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Arquivo | 14 anos de postagens
sábado, 20 de agosto de 2022
Jesus Cristo liberta do consumismo, vícios do sexo, jogatina, dependência do crack e outras drogas
sábado, 16 de julho de 2022
A sutileza da imoralidade sexual
É público e notório que a família, indistintamente, passa por uma das piores crises, desde o seu estabelecimento por Deus no Éden. Ignorar esta realidade é dar de costas às evidências.´
Por todos os meios possíveis, as forças deletérias do mal têm combatido a instituição familiar, com a finalidade de prejudicar o plano divino para a humanidade, e estabelecer o caos moral, social e espiritual no mundo. Mas, nem tudo está perdido. Ainda há uma esperança, pois Deus não apenas instituiu a família nos primórdios da história da humanidade. Deus está empenhado na preservação e bem-estar da família e do lar, instituição mais antiga que o Estado e a própria Igreja.
sexta-feira, 1 de julho de 2022
Joquebede e o nascimento e educação de Moisés
Joquebede ficou grávida pela terceira vez quando já tinha Miriã e Arão. Moisés nasceu num momento de grandes
terça-feira, 3 de maio de 2022
2 Pedro 2.14 - Olhar fora de controle
segunda-feira, 18 de abril de 2022
O casamento é para sempre
Há uma frase que diz: O pecado seria menos tentador se suas consequências acontecessem imediatamente. O pecado não confessado e abandonado e a morte estão sempre juntos.
I - A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1. Definição de adultério.
O adultério é um ato proibido no sétimo mandamento [Êxodo 24.14; Deuteronômio 5.18]. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam uma situação moral baixíssima [Isaías 57.3; Jeremias 23.10; Oseias 7.14]. As principais passagens do Novo Testamento em que se menciona o adultério, relacionam-se com o divórcio ou separação: Mateus 5.31-32; 19.6; Marcos 10.11-12; Lucas 16.18; João 8.3-11; Romanos 7.2,3; 1 Coríntios 7.10,11,39.
A palavra adultério é usada na Bíblia figurativamente para exprimir a infidelidade do povo hebreu para com Deus.
► Sumário: Lições Bíblicas Adulto - 2º trimestre 2022 - Os Valores do Reino de Deus [CPAD]
segunda-feira, 7 de março de 2022
O relacionamento de Jesus com mulheres
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
A sexualidade de Velma Dace Dinkley
sábado, 2 de outubro de 2021
O olhar protestante e respeitoso sobre Maria, a mãe de Jesus
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
A sexualidade como o Criador planejou
terça-feira, 22 de junho de 2021
A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo
a. Reconheceu a sabedoria de Deus e a forma como agiu no passado. Ainda que Davi, seu pai, estivesse longe da perfeição como ser humano, possuía retidão de coração. Lembrou-se da benevolência que Deus usou para com Davi, reconhecendo que ele mesmo, Salomão, é fruto dessa bondade divina ao ser um escolhido de Deus (1 Reis 3.6);
b. Reconheceu a sua fraqueza e mostrou-se uma pessoa humilde no pedido de sabedoria (1 Reis 3.7b).c. Reconheceu que a nação que iria governar não era dele, nem a coroa que estava sobre sua cabeça, mas que Deus estava acima de tudo e havia elegido um povo numeroso e complexo do qual seria o rei, dessa forma pediu um coração compreensivo, capaz de ouvir e entender, apto a discernir entre o bem e o mal (1 Reis 3.8).
a. "Não deve multiplicar para si cavalos" (Deuteronômio 17.16a).Os animais eram usados pelos reinos da época para guerrear. Segundo o número indicado em 1 Reis 4.26, Salomão tinha quatro mil cavalos em estribaria, sendo que alguns manuscritos hebraicos assinala para quarenta mil estrebarias. O número é incerto por conta de equívoco de copistas. Seja um ou outro, ambos os números são exagerados e violam a proibição mosaica.Pesquisas arqueológicas encontraram edifícios tripartidos com colunas em sítios da Idade do Ferro, em Megido, Hazor, Bete-Semes e outras localidades, cada unidade tem um salão central ladeado por dois corredores paralelos, separados por fileiras de colunas. Esses edifícios foram identificados por numerosos estudiosos como estrebarias ou estábulos, sendo que muitos reconhecidos como do tempo do reinado de Salomão.b. "Não deve tomar para si muitas mulheres, para que o seu coração não se desvie" (Deuteronômio 17.17a).Salomão não prestou atenção a essa orientação, fez alianças políticas com vários reinos antigos em troca de casamentos com princesas desses reinos e outros benefícios econômicos. Com isso, trouxe sérios comprometimentos ao seu reino, construiu castelos imponentes para elas, como no caso da filha de Faraó (1 Reis 3.1; 7.8), e edificou lugares sagrados pagãos para agradar as suas mulheres.c. "Nem deve acumular muita prata e muito ouro" (Deuteronômio 17.17c).Os homens que possuem grande soma de dinheiro, inclusive nações, inclinam-se a confiar mais em seu dinheiro e menos em Deus. Infelizmente, Salomão também desprezou essa orientação, organizou os tributos e contribuições do reino de tal forma que, a cada mês, uma das doze tribos era encarregada de manter o palácio real. A prática se mostrou pesada para os súditos, que reclamaram a Reboão, futuro sucessor ao trono, um alívio dessa carga tributária (1 Reis 4.7; 12.4). Além de tudo isso, Salomão recrutou 30 mil israelitas para serem seus escravos. Essas obrigações foram difíceis de aguentar e resultaram na divisão do reino do Sul e do Norte.
terça-feira, 13 de abril de 2021
Má e péssima administração no combate à disseminação do coronavirus causa desgaste à imagem de governadores e prefeitos brasileiros
A opção de impedir pastores de realizar cultos no templo, dificultar ao máximo que grande parte de trabalhadores busquem, honestamente, o pão de cada dia para si e sua família, é uma situação que, com certeza, colocará muitos governantes de então para fora da carreira política. Se não existe o caos, a sensação de sua existência já causa estragos na imagem de governadores e prefeitos.
