Por Eliseu Antonio Gomes
INTRODUÇÃO
Viver em sociedade tem sido cada vez mais complicado, em relação aos grandes transtornos impostos pelo pecado e seus efeitos. Em tempos de relativização de valores fundamentais e degradação social, na contramão da sociedade que defende uma ética convencional, estabelecida por normas criadas pela filosofia da pós-modernidade, a leitura bíblica, de modo devocional e sistemático e a reflexão a partir da perspectiva bíblica e cristã sobre assuntos como a valorização da vida humana e o caráter ético de Deus, conduz o crente ao equilíbrio espiritual.
A busca do conhecimento bíblico viabiliza ao cristão refletir sobre todas as coisas e encontrar meios de fazer a diferença. Nós cristãos, conhecemos o caráter de Deus: santo, bondoso, justo, paciente, generoso e misericordioso. Assim sendo, no ponto de vista cristão, a prática da ética e o exercício da caridade são características inatas e frutos da imagem de Deus no ser humano. Sendo Deus santo e misericordioso, espera-se que o crente tenha um viver em santidade e cheio de misericórdia (Gênesis 1.26; 1 Pedro 1.16). E sendo a Bíblia a sua regra de fé e conduta para situações como um todo, é natural que reaja aos problemas sem moldar-se ao comportamento e costumes do mundo (Romanos 12.1-2).
I - SIGNIFICADO DE MISERICÓRDIA
Misericórdia é uma palavra de origem latina. A definição dos léxicos Michaellis e Aurélio, resumidamente, descrevem o termo como ato por meio do qual se beneficia alguém; é a compaixão e a piedade, a graça concedida em consequência do sentimento de pesar despertado pelo sofrimento alheio; é a ação real concedida unicamente por bondade.
No Antigo Testamento, encontramos o vocábulo "hesedh". Esta é a palavra hebraica convertida ao idioma português como misericórdia. Seu significado indica beneficência, benignidade, bondade, beleza, amor.
No Antigo Testamento, o texto bíblico que define em profundidade o vocábulo misericórdia é o Salmo 136, onde a palavra é usada vinte e seis vezes. O salmista evidenciou o seguinte:
• a misericórdia serve para proclamar a bondade e o amor de Deus como fundamento para seu caráter e atos (versículo 1);No idioma grego, a palavra convertida por misericórdia é "eleos", cujo significado é piedade ativa (Mateus 23.23; Tito 3.5; Hebreus 4.16). Em Tiago 2.13, "eleos" é empregada para falar do livramento do castigo merecido; em Romanos 11.31 e Judas 21, a abordagem do termo é usada para mostrar a salvação que Deus nos dá por meio de Cristo.
• a misericórdia sustenta a posição de superioridade de Deus como Senhor (versículos 2 e 3);
• a misericórdia, associada com a justiça divina, constitui a base de todos os atos poderosos de Deus na Criação (4-9) e libertação do povo judeu (10-15);
• a misericórdia é o motivo da orientação que Deus deu no deserto aos hebreus (16);
• a misericórdia é a razão para Deus dar a terra aos descendentes de Abraão e permitir a derrota dos inimigos dos israelitas (17-22);
• a misericórdia é a razão da libertação no passado e no presente (23-25); e seu domínio celestial (26).
2. Misericordioso.
Ao escrever o Salmo 103, Davi revela com esplendor sua gratidão e o convite que fez a sua própria alma para enaltecer ao Senhor por ser o Deus misericordioso. Ele exaltou o Altíssimo por seu caráter, referindo-se ao que Ele é, reconhecendo todas as bênçãos que lhe deu (versículos 8, 11, 17).
A misericórdia faz parte do caráter e dos atributos morais de Deus transferíveis ao ser humano. O Senhor não transmite ou reparte seus atributos absolutos, o de onipotência, de onisciência e da onipresença, dentre outros, mas Ele transfere seus atributos relativos para os homens. O Pai celeste deseja que seus filhos, assim como Ele age, também ajam misericordiosamente, buscando o bem temporal do próximo e dos animais e anunciando a salvação eterna para um número máximo de almas humanas que puder falar (Jonas 4.2, 11).
