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domingo, 20 de outubro de 2019

A Degeneração da Liderança Sacerdotal


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A vida cristã é uma trajetória de adversidades e tentações às práticas do pecado. É necessário fazer todos os esforços possíveis para evitar pecar. Em todo tempo somos atraídos às concupiscências da carne, dos olhos e pela soberba dessa vida. Com o objetivo de não ceder ao erro, é preciso viver em submissão à orientação da Palavra de Deus.

I - A DEGENERAÇÃO DOS FILHOS DE ELI

1. Quando não valorizamos o que Deus nos deu.

O missionário N. Lawrense Olson, como comentarista da revista Lições Bíblicas do primeiro semestre de 1970 (naquela época não havia a publicação trimestral), na lição número 4, cujo título é “Atitudes que se deve tomar para com o mundo”, nas páginas 18 e 19 faz uma reflexão muito interessante, que passo a relatar sem me ater ao seu estilo de plano sintático à escrita: 

Certa vez, um rapaz ficou incumbido de cuidar de um cavalo que pastava no campo. Em determinado momento ele sentiu cansaço e, incoerentemente, amarrou a corda do cabresto no próprio braço e deitou-se na relva para uma soneca; depois de algum tempo em que cochilava, o animal pôs-se a correr em grande velocidade. Durante a disparada o pobre garoto foi arrastado por muitos metros e só se viu livre quando o seu braço foi arrancado de seu corpo.

É necessário que o crente, da mesma maneira que tomou a atitude contra o pecado em sua vida, aceitando a purificação e a justificação de seus delitos, tome também atitude semelhante para com o mundo e suas sutis tentações. Devemos ocupar a mente com pensamentos lá de cima (Colossenses 3.1-4). Paulo instruiu os coríntios a não permanecerem preocupados com as coisas transitórias dessa vida, pois o tempo se abrevia. Estamos caminhando para o céu, não é conveniente apegar-se ao peso inútil que nos atrapalhe e arraste para longe da vontade de Deus (1 Coríntios 7.29-30).

2. Fazendo um troca.

O cristão precisa manter sua atenção voltada para coisas edificantes. Não ceder à concupiscência da carne, dos olhos e à soberba da vida (1 João 2.16). A licenciosidade da natureza carnal é capaz de atrair e vencer o crente por pensamentos e indução aos atos pecaminosos.

A concupiscência dos olhos nos remete para mais além da capacidade de enxergar o mundo físico, tem a ver com envolver-se em planos fora da vontade de Deus, atrelar-se em negócios não compatíveis com a vida cristã e distrair-se com a cultura da sociedade que não está em acordo com a vontade do Senhor. Por falta de vigilância, muitos se deixam influenciar por coisas que o mundanismo mostra e se esquecem do hábito diário de dedicação aos momentos devocionais e se afastam de ambientes em que se cultua a Deus.

Para dizer sobre o desejo de querer ser alguém maior do que é na realidade, o apóstolo João usa a terminologia “soberba da vida”. Infelizmente, viver em função de possuir fama, prestígio e fortuna tem sido “a corda do cabresto atada ao cavalo e ao braço” de muitos cristãos na atualidade. Não basta um veículo que responda às necessidades de locomoção, querem o último modelo que está na praça; há uma quantidade suficiente de mudas de roupas no armário, mas sente a necessidade de desfilar com o modelo que os estilistas sugerem para a presente estação. Age assim porque acredita que para ser valorizado como pessoa é necessário causar impressão impactante a cada dia, quando para muita gente este tipo de comportamento não passa de um jeito superficial e risível de se viver.

Somente o cristão que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 João 2.17). Portanto, o crente precisa tomar o máximo de cuidado para não ficar preso ao culto das coisas materiais que possui ou precisa possuir, deve considerar que apenas o Criador tem que ser o alvo de sua adoração. Sem usar palavras, Jesus ensinou uma lição de grande importância para todos os cristãos, quando sendo o maior entre todas as pessoas de todos os tempos, cingiu-se com uma toalha e encurvou-se para lavar os pés dos discípulos (João 13.1-5; 12-19).

