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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A Supremacia de Cristo - Fé, Esperança e ânimo na Carta aos Hebreus


Lições Bíblicas

Lições do 1º trimestre de 2018 - Comentarista: José Gonçalves.

Sumário

Tema: A Supremacia de Cristo. Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus.

Lição 1

Lição 2

Lição 3

Lição 4

Lição 5
Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica

Lição 6
Perseverança e fé em tempos de apostasia

Lição 7
Jesus - Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior

Lição 8
Uma aliança superior

Lição 9
Contrastes na Adoração da Antiga e Nova Aliança

Lição 10
Dádiva, privilégios e responsabilidades na Nova Aliança

Lição 11
Os Gigantes da Fé e o seu legado para a Igreja

Lição 12
Exortações finais na Grande Maratona da Fé

José Gonçalves, comentarista das doze lições apresentadas ao 1º trimestre de 2018, é comentarista das Lições Bíblicas Adultos da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Também é escritor, conferencista, membro da Comissão de Apologética da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e líder da Assembleia de Deus em Água Branca - PI. Estudou Filosofia e Ética na Universidade Federal do Piaui (UFPI).

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Israel no plano da redenção



EBD - Lições Bíblicas Adultos: Maravilhosa Graça - o evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. José Gonçalves (CPAD). Lição 8: Israel no Plano da Redenção.
Por Eliseu Antonio Gomes

No Novo Testamento, as cartas são um tipo de literatura significativa de comunicação. Foram escritas a igrejas ou indivíduos por apóstolos de Jesus Cristo. Elas contêm ensinos específicos que se aplicam a todos os cristãos em todos os lugares. Em suas transmissões de conhecimento, os escritores das cartas do Novo Testamento explicam, argumentam, ilustram, aconselham. Esclarecem cuidadosamente verdades importantes sobre a fé cristã. Quando as lemos, precisamos traçar com cuidado o fluxo do pensamento - raciocínio - de cada escritor. Quando entendemos o curso geral de pensamento, podemos interpretar com mais exatidão a definição de cada palavra, cada frase e cada conjunto de versículos.

Paulo escreveu a Carta aos Romanos e a Carta aos Gálatas, foram escritas para esclarecer mal-entendidos.

Ao escrever para os crentes em Roma, o apóstolo esclarece que Deus é soberano na história da redenção. No capítulo 9, ele faz uma apresentação doutrinária da "sorte de Israel" no plano da salvação. Traz à luz a informação que os israelitas foram escolhidos pelo Senhor para receberem o Messias, independente das obras dos patriarcas; apesar disso, Deus não queria trazer somente favores e privilégios para os judeus, mas Ele desejava, por intermédio deles, abençoar todas as famílias da terra, mas Israel não compreendeu essa verdade e nem o plano da redenção de Deus, rejeitando o Salvador. Os judeus acreditavam que por serem descentes de Abraão e ser também "o povo escolhido de Deus", não necessitavam da salvação. Eles rejeitaram o Messias, porém, Deus não os rejeitou e por sua misericórdia fez com que nós, "zambujeiros", fôssemos enxertado na oliveira (Romanos 11.17).

Aos escrever aos crentes de Roma, Paulo trata da responsabilidade humana de Israel e focaliza a sua rejeição presente, fala sobre a soberania divina para com Israel, focaliza a eleição da nação israelita como "povo escolhido de Deus". Afirma que as promessas de Deus são para os fiéis, mediante a fé nEle, e não a conformidade exterior à lei. Mostra que Deus em sua eterna soberania tinha total liberdade de rejeitar Israel, mas só o fez porque Israel rejeitou o plano divino. Destaca que é impossível escapar da culpa do pecado, então, recusar a obra expiatória de Jesus é transgressão total e indesculpável. Uma vez que os judeus rejeitaram o novo plano divino, não tinham condições de questionarem a rejeição da parte de Deus.

Paulo estava disposto a se sacrificar em favor da conversão dos judeus. "Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência: tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne" - Romanos 9.1-3.

Quando o apóstolo ressalta a dor que sente, não está utilizando um recurso de retórica, realmente sente grande tristeza e incessante dor no coração, está mesmo perturbado. Esta passagem levanta a questão se Deus é fiel às suas promessas. A dor que Paulo expressa aqui está associada à pergunta do capítulo 8.35: "quem nos separará do amor de Cristo?", e a resposta é o clímax da realidade cristã: nada é capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, o nosso Salvador. Então, entendemos que a tristeza, motivada pelo amor aos que rejeitam o plano da salvação, coexiste com a celebração e alegria no Espírito (Filipenses 2.27; 1 Tessalonicenses 4.13).

