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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A Teologia dividida segundo Calvino e Armínio

Jacob Arminio
(Jakob-Hermanszoon)
Por Lucilene Batista de Brito Shirota

Faz pouco tempo que comecei a entender o que é Arminianismo. Sendo sincera, nunca havia ouvido falar desse termo, que é uma visão teológica oposta ao Calvinismo, teologia que eu sempre conheci. Desde que comecei a estudar e entender melhor o que é um e outro e suas diferenças e particularidades, fiz amizades com pessoas tanto de um lado como do outro e me aprofundei no assunto.

O problema é que se apegar a uma ou outra visão não é exatamente um erro, pois ambas são baseadas na Bíblia, mas o que temos visto atualmente, principalmente neste Brasil com quase metade da população se dizendo evangélica, é que se tendo para o lado Calvinista, logo sou arrogante e quero "tulipar" todo mundo. Se digo ser Arminiana e ainda Pentecostal (e sou mesmo), aí já me olham como um pião que fica rodando no mistério, carregando várias heresias nas costas e com passaporte assinado para o inferno.

Ah, que mundo chato e insuportável estamos vivendo e que tipo de evangelho mais tosco, deturpado, fétido, podre e falsificado estamos pregando! Pregamos o que nos amacia o ego! Cantamos aquilo que queremos ouvir e vivemos como um bando de hipócritas com uma Bíblia debaixo do braço, roupa bonita no domingo e sorriso amarelo, quando na verdade vivemos de aparências, carrancudos e tiramos o pó de cima da Bíblia no fim de semana.

João Calvino
(Johannes Calvin)
É esse cristianismo que Jesus pregou? Foi por isso que Jesus morreu naquela cruz? Sou forçada a dizer, com base nessa realidade grotesca, que Cristo morreu em vão? Ou o céu é uma fábula ou o inferno é verdadeiro e imenso para abrigar tanta gente? E eu e você vamos estar lá nos despedindo um do outro, "dando tchauzinho" um para o outro?

Não estou dizendo que ser Calvinista ou Arminiano é errado, mas se focar de tal maneira em um dos dois lados ao ponto de não considerar o outro como seu irmão, é no mínimo algo totalmente inaceitável. Para mim, o tal é pior que um incrédulo! Paulo disse em 1 Coríntios 3.4, que são carnais as pessoas que preferem fazer dissensão nas igrejas. Quanto às visões teológicas, o apóstolo diz no versículo 6 que ele plantou, Apolo regou mas Cristo deu o crescimento; ou seja, não interessa de que lado que você está, desde que o foco seja Cristo!

Essas brigas ridículas que têm acontecido nas redes sociais, onde um zomba do outro, e critica a ponto de usar palavreado chulo e ofensas, que geram até processos judiciais, são atitudes de gente com falta de entendimento e provavelmente endemoniada, não de crentes em Jesus, não de cristãos equilibrados.

Quer ser cristão? Ame o outro como a si mesmo e suporte os mais fracos na fé. Se você se considera tão forte, então, antes de ficar destilando veneno, você deve levar em conta outra passagem bíblica, que diz "olhe o outro como superior a si mesmo".

Estamos deixando de evangelizar, de fazer a diferença e de sermos irmãos por causa de visões teológicas distintas? O Arminianismo clássico, não pelagiano, assim como o Calvinismo puro, são visões que podem e sempre andaram juntas, mas um bando de gente que vem mais para ofuscar e não ser luz, mais para salgar em demasia do que temperar, tenta estragar tudo, achando que dessa forma estão combatendo as heresias dos pelagianos - pois acreditam que a salvação é por obras e não pela graça.

Concluo esta postagem dizendo que criticar e julgar os males em que a igreja tem se atolado é mais do que nossa obrigação, mas devemos fazer isso pautados na Bíblia e com nossos joelhos firmados em oração aos pés do Senhor. Estude a Bíblia, não use argumentos isolados, fora de contexto, conheça a história da igreja desde seus primórdios, saiba da vida e obra de homens e mulheres de Deus e só depois entre em questões teológicas com fundamento. Respeite quem quer que seja, aja com prudência, vigilância e temperança com todos. Inclusive, seja cuidadoso no agir e no falar com com os "super crentes" - aqueles que de tão santos só falta mesmo morrer e ir para o céu tamanha a santidade e "pudêr" (poder).

Siga a visão teológica que você julgue ser mais bíblica e fiel a Deus e não se torne um intolerante e chato, seja ainda mais humilde e destituído de si mesmo. Mais amante de Deus e da Palavra e um defensor da sã doutrina. Persevere nisso e você verá que independente de Paulo, Apolo, Calvino e Armínio, é o Cristianismo puro, santo e cristalino que você está seguindo, vivendo e apontando para outros verem e também seguirem rumo ao céu!

QUE DEUS NOS AJUDE E VOS ABENÇOE! PAZ DO SENHOR!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Geremias do Couto e as coisas de menino

"Quando era mais jovem, ficava preocupado por, algumas vezes, terminar a pregação sem suar. Achava que a mensagem não tinha sido lá essas coisas. A lógica era essa (e ainda o é em alguns arraiais): quanto mais suado, mais 'ungido'. Ainda bem que cresci e aprendi. Deixei para trás as coisas de menino."

Frase postada às 10h27 de 9 de janeiro de 2015 pelo Pastor Geremias do Couto, em sua página oficial no Facebook.

Fonte: https://www.facebook.com/GeremiasCouto?fref=ts

domingo, 7 de dezembro de 2014

Reflexão sobre pietismo e legalismo

"Os missionários fundadores das Assembleias de Deus, assim como outros nomes que reforçaram o evangelismo e ensino nessa denominação, tinham formação batista pietista. Historicamente, o pietismo foi importante para reagir ao exagerado escolasticismo luterano ainda no final do século XVII. O escolasticismo pecava pelo cunho excessivamente racionalista e pouco preocupado com a espiritualidade. Porém, o antídoto pietista logo abraçou o seu próprio exagero espiritualista. O pietismo é uma visão de mundo, aliás, uma visão sem mundo, pois o mundanismo é confundido com o próprio mundo."

A frase é um dos parágrafos escritos por Gutierres Siqueira, do blog Teologia Pentecostal, no artigo Por que historicamente a Assembleia de Deus abraçou o legalismo?.

E.A.G.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O propósito dos dons espirituais

"Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja" - 1 Coríntios 14.12.

A experiência da vida cristã indica que grande parte das pessoas, nas igrejas pentecostais e neopentecostais, não sabe lidar muito bem com os recursos espirituais que Deus coloca à disposição dos crentes. A  começar pelo batismo com o Espírito Santo, há uma confusão de ideias sobre sua natureza, a forma de receber, usar, e sua finalidade.

Presentes

Os dons são presentes e não podem ser comprados. Deus nos deu o seu Filho para que fôssemos salvos. Alguém é capaz de comprar a salvação? Pode-se vender a vida eterna? Não. De igual forma os dons espirituais são presentes indispensáveis, recursos que não podem ser vendidos e nem barganhados. É o Espírito Santo quem os distribui gratuitamente e quem os recebe não tem condições de comercializá-los.

Dons são habilidades, para recebê-las basta crer e pedir com fé. Ninguém recebe dons divinos por méritos próprios, mas pelo favor e misericórdia do Senhor.

A primeira relação dos dons com a ênfase do fato que cada um é dado pelo Espírito está em 1 Coríntios 12.8-11. Este texto tem paralelo com Hebreus 2.4, que fala dos apóstolos que primeiramente ouviram o Senhor e depois transmitiram o Evangelho com Deus testificando a ação evangelística através da manifestação de sinais, milagres, maravilhas - isto é, os dons do Espírito distribuídos segundo a sua vontade.

Finalidade

Os dons têm um lugar especial no cristianismo e são muito úteis. São sempre concedidos aos crentes visando um propósito específico. Qual será este objetivo?

Há quem acredite que o cristão é batizado apenas para falar línguas. Na verdade, em princípio, a capacitação para falar línguas é apenas uma das experiências do batismo com o Espírito Santo.

O Espírito concede os dons a cada um como Ele quer, mas sempre com propósitos e finalidades especiais. O alvo divino é a edificação de todos os membros do Corpo, uma contribuição eficaz do Senhor à unidade e ao fortalecimento e expansão de sua Igreja, tanto no sentido universal como no sentido da congregação local.

Edificar ("oikodomeo"em grego): fortalecer, promover a maturidade e o caráter santo dos crentes.