Causa indignação saber que há aglomerações em bailes funks, como ocorre na Capital paulista aos finais de semana. Eventos começam ao anoitecer de sextas-feiras e terminam nas manhãs das segundas-feiras. Quase sempre no mesmo local. O governador parece se fingir de morto quanto a isso. Ou de cego, surdo e retardado. Parece não querer fazer nada eficaz a respeito do assunto, vê-se medidas paliativas e mais nada. Todos sabem que o crime sempre está em curso nestes momentos, Há feira de drogas sem nenhuma vontade de esconder a atividade ilícita. Os frequentadores não estão ali apenas pelo som alto e letras que promovem o sexo irresponsável, a idolatria aos traficantes, relacionamentos abusivos.
O sentimento de revolta contra governadores e prefeitos também é aflorado por causa do transporte público. Ao invés de se colocar mais veículos em circulação, e assim evitar aglomeração de passageiros, ocorre o contrário. O fato de haver menos condução circulando, pelas manhã e tardes, durante a ida e volta ao serviço, a bordo de ônibus e vagões de trem segue uma quantidade excessiva de pessoas transportadas.
E então, fica a pergunta: isso é proposital ou falta de competência? Sendo a primeira ou segunda situação, melhor votar em outro político ao cargo de chefe do executivo de estados e municípios.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
A Criação de Eva, a Primeira Mulher
A palavra hebraica usada para descrever a criação da mulher é "yiben", cujo sentido é "construir". Para a construção ser bem sucedida, antes da estrutura ser erguida é necessário haver o planejamento de todos os detalhes funcionais, a ordenação estética, o estabelecimento de princípios harmônicos etc. Portanto, ao decidir criar Adão, não resta nenhuma dúvida que Deus também havia decidido que retiraria de sua caixa torácica um osso e desse osso formaria outro ser humano, com a finalidade de continuar a abençoá-lo.
Ao acordar do sono pesado, assim que Adão viu a mulher, a parte íntima dele, de imediato percebeu a conveniência de viver em companhia de um ser vivo da sua espécie. Em expressão de aprovação para sua nova situação, descreveu-a como "osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gênesis 2.23).
A estrutura da personalidade humana foi criada em semelhança ao seu Criador com o objetivo de governar a Terra. A interpretação de Gênesis 1.27,28, afirmando que Adão e Eva foram feitos à imagem e semelhança de Deus, e por haver em sua essência inteligência, vontades e emoções, isto lhes confere dignidade e valor acima da existência do restante da criação é plenamente correta e aceitável. Porém, esta interpretação, se permanece apenas no aspecto da aparência e importância comparativa não é completa. A aparência da imagem de Deus no homem e na mulher tem também o conceito de governo representativo (Salmos 8.6-8).
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1.28).
Então, para criar o desejo da rebelião em Eva, a serpente distorceu a Palavra de Deus, enganando-a, mentiu a ela dizendo que se comesse o fruto proibido passaria a ser igual a Deus: "É certo que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal" (versículos 4 e 5, NAA). Eva demonstra mais do que desconhecimento da Palavra de Deus, afirmando mais do que Deus disse. ela fala que o Senhor havia proibido tocar na árvore sob pena de morte, sendo que o Criador não havia proibido o toque e nem sentenciado à morte por este motivo (conferir em 2.15-17). Talvez, acreditasse nesta "adição" à Palavra, e esta crença sem base na orientação do Criador tenha lhe prejudicado. Ao tocar na árvore ela considerou-se desobediente sem de fato estar desobedecendo, e em seguida realmente pecou ao ingerir seu fruto e oferecê-lo ao seu marido.
A Queda de Adão trouxe inversão dos papéis designados pelo Criador ao homem e a mulher. Em vez de o casal respeitar a posição de Deus em orientá-los, e o homem com o auxílio da mulher governar a Criação, acontece uma mudança total: a serpente aborda Eva que, ao se rebelar contra o Criador, arrasta consigo seu marido.
Embora Eva tenha dado atenção para a serpente, Adão teve sua dose maior de responsabilidade, pois mesmo antes da mulher ser criada, o Criador deu-lhe a ordem para não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.17,18). Não há registro bíblico que o Criador tenha feito recomendação diretamente para a mulher. No plano de Deus para a convivência de homem e mulher, é ele, não é ela que deve assumir a responsabilidade final.
Eva pecou ao desrespeitar o padrão estabelecido por Deus para o casamento, não consultar seu companheiro antes de retirar o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e oferecê-lo a ele. Adão pecou quando negligenciou sua responsabilidade, não se esforçar para transmitir com clareza a ordem divina para sua esposa, ele errou ao não considerar a relevância da determinação de Deus que proibia comer o fruto proibido, consentir no andamento do plano de rebeldia da serpente e não impedir que a sugestão da serpente tivesse êxito (Gênesis 3.6,17).
Por negligenciar sua responsabilidade de liderança, o Senhor pergunta apenas para Adão "comeste do fruto que ordenei que não comeste?" e para a mulher formula questão diferente, dizendo "o que fizeste?". Eva havia dado sua confiança à serpente, o Criador desfez este laço de influência colocando entre ambas a inimizade (Gênesis 3.11.15). Adão é considerado o principal responsável pelo ato de rebeldia, apesar de as consequências da Queda atingir, igualmente, ao homem e à mulher e suas respectivas esferas de atuação (Gênesis 3.9,17; Romanos 5.12-14).
Eva talvez tenha percebido logo que foi iludida, havia sido criada sem nenhum pecado e ao pecar, ao invés de passar a ser igual ao Criador, que é santo, tornou-se parecida com o diabo, o primeiro ser apontado pelas Escrituras como pecador. Adão e Eva transformaram-se em pecadores e foram lançados para fora do jardim para envelhecer e morrer. Antes do pecado, Adão lavrava apenas o jardim do Éden, com facilidade produzia seu sustento e vivia feliz com Eva. Depois do pecado, o Criador amaldiçoou a terra, que passou a produzir espinhos e cardos, e Adão não mais pôde trabalhar com facilidade. O trabalho passou a ser árduo para ele. Adão viveu 930 anos, teve muitos filhos e filhas. O dia se sua morte chegou, morreu conforme o Criador disse que aconteceria (Gênesis 5.4-5).
