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sábado, 25 de maio de 2019

Lições Bíblicas: Tempo, Bens e Talentos - Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado

“Tempo, Bens e Talentos – Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado”. Este é o tema escolhido pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), ao terceiro trimestre de 2019, para ser lecionado nas igrejas que adotam as revistas Lições Bíblicas - Adulto. O comentarista das trezes lições é o Pastor Elinaldo Renovato.

Sumário:

Lição 1 – O que é a Mordomia Cristã
[ Cinco etapas para você otimizar seu tempo ]
Lição 2 – A Mordomia do Corpo
Lição 4 – A Mordomia da Família
Lição 8 – A Mordomia do Tempo
Lição 9 – A Mordomia do Trabalho
Lição 10 – A Mordomia das Finanças
Lição 13 – Seja um Mordomo Fiel

domingo, 5 de maio de 2019

As cortinas do Tabernáculo

INTRODUÇÃO

Os tecidos para a cobertura do Tabernáculo eram exatamente como Deus determinou a Moisés. Em nada havia iniciativa humana. O texto bíblico em Êxodo 26.1-14, revela que as cores usadas possuem relação com verdades espirituais. É importante extrair dessa comparação lições que edifiquem a vida cristã. 

Deus, ao longo da revelação das Escrituras Sagradas, sempre usou coisas simples para ensinar verdades espirituais. Assim, o Tabernáculo - que tipificava a morada de Deus e as características redentoras e salvíficas expressas na obra expiatória de Jesus Cristo -, tinha cortinas compostas de cores que apontavam para a obra completa da salvação.

O Tabernáculo. Símbolos da Obra Redentora de Cristo. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

I - AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

Na natureza, há uma variedade inumerável de tons. Esta variedade é usada para a simbologia das cortinas do Pátio do Tabernáculo. As  coberturas estavam classificadas em "coberta exterior" e "cortinas internas".

As cortinas internas e as externas do Tabernáculo foram feitas com especial primor e beleza para, em primeiro lugar, enaltecer a presença divina no Tabernáculo e, em segundo lugar, para dar um sentido de santidade aos serviços sacerdotais no seu interior. A coberta exterior, assim como a interior, representavam símbolos importantes.

As cortinas externas não tinham acabamento primoroso, o aspecto era simples e tosco, contrastando com a beleza do cortinado interior. Por isso, tanto as cortinas de fora quanto as de dentro, usadas no Tabernáculo, revelam tipologicamente, a figura de Jesus Cristo quando se fez homem, cumprindo assim a profecia de Isaías 53.2, que nos que o Messias "foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não possuía beleza e nem formosura". Leia também: Mateus 13.55; Filipenses 2.6-8.

É necessário resgatarmos o senso do que é santo e do que é profano. Isso não significa legalismo, muito menos uma visão maniqueísta da vida cristã. Na verdade, trata-se de um conselho bíblico. Ora, Deus, é santo, e por isso, a Igreja de Cristo precisa viver como povo santo.

1. A coberta exterior.

Uma das finalidades da cobertura exterior era resistir às intempéries climáticas do deserto e por isso era rústica. O forro, que servia para cobrir a parte superior e as paredes do lado de fora, era feito de material para resistir às intempéries do deserto, confeccionados de peles de animais marinhos, texugo ou golfinho, madeira de cetim cortadas em tábuas, a qual tinha uma lâmina de ouro que sustentava as peles estendidas (Êxodo 26.15-30). O trabalho era resultado da inspiração dos artesãos, os quais receberam de Deus todo o desenho, com o sobreaviso que o lugar serviria como habitação de Deus no meio de seu povo.

As quatro colunas da entrada do Tabernáculo e os véus têm também um significado muito importante. Em Êxodo 27.16, na tradução Nova Almeida Atualizada, lemos: o seguinte "À porta do átrio, haverá um cortinado de oito metros e oitenta de comprimento, de pano azul, púrpura, carmesim e linho fino retorcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, e as suas bases, quatro." Estas quatro colunas figurativamente falam da oportunidade de salvação para todos. Todos têm oportunidade de entrar no Santuário (Mateus 24.31; João 3.16).