Os israelitas não mereciam a salvação, mas Deus os adotou como filhos. "São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!" - Romanos 9.4-5.

"Exatamente quem é o Israel de Deus?": esta é uma pergunta sectária natural e comum na literatura judaica da época em que Paulo redigiu a carta aos crentes de Roma. A eleição não é questão de ascendência humana, e Deus não é inconsciente quando elege os filhos espirituais de Abraão, inclusive gentios (9.24).

Todos os que confiam no sacrifício de Cristo são descendentes de Abraão. "E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência" - Romanos 9.6-7.

Paulo apresenta sua prova de quem nem todos os israelitas fazem parte do povo de Deus. As promessas de Deus para Abraão e a sua descendência passaram pelo seu filho Isaque, e não por Ismael, isto porque Deus prometeu um filho por meio de Sara, e não por meio de Hagar.

Paulo explicita em 9.24 que desde o início a intenção de Deus era incluir os gentios no plano da salvação (Gênesis 12.3). A promessa feita para Abraão não falhou, pois a bênção oferecida por Deus não era o mero engrandecimento de Israel como uma etnia, nunca dependeu de mérito mas da graça de Deus.

A verdadeira circuncisão ocorre no interior, isto é, no coração e espírito. "Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus" -  Romanos 2.29.

Ser povo de Deus, com a incumbência de ser testemunha, não resulta meramente de qualificações externas. Brota de uma transformação interior, nascida de Deus. O testemunho cristão autêntico precisa fluir, deste relacionamento interno, nascido do Espírito e alimentado constantemente pelo Espírito (Deuteronômio 10.16; 30.6 - 8; Jeremias 4.4; 9.26; Ezequiel 44.9). Não sendo assim, a nossa prática religiosa como testemunhas será ineficaz e seremos rejeitados e condenados.

Todos os que creem em Jesus Cristo são filhos de Abraão. "Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos" - Gálatas 3.7-8.

As promessas de Deus para Abraão são o prenúncio do Evangelho, que concerne à promessa de bênção para todos os povos da terra que creem como Abraão creu. A centralidade da crucificação de Jesus na pregação, registrada em Gálatas 3.13-14, é evidente.

Conclusão

A maldição que a Lei pronunciou sobre Jesus de uma vez por todas foi revertida pela ressurreição, que, com efeito, o estabelece como "bênção" prometida para todos os povos e dada a todos aqueles que andam no Espírito, mediante a fé.

Qualquer exegese que não contempla uma restauração em massa que acontecerá com Israel no futuro contradiz a argumentação de Paulo em Romanos 11.25-36. "Todo o Israel" citado por Paulo não se refere à nação judaica, mas a todos os judeus eleitos em Cristo. O projeto de salvação elaborado por Deus não é com a nação, mas com o Israel cristão, aos que receberam a Cristo como Salvador.

E.A.G.

Compilação
Bíblia Missionária de Estudo, páginas 1134; 1150, 1151, 1212, edição 2014, Barueri / SP (SBB)
Guia Fácil para Entender a Bíblia, Larry Richards, páginas 257 e 258, edição 2013, Rio de Janeiro (Thomas Nelson Brasil).
Lições Bíblicas - Mestre. Salvação e Justificação - Os pilares da vida cristã. Eliezer Lira. Lição 8: A eleição e o futuro de Israel; página 59; 1 trimestre de 2006; ; Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas - Professor - Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos; José Gonçalves, 2º trimestre de 2016, página 57, Rio de Janeiro (CPAD).
Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. José Gonçalves. Página 100; 1ª edição 2016. Rio de Janeiro (CPAD). 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Os benefícios da justificação


Lições Bíblicas - Adultos (CPAD). Maravilhosa Graça: o evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Comentarista: José Gonçalves.
Por Eliseu Antonio Gomes

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram" - Romanos 5.12.