Depois deste fato triste, Adão deu para sua esposa o nome Eva. No idioma hebraico, este nome significa "vida". A Ciência define vida como o conjunto de características que mantém os seres humanos em atividade. Adão nomeou-a assim tendo em vista a capacidade de reprodução da espécie humana que havia nela, sua mulher logo passaria a ser a "mãe de todos os seres humanos" (Gênesis 3.20 (NAA).
Eva torna-se mãe (Gênesis 4.1,2).
Eva foi criada para ser a “companheira adequada”, a parceira de Adão na tarefa de encher a Terra e sujeitá-la. Como complemento oferecido por Deus, era digna de merecer todo respeito do seu marido, devia ser devidamente bem tratada por ele. A narrativa bíblica sobre o primeiro casamento estipula que o homem deve deixar pai e mãe e formar uma nova unidade familiar ao unir à sua mulher. E desta união conjugal precisa haver a geração de descendentes (Gênesis 1.28; 2.24).
Alguns interpretam o significado sobre a Queda de Adão de maneira totalmente equivocada, dizem que o pecado do casal foi o ato sexual. Deus disse “frutificai e multiplicai-vos”, portanto, está claro dentro do ambiente do casamento que a expressão sexual é uma dádiva, o celibato nunca foi plano do Criador, a sexualidade humana é uma bênção que existe para que marido e mulher tenham filhos e expressem afetividade reciproca intimamente. O apóstolo Paulo, ao abordar a questão da apostasia nos últimos dias (1 Timóteo 4.3-5), desenvolve uma interpretação positiva a respeito do relacionamento sexual no matrimônio. Através de sua redação, entendemos que Deus criou homem e mulher com a capacidade de terem prazer na atividade sexual, que a constância da relação íntima no casamento gera a desejável felicidade, a união conjugal é onde homem e mulher podem e devem compartilhar juntos os prazeres físicos da vida terrena.
Não há base bíblica para a doutrina do rigor acético na vida de casal, a proibição da expressão sexual desvirtua o propósito divino para este assunto, e de igual maneira não existe base bíblica ao indivíduo promíscuo que pratica o sexo fora laços matrimoniais.
Na antiga cultura hebraica, considerava-se que a principal responsabilidade das mulheres para com os maridos era gerar filhos, especialmente filhos do sexo masculino. A geração de um filho era a contribuição mais nobre que a mulher podia dar ao marido e à família. Não fazê-lo, em contrapartida, via-se como uma desgraça. É por este motivo que vemos o desespero de Raquel por não ter gerado nenhum menino para Jacó. Quando, posteriormente, Deus permitiu que concebesse um garoto, Raquel interpretou esse acontecimento como a remoção de sua humilhação (Gênesis 30.1,23).
Em Gênesis 3, temos o relato do primeiro pecado consumado. Observamos que a Queda implicou uma inversão completa do padrão de relacionamento definido por Deus, com consequências desastrosas e permanentes revertidas apenas pela vinda e morte salvífica do Messias.
No capítulo 4 de Gênesis, vemos o começo das consequências desta ação da desobediência de Adão e Eva. A mulher dá à luz a dois filhos: Caim e Abel. O coração de Caim não possui afeto natural em relação a seu irmão, seu sentimento é retratado como um fera em prontidão para atacar, a malignidade contamina a sensatez de seu raciocínio e o induz ao terrível ataque fatal contra Abel. Então ocorre o primeiro assassinato registrado na Bíblia Sagrada, é o início do desdobramento da prática do pecado na história da humanidade (Gênesis 4.6-9; 13-14; 1 Pedro 5.8).
A mulher no plano de Deus (1 Pedro 3.1-7).
A linha cronológica da apresentação dos fatos relativos ao casamento no Antigo Testamento. começa em Gênesis, capítulos 1 a 3. Tal cronologia pode ser atrelada ao Plano da Salvação. Em Gênesis 3.9 a 20, há o relato de como Deus agiu em relação ao pecado de Adão e Eva e à indução ao erro cometido pela serpente. O Criador sabia de toda a ocorrência e fez perguntas visando extrair confissões e proferir a condenação. A serpente foi condenada a rastejar e estar em guerra constante com a humanidade e ter a sua cabeça esmagada pela descendência de Eva - o juízo contra a serpente é ao mesmo tempo o anúncio divino de bênção ao ser humano, a Boa Nova da intervenção de Jesus Cristo em favor de todos os pecadores (Gênesis 3.15; João 3.16; Romanos 16.20; Hebreus 2.14; Apocalipse 22.18).
O apóstolo Pedro, no terceiro capítulo de sua primeira carta, descreve os deveres de maridos e esposas no seu relacionamento, começando com os deveres das esposas. Abordar problemas conjugais e familiares, refere-se as mulheres convertidas a Cristo no mundo antigo em que vivia, considera a consequência desse ato quando o marido continuava descrente (3.1-2). Seu aconselhamento às esposas é mais extenso do que a orientação dirigida aos maridos crentes, pois quando o homem se convertia enquanto que a mulher seguia sem aceitar a Cristo, o marido levava a sua mulher à Igreja e não havia maiores dificuldades, mas se apenas a esposa era convertida, seu passo de fé poderia causar complicações sem precedentes dentro do seu lar.
A situação de uma mulher mudar de religião sem ser acompanhada do seu marido era algo praticamente inaceitável pela sociedade grega daquela época, naquela civilização a mulher não tinha direito ao pensamento próprio, era obrigada a permanecer no ambiente doméstico, pedir o menos possível e acatar todas as ordens do marido. Seu marido podia divorciar-se dela à vontade contanto que lhe devolvesse seu dote. A vida da mulher em Roma não era muito diferente, as leis romanas favoreciam apenas os homens. Legalmente, em fase adulta a pessoa de sexo feminino era tratada como se fosse ainda criança. Quando vivia no lar paterno estava sob a autoridade do pai, que possuía o direito de decidir sua vida ou morte; ao casar-se passava a estar sob a autoridade absoluta do marido.
