Xerxes. Entre os 66 livros da Bíblia, um carrega seu nome. Uma das características mais evidentes do Livro de Ester é a ausência total de referência a Deus, ao templo, a Jerusalém e à lei. Neste sentido, a obra parece ser um livro secular cujo relato é apresentado no plano puramente humano da história. Não obstante, o livro trata do povo escolhido de Deus e faz parte tanto do cânone judaico como do cristão, devendo, portanto, ser entendido no contexto canônico da história da redenção.

O livro narra a história de uma jovem admirável conhecida como Ester, cuja vida é cheia de lances que envolvem amor, ódio, ganância, vaidades, traição, medo,

terça-feira, 21 de setembro de 2021

O poder da fraqueza

Uma das histórias bíblicas que mais gosto é a de Davi e Golias. Ao que parece, todas as manhãs os israelitas se alinhavam ao redor da colina, preparados para guerrear contra os filisteus, Golias descia ao vale. E ficava ali, bem armado para a luta, com o escudeiro ao lado; gritando com o exército israelita, desafiando-o à ir pegá-lo! À essa altura, todo o exército israelita se virava e fugia para o acampamento (1 Samuel 17.1-24).

Parece que isso vinha ocorrendo havia já algum tempo, quando Davi apareceu no cenário. Depois de discutir um pouco com seus irmãos, Davi apanhou cinco pedras e desceu ao vale, a fim de

quinta-feira, 1 de julho de 2021

O sucessor do rei Saul: Isbosete ou Davi?

Muita gente não sabe, mas Davi não assumiu o trono logo após a morte de Saul. Quando o rei perdeu a vida na batalha contra os filisteus, os três filhos mais velhos pereceram com ele. Prevendo que Davi seria aclamado rei, Abner, primo e comandante-chefe do exército de Saul, fez com que Isbosete* (אִישׁ־בּשֶׁת, lê-se Ish-Boshet), o quarto filho do rei Saul, aos quarenta anos, se tornasse o último representante de sua família a ser rei de Israel.
  
Seu nome era originalmente Esbaal (1 Crônicas 8.33; 9.39), que significa "homem de Baal". Baal, cujo significado era “mestre”, um título de dignidade. Como o nome passou a ser cada vez mais

terça-feira, 22 de junho de 2021

A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Os livros 1 e 2 Reis foram escritos logo depois do ano 561 a.C., tem sua autoria atribuída ao profeta Jeremias, sobrevivente aos eventos da queda de Jerusalém. Embora o autor seja Jeremias, o livro termina mencionando o reinado de Evil-Merodaque, sucessor do rei Nabucodonossor, que reinou entre 561-559 a.C. (2 Reis 25.27), posterior à época de Jeremias, isto aponta que houve o trabalho de um revisor. Porém, a revisão não retirou a inspiração espiritual dos livros, pois são citados no Novo Testamento por Jesus Cristo (1 Reis 17.9; 18.1; 2 Reis 5.14; Lucas 4.25-27).

Os livros traçam a ascensão da nação de Israel e a sua degradação após a divisão do reino. O critério que o autor de Reis utiliza para legitimar o sucesso ou tecer censuras do reinado dos reis descritos por ele, que começam de Salomão e terminam com os exílios assírio e babilônico, é o quanto cada um deles reconhece o Templo de Jerusalém como único santuário legítimo, de não adorar outros deuses e da conservação ou não do hábito de oferecer sacrifícios nos lugares altos.

Reis traz uma teologia narrativa, onde as histórias se entrelaçam com os conceitos teológicos e éticos, conta uma história de culpa, com juízos fortes e sem versões neutras, relata o relacionamento tenso entre profetas e reis, trocas de governos pacíficas e violentas, decisões justas e, por vezes, sábias, de momentos de cultos e de guerras. 

I - A SABEDORIA DE SALOMÃO

1. A virtude da sabedoria.

Como porta-voz de Deus, o profeta Natã levou a Davi uma mensagem repleta de promessas (1 Crônicas 17.1-15). Davi teria descendentes que seriam reis de Israel para sempre (versículos 11,12 e 14; Salmos 18.50; 89.3-4, 26-27, 36-37; e 132; Isaías 9.5-6; 11.1-10; 16.5; Miquéias 5.2). Isto se cumpriu de modo parcial, mas irá se cumprir em definitivo no reino vindouro do Messias. No Novo Testamento, essas promessas são interpretadas como profecias a respeito de Jesus, descendente de Davi por parte de José (João 7.42; Atos 2.30). E por este motivo Jesus, o Messias, é chamado de Filho de Davi.

Salomão foi o terceiro rei do reino unido de Israel, reinou de 970 a 931 a.C. Em sua juventude, não se deixou levar pelo desejo das riquezas ou de outras coisas que parecem agradáveis aos homens. Ele preferiu pedir sabedoria. A solicitação não estava voltada para a ambição egoísta, mas para a necessidade de governar bem o povo de Deus (1 Reis 3.11-14). Com certeza, este desejo residia no fato de sentir-se desafiado pelo exemplo de seu pai, Davi, a tornar-se um homem sábio.

Davi expressou-se dessa maneira: "Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia! O teu mandamento me torna mais sábio do que os meus inimigos, porque eu o tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais entendido do que os idosos, porque guardo os teus preceitos. De todo mau caminho desvio os meus pés, para observar a tua palavra" - Salmos 119.97-101 (NAA).

A virtude da sabedoria diz respeito a como aplicar os mandamentos de Deus na vida prática. A virtude da sabedoria deve ser uma marca do cristão autêntico. É expressada a partir de uma vida virtuosa, através da manifestação de reverência a Deus. Os crentes em Cristo são abençoados em tudo o que fazem quando com sinceridade de coração atendem à vontade do Senhor.

2. O sábio pede sabedoria.

Quando o rei Davi morreu, seu filho Salomão assumiu o trono. Sua busca fiel leva-o para uma aparição noturna de Deus em seu sonho (1 Reis 3.5), quando o Senhor o convida a pedir em oração qualquer coisa que desejasse. Ele ainda era jovem, e a enorme responsabilidade pesou sobre ele, humildemente admitiu que precisava de ajuda e pediu sabedoria para governar com justiça e saber discernir entre o bem e o mal. 

Deus ficou tão satisfeito com o pedido de Salomão, após lhe conceder uma sabedoria extraordinária, como ninguém havia portado, prometeu-lhe acrescentar riquezas, bens, honras e vitórias sobre os inimigos, que ele não pediu (3.12,13). Nesta ocasião, Salomão fez uma das orações mas conhecidas na Bíblia. Em sua petição, expôs a Deus várias coisas:
a. Reconheceu a sabedoria de Deus e a forma como agiu no passado. Ainda que Davi, seu pai, estivesse longe da perfeição como ser humano, possuía retidão de coração. Lembrou-se da benevolência que Deus usou para com Davi, reconhecendo que ele mesmo, Salomão, é fruto dessa bondade divina ao ser um escolhido de Deus (1 Reis 3.6);
b. Reconheceu a sua fraqueza e mostrou-se uma pessoa humilde no pedido de sabedoria (1 Reis 3.7b).

c. Reconheceu que a nação que iria governar não era dele, nem a coroa que estava sobre sua cabeça, mas que Deus estava acima de tudo e havia elegido um povo numeroso e complexo do qual seria o rei, dessa forma pediu um coração compreensivo, capaz de ouvir e entender, apto a discernir entre o bem e o mal (1 Reis 3.8).
Em sua sabedoria, Salomão foi o mais sábio de todos os reis, ganhou fama por ser mais sábio do que todos os indivíduos famosos por causa da sabedoria que possuíram, sobressaiu a todos os homens do Oriente e todos os homens do Egito (1 Reis 4.30-31; Mateus 2.1-12). Fez observações cuidadosas do mundo natural e de como ele funciona, desde o mais alto cedro, árvore do Líbano, à pequena planta hissopo.