Os quatro véus que cobrem as quatro colunas de entrada da tenda, por suas cores significativas, apontam-nos os quatro Evangelhos, pela ordem em que estes aparecem no Novo Testamento.
1. Mateus, em seu Evangelho, focaliza a pessoa de Jesus do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde Deus habitava sobre o Propiciatório, entre os querubins da glória (confira: 13.23). Este Evangelho apresenta Jesus como o Rei dos reis; é o Evangelho do Rei. Mateus enfatiza este aspecto do caráter de Jesus, por 14 vezes, o chama de Filho de Davi, o famoso rei cuja descendência Deus prometeu perpetuar no trono de Israel. O Messias viria como Rei, conforme a profecia de Zacarias 9.9: "Eis aí o teu Rei". Por isso Mateus registra a genealogia de Jesus, pois um Rei precisa provar a sua ascendência real.
2. No Evangelho segundo Marcos Jesus é mostrado como Servo fiel e sofredor. Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor, apenas aponta os traços de Jesus do ponto de vista da cruz, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Percebemos esse ponto de vista claramente expressos no capítulo 4 e versículos números 8 e 20. A leitura da obra de Marcos apresenta o Messias descrito na profecia de Isaías (42.1):“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se agrada. Pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios".
3. No Evangelho segundo Lucas temos a apresentação Jesus como o homem de caráter justo, de conduta perfeita; o evangelista apresenta a pessoa do Salvador como o Filho do homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de Jesus. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zacarias 6.12: "E diga-lhe: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: “Eis aqui o homem cujo nome é Renovo. Ele brotará do seu lugar e edificará o templo do SENHOR". O linho branco acena para o homem perfeito, para o caráter justo de Jesus.
4. Vemos em João o Evangelho do Filho de Deus. Jesus, como Filho de Deus, cumpre a profecia de Isaías 40.9: "Ó Sião, você que anuncia boas-novas, suba a um alto monte! Ó Jerusalém, você que anuncia boas-novas, levante a sua voz fortemente! Levante-a, não tenha medo. Diga às cidades de Judá: “Eis aí está o seu Deus!” João não registra a genealogia de Jesus, pois Deus não tem genealogia.
O acesso geral e livre ao Tabernáculo pelos lados do Pátio não era permitido. . A única entrada  de acesso ao Pátio era a porta que ficava no meio, ela possuía quatro colunas, que simbolizam os quatro evangelhos.

Ao entregar a sua vida como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a cortina do templo foi partida do alto para baixo. O rasgo da cortina no momento do sacrifício de Jesus sinaliza que derramamento de sangue e morte serviram como uma expiação suficiente pelos pecados em caráter definitivo. Significa que o caminho para o Santo dos Santos, outrora bloqueado agora está acessível para todas as pessoas, em todos os lugares e tempos, tanto aos judeus quanto aos gentios. Naquele momento, a Antiga Aliança teve seu término e começava a Dispensação da Graça (Hebreus 8.13; 9.8-9).

Jesus é a Porta aberta a todos os pecadores arrependidos, que confessam os seus pecados e os deixa (Provérbios 28.13; João 10.9).

2. As cortinas internas.

A coberta interna era tingida de vermelho, apontava para Cristo e seu sacrifício na cruz. No ritual do Tabernáculo, o vermelho simbolizava o sangue de Cristo para a remissão do pecado.

A coberta sem tingimento, feitas de peles de cabras brancas, revelava a ideia de pureza e justiça do nosso Senhor, e, também, tipificava a pureza de seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus.

O Tabernáculo. Símbolos da Obra Redentora de Cristo. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

II - O CORTINADO DO PÁTIO DO TABERNÁCULO

1. A simbologia descritiva das cortinas do Tabernáculo.

As dimensões do Pátio retangular, envolto por cortinas e varais ao redor do Tabernáculo, foram fornecidas com precisão, tinha 44 metros de cumprimento e 22 de largura (27.9-19).