O ensinamento de Pedro sobre o modo das esposas cristãs casadas com homens descrentes se consiste em que elas vivam em sujeição, uma submissão carinhosa à vontade do seu cônjuge, para que através da conduta amorosa, o homem que não tinha contato algum com o Evangelho de Cristo encontrasse oportunidade de observar a evidência da Palavra através do procedimento prestativo, prudente e exemplar da sua mulher. Através deste aconselhamento, aprendemos a sujeição espontânea, primeiramente ao Todo Poderoso, são deveres cristãos que o Criador estabeleceu antes do pecado cometido por Adão e Eva (Gênesis 3.16; 1 Timóteo 2.11).
Pedro incentiva os cristãos à viverem unidos, ao amor, à compaixão, à paz e à paciência nos sofrimentos; a perdoarem os caluniadores e não caluniarem; não retribuírem o mal com o mal, nem insulto com insulto, mas com bênção; estarem sempre prontos para explicar a razão da sua fé e esperança, e conservarem a boa consciência (3.8-17). Para encorajá-los a isso, o apóstolo aponta ao exemplo de Jesus, que sendo justo sofreu pelos injustos (3.18-22).
A mulher no Reino de Deus
As Escrituras ensinam que Deus fez tanto o homem quanto a mulher parecidos com Ele (Gênesis 1.27; 5.1; 9.6; 1 Coríntios 11.7; Tiago 3.9). Sendo o Criador pessoal, criativo, dotado de inteligência e desejo, capaz de governar o mundo, fez dois seres humanos dotados de atributos físicos e psicológicos que configuram os caráteres das criaturas varonil e feminil portando qualidades específicas, e estas refletindo a inteireza do seu Criador, possuem capacidade de cumprir plenamente a vontade divina.
Algumas mulheres destacadas positivamente nas páginas das Escrituras:
• Abgail, a mulher de sabedoria (2 Samuel 25.18-35);Em todo o ministério terreno de Jesus e, principalmente em sua ressurreição (Lucas 24.1-10), percebemos a fé e o respeito que as mulheres demonstraram pelo Salvador. Depois de sepultado, assim que o período do dia de sábado terminou, Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago e outras mulheres (João 12.10,24,32), aproveitaram a primeira oportunidade e foram ao sepulcro para embalsamar o corpo de Jesus, talvez quisessem ungir sua cabeça, o rosto, espalhar especiarias em suas mãos e pés feridos, em uma expressão de carinho, o mesmo carinho que dispensamos em nossa cultura ocidental quando derramamos lágrimas e colocamos flores ao redor das pessoas falecidas que amamos.
• Ana, a mulher de oração (2 Samuel 1.9,10);
• A mulher anônima que Jesus observou contribuindo no templo (Marcos 12.41-44);
• Débora, a mulher que profetizava (Juízes 4.5);
• Rute, a mulher de decisões acertadas (Rute 1.16);
• Sara, a mulher de fé (Hebreus 11.11);
• Lídia, a primeira convertida a Cristo na Europa (Atos 16.14);
• Lóide e Eunice, respectivamente, avó e mãe do jovem pastor Timóteo, a quem transmitiram a fé no Salvador (2 Timóteo 1.5);
• Maria Madalena, a primeira mulher que testemunhou a ressurreição do Salvador (João 20.11-18);
• Priscila, esposa fiel de Áquila, que junto a ele cooperou no ministério de Paulo (Atos 18.21-3,26; Romanos 16.3,4.
Considerando a expressão de amor dessas mulheres, Deus ordenou que dois anjos avisassem-lhes que o Senhor havia ressuscitado, e ajudassem a lembrar que o próprio Cristo havia dito que ressuscitaria ao terceiro dia da sua morte, pois elas encontraram o túmulo aberto e vazio. E coube a elas a missão de avisar aos homens que Ele estava vivo (Lucas 24.6,8).
Após o pecado no Éden, Deus ainda se comunica com as pessoas, agora através da Bíblia Sagrada, que inspirada pelo Espírito Santo tem o poder de transformar vidas. O mundo necessita conhecer a essência do seu Criador, tendo em mente quem realmente Ele é. Através da pregação da Palavra, realizada por pessoas renascidas em Cristo, deseja abençoar pessoas de modo individual e coletivamente, sendo reconhecido e aceito como Soberano no ambiente das famílias. Homens e mulheres, alcançados pela graça da salvação, têm em si o reflexo de seu Criador, estão incumbidos com a missão de entregar a mensagem das Boas Novas aos que ainda não encontraram o Salvador.
Conclusão
As Escrituras dão testemunho de um número considerável de relacionamentos entre homens e mulheres caracterizados pelo amor e pela honra a Deus. Apesar disso, por causa do pecado, o ideal divino da união matrimonial e família foi corrompido pela poligamia, divórcio, adultério, homossexualidade, esterilidade e falta de diferenciação dos papéis de marido e esposa. Por existir na cultura contemporânea, considerável confusão sobre o plano de Deus a respeito do casamento, com a finalidade de saber lidar com essa crise cultural, e fortalecer as convicções cristãs sobre o assunto, o cristão autêntico precisa ter a Bíblia Sagrada como base para empenhar-se à edificação e solidificação do fundamento mais íntimo que o Criador trouxe à existência.
E.A.G.
Compilação:
Comentário Bíblico Beacon, Gênesis a Deuteronômio. Volume 1; página 38.
Comentário Bíblico Mattew Henry - Atos a Apocalipse, 1ª edição 2018, pagina 872. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD)
Comentário Bíblico Mattew Henry - Mateus a João, 1ª edição 208, páginas 729, 730. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Deus Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico. Andreas J. Köstenberger e David W. Jones. 2ª edição. Páginas 281 29 e 35. São Paulo (Vida Nova).
Guia do Leitor da Bíblia – Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Lawrence O. Richards. 5ª edição 2006. Páginas 26, 836. Bauru. Rio de Janeiro – RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD).
