Em 24 de abril de 2013 publiquei o artigo Divorciados no grupo de obreiros. Pode?. Trata-se de uma reflexão bíblica, sem a intenção de me posicionar como alguém capaz de fechar o assunto. Continuamos a refletir sobre este tema, polêmico e importante, no espaço de comentário do artigo
Veja a interatividade mais recente, recebida em 11 de novembro passado, enviada por Marcos Roberto Chagas. Importante frisar que o mesmo inseriu a questão de adultério à questão "união conjugal de obreiros divorciados", quando citou o trágico episódio de aproximação íntima entre Davi e Batseba.
A infidelidade conjugal
A família e a sexualidade
As bases do casamento cristão
Briga entre pessoas casadas
Divórcio e novo casamento pela ótica da Reforma Protestante
O Divórcio
Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?
A infidelidade conjugal
A família e a sexualidade
As bases do casamento cristão
Briga entre pessoas casadas
Divórcio e novo casamento pela ótica da Reforma Protestante
O Divórcio
Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?
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Caro Marcos Roberto Chagas.
Meu irmão, antes de tudo o mais a ser digitado, quero esclarecer que não estamos dentro de um debate. Não pretendo perder a minha paz contigo e nem com ninguém. Se não for possível encontrar o ponto de equilíbrio entre o nosso modo de entender o assunto, que é o matrimônio e sua ruptura, seguida de vida ministerial. Se por acaso ler algo e entender que exista dureza, não será dureza contra a sua pessoa, simplesmente é minha maneira de fazer a construção sintática sendo isso a manifestação do que eu entendo. Não imponho meus pensamentos como norma doutrinária, que deveria ser adotada por quem lê, cada qual busque sua comunhão com Deus apresentando sua vida a Ele com o coração plenamente aberto e totalmente submisso.
Meu irmão, antes de tudo o mais a ser digitado, quero esclarecer que não estamos dentro de um debate. Não pretendo perder a minha paz contigo e nem com ninguém. Se não for possível encontrar o ponto de equilíbrio entre o nosso modo de entender o assunto, que é o matrimônio e sua ruptura, seguida de vida ministerial. Se por acaso ler algo e entender que exista dureza, não será dureza contra a sua pessoa, simplesmente é minha maneira de fazer a construção sintática sendo isso a manifestação do que eu entendo. Não imponho meus pensamentos como norma doutrinária, que deveria ser adotada por quem lê, cada qual busque sua comunhão com Deus apresentando sua vida a Ele com o coração plenamente aberto e totalmente submisso.
Minha manifestação é resultado de estudo bíblico prolongado, leitura da Bíblia toda com objetivo de pesquisar exclusivamente este tema, leituras acompanhadas de oração solicitando entendimento, leituras sem nenhuma opinião pré-elaborada antes de abrir a Bíblia - para que o Espírito encontrasse a minha mente vazia e colocasse nela o conteúdo que procurava obter.
Vamos lá, ao que você escreveu e às minhas respostas:
“...devemos então rasgar nossa Bíblia na pagina que fala do adultério do rei Davi, mesmo sendo ele adultero e homissida Deus não o reprovou do seu reinado ou pástoreio.
Amado, Davi pecou gravemente ao cometer adultério e assassinato. Deus o perdoou, sim, mas o perdão ocorreu porque o Senhor é misericordioso. O exercício da misericórdia divina não é sinal de apoio à prática de pecado. Deus agiu misericordiosamente porque Davi se arrependeu de haver matado e adulterado. O salmo 51 expressa o arrependimento de Davi.
“Não adulterarás” é um mandamento válido aos crentes do passado, presente e do futuro (Êxodo 20.14; Mateus 5.17). Está muito bem frisado pelo escritor da Carta aos Hebreus, pelos apóstolos Paulo e João. Confira: Apocalipse 22.15; Romanos 13.9-10; e Hebreus 13.4).
