Embora os pastores devam ser sábios no que diz respeito ao tempo de cada sermão, veremos que o propósito da história de Êutico deve ensinar uma verdade mais elevada.
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Arquivo | 14 anos de postagens
domingo, 1 de maio de 2022
Atos 20.1-16: A verdade sobre Êutico
segunda-feira, 4 de abril de 2022
Os personagens anônimos da Bíblia
A esposa de Caim, a consorte de Noé, a mulher cananeia e outros personagens bíblicos famosos entraram para a história, mas a Bíblia manteve seus nomes desconhecidos.
segunda-feira, 28 de março de 2022
O cristão evangélico e a interatividade com Deus
Muito se tem falado sobre a interatividade nos últimos tempos. Sabe-se que o ser humano é capaz de manter relações de troca com o seu ambiente e com as pessoas que são parte dele. Tem a capacidade de influenciar e ser influenciado, incentivar ações e obter respostas. Mas jamais explorou-se tanto esse aspecto de comunicação.
O que significa interação? Diz-se que é o processo de adoção recíproca de papéis, o desempenho mútuo de comportamentos estáticos. Noutras palavras, é o efetivo preenchimento de espaço entre dois seres que se comunicam. Em um modelo ideal, estes indivíduos possuem tanta intimidade, que o pensamento e a postura do primeiro se espelham no segundo, resultando em atitudes e ideias semelhantes.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Lições sobre o naufrágio do apóstolo Paulo na ilha de Malta
Algumas informações importantes sobre a viagem:
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021
A divindade de Jesus Cristo na vida dos cristãos
sexta-feira, 28 de maio de 2021
A mulher do fluxo de sangue: o toque com fé na orla das vestes de Jesus
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Ester: rainha fiel a Deus e disposta a morrer por sua fé e por seu povo
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domingo, 29 de setembro de 2019
Conhecendo os Dois Livros de Samuel
Há vários personagens importantes nas páginas de 1 e 2 Samuel, mas somente três nomes aparecem destacados: Samuel, profeta, sacerdote e juiz; Saul, o primeiro rei de Israel; Davi, o homem segundo o coração de Deus. O rei Saul foi, de modo geral, desobediente a Deus, por isso o Senhor pôs em execução seu plano de fazer de Davi o rei seguinte de Israel.
3. O propósito de 1 e 2 Samuel.
Os destinatários originais de 1 Samuel foram os israelitas que viveram durante os reinados de Davi e Salomão, bem como as gerações subsequentes. As histórias destes livros são dirigidas aos israelitas que viveram enquanto a monarquia estava em fase de consolidação, particularmente, à luz do fato de que a narrativa atesta a escolha divina de Davi como monarca (1 Samuel 16.13).
Encontramos em suas páginas a tensão entre a lealdade pactual para com Deus e a monarquia humana. Podemos interpretar tal cenário como a luta entre a carne e o Espírito. E ponderar sobre a decisão de colocamos o reino de Deus e sua justiça em primazia ou se nos envolvemos com os desejos desenfreados da carne, dos olhos e viver impregnados pela soberba da vida (1 João 2.16-17; Romanos 8.5-17; Gálatas 5.16-23).
Entretanto, de acordo com o elemento interno, é diferente. A saber, uma das funções do profeta era agir como historiador, e é possível que Samuel tenha deixado anotações ou registros que foram incorporados aos livros. Temos informações de um livro escrito por Samuel e colocado por ele “perante o Senhor” (1 Samuel 10.25); em 1 Crônicas 29.29 há uma referência ao relato dos atos de Davi num livro chamado “crônicas de Samuel, o vidente”, cujos relatos seriam de ações realizadas antes da coroação. Portanto, é provável que dos capítulos 1 ao 24 de 1 Samuel, o filho de Ana pode ser apontado como autor, e os demais capítulos, atribuídos aos profetas Natã e Gade. Além desses, não há qualquer menção a outros autores que pudessem ter escrito.