Lembro-me de uma história que li há algum tempo, que serve para ilustrar o que está exposto em Romanos 5.12. Conta-se que um velho lenhador trabalhava em uma fazenda. Seu trabalho era de rachar toras de madeira para uso da fazenda. Certo dia, enquanto passeava pela fazenda, o proprietário escutou o velho lenhador se lastimar da sorte. Ele dizia: "Adão, Adão, você me paga". Vendo as lamúrias do velho lenhador, o fazendeiro se aproximou e perguntou a razão que o estava levando a se lamentar. Ele então disse ao patrão que Adão era o responsável por aquela situação, pois, se não tivesse pecado, ele não estaria ali. Imediatamente o fazendeiro mandou-o abandonar o seu machado e se dirigir para a casa da fazenda.

Chegando ali, o fazendeiro disse: "A partir desse momento você não precisará mais rachar lenha. Você terá novas atribuições. Seu trabalho agora é ficar na varanda da casa fazendo o serviço de vigilância com o direito de beber limonada na hora que quiser!" O velho lenhador foi às lágrimas. Quando ainda se refazia de suas emoções, o fazendeiro concluiu: Mas o senhor não pode abrir aquela caixa fechada que está em cima do peitoril da casa". O velho lenhador balançou a cabeça afirmativamente. Pensando com seus botões, ele achou suas novas atribuições um presente de Deus.

Os dias passaram e o velho lenhador se regozijava de sua nova situação. Não estava mais trabalhando de sol a sol, mas na sombra da casa da fazenda. Passaram-se duas semanas e ele continuava firme em seu propósito de obedecer ao seu patrão e não tocar na caixa secreta que estava no peitoral da casa. Na terceira semana, veio-lhe a curiosidade de saber o que estava dentro da caixa. Por que ele não poderia tocá-la? Resolveu então tocar levemente na caixa. Foi o suficiente para observar por uma abertura que havia algo dentro da caixa - um pequeno pedaço de papel. Todos os seus instintos vibraram! O que poderia estar escritor nele? Passou então a racionalizar: Por que ele não poderia abrir a caixa e ler o papel? O que havia de mal nisso? Na quarta semana, o velho lenhador não resistiu à tentação e abriu a caixa! Quando retirou o papel, o seu conteúdo dizia: "Velho lenhador, a culpa não foi só de Adão. Volte já para o campo para rachar lenha".

O homem em Adão

A culpa não foi só de Adão. Em parte, a confusão de interpretação de Romanos 5.12 é motivada em torno da expressão grega "eph'hoi pantes hemarton", que aparece no final do versículo. As versões bíblicas não são unânimes na tradução dessa passagem. As controvérsias começaram quando Agostinho (354-430 d.C.), bispo de Hipona, que não era versado em grego bíblico, seguiu a versão latina "in quo", traduzindo erradamente a preposição grega "eph'hoi" (porque) com o sentido de "em quem". Então, a sentença grega "porquanto todos pecaram", no texto de Agostinho ganhou o sentido apenas de "em quem todos pecaram". O equívoco do bispo de Hipona conduziu muitos a acreditarem que os homens estavam maculados pelo pecado de Adão, que o pecado original foi transmitido de geração em geração, e que por isso não mereciam ser salvos.

Agostinho entendia que "nós estávamos em Adão" quando Adão caiu, portanto, o pecado de Adão também é nosso. Esta argumentação de Agostinho é considerada comprometida quando se sabe que a exegese feita por ele partiu de uma tradução equivocada.

Devemos perguntar o que significa "todos os homens pecaram". Não quer dizer, evidentemente, a condenação de uns para o inferno e outros não; nem tampouco a supressão do livre-arbítrio humano. Há vários indicadores nas Escrituras de que as pessoas não são moralmente responsáveis antes de certo ponto, o que às vezes chamamos de "idade de responsabilidade" (Mateus 18.3; 19.14; 2 Samuel 12.23; Isaías 7.15; Jonas 4.11). É evidente que, antes de determinado momento, na vida de todos os seres humanos, não existe a responsabilidade moral, pois não há consciência do certo e do errado.

Uma exegese mais fiel de Romanos 5.12 confirma  o conceito da corrupção do pecado e a consequente natureza pecaminosa humana, todavia, não é extremada como Agostinho ensinou. O apóstolo Paulo introduz no assunto um decisivo  elemento de liberdade e de responsabilidade, afirmando que a influência de um sobre todos é condicionado pela adesão destes. Portanto, o destino humano é requerido, escolhido.

A ideia de culpar a todos os seres humanos pelo pecado de um ser humano deve ser rejeitada. No versículo 12 de Romanos, de fato, à causalidade de Adão o apóstolo acrescenta a decisão negativa de todos os homens, junta a unidade-universalidade: "por um só homem entrou o pecado no mundo'... ',porquanto todos pecaram". A humanidade se fez solidária com o seu cabeça ao desobedecer ao Criador. Todos pecaram e a cada um é cobrado o seu próprio erro.