Pastor Christian Molk. consulta realizada no website em 03 de janeiro de 2019, https://www.christianmolk.se/2014/03/nar-eva-foll/
domingo, 8 de dezembro de 2019
As Consequências do Pecado de Davi
INTRODUÇÃO
O pecado não é apenas alguma coisa contrária ao que Deus disse que o ser humano não deveria fazer, mas é também algo contrário ao que Deus não quer que o ser humano faça; é a falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Baseado em preceitos revelados nas Escrituras Sagradas, a definição plena é descrever o pecado como tudo o que é contrário ao caráter de Deus.
Toda pessoa, quando ainda não está renascida em Cristo, naturalmente, tem um temperamento que não se propõe a agradar a Deus, vive a sua vida disposto a fazer as coisas à sua própria maneira e gosto pessoal. O cristão precisa enfrentar essa natureza carnal, combater a má conduta, não importa o quão difícil é. Para isso, tem a oportunidade de ler e meditar na Bíblia Sagrada. A Palavra de Deus é fortalecedora de todo aquele que busca estar livre da escravização do pecado.
I - O CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, o verbo hebraico "hãta" (Êxodo 20.20) tem o sentido literal de errar, ofender. Figurativamente, é o mesmo que errar o alvo e induzir outro ao erro.
O termo pecado aparece como prática de moralidade e de idolatria (Êxodo 20.20; Juízes 16.20; Provérbios 19.2); malignidade e perversidade (Gênesis 3.5; Juízes 11.27; Provérbios 6.14), revolta e rebelião, rebeldia (1 Samuel 15.23; 2 Reis 3.5; Salmos 51.13 e Jeremias 14.7).
São usados muitos termos para indicar o pecado no Antigo Testamento, além dos citados no parágrafo anterior. Temos também tais conotações: transgressão, iniquidade (Salmos 51.1,2); mal, maldade (Provérbios 17.11); engano (Sofonias 1.9); injustiça (Jeremias 22.13); falta (Salmos 19.12); impiedade (Provérbios 8.7); concupiscência (Isaías 57.5, ARA); depravação (Ezequiel 16.27,43,58 a).
Pecado (hamartia, no idioma grego: “perda da marca”, segundo o verbete no Dicionário Vine).
Lendo e meditando nas páginas neotestamentárias, podemos considerar que uma boa definição para o pecado é o egoísmo. Mas não é correto ficar apenas nesta definição limitada. O significado etimológico no Novo Testamento abrange à obliquidade moral, define um princípio ou fonte de ação. ou um elemento interior que produz atos (Romanos 3.9; 5.12,13,20; 6.1,2; 7.7).
Esclarece que o pecado atinge toda a raça humana, a partir do ato de desobediência de Adão e Eva (Gênesis 3; Romanos 5.12). Revela que o castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Romanos 6.23), e que do castigo eterno escapam aqueles que se chegam a Cristo, como Salvador e Senhor (Romanos 3.21 a 8.39).
Os textos do Novo Testamento descrevem o pecado, assim: desobediência e transgressão (Hebreus 2.2), iniquidade (Mateus 7.23), mal, maldade, malignidade (Romanos 1.29), perversidade (Atos 3.26, ARA), rebelião, rebeldia (1 Samuel 2 Tessalonicenses 2.10), injustiça (Romanos 1.18), erro, falta (Romanos 1.27), impiedade (Romanos 1.18), concupiscência (1 João 2.16).
Mateus 12.31-32 diz que existe o pecado sem perdão, que é a blasfêmias contra o Espírito Santo.
Natã viveu durante os reinados de Davi e Salomão. O profeta era conselheiro dos dois reis (2 Samuel 7; 12; 1 Reis 1). Foi porta-voz do Senhor em três momentos importantes:
• Em relação à casa do Senhor (2 Samuel 7.1-17; 1 Crônicas 17.1-15).
Nesta ocasião, confirmou a promessa de Deus de que o trono de Davi seria estabelecido para sempre e avisou de que ele não seria o rei que iria construir o templo.
Em relação à sucessão de Salomão (1 Reis 1.5-48). Natã deu a Salomão o segundo nome Jedidias (que significa "amado do Senhor".
• Em relação ao duplo pecado de Davi, o adultério e a morte de Urias (2 Samuel 12.1-15).
Quando o profeta é enviado pelo Senhor para estar na presença do rei com o objetivo de reprovar os pecados escondidos (2 Samuel 12.1-15), ele faz uso de uma parábola simples para despertar a consciência adormecida de Davi. Cada elemento da alegoria é usado com o propósito de atiçar em Davi o sentimento de amor ao próximo e atingir seu senso de justiça. Supondo que o profeta descrevia um incidente real, indignado, Davi pronunciou sua sentença de morte ao fazendeiro rico da parábola, sendo que a Lei exigia que em caso do roubo de uma ovelha o ladrão deveria compensar a vítima com quatro ovelhas (Êxodo 22.1).
Diante da confissão de Davi, Natã garantiu que Davi não morreria, porque o Senhor havia perdoado o seu pecado. Porém, anunciou que o filho que iria nascer de Bate-Seba não sobreviveria.
O erro de julgamento de Davi, ao não se basear no Pentateuco para emitir a sentença, contra o fazendeiro rico que havia roubado a ovelha do camponês pobre, nos remete à responsabilidade de líderes cristãos: do pastor, do mestre, do pregador e de todo crente.
Precisamos desempenhar a função de propagadores das Escrituras Sagradas na condição de bons exegetas. Em 2 Timóteo 2.15, encontramos o conselho de Paulo conclamando o líder a "manejar bem' (orthotomeó, em grego) 'a palavra da verdade". Essa expressão é encontrada apenas nesta porção bíblica. "Oorthotomeó" significa "endireitar" e "cortar em linha reta". Portanto, Paulo nos incetiva quanto ao dever de todo cristão ser pessoa hábil na interpretação do conteúdo bíblico, a se esforçar para não equivocar-se ao fazer sua exposição da Bíblia e a ser capaz de corrigir a interpretação bíblica que encontrar exposta de maneira errada.