É plenamente aceitável a informação que o profeta Samuel não seja o autor do seu início ao fim, uma vez que a morte de Samuel é descrita em 1 Samuel 25.1, quando Saul ainda vivia. Assim sendo, ele não poderia ter escrito os livros da maneira como se encontram hoje. Além disso, o reinado de Davi não foi presenciado por Samuel.
O período de relatos contidos em 1 e 2 Samuel é de aproximadamente 100 anos, começa nos dias de Eli (1 Samuel e conclui ao final do reinado de Davi (2 Samuel 24), o que nos leva a entender que um único escritor ou compilador não poderia ter vivido tempo suficiente para registrar todas as informações do livro como testemunha ocular.
A datação de 1 e 2 Samuel está parametrizada entre 970 a 722 a.C.
A data do livro é muito discutida, todavia, se levarmos em consideração que quem os escreveu foi Samuel, Natã e Gade, tais escritos foram feitos no período do reinado de Davi, ou tempos próximos. Não há afirmação categórica por parte dos pesquisadores, outra ala de estudiosos apontam os capítulos 9 a 20 de 2 Samuel como tendo sido escritos no século 10 antes de Cristo, e as demais porções como tendo sido redigidas depois do período pós cativeiro babilônico. Contrapondo tais afirmações, é lembrado que 1 Samuel 27.6 afirma que Ziclague pertence ao rei de Judá, argumento que provaria que o livro fora escrito durante a o período da monarquia de Davi.
O conteúdo dos livros aborda fatos culturais e espirituais apresentando explanação da mais excelente qualidade. Aqui temos o retrato de Davi, o grande rei salmista, uma figura detalhada com minuciosas que enriquecem a narrativa da Bíblia Sagrada. Apesar de muito haver nesses livros que reflete os baixos padrões morais daquela época, há igualmente grandes picos éticos e espirituais.
1 e 2 Samuel registra o tempo em que começou a suceder a distinção enfatizada entre as formas visíveis de adoração e da realidade por detrás delas.
O cargo de juiz não era herdado, Deus era quem chamava pessoas ao magistrado. Israel não tinha rei, e parece que não pensava em tê-lo até o momento em que Samuel quis transmitir o cargo aos filhos. Até então, Israel era governado ocasionalmente por juízes em eventos de crise, quando o momento difícil passava o juiz, muitas vezes, retornava à sua vida anterior. Na situação de tentativa de transferência de autoridade, os anciãos recusaram a má liderança sugerida por Samuel e lhe pediram a que constituísse um rei sobre a nação. Os israelitas demonstraram indignação e clamaram, com muita contundência: "Dá-nos um rei que reine sobre nós, assim como todas as nações têm" Ao clamar dessa maneira, rejeitaram a Deus como Rei, sem saber como seria viver numa monarquia. De início, a monarquia se consistiu em um reino unido, mas dividiu-se por causa da desobediência dos reis.
3. A situação da dinastia davídica.
• 7.9 - Deu-lhe um grande nome.
O Senhor renovou em Davi a promessa dada a Abraão (Gênesis 12.2), de abençoá-lo nas esferas material (Gênesis 13.2; 24.35) e espiritual (Gênesis 21.22);
• 7.10 - Designou um lugar para Israel;
• 7.11 - Designou a Davi "descanso" de todos os seus inimigos.
Durante o período englobado pelo livro. nenhuma superpotência eclipsava a região hoje conhecida como a Palestina. Por isso Israel, liderado por Davi, aproveitou todas as oportunidades para subjugar as outras nações de Canaã.• 12-15 - Deu-lhe Salomão.
Um filho para se sentar em seu trono, a quem supervisionaria como pai e o disciplinaria com misericórdia quando fosse necessário;
• 12.16 - Prometeu-lhe firmar a sua casa, estabelecer o reinado eterno de sua descendência.