O dom de língua e o amor

Paulo escreveu: "O que fala em língua estranha edifica a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja" - 1 Corintios 14.4. Não se deve proibir que o crente fale em línguas para si próprio, há o dever de ensiná-lo a controlar-se para não elevar a voz numa mensagem ininteligível que atrapalhe o curso do culto.

O crente deve ser orientado a desenvolver sua adoração individual, plena da unção do Espírito, pois essas ocasiões do falar em línguas expressam o que a alma deseja dizer a Deus em intercessões, súplicas e glorificações ao Senhor. Não é possível haver igreja edificada se os membros batizados não estiverem se edificando espiritualmente.

O amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário, encontra lugar até mesmo entre os dons carismáticos, porém, os dons separados do amor são como um corpo sem alma. Escrevendo para os cristãos de Corinto, o apóstolo Paulo afirmou que a prática de dons sem amor não é mais do que um instrumento metálico barulhento.

Equívocos

• Os dons e a espiritualidade

Alguns crentes pensam que o batismo com o Espírito Santo é uma bênção que condiciona o crente a ser salvo. Na verdade o batismo serve para que o cristão tenha poder para testemunhar com eficácia a mensagem do Evangelho (Atos 1.8).

Se o batismo com o Espírito Santo e o uso dos dons espirituais não são bem compreendidos no seio da congregação, a ignorância relativa ao assunto tem como consequência comportamentos inadequados com relação à espiritualidade dos membros.

Por falta de conhecimento bíblico, muitos crentes acreditam piamente que os dons são sinais de grande espiritualidade e superioridade aos que o têm. Porém, não são. Os dons são dádivas divinas cuja finalidade não é tornar o seu portador uma pessoa mais espiritual. É o Espírito Santo quem santifica o crente quando este se subordina às suas orientações (João 3.5).

Corinto, cidade grega cosmopolita onde havia muita idolatria, paganismo e imoralidade, possuía uma igreja fundada por Paulo. Na Igreja de Corinto, uns falavam em línguas; outros profetizavam; outros interpretavam; outros tinham dons de curas e milagres; outros possuíam conhecimento espiritual. O apóstolo relatou que naquela congregação havia bastante manifestação de dons espirituais mas também afirma categoricamente que os crentes daquela comunidade eram carnais e meninos na fé (1 Corintios 1.7; 3.1). Um verdadeiro paradoxo à primeira vista, mas observando com atenção o texto bíblico é possível perceber que eles não compreendiam muito bem o propósito dos dons espirituais, é possível apontar que havia ali crentes invejosos, crentes promotores de contendas e dissenções lançando irmãos contra irmãos, crentes que consideravam-se superiores aos demais porque possuíam dons. Havia ali rivalidade entre grupinhos de simpatizantes de Paulo, Apolo, Pedro e Jesus.

• Os dons e a individualidade

Infelizmente, muitos crentes pentecostais não estão mais sendo usados pelo Espírito Santo, mas estão tentando usar o Espírito Santo. Vemos crentes fazendo uso errado dos dons, tentam usá-los para alcançar interesses pessoais, escalar posições eclesiásticas, como se a distribuição de dons fosse algo exclusivo de alguns crentes elitizados.

Os dons espirituais não são dados para uso interesseiro e egoísta. Devemos tomar cuidado contra as falsas manifestações espirituais.

Deus sonda os corações, conhece todas as intenções. Chegará o momento em que toda a Humanidade prestará contas com Ele sobre o uso de dons e talentos, quando repudiará para sempre aqueles que quiseram ter para si proveito pessoal de recursos divinos que devem servir de bênção coletiva. Neste dia de julgamento, muitos ouvirão do próprio Senhor a sentença de desaprovação (Mateus 7.24).

• Os dons e a coletividade

O apóstolo Pedro exortou a igreja sobre como o dom de Deus deve ser administrado. Usou a figura do despenseiro, que, antigamente, era o homem de confiança do patrão, a pessoa que cuidava da sua despensa, fazendo a compra dos mantimentos, zelando pelo estoque posto à chave, mantendo o fluxo de entradas e saídas para que não estragassem, era a pessoa escolhida para preservar a saúde do chefe e de toda sua família. Os portadores de dons, são despenseiros de Deus em serviço à favor da família de Deus (Efésios 2.19; 1 Pedro 4.10, 11).

Tudo deve ser feito para a edificação da igreja. Se este não for o propósito do portador do dom, não faz sentido demonstrações vazias de espiritualidade, por mais espontâneas e interessantes que elas sejam. O único propósito do Espírito Santo ao outorgar poderes aos cristãos é sempre o de glorificar a Cristo para o benefício e o bem de todos (1 Corintios 14.17; 12.7).

Paulo registra que há nove tipo de dons, repare que não afirmou nove dons. Na igreja bem edificada, os dons são abundantes. Há palavra da sabedoria, ciência de Deus, a fé em ação, variedades de dons de curar, operação de maravilhas, profecia verdadeira, discernimento de espíritos, dons de línguas associadas à interpretação (1 Corintios 12.7-10). Todos os dons são utilizados com base no amor ao próximo, o portador dos dons os usa para abençoar seus irmãos.

Conclusão

O presente artigo tem a finalidade de incentivar os cristãos à conscientização. Se não fossem os dons espirituais, a Igreja de Jesus Cristo, representante dos céus na terra nestes últimos dias antes da Segunda Vinda de Jesus, seria apenas uma instituição meramente humana, uma associação religiosa "sem fins econômicos", por exigência legal. Os dons, ministérios e operações são componentes do estoque de um arsenal espiritual que a equipam,  ante as forças hostis que se opõem a ela, para o cumprimento de sua missão, que é a proclamação do Evangelho e inibir a ação do malígno (Efésios 3.10).

O que seria da igreja se não houvessem esses recursos sobrenaturais, dádivas importantes e necessárias que contribuem para o avanço da Igreja? Teria sido destruída. É importantíssimo que líderes e liderados se envolvam mais e continuamente na promoção do ensino bíblico quanto a origem, a natureza e o propósito dos dons espirituais na Igreja de Cristo. Pois, para que ela continue a vencer as perseguições que sofre é necessário que tenha conhecimento das armas espirituais que possui e saiba usá-las perfeitamente, só assim "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Marcos 16.18).

E.A.G.

Compilações
Dons Espirituais & Ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder sobrenatural; Elinaldo Renovato; páginas 22-31; janeiro de 2014; Rio de Janeiro (CPAD);
Ensinador Cristão, ano 15, nº 58, páginas 31 e 37, 2º trimestre de 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Jovens e Adultos; 2º trimestre de 2014; lição 2; Rio de Janeiro (CPAD

Artigo relacionado:

CPAD - EBD: 2º trimestre 2014 - Dons Espirituais e Ministeriais - servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário 

Os dons da Palavra e do Conhecimento

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Eleições 2014: A consciência cristã e a consciência política

Por Eliseu Antonio Gomes

Sou eleitor na área em que Marco Feliciano coleta votos. Não votei nele na eleição passada, porque sigo o princípio de não votar em pastores (tenho em mim a firme convicção que eles não devem dividir a vocação pastoral com atividade secular), e por apoiar outra pessoa evangélica, membro da Assembleia de Deus-Brás, alguém que já acompanhava sua trajetória desde a vereança e aprovava suas atitudes políticas. Ainda apoio: Jorge Tadeu Mudalem, não me decepcionou. 

Mas, mesmo sem votar em Feliciano, reconheço-o como um exponencial. Que Deus nos ajude a ter mais representantes no Parlamento com a mesma coragem que ele demonstrou ter até agora.

Depois de vê-lo eleito, não que me veja com alta expressividade, dei a Feliciano 100% de apoio para suas lutas em favor da família e da vida. Dentro do meu campo de comunicação, critiquei a mídia que o apedrejava. 

Acredito que o meio cristão brasileiro está carente de coesão na área política. O cristão no Brasil, como cidadão/eleitor, precisa manter-se mais unido em questões como o PL 122/2006 (graças a Deus, sepultado). Em situações como essa, as diferenças doutrinárias devem ficar em segundo plano.

Politicamente, o catolicismo, pentecostalismo, neopentecostalismo, movimentos que se apresentam como da fé reformada, devem agir como um só corpo. Porque no Parlamento, o cristão eleito (seja ele Deputado presbiteriano, ou assembleiano, ou católico, ou da IURD, ou da IIGD), não poderá legislar representando correntes doutrinárias denominacionais, apenas interesses de toda a sociedade – todas as instituições eclesiásticas como um bloco, e até além delas.