Além da sua sabedoria na condução do reino, Salomão escreveu provérbios e cânticos aos milhares (1 Reis 4.32). Boa parte deles integra os livros de Provérbios, Eclesiastes e Cantares. Dois Salmos também são atribuídos a ele: os Salmos 72 e o 127.

3. A sabedoria na prática da vida.

Uma conceituação bíblica de sabedoria seria a correta compreensão da realidade e a base de uma vida ética e moral elevadas (Jó 11.6; Provérbios 2.6). Surge de atitudes de coração e mente e expressa-se através da reverência ao Senhor, em prudência, cuidados e acolhimento nas relações humanas e institucionais (Jó 28.28). Aplica-se na boa administração e liderança (1 Reis 10.4,24; Salmos 105.16-22; Atos 7.10) e em técnicas de perícia (Êxodo 25.3; 4.28).

Será que a sabedoria foi um dom concedido apenas a Salomão naquela época, e nunca mais nenhum ser humano teve a oportunidade de ser sábio? Nosso Deus é muito generoso e deseja que todos nós sejamos sábios. É preciso aceitar a sabedoria que o Senhor oferece, muitos a rejeitam considerando que a sabedoria desse mundo é melhor (Provérbios 1.7,15).  

O pedido de sabedoria feito por Salomão a Deus aponta para a maturidade espiritual que Deus deseja para seus filhos. Na sabedoria do alto há força motriz à pacificação, à gentileza, à misericórdia e aos bons frutos. Existe virtude, pureza, sinceridade, jamais se comporta com ambiguidade (duplo sentido). Portanto, quem se vê necessitado de sabedoria espiritual deve pedi-la ao Senhor o quanto antes, sem duvidar, depositando sua convicção no Todo-Poderoso (Tiago 1.5-8). 

É necessário considerar que Deus dá sabedoria liberalmente e não lança em rosto nenhuma solicitação. A pessoa que recebe a sabedoria divina conquista um relacionamento íntimo com Deus, demonstra bom senso em seus posicionamentos, é capaz de corresponder à ética de Deus, destacando-se em seu círculo social através do bom trato e da mansidão. ao rejeitar a inveja e o sentimento faccioso, permanecendo distante de conflitos físicos, perturbações e ações perversas.

II - A CONSOLIDAÇÃO DO PODER

1. A glória do reino de Salomão.

A paz e a prosperidade de Israel se basearam na influência dominante que Salomão exerceu sobre todos os reinos desde o Eufrates até a terra dos filisteus e até a fronteira do Egito. A extensão chegava à Tifsa, cidade importante no Eufrates, a 121 Km ao sul na rota comercial entre Síria e a Mesopotâmia, até Gaza, na costa ocidental da Palestina, no extremo sul da Filístia. O domínio de Israel de então, correspondia à extensão territorial que Deus prometeu a Abraão (Gênesis 15.18).

O governo realizado por pessoa justa, sob a bênção de Deus, quando seu líder prospera, o povo se alegra (Provérbios 29.2). Durante o início do reinado de Salomão, Judá e Israel comiam, bebiam, viviam satisfeitos, pois a sabedoria que o rei havia recebido produziu um sistema econômico que não oprimia a população, tão numerosa como a areia que está no mar (Gênesis 22.17; 1 Reis 4.20). Todos habitavam seguros, sob a bênção de Deus, possuindo um grau ideal de independência econômica, algo comparável com a profecia de Miquéias sobre "os últimos dias" quando as espadas se converterão em relhas de arado e todos os homens terão participação na terra (Miquéias 4.1-4).

2. O orgulho precede a ruína.

O início do reinado de Salomão é marcado pelo uso da virtude da sabedoria, mas o final de sua vida foi um fracasso. Por quê? Salomão desprezou a sabedoria dada por Deus e passou a se guiar pela sabedoria deste mundo. Ele não demonstrava arrependimento algum, talvez porque permitiu que a luxúria, as glórias e as muitas riquezas provocassem cegueira espiritual. O coração de Salomão era muito diferente do coração de Davi, que ao pecar se arrependia e consertava o erro cometido. 

O apóstolo Tiago escreveu que existe um tipo de sabedoria que se limita em buscar vantagem em tudo, que planeja habilidosamente o mal, que é maliciosamente calculista visando enganar os outros em benefício próprio. Essa sabedoria é terrena, animal e diabólica (Tiago 3.15,16). 

Enquanto ainda dependente de Deus, Salomão escreveu: "Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as sua veredas" (Provérbios 3.5,6). Infelizmente, ele deixou de confiar em Deus, passou a atribuir seu sucesso às habilidades que possuía, e isso trouxe sérias consequências: perdeu boa parte daquilo que havia adquirido e organizado; a glória que construiu ao reino transformou-se em ruína  quando seus filhos assumiram o trono (1 Reis 11.9-13).

Moisés, na condição de profeta, previu que quando os israelitas entrassem na terra da promessa iriam desejar um rei para os governar, como as nações vizinhas (Deuteronômio 17.14-20; 1 Samuel 8.5, 19, 20; 10.19; 12.12). E estabeleceu parâmetros aos monarcas. 
a. "Não deve multiplicar para si cavalos" (Deuteronômio 17.16a).

Os animais eram usados pelos reinos da época para guerrear. Segundo o número indicado em 1 Reis 4.26, Salomão tinha quatro mil cavalos em estribaria, sendo que alguns manuscritos hebraicos assinala para quarenta mil estrebarias. O número é incerto por conta de equívoco de copistas. Seja um ou outro, ambos os números são exagerados e violam a proibição mosaica. 

Pesquisas arqueológicas encontraram edifícios tripartidos com colunas em sítios da Idade do Ferro, em Megido, Hazor, Bete-Semes e outras localidades, cada unidade tem um salão central ladeado por dois corredores paralelos, separados por fileiras de colunas. Esses edifícios foram identificados por numerosos estudiosos como estrebarias ou estábulos, sendo que muitos reconhecidos como do tempo do reinado de Salomão.

b. "Não deve tomar para si muitas mulheres, para que o seu coração não se desvie" (Deuteronômio 17.17a).

Salomão não prestou atenção a essa orientação, fez alianças políticas com vários reinos antigos em troca de casamentos com princesas desses reinos e outros benefícios econômicos. Com isso, trouxe sérios comprometimentos ao seu reino, construiu castelos imponentes para elas, como no caso da filha de Faraó (1 Reis 3.1; 7.8), e edificou lugares sagrados pagãos para agradar as suas mulheres.

c. "Nem deve acumular muita prata e muito ouro" (Deuteronômio 17.17c).

Os homens que possuem grande soma de dinheiro, inclusive nações, inclinam-se a confiar mais em seu dinheiro e menos em Deus. Infelizmente, Salomão também desprezou essa orientação, organizou os tributos e contribuições do reino de tal forma que, a cada mês, uma das doze tribos era encarregada de manter o palácio real. A prática se mostrou pesada para os súditos, que reclamaram a Reboão, futuro sucessor ao trono, um alívio dessa carga tributária  (1 Reis 4.7; 12.4). Além de tudo isso, Salomão recrutou 30 mil israelitas para serem seus escravos. Essas obrigações foram difíceis de aguentar e resultaram na divisão do reino do Sul e do Norte.
Até mesmo as pessoas mais sábias estão sujeitas à queda quando desprezam a Palavra do Senhor e seguem por caminhos tortuosos. É importante observar que os valores deteriorados não estavam presentes  no início do reinado de Salomão, tomaram espaço na medida que ele permitiu certos desvios fizessem parte de sua vida (1 Reis 11.1,2,4-10).