No contexto imediato, a profecia sobre Salomão se referia ao reino temporal da família de Davi na terra. Mas num âmbito maior e mais sublime, referia-se ao descendente maior que ele viria a ter na pessoa do Messias, de natureza divina, a Jesus Cristo (Hebreus 1.8).
Comentário Bíblico Beacon - Josué a Ester - volume 2. 4ª impressão 2012. Páginas 175 e 192. Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
O Governo Divino em Mãos Humanas - Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Capítulo 1: Conhecendo os Dois Livros de Samuel. Osiel Gomes. 1ª edição 2019. Páginas 7 a 13, 15, 17 a 19. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Pastor Christian Mölk. 1 Sam 8:1-22; Israel begär en kung - https://www.christianmolk.se/2013/02/1-sam-81-22-israel-begar-en-kung/
quarta-feira, 1 de maio de 2019
O Livro Provérbios de Salomão
Arte: Gustave Doré |
• 1 - 4.7 - Elogio da sabedoria;• 5.1 - 7.27 - Conselhos contra o adultério e outros pecados;• 8.1 - 9.18 - A sabedoria e a falta de juízo;• 10.1 - 22.16 - Primeira coleção de provérbios;• 22.17 - 24.34 - Trinta provérbios dos sábios;• 25.1 - 29.27 - Segunda coleção de provérbios;• 30.1 - 31.9 - Provérbios variados;• 31.10-31 - A esposa ideal.
• Qual é a vantagem de não fazer apenas o que dá prazer? (Provérbios, capítulo 2);• É impossível falar sempre a verdade? (6.16-17; 12.17-19; 17.4-20);• Reflexão sobre o desejo de ficar rico (10.4; 11.4, 28; 15.16).
• 1.5 - ouve a instrução;• 9.4-6, 10 - foge do pecado e se desvia do mal;• 10.5 - é diligente e esforçada no seu trabalho diário;• 10.8 - obedece ao que ouve;• 10.14 - guarda a instrução recebida;• 11.30 - ganha outras pessoas para o Senhor;• 16.23 - controla a língua e cuida do que fala.
domingo, 27 de janeiro de 2019
Elias, o profeta servido por corvos à margem do riacho de Querite
DEUS DOS IMPOSSÍVEIS
De acordo com Salmos 147,9 e Jó 38,41, Deus se ocupa em alimentar até os filhotes dos corvos. Se Ele ouve até os filhotes de corvos quando clamam, não se preocupará com os seus próprios filhos (Mateus 7.9-11). Jesus disse: “Observem os corvos, que não semeiam, não colhem, não têm despensa nem celeiros; contudo, Deus os sustenta. Vocês valem muito mais do que as aves!” – Lucas 12.24.
O Criador preparou um grande peixe para transportar Jonas, salvando-o de afogar-se em alto-mar e para que profetizasse em Nínive; também usou um pequeno peixe que vivia nas águas do mar da Galileia fazendo-o engolir uma moeda com o objetivo de que a moeda chegasse às mãos de Pedro e com ela Pedro pagasse aos romanos o seu tributo e o de Jesus (Jonas 1.17; Mateus 17.24-27).
O Criador usou o canto do galo para despertar a consciência de Pedro, quando este estava enfraquecido na fé (Marcos 14.72).
O Criador usou um jumento, dando-lhe o poder de falar, para que o animal repreendesse Balaão, que se encontrava repreensível; usou um jumentinho como meio de transporte para que Jesus entrasse em Jerusalém (Números 22.27-31; Lucas 19.28-38).
domingo, 3 de junho de 2018
Descortinando o Santuário- uma reflexão sobre os efeitos da morte e ressurreição de Cristo
Neste momento de agonia de Jesus Cristo, onde estava Deus? O Todo Poderoso sempre esteve presente, esteve lá sem que fosse possível ser notado, estava além da grande cortina da eternidade.