3. As consequências para quem peca contra Deus.

Jesus está às portas (Mateus 25.21). O anúncio sobre A Volta de Jesus não significa que o crente deve ser uma pessoa alienada, ninguém precisa abandonar suas atividades sociais e profissionais para servir a Deus com inteireza de coração. Saber sobre a promessa do Arrebatamento da Igreja implica no dever de empregar recursos, talentos e tempo de maneira diligente, com a finalidade de estar completamente dentro da vocação que Deus nos chamou. A promessa de entrar no gozo celeste tem como finalidade nos manter em vigilância. Vigilância esta que não é sinônimo de ociosidade, mas da execução fiel de dons e habilidades que Deus nos confiou para usar nas oportunidade que Ele também nos concede.

Para alguns, a chamada divina representa uma mudança de atividade, mas para a maioria dos cristãos representa continuar a viver em fidelidade, realizar a atividade diária demonstrando amor a Deus e ao próximo no círculo social no qual está inserido, para assim testemunhar às almas que está ao seu alcance sobre o plano da salvação e motivá-las a se decidiram por Cristo.

Não podemos nos esconder de Cristo. Todo pecado contra Deus recebe sua sentença  (Apocalipse 2.23). Ele conhece o que se passa em nosso coração, quais pensamentos alimentamos ou rejeitamos, e assim mesmo nos ama. Então, os pecados que damos espaço em nossa mente e colocamos em execução, devem ser confessados e abandonados. A fidelidade é o caminho do êxito verdadeiro.

II - A SENTENÇA DO JUÍZO DE DEUS

1. A experiência profética de Samuel.

Samuel dedicou sua vida como sacerdote, juiz e profeta. É a pessoa que Deus escolheu para marcar a transição do governo dos juízes ao governo dos reis. Como profeta, ele anunciou mensagens de Deus ao povo. É digno de nota que o termo profeta ("nabi" em hebraico) aparece seis vezes em sua forma feminina ("nebiyah"), e é usado por duas vezes para descrever o ofício profético de mulheres: de Hulda por duas vezes, de Miriã, de Débora e de Noadias, a esposa do profeta Isaías.

Em sua experiência profética, Samuel recebeu uma pesada comunicação divina, que se consistia na relevação de uma mensagem duríssima contra Eli e sua família. Samuel quis guardar a mensagem para si, pois se tratava de um diálogo particular entre ele e Deus. Deus o avisou sobre o juízo que estava presente no futuro de Eli e de toda a sua linhagem sacerdotal, para que ele não fosse surpreendido com a ocorrência trágica que estava prestes a acontecer. Mas Samuel, diante da insistência de Eli, demonstrou ser uma pessoa cordata e contou-lhe o que Deus havia lhe dito (Samuel 3.1-21).

Como porta-voz de sua Palavra, é importante ao crente ter o discernimento sobre os propósitos das revelações que recebe. Algumas são de ordem particular, outras apenas para um indivíduo ou comunidade e, é preciso agir com discrição, e, ainda outras, são mensagens cujo destino é amplo, quando é necessário trabalhar com muita disposição para alcançar o objetivo divino que Deus nos confiou realizar.

1.2 A experiência profética de Daniel

Nos quatro parágrafos abaixo, segue uma abordagem sobre a narrativa do capítulo 5 de Daniel, que nos ensina sobre a conduta correta dos pregadores da Palavra de Deus, no que se refere às suas prioridades

Os leitores da Bíblia Sagrada sabem que Daniel era cativo na Babilônia quando Belsazar, deliberadamente, afrontou a autoridade divina, ao usar os utensílios sagrados do templo de Deus em um banquete para mil convidados idólatras. Quando bebiam o vinho e louvavam aos deuses confeccionados em ouro, em prata, em cobre, ferro, e madeira, Deus permitiu que Belsazar visse uma mão a escrever sua sentença condenatória na parece do palácio no idioma aramaico, do qual ele e os babilônicos dominavam a leitura (Daniel 2.4), mas todos os presentes no local não conseguiram entender o significado da mensagem. As forças de Belsazar diminuíram, ele ficou trêmulo no mesmo instante. Convocou astrólogos, adivinhadores e pediu que interpretassem o que estava escrito, prometendo-lhes honrarias e dinheiro a quem conseguisse entender e dizer o significado. Apesar de ávidos por posição social e econômica mais elevada, todos que tentaram fazer a interpretação falharam, pois o Senhor só concedeu a Daniel  a permissão de saber qual era o sentido da mensagem.