Em se tratando da defesa da família e da vida, a comunidade cristã brasileira precisa agir como uma única unidade. Tudo bem ter e manter discordâncias de pontos doutrinários com alguém que se elegeu – mas que as diferenças sejam enfatizadas e defendidas separando a pessoa política da pessoa religiosa. É preciso ter bem visível na consciência a linha divisória entre questões internas sobre igreja e questões macros, de interesse geral do cristão, atuante na sociedade. Exemplos: a tentativa de legalizar a maconha e a pedofilia. Situações que atingem a “célula mater”. A família do cristão do pentecostal, do neopentecostal, do reformado e do católico, são agradidas ao mesmo tempo.  

Então, não há motivo de um eleitor, cristão calvinista, hostilizar um candidato eleito que siga a linha arminiana!

Tocar neste assunto parece ser um despropósito, não haver necessidade. Mas, infelizmente, ainda existe quem não consiga separar um assunto do outro, não consiga separar dogmas denominacionais do exercício de cidadania.

E.A.G.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O que é o mercado gospel para mim?

Por Eliseu Antonio Gomes

Uma pessoa amiga pediu opinião sobre o mercado gospel. O termo é costumeiramente usado de modo pejorativo. O que opinei se consiste nas linhas abaixo:

Primeiro, o óbvio e ululante: vivemos em um país capitalista. Nada se faz sem que haja dinheiro envolvido. Saia de casa e terá que desembolsar algum valor em dinheiro para o combustível do carro, a vaga de estacionamento dele, a comida do restaurante, a opção de lazer. Até para louvar ao Senhor é preciso colocar a mão no bolso: é necessário colaborar com a manutenção do templo e projetos evangelísticos e missionários, não se adquire Bíblia gratuitamente – mesmo que não tenha custado nada o exemplar que você usa, algum coração bondoso pagou por ele.

O que vem a ser o mercado gospel?

Para a pessoa desigrejada, aquelas que são avessas às instituições eclesiásticas, todas as denominações evangélicas fazem parte do “condenável mundo gospel". Elas desconsideram o pastor e seu salário, cuja origem são os dízimos e ofertas. Deploram os cultos realizados em templos, dizem que é ambiente de manipulação. Além disso, colocam “no mesmo saco” quem cante e grave CDs e DVDs com temáticas bíblicas.

Ao frequentador de igrejas reformadas, o mercado gospel é composto por crentes pentecostais e neopentecostais. Diz que é bobeira o falar em línguas, é circo os cultos fervorosos. Detesta como são realizadas a solicitação de ofertas durante o culto e qualquer solicitação de dinheiro publicamente, como nos casos de ajuda de custo aos projetos de programas de televisão e rádio.

O posicionamento do crente pentecostal é parecido com o do irmão reformado, é claro, tirando o foco de si mesmo e lançando-o encima do neopentecostal. Ele não considera o “neo” um cristão completo. Há quem até se aventure a lançar deboches sobre seus métodos de culto referente ofertas e dízimos, escarnecem contra aquelas pessoas que lançam CDs e DVDs.

Ao crente neopentecostal, o que é mercado gospel? Já ouvi "neo" dizer que gospel é uma palavrinha inglesa, cuja equivalente em português é “evangelho”. Sim, claro que é isso. Esta explicação é uma saída pela tangente. Acho curioso como o neo é criticado e critica pouco seus críticos.

Propositalmente, o conteúdo deste meu comentário não entrou pela questão teológica e doutrinária. Até esta altura do artigo, ainda não escrevi uma linha em favor ou contra movimentos e costumes da atividade comercial dos crentes. Então, alguém poderá pensar se a pessoa que fez a pergunta a mim queria saber se o mercado gospel é edificante ou nocivo para a fé cristã e aos que dele se utilizam.

Não fico encima do muro. Para mim, o mercado gospel é um conjunto de coisas e pessoas - independente de pertencer às alas reformada, pentecostal ou neopentecostal. Existem duas forças coordenadas envolvidas no mercado gospel. São fabricantes, lojistas e consumidores de CDs e DVDs de pregações e canções. É aquele pregador que para pregar condiciona valor monetário, também é a cantora que só se apresenta se pagarem o valor determinado. São líderes e liderados cristãos que os financia - mesmo que façam isso sem que aquele que recebe tenha solicitado ajuda de custo. É a indústria de Bíblias de Estudos e o crente que compra-as - você já reparou como as prateleiras de lojas estão saturadas dessa espécie de produto, e as editoras não param de lançar novidades; o cânon bíblico não basta mais?

Não existiriam pregadores e cantores cobrando sem a existência de quem se dispusesse a pagar. Existe o financiador, a pessoa pagante, seja no interior de templos ou eventos fora dele. Não existiriam projetos para novas Bíblias de Estudo, novos livros, novos CDs e DVDs, preleções gravadas sem compradores ávidos pelos lançamentos desses produtos.

O mercado gospel não escapa da Lei de Oferta e Procura. Por que será que Bíblias de editoras católicas são tão mais baratas do que as produzidas por editoras ditas evangélicas? A qualidade industrial é a mesma, mas o preço é exorbitantemente menor. Resposta: o cristão católico, da ala tradicional, não se interessa pela leitura bíblica com a mesma intensidade que o cristão protestante.

Minha opinião é que precisamos analisar o que é vendido e comprar apenas aquilo que sirva para a nossa edificação. Tomar cuidado com críticas, porque nem todos os críticos visam o interesse coletivo, muitos críticos defendem causas próprias usando o disfarce de atuação da defesa apologética.

Abordando a apologia cristã, alguns anos atrás determinado alguém vendia livros e fazia muitas palestras usando temas contrários ao movimento Teologia da Prosperidade. O preço do livro e o bilhete de entrada em conferências dele não estavam ao alcance do trabalhador pobre, assalariado com salário mínimo. Tristes contradições do mercado gospel brasileiro!

Cito Romanos 12, versículos 1 e 2, para lembrar que a vida do crente precisa ser considerada como constante culto racional ao Senhor - porque esta é a melhor maneira de se viver. Com base na passagem bíblica escrita pelo apóstolo Paulo, eu trago outra citação: existe uma charge muito perspicaz compartilhada por usuários do Facebook, tal arte contém duas figuras, uma diz "não gostei do culto", a outra responde "mas o culto não foi dedicado a você, foi para Deus". A qualidade do comércio envolve pessoas. É necessário ponderar a razão do dinheiro usado, porque o ato de cultuar não começa e termina em reuniões da igreja, lá entre as quatro paredes da igreja nós apenas cultuamos em sistema de coletividade.

Enquanto o ser humano é capaz de avaliar apenas a superfície de tudo que seu olhar alcança, o nosso Senhor avalia as intenções de cada pessoa, observa cada coração em todos os momentos, ouve e vê tudo o que é referente a Ele, e considera como serviço aceitável apenas as ações que são realizadas com devoção sincera, seja nós estando em grupo ou sozinhos, com propósito de adorá-lo ou esquecidos que Ele existe.

O que é o mercado gospel para Deus, ao ver você envolvido nele?

E.A.G.

Publicado originalmente no blog Belverede.

domingo, 29 de setembro de 2013

Pentecostal no século 21



"Portanto, procurai com zelo os melhores dons" - 1 Coríntios 12.31a.

Uso o  adjetivo "pentecostal" para enfatizar aquelas pessoas que dizem que o crente é obrigado a falar em línguas porque ela é sinal que a pessoa está batizada no Espírito. A adjetivação aponta à triste realidade da existência de tanta gente dentro das igrejas, antigas frequentadoras de reuniões em templos evangélicos, mas que não abriram seu coração à comunhão e ao conhecimento pleno da vontade do Senhor, e assim não buscam os dons do Espírito por pensarem que o dom de línguas é a mais importante manifestação de Espírito Santo para a vida cristã.

Hoje em dia muita gente parece pensar que o batismo no Espírito ocorre apenas para que se fale em línguas estranhas. Parece que há desconsideração ao catálogo de dons, são nove dons espirituais citados em 1 Corintios 12. Entre eles o dom que capacita a falar em línguas para edificação própria.  

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" - 1 Coríntios 12.7-11.