O pecado de Adão foi o motivo que levou Deus a ocultar-se do homem. Antes de Adão e Eva sucumbirem à tentação ocorrida no Éden, diz a Bíblia, em Gênesis 3.8, que o casal ouvia a voz do Criador na viração do dia. A consequência devastadora da ação do pecado criou a separação da raça humana, criou a separação entre Deus e o homem, inclusive, com repercussão alcançando a eternidade.
Amor correspondido
1. O servo Abraão e sua fé..
No Monte Moriá, quando Abraão levanta o seu cutelo para sacrificar Isaque, a grande cortina se abre e Abraão ouve a voz de Deus. Abraão levanta seus olhos e vê atrás de si um cordeiro, amarrado pelos chifres entre os arbustos. Aquele animal apontava para o sacrifício do Filho do Altíssimo na cruz (Gênesis 22.10-13; João 1.29).
2. A chamada do servo Moisés.
Esta mesma cortina abriu-se diante de Moisés no sopé do monte Sinai. Ele estava no meio do fogo que incendiava a sarça, que não se queimava (Êxodo 3).
3. A chamada do servo Isaías.
No santuário em Jerusalém, Isaías (6.1-8) foi surpreendido por três visões. Simbolicamente, podemos dizer que o véu se abriu diante do profeta messiânico..
No ritual judaico, no lugar Santo dos Santos, estava a grande cortina impedindo o homem de aproximar-se de Deus. Na ocasião da festa anual dos israelitas, apenas o sumo sacerdote tinha permissão para entrar no lugar Santo dos Santos, e ali oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, borrifando sangue na tampa dourada da Arca da Aliança, denominada propiciatório (Êxodo 25.17-22; Levítico 16.5-19). A autoridade de Cristo, como intercessor da humanidade pecadora perante nosso Deus santo, é tipificada no propiciatório ensanguentado. Ali, naquele ritual reservado, com o propiciatório terrestre molhado de sangue de animais, estavam as figuras de dois querubins com suas asas abertas em direção da Arca, representando a presença da glória celeste na vida de toda pessoa cujo coração arrependeu-se de seus pecados e aceitou o sacrifício do Cordeiro de Deus em seu favor.
Contudo, aquela cena do culto hebraico não era suficiente para rasgar a cortina, a divisória entre os homens e Deus permanecia.
No monte da transfiguração, Pedro, Tiago e João viram o rosto de Cristo brilhar como o sol e suas roupas em cor alva como a brancura da neve. Testemunharam naquela ocasião, a comunhão entre a criatura e o Criador, a conversa do Mestre com os profetas Moisés e Elias. (Mateus 17.1-3).
O propiciatório divino
Na tarde de sexta-feira, na semana da Páscoa, quando Cristo brada pela última vez na cruz, o sacerdote ministrava no santuário, no Lugar Santo dos Santos. Naquele instante em que o Cordeiro de Deus expirou, o sumo sacerdote foi surpreendido pelo terremoto, que rasgou o grande véu do templo. Rasgou-se o véu, rasgadura começando do alto para baixo. O sangue do Cordeiro de Deus, imolado na cruz do Calvário deu acesso para o homem chegar-se a Deus.
Agora, o santuário está descortinado. Por esta razão o apóstolo Paulo escreveu: "Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade" - Efésios 2.13-14.
Conclusão
O crente em Cristo tem a possibilidade de estar na presença do Senhor, tem acesso direto ao Pai,por causa do efeito eficaz do derramamento de sangue de seu Filho Unigênito. Que haja em cada cristão o a disposição para realizar sei exercício de fé, vontade de orar, fazer orações com a plena confiança que a porta está aberta e tem permissão para entrar no Santo dos Santos- não a réplica terrestre, mas o tabernáculo original, existente no plano espiritual.
Façamos isso reverentemente, com bastante regularidade de vezes. Pois Jesus, através de seu sacrifício perfeito, ao entregar o seu corpo como o Cordeiro sem pecados, abriu um novo e vivo caminho aos pecadores arrependidos. Aproximemos de Deus com confiança, pois houve o resultado positivo na morte vicária de Jesus na cruz; Ele venceu a morte ao ressuscitar.