O homem em Cristo

Justificação: o ato divino pelo qual o ser humano que crê em Deus passa do estado do pecado ao estado de graça, torna-se digno de receber a vida eterna. Somente pela fé em Cristo e graça do Senhor o homem pode ser justo para com Deus (Jó 4.17; 9.2; 25.4; Habacuque 2.4; Atos 13.39; Romanos 3.24; Tito 3.5-7).

Ora, pode uma doutrina como a da justificação pela fé ter um benefício prático na vida do crente? Há alguma consequência concreta quando o crente ganha consciência de que foi justificado por Deus por intermédio da graça divina mediante a fé em Jesus?

Os teólogos se encantam com a passagem de Romanos 5.11-21 e debatem exatamente sobre como a morte foi transmitida a todos os homens através do pecado de Adão e a vida eterna por intermédio do sacrifício perfeito de Cristo na cruz. Essa questão para Paulo é de ordem prática. A nossa herança racial de Adão é de pecado, morte, alienação. Agora, no entanto, pertencemos a Cristo, o fundador de uma nova raça. Nossa herança nEle é de justiça e vida, através da justificação.

Muitas pessoas sofridas, cheias de condenação na alma e na consciência, chegam às comunidades evangélicas e a fé nesta verdade bíblica (da justificação) rompe e destrói as amarras daqueles que se sentem acuados pelo Acusador. A nova realidade de vida de uma pessoa justificada por Deus permite-lhe conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas sobre a condição do ser humano agora justificado por Cristo: a paz com Deus; acesso à graça através da fé; a esperança da glória; alegria durante as tribulações, o derramamento do amor divino no interior do coração; e, o amor de Deus demonstrado a nós através da morte de Cristo (Romanos 5.1-21).

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 17, nº 66, página 38, abril a junho de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas Professor. Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos, José Gonçalves, página 30, 2º trimestre de 2016, Rio de Janeiro (CPAD)
Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. José Gonçalves. Páginas 47 a 52; 1ª edição 2016. Rio de Janeiro (CPAD).
Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer, página 314, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD). 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Lidando de forma correta com o dinheiro


É necessário o máximo de cautela para não ser dominado pela avareza e egoísmo. O amor ao dinheiro suscita o lado vil do ser humano, a meter-se em negócios ilícitos, corromper e ser corrompido, subornar e ser subornado, motiva a agiotagem, impulsiona-o a dissimular, roubar, matar. Se o dinheiro não é dominado como servo, transforma-se num terrível tirano para quem o possui ou deseja possuí-lo.

Advertência contra a fiança. Salomão nos chama a atenção para a situação embaraçosa de nos empenhar como fiador em favor de alguém que não conhecemos muito bem -  o vizinho, o parceiro de negócios, não se refere ao amigo íntimo ou parente.

Nos tempos bíblicos, com um aperto de mãos assumia-se a responsabilidade sobre dívida de terceiros ou por outra obrigação semelhante. Hoje em dia, presta-se a essa condição insegura emprestando o cartão de crédito ou folhas do talão de cheque, sendo avalista em compras feitas com pagamentos parcelados.

Em Provérbios 6.1-2; 11.15; 17.18; e 22.26-27, Salomão afirma que entrar em acordo para ser avalista não é decisão sábia, por ser uma questão que ultrapassa o controle do fiador, é como aceitar entrar conscientemente dentro de uma armadilha feita pela pessoa afiançada, permitir que o avalizado controle sua vida, é correr o risco de viver a mais vergonhosa indigência.

No livro de Gênesis (43.9; 44.32-33) encontramos a triste experiência de Judá, que ofereceu-se em garantia pela devolução em segurança de seu irmão Benjamim ao seu pai Jacó. Quando isso parecia impossível acontecer, teve que se apresentar a José como seu escravo.

Advertência acerca do crédito e contra a usura. Provérbios 22.8, 26-27. A Palavra de Deus repudia a prática do lucro fácil por meio do empréstimo baseado em juros abusivos. Emprestar dinheiro a quem precisa cobrando juros altos é ser uma pessoa perversa, agir sem as medidas certas, quem assim faz semeia a injustiça e prepara seu próprio futuro para colher muitos males e por fim perecerá. Tal atitude é uma transgressão da lei divina, que provoca punições de tristeza e dissolução (Jó 4.8; Oseias  8.7; Gálatas 6.7-9).