O Espírito Santo faz o fracassado conhecer a vitória. Isto é, levanta  o ser humano fraco, aquele que está mergulhado em Cristo torna-se nova criatura, tudo se faz novo na vida dela. O batismo no Espírito torna o crente pentecostal eficazmente preparado para vencer o pecado, triunfar com maior facilidade sobre os vícios, físico e da alma, para não viver mais apenas para si, mas objetivando o bem estar do seu próximo (1 Coríntios 14.4; 2 Coríntios 5.15-17).

Sem exercitar o amor de nada vale falar línguas estranhas e ser agente de dons espirituais. Praticar amor é o sinal da conversão, enquanto que manifestar dons é sinal da misericórdia de Deus em nossas vidas, realizados durante o relacionamento interpessoal na comunidade cristã.

Note bem, o falar em línguas tem o propósito específico de EDIFICAR quem fala. E o portador dos demais dons é canal para abençoar o próximo sobrenaturalmente, para glória de Deus (1 Coríntios 14.4, 12).

Observando 1 Corintios, capítulos 12, 13 e 14, percebemos que não são apenas os dons de línguas com interpretação que edificam. Os outros sete dons também são edificantes para a igreja. Nos versículos 12 e 26, capítulo 14 da primeira carta aos crentes de Corinto, lemos que a manifestação de todos os dons existem para a edificação espiritual coletiva: "Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja (...) Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação." 

Assim sendo, aonde estão nos dias atuais os nove dons? Porque tantos falam em línguas e há escassez dos outros oito dons no meio pentecostal? 

E.A.G.

sábado, 18 de maio de 2013

Dons de curar e seu portador

"Os dons vêm de Deus ao homem, para manifestar a soberania de Deus, não é para sinalizar aprovação de comportamento humano... são os meus atos, o que eu produzo que conta, os meus frutos na sociedade e entre os irmãos" - Pr. Silas Malafaia, em mensagem transmitida hoje na Rede TV! e Band, comentando sobre as características da vida cristã aprovada pelo Senhor - Lucas 12.37; 2 Corintios 5.14-15; Colossenses 3.5.

Concordo plenamente, e acrescento que o Senhor usa pessoas em dons espirituais - cura o aidético, o canceroso, portadores de esclerose múltipla e outros males -, única e exclusivamente por misericórdia aos doentes e não para promover a personalidade de quem ora pelo enfermo. Deus aprova os passos apenas daqueles que caminham no Espírito (Gálatas 5.16-23).

E.A.G.


domingo, 20 de janeiro de 2013

Malafaia processa Forbes por artigo de brasileiro

Segundo dados questionáveis de uma matéria publicada em 17 de Janeiro na revista Forbes, Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, é o pastor mais rico do Brasil, com um patrimônio estimado em 950 milhões de dólares (1,9 bilhão de reais). Após ele, Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus é dono de 220 milhões de dólares (440 milhões de reais). Em terceiro lugar, aparece Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, com estimava de ser dono de uma fortuna de 150 milhões de dólares (300 milhões de reais). RR Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, teria patrimônio de 250 milhões de reais. E Estevam Hernandes Filho e sua esposa, "Bispa" Sonia, seriam donos de 65 milhões de dólares (130 milhões de reais).

A listagem precede uma carga bastante preconceituosa contra a cristandade, colocando a vocação pastoral como profissão, a igreja como empresa e os membros dela como gente manipulável, parte de uma grande massa de manobra. A matéria é assinada pelo jornalista brasileiro Anderson Antunes, apresentado como colaborador da Forbes, como também da The Financial Times, USA Today, The Telegraph, CNN, MSNBC. 

Ao ler a matéria, saltou aos meus olhos as fontes. O substantivo feminino "estimativa" aparece várias vezes no texto e deixa claro que não há base sólida para os números que apresenta. Ao final do texto é mencionado que as fontes seriam coletadas em revistas como Veja, Exame, jornais Estado de São Paulo, Folha, entre outros; e, pasmem-se, relatórios do Ministério Público do Brasil, da Polícia Federal e da União.  

Ora, as informações do MPF, PF e União são confidenciais e artigos de revistas não são documentos consistentes para tais afirmações. No espaço de comentários da matéria, a versão online, Antunes admite não possuir acesso às informações de imposto de renda das pessoas mencionadas por ele. Ou seja, tudo são suposições.

Silas Malafaia anuncia que processará a revista Forbes brasileira. Por quê? Porque ele afirma que os números apresentados não correspondem com a sua realidade, seu patrimônio seria bem menor.

O casal Hernandes, RR Soares, Macedo e Valdemiro Santiago não se pronunciaram a respeito.

Aguardem para o desfecho disso. O Malafaia deve embolsar uns 100 mil de indenização por danos morais. Após ser indenizado, Antunes provavelmente será desprezado pelo mundo do jornalismo, considerado um elemento de risco financeiro aos órgãos de Imprensa.

E.A.G.

Consultas:
http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/01/17/the-richest-pastors-in-brazil/
http://www.verdadegospel.com/pr-silas-desmente-safadeza-da-forbes-sobre-sua-renda/?area=1

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quem não é batizado no Espírito não é salvo?


Recentemente, publiquei o artigo O Batismo no Espírito Santo Hoje. No texto, eu lembro o fato de muitos cristãos viverem no meio pentecostal por muitos anos sem serem batizados no Espírito Santo. E no espaço de comentários deste artigo surgiu uma argumentação afirmando que pessoas não batizadas com o Espírito não são salvas, alegando que o fato de não serem batizadas é porque não tiveram um verdadeiro encontro com Jesus Cristo.

Para iniciar, é preciso esclarecer que minha intenção é refletir expondo o conteúdo das Escrituras Sagradas, minha pretensão não é me indispor com ninguém. 

Adianto que encontramos textos neotestamentários apontando claramente o batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo. Também, preciso dizer que existem.muitas passagens de Atos dos Apóstolos que narram batismos, mas elas não são claras se se tratam de batismos nas águas ou batismo no Espírito Santo. E nesta falta de esclarecimento, não é possível declarar uma ou outra coisa, quem tenta elucidar algo nestas condições jamais passará do terreno das suposições. E eu acredito que se não houve da parte de Deus o interesse em dar luz plena, é porque não é necessário que saibamos sobre os fatos ocorridos detalhamente (Deuteronômio 29.29).

No momento da crucificação, Jesus Cristo disse para o ladrão que o reconheceu como o Messias "hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lucas 23. 43). Existem duas interpretações com relação ao batismo nessa passagem. De um lado, há quem afirme que o ladrão foi batizado no Espirito naquele instante e por isto foi salvo. A outra corrente de cristãos alegam que o ladrão foi salvo porque reconheceu a Jesus como Salvador e Senhor, baseados em Atos 16.31, e que a fé em Cristo é suficiente para uma alma ser salva, não é preciso nenhuma espécie de batismo.

O assunto é muito profundo, demanda estudo apurado. Minha intenção é abordá-lo, mas sabendo que não é possível concluí-lo em apenas um artigo - provavelmente em breve escreverei mais a respeito..

Somente pode ser salvo quem for batizado com o Espírito Santo?

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" -  Marcos 16:15-18.

Conheço pessoas, que respeito muito, ensinando que os salvos são apenas os batizados no Espírito. Elas acreditam que Marcos 16.16, ao citar o termo batismo, não se refere ao batismo nas águas, mas ao batismo no Espírito Santo. Lamento muito por quem ensine assim! Meu lamento existe porque a Bíblia Sagrada aborda o assunto de maneira claríssima e diferente dessa ideia.

Condicionar a salvação ao batismo é o mesmo que dizer que o sacrifício de Jesus Cristo na cruz não foi suficiente, que o brado de Jesus "está consumado", o mesmo que gritar "missão completa", foi uma mentira (João 19.30). Então, só posso repudiar essa doutrina que condiciona a salvação ao batismo com Espírito Santo, não posso concordar com esse modo de interpretar as Escrituras Sagradas.

Os sinais do poder e a salvação

Em Marcos 16.16 há o registro da fala de Jesus Cristo “e estes sinais seguirão aos que crerem”. O contexto bíblico traz à luz de maneira bem clara a questão do batismo no Espírito e a salvação das almas, basta lê-lo sem pensamentos preconcebidos para receber a estrutura teológica sobre o assunto.