As cortinas do Tabernáculo eram do mesmo material e padrão da quarta cobertura. A cortina do átrio simbolizava a salvação; a cortina da Tenda tipificava ministração; a cortina interna, o véu, representava a mediação.

2. O significado da separação.

O Tabernáculo estava separado das tribos por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Isso fala da separação entre Deus e o pecador (Êxodo 38.10- 15,19 31; Isaías 59.2). Visto que o lugar era santo e representado pelo cortinado branco de linho fino torcido, toda a área do Tabernáculo constituía-se em lugar isolado. As dimensões dessas cortinas, compridas em largura e altura, tinham, por objetivo tornar todo aquele ambiente, entre a cerca e o Tabernáculo, delimitado e fora da visão dos pecadores.

Essa restrição nos ensina que é necessária a justiça perfeita de Deus para ter acesso a Ele (Romanos 3.22-26; 10.3). Para adentrar ao Pátio, o hebreu deveria levar a sua oferta pelo pecado. Assim, as cortinas faziam a separação entre o santo e o profano.

É importante enfatizar que os dois véus, o primeiro do Pátio para ao Lugar Santo; e o segundo, do Lugar Santo para o Lugar Santíssimo; somado o pano de linho branco, que constitui a cerca do Pátio traz, claramente, o ensino bíblico da separação, que precisa haver entre o que está consagrado e o que  desrespeita os preceitos religiosos. É necessário resgatarmos o senso do que é ato de reverência. Isso não significa legalismo, muito menos uma visão maniqueísta da vida cristã. Na verdade, trata-se de um conselho bíblico. Ora, Deus, é santo, e por isso, a Igreja de Cristo precisa viver como povo santo.

3. O significado da santidade.

Santidade é a separação absoluta do pecado e dedicação exclusiva a Deus. Assim, ter a consciência da santidade bíblica significa ter a disposição para viver na contramão do mundo (1 João 2.15).

Jesus Cristo ainda intercede por nós hoje em dia da mesma maneira que orou no capítulo 17 de João. Como nosso Mediador diante de Deus, está rogando ao Todo Poderoso que nos livre do mal. Ele quer que todo crente seja santificado. A santificação nos faz um com o Senhor Jesus e nos faz santo com Jesus (Hebreus 2.11).

Paulo, escrevendo aos crentes de Tessalônica, revela que a vontade Deus é que todo crente viva em santidade, separado dos pecados atuais e do pecado original (1 Tessalonicenses 4.3). Os pecados atuais são os que cometemos voluntariamente, ao passo que o pecado original é o que herdamos do primeiro Adão.

O Tabernáculo. Símbolos da Obra Redentora de Cristo. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

III. AS CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO

Nenhum crente pode chegar a dizer que está totalmente livre do pecado (1 João 1.8, 9). Somos culpados dos pecados de omissão pelo fato de nenhum de nós adorar de modo suficiente, amar e servir a Deus suficientemente, isto sem mencionar os pecados que cometemos de tempos em tempos. É por esta razão que o sangue de Jesus nos purifica continuamente de todo o pecado (João 1.7 - o tempo presente do verbo grego do verbo demonstra ação repetida ou contínua).

1. O significado especial das cores.

Simbolicamente, para nós, os discípulos de Cristo, a diversidade de cores do cortinado do Tabernáculo apontava para a revelação obra completa de Cristo, que envolve a remissão do passado, do presente e do futuro. É a obra completa da salvação. O véu foi rasgado, o homem foi reconciliado com Deus, a divisão foi jogada por terra, pois o Calvário no deu o direito de entrar na presença de Deus.

As cores tinham significados especiais para a vida espiritual da nação. israelita e também são muito significantes para a Igreja de Cristo.