Encontramos em Deuteronômio 23.19-20 a legislação israelita concernente à agiotagem, proibindo a cobrança de juros exorbitantes, fosse em dinheiro, comida ou qualquer outra coisa. Sobre isso Davi advertiu solenemente no Salmo 15, afirmando que quem cobra juros altos não será cidadão do céu.

O Código Penal Brasileiro prevê que o crime de usura, ou agiotagem, ocorre quando os juros cobrados por particulares forem maiores do que os praticados pelo Mercado Financeiro e permitido por lei. Segundo a legislação brasileira a agiotagem é crime.

Não é incomum pensar que o mês é maior que o salário, e esquecer que ter muito dinheiro não significa ter a solução para todos os problemas. É preciso tomar muito cuidado com a administração financeira, olhar ao longe, bem além dos pagamentos mensais, não ceder à pressão do recurso em cartão de crédito, cujos juros são altos e a razão da ruína de muitas pessoas, inclusive a ruína do casamento. Pague dívidas dentro do prazo, quando não for possível pagar na data de vencimento comunique o problema ao credor.

Advertência contra empréstimos não honrados. Provérbios 11.15. O Pr. José Gonçalves conta em seu livro Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso um caso contado por seu pai:

Dois vizinhos tinham o hábito de emprestar suas ferramentas um ao outro, sendo que um deles era esquecido quanto à obrigação de devolvê-las. Certo dia ele enviou seu filho para solicitar o empréstimo de um serrote, apelidado por eles como Vai-e-Vem. O garoto retornou de mãos vazias e com o seguinte recado do dono da ferramenta: "Se o Vai-e-Vem fosse e viesse o Vai-e-Vem iria, mas como o Vai-e-Vem vai, e não vem, o Vai-e-Vem não vai".

Gonçalves também compartilha com leitores de seu livro um esboço de sermão, baseado em Romanos 13.8, sobre empréstimo:

Cinco grandes pecados cometidos por quem não paga:
1º - peca contra Deus escandalizando o evangelho (2 Corintios 6.3);
2º - peca contra o próximo, vítima do calote;
3º - peca contra si mesmo, ao formar o mal caratismo;
4º - peca contra o Estado, impedindo a arrecadação de impostos;
5º - peca contra a Igreja, dando mal testemunho.

Advertência contra o tolo. Provérbios 17.16. Este versículo é satírico, pois não é possível ao insensato comprar a sabedoria por preço algum e nem adquiri-la por qualquer fórmula mecânica. Também é impossível compensar a falta de sabedoria com a posse de dinheiro. A sabedoria do alto é adquirida apenas com a atitude apropriada do coração aberto às diretrizes do Senhor. Conferir o contexto: Provérbios 4.7; Tiago 1.5; 3.13-18.

A vida do ser humano não se consiste na abundância de bens que possui (Lucas 12.15). Provérbios classifica como tola a pessoa que possui riquezas de maneira avarenta. O cristão rico, cheio de sede de possuir mais, que não é capaz de usar sua riqueza para ajudar o próximo, não colabora com a Casa de Deus, não contribui com obras missionárias e não investe no bem-estar de sua família não é uma pessoa sábia aos olhos do Senhor.

De nada serve o dinheiro na mão do tolo já que ele não se interessa em obter a sabedoria. Isto é, não pretende buscar para si o conhecimento ideal, coisas proveitosas para si e para o próximo segundo a vontade de Deus.

Buscando virtudes. Provérbios 23.22-25. As crianças são ensinadas quanto a corretos relacionamentos familiares. Esses princípios são derivados do quinto mandamento (Êxodo 20.12). Os sábios observam este modelo de vivência e convivência e o aprovam.

O dinheiro jamais será o bem mais precioso que o ser humano pode possuir. O conhecimento da vontade de Deus é um bem espiritual incalculável para nossas vidas, supera o valor de todas as riquezas desse mundo perecível.

Buscando a suficiência em Cristo. Em Filipenses 4.6-7, 19, 21 Paulo demonstra interesse não apenas por seu bem-estar mas também pela dos crentes de Filipos. Diz para não se preocupar com nada, esta afirmação está em paralelo com Mateus 6.25-34; 1 Pedro 5.7.