Através do sacrifício de Jesus na cruz, Ele tem poder de nos justificar de todo pecado através de seu sangue (1 João 1.9).
E.A.G.
sexta-feira, 27 de abril de 2018
A vida é fantástica
"Você nunca dará uma topada se ficar parado. Quanto mais depressa andar, mais chances terá de dar topadas, mas também terá mais oportunidades de chegar a algum lugar" (Charles F. Kettering).
"O urso veio e preparou Davi para o leão. O leão veio e preparou Davi Para Golias. Golias veio e preparou Davi para Saul. Saul veio e preparou Davi para o trono.
Deus permite situações aparentemente impossíveis em nossas vidas para nos levar a lugares maiores. Quando chegamos no limite: Deus chega com providência.
O limite de Moisés era o mar. Deus abriu as águas para ele e o povo de Israel atravessar em terra seca.
O limite de Abraão era a morte de Isaque. Deus providenciou o cordeiro, com vista a honrar sua fidelidade e fé..
O limite de Ana era a esterilidade. Deus lhe deu um filho, mostrando que seu plano criador se consiste em que as mulheres conheçam a fecundidade.
O limite de Jesus (como homem) era a morte. Deus o ressuscitou porque é o Autor da vida.
Deus conhece o seu limite e deseja levá-lo ao estado de excelência e primor.
Que Deus abençoe a sua vida abundantemente. Ao encontrar a limitação, que ela seja apenas o instrumento para o milagre acontecer.
Não olhe para o problema como o fim, mas como a oportunidade da manifestação da glória de Deus!!!"
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Nota Belverede: Encontrei o este texto, publicado entre aspas, em uma rede social, fiz uma pequena adaptação ao blog com o objetivo de compartir com os leitores deste espaço. A autoria é desconhecida.
E.A.G.
sábado, 10 de março de 2018
Quem era Maria Madalena, segundo os relatos bíblicos?
O Arrependimento. Tela de Domenico Fetti (Roma, 1589 † Veneza, 1623) |
Eliseu Antonio Gomes
Ela é mencionada em nove listas de mulheres que seguiam Jesus e encabeça oito delas, o que sugere que talvez exercesse a posição de liderança do grupo feminino das seguidoras de Cristo (Mateus 27.55, 56, 61; e 28.1; Marcos 15.40, 41, 47; e 16.1; Lucas 8.1-3; e 24.10; João 19.25).
Não está escrito na Bíblia, mas de acordo com o contexto sobre possessões malignas, a história de Maria Madalena é a de o Pastor que foi atrás da ovelha e não o contrário. Sua existência inútil e autodestrutiva se transformou em uma vida cheia de graça a partir do momento em que Jesus a socorreu, restituiu sua capacidade de raciocinar com clareza e libertou-a do cativeiro demoníaco. Após liberta, em vez de despedir, Jesus a levou para junto de seus discípulos e ela passou a integrar o privilegiado grupo de mulheres da Galileia, que juntamente com os doze discípulos, caminhavam ao lado do Senhor de cidade em cidade.
Magdala, às margens do Mar da Galileia. Foto de Daniel B. Sheep em 1894. Wikipedia |
Maria Madalena, a servidora
A crucificação de Jesus Cristo. Maria Madalena é uma das testemunhas oculares da morte do Salvador. Fonte: FreeBibleImages.org |
O relato bíblico sobre Maria Madalena no episódio da ressurreição
Ainda era madrugada de domingo, o sol nem havia nascido quando as mulheres chegaram ao túmulo de Jesus, que julgavam ainda estivesse morto. Elas tinham o propósito de ungir o seu corpo, realizarem o ritual de preparação de cadáver, como era costume entre os judeus, pois isso não havia sido feito antes do sepultamento por causa da chegada do sábado. Ali, foram surpreendidas ao verem que a pedra usada para fechar o túmulo havia sido removida e encontrarem um anjo, anunciado-lhes a ressurreição de Jesus.