2.1 O poder e a ambição na vida de Salomão. Poder, prestígio, reputação nos foram dados graciosamente por Deus. O desenvolvimento do reinado de Salomão levou-o a ter muito prestígio e poder. Ele usou positivamente sua influência para estabelecer a paz no seu reino e ser bem sucedido em todos os seus empreendimentos. Mas ao passar o tempo, a arrogância e a ambição egoísta tomaram conta do seu coração de tal maneira que ele se deixou seduzir pelas vantagens do estado de eminência, pela abrangência e inumeráveis possibilidades originadas da monarquia e por todo o predomínio que lhe trouxe a capacidade de impor sua vontade.

O poder é um problema quando assume um lugar de controle excessivo e de anseio egoísta por sempre querer mais poder e autoridade. A situação que inspira preocupação aos líderes cristãos é estabelecer relações de autoridade sobre as pessoas sem criar dificuldades à liberdade individual de seus liderados. O poder e a liderança, quando exercidos sem amor, ferem e matam. 

Jesus usou sua autoridade durante seu ministério terreno para abençoar as pessoas e não para ser servido por elas (Mateus 20.28). Podemos perder qualquer coisa nesta vida, menos a comunhão com o Pai. Ao escolher ser servido, perdemos a comunhão de filhos de Deus. A opulência e a ganância por títulos, cargos e posições sociais causam opressão quando usadas para manipular as pessoas. Jesus nos deu o grande exemplo de sempre respeitar a dignidade e fragilidade de todos os indivíduos. 

2.2 Sobre sexo e luxúria na vida de Salomão: Salomão tinha mil mulheres à sua disposição. As muitas mulheres perverteram o seu coração e o fizeram desviar do propósito inicial do seu reinado (1 Reis 11.3). Ao querer satisfazer os desejos delas, construiu lugares de adoração pagãos. Uma das divindades as quais se inclinou era Astarote, a deusa da guerra e da fertilidade, e uma das formas de adoração era a prostituição sagrada.

Quando a sexualidade tem sua finalidade deformada pelo pecado da lascívia, os resultados geralmente são danosos. Causa destruições da autoestima, da dignidade e da reputação. Exclui a essência da afeição natural, reduz as pessoas envolvidas a um objeto sexual. Limita o relacionamento apenas aos encontros em busca do prazer físico momentâneo, que se segue de uma enorme tristeza da alma quando a conjunção carnal termina.

2.3 Sobre o poder e riqueza de Salomão. Extremamente rico, como o foram poucos de sua época, soube administrar os recursos que havia recebido de Deus, conseguiu negociar e aumentou muito a riqueza ano após ano. Ele fez negócios com várias nações vizinhas sempre com grande perspectiva de lucro. Além disso, sua fama atraía celebridades reais que sempre lhe traziam mais dinheiro e riqueza (1 Reis 4.27,34).  

O problema de Salomão não estava na riqueza acumulada, mas na maneira como ele passou a encará-la. A orientação bíblica não é que se deva ter aversão ao dinheiro ou às riquezas. O que se deve fazer é sempre lidar com o dinheiro de forma altruísta e benevolente (Lucas 8.1-3), fazendo com que ele seja nosso servo para trazer-nos conforto e, ainda, reparti-lo com aquele que não tem e, acima de tudo, fazendo com que sejamos gratos a Deus por tudo o que Ele nos tem dado. Talvez se Salomão tivesse lidado dessa forma com as riquezas, não teria entrado nos caminhos tortuosos que entrou.

III. A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

1. O nobre propósito de Salomão.

Havia pureza no coração de Salomão quando ele era ainda um jovem, foi neste período de sua vida que ele manifestou o nobre propósito de erguer o Templo. Quando havia estabilidade no reinado, ele fez com que se cumprisse a promessa que Deus havia proferido por meio de Natã a seu pai (1 Crônicas 17.23; 2 Crônicas 6.17). Ao construí-lo, esclareceu havia aprovação divina e que não havia idealizado um projeto extravagante, apenas cumpria a promessa que o Senhor havia feito a Davi (2 Crônicas 6.10; 2 Samuel 7.4-11).

Ele disse: "Mas agora o Senhor me deu paz em todas as fronteiras. Eu não tenho inimigos, e não há perigo de ataques. Deus prometeu o seguinte a Davi, o meu pai: 'O seu filho, que eu vou pôr como rei depois de você, construirá um templo para mim.' Portanto, eu resolvi construir um templo para a adoração do meu Deus, o Senhor" (1 Reis 5.4-5 - NTLH). 

2. O templo do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo,  emite importante alerta ao escrever aos crentes da Igreja em Corinto. Exorta-os esclarecendo que o cristão, tanto coletivamente, como Igreja (1 Coríntios 3.16; Efésios 2.21-22), quanto individualmente (6.19) é um santuário do Espírito Santo. Nestas duas situações, o cristão não pertence a ele mesmo, pois o Espírito vive dentro de cada pessoa convertida a Cristo, fazendo com que o corpo de cada crente seja o seu templo.

A Igreja toma o lugar do Templo de Jerusalém, pois o Espírito Santo vive nela, Paulo acentua, em 1 Coríntios 3.17 (considerar o contexto de 3.1-23), que a Igreja como um todo tem o compromisso de continuar a ser o que é, ou seja, Templo do Senhor. Nesta condição, nenhum cristão deve se considerar mais importante que o outro, ninguém deve se comportar como se pertencesse a esse mundo, mas viver como pessoas guiadas pelo Espírito Santo.

Ao ler 1 Coríntios 6.12-20, descobrimos que havia cristãos em Corinto afirmando que nada que a pessoa faz com o corpo afeta o espírito. Portanto, o cristão teria liberdade de fazer o que quisesse com o seu corpo, até mesmo ter relações sexuais ilícitas, pois isso nada teria a ver com seu espírito. Porém, existe uma união espiritual entre o cristão e Cristo.

É preciso zelar por nosso corpo, pois Paulo declara  que o corpo do cristão será ressuscitado (versículo 14), faz parte do corpo de Cristo (versículo 15), é templo do Espírito Santo, foi dado por Deus, não pertencemos a nós mesmos, pertencemos a Deus (19). Nós fomos comprados por Cristo durante o sacrifício na cruz por bom preço, e assim sendo, o corpo do crente deve ser usado para a glória de Deus (20). Então, não cabe aos crentes a prática da imoralidade sexual, pois se consiste em pecado contra o corpo e ataca diretamente a união sagrada do crente com Cristo.

3. A glória do Senhor.

A glória do Senhor se manifestou no Templo construído por Salomão duas vezes, depois de pronto. A primeira vez foi quando os sacerdotes levaram a Arca para o lugar Santíssimo (1 Reis 8.11; 2 Crônicas 5.17). A segunda ocasião foi quando Deus respondeu a Salomão na inauguração do Templo (2 Crônicas 7.1-3).

Durante a inauguração do templo, uma nuvem encheu o local, os sacerdote não conseguiram ficar para ministrar por causa da nuvem, caíram de joelhos, algo semelhante ao que aconteceu quando a Tenda da Presença de Deus foi consagrada (2 Crônicas 5.13; Êxodo 40.34-35). A nuvem representava a manifestação visível da glória de Deus e da sua santidade (Números 14.10; Ezequiel 1.28), sendo que a suprema revelação da glória do Senhor  foi feita em Jesus Cristo (Lucas 9.32; João 1.14).