A declaração do apóstolo revela uma promessa divina aos que estão em Cristo Jesus: Deus supre a nossa necessidade de forma distinta e definitiva. A promessa é revelada a uma igreja que, com sacrifício, havia contribuído generosamente para suprir as necessidades dele, que estava inserido em projeto missionário. Quando agimos com generosidade o Senhor se compromete a nos fazer mais prósperos. Deus não é sovina quando se trata de provisão aos seus servos, provê bênçãos materiais e espirituais de acordo com a nossa necessidade, isto é, o suficiente para que o bastante não seja excessivo e nem que o pouco seja ao baixo nível da escassez.

Conclusão

"Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho  terá aumento. Melhor é o pobre que anda na sua sinceridade do que o de caminhos perversos, ainda que seja rico" - Provérbios 13. 11; 28.6.

Aos cristãos, inseridos na cultura do lucro fácil, lugar em que é mais admirado a situação do ter do que o ser, é imprescindível saber usar o dinheiro de maneira correta, para esquivar-se de meios ilícitos para enriquecer. Precisa estar firmemente decidido a usar o dinheiro corretamente, para seu bem-estar e para ajudar o próximo e honrar ao Senhor.

Deus deseja que tenhamos uma vida abundante (João 10.10). Não é um erro você também desejar viver a área financeira equilibradamente, administrar uma conta bancária realmente abençoada que possibilite ter mais do que o dinheiro para pagar as contas do mês e tenha condições de possuir bons bens materiais.

É preciso usar ao máximo a prudência ao decidir ser um fiador ou tomar certa coisa emprestada ou determinada soma em dinheiro, para que através das coisas materiais possamos glorificar a Deus. A posse do dinheiro e todo tipo de bens materiais deve promover valores espirituais e o bem-estar social.

Administração equilibrada de dinheiro assinala quem é o cristão que vive de forma justa, quem está apto para ser um cidadão do céu.

E.A.G.
__________

Compilações:
Bíblia de Estudo NTLH, edição 2005, Barueri-SP (SBB);
Bíblia de Estudo NVI, edição 2003, São Paulo-SP (Editora Vida);
Bíblia de Estudo de Genebra, 1999, Barueri-SP (SBB);
Bíblia de Estudo Plenitude, edição 2001, Barueri-SP (SBB);
Ensinador Cristão, 4º trimestre de 2013, página 38, Rio de Janeiro (CPAD);
Lições Bíblicas - Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa, José Gonçalves, lição 4, 4º trimestre de 2013, Rio de Janeiro (CPAD);
Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso; José Gonçalves, capítulo 4, Rio de Janeiro (CPAD).

Lição 1 O valor dos bons conselhos

Lição 2 - Advertência contra o adultério

Lição 3 - Trabalho e prosperidade

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Trabalho e prosperidade


O Livro Provérbios de Salomão nos ensina que não existe nada errado em possuir o desejo de ser uma pessoa bem-sucedida na vida. A leitura de seus 31 capítulos nos leva a entender que a prosperidade é um dom de Deus conquistado trabalhando.

A verdadeira prosperidade é intangível, não é apenas a posse de muito dinheiro. No entanto, na sociedade atual muitos relacionam a prosperidade ao acúmulo de dinheiro e bens materiais, querem ser ricos a todo custo e vivem correndo desesperadamente atrás apenas do lucro monetário e desprezam as orientações de Deus.

Para Salomão, a vida bem-sucedida não era apenas resultado do sucesso financeiro, mas da escolha em viver em santidade e dedicado ao trabalho honesto (Provérbios 3.3.4).

A bênção do Senhor gera prosperidade através da generosidade, do conhecimento e do trabalho.

A generosidade

Salomão apresentou a metáfora do Celeiro e Lagar para instruir o crente sobre a importância de ser pessoa generosa (Provérbios 3.9-10). É uma lei espiritual, o homem que honra ao Senhor com suas primícias terá resultados positivo, pode esperar a abundância através do seu trabalho.

A diligência

Salomão também instruiu sobre a diligência ao trabalhar. Aquele que se esforça para especializar-se em seu trabalho e se dedica às tarefas com afinco é uma pessoa que encontrará meios para satisfazer seus desejos, será próspero (Provérbios 3.10, 15; 13.11; 28.19).

O trabalho

"O Senhor é quem te dá força para adquirires poder" - Deuteronômio 8.18. Isto é, Deus não interage com o ser humano como se fosse o gênio da lâmpada de Aladim. concede a capacidade humana para cada um de nós ser um eficiente trabalhador, através do próprio suor ter seu meio de sobrevivência.