É fato que no texto de Marcos 16.16 há uma relação dos sinais com o ato de crer. Mas os sinais que seguem o crente, portadores de dons espirituais de poder, não apontam para a salvação deles. O contexto bíblico esclarece. Contextualizando: 

1- Os demônios creem em Deus, mas não o obedecem (Tiago 2.14-23); 
2- Muitas pessoas apresentam os sinais de dons de poder, pelo fato de crerem em Deus e não por estarem dispostas a obedecê-lo (Mateus 7.21-23). 
3- Com e sem o batismo no Espírito Santo, muitas almas irão sofrer no inferno, sofrerão eternamente como os demônios, porque são servos do pecado e não servos de Cristo, são imitadores do diabo, não atendem ao mandamento do amor, não são imitadores de Deus (Efésios 5.1; 2 Pedro 2.19-22).

Jesus Cristo quer pessoas que tomaram a verdadeira decisão se seguir seus exemplos. Quem não o imita ainda não o aceitou como Senhor.

Nos dias atuais encontramos no meio pentecostal, pessoas carnais que aparentam estar batizadas com o Espírito Santo. Elas falam em línguas dos anjos, são usadas em dons espirituais, mas não praticam os ensinamentos de Cristo, não se consagram a Deus. Elas sempre colocam algo na frente da necessidade de imitar a Cristo. O motivo para não imitar ao Senhor é a preferência em atender as vontades do ego, não querem abrir mão de extravasar a inveja, o rancor, a mágoa, o ressentimento, a vingança, etc. Gente que nutre coisas assim ainda não teve um real encontro com Jesus Cristo e estão fadados ao sofrimento eterno.

A relação do crente com o Espírito Santo

"Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente." -  1 Coríntios 2:14.

Em minhas leituras, cheguei à conclusão que uma alma convertida pode chegar a dois níveis de relacionamento com o Espírito Santo.

1 - O primeiro nível da relação da alma convertida é ter o Espírito em seu viver, quando recebe a Jesus Cristo. Nesta fase cristã, que não é o batismo no Espírito, o convertido anda de acordo com a Palavra de Deus, em obediência, reverentemente. É quando batiza-se nas águas. É perceptível na vida dessas pessoas o fruto do Espírito em suas nove características: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. As Escrituras Sagradas declaram que quem dá fruto é salvo (Gálatas 5.16-23).

2 – O segundo nível é o batismo no Espírito Santo e as atividades de manifestação de dons espirituais.

O que não significa o batismo com o Espírito Santo?

O batismo com o Espírito Santo não é um certificado de qualidade espiritual. É preciso ser claro aqui: não generalizo. Tive o desprazer de conviver com pastor carnal, prepotente, arrogante, dissimulado, e apesar dessas falhas era alguém que falava em línguas estranhas, expulsava demônios e era usado em curas divinas. De tanto errar, a Igreja fez uma assembleia geral, membros e lideranças usaram o estatuto e o destituíram do posto pastoral.

Para ser salvo é necessário produzir o fruto do Espírito, que em outras palavras significa reconhecer na prática o senhorio de Cristo; significa fazer a obra de Deus, ter fé viva e não a fé morta, ou seja, significa ultrapassar a barreira do discurso religioso e partir para a prática obedecendo o mandamento do amor a Deus e ao próximo (Tiago 2.14-23).

Em nenhum trecho das Escrituras Sagradas é declarado que é preciso ser batizado no Espírito para ser salvo. Para ser salvo é necessário crer na pregação do Evangelho, que anuncia a Jesus como único Salvador a quem é preciso reverenciar como Senhor. O Evangelho recomenda crer e obedecer a Jesus como Senhor (Atos 4.10-12; 1 Timóteo 3.16; Efésios 5.1-17).

Sobre os dons sobrenaturais

Após cumprir o plano da salvação perfeitamente, Jesus Cristo designou o exercício de funções ministeriais na Igreja com o propósito de que os cristãos amadureçam na fé e não sejam induzidos ao erro (Efésios 4.9-15).

Deus estabeleceu na Igreja ministérios, funções de lideranças e capacitou servos para abençoar o próximo (1 Coríntios 12.27-28).

É o Senhor quem efetua tudo em todos, distribui os nove dons aos cristãos através da manifestação do Espírito Santo, distribui esses dons de diferentes formas, faz essas distribuições de dons individualmente e como quer, sempre dá os dons visando o bem da coletividade cristã (1 Coríntios 12.4-11).

A finalidade do batismo e dons espirituais

É preciso entender que os dons de poder estão na vida de pessoas batizadas no Espírito Santo, e mesmo assim algumas serão condenadas pelo juízo de Cristo no Dia do Julgamento Final, porque querem lutar contra a carnalidade, mas satisfazer seus desejos. 

Muitas pessoas batizadas no Espírito Santo recebem dons (de maravilhas, curas) e fazem proezas apesar de algumas delas não mostrarem em suas vidas o fruto do Espírito.

Existem pessoas batizadas com o Espírito e que ao mesmo tempo são carnais, Deus permite que isso ocorra porque o Senhor quer usá-las em dons espirituais com o objetivo de abençoar a Igreja através dos dons do Espírito que está na vida delas. Exemplo: dons de curar, o Senhor quer libertar de doenças cristãos reverentes que clamam por saúde.

A importância do batismo nas águas e no Espírito

Quem se propõe a seguir a Jesus deve desejar o batismo nas águas e também o batismo no Espírito Santo.

Jesus Cristo em seu início de ministério recebeu o batismo nas águas, ministrado por João Batista e em seguida ouviu a voz de Deus, que lhe disse: "este é o meu filho amado em quem tenho muito prazer" (Lucas 9.35).

Sobre os batismos, é preciso entender que nem o primeiro nem o segundo salvam o ser humano. Para ser salvo é necessário reconhecer a Jesus Cristo como Salvador e Senhor e haver comprometimento da alma em abandonar o pecado e viver a fé praticando todos as orientações do Senhor (Tiago 2.20, 26; Hebreus 11.6).

Conclusão

São muitas almas que são tementes a Deus mas ainda não receberam o batismo com o Espírito Santo. Quem conhece de fato os corações é o Senhor. Só Ele sabe quem são os salvos e quem não são – independente se serem ou não batizadas no Espírito.

Não é prudente afirmar que pessoas não batizadas com o Espírito Santo, que não falam em línguas estranhas, são carnais e não são salvas. Muita gente assim são bons cristãos, ativos e úteis na Igreja de Cristo. 

Jesus Cristo orienta a que todos se convertam de seus maus caminhos, neguem a vontade da carne para ser seu seguidor (Mateus 10.37-38; 16.24; Lucas 14.33). É só Ele quem conhece os corações, sabe perfeitamente quem tomou uma verdadeira decisão de recebe-lo como Senhor. 

A fé do cristão deve ser enfática, ele não deve ter ânimo dobre. Só quem procurar a Deus com todo o coração o encontrará (Jeremias 29.13).

Para terminar, ratifico: Quem afirma que o batismo no Espírito credencia a alma para a salvação não possui bases bíblicas contextualizadas. As Escrituras afirmam que para ser salvo é preciso crer em Jesus como Salvador e curvar-se à Ele aceitando-o como Senhor. Tal postura de servo é descrita pelo apóstolo Paulo como caminhar produzindo o fruto do Espírito.

E.A.G.

sábado, 6 de outubro de 2012

O Batismo no Espírito Santo hoje

“Então dali buscarás ao SENHOR teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma” - Deuteronômio 4.29. 

Na vida cristã, algumas pessoas conquistam bênçãos espirituais mais que outras, é uma realidade. Ao observar, percebo que isso deve acontecer porque elas entendem perfeitamente o benefício da graça divina e aproximam-se mais de Deus e usam mais a fé. 

Por exemplo, lembro minha experiência com o batismo com Espírito Santo. Eu fui batizado antes de completar trinta dias da minha conversão a Cristo. Aconteceu na empresa que trabalhava, na hora da parada do cafezinho das 3 da tarde, ao me afastar dos colegas e orar a Jesus crendo que Ele já havia dado o batismo para mim. 

Conheço cristãos que já estão completando sessenta anos de frequência aos cultos pentecostais, mas ainda não foram batizados no Espírito. Por quê? Porque eu sou alguém que merece mais o favor de Deus... Não! 

Eu quis e me entreguei de corpo, alma e espírito a Cristo, acreditei na promessa dEle e desejei experimentá-la e experimentei! De maneira igual, ocorreu com todas as pessoas que têm a experiência do selo da promessa. 

Jesus prometeu: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” - Lucas 24.49.

