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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Quando os conflitos surgem



Por Paulo Madsen

É natural que ocorram atritos no relacionamento entre as pessoas. Afinal, somos diferentes uns dos outros. Pensamos de maneira diferente e temos experiências de vida também diferentes.

Dependendo das circunstâncias, esses atritos podem tomar proporções mais sérias que exigem habilidades especiais, para que a situação possa ser contornada e resolvida.

O atrito entre as pessoas é comparável com o atrito entre engrenagens de um motor. Para resolver o problema algumas atitudes precisam ser tomadas. Uma delas, muito simples, seria desmontar o motor e guardar cuidadosamente todas as suas peças em caixas separadas. O problema do atrito estará resolvido, mas o motor não existirá mais. Não haverá mais atritos, nem desgastes, nem produção de energia. Essa solução é, no caso do relacionamento conjugal, o que equivale a uma separação de divórcio. É, portanto, uma solução destrutiva.

Na história da origem do cristianismo, existem exemplos de atritos narrados em todos os seus aspectos e consequências, Foi o caso de uma briga entre Paulo e Barbabé, descrita em Atos 15.39-40.

Em 1 Corintios 11.18, o apóstolo Paulo diz: "Porque, antes de tudo, estou informado de que, quando se reúnem na igreja, existem divisões entre vocês, e eu, em parte, acredito que isso é verdade".  De igual forma, em Gálatas 5.15, o apóstolo diz: "Mas, se vocês ficam mordendo e devorando uns aos outros, tenham cuidado para que não sejam mutuamente destruídos".

Entre nós, em pleno século 21, não é diferente. Pessoas que se estimam, que têm objetivos comuns, se desentendem e se agridem. Cabe, portanto, uma pergunta: Por que os atritos ocorrem?

Entre marido e esposa, as causas mais comuns dos desentendimentos, são:

• Orçamento doméstico;
• Falta de capacidade para perdoar;
• Interferência familiar;
• Entre outras.

São problemas de ordem pessoal, com divergência do gosto ou preferência de cada um. Outro tipo de problema, maias comum nas igrejas, refere-se às causas doutrinárias, devido à interpretação bíblica. Ou seja, quando um entende de uma forma e o outro, de forma diferente.

Pior que tudo isso são conflitos idealizados por Satanás. Ele é o maior semeador de contendas entre irmãos. Na grande maioria das vezes, o que o diabo faz é aproveitar a nossa lenha para fazer a sua fogueira. Nesse ponto, os conflitos de ordem pessoal ou doutrinários tornam instrumentos preciososa nas mãos do inimigo, para semear mais contenda entre os irmãos.

Orar e vigiar são atitudes que não podem faltar na vida do cristão. Estar atento, para as "pequenas" fagulhas não se tornem incêndios devastadores, é o que buscamos quando vigiamos e oramos.

Os conflitos entre as pessoas obedecem a seguinte sequência: discórdia, discussão, contenda e divisão. A discórdia é natural. Afinal, somos pessoas diferentes e podemos discordar das outras pessoas por meio de interpretação diferente do mesmo fato. A discussão (que não é sinônimo de briga) é o aprofundamento do assunto em questão, visando chegar a uma conclusão proveitosa. Discutir a questão é melhor que o silêncio, que pode esconder o problema e criar inimizades. A contenda toma lugar quando uma das partes quer impor suas ideias ou quando a parte que deveria se submeter recusa a fazê-lo.

Ore antes de agir ou falar. Muitos problemas poderiam ser evitados se parássemos para refletir antes de começar um atrito. Busque, em oração, a ajuda de Deus para a solução do problema.

A divisão é a pior etapa daquilo que, muitas vezes, teve seu início com uma simples discórdia que, se fosse conduzida com sabedoria e prudência, poderia ter sido evitada. Uma simples pergunta pode reduzir significativamente as consequências do conflito. A saber: "vale a pena iniciar a questão?". Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Será que vale a pena o seu aprofundamento? Você terá condições de levar o litígio até as suas últimas consequências ou sairá envergonhado da briga?

A Bíblia diz em 2 Timóteo 2.24, 25: "O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade...". Não ultrapasse o limite da contenda, pois a etapa seguinte será o alastramento do incêndio com a consequente destruição da esperança de paz.

Se a contenda aconteceu, será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Mas não faz sentido um cristão guardar mágoa contra alguém e, principalmente, contra outro irmão em Cristo. Reflita bem sobre essa questão.

Fonte: Revista Renovação da Fé, ano 12, número 46, janeiro a março de 2010, uma distribuição gratuita da Igreja Batista Renovada - www. renovada. org. br - São Paulo/SP.

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