É sabido que a prosperidade não é apenas resultado do esforço do trabalhador, porém, sem trabalho o homem não prospera. Deus criou o ser humano com capacidade para ser produtivo e criativo, agente compassivo, ético e benigno, quando a pessoa escolhe viver assim, é abençoado pelo Senhor.

O trabalho honesto é um dom de Deus. É atividade que satisfaz a necessidade humana, uma ocupação altamente importante que dignifica a vida do ser humano, gera riqueza e felicidade. Quando a atividade profissional coincide com aquilo que a pessoa gosta de fazer, ela então pode se considerar plenamente abençoada por Deus, pois extrai seu sustento daquilo que lhe dá prazer.

É senso comum definir trabalho com emprego remunerado. A grande maioria das pessoas estão empregadas porque receberão salário. Mas nem todo trabalhador é assalariado. Haja vista a valorosa figura abnegada da dona de casa e cidadãos honrados que se apresentam para funções extremamente importantes na sociedade em caráter voluntário, dedicando tempo, talento e suor em favor do próximo sem nenhuma pretensão de retorno financeiro.

Na atualidade, não se pode ignorar o advento da mulher no mercado formal de trabalho. Ela conquistou um papel de destaque no cenário profissional, revolucionando o quadro da família tradicional, tal qual o marido colabora no orçamento da casa.

Apesar de exercício material, o trabalho, em caráter voluntário e remunerado, também abrange a esfera espiritual. Salomão associa o valor do trabalho ao valor espiritual, ele observa que quem não gosta de trabalhar é carente de entendimento (3.9; 24.30). O comentarista da lição bíblica em foco, destaca o significado do termo "entendimento" em hebraico: "a palavra usada para 'entendimento' é 'leb', significando coração, entendimento e mente. A ideia é mostrar o que há no interior do homem, a espiritualidade (...) Ninguém será menos crente porque trabalha, aliás, é justamente o contrário (Efésios 4.28; 2 Tessalonicenses 3.10)".

Equilíbrio

"A bênção do Senhor é que enriquece e ela não acrescenta dores" - Provérbios 10.22.

A Bíblia condena a inércia e a preguiça. A pessoa preguiçosa é displicente, a displicência e a preguiça atraem pobreza (Provérbios 22.13; 24.30, 34).

Para que a vida atinja seu potencial pleno, o trabalhador deve dividi-la de maneira rítmica entre o trabalho, descanso e lazer. O descanso e o trabalho devem ter espaços de tempo proporcionais, para que o corpo se exercite em mão de obra produtiva e a alma possa contemplar o divertimento e tenha oportunidade de adorar a Deus. Nesta interação o indivíduo, as famílias, toda a sociedade encontram condição para viver bem.

E.A.G.

__________

Compilações:
Ensinador Cristão, 4º trimestre de 2013, página 37, Rio de Janeiro, 4º trimestre de 2013, Rio de Janeiro (CPAD);
Lições Bíblicas - Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa, José Gonçalves, lição 3, 4º trimestre de 2013, Rio de Janeiro (CPAD);
Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso; José Gonçalves, capítulo 3, Rio de Janeiro (CPAD).______

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O valor dos bons conselhos

A Casa Publicadora das Assembleias de Deus oferece aos alunos de escola dominical, à faixa etária jovens e adultos, a revista Lições Bíblicas, cujo tema a ser explorado por todo quarto trimestre de 2013 aos domingos é Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa. A autoria de comentários pertence ao Pr. José Gonçalves, professor de teologia, filosofia, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.

A literatura sapiencial judaica

Desde a mais tenra infância somos orientados a escutar e valorizar bons conselhos. Todas as culturas fazem uso de parábolas, lendas, enigmas e máximas para transmitir valores morais, éticos e espirituais.

Os livros Provérbios de Salomão e Eclesiastes são partes das literaturas de sabedoria dos judeus, preciosidades da sabedoria divina para trazer e manter dignidade ao cotidiano de todos os seres humanos, os ensinamentos de ambos os livros são aplicáveis a todo tipo de pessoa em qualquer lugar. Através da leitura e aplicação de ensinos, conselhos práticos para a vida, o leitor encontra nos livros Provérbios e Eclesiastes métodos para crescer na graça e no conhecimento de Deus, e ser uma pessoa melhor para si mesma e para o próximo.

Provérbios nos ensina a viver de modo sábio.