Jesus não enviará o revestimento de poder, já enviou! Então, o que significa buscar a Deus aos que já receberam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e ainda não evidenciam estarem batizados no Espírito? É fazer busca introspectiva e aceitar o cumprimento da promessa divina. É parar de pedir o presente que já recebeu. É aceitar o revestimento de poder divino , que já está em mãos. É desembrulhar o pacote do presente que já é dado por Jesus, embora esteja imperceptível. É usá-lo apesar da ausência das provas visuais, tateáveis, auditivas ou palatáveis.

Obtive a experiência da graça de Deus sobre mim. Todos os cristãos são agraciados. Aqueles que são conscientes de sua condição espiritual, olham para Jesus Cristo e caminham mais pertinho do Salvador. Mas, quem não adquiriu a conscientização olham para si mesmos e para o próximo, desprezam o fator graça e se metem em atitudes religiosas e carnais. 

Neste caso do batismo com Espírito Santo, não uso o termo carnal no pior sentido que ele tem. Por carnal, entenda-se iniciativas com base em raciocínio lógico, iniciativas estritamente humanas, iniciativas humanas desprovidas de fé (a fé que o mundo classifica como loucura).

O Senhor olha para as pessoas e deseja ver nelas o interesse de aproximação espiritual que elas têm. Quem quer buscar a Deus certamente o encontrará, porque Ele nunca despreza e nunca se esconde de ninguém. 

E.A.G.

sábado, 4 de agosto de 2012

Conferência Mundial Pentecostal em São Paulo em 2016

Ceifeiros em Chamas 

Depois de 50 anos evento acontecerá em terras brasileiras e reunirá pentecostais de todo o mundo.

O Brasil vai sediar a Conferência Mundial Pentecostal no ano de 2016, esta é uma das decisões tomada pelo colegiado de líderes membros do Comitê Mundial das Assembleias de Deus que reuniu a maior parte de seus membros em Nova York (EUA), num encontro que eles realizaram no último mês de março.

O pastor José Wellington Bezerra da Costa é o representante da igreja brasileira no comitê desde sua fundação.

Neste encontro o Pastor José Wellington apresentou o avanço da igreja brasileira na evangelização. Ele conta que foi questionado por um dos líderes sobre a quantidade de membros que são batizados em SP, ele ofereceu o número de um dos batismos realizados no Belenzinho, o interlocutor admirou e achou que se tratava de um resultado anual, pastor Wellington lhe advertiu e disse "este número é o resultado de apenas um batismo na sede em SP". Pastor Wellington testemunhou ainda que no ano passado por ocasião do Centenário da igreja brasileira foram batizados na casa de 100 mil brasileiros.

O encontro acontecerá em São Paulo e reunirá pentecostais de várias partes do mundo.

Fonte: Ceifeiros em Chamas - ano XIV - edição de Julho de 2012 - número 179.
Orgão oficial da CONFRADESP, seu fundador é o Pr. Valdir Nunes Bícego (em saudosa memória).

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Prosperidade segundo Malafaia e Edir Macedo


Teologia da Miséria? 

Quem disse "deixo-vos a paz, a paz eu te dou, não dou paz como o mundo dá?"  Foi Jesus Cristo quem disse isso (João 14.27).

Deus não fez o estômago e o suco gástrico para que o ser humano se contorcesse com a dores de gastrite, mas para que o líquido diluísse a comida e houvesse um bom processo digestivo. Mas, existe gente crente pensando que passar fome e adoecer por falta de comida seja um sinal de espiritualidade, e desdenha de quem tenha mesa farta e uma grande despensa sempre cheia de alimentos de primeira linha. Os tais críticos dizem que pregar sobre a vontade de Deus, anunciar que o Senhor quer nos abençoar materialmente, é uma heresia.

Qualquer pessoa que use um léxico hebraico e pesquise  o sentido de shalom e depois vá ao léxixo do grego para saber qual o significado de eirene, descobrirá que os dois vocábulos significam o termo paz. Entre muitas outras significações, paz traduz o bem-estar físico, a saúde e o bem-estar financeiro. Tanto no idioma usado para escrever o Antigo como o Novo Testamento, a paz que Jesus oferece tem a conotação de prosperidade. Usando hermenêutica, e exegese constatamos que também as palavras salvação e bênção têm raízes etimológicas ligadas à prosperidade. Sim, a prosperidade é algo que Deus quer dar ao seu povo.

A prosperidade bíblica não se restringe às riquezas. Ele é bem mais do que isso. Significa o bem-estar em todos os sentidos, é abrangente. Não depende de possuir tesouros, mas estabilidade. Nas finanças, na saúde, psicologica e espirtualmente.

É claro que é preciso ser equilibrado, pregar sobre a bênção e destacar o Abençoador, ensinar ao povo a necessidade de amar a Deus em primeiro lugar e ao próximo como a si mesmo. Amar mais ao Senhor, amar as pessoas mais do que amar as coisas.

A IURD e a Teologia da Prosperidade

Tenho profundo respeito pelas pessoas que frequentam a Igreja Universal do Reino de Deus, e os incentivo a reler o Novo Testamento analisando as mensagens de Jesus e dos apóstolos sobre a vida eterna. 

O maior exemplo que temos no Brasil do exercício da pregação que representa a Teologia da Prosperidade são os cultos da Igreja Universal do Reino de Deus. Lá, praticamente tudo gira em torno do materialismo. As raras exceções são os ensinamentos sobre fidelidade conjugal e motivação a lutar pela união matrimonial (pregações incentivadoras em favor casamento, nada a criticar). Tenho a forte impressão que, para a liderança da IURD, se a pessoa estiver financeiramente bem essa tal pessoa atingiu o céu, ou até algo melhor. Então, quase nada falam sobre vida no céu e existência no inferno.

Malafaia e a prosperidade bíblica

Sou de origem assembleiana, tenho o privilégio de conhecer os bastidores do cenário eclesiástico-político. Algum tempo atrás, eu encontrava em blogs críticas contra Malafaia gerada por interesses políticos, mas sem que a motivação do crítico estivesse clara e o mote da crítica fosse exposta. Usava-se qualquer assunto para fustigá-lo. Hoje esta situação diminuiu porque Malafaia se afastou da instituição política ligada à denominação Assembleia de Deus.

Tenho observado o que Malafaia prega. Ele faz menção da prosperidade material vinda com a participação de Deus, mas via esforço próprio da pessoa, pela garra de querer vencer, pela perseverança no trabalho com esmero. Diversas vezes ele repetiu que Deus não dá prosperidade aos preguiçosos, que Deus prospera quem estuda e não se nega a trabalhar duro. Eu sou dessa linha de pensamento: Deus dá prosperidade para quem é esforçado, para quem não vive de braços cruzados comendo às custas dos outros.

Ele menciona a ação de Deus no campo físico (bênção materiais) e comenta sobre a santidade (coisas referentes ao espírito). Intercala em sua pregação a nossa condição espiritual, ensinando que temos e devemos preservar a comunhão com Deus, negando as ações carnais,  não esquecendo que é obrigação do crente encher-se do Espírito a cada dia.

Malafaia desafia sites e blogs que o consideram pregador da Teologia da prosperidade

Acho essa situação interessante. Estamos acostumados a ver pessoas acusando outras, mas sempre sem argumentos. Dizem, fulano é pregador da Teologia da Prosperidade. Aí, vamos ver quais são os argumentos para quem acusa e essa argumentação não sustenta a acusação, é quase sempre inócua. Agora, Malafaia criou uma situação de confronto na base das ideias. Ele exporá as bases para que seja refutado teologicamente. Quem responderá usando teologia?

Ninguém é perfeito! Malafaia não é perfeito, sei disso. Os maiores críticos dele também sabem. Ocorre que a maioria dos críticos cobram dele a inalcansável perfeição. Essa só será possível aos que chegarem no céu. É temerário esse tipo de julgamento, que exige a perfeição do criticado, porque será esta mesma exigência que será cobrada de quem julga no Dia do Juízo Final. "Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós" - Mareus 7.2 .

Espero  ver o que irá acontecer com a expectativa de assistir um bom debate teológico. Acima do nível das rusgas do campo pessoal. Ficar só em ataques pessoais até quem nunca abriu uma Bíblia é capaz de fazer, até quem é analfabeto é capaz... Desejo encontrar o exercício do raciocínio usando teologia.