II - A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
A misericórdia faz parte do caráter e dos atributos morais de Deus transferíveis ao ser humano. O Senhor não transmite ou reparte seus atributos absolutos, o de onipotência, de onisciência e da onipresença, dentre outros, mas Ele transfere seus atributos relativos para os homens. O Pai celeste deseja que seus filhos, assim como Ele age, também ajam misericordiosamente, buscando o bem temporal do próximo e dos animais e anunciando a salvação eterna para um número máximo de almas humanas que puder falar (Jonas 4.2, 11).
II - A MORDOMIA DA MISERICÓRDIA CRISTÃ
A expressão "obras de misericórdia" não consta do texto bíblico, porém, o seu sentido é patente em toda a Bíblia Sagrada. São ações e práticas realizadas em favor dos outros como expressão de amor, especialmente para com os que se encontram em situação de fragilidade física, emocional, social, ou espiritual e precisam do socorro da parte daqueles que servem a Deus.
1.2 - O Bom Samaritano
Lucas 10.25-37 apresenta a parábola O Bom Samaritano, que é uma das passagens bíblicas mais conhecidas das Escrituras Sagradas. Esta parábola tem sua origem no questionamento de um certo doutor (ensinador) da Lei. Ele fez duas perguntas a Jesus. Aparentemente, sua intenção seria fazer apenas a primeira pergunta, mas viu-se compelido a fazer a segunda. “E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Talvez, inspirado pelo orgulho da posição e sabedoria humana, quisesse debater o assunto com o jovem rabino galileu, acerca do qual tanto ouvira falar. Respondeu-lhe o Mestre com outra pergunta: “Que está escrito na lei? Como lês?” Era como se perguntasse: Você procura realmente informações, ou deseja meramente um debate? Por que perguntar, se a resposta está contida na Lei, da qual você é ensinador oficial?”
O mestre da Lei demonstrou conhecer a resposta, pela rapidez com que recitou: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.36,37, Marcos 12.30). A citação do grande mandamento era prova de que o rabino possuía discernimento e conhecimento das Escrituras, no entanto, ainda faltava conhecer mais, não havia considerado que existe diferença entre ser apenas conhecedor do texto sagrado e conhecê-lo e praticá-lo.
Jesus colocou o dedo na ferida quando disse ao doutor da Lei: “Faze isso, e viverás”. A flecha atingiu-lhe a consciência, pelo que percebemos no relato bíblico: “Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?” A expressão “querendo justificar-se” dá-nos a chave do problema do homem. Sem dúvida, perturbava-o algum ato de má vizinhança praticado contra algum membro da sua nação. A auto-justificação é a defesa de uma consciência culpada. Sua pergunta soava como uma confissão: “Não amo a meu próximo; tenho dificuldade em observar este mandamento”. O sol não pergunta: “Sobre quem brilharei?”, pois é de sua natureza o brilhar. Quem possui espírito de perdão não pergunta: “Até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei?” (Mateus 18.21). O perdoar é próprio da natureza perdoadora. E aquele movido pelo espírito de boa vizinhança e amor não pergunta: “Quem é o meu próximo? A quem serei misericordioso?” A essência do verdadeiro portador de misericórdia não conhece limites, nem exceções: oferece-se instintivamente a qualquer pessoa cujas necessidades a transformam em objeto de simpatia e benevolência.
A parábola atinge diretamente o problema do doutor da Lei, que era a falta da prática de misericórdia e não a falta de conhecimento do Texto Sagrado. Na ilustração que Jesus narra, há a brutalidade dos salteadores; a desumanidade do sacerdote e do levita, que observam a vítima no chão e prosseguem indiferentes em suas caminhadas; e, a compaixão do viajante samaritano, que não considerou a nacionalidade, o merecimento e religião da vítima e movido por grande compaixão toma atitudes eficientes de alguém que realmente ama e deseja praticar o bem.