2. A cor azul celeste (Êxodo 27.16)

Dentre as referências ao azul no Antigo Testamento destaca-se à do cordão azul em Números 15.38-40: "Fale aos filhos de Israel e diga-lhes que ao longo das suas gerações coloquem franjas nas extremidades das suas capas e ponham um cordão azul em cada franja. E as franjas estarão ali para que, ao vê-las, vocês se lembrem de todos os mandamentos do SENHOR e os cumpram, para que vocês não se deixem arrastar à infidelidade, seguindo os desejos do seu coração e dos seus olhos. As franjas estarão ali para que vocês se lembrem de todos os meus mandamentos, os cumpram e sejam santos ao Deus de vocês."

Por ser um dos principais símbolos do céu, o azul revela o propósito profundo de Deus, de conduzir o seu povo a uma constante atitude de comunhão como Pai celeste, de quem deveriam receber graça e inspiração para uma vida santa, de fidelidade aos seus elevados preceitos e, conseqüentemente, de separação das concupiscências mundanas. Assim, mediante o memorial das fitas azuis fixadas nas franjas das suas vestes, os israelitas deveriam lembrar-se da sua responsabilidade de obediência à Lei do Concerto do Sinai, e de sua chamada para ser o povo santo do Senhor.

Havia uma cortina interna que podia ser vista apenas do lado de dentro do Tabernáculo. Ela era feita de linho branco e fino com bordados das figuras de querubins e tinha as cores púrpura, escarlate e azul (Êxodo 26.1-6). A visão que se tinha dessa cortina interna lembrava o céu de glória, pois essa cor indica sempre o céu ou aquilo que é celeste. As figuras dos querubins, impressas e bordadas naquela cortina, representavam tipos de seres angelicais que servem junto do trono de Deus. Em relação a Cristo, a cor é uma figura da realeza e divindade de Jesus (Efésios 1.20, 21), bem como a sua manifestação triunfal para implantar o Reino Milenar.

3. A cor púrpura (Êxodo 27.16).

A palavra hebraica para "púrpura" é "argaman e, no aramaico, é "ar'wan (2 Crônicas 2.7; Daniel 5.7). Na Antiguidade, era obtida de uma espécie de molusco encontrado no fundo mar Mediterrâneo. Por causa do seu brilho, a púrpura foi uma cor preferida nos palácios reais (2 Crônica 2.14). Era usada nas roupas do sumo sacerdote (Êxodo 28.4-6; 39.1, 2).

A tonalidade púrpura expressava a majestade de Cristo, fala de realeza, seu simbolismo remete ao que Cristo é agora no céu, lugar onde assumiu a divindade depois de sua ascensão (Efésios 1.20, 21). A cortina com a tintura púrpura também apontava ao futuro escatológico, porque a soberania de Cristo será um dia revelada na segunda etapa da Vinda em glória, momento em que Ele assumirá o governo da terra como Rei e Senhor de todas as coisas (Salmos 110; Isaías 9.6; Lucas 1.32).

Para o pintor que faz quadros no estilo realista criar a tonalidade púrpura real, o processo é misturar as cores azul com vermelha e preta. A mistura das três tintas nos faz lembrar que o Verbo divino a si mesmo "se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos” (Filipenses 2.7). Cristo trocou o céu pela terra, deixou de lado sua autoridade celestial tornando-se semelhante aos homens, sujeitos à tentação e ao pecado, assumiu a figura humana com o objetivo de morrer pelos seres humanos que estavam em trevas, ressuscitar sem pecado e em seguida levá-los para o céu (João 1.1-4; e 14.1-6).

4. A cor escarlate (carmesim) (Êxodo 27.16).

A palavra "escarlate" é a combinação de duas palavras hebraicas: "laath e shahl. Encontramos a primeira traduzida como "verme" no Salmo 22.6; a segunda está subentendida no texto de Apocalipse 19.13.

Escarlate é a tinta vermelha com matiz a pender ao tom laranja. No círculo cromático, é a cor do sangue e da chama do fogo. Na Antiga Aliança, e por conseguinte na peregrinação dos israelitas pelo deserto, o escarlate remetia ao sangue expiatório, toda a tonalidade vermelha representava o sangue vertido na cruz, que remiu os nossos pecados.