E.A.G.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Reteté ou alegria do Espírito



Um relato que ainda não escrevi em blogs, passo a relatar agora:

Na minha infância, por volta dos nove anos, antes de receber o batismo no Espírito, dormi e tive um sonho de um lugar que entendia ser o ambiente do céu. Ali não havia chão, e todos voavam sem pressa. A comunicação não era pela voz, era uma espécie de telepatia. Eu perguntava onde estava Deus e um anjo me dirigiu até uma enorme nunvem muito branca. O sonho terminou como se eu descesse levitando bem de devagar, e quando meu corpo tocou o colchão eu acordei.

A alegria era enorme dentro de mim, não conseguia explicar em palavras o sentimento bom que estava em meu interior. Sentia-me muito leve e com vontade de correr, pular, rir. E não passei vontade. Corri pelo quintal; pulei; escalei os muros; gritei muito; contei para o meu pai, um presbítero. Ele lembrou-me do salmista “com Deus salto muralhas” e me disse que se continuasse escalando muros e pulando daquele jeito poderia ir para o céu naquele mesmo dia e não voltar mais. Abraçou-me e orou por mim.

Isso aconteceu fora dos ambientes de cultos, sem conhecer as histórias de Vingren e do movimento reteté. E antes de ser batizado no Espírito Santo.

Hoje, sou cristão batizado com o Espírito Santo há quase trinta anos, e tenho novas experiências sobrenaturais com Deus. Embora eu as considere especiais para mim, nenhuma delas foram motivos para perder o controle durante os cultos.

Sabemos que o mover do Espírito ocorre no seio das igrejas pentecostais, mas jamais deveriam estar catalogadas como parte da liturgia de cultos. Entretanto, a grande parte dos irmãos e irmãs frequentam cultos com a expectativa do momento barulhento de aleluias e glórias a Deus.

Sabemos que as lideranças pentecostais não ensinam que quem pula, rodopia, cai, é alguém mais espiritual que aqueles que são contidos. Não ensinam que a expressão de alegria precisam ser mostrada com as tais manifestações exageradas.

Acredito que seria de grande ajuda se os vídeos que estão no YouTube, motovo de escárnios para ateus e antipentecosis, mostrando situações de reteté fossem acompanhados de informação sobre em quais denominações esses fatos ocorreram com apoio do ministério. Mas, infelizmente, raramente os internautas são informados.

E.A.G.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A origem do re-te-té e do cai-cai



Essa postagem tem origem como resposta a Judson Canto, de O Balido. O blogueiro marcou presença comentando em A origem do re-te-té e os críticos deles.

Observo e considero o fenômeno do re-te-té como uma situação intrigante. É costume antigo dentro da liturgia assembleiana, remonta aos primórdios da Assembleia de Deus. Temos isso documentado pela CPAD na biografia de Gunnar Vingren.

Escrevi sobre o envolvimento de Vingren em meu blog em 18 de Setembro de 2009. Querendo conferir: Belverede.

Em determinadas oportunidades, encontrei algumas pessoas afirmando que o re te té tem origem em igrejas neopentecostais. É um equívoco de fácil constatação.

Sem fazer defesa das denominações Igreja da Graça e Igreja Universal do Reino de Deus, digo que elas não têm parte alguma nessas manifestações. Qualquer alvoroço nas reuniões dessas instituições, logo o agitador é silenciado por obreiros, que citam a ele 1 Corintios 14 e dominam a situação.

Aliás, a IURD, sem nenhuma cerimônia, classifica abertamente quem faz parte desse fenômeno como pessoas endemoninhadas. Recentemente, o líder da IURD escreveu que o re-te-té e cai-cai são sintomas de possessões demoníacas, e repetiu essas declarações numa longa “matéria jornalística” veiculada repetidamente nos principais programas da Rede Record em 2011.

E.A.G.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A turma do re-te-té e os críticos deles

Deus não é surdo!

Essa frase de gente metida a inteligente é usada para desmoralizar os crentes pentecostais que gostam de fazer barulho de "glória Deus" e "aleluia". E, hoje em dia é usada pelos próprios crentes anti-movimento espiritual. Do outro lado, os crentes do re-te-té classificam seus críticos como "sorveterianos", isto é, gelados, sem o Espírito Santo. Discordo das duas atitudes.

Sabemos que Deus ouve muito bem.

Ninguém nasce adulto, ninguém nasce sabendo tudo. A vida é uma eterna fase de aprendizagem, inclusive a vida espiritual.

Sejamos maduros na fé e não façamos chocarrices, zombarias, porque essas coisas são pecados. Esse pessoal do re-te-té aceitou a Cristo como Senhor e Salvador, mas ainda não aprendeu o tanto que nós aprendemos. Eles fazem confusão sobre o que é avivamento,  poder de Deus, e o que é apenas emocionalismo, alegria expressada em gestos exagerados, gritos, pulos, profetadas, etc.

O que é o verdadeiro avivamento?

Certamente que a Igreja de Cristo precisa de avivamento. Necessitamos dele para continuar a viver!

Muitos cristãos pentecostais vão aos cultos com a intenção de participar de uma êxtase coletiva. Querem pular, correr e coisas do gênero. São momentos em que a endorfina é liberada pelo cérebro e a pessoa realmente sente bem-estar. Mas, essa experiência não é avivamento. A endorfina também é liberada quando o time de futebol ganha a partida e quando alguém escuta uma piada bem contada.

Há crítico que possue a ousadia de dizer que os crentes envolvidos com o re-te-té são pessoas endemoninhadas. Discordo. Ninguém tem esse direito de julgá-los desse jeito. Mas, com certeza eles rolam no chão porque querem, caem porque gostam de relaxar o corpo em pleno culto a Deus, pulam porque têm saúde e sentem prazer no ato de pular, gritam freneticamente porque acham natural.

A Assembleia de Deus ministério Madureira / Brás ensina o povo se comportar comedidamente durante os cultos que realiza. Na revista de escola bíblica dominical Jovens e Adultos, da Editora Betel, lição 5, página 31, lançamento de 30 de abril de 2006, podemos ler o seguinte: "Quando se fala em avivamento, é normal imaginar que se relaciona com gritos, pulos e barulho. Esse é o conceito da grande maioria de pentecostais. Gritos e pulos que não saem das quatro paredes e não transformam vidas, principalmente a dos crentes religiosos, não passa de sentimentalismo corriqueiro ou fanatismo religioso. Avivamento real é de dentro para fora."

Avivamento é obedecer a Palavra de Deus.

Avivamento verdadeiro é usar o amor de Cristo. É se importar com o bem das pessoas. Ter a disposição de cuidar bem de velhinhos, crianças, viúvas e enfermos. É usar o talento que Deus nos deu para expandir o Evangelho no mundo, levando a mensagem inspirada e totalmente embasada nas Escrituras Sagradas.

O Espírito Santo não é manipulador de marionetes. O choro, o pulo, o rodopio são ações de iniciativas humanas, tem a ver com a índole de cada um. É perfeitamente normal que exista o sentimento de alegria durante os cultos, porém penso que é responsabilidade de todas as lideranças evangélicas ensinar que a euforia deve ser contida. Não falo em repressão, mas ensinar que uma das características do fruto do Espírito é o domínio-próprio.

Fazendo uso da citação de João 17.17, Ubirajara Crespo escreveu: "Geralmente nos deixamos impressionar pela aparência religiosa, pelo vocabulário cristão, pelos chavões denominacionais, pelo comportamento litúrgico, pelas manifestações sobrenaturais e pela prédica fervorosa. Há quem acredita que estas são as cores com as quais se pinta um avivamento. Gelo seco também faz fumaça, mas não produz fogo. A reta justiça é o padrão divino para o verdadeiro avivamento, o resto provém de alquimia pirotécnica capaz de fazer espuma sem sabão e lavar a seco. Os grandes auditórios transformaram pastores em showmens, de difícil aproximação, dificultando a observação do caráter e o ensinamento pela imitação."

Com certeza, cair, rolar no chão, gritar descontroladamente e outras manifestações do tipo não contribuem para a sólida  edificação da igreja, "A manifestação é dada a cada um para o que for útil" - 1 Corintios 12.7.

Autoexame

Não existe coerência em zombar da turma do re-te-té.

Todo cristão precisa crescer na fé e no entendimento da vontade de Deus para sua vida. A missão do crente é ensinar, não é zombar. Jesus disse: fazei discípulos (alunos); ensinai todas as nações (Mateus 28.19).