É importante conhecer tudo a respeito da glória de Deus. A presença de Deus é o segredo do poder da Igreja, sem a glória do Senhor na Igreja ela não passa de uma instituição humana, com a glória presente ela é um organismo vivo, espiritual, diferente de qualquer outra coisa na face da Terra.

CONCLUSÃO

Não houve na época de Salomão um homem com tanta sabedoria quanto ele, e que tivesse condições de empregá-la com justiça e correção. Seu reinado é descrito como a era de ouro de Israel. A sabedoria que Deus lhe deu serviu de bênção a ele e aos israelitas de seu tempo. Ajudou-o construir o grande templo para o Senhor, a proteger Israel, estabelecer alianças comerciais lucrativas, construir um grande palácio e edifícios suntuosos, levantar fortalezas, estruturar um reino forte e seguro e descansar em prosperidade. Mas esse quadro maravilhoso tornou-se obscuro quando ele deixou de honrar o nome do Senhor. Foi quando o povo passou a ser oprimido e sobrecarregado com sua política de impostos onerosos e trabalhos forçados, enquanto em sua corte havia tempo para o lazer cultural e para o gozo da beleza feminina. Tudo isso, mais a introdução de culto idólatra para agradar suas esposas estrangeiras, levaram à divisão do reino após sua morte (1 Reis 11.1-13).

Tudo o que fizermos, que seja feito com pureza de coração.


Compilações
Bíblia da Família - coletânea de textos de Jaime e Judith Kemp. Edição 2008.  Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil - SBB.
Bíblia de Estudo do Expositor. Edição 2017. Baton Rouge, LA, Estados Unidos. Ministério de Jimmy Swaggart.  
Bíblia de Estudo Holman. Edição 2018. Bangu. Rio de Janeiro - RJ - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD.
Bíblia de Estudo NAA. Edição 2020. Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil - SBB.,
Bíblia de Estudo NTLH. Edição 2015. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil - SBB.
Enciclopédia da Bíblia - John Drane. Edição 2009. Edições Loyola / Paulinas. São Paulo -SP.
O Plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da Nação. As correções e Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel. Claiton Ivan Pommering. 1ª Edição 2021. Bangu. Rio de Janeiro - RJ. Casa Publicadora das Assembleias de Deus..

segunda-feira, 31 de maio de 2021

CPAD EBD 3º tri. 2021: O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação. Correções, Ensinamentos Divinos no Período dos reis de Israel

Lições Bíblicas para adultos - 3º trimestre de 2021.

Entre 4 de julho e 26 de setembro de 2021, os alunos da revista Lições Bíblicas estudarão os livros de 1 e Reis. As lições abordarão o reinado de Salomão, a ida do povo de Deus ao cativeiro babilônico, os reinos de Israel e Judá até o exílio babilônico. Reforço devocional e teológico indispensável aos que amam a Palavra de Deus. 

Tema: O Plano de Deus para Israel em meio à Infidelidade da Nação: As Correções e os Ensinamentos Divinos no Período dos Reis de Israel

Comentarista: Claiton Pommerening

Lição 2- O Reino Dividido: Jeroboão e Roboão
Lição 3- Acabe e o Profeta Elias
Lição 4- Elias e os Profetas de Aserá e Baal
Lição 5- O Reinado de Acazias
Lição 6- O Profeta Elias e Eliseu, seu Sucessor
Lição 7- O Ministério de Eliseu
Lição 8- Naamã É Curado da Lepra
Lição 9- O Reinado de Joás
Lição 10- O Cativeiro de Israel: Reino do Norte
Lição 11- O Reinado de Ezequias
Lição 12- O Reinado de Josias
Lição 13- O Cativeiro de Judá

sábado, 12 de dezembro de 2020

Hulda: a profetisa escolhida por Deus na geração de Jeremias e Sofonias

Por Eliseu Antonio Gomes

A Bíblia Sagrada não fornece muitos detalhes sobre Hulda, profetisa em Jerusalém numa época em que poucos judeus davam ouvidos ao Senhor. As informações que encontramos sobre ela nos esclarece que esta mulher soube viver em comunhão com Deus em tempo de apostasia generalizada. A história de Hulda encontra-se em 2 Reis 22.14-20 e 2 Crônicas 34.19-22.

Durante o reinado de Josias, o sacerdote Hilquias encontrou o Livro da Lei na Casa do Senhor  e este o entregou a Safã, e este leu-o para o rei. Então, quando Josias tomou ciência da situação de rebeldia espiritual praticada pela nação que ele era o líder, cheio de grande temor rasgou-suas vestes, ficou muito preocupado, entristeceu-se muito e, querendo tomar decisões corretas, ordenou: "Vão consultar o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá, a respeito das palavras deste livro que foi encontrado. Porque é grande o furor do Senhor, que se acendeu contra nós, porque os nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem segundo tudo o que está escrito a nosso respeito (2 Reis 22.13).

Apesar de os profetas Jeremias e Sofonias ainda estarem vivos, Hilquias, e os mensageiros do rei, Aicão e Acbor, procuraram a profetisa Hulda, que morava no bairro novo de Jerusalém, era esposa de Salum, o encarregado das vestimentas da Casa do Senhor. (2 Reis 22.11-14; 2 Crônicas 34.19-22). Eles contaram-lhe o que havia ocorrido.

Hulda foi escolhida por Deus para entregar a mensagem divina ao monarca. Caso fosse entregue por Jeremias ou Sofonias, não há dúvida de que seria o mesmo recado, porém, através de uma mulher o modo de dizer veio em um tom  ameno e encorajador como Josias necessitava recebê-lo.

Hulda pronunciou-se desta maneira: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 'Digam ao homem que os enviou a mim: ‘Assim diz o Senhor: Eis que trarei desgraça sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que o rei de Judá leu. Por terem me abandonado e queimado incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará.' Mas ao rei de Judá, que os enviou para consultar o Senhor, digam o seguinte: 'Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, a respeito das palavras que você ouviu: Visto que o seu coração se enterneceu e você se humilhou diante do Senhor, quando ouviu as ameaças que fiz contra este lugar e contra os seus moradores — que seriam objeto de horror e de maldição —, rasgou as suas roupas e chorou diante de mim, também eu ouvi a sua oração, diz o Senhor. Por isso, deixarei que você morra e seja sepultado em paz, e os seus olhos não verão todo o mal que trarei sobre este lugar.' ” (2 Reis 22.14-20).

Os enviados do rei entregaram-lhe a mensagem. Ao ouvir a profecia, o rei Josias tomou a decisão de renovar sua aliança com o Senhor. Tomou outras atitudes importantes, entre estas atitudes estava fazer com que o povo de Israel seguisse os estatutos e mandamentos que estavam escritos no Livro da Lei, isto é, servisse ao Senhor de todo o coração e abandonasse a idolatria. Para isso, empreendeu a reforma do Templo, que havia sido esquecido por reis anteriores, para que os israelitas voltassem a adorar a Deus (2 Reis 21.20-22; 22.3-7; 2 Crônicas 33.1-10; 34.8-34). 

Em meio à mensagem de condenação, Hulda encontrou palavras de encorajamento ao rei Josias. Através do seu exemplo, vemos que Deus busca instrumentos para transmitir sua mensagem, pessoas dispostas a obedecê-lo, independente se é um coração masculino ou feminino. Aprendemos que é preciso informar a verdade proveniente do Espírito Santo e que ao sermos firmes não precisamos ser rudes. 