Segundo os estudiosos, para a feitura do tom escarlate, ou carmesim, os hebreus usavam um inseto fêmea, ainda na fase de larva, encontrados em árvores. O inseto era moído até se transformar em pó e depois misturado em outro composto líquido para colorir tecidos e fios (Gênesis 38.28, 30; Josué 2.18, 21; 2 Samuel 1.24).

 Tal coloração de tintura remete aos textos bíblicos das profecias messiânicas:
• Salmos 26.1, 10 - “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (...) ‘eu sou verme e não um ser humano; afrontado pelos homens e desprezado pelo povo”.
•  Isaías 53.10 - “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão”.
5. A cor branca do linho torcido.

O tecido de linho branco possuía trabalho bordado com fios tingidos em azul. O corante biológico azulado, tinha pigmentação luminosa extraída de um molusco que produzia tal efeito brilhoso. A cor branca representava a pureza e o tom azulado e brilhante lembrava o firmamento. A gradação das duas cores transmite a mensagem que o ser humano precisa de Deus; revela que o Salvador é o nosso Emanuel (Deus conosco), diz que Jesus é ser celestial (João 3.31).

O branco simboliza pureza e santidade. No plano da obra redentora de Cristo, o destino final das almas é o céu, mas para chegar no céu é necessário mortificar os desejos da carte e viver em santidade (Salmos 15; Gálatas 5.16-23). 

CONCLUSÃO

A Igreja de Cristo não se fecha dentro de uma cerca como se fosse um casulo que esconde seu bichinho, mas está sempre pronta para receber todo pecador arrependido que confessa Jesus Cristo como o seu Cordeiro expiatório. O propósito de ser cristão não é tão-somente ser salvo do inferno e ir para o céu. Implica em assumir o caráter de Cristo, como filho de Deus e permanecer fiel em todas as circunstâncias.

Na última noite da vida do Senhor, Ele reuniu-se com seus discípulos no Cenáculo. Ali, aconteceu o ato final entre eles, a consumação de toda a sua vida. Sentaram à mesa para cearem. Jesus tomou o pão, partiu-o e os ensinou a tomar e comer. Considerando que o Senhor estava ainda em carne, o ato de Jesus declarava, diante dos anjos e dos homens, que Ele não hesitaria em morrer pelo mundo, não haveria limites para sacrificar-se pela Humanidade, seria fiel até à morte.

Se o caráter de Jesus está em você e em mim, então, em termos de propósito, isso nos fez de fato como Ele. O seu Espírito nos é dado, temos em nós a mesma fidelidade inextinguível, que caracterizou o Filho de Deus. Caso necessário, até quando houver um sentenciamento de pena máxima, à morte. Ser cristão fiel é recusar-se a se curvar, preferir morrer a desonrar o Filho de Deus.

E.A.G.

Compilações:
Lições Bíblicas. Professor. Adultos.Elinaldo Renovato. O Tabernáculo, Símbolos da Obra Redentora de Cristo. Lição 4: O Altar do Holocausto. Abril a Junho de 2019, páginas 43 e 47. Bangu, Rio de Janeiro/RJ . Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil (CPAD).
Ensinador Cristão, ano 20, número 78, segundo trimestre de 2019, página 39. Bangu, Rio de Janeiro/RJ . Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil (CPAD).
O Tabernáculo e a Igreja - Entrando com ousadia no santuário de Deus; Abraão de Almeida, páginas 14 a 16, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil (CPAD).
O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de Cristo; Elienai Cabral, páginas 67 a 70, e 74 a 76; 1ª edição 2019; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD). 

As adjetivações da esquerdopatia brasileira


- Gosto de ser negro.
- Legal. Gosto de ser branco.
- Racista!

- Sabia? Eu sou gay.
- Ok. Legal. Eu sou hétero.
- Homofóbico!

- Sou da esquerda.
- Legal. Eu sou da direita.
- Facista!