Confira o que Jesus disse: Marcos 9.42; Lucas 17.2. Não escandalizemos ninguém. Caso sejamos responsáveis por uma alma entrar no inferno por causa de atitudes de escarnecedor, iremos juntos com ela, ai de nós... Quem não pode ajudar, cuide-se, e não atrapalhe. Não façamos ninguém tropeçar na fé.

Louvemos a Deus. Ele quer ser louvado.

Amemos o próximo, amemos os irmãos de fé cristã, aqueles que estão além dos muros denominacionais. Ninguém é obrigado a gostar do movimento pentecostal. E se não gosta, há o cristianismo tradicional da Igreja Presbiteriana e da Igreja Batista para que neles se sirva ao Senhor sem os costumes de expressões exageradas dos membros.

Manifestações corporais expressivas na Bíblia

Quando o povo israelita passou o Mar Vermelho, Miriã pegou um tamboril e o tocou festejando o grande milagre da travessia sem molhar os pés. As mulheres que com ela estavam a seguiram tocando e dançando (Êxodo 15.20);

Quando Davi trouxe a Arca do Concerto para a Tenda da Congregação, ele expressou sua alegria dançando diante do povo (1 Crônicas 15.29);

Quando Salomão inaugurou o templo entregando-o ao Senhor, uma nuvem apareceu no lugar de adoração e os sacerdotes não conseguiram ficar de pé (2 Cronicas 5.14);

Quando os apóstolos receberam o batismo como o Espírito Santo, falaram em outras línguas e quem os via e ouvia falando pensaram e disseram que eles estavam embriagados (Atos 2.13).

Tais tipos de manifestações jamais deveriam ser parte da liturgia dos cultos pentecostais. É um equívoco pensar que tais narrativas bíblicas possam ser usadas como sustentação de doutrinas denominacionais.

O Espírito Santo não se deixa ser controlado, sopra onde quer e quando quer. O Espírito Santo não é controlador, cada cristão é uma pessoa livre para reagir ao sopro espiritual de acordo com sua personalidade. Veja: João 3.8; Zacarias 4.6.

Conclusão

Deus abençoe quem tenha preferência por re-te-té e quem tenha ojeriza. Vivamos em paz, suportando uns aos outros.

E.A.G.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Silas Malafaia comenta sobre Edir Macedo e a edição do Domingo Espetacular em 13 de novembro de 2011


https://youtu.be/DGm6Z7f0iGw 

Edir Macedo já usou a Rede Record para fazer defesa do aborto. Agora, atacando a vocalista Ana Paula Valadão no programa Domingo Espetacular, usa-a para tentar diminuir o poder de vendas do conjunto Diante do Trono, que possui contrato de distribuição de CDs e DVDs com a Som Livre, empresa do grupo Rede Globo. 

Silas Malafaia é defensor da vida, e faz campanhas conta o aborto. Confira: entrevista ao Canal Livre (Band).

Durante a tarde de hoje, na praça paulista, a Record mudou a programação, resignou-se a ser passadora de filmes americanos durante o horário que costumeiramente apresenta produção própria.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Malafaia confirma saída das madrugadas da Band

Divulgação

Com sarcasmo e recheio de intriga entre irmãos, há dias a imprensa secular anunciou que Valdomiro Santiago, o fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, a partir de 3 de outubro, ocuparia o horário da madrugada usado pelo ministério de Silas Malafaia na Band. E alguns sites - que se apresentam como cristãos - repercutiram na íntegra essas notas apimentadas.

No Twitter oficial, http://twitter.com/#!/PastorMalafaia, dia 15 de agosto, o Pr. Silas Malafaia já havia confirmado que sairia, e anunciou que explicaria a sua saída no programa Vitória em Cristo. Ele fez isso em 10 de setembro. Sem anunciar o nome de quem seria a pessoa que comprou o horário que ele ocupava, afirmou que em sua carreira de televangelista nunca entrou na vaga de outros programas evangélicos, que fazer isso é uma questão de caráter. E pediu aos telespectadores que o assistem que orem, não critiquem quem estará nas madrugadas da Band em seu lugar.

Bem, o que podemos dizer é que Valdomiro Santiago ocupará a Band nas madrugadas... E que por algum tempo ele foi um dos maiores, talvez o nº 1, ofertante do ministério de Silas Malafaia. Sim, ele era um grande colaborador, cifra na casa do milhão. E deixou de colaborar quando começou a construção de um templo na cidade de São Paulo.

O que eu digo disso? Como telespectador, lamento muito, pois costumava assistir a programação da Band. Acompanhava as pregações do Malafaia, as reflexões dos pastores Silmar Coelho, Jabes de Alencar, Josué Gonçalves, entre outros. E sem nenhuma desfeita, não consigo parar para ver a programação produzida pela Igreja Mundial do Poder de Deus. Penso que muitos notívagos também sentirão falta e mudarão de canal.

Na mesma ocasião, o Pr. Silas Malafaia anunciou que lançará um portal virtual de notícias e webtv, cujo nome é Verdade Gospel. O diferencial de conteúdo será o tratamento dos artigos. O que existe hoje são sites que simplesmente reproduzem o que lêem em fontes seculares, sem checar se são fatos ou boatos.

E.A.G.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O cristão pentecostal e o dom de profecia

Não é pecado duvidar das mensagens emitidas por irmãos e irmãs que demonstram ter o dom de profecia. O apóstolo Paulo recomenda não desprezar mas também julgar as profecias (1ª Tessalonicenses 5.20; 1ª Coríntios 14.29). E neste caso estão as revelações de pessoas que afirmam ter experiências sobrenaturais de arrebatamentos.

Quando as pessoas passam a querer fazer de dons e experiências espirituais como uma escada para ganhar notoriedade, então, convém nos afastar delas. Por quê: Porque as mesmas passam a querer manipular as pessoas em benefício próprio.

Quando eu era noivo, havia uma "profetiza" assim na congregação. Ela se aproximou da minha esposa, de olhos fechados, disse "o vaso que estás contigo  não é o que tenho para ti" e "blá-blá-blá". Me aproximei da turma que a ouvia, peguei minha noiva pela mão e saímos de perto dela. Todos ficaram assistindo ela profetizar para a parede vazia. O deus dela era cego, não avisou que ela estava em situação ridícula. Estou casado há duas décadas com aquela que era minha noiva... Rimos bastante disso até hoje! A "profetiza", abandonou a congregação e fundou uma igreja para ela, que fechou as portas em pouquíssimo tempo, hoje ela é uma obesa mórbida, raramente sai de casa.

Muitos anos depois, estando no deserto espiritual, o Espírito usou um pastor, reconhecido nacionalmente, para falar comigo. Eu voltei para casa e pedi a Deus que confirmasse a mensagem se fosse dEle realmente. Três dias depois eu estava numa reunião promovida por uma denominação que não pertenço, quando Deus falou outra vez comigo, dessa vez através de uma irmã idosa. Fui lá sem fazer planos, fui à convite feito com bastante insistência e carro na porta para me levar. E nem preciso dizer que as promessas se cumpriram à risca. Entre elas, havia a humilhação de pessoas que me humilharam no período que mais necessitei de mãos estendidas. Em tempo: não desejei vingança mas me sinto vingado.

Deus tem um relacionamento particular conosco. E fala conosco particularmente. Os cristãos recebem revelações específicas  para  ser edificado e pode receber revelações para transmitir a outros.

O cristão não deve viver atrás de visões, revelações, mensagens de alguém que aparenta possuir o dom de profecia para viver o cristianismo. A Igreja não está à mercê de experiências sobrenaturais para conhecer a vontade de Deus. Ainda que tais experiências não estejam proibidas, devemos levar em conta sempre a completa revelação da Palavra de Deus, que estã o registradas nas Escrituras Sagradas, na Bíblia.

"Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho" - Salmo 119.105.

E.A.G.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Participação de Silas Malafaia na Marcha Para Jesus edição 2011

Cobertura do Jornal Nacional



Transmissão da Rede Gospel

Recado para jornalistas; recado para políticos (com Gilberto Kassab, o prefeito de São Paulo, presente no mesmo palanque); crítica contra PL 122/2006; crítica contra decisão do STF na questão de casamento gay e Passeata da Maconha.




















O sorriso de Estevan e Sonia Hernandes

Malafaia diz que os governantes terão que construir muitas cadeias para os pastores e cristãos em geral, caso o Senado aprove o PL 122/2006, proibindo que se pregue que o homossexualismo é pecado, porque todos os cristãos dirão exatamente isso, pregarão que o homossexulismo é pecado, logo após a aprovação da proibição.