Dizer a verdade é uma responsabilidade que, como cristãos, não podemos negligenciar jamais.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

A Teologia de Eliú - o sofrimento é uma correção divina?

Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

O nome Eliú é hebraico e significa "Ele é Deus" ou "Ele é o meu Deus". Era o mais jovem dos amigos de Jó (32.2-6;  32.2-6; 35; e 36). 

Eliú surge no livro de modo inesperado, quando parecia que o debate teria um desfecho (32.15). Ele não é mencionado além desta aparição, nem sequer quando Deus pronuncia seu veredito sobre Elifaz e seus amigos (42.7). Tal situação leva alguns a pensarem que o conteúdo seria um adendo inserido no livro pelo autor, com o propósito de acrescentar algumas coisas à série de discussões.

A longa intervenção de Eliú interrompe a continuidade do poema. O desafio lançado por Jó (31.35-37) aguardava a resposta de Deus, que só é vista no capítulo 38. Eliú argumenta dizendo que Jó tentava justificar-se aos olhos de Deus. Ao fazer isso, Eliú demonstrou pensar que estava acima de todos os demais naquele debate teológico.

I - O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS

1. Deus é soberano

Por que Deus é soberano? Porque Ele é um ser onipotente, onisciente e onipresente.

Em sua onipotência, Deus faz tudo o que lhe apraz sem que suas ações ocorram em contrário à sua natureza justa e bondosa. Tal característica está registrada nas Escrituras Sagradas. Encontramos as expressões do seu poder infinito nas seguintes referências: Gênesis 1.1; Jó 26.14; Salmos 62.11; 89.8-13; Jeremias 10.12-13; Mateus 19.26;  Romanos 4.27; 8.31.

A onisciência de Deus, admirável atributo exclusivo da sua divindade, abrange todas as coisas. Engloba o passado, o presente e o futuro. Ele tudo sabe, contudo não interfere sobre a liberdade de escolhas do ser humano. A onisciência divina é claramente afirmada pelas Escrituras: Jó 34.21-22; Salmos 139.1-4, 12; e 147.5; Atos 15.18; Hebreus 4.13.

Por meio de sua onisciência, Deus é capaz de manifestar sua presença em todos os locais ao mesmo tempo. Não há outro ser capaz de estar presente simultaneamente em todos os lugares. O centro de Deus está em todo o espaço e nele não há circunferência limitadora. Através da onisciência, Deus manifesta sua justiça, bondade e sabedoria. Salmos 139.7-10; Provérbios 15.3; Amós 9.2-3; Atos 17.28; Efésios 1.23.

Como soberano, Deus pode se revelar e falar por meio do sofrimento. Ainda que Deus seja soberano no que diz respeito a tudo, o ser humano é responsável pelos seus próprios atos. Em sua soberania, Deus pode manifestar-se em períodos de grande aflição de espírito, padecimento físico, dificuldades diversas. Junto com a prova o Senhor fornece a estrutura para suportar a adversidade e meios de escapes, pois ama os aflitos e não sente alegria alguma ao presenciar pessoas sofrendo. Ver 1 Corintios 10.13.

2. O orgulho do homem priva-o de ouvir Deus

O orgulho humano é um obstáculo que dificulta ouvir a Deus. Quando uma pessoa fica cheia de si mesma, está muito próximo de seu tombo. Não é em vão o alerta em Provérbios 16.18: "Antes da ruína vem a soberba, e o espírito orgulhoso precede a queda". A caída pode ser literal ou apenas figurativa. Perder ou diminuir prestígio, experimentar a decadência financeira e a cessação de influência em grupo podem ser tristezas pequenas se fizermos a comparação com a queda espiritual. "Aquele que pensa estar em pé veja que não caia" (1 Coríntios 10.12). 

Todo aquele que acredita que é possível viver muito bem sem ouvir a Deus está fadado ao fracasso. Exemplos não faltam. Tal atitude de arrogância provocou a Queda no Éden, fez Sara e Abraão tentarem contornar o problema da infertilidade com a presença de Agar. Etc. O orgulho nos torna cegos e surdos espirituais. Somos chamados a viver em humildade, a manter a confiança em Deus e a crer que Ele cumpri todas as promessas que empenha (Provérbios 3.5-6).

3. Uma ponderação importante

A oração é a melhor opção para vencer as provações, pois é a maneira de o espírito humano conectar-se ao Espírito Santo de Deus. Ao orar, consentimos com Deus nas suas realizações, colocamos a nossa fé em ação e atacamos o maligno.

Na Bíblia Sagrada, a oração é descrita como:

Invocar o nome do Senhor (Gênesis 4.26);

Invocar a Deus (Salmo 17.6);

Levantar a alma ao Senhor (Salmo 25.1)

Buscar ao Senhor (Isaías 55.6);

Aproximar-se do trono da graça (Hebreus 4.16);

Chegar perto de Deus (10.22).

Em momentos de aflição, muitas vezes Davi orou pedindo livramento; em profunda agonia, Jesus orou intensamente no Monte das Oliveiras (Salmos  119.153; Lucas 22.44).

II - O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR  A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS

1. A justiça de Deus demonstrada

Em sua soberania, Deus não exerce justiça desprovida de amor. Ele é justo e também misericordioso. O amor do Senhor é a base do plano divino para salvar o homem do pecado.

O Pai Eterno não é um carregador de malas, dizem alguns teólogos. É verdade. Mas qual pai amoroso, ou mãe afetuosa, permite que seus filhos arrastem bagagens pesadas, os vê cansados pedindo socorro e tapa seus ouvidos? É verdade que o  Pai Eterno não é o gênio da lâmpada de Aladim. Mas também é verdade que Isaías o descreve como um Deus cujas mãos estão estendidas para nos socorrer, um Deus cujos ouvidos estão atentos para as nossas orações. O profeta nos alerta que a vida em iniquidade e pecado impede o agir bondoso de Deus em favor do ser humano (Isaías 59.1-2).

2. O caráter justo e Deus

Deus não tem prazer no sofrimento, usa-o como meio para salvar o pecador. Os momentos de dificuldades são ocasiões de desenvolvimento das capacidades intelectuais, morais e espirituais. Ao sofrer a pessoa que está no pecado desperta de sua letargia espiritual, em meio à tormenta consegue perceber o valor da adoração e vida em comunhão com o Criador.

"Vocês pensam que eu tenho prazer na morte do ímpio? - diz o Senhor Deus. Não desejo eu muito mais que ele se converta dos seus caminhos e viva? (...) Livrem-se de todas as transgressões que vocês cometeram e façam para vocês um coração novo e um espírito novo. Por que vocês haveriam de morrer, ó casa de Israel? Eu não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertam-se e vivam." (Ezequiel 18.23, 31-32).

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" - 2 Pedro 3.9).

3. A defesa da soberania de Deus

A soberania de Deus faz parte dos seus atributos absolutos, ou seja, pertence somente a Ele. "Pois o Senhor, o Deus de vocês, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não trata as pessoas com parcialidade, nem aceita suborno" (Deuteronômio 10.17).

Eliú enfatiza em seu discurso que é a criatura que depende do Criador e não o contrário (Jó 34.13-15). É um fato incontestável que o Senhor é maior do que o homem e não precisa dar contas de seus atos, porém, em sua superioridade quer dar-se a conhecer pelo homem. O Soberano tem enorme satisfação em que seus servos o conheçam que rejeitar tal conhecimento é o mesmo que rejeitá-lo (Isaías 1.2-3). Ele revelou-se no Éden, através da encarnação de Jesus, se revela continuamente por meio da criação, por intermédio das Escrituras Sagradas, e, diariamente, está pronto para revelar-se a todos nós executando a sua bondade. 