Daniel não havia comparecido, foi necessário chamá-lo. Daniel não confundiu o sagrado com o profano quando interpretou a frase, pois sabia que não deveria fazer aquilo aceitando recompensas terrenas, pois a sentença tinha que ser entregue demonstrando toda a sua imparcialidade como servo do único Deus vivo (Daniel 5.17). Estava escrito: "mene, mene, tequel e parsim": pesado foste na balança e achado em falta". Belsazar insistiu em presentar Daniel e lhe colocar como o terceiro dominador da Babilônia; naquela mesma noite Belsazar morreu (versículos 24 a 31).

Agir corretamente é o dever de todos os cristãos, temos diante de nós a Bíblia Sagrada e muitas almas que não entendem o seu conteúdo, pois não têm o Espírito Santo em suas vidas. O obreiro tem de valorizar a sua vocação (Hebreus 5.4). Há maior responsabilidade aos que foram separados pelas igrejas como ministros pregadores da Palavra, pois a atividade os coloca como centro das atenções de muita gente e nem todos que os ouvem têm estrutura para permanecer em pé caso haja escândalo provocado por eles. São muitas as circunstâncias em que, para fazer a coisa certa, os servos de Deus precisam desistir de recompensas materiais e priorizar tão somente aparecer como um intérprete das Escrituras Sagradas.

1.3 O exemplo ministerial do apóstolo Pedro

O apóstolo Pedro foi um dos discípulos que viram a glória da transfiguração (Marcos 9.1-13; 2 Pedro 1.16-18). E, tendo testemunhado a morte e a ressurreição de Jesus, foi o porta-voz de Deus que pregou no Pentecoste e tornou-se uma coluna da Igreja Primitiva. E com esta autoridade investida pelo Espírito Santo, ensina que os líderes devem viver o ideal da Palavra, como o exemplo dos fiéis (1 Pedro 5.3). Ao se dirigir aos presbíteros, que representava a liderança eclesiástica, identificou-se como um presbítero da mesma categoria, não como sendo alguém superior e admoestou-os a apascentarem  o "rebanho de Deus", ecoando a todos exatamente o que Jesus havia ordenado a ele que fizesse (João 21.15-17). Seu exemplo como líder mostra que a autoridade é baseada no serviço, não em degraus de hierarquização ao estilo das empresas seculares.

Nem sempre, por mais que o ministro se esforce, poderá evitar que uma tragédia moral ocorra  consigo ou com algum membro de sua família. Nestas circunstâncias de exceções, a Palavra de Deus nos aponta para a meta ideal e para a excelência no modo de se viver e também oferece graça, misericórdia e restauração em Cristo aos que são sinceros em sua prestação de serviço ao Senhor e para a membresia da igreja. Ver: Marcos 3.5; Lucas 6.6-11.

2. Sentença pronunciada.

Eli fracassou ao não intervir na conduta imoral de seus filhos. e recebeu sua sentença condenatória por intermédio de um profeta desconhecido, teve a confirmação da condenação através do rapaz Samuel (1 Samuel 2.31; 3.12). Deus o rejeitou e o retirou juntamente com sua família do sacerdócio em Israel. O cumprimento da sentença ocorreu em tempo próximo (1 Samuel 4.18-22) e também remoto (1 Reis 1.7,8; 2.27,35).

Pelo fato de Eli não reprender a conduta má de seus filhos, ele recebeu o peso do juízo divino sobre sua vida, que terminou tragicamente ao cair de um assento e quebrar o pescoço. Mesmo sabendo dos erros de seus filhos, não os repreendia, mas se omitia, não cumpria suas responsabilidades como sumo-sacerdote e pai em seu âmbito familiar.

Não encontramos nos relatos bíblicos que Eli tenha cometido pecados por ação, o pecado que ele cometeu é registrado como omissão. Deixar de fazer o que é certo também é pecado (Tiago 4.17). Assim como é pecado mentir, também pode ser pecado conhecer a verdade e não dizê-la. É pecado falar mal do próximo, mas também é pecado evitar uma conversa quando a pessoa precisa de um incentivo para melhorar suas atitudes e consertar seus erros.

