No Brasil, o novo conceito cristão de família tem como base o divórcio e vários filhos com cônjuges diferentes? Há quem diga que sim.
Cresci em um tempo em que não era permitido por lei casais se divorciarem. Foi só em 28 de junho de 1977 que houve aprovação legal do divórcio, regulamentado com a lei número 6515, de 26 de dezembro do mesmo ano. Eu me lembro que, no âmbito da sociedade secular, fracassar no casamento era motivo de vergonha. Porém, hoje, parece que muitos contraem o matrimônio sem ter a disposição de empreender esforço para que seja por toda a vida. Inclusive entre os cristãos evangélicos.
Não há dívida que esta questão é de ordem espiritual, pois o Criador de todas as coisas instituiu o matrimônio, casar-se é a primeira das relações humanas da história da humanidade. Entretanto, ao tocar neste tema quase sempre não demora a se levantar vozes críticas, como se falar sobre isso fosse uma ação criminosa.
É motivo de tristeza observar que nas igrejas se multiplicam o número de membros divorciados, sendo pais e mães de filhos gerados em relacionamentos diferentes. Inclusive gente em nível de liderança eclesiástica. Sobre os pastores, eu paro e penso como será possível ele ensinar corretamente sobre o tema se em sua própria vida há esta situação. Provavelmente, será visto como um hipócrita.
A situação da presença de divorciados frequentando cultos evangélicos é o reflexo do que acontece na sociedade. As igrejas têm portas abertas aos que convertem-se a Cristo estando divorciado e em segundo casamento e com filhos. O fator preocupante não é haver membros divorciados frequentando templos, mas após ter o conhecimento da Palavra de Deus fazer pouco caso da recomendação bíblica, em nome da busca de uma felicidade pecaminosa, abandonar o cônjuge e afastar-se do convívio dos filhos e ir para outra relação.
A igreja tem portas abertas para todos, e precisa continuar sendo assim. Cabe ao pastor ser um bom exemplo aos membros da igreja e a todos neste mundo, dar o suporte teológico e espiritual, apresentar os valores cristãos neste quesito, para que os membros e os observadores que vivem neste mundo possam entender qual a melhor maneira de servir ao Senhor. Com a instrução bíblica correta, os pais divorciados poderão ensinar os filhos a valorizarem o matrimônio e a família.
A liderança cristã jamais deve desprezar o ensino aos solteiros, é fundamental anunciar a eles que no projeto de Deus para as famílias o matrimônio é uma união indissolúvel.
Enfim, jamais devemos nos esquecer que existe nas Escrituras a licença ao divórcio no caso da infidelidade conjugal. Então. quando tratamos do assunto é justo que se diferencie o adúltero da vítima.
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