Davi viu uma mulher bonita enquanto estava no terraço do palácio. Seu grande erro foi continuar olhando. Assim, ele deu espaço à sua imaginação e cedeu aos desejos sexuais (2 Samuel 11.2; 2 Coríntios 10.3-5).
Nossa sexualidade foi criada por Deus como uma bênção para o nosso bem-estar. O apogeu dessa bênção acontece no ato sexual no ambiente da vida de casado. Ao contrário daquilo que se costuma propagar atualmente, a liberação dos impulsos sexuais unicamente para satisfação do prazer pessoal é perigosa e nociva; a falta de limites arrasta as pessoas à promiscuidade; à exposição de doenças venéreas, a assumir uma fardo de vergonha e culpa e, principalmente, à separação da comunhão com Deus e ao divórcio.
Deus nunca pretendeu que os impulsos sexuais se tornassem armadilhas do inimigo para levar seres humanos ao adultério e que o sexo fosse pedra do tropeço na vida espiritual das pessoas. É possível controlar os impulsos sexuais, quando entregamos essa área ao Senhor Jesus e buscamos nEle a força para vencer os pecados.
Diferente de Davi, jamais devemos dar asas ao pensamento pecaminoso, o grande segredo é fugir da tentação e confessar os nossos pecados, priorizar a comunhão com o Senhor, meditar em sua Palavra. Um dos mais sublimes valores do cristianismo é que nunca estamos sós, podemos contar com a misericórdia e o auxílio do alto se pecamos e com o coração sincero manifestamos arrependimento (1 João 1.9).
3. Traindo a generosidade divina.
Além de mostrar a dimensão do pecado de Davi, Natã destaca que ele fez pouco caso de tudo de bom que o Senhor havia feito em seu favor. Foi por ordem divina que Davi foi ungido rei na presença de seus irmãos; foi Deus quem o ajudou a escapar da morte durante todas as perseguições efetuadas por Saul (1 Samuel 16.1,12,13). O profeta lembra que Davi tinha muitas mulheres, e que mesmo tendo um harém, não se contentou e cobiçou a esposa que Urias tinha (2 Samuel 16.21,22; 1 Reis 12.17,25). Davi também é lembrado que não era grato ao Senhor pela grande generosidade divina quando planejou a morte de Urias, pois foi o Senhor quem o deu como um de seus soldados fiéis e valentes, responsáveis pela defesa e expansão de seu reino (2 Samuel 23.18-24).
A abordagem sobre a importância de manter um coração agradecido, feita por Paulo em Colossenses 3.18-21, apresenta atributos que deveriam abundar na vida do cristão como membro de família. O apóstolo oferece instruções básicas para a convivência como cônjuge, pai, mãe e filho ou filha. A esposa aprende como tratar corretamente o marido; o esposo aprende que precisa amar sua companheira matrimonial e vigiar para não ser tomado pela amargura; os filhos são instruídos a agradarem ao Senhor pela obediência aos pais e os pais são incentivados a não provocar a ira e desânimo nos filhos. O cumprimento destes mandamentos tem o objetivo de fazermos morrer em nós a natureza da carne e a nos vestirmos do "novo homem" para que nossa vida transborde de amor, bondade, compaixão, humildade, paciência, mansidão, perdão.
A vida espiritual tem sua base na rotina dentro dos lares. Portanto, tenhamos gratidão a Deus e um para com os outros em nossa casa. A gratidão é uma das formas mais bonitas de expressar o amor a Deus e ao próximo. E não é sempre que a ausência de amor é manifesta pelo ódio, na maioria das vezes aparece na forma de indiferença. Lembramos da duríssima, e importante, advertência de João sobre o amor. Ele escreveu que aquele que não ama seu irmão, espiritualmente, é um assassino, e que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si (1 João 3.15).
III. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI
• Crença na suposta infabilidade. Sem dúvida, o líder cristão, quando se deixa conduzir pelo Espírito, comete menos erros; mas isso não significa que é infalível. Espiritualidade não leva o indivíduo ao nível de viver acima das falhas humanas (Romanos 3.23-24).
• Orgulho. Não podemos esquecer que o orgulho é um pecado que destrói ministérios cristãos, acaba com bons relacionamentos. É manifesto pela relutância em admitir culpa ou uma relutância em assumir a responsabilidade por suas ações. A pessoa orgulhosa quer ser atendida mas não tem boa vontade para atender o próximo. Sente-se entediada ao precisar ouvir alguém.
O simples fato de um indivíduo ter sido elevado à posição de liderança, com a proeminência que isto lhe confere, tende a engendrar um orgulho e uma autoglorificação secreta que, se não for podada, o desqualificará para o serviço de Deus (Provérbios 16.5; 1 Tessalonicenses 2.6; Marcos 12.38-40; Gálatas 5.26).
• As tentações sexuais. Os líderes sempre estarão expostos às tentações. Houve perigo nos tempos bíblicos, e continua existindo riscos nos dias contemporâneos. Além de Davi. são exemplos de falhas na área sexual Salomão e Sansão. Não existe ninguém imune ao pecado. "Por isso, aquele que pensa estar em pé veja que não caia" (1 Corintios 10.12).
2. Davi, o rei fraco em seu próprio lar
A Bíblia não conta qual era o grau de proximidade que havia entre Bate-Seba e Davi antes do pecado. O fato é que ela agiu inconvenientemente ao exibir-se em espaço aberto à vizinhança e tal exibição inapropriada chamou a atenção de Davi que mandou que a trouxessem, adulterou com ela, que engravidou e em seguida houve o desfecho trágico da morte de seu marido, crime cometido com a tentativa de esconder que a gravidez era ilícita e a ilicitude não se tornasse de conhecimento de todos.