Pelo fato de os filhos de Eli não valorizarem o que Deus lhes deu, por trocarem o sagrado pelos prazeres da vida, eles receberam como consequência a ira do Senhor, que foi executada por intermédio da invasão dos filisteus.

Temos em Levíticos 21.6-7 as leis para os sacerdotes judaicos. Nesta passagem bíblica, é dito, subtendidamente, que o sacerdote sem esperança no cuidado soberano, sobrenatural e eterno de Deus, é alguém incapaz de ministrar ao povo no templo. Com as devidas proporções no que tange às atividades litúrgicas, notamos que existem características similares no perfil do sacerdote do Antigo Testamento com o ministro das igrejas no Novo Testamento. O zelo por um estilo de vida semelhante a Cristo (João 4.23-24; Romanos 12.1-2); o cuidado na escolha de uma esposa que aprecie ser sua companheira ministerial (Levítico 21.7); uma boa administração do lar e dos filhos em fase infantil e daqueles que ainda vivem em casa sob a responsabilidade dos pais (1 Samuel 3.4; 1 Timóteo 3.4).

3. A desgraça da família de Eli.

Os filhos de Eli foram descritos como "filhos de Belial" (1 Samuel 2.12-36); o termo hebraico significa indignidade ou iniquidade. A degeneração da família de Eli ocorreu porque seus filhos cometeram profanação às coisas sagradas que haviam no tabernáculo. Ao agirem de modo corrupto e imoral. profanaram o ambiente religioso e pecaram contra Deus.

A advertência que Eli deveria ter proferido aos seus filhos teria que  abranger tanto uma repreensão sobre a conduta imoral que eles apresentavam quanto fazê-los perceber que suas ações provocavam efeitos negativos sobre os israelitas que os observavam.

A Carta à Igreja de Tiatira (Apocalipse 2.23) revela que o Senhor exerce seu juízo contra os seguidores de Jezabel. Essa mulher é a mãe simbólica de todos que seguem doutrinas libertinas e espúrias. Neste texto, literalmente, no idioma grego, é dito que o Senhor examina "rins" e "entranhas. Na atualidade, costuma-se fazer referência ao coração para explicar os sentimentos e à mente para a razão, mas nem sempre foi assim. Tal sondagem significa que Ele conhece as nossas vontades (desejos e fome) mais íntimas, e todos os motivos de nossas decisões, ações e reações.

III - AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1. O preço do pecado. 

Todos os dias o cristão é tentado a não fazer o bem que a Palavra de Deus orienta a que seja feito e a fazer o mal que aprendeu nas Escrituras que não pode fazer. O apóstolo Paulo mostra a existência deste conflito dentro do coração do crente, revelando que havia em sua vida esta situação incômoda.

Há dentro do coração do cristão uma batalha diária entre a nova natureza e a velha criatura. Este conflito é apresentado por Paulo em Romanos 7.14-20: "Porque bem sabemos que a lei é espiritual. Eu, porém, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.  Ora, se faço o que não quero, concordo com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isso já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim, mas não o realizá-lo. Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim" (NAA).

Quanto a isso, temos que colocar a fé em Cristo em ação e rogar pelas misericórdias do Senhor, permanecer debaixo da graça e empreender esforço para caminhar como filhos do Altíssimo e geradores do fruto do Espírito. Não podemos desprezar o fato que Cristo nos redimiu no Calvário das consequências da Queda, agora não somos mais escravos do pecado, estamos libertos da sua força escravizadora da carne e só cedemos se não tivermos em nosso o firme propósito de agradar ao Pai celeste. A partir do momento da conversão, o Espírito fez do nosso coração a sua habitação, testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, nos guia ao estilo de vida em santidade (Romanos 8.1-17; Gálatas 5.19-23).   

Para Deus, se estamos habituados a ceder ao impulso da natureza humana e a fazer o que sabemos que é errado ser feito, ou se estamos acostumados a recusar fazer o que sabemos que é correto ser feito, são apenas duas configurações da vida em pecado. Tanto o pecador que está em um extremo como o que permanece no outro receberão a mesma sentença caso não se arrependam. Qual? A existência eterna em condenação, que é a irreversível morte espiritual (Romanos 6.23).