2. Somos criados para as boas obras.
1.2 - O Bom Samaritano
Lucas 10.25-37 apresenta a parábola O Bom Samaritano, que é uma das passagens bíblicas mais conhecidas das Escrituras Sagradas. Esta parábola tem sua origem no questionamento de um certo doutor (ensinador) da Lei. Ele fez duas perguntas a Jesus. Aparentemente, sua intenção seria fazer apenas a primeira pergunta, mas viu-se compelido a fazer a segunda. “E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Talvez, inspirado pelo orgulho da posição e sabedoria humana, quisesse debater o assunto com o jovem rabino galileu, acerca do qual tanto ouvira falar. Respondeu-lhe o Mestre com outra pergunta: “Que está escrito na lei? Como lês?” Era como se perguntasse: Você procura realmente informações, ou deseja meramente um debate? Por que perguntar, se a resposta está contida na Lei, da qual você é ensinador oficial?”
O mestre da Lei demonstrou conhecer a resposta, pela rapidez com que recitou: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.36,37, Marcos 12.30). A citação do grande mandamento era prova de que o rabino possuía discernimento e conhecimento das Escrituras, no entanto, ainda faltava conhecer mais, não havia considerado que existe diferença entre ser apenas conhecedor do texto sagrado e conhecê-lo e praticá-lo.
Jesus colocou o dedo na ferida quando disse ao doutor da Lei: “Faze isso, e viverás”. A flecha atingiu-lhe a consciência, pelo que percebemos no relato bíblico: “Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?” A expressão “querendo justificar-se” dá-nos a chave do problema do homem. Sem dúvida, perturbava-o algum ato de má vizinhança praticado contra algum membro da sua nação. A auto-justificação é a defesa de uma consciência culpada. Sua pergunta soava como uma confissão: “Não amo a meu próximo; tenho dificuldade em observar este mandamento”. O sol não pergunta: “Sobre quem brilharei?”, pois é de sua natureza o brilhar. Quem possui espírito de perdão não pergunta: “Até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei?” (Mateus 18.21). O perdoar é próprio da natureza perdoadora. E aquele movido pelo espírito de boa vizinhança e amor não pergunta: “Quem é o meu próximo? A quem serei misericordioso?” A essência do verdadeiro portador de misericórdia não conhece limites, nem exceções: oferece-se instintivamente a qualquer pessoa cujas necessidades a transformam em objeto de simpatia e benevolência.
A parábola atinge diretamente o problema do doutor da Lei, que era a falta da prática de misericórdia e não a falta de conhecimento do Texto Sagrado. Na ilustração que Jesus narra, há a brutalidade dos salteadores; a desumanidade do sacerdote e do levita, que observam a vítima no chão e prosseguem indiferentes em suas caminhadas; e, a compaixão do viajante samaritano, que não considerou a nacionalidade, o merecimento e religião da vítima e movido por grande compaixão toma atitudes eficientes de alguém que realmente ama e deseja praticar o bem.
2. Somos criados para as boas obras.
Tal qual o bom samaritano, o crente precisa ter o máximo de cuidado para ser uma pessoa constante na prática de obras de misericórdia. Pois quem exerce obras de misericórdia revela que serve a um Deus misericordioso, longânimo e benigno.
A ação de misericórdia pode ser executada em diversas esferas das necessidades humanas, espirituais, evangelização e missões. O mordomo, cônscio do seu dever de executar a misericórdia, manifesta através de seus atos a vontade de Deus quando pratica o bem. Ao realizar tal ação, o cristão autêntico não faz acepção de pessoas, de circunstâncias e lugares (Mateus 5.43, 45; Lucas 23.42, 43; Atos 17.30).
Em Mateus 5.44, Jesus Cristo ordena aos seus seguidores manifestar a misericórdia perdoando os inimigos; em Efésios 4.32, está escrito: "Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo" (ARC).
Quem pratica as boas obras aos pequeninos, aproveita o privilégio de fazer o bem ao próprio Cristo (Mateus 24.40). O apóstolo Paulo sempre desenvolveu seu ministério missionário, esforçando-se para atender os pobres em suas necessidades (Gálatas 2.10).