Não é sem um bom propósito que está escrito: "Agrade-se do Senhor, e ele satisfará os desejos do seu coração" (Salmo 37.5). Deus não se cansa de manifestar sua providência aos que nEle confiam.

III - O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS

1. O caráter pedagógico do sofrimento

O sofrimento serve como meio de abater o orgulho. Dependendo da maneira como é visto, produz gente consagrada ao Senhor ou ateus. Entender que o sofrimento pode ser usado por Deus como efeito pedagógico para a vida muda completamente a nossa perspectiva de fé. Assim como Jó, as pessoas tementes a Deus procuram saber a razão pela qual sofrem, enquanto os incrédulos não aceitam que um Deus justo e soberano permita o padecimento humano. 

Em seu discurso, Eliú fala sobre o caráter pedagógico que há no sofrimento (Jó 36.15, 19). Afirma que a prova é um chamado que Deus dirige ao pecador com a finalidade de livrá-lo da morte (33.29-30). Tal abordagem também é feita por Elifaz (5.17-27) e Zofar (11.13-19).

2. Adorando a Deus na tormenta

Jó foi moído pela dor, o que não significa que a soberania de Deus sobre sua vida foi um ato de tirania. É importante ter em mente que o sofrimento não significa que Deus nos abandona. É possível experimentar grandes provações agradando a Deus. Tudo passa nesta vida abaixo do sol, inclusive o tempo de sofrimento (Eclesiastes 3.2).

Jesus Cristo incentiva os cristãos a pedirem a Deus o livramento do mal (Lucas 11.4). Contudo, em tempos difíceis é importante agir como o profeta Habacuque (3.17-19). O triunfo da fé é revelado quando manifestamos a confiança de que Deus nos ama apesar de todas as circunstâncias. Jó é o maior exemplo bíblico sobre isso no Antigo Testamento e Jesus Cristo na Nova Aliança (Mateus 26.39).

CONCLUSÃO

Toda pessoa que vive a fé cristã genuína compartilha a experiência de Jó, pois o sofrimento é uma consequência da atual condição humana. Através do sofrimento o cristão fiel amadurece. Ninguém sai a mesma pessoa depois que experimenta momentos difíceis e ao orar encontra as respostas do Senhor. Quem verdadeiramente conhece a Deus como Pai, sabe que não é uma atitude de desrespeito clamar por ajuda em tempo de crises (Jeremias 33.3). 

 E.A.G.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Sara - esposa de Abraão e heroína da fé

Por Eliseu Antonio Gomes

Depois de criar o homem, Deus criou a mulher. Não a fez em escala menor de importância. Macho e fêmea foram criados à imagem e semelhança do Criador. Deus criou a mulher em grandeza e dignidade, apta ao desempenho da função de pessoa auxiliadora de seu companheiro matrimonial, papel que envolve amor e responsabilidade de ambas as partes.

Quando Deus chamou Abrão para sair de Ur dos Caldeus em busca de uma terra desconhecida que lhe prometeu, sua esposa Sarai, uma pessoa descrita nas páginas bíblicas como mulher linda, o acompanhou, desligando-se de sua parentela (Gênesis 12.1-5). Numa medida extraordinariamente considerável, em toda sua vida demonstrou afeto e respeito ao marido. Acompanhava-o em todas as suas viagens crendo no chamado e nas promessas do Senhor. 

Sarai em hebraico significa "minha princesa". O Senhor trocou seu nome ao revelar que ela seria mãe (Gênesis 16.1 a 18). Ela veio a ser conhecida como Sara, que quer dizer "uma princesa". Não há grande diferença entre os dois nomes, entretanto, é possível entender que a nova identidade tinha relação com seu futuro, quando se tornaria a progenitora do povo israelita e, por meio de Cristo, de todos os cristãos.

Sara permaneceu ao lado de Abraão nos episódios absurdos em que ele demonstrou fraqueza, fingindo que ela era sua irmã ao temer perder sua vida no Egito e em Gerar (Gênesis 12.10-13; 20.2).

O casal recebeu a promessa de que geraria um filho. Estéril, o maior desejo de Sara era gerar um menino. Reagiu rindo abertamente quando Deus lhe disse que engravidaria com a idade de noventa anos (Gênesis 21.5-7). Há quem diga que tenha rido por incredulidade, mas o riso poderia ser resultante da sua explosão de alegria e reação espontânea pela surpreendente revelação de que sua madre daria fruto. Seu marido Abraão, se tornaria pai aos noventa e nove anos de idade, e como sua mulher também riu ao receber aquela informação (Gênesis 17.19; 18.12-15).

Pela fé, Sara nunca desistiu de ter o filho que o Senhor lhe prometeu. Porém, ela deveria ter aguardado a bênção prometida pelo Senhor até recebê-la, mas não soube esperar o cumprimento da promessa divina. Na cultura em que viveu, era comum que e esposa oferecesse ao marido uma serva como concubina, quando não fosse mulher fértil. Então Sara sugeriu a Abraão que tivesse relações com Agar. A impaciência de Sara em esperar o cumprimento da promessa de Deus fez com que nascesse Ismael, o ancestral do povo árabe. Ismael é filho de Abraão segundo a carne, hoje ele simboliza a lei dada a Moisés, representa as obras e esforço humano (Gênesis 16.15; 21.9).

Quando o filho biológico de Abraão e Sara chegou, deram-lhe o nome de Isaque, que quer dizer "riso" (Gênesis 21.1-8). As virtudes de Sara influenciaram o caráter de Isaque, tornando-o um dos personagens mais admiráveis entre todos encontrados no Antigo Testamento. Isaque foi o pai de Jacó e Esaú e avô de doze homens que deram origem às doze tribos de Israel, que descendeu toda a nação israelita (Gênesis 25.1-11; 49.29-33; Isaías 51.1,2). Veio à luz do útero de uma mãe livre, é filho segundo o Espírito, representa a justificação somente pela fé, é a figura simbólica que remete à vivência do cristão sob a graça, sinaliza para a promessa dada a Abraão através de Cristo e assim os cristãos são chamados de filhos da promessa. (Gênesis 21.9; Gálatas 3.13-14; 4.28-29). 

Pela fé, todos os cristãos tornam-se filhos de Deus (Romanos 4.15-17).

Sara viveu 127 anos, morreu em Hebrom, Canaã. Foi sepultada em um campo que Abraão negociou com os heteus. Esposa amada, obviamente, então, é natural ler o relato de que seu marido chorou quando ela veio a falecer (Gênesis 23.2).

Sara era uma mulher com estrutura psicológica forte, igual a todas as mulheres que se consagram a Deus. Ela possuiu virtudes e falhas. É importante examinar sua biografia, copiar os acertos e evitar os erros, extrair lições de sua vida, lembrando que ela é a única mencionada entre os heróis da fé (Hebreus 11.11). Sua fé possibilitou superar a infertilidade e receber o filho que tanto quis (Gênesis 18.10,14; 12.1-3,7; 17.15,16; 18.9-16; Gálatas 4.21-31). Ela sempre colocou a família em primeiro lugar, suas atitudes acertadas fizeram dela um grande referencial feminino às cristãs casadas (1 Pedro 3.6). 

E.A.G.