- Sou liberal.
- Legal. Sou conservador.
- Intolerante!

Charlie Brown é um personagem criado pelo cartunista americano Charles Monroe Schulz [26/11/1922 - 12/02/2000]. O próprio Schulz escreveu e desenhou as estórias, de outubro de 1950 até o ano no qual aconteceu o seu falecimento. Em companhia do cão Snoopy, Charlie ficou popularizado nos Estados Unidos na tirinha de jornais intitulada Peanuts [no Brasil, Minduim], traduzida para cerca de 40 idiomas. Além das tirinhas, Charlie Brown também foi usado em 43 desenhos animados na televisão, sendo que um número considerável foram especiais de Natal.

E.A.G

Atualizado em 11 de maio de 2022 às 4h22.

sábado, 4 de maio de 2019

Jesus incentivou a discórdia familiar?

Família feliz. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br

Por Tadeu Panicio

Como entender o texto de Lucas 14.26, que fala sobre "aborrecer a família"?

O capítulo 14 de Lucas tem suas peculiaridades. Percebe-se que a tem[atica principal está nas prioridades. Inicialmente a questão de priorizar a cura de um hidrópico ou a observância da Lei com a relação ao sábado (1-6); na sequência, a prioridade dos primeiros assentos em um festa (7-14); continua com as desculpas de alguns que não priorizam a grande ceia (15-24) e, finalmente, conclui com a parábola da previdência, enfatizando a necessidade de priorizarmos a Deus em detrimento das demais coisas deste vida terrena.

O versículo 26 em especial registra o seguinte: "Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" (ARC). Infelizmente, esse texto é interpretado erroneamente por muitos leitores da Bíblia. É importante notarmos que a palavra "aborrecer" ou "abandonar", em seu sentido literal no grego (miseó), ainda que possa etimologicamente ser traduzida por odiar, pode ser traduzida por "amar menos".

A ideia nesse versículo é que ser discípulo significa dar sua primeira lealdade. "Não há lugar no ensino de Jesus para o "ódio literal", pois, ao observarmos seus ensinamentos, encontramos que Ele mandou seus seguidores amarem até mesmo seus inimigos (6.7), de modo que é impossível que aqui lhes diga que literalmente devem odiar aqueles que na terra são mais aproximados (ver também 8.20-21). A ideia aqui é amar menos. O que Jesus quer dizer é que o amor que o discípulo tem por Ele deve ser tão grande que o melhor amor terrestre é ódio em comparação (Mateus 10.37).

A passagem bíblica escrita por Lucas, no capítulo 16 e versículo 33 completa este raciocínio. Lucas ressalta que Jesus não disse "venda ou doe", mas "renuncie", logo "o que Ele quis dizer é que como discípulo de Jesus, nós entregamos a Ele a escritura de tudo o que possuímos. Desde momento em diante, vivemos consciente de que somos mordomos do Senhor, e que tudo o que possuímos pertence, em última instância, a Ele, inclusive nossa família.

O texto não afirma que o homem precise detestar os seus familiares, mas que eles devem tomar o segundo lugar, depois do Senhor em seu coração. Jesus requer aqui é que a nossa lealdade e amor a Ele sejam superiores a todos os demais vínculos em nossa vida, inclusive os da nossa própria família.

Assim sendo, Jesus em nenhum momento, incentivou a discórdia e nunca desconsiderou a importância da família. Simplesmente, Ele estabeleceu uma hierarquia de prioridades, na qual Deus está no topo e deve permanecer.

E.A.G.

Texto adaptado ao blog Belverede.