Sobre esta situação, o Pastor José Gonçalves escreveu o seguinte: "A vida de Davi como homem comum pode ser dividida em dois momentos: antes e depois de sua tentação e queda. Com certeza, ele não vigiou espiritualmente, como reiteradas vezes nos adverte as Sagradas Escrituras a fazermos. Talvez, ele não tenha considerado as consequências que seu ato lhe traria. O planejamento do adultério após admirar a beleza da mulher e a covarde execução de Urias, o esposo, sem dúvida estão entre os acontecimentos mais repulsivos já narrados na história bíblica. Deus, o Senhor de toda a justiça, reprovou o ato de Davi (2 Samuel l l .27), todavia, em sua infinita misericórdia, perdoou-lhe quando este demonstrou arrependimento (Salmos 51). A tentação em si mesma não é pecado; pecado é ceder à tentação. Todo cristão deve manter-se sempre vigilante neste sentido, pois a tentação, uma vez consumada, sempre produzirá frutos amargos."
Mesmo que o pecador sinceramente se arrependa e se converta, inevitavelmente as consequências ficam e produzem muito sofrimento. As consequências do pecado de Davi foram emocionais, espirituais e físicas. José Gonçalves continua:
"Após pecar, Davi ouviu um dos mais duros julgamentos pronunciados pelo profeta Natã (2 Samuel 12.10-14). O julgamento atingia não somente sua vida pessoal, mas também toda a sua existência, incluindo reino e família. Os resultados podem ser vistos primeiramente em sua vida sentimental e emocional. Quantas lágrimas Davi derramou? Não há como aferir, entretanto, em Salmos 6.6, temos uma noção: 'Já estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar a minha cama; molho o meu leito com as minhas lágrimas.' Por certo Davi chorou quando Tamar, sua filha, foi violentada (2 Samuel 1.3), e quando seus filhos Amnon e Absalão foram mortos prematuramente (2 Samuel 13.33; 18.14)."
"Não há dúvida de que os maiores efeitos do pecado de Davi estão na esfera espiritual. O pecado parece doce, inofensivo e natural, no entanto, suas consequências são amargas. Paulo, o apóstolo, adverte em sua primeira carta aos coríntios: 'Por causa disso [do pecado], há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem' (1 Corintios 11.30). Em outras palavras, aquilo que é espiritual num primeiro plano, tem consequências físicas num segundo. Os especialistas advertem que há muitas doenças psicossomáticas, isto é, doenças da alma ou de origem psicológica que afetam o corpo físico."
"A Bíblia nos mostra que há também doenças de origem espiritual. A Palavra de Deus adverte: 'Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos' (Tiago 5.36). Davi pós em prática isso e clamou ao Senhor: '[...] Tem piedade de mim; sara a minha alma, porque pequei contra ti' (Salmos 41.4)."
CONCLUSÃO
A narrativa bíblica informa que na época do episódio em que Davi pecou, os reis costumavam ir à guerra, mas Davi resolveu ficar em casa (2 Samuel l l.1,2). Portanto, ocupava seu tempo ociosamente, estava no lugar errado e em hora errada quando a cobiça pecaminosa entrou em seu coração. Mas Davi reagiu positivamente ao ser repreendido e converteu-se de seus desvios. Os salmos de sua autoria comprovam que ele foi espiritualmente restaurado quando decidiu abandonar o pecado e reconquistar sua comunhão com Deus
O pecado afeta tudo e todos ao redor e derredor. Tem o objetivo de afastar a alma humana da comunhão que o Criador oferece. Não convém ceder à fraqueza moral, e se acontecer é importante o crente reerguer a cabeça e olhar para Jesus novamente.
Deus convida todas as pessoas a se considerarem mortas para o pecado e vivas somente para Ele. O crente é justificado do pecado, deve aceitar pela fé que está morto para o poder do pecado e vivo para Deus. Esta convicção produz de fato o efeito da libertação dada por Cristo, ele encontra condições de vencer a tentação do pecado. Não há porque estar sob o domínio do pecado, pois o sangue de Jesus quebrou esse domínio (Romanos 6.14). No processo de restauração, cabe ao cristão fazer igual fez Davi, demonstrar uma atitude de arrependimento, confissão, quebrantamento e abandono do erro. Assim, o Espírito de Deus reside no coração de cada um de nós!
E.A.G.
Compilações
Lições Bíblicas. Davi - As Vitórias e Derrotas de um Servo de Deus. José Gonçalves. 4º trimestre de 2009. Lição 8: O pecado de Davi e suas consequências. Páginas 39 e 41. Bangu. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
Carta aos Romanos. Elienai Cabral. Edição 1986. Página 69. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
O pecado do homem segundo o coração de Deus
INTRODUÇÃO
"Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas as suas veredas" (Provérbios 5.21.
Jesus nos chamou e o seguimos, consequentemente recebemos a graça, que está em nós "para a obediência por fé", escreveu o apóstolo Paulo em Romanos 1.5). Lemos, em Hebreus 5.9, que o nosso Senhor tornou-se o autor da salvação eterna para todos que lhe obedecem, portanto, a graça está anexada com as obras de submissão a Deus, é manifesta numa vida de subordinação ao Senhor. Depois que a pessoa aceita seguir a Cristo, todos os seus planos precisam estar alinhados com Cristo (1 Coríntios 10.5). Precisamos nos manter na vida de plenitude em Cristo, e isso pela porta da identificação com o Salvador em sua morte e ressurreição. Para que seja assim, é preciso viver em obediência.
I - SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
1. O homem segundo o coração de Deus.
É uma virtude especial saber desenvolver relacionamentos saudáveis, que não criam problemas de suspeitas e muito menos do pecado sexual consumado. Ter este atributo entranhado na personalidade tem como consequência a preservação da reputação de maneira diligente por toda a vida e um rastro de boa fama em todos os lugares que passar ou ter o nome conhecido.
2. Davi era o escolhido de Deus mas deu lugar ao diabo.
Davi era uma pessoa segundo o coração de Deus, mas descuidou-se e sofreu amargamente por causa disso (Salmos 51). É preciso ser vigilante. Davi criou um ambiente propício ao pecado e deu vazão aos meios que contribuem para sua prática. Seu ato adúltero teve como consequência um segundo pecado, após adulterar ele planejou a morte de um inocente.