Paulo recomendou a Tito que ensinasse aos irmãos da igreja que pastoreava a serem crentes frutíferos na aplicação de boas obras; explicou que para ser possível haver a frutificação era preciso ensiná-los a evitar discussões inúteis, pois as mesmas causam perda de tempo. "Fiel é esta palavra, e quero que você fale ousadamente a respeito dessas coisas, para que os que creem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas para todas as pessoas. Evite discussões tolas, genealogias, controvérsias e debates sobre a lei; porque são inúteis e sem valor" (Tito 3.8-9).
III - CUIDADOS NA PRÁTICA DAS BOAS OBRAS
1. As boas obras devem glorificar a Deus.
A fé que agrada ao Senhor é ativa, materializada em ações de testemunho perante o Altíssimo e os homens, composta de ações preparadas por Deus para que o crente, criatura feita semelhante ao Criador, ande nelas (Mateus 5.16; Efésios 2.9-10).
O cristão é instruído por Cristo a influenciar espiritual e moralmente através do seu testemunho, assim como o sal e a luz mudam de forma definitiva o espaço que ocupam. No ambiente social, tal influência pode e deve acontecer por meio do testemunho da mordomia das obras de misericórdia, feitas com o objetivo único e exclusivo de glorificar a Deus (Mateus 5.16; 6.2).
A vida terrena, assim como a neblina, é passageira e se dissipa rapidamente. Uns chegam aos 70 e outros aos 80 anos de idade, enquanto outros não alcançam tal longevidade. Portanto, não convém viver distraídos com banalidades; ao contrário, devemos remir o tempo, usar a sabedoria à prática da mordomia cristã (Salmo 90.10; Tiago 4.14).
Como mordomos de tudo o que Deus tem nos concedido, um dia teremos que prestar contas dos nossos bens e talentos. O cristão sábio é administrador fiel, prudente e exemplar, faz a vontade de Deus sabendo que haverá recompensa aos que realizarem de modo correto a mordomia cristã, e cobrança e castigo aos negligentes (Lucas 12.42-48).
2. As obras de misericórdia são obras de amor.
A misericórdia de Deus causa uma grande diferença para melhor na vida do cristão (Tito 3.4) Há uma bela ilustração da misericórdia divina em 2 Samuel, na maneira como Davi tratou Mefibosete, o príncipe aleijado. Uma vez que Mefibosete era neto de Saul e filho de Jônatas, era esperado que fosse assassinado. Mas, fazendo uso da misericórdia do Senhor através de seus atos, Davi poupou sua vida e o acolheu como um de seus filhos à mesa do palácio.
A essência do amor é o próprio Deus; o amor em ação é a essência do cristianismo; a misericórdia é o amor posto em prática; se manifesta em atos de amor porque são obras de amor. Com base neste conjunto de fatores, o apóstolo João declarou: "Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor" (1 João 4.8).
"Pois quero misericórdia, e não sacrifício; conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" - Oseias 6.6. O crente deve conhecer a vontade do Senhor e ser observador quanto aos fatos que ocorrem ao seu redor, com o objetivo de prestar socorro aos que necessitam de auxílio. Conhecer a Deus, significa:
3. Obras de quem é salvo.
A fé que agrada ao Senhor é ativa, materializada em ações de testemunho perante o Altíssimo e os homens, composta de ações preparadas por Deus para que o crente, criatura feita semelhante ao Criador, ande nelas (Mateus 5.16; Efésios 2.9-10).
O cristão é instruído por Cristo a influenciar espiritual e moralmente através do seu testemunho, assim como o sal e a luz mudam de forma definitiva o espaço que ocupam. No ambiente social, tal influência pode e deve acontecer por meio do testemunho da mordomia das obras de misericórdia, feitas com o objetivo único e exclusivo de glorificar a Deus (Mateus 5.16; 6.2).
A vida terrena, assim como a neblina, é passageira e se dissipa rapidamente. Uns chegam aos 70 e outros aos 80 anos de idade, enquanto outros não alcançam tal longevidade. Portanto, não convém viver distraídos com banalidades; ao contrário, devemos remir o tempo, usar a sabedoria à prática da mordomia cristã (Salmo 90.10; Tiago 4.14).
Como mordomos de tudo o que Deus tem nos concedido, um dia teremos que prestar contas dos nossos bens e talentos. O cristão sábio é administrador fiel, prudente e exemplar, faz a vontade de Deus sabendo que haverá recompensa aos que realizarem de modo correto a mordomia cristã, e cobrança e castigo aos negligentes (Lucas 12.42-48).