Veja mais neste blog: A gravidez de Sara 

sábado, 21 de dezembro de 2019

Rute: a moabita citada na genealogia de Jesus Cristo

Por Eliseu Antonio Gomes

Rute, em hebraico significa "companhia feminina". Rute é uma entre duas mulheres que possuem um livro com o seu nome, a outra é Ester. Ela era moabita, viveu no período dos juízes. Em sua própria terra, Moabe, foi casada com Malom, um homem da tribo de Judá (Rute 4.10), filho mais velho de Elimeleque e Noemi, israelitas vindos de Belém-Judá para Moabe durante certa época de fome.

Em uma sucessão rápida e trágica, Noemi ficou viúva e perdeu seus dois filhos sem deixar herdeiros.  Então, desamparada em nação estrangeira, decidiu voltar para sua terra natal onde esperava achar o apoio de parentes. Antes de partir em sua viagem de retorno, incentivou as duas noras, viúvas jovens, Rute e Orfa, à buscarem suas famílias e se casarem outra vez. Mas, em vez de fazer isso, Rute insistiu em acompanhá-la, afastando-se de todos que conhecia, reafirmando sua lealdade à sogra e, mais importante, ao Deus que ela servia.

Rute adotou tanto a nacionalidade da sogra como também a Deus como o seu Senhor. A união de ambas foi bem forte, só a morte foi capaz de sapará-las (Rute 1.16-17).

Elas chegaram em Belém sem recursos financeiros, e sendo a época da colheita de cevadas, Rute consciente que era a mais jovem entre as duas, cheia de carinho pela sogra, tomou a iniciativa de procurar meio de sustento para ambas. Então, sem reclamar, ela foi colher os grãos que os ceifeiros deixavam para trás nos campos de um homem rico, chamado Boaz, parente de Elimeleque, seu falecido sogro. Boaz a notou e lhe deu sua proteção, permitiu que ela colhesse cevada no seu campo, em reconhecimento de sua lealdade a Noemi. Ele foi beneficiada por Boaz durante toda a colheita da cevada e do trigo.

Noemi, sendo uma mulher sábia e experiente, logo percebeu que Boaz era qualificado pela lei judaica a dar continuidade a linhagem familiar, por este motivo instruiu Rute conquistá-lo.  Rute, sabendo que sua sogra só queria o seu bem, fez exatamente o que Noemi a aconselhou fazer (Rute 3.5). Quando toda a colheita já havia sido efetuada, e o trabalho na eira havia começado, agindo segundo instruções de Noemi, Rute procurou-o à eira à noite. Quando Boaz adormeceu, Rute descobriu os pés dele  e deitou-se próxima, em demonstração de respeito à ele e para se colocar em posição de serva.

Estar ali assim, sem tocá-lo, era um gesto que demonstrava-a como mulher merecedora de ser sua esposa, reivindicação de sua proteção e apelo ao seu cavalheirismo. Ao acordar, Boaz se surpreendeu com a atitude de Rute e viu que ela de fato era uma mulher virtuosa. Ele mediu seis medidas de cevada e deu à ela como um presente, enviou-a de volta para sua casa logo que a madrugada terminou (Rute 3.8-15).

Recorrendo a dez anciãos da cidade como testemunhas, Boaz apelou para o parente mais chegado de Noemi que redimisse um terreno que pertencera a Elimeleque, e que era uma possessão sagrada que não devia mudar de família proprietária (cf. Levíticos 25.23). A isso Boaz firmou palavra de compromisso, apresentou adicionalmente a obrigação de casar-se com Rute conforme a lei do casamento, chamada de levirato (Levíticos 25.25, 47-49; Rute 4.5). 

No Antigo Testamento, havia a prática que obrigava um homem a casar-se com a viúva de seu parente próximo, quando o falecido não deixasse descendência masculina. Por esta lei, o parente mais próximo de Eimeleque deveria se casar com Rute. Mas o parente mais chegado não podia fazê-lo, e renunciou de tal direito em favor de Boaz. Então, com o passar do tempo, Rute e Boaz contraíram matrimônio. Ela foi mãe de Obede, que veio a ser o avô de Davi (1 Crônicas 2.12), dessa maneira Rute e Boaz tornam-se antepassados do Rei Davi e, consequentemente, de Jesus Cristo. Rute é uma das cinco figuras femininas cujo nome é mencionado na linhagem de Jesus, isto no leva a saber que ela desempenhou papel importante na Bíblia (Mateus 1.1-17).

Existem inúmeras mensagens que podemos receber da vida e do caráter de Rute, ela foi um modelo digno de imitação, exemplo de bom companheirismo, lealdade, modéstia e simplicidade. Era uma mulher esforçada, confiável, tinha boa fama na sociedade em que viveu. A biografia de Rute é uma das histórias prediletas da Bíblia, pois aborda a superação de problemas complicados, fala sobre amor, superação, e a providência divina.

E.A.G.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A Rebelião de Absalão

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO 

Os acontecimentos trágicos no relacionamento conturbado entre Davi e Absalão ocorreram em cumprimento da profecia de Natã (2 Samuel 12.10-11 e 16.20-23). Ao dar vasão às paixões carnais,  com Bateseba, Davi provocou muitas situações conflituosas em sua família.

Semelhantemente, o fato de Davi ter sido um rei polígamo, algo que não era da vontade de Deus, também se consistiu em fator causador de enorme  sofrimento em sua vida (Deuteronômio 17.17). 

I - O HOMEM ABSALÃO

1. Descrição.

Absalão ('avshalom), nome hebraico, significa "pai é da paz". Ele foi o terceiro filho de Davi, resultante do casamento com uma estrangeira, Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur (2 Samuel 3.3).

Absalão era um homem de aparência admirável, da planta dos pés ao mais alto da cabeça não havia defeito algum. Era dotado de personalidade forte, possuía facilidade para entender situações implícitas e usava-a com malícia, com intenção de conquistar o coração do povo. Era hipócrita, escondia um espírito de grandeza, falsa devoção a Deus.

Biograficamente, há muitos detalhes sobre a pessoa de Absalão, em especial no quesito físico, mas nenhum destaque mostra que era uma pessoa espiritual. No coração de Absalão havia a natureza depravada e apóstata contra Deus, alimentada por seus propósitos ruins, totalmente contrários ao que o Senhor esperava dele vontade. Consequentemente, seus planos foram revelados, ao pôr em prática sua rebelião contra o rei Davi.

Absalão mantinha cabelos compridos, cortava-os uma vez por ano. De acordo com 2 Samuel 14.26, sua cabeça chegou a produzir duzentos siclos de fios de cabelo, peso equivalente a dois quilos, entre um e outro corte. Sua beleza masculina era tão admirável quanto a beleza feminina de sua irmã Tamar,  o que injustificavelmente motivou que ela fosse violada por Amnon, o filho primogênito de Davi, gerado em casamento com outra mulher (2 Samuel 13.1-18).

2. Em que consistia a causa da sua revolva?

2 Samuel 13 narra o início da tragédia ocorrida na família de Davi.

Quando Amnon, que era o primeiro na linha sucessória ao trono de Davi, cometeu a situação deplorável de desrespeitar sua meia-irmã Tamar, uma grave infração a lei de Deus (Levíticos 18.11), tal ação desencadeou desarmonia e derramamento de sangue à casa de Davi. Embora Davi tenha ficado irado contra Amnon, foi omisso e abriu mão de sua responsabilidade como pai e rei, pois não fez justiça alguma (13.21). Entretanto, quando Absalão,  irmão de sangue de Tamar, soube que ela havia sofrido violência sexual por Amnon, planejou seu assassinato friamente. Era grande seu carinho por Tamar, tanto que homenageou-lhe dando seu nome para uma de suas filhas (14.27).