Gli amici di Gesù. Coprodução: Alemanha e Itália (2000). Atriz Maria Grazia Cucinotta vive Maria Madalena. Roteiro sem fidelidade às Escrituras Sagradas. |
Gente sem nenhum compromisso com o conteúdo da Palavra de Deus, faz interpretações sem respaldo bíblico sobre a biografia de Maria Madalena.
Feministas, com o suposto pretexto de elucidar quem realmente era a discípula de Jesus Cristo, descontentes com a identidade que a Bíblia apresenta, extraindo e distorcendo textos do Novo Testamento e também usando antigos textos extra-bíblicos - como o Evangelho de Filipe e o Evangelho de Maria Madalena - afirmam que Maria Madalena era a líder escolhida para a Igreja. Além disso, afirmam que ela seria esposa de Jesus e mãe de um filho dEle.
O Código da Vinci, livro de autoria de Dan Brown, veiculou essas ideias equivocadas e alcançou enorme sucesso, inclusive através de uma adaptação ao cinema, filme produzido em Hollywood com atores consagrados na indústria cinematográfica. O enredo de Brown afirma, entre outras heresias, que o apóstolo amado não era João, o evangelista, mas Maria Madalena.
Roney Mara no papel de Maria Madalena
No próximo dia 15 de março, estreia nas telas de cinema do Brasil, o filme Maria Madalena, do diretor australiano Garth Davis e das roteiristas Helen Edmundson e Philippa Goslett. O longa conta com Rooney Mara, duas vezes indicada ao Oscar, como a atriz protagonista do filme; Joaquin Phoenix na pele de Jesus e Chiwetel Ejiofor como apóstolo Pedro. É produzido pela empresa 360 WayUp, conhecida por apresentar grandes projetos no mercado cristão cinematográfico, e distribuído pelos estúdios Universal Pictures France.
Segundo o marketing dessa produção, a personagem central é a figura de uma mulher corajosa, temente a Deus, que se transforma em alguém melhor ao caminhar com o Senhor, a personagem desafia a sociedade retrógrada da época a se juntar a Jesus em sua jornada para espalhar a Palavra de Deus. E as mulheres da sociedade atual, acostumadas a tomarem decisões, situadas em posições nunca antes conquistadas nos âmbitos políticos e econômicos, se sentirão representadas por ela.
Só nos resta saber se o roteiro é ou não fiel aos relatos da Bíblia Sagrada.
Conclusão
Apesar do equívoco de interpretação dos textos bíblicos que muitos fazem sobre a identidade de Maria Madalena, sem dúvida alguma ela é uma das mulheres mais importantes do Novo Testamento. Entre todas que conheceram Jesus Cristo pessoalmente, apenas Maria de Nazaré é citada mais vezes que ela. Na galeria bíblica de exemplos femininos, seria uma perda irreparável não haver seu nome na lista. Aos estudiosos e propagadores do conteúdo da Bíblia, é um grande erro desprezar o estudo sobre esta mulher.
Maria Madalena, depois de ser libertada por Cristo da condição de escrava de sete demônios, servir ao Senhor por livre e espontânea vontade, sentir a dor de vê-lo preso, acusado injustamente, torturado, crucificado e morrer na cruz, foi a primeira testemunha ocular do surgimento do cristianismo no mundo.
E.A.G.
Histórias de Mulheres da Bíblia, Eva Mündlen, páginas 119 e 120, edição 2010, Barueri - SP (Sociedade Bíblica do Brasil).
Mulheres Esquecidas da Bíblia - Encontre força e sentido em suas histórias, Carolyn James, páginas 195, 196, 197, 199, 204, edição 207, São Paulo- SP (Editora Vida)