2. As obras de misericórdia são obras de amor.
A misericórdia de Deus causa uma grande diferença para melhor na vida do cristão (Tito 3.4) Há uma bela ilustração da misericórdia divina em 2 Samuel, na maneira como Davi tratou Mefibosete, o príncipe aleijado. Uma vez que Mefibosete era neto de Saul e filho de Jônatas, era esperado que fosse assassinado. Mas, fazendo uso da misericórdia do Senhor através de seus atos, Davi poupou sua vida e o acolheu como um de seus filhos à mesa do palácio.
A essência do amor é o próprio Deus; o amor em ação é a essência do cristianismo; a misericórdia é o amor posto em prática; se manifesta em atos de amor porque são obras de amor. Com base neste conjunto de fatores, o apóstolo João declarou: "Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor" (1 João 4.8).
"Pois quero misericórdia, e não sacrifício; conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" - Oseias 6.6. O crente deve conhecer a vontade do Senhor e ser observador quanto aos fatos que ocorrem ao seu redor, com o objetivo de prestar socorro aos que necessitam de auxílio. Conhecer a Deus, significa:
• Procurar entender o que Ele fala (Oseias 6.3);Em Oseias 6.6, o Senhor expressa a questão da necessidade de seus servos terem a capacidade diferenciar entre Ele, que é o Deus verdadeiro, e os deuses falsos. Exige de quem o serve demonstrar a mesma diferença em seu estilo de vida, com relação aos que seguem religiões pagãs. O paganismo, ao invés de promover a santidade e a misericórdia, exige dos pagãos sacrifícios cultuais.
• Conhecer o poder que há em sua comunicação (Salmos 29.3-5, 9);
• Compreender que a vida eterna está nEle e em Jesus Cristo (João 17.3);
• Saber qual é sua vontade e praticá-la (1 Tessalonicenses 4.3-8).
3. Obras de quem é salvo.
Antes de reconhecer a Cristo como Salvador e Senhor, éramos mortos em delitos e pecados, andávamos perdidos seguindo o curso desse mundo, fazíamos a vontade da carne e dos pensamentos, éramos como filhos da ira. Porém, ao crer no plano redentor, nos tornamos filhos da misericórdia de Deus, estamos vivificados em Cristo e temos uma cidadania assegurada nos lugares celestiais, e estamos regenerados para ser a demonstração eterna da obra redentora realizada por meio da graça divina (Efésios 2.1-10).
Aos crentes efésios, Paulo esclareceu que a salvação não é conquistada por meio das "obras, para que ninguém se glorie" (2.9-10). A salvação não pode ser resultado de obras humanas, pois a obra salvadora já foi concluída de modo perfeito na cruz (João 17.1-4; 19.30). Essa obra que Deus realizou por nós, motivada por misericórdia, não precisa de reparos humanos. Não podemos acrescentar nada consistente a ela (Hebreus 10.1-14); não podemos subtrair coisa alguma dela. Quando Jesus morreu, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo em duas partes, mostrando que a partir daquele momento o acesso para Deus foi aberto ao pecador arrependido. Desde então não existe mais necessidade de realizar sacrifícios, pois um único sacrifício - o do Cordeiro de Deus - realizou por completo a grande obra da salvação.
O texto de Tiago diz que a fé salvífica tem que ser atuante. Se a fé não apresenta atitudes de amor a Deus e ao próximo, é uma fé morta (2.14-20). Com base nesse ensino, podemos concluir que fé sem misericórdia é o mesmo que viver carregando nos ombros um cadáver em avançado estado de decomposição. A fé daquela pessoa que vê um irmão usando peças de roupas esfarrapadas e com dificuldade para alimentar-se, vê alguém sofrendo por falta de elementos indispensáveis à sua sobrevivência digna, e simplesmente saúda-o com "a paz do Senhor", tendo condições para socorrê-lo mas não o socorre, é uma fé que não representa a doutrina de Cristo.