Passados dois anos (versículo 13.23), Absalão, preparou uma festa, ordenou a seus criados que aproveitassem o momento de embriaguez de Amnon e o matassem. O crime aconteceu conforme ele quis que acontecesse. E assim como Davi planejou a morte de Urias por meio de seus soldados, Absalão matou Amnon pelas mãos de seus criados (2 Samuel 11.14-17; 13.28-29).

II - A REVOLTA DE ABSALÃO

1. A fraqueza do reino de Davi.

A vingança de Absalão incorreu no desprazer de seu pai Davi. Após vingar-se, ele afastou-se do palácio, exilando-se em Gesur, em companhia de parentes maternos (2 Samuel 13.19-39). Absalão permaneceu exilado por três anos, ao retornar a Jerusalém, esteve banido das dependências da corte por mais dois anos.

Após cinco anos afastado de seu pai, conseguiu reconquistar o favor dele, porém recompensou este favor com um sentimento de revolta e movimento conspiratório, visando tirá-lo do trono e ficar em seu lugar. Dissimulado, provavelmente ressentido pelo fato de Davi não ter feito justiça ao caso de sua irmã, escondia dentro de si o sentimento de ódio contra seu pai.

2. O Absalão político.

Politicamente, Absalão sabia como abrir caminho em meio à oposição. Depois de voltar de Gesur à Jerusalém, usou a influencia de Joabe sobre Davi, forçando-o a abrir caminho para que tivesse audiência com o rei, e pudesse outra vez ter acesso livre à corte real e seus prazeres. Ao dizer "se há em mim alguma culpa, que me mate" (2 Samuel 14.28-33), deixou a impressão de que estava convencido precisar castigar seu irmão Amnon, ao cometer o ato de vingança, matando-o, não havia cometido erro algum (1 Samuel 20.8).

Absalão foi admitido à presença de Davi, recebeu seu perdão com um beijo (14.33). Mas, deliberadamente, depois de perdoado passou a minar a autoridade do pai, aumentando seu próprio prestígio (2 Samuel 15.1-15). Usava sua  imagem pública marcante, toda a habilidade teatral relacionando-se com o povo fazendo elogios falsos, apresentava-se em público com devoção fingida a Deus. Usava perspicácia com o objetivo de chamar a atenção do povo em seu favor, exercia o ofício de juiz de Israel, função que não era sua, com a intenção de ser favorecido com o aumento da sua popularidade.

3. Proclamando-se rei.


Tais procedimentos sagazes asseguraram um elevado grau de sucesso à busca de seus objetivos, mas não poupou-lhe de receber as duríssimas consequências de seus atos maus.

Depois de reconciliado, Absalão pediu permissão a Davi para ir para Hebrom, cidade em que seu pai havia sido ungido rei sob Judá e todo o Israel; Hebrom também era o lugar em que ele nasceu (2.4; 3.2-3; 5.3). Recebeu a autorização de Davi, dizendo-lhe que iria apenas pagar um voto, realizar um sacrifício de ação de graças a Deus por ter permitido que voltasse para Jerusalém. Porém, sua viagem servia de estratégia disfarçada, desejava ter ambiente propício para começar sua revolta política. Em sua trama conspiratória, levou consigo alguns dos líderes de Israel para dar a impressão de que o rei, em sua velhice, apoiava a situação de fazê-lo rei naquele momento (13.10-12).

4. A lealdade dos servos de Davi.

Enquanto Absalão oferecia sacrifícios, a rede de conspiradores aumentava. E um mensageiro levou rapidamente essa informação a Davi, que resolveu fugir, evitando o confronto dentro de Jerusalém, pois queria preservar a cidade que havia embelezado, e evitar mortes de inocentes  (15.1-13).

Davi recebeu apoio de sua guarda real, que era formada por seiscentos homens, inclusive de Gate, isto é, mercenários filisteus. Teve o apoio de Itai, comandante dos goteus, mais tarde Itai foi recompensado com a nomeação ao comando de um terço do exercito de Davi (18.2,5,12).

III - A MORTE DE ABSALÃO

1. Coração de pai.

Absalão cometeu escândalo terrível contra seu pai, ao seguir o conselho de Aitofel e relacionar-se sexualmente com suas concubinas, que haviam ficado em Jerusalém para cuidarem do palácio (16.15, 21-22).  Na cultura do Oriente Médio, o controle do harém era atribuição do monarca, então Absalão, em atitude que assinalava ser o novo rei da nação, dentro de uma tenda armada no telhado do palácio com o conhecimento de todo o povo, relacionou-se com concubinas de Davi  (11.2). Tal vexame ocorreu em cumprimento à profecia de Natã (12.11-12).

Sério perigo rondava a vida de Davi, a rebelião de Absalão angustiava seu coração. Ele registrou seu lamento por esse problema no Salmo 3, demonstrando que considerava Deus o seu Ajudador, escudo protetor e restaurador da sua dignidade. Com esta visão, invocou o poder divino para ser abençoado com livramento. Em sua confiança encontrava condição de naquela situação deitar-se e conseguir dormir sem dificuldade, e ao acordar ter a certeza que o Todo Poderoso o guardava.

2. O preço da rebelião de Absalão.

A rebelião de Absalão custou-lhe a vida. Seu fim é fato muito conhecido, morreu em circunstância vexatória. O capítulo 18, versículo 9 a 17, narra o seu fim.

Depois que Davi fez o arranjo militar para enfrentar a rebelião. pediu aos capitães que tratassem Absalão com brandura, como se a insurreição do filho rebelado fosse apenas uma estripulia de menino bagunceiro. Absalão foi atraído com seus homens, por Joabe, que era o comandante-em-chefe das fileiras de Davi, para a floresta de Efraim, ali foi cercado e 20 mil soldados foram abatidos. Ele pôs-se em fuga, durante a cavalgada, seu cabelo ficou preso nos galhos de uma carvalho, permaneceu ali dependurado entre o "céu" e a terra. Ali ele foi traspassado por três dardos atirados por Joabe. Os três dardos traspassaram o coração de Absalão, enquanto ainda estava vivo, dez jovens, que levavam as armas de Joabe, cercaram Absalão e acabaram de matá-lo. Levaram Absalão e o jogaram numa grande cova. E levantaram sobre ele um enorme monte de pedras. E todo o Israel apressou-se, cada um para a sua casa.

Com a ajuda de Usai e de Joabe, Davi foi capaz de derrotá-lo em batalha, sem tem que fazer confronto físico pessoal (2 Samuel 15.32-37 e 17.1-16; e 18.1-21; também 19.1-7).

Todo pecado tem sua consequência, por isso a melhor atitude é sempre evitá-lo. 

CONCLUSÃO

O servo de Deus deve fazer de tudo para proceder corretamente perante Deus e o próximo, pois a fragmentação moral e espiritual na sua vida  pode causar situação incontrolável, levando-o a significativas perdas, daí a exigência de Paulo: "sejamos irrepreensíveis" (1 Timóteo 3.2).


Compilação.
O Novo Dicionário da Bíblia. J. D. Douglas. Volume 1. Quarta impressão 1981. Página 25. São Paulo - SP  (Edições Vida Nova).
289
Introdução e Comentário. 1 e 2 Samuel. Cultura Bíblica. Joyce G. Baldwin. Primeira edição 1997. Página 289. São Paulo - SP (Edições Vida Nova).
Comentário Bíblico Moody: Gênesis a Apocalipse. Charles F. Pfeiffer