Referências bibliográficas:
Comentário Bíblico NVI - Antigo e Novo Testamento, F.F. Bruce, página 1680, edição 2009, São Paulo (Editora Vida).
Comentário Histórico Cultural do Novo Testamento. Lawrence O. Richards, edição 2008,  página 172. Ri ode Janeiro (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD)
Mensageiro da Paz, ano 83, número 1537, junho de 2013,  página 17. Bangu, Rio de Janeiro/RJ. Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Lucas - Introdução e comentários. L. Leon Morris, edição 2011, página 222 São Paulo (Edições Vida Nova).

sexta-feira, 3 de maio de 2019

O crente sábio e o corrupto que veste farda

Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
O enunciado de uma matéria no portal IG na data de hoje é a seguinte: Justiça Militar decreta nova prisão contra tenente coronel do Exército que desviou armas.

A notícia é referente a Alexandre Almeida, atuando no Rio de Janeiro e Espírito Santo, que teria desviado mais de 160 armas para um clube de tiro, no valor de 160 mil reais, quando era chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar do Exército do Rio de Janeiro. Sua função era fiscalizar a importação e comércio de armas para civis, o funcionamento de clubes de tiros, a venda de explosivos, a atuação de atiradores e colecionadores de armas e blindagem de automóveis.

Foi preso em flagrante. Há contra ele dois pedidos de prisão: o primeiro pertence ao juízo da Auditoria Militar do Rio de Janeiro e o segundo, concedido nesta quarta-feira, também da Justiça Militar, foi tocado pelo pedido do Ministério Público Militar, tem como base um Inquérito Policial Militar, instaurado para fazer apuração dos fatos.

Alexandre Almeida está preso, graças a Deus. Seu amor ao dinheiro é um dos motivos da Segurança Pública estar mal no Rio de Janeiro e outras parte do Brasil. Casos como o desta pessoa faz a gente ter a resposta de como a cada dia o nível de violência aumenta. Quem deveria estar por obrigação legal cuidando da Pátria, estaria entregando armas aos bandidos. Situação complicada. Logicamente, o bandido fardado é mil vezes mais perigoso e cruel que o bandido negro, descalço e favelado. O moleque com fuzil na mão não é tão dissimulado quando a pessoa que tem um prenome de sargento ou coronel; os dois são uma realidade, mas só um não usa máscara, não tem a farda e títulos de autoridade.

O outro lado dessa história é positivo, este bandido de farda só foi pego porque outro elemento da farda o denunciou. Os investigadores descobriram a existência do esquema criminoso depois da aposentadoria de um coronel. Este coronel ao passar para a reserva entregou uma pistola 9 mm para o Serviço de Produtos Controlados, comandado pelo tenente-coronel Almeida. Em dezembro de 2018, o oficial aposentado ficou sabendo que a arma tinha sido desviada para a Guerreiros Escola de Tiros e Comércio de Armas, no Espírito Santo, e fez a denúncia do crime. O senso de civilidade e honestidade superou a ganância e a desonestidade. Este caso mostrou que existe um esquema de controle de armas. Esse tal aí, que vendia as armas da sua corporação só foi pego porque há o controle das Forças Armadas sobre os armamentos. Quem o denunciou, o fez porque fez uso do esquema de controlamento.

Sim, nós sabemos que existe muitos outros agindo de modo errôneo. É quase uma certeza absoluta que o caso deste tenente-coronel Almeida não é um ponto isolado. Talvez exista um grupo altamente organizado abastecendo as milícias cariocas. Há uma denúncia seguida de investigação no batalhão de São Gonçalo, o comandante dele emprestaria arma e munição para bandidagem da localidade.

Não é preciso ter o cérebro de Albert Einsten para entender que o armamento de grosso calibre chega aos chefes do tráfico porque em alguma parte da compra e entrega a figura de autoridades se curvaram ao amor ao dinheiro. E sem ter a inteligência do cientista, sabemos que a  corrupção assola não só através de membros de órgãos da segurança. A barbaridade contra a sociedade também acontece no campo da política, por meio do sujeito atuante em empresas estatais, por quem tem emprego em corporações não governamentais, por meio do cidadão que trabalha na informalidade ou exerce profissão em condição autônoma. Entretanto, sem deixar de ser realista, porque o primeiro passo para mudar para melhor é ter os pés fincados na realidade, não podemos perder a esperança, existe mutas outras pessoas neste mundo, gente enraizada no estilo de vida honesta, fazendo o que é certo todos os dias.