2. Os males da falta de repreensão.

Existe um erro de interpretação muito grave quanto ao substantivo "vara", em Provérbios 23.13-14: " Não deixe a criança sem disciplina, porque, se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Você a castigará com a vara e livrará a alma dela do inferno". A vara é um símbolo do cuidado e amor dos pais. Tal palavra também se encontra no Salmo 23 e versículo 4, faz alusão aos pastores que a usavam como instrumento de defesa do rebanho, enxotando os animais predadores de ovelhas, e jamais como algo para espancá-las.

A educação dos filhos envolve um processo de "discipulado" (Hebreus 12.11). Os pais ensinam a obediência não apenas para sujeitar os filhos ao mero capricho de dar ordens e vê-las cumpridas. Deus concede autoridade com o objetivo de conduzir as crianças à salvação. Apesar do castigo fazer parte da disciplina, no processo de educação existem diversas etapas intermediárias antes de aplicar a pena mais enérgica. É possível dialogar com os pequenos, além de haver o método de ensino através do exemplo. Não compreender tal propósito divino leva a prole à degeneração espiritual.

É preciso conviver com as crianças tendo a sensibilidade para conhecer os momentos em que elas deixam de obedecer por simples imaturidade ou esquecimento, por dificuldade em cumprir a ordem devido transtorno neurológico como o déficit de atenção, por estar frustrada e a rebelião obstinada. Para todas as situações os genitores devem se esforçar para evitar prejuízos à fé dos pequenos e não causar a sua ira. Quando há boa orientação, associada ao modelo correto do padrão do estilo de vida cristã que Deus espera de todos nós, a correção terá como consequência mantê-los no rumo certo.

3 . Pecados voluntários e deliberados não têm perdão.

No contexto da primeira carta de João, o pecado que traz a morte era prática de gente que tinha consciência do que representa o pecado para Deus e mesmo assim sentiam satisfação em pecar (2.15), essas pessoas eram inimigas de Cristo (2.18-19), estavam envolvidas pelas trevas (2.9,11), eram filhos do diabo (3.10), negavam que Jesus Cristo veio como um ser humano (3.22-23; 4.13) e eram seguidoras do espírito do erro (1 João 4.6). Assim sendo elas, o apóstolo instruiu seus discípulos que seria vão orar em favor de tais almas equivocadas (Mateus 12.31,32; Hebreus 6.4-6).

Haja luz de discernimento nos seguidores de Cristo, que o coração de cada um de nós pulse em temor e tremor, pois há pecados pelos quais ninguém deve orar pelo pecador. Como seguidores de Jesus, estamos livres da escravidão do pecado, temos a mente de Cristo e nesta circunstância há condição plena de evitar o pecado voluntário e deliberado (João 8.36; 1 Coríntios 2.16).

Relatos sobre as drásticas consequências do pecado:
• A expulsão de Adão e Eva do Paraíso (Gênesis 3.1-7,23; Romanos 5.12).
• Acã e sua família perderam a vida (Josué 7.24-25);
• Nabal, homem duro em palavras e ações, teve aparente rigidez mórbida antes de morrer (1 Samuel 25.36-38)
• Ananias e Safira foram mortos (Atos 5.1-11).
"Se continuarmos a pecar de propósito, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados. Pelo contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários" - Hebreus 10.26,27 (NAA).

O pecado que leva à morte tem sido explicado de muitas formas. Alguns sugerem que a referência é ao pecado que resulta em morte física. Outros explicam a morte espiritual, que sobrevém aos que conhecem a verdade, experimentaram as bênçãos e rejeitam o Evangelho com deboches contra Deus e ações violentas contra os filhos de Deus. Os tais são comparáveis ao cão que retorna ao seu vômito para ingeri-lo (Provérbios 26.11).

CONCLUSÃO

Pela falta de esperança no cumprimento das promessas de Deus, muitos crentes se contaminam ao encontrar oportunidades de satisfazer os prazeres passageiros que estão neste mundo. E não deveria ser assim.

E.A.G.

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