É importante considerar que nas Escrituras Sagradas o sentido contrário de amar não é apenas odiar; na Palavra de Deus, não amar também significa agir com indiferença. Portanto, não há como perceber que uma pessoa é salva apenas porque diz que é salva; que ama a Deus e ama o próximo pelo fato de declarar em palavras possuir o amor. A fé salvífica é reconhecida e demonstrada de modo real através de ações de misericórdia, e propagação do Evangelho de Cristo.
O exercício da misericórdia é a oportunidade de trazer o amor de Deus aos seres humanos. Cabe ao crente verificar na igreja local, entre os moradores do bairro em que mora, as demandas de necessidades que existem ali e ponderar sobre o que é possível ser feito. As possibilidades são muitas: arrecadar alimentos e roupas para quem precisa; doar sangue; visitar os enfermos em hospitais e nas residências; identificar a necessidade de uma pessoa em detalhe e mobilizar uma ação coletiva específica com o objetivo de resolver o problema em definitivo.
A respeito dos crentes praticantes da mordomia de obras de misericórdia, o apóstolo João ouviu uma voz no Céu, que dizia: "Escreva: 'Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham" (Apocalipse 14.13).
CONCLUSÃO
Tudo o que temos e somos vêm do Senhor, precisamos manter esta condição sempre avivada em nossa memória para não pecar como pecaram o sacerdote e o levita, personagens da parábola O Bom Samaritano. A misericórdia faz parte do conjunto de ações que acompanham a salvação do crente em Jesus
A fé autêntica não visa apenas salvar a alma individual da condenação eterna, mas também construir comunidades a fim de mostrar o amor de Deus não só círculo religioso dos próprios crentes, mas também no mundo em que vivem, considerando a questão econômica, vinculada diretamente à miséria que muitas pessoas e nações estão acometidas.
A Bíblia esclarece de maneira muito clara que não devemos fazer boas obras para sermos salvos, como apregoa o espiritismo e outras religiões reencarnacionistas, que ensinam uma salvação alcançada pelas obras de filantropia. É importante promover o bem-estar do próximo, porém, tendo em vista que esta prática tem seu valor somente para o relacionamento social. a conquista da vida eterna acontece apenas quando a alma humana reconhece que o seu Salvador e Senhor é Jesus Cristo.
E.A.G.
Tudo o que temos e somos vêm do Senhor, precisamos manter esta condição sempre avivada em nossa memória para não pecar como pecaram o sacerdote e o levita, personagens da parábola O Bom Samaritano. A misericórdia faz parte do conjunto de ações que acompanham a salvação do crente em Jesus
A fé autêntica não visa apenas salvar a alma individual da condenação eterna, mas também construir comunidades a fim de mostrar o amor de Deus não só círculo religioso dos próprios crentes, mas também no mundo em que vivem, considerando a questão econômica, vinculada diretamente à miséria que muitas pessoas e nações estão acometidas.
A Bíblia esclarece de maneira muito clara que não devemos fazer boas obras para sermos salvos, como apregoa o espiritismo e outras religiões reencarnacionistas, que ensinam uma salvação alcançada pelas obras de filantropia. É importante promover o bem-estar do próximo, porém, tendo em vista que esta prática tem seu valor somente para o relacionamento social. a conquista da vida eterna acontece apenas quando a alma humana reconhece que o seu Salvador e Senhor é Jesus Cristo.
E.A.G.
Compilação:
Bíblia de Estudo Palavras-Chave - Hebraico e Grego. Edição 2011. Páginas 1647, 2182 E 2617. Bangu; Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento Warren W. Wiersbe (volume 2). Edição 2006. Páginas 24, 347. Santo André/SP (Geográfica Editora).
Comentário Bíblico - Efésios. Elienai Cabral. Edição 1999, Rio de Janeiro /RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Ensinador Cristão, ano 20, número 79, 3º trimestre de 2019, páginas 19, 20, 31 e 41. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Lucas - O Evangelho do Homem Perfeito. Myer Pearlman. Edição 1995. Páginas 79 a 87. Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Tempo, Bens e Talentos - Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus tem nos dado. Elinaldo Renovato. 1ª edição 2019. Páginas 132, 134, 135, 141-143. Bangu; Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
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