Não importa em qual nação moramos, ninguém vive em um país equiparável ao mundo de Alice no País das Maravilhas - até nos contos de fadas a malignidade é aparente. Outro dia, ouvi um sociólogo dizendo que até na Noruega e na Suíça existe gente corrupta. É verdade, sou obrigado a concordar mesmo sem ter a notícia de ilicitudes diante dos meus olhos. Eu concordei de pronto porque a Bíblia diz o mesmo, o coração humano é desesperadamente corrupto (Jeremias 17.5-9) e é necessário que cada pessoa queira receber a transformação do Espírito Santo para ser alguém melhor para si mesma e para o próximo (João 3.3). 

Não é preciso pôr todos os pontos e vírgulas, para dizer que não se pode generalizar. Estamos aqui no mundo real, se os eventos de música funk, promovidos por traficantes continuam a acontecer aos finais de semana, é porque, muito provavelmente, esses traficantes possuem um acordo com as autoridades locais. Esses eventos acontecem com conhecimento e permissão de agentes do mal. Volto a dizer, existe as autoridades trabalhando de maneira honrada, os bons não se curvam aos interesses mesquinhos. 

A realidade é dura de se viver. Este mundo jaz no maligno. Porém, neste mundo de corrupção há o reino de Deus, aos que vivem pela fé em Cristo. Podemos mudar o estado de coisas ruins, anunciando a Jesus Cristo. Quantas almas evangelizamos no mês passado, ou ontem? Quantas vidas foram alcançadas pela conscientização que há um Deus de amor que a quer ver transportada deste mundo de trevas para a reino de luz e paz? É isso, amigo, que eu penso ao ver notícias assim. Estamos aqui, anunciamos a Palavra de Deus, que é capaz de paralisar a corrupção e toda desonestidade. Se não somos daqui, a indignação contra os maus é proativa pela fé no Salvador. Indignação contra os erros é válida, mas terá mais valor se fizermos a nossa parte evangelizadora aos que estão ao nosso alcance.

A obviedade nos interessa neste assunto. A geração de hoje é o resultado da geração anterior, isto é, as pessoas boas e ruins deste tempo presente são os filhos de pessoas que viveram sua adolescência há uns 25, 30 ou 35 anos atrás. Então, que cada cristão faça um exame pessoal, busque a resposta para a questão da criminalidade, perguntando a si própria como agiu no seu papel de crente em Cristo, como se comportou quanto a incumbência de ser pregador do Evangelho, como encarregado de ensinar a doutrina de Cristo, se desempenhou á contento a função de agente influenciador durante sua juventude e fase dos primeiros anos como pessoa adulta e dona do seu nariz. Pela perspectiva espiritual, distribuímos iluminação e sabor, agimos como luz e sal da terra, dentro de nossas casas e na vizinhança?

Como é difícil este costume de realizar a introjeção, mas a reflexão em busca do que representamos aos que estiveram em nosso derredor nos ouvindo e vendo é necessária. Toda crítica nos faz ver a qualidade da ação que realizamos. Qual reação alheia provocamos? Difícil exame, porém, necessário exame. O objetivo disto é melhorar quem somos agora e a partir de nossa melhora comportamental transformar o mundo com a Palavra de Deus praticada e também falada. Que possamos ser agentes responsáveis com relação ao lado espiritual das pessoas, incutindo dentro delas a necessidade de nascerem outra vez pelo processo da água e do Espírito. Deus requer esta atitude de evangelismo de mim e de você. 

Alimente o padeiro com João 3.16 ao dizer-lhe “bom-dia”; não esqueça de abastecer o frentista do posto de combustíveis com Atos 4.12; olhe ao lado e comente sobre 1 Timóteo 2.5 aos vizinhos. E assim esta geração passará e outra virá, mas com o toque individual da nossa fé sustentado pela misericórdia de Deus.

E.A.G