Em determinados momentos, obedecer não custa nada; em outro, é muito difícil negar os desejos da carne, a soberba da vida e as tentativas de sedução do maligno. As Escrituras Sagradas não escondem o pecado do ser humano. Então, a melhor maneira de tratar o pecado é vê-lo exatamente como ele é: um ato de rebelião contra a vontade do Senhor. E considerando de maneira realista, expor a situação diante de Deus e ter o firme propósito de nunca mais descuidar-se.
1. Criando um ambiente propício ao pecado
2. Os meios que contribuem para a prática do pecado.
O pecado de adultério ainda é uma pedra de tropeço para muitos crentes, inclusive em posições de liderança cristã. Todos precisam se proteger das armadilhas do adultério. Existem precauções que tanto o homem como a mulher devem ter.
Para evitar a ação pecaminosa, é necessário apresentar uma permanente atitude de prudência com a nossa condição espiritual. Convém esquivar de qualquer relacionamento profundo que não seja com a própria esposa ou esposo. É preciso tomar cuidado com ambientes e amizades. Tais como, evitar expressiva intimidade com o sexo oposto, não permanecer frequentemente a sós com pessoa compromissada em matrimônio alheio, manter portas sempre abertas, não fazer frequentes refeições a dois em companhia sistemática com apenas um colega de trabalho.
Quem está casado, precisa ser dinâmico na vida conjugal, não permanecer afastado por tempo extremamente exagerado do seu marido ou sua esposa. Além dos momentos íntimos, é de suma importância o homem combinar com sua mulher atividades em comum, como fazer caminhadas, praticar esportes, regar plantas, dividir um pastel na feira e um saquinho de pipoca em casa.
III. O ADULTÉRIO E O HOMICÍDIO DE DAVI
1. Pecado gera pecado.
"O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" - Romanos 6.23.
A história do episódio em que Davi pecou é muito conhecida, descreve a ocasião em que ele estava em Jerusalém, quando devia estar liderando seu exército no campo de batalha (2 Samuel 11 e 12). Ao cobiçar uma mulher bonita, buscou informações de quem ela era e soube que era casada com um heteu chamado Urias, um de seus soldados que estava longe de casa, em campo de batalha (1 Samuel 23.29).
Ao relacionar-se com ela, Davi estava consciente que cometia adultério. Depois de adulterar, soube que ela teria um filho em consequência do adultério. Assim, além de ser o monarca que havia deixado de agradar a Deus quando adulterou, passou também a desagradá-lo sendo uma pessoa hipócrita (2 Samuel 11.27).
Deus dá o "dom da graça" (charisma) aos que o servem. O dom gratuito está reservado aos que não se rebelam contra Deus. A graça é manifesta na plenitude da salvação por meio do Senhor Jesus Cristo. Na cruz, sem merecimento algum, conquistamos através do sacrifício vicário do Filho Unigênito, a justificação e absolvição final, pelo seu sangue temos a santificação. Rogamos ao Pai, confessamos nossos pecados e somos purificamos de toda as injustiças cometidas (1 João 1.9). E assim ganhamos a vida eterna, pois Jesus morreu sem pecado e ressuscitou como o Redentor que vive para sempre.
2. O homicídio de Davi; seu comandante; a tentativa para evitar as suspeitas do seu pecado.
Em seu fingimento, Davi criou um plano para que ninguém descobrisse o adultério. Mandou chamar Urias, marido da adúltera, com a intenção que houvesse a oportunidade de encontro entre o casal e a gravidez pudesse ser considerada uma gestação dentro da normalidade estabelecida por Deus. Mas, ao voltar da guerra Urias não esteve com a esposa, e então a gestação seria um problema. Sabendo disso, Davi ficou desesperado, ordenou que Urias voltasse à guerra e fosse posto nas primeiras fileiras da tropa durante os ataques campais, para que se tornasse alvo fácil e morresse. A morte aconteceu. E Davi casou-se com a viúva, que ainda não tinha seu útero expandido.
Todos morrem. Da mesma maneira crentes e ateus partem deste mundo ao além-túmulo. A consequência da prática obstinada em pecar não tem como consequência apenas a morte física. A declaração de Paulo (Romanos 6.23) faz referência à separação eterna de Deus, e ao castigo sem-fim que os ímpios sofrerão (Hebreus 9.27). Os ímpios não encontrarão nenhuma espécie de prazer e conforto no inferno.
O que Davi fez desagradou ao Senhor. E o Senhor enviou Natã, para anunciar a consequência de seu pecado. O profeta fez ele saber que ao violar a santidade de um lar, a consequência seria muitas ocorrências de aflição dentro do ambiente de sua família. Esse julgamento precisa ser visto como conseqüência natural do ato de Davi, pois o desrespeito ao padrão divino com relação à família produz frutos amargos.
Ao contrário de outros reis que em situação de receberem mensagens de repreensão e juízo da parte de Deus, entregues por profetas, reagiram com ira e violência contra os mensageiros, Davi se mostrou estar arrependido, confessou seu pecado, e não protestou contra o julgamento divino. Disse: "‘Pequei contra o Senhor" (2 Samuel 12.13). No Salmo 51, ele registrou seu lamento sincero pelos males cometidos.
CONCLUSÃO
A fé é um poderoso escudo a proteger o crente em Cristo. É um agente inabalável que nos leva a respeitar o relacionamento matrimonial, e consideramos as alianças de nupcia uma união sagrada entre duas pessoas e perante Deus. A crença na santidade do casamento ajuda o cristão a estabelecer limites apropriados dentro do comportamento de fidelidade ao Senhor e ao cônjuge.
E.A.G.
Bíblia de Estudo da Mulher. Edição 2002. Página 588. Belo Horizonte - MG (Editora Atos).
Comentário do Novo Testamento - Aplicação Pessoal. Volume 2. Edição 2010. Página 48. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Ensinador Cristão. Ano 20, número 80, outubro a dezembro, página 41. Rio de Janeiro - RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Comentário Bíblico do Professor - Um guia prático para ajudar no ensino das Escrituras Sagradas do Gênesis ao Apocalipse. Lawrence Richards. Edição 2004. Página 275. São Paulo /SP. (Editora Vida).