O termo hebraico para "provérbio" significa "comparação". Os provérbios nascem nos ditos populares. Embora trate de questões corriqueiras da vida, os provérbios bíblicos têm sua origem na sabedoria de Deus e expressam os conselhos divinos para nós.

Embora as Escrituras Sagradas nos informe que Salomão foi o homem mais sábio de seu tempo, ter escrito mais de três mil provérbios e 1.005 cânticos, a autoria do conteúdo do livro de Provérbios não é integralmente sua (1 Reis 4.32; Provérbios 1.1; 10.1; 25.1; 24.23; 30.1; 31.1). Atribuem-se a ele as seções que vão de 1.1-9.18, de 10.1-22.16. O último grupo, de 25.1-22.27, é uma seleção dos escritos dele copiadas pelos escribas do rei Ezequias (25.1).

O conteúdo do livro contém sentenças curtas, apresenta lições em forma de antíteses, comparações, parábolas condensadas e poemas, cujas mensagens são reflexos de verdades que foram aprendidas no dia-a-dia do israelita. Os ensinamentos incluem instruções sobre a insensatez, a riqueza, a pobreza, a língua, a humildade, a justiça, a vingança, a contenda, a gula, a cobiça, a preguiça, a amizade, a família, a vida, a morte, o pecado, o orgulho, o amor.

O objetivo do livro é instruir os leitores a viverem de maneira justa, correta e ética, pretende conduzir as pessoas a transmitirem em seu cotidiano a sabedoria de Deus. Os ditos reunidos no livro formam uma biblioteca de instruções sobre como viver uma vida reverenciando ao Senhor na terra e como estar seguro de uma recompensa no porvir.

Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido da vida.

O termo hebraico para a palavra traduzida ao português como "eclesiastes", é "aquele que convoca uma assembleia e a ela se dirige", ou "o pregador".

Embora o autor não se identifique, é aceitável considerar que Salomão escreveu o livro Eclesiastes. O capítulo 1 e versículo 1 informa isso, como também o segundo capítulo parece ser uma descrição resumida de seu estilo de vida (2.3-7). Além disso, as tradições judaica e cristã conferem explicitamente autoria a ele. Fragmentos do livro encontrados em Qumram apontam que sua confecção é anterior a 150 a.C., endossando a afirmação de que Salomão o escreveu.

O livro de Eclesiastes contém caráter biográfico, seus capítulos se consistem em extratos aleatórios sobre a vida do autor, que embora fosse sábio viveu um período triste em sua vida, quando afastou-se da vontade de Deus. Como assim? É fato que Deus deu sabedoria a Salomão, mas ele usou seu livre-arbítrio e deixou de usá-la para proveito próprio. Por este motivo, do total de mais de três mil provérbios apenas pouco mais de uma centena deles estão agrupados no cânon bíblico e considerados de inspiração do Espírito Santo. A situação é um grande alerta ao cristão: não despreze a sabedoria que o Senhor deu a você.

O livro é dirigido para pessoa de todas as idades, mais especialmente aos jovens. Informa que o sentido da vida não é encontrado na posse de bens materiais, nos prazeres oferecidos pela sociedade secular, no acúmulo de conhecimentos e nem na conquista da fama.

A mensagem do livro pode ser definida em três proposições:

1 - Ao observar a vida com seus ciclos aleatórios e paradoxos inexplicáveis, pode-se concluir que tudo é fútil, uma vez que é impossível discernir qualquer propósito na ordem dos acontecimentos (1.4-18; 4.1; 7.15; 8.8);
2 - Apesar da incapacidade de decifrar, o ser humano deve desfrutar a vida ao máximo, ciente de que ela é um dom de Deus (3.12-13; 3.22; 5.18-19; 8.15; 9.7-9);
3 - O homem sábio aproveita bem a sua vida, vivendo-a em obediência a Deus, reconhecendo que um dia Deus julgará todos os homens (3.16-17; 12.14).

E.A.G.

Continuação: Advertências contra o adultério

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Consultas:
A Bíblia Anotada Expandida; Charles C. Ryrie; edição 2007;  páginas 605 e 638; Sociedade Bíblica do Brasil; Barueri - SP;
Revista Ensinador Cristão;outubro-novembro-dezembro de 2013,;ano 14; nº 56; página 36; Rio de Janeiro, CPAD;
Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso; José Gonçalves; 1ª edição 2013; capítulo 1; Rio de janeiro, CPAD.