“Quando abordamos este assunto devemos nos colocar no lugar de Jesus e se perguntar como o Senhor lidaria com esse tema?
Amado irmão, pecado sempre será pecado, então somos nós que devemos nos curvar ao conteúdo da Bíblia Sagrada e não a interpretação bíblica se adaptar ao estilo de vida que queremos viver.
Você propõe que nos perguntemos como Jesus lidaria com o caso de adultério. Precisamos contextualizar. Em João 8 temos a situação de Jesus ser pressionado a condenar uma mulher a morrer por apedrejamento, pelo fato de ser acusada de adultério. Era o apedrejamento da forma literal. Jesus reprovou o ato de matar jogando pedras, mas não aprovou o pecado de adultério.
A resposta que eu tenho para você está no texto que você citou. Cristo recomendou para a adúltera: “vá e não peques mais” ou seja, não adultere nunca mais (João 8.11 ). Jesus diria o mesmo hoje!
A resposta que eu tenho para você está no texto que você citou. Cristo recomendou para a adúltera: “vá e não peques mais” ou seja, não adultere nunca mais (João 8.11 ). Jesus diria o mesmo hoje!
Adultério sempre será pecado, tanto é assim que o Novo Testamento usa o erro da conjunção física entre pessoas fora do casamento como o maior símbolo de infidelidade espiritual. O apóstolo Tiago usa esta simbologia em sua carta.
Leia o capítulo 4 e versículo 4 de Tiago:
1. Almeida Corrigida Fiel: https://www.bibliaonline.com.br/acf/tg/4/4+ ).
2. Almeida Revista e Corrigida e ou Tradução Brasileira: http://www.sbb.org.br/conteudo-interativo/pesquisa-da-biblia/
Para os vocábulos “adúlteros” e “adúlteras”, que lemos em Tiago 4.4, encontramos no idioma grego koiné, os termos “moicho” e “ moichalides”. Moicho carrega o seguinte sentido: amante do sexo masculino, aquele que pratica o adultério de maneira continuada. E moichalides tem forma feminina de moicho, expressa os sentidos literal e figurado para a ação da pessoa que possui relação de conjunção carnal fora do casamento.
Se desejar pesquisar mais, sobre as etimologias em Tiago 4.4., vá para a Bíblia Hub ( http://biblehub.com/interlinear/james/4-4.htm ).
"Pois sendo assim se você se pegar olhando ou desejando alguma mulher então já pecou e está desaprovado para o ministéro da Palavra e ai quem não tem pecado que atire a primeira pedra. Acho que devemos tomar cuidado com nossa imposição pois isso pode ser usado contra nos mesmos amanhã.”“
Amado irmão, volto a repetir: pecado será sempre pecado. E você traz à lume o texto em que Jesus Cristo explica que se alguém se imaginar em conjunção carnal com uma pessoa que não é a pessoa com quem está casado (a), ou planejar estar em ação sexual com essa pessoa, já é tida por Deus como pessoa adúltera. Logo, está claro que todo cristão não deve alimentar pensamentos ou ter planejamentos de adultério. Quem o faz é digno de censura, sim. E Jesus recomenda julgar os pecadores, sim. Comprove em João 7.24.
Ora, é claro que Deus desaprova o ministério de comunicador da Palavra aos que não vivem de acordo com as Escrituras Sagradas que apregoam! Não há dúvida alguma: quem está casado não pode adulterar como amante ou bígamo ou polígamo; seja a situação de fato ou em pensamentos. Sobre a desaprovação divina, justamente nestes casos de adultério, medite nas passagens bíblicas “marido de uma só mulher”. É preciso meditar em 1 Timóteo 3.2, 12; Tito 1.6 contextualizando com “até que a morte os separe”, pois aquele que experimenta a viuvez tem liberdade do Senhor para se casar outra vez.
“Acho que devemos tomar cuidado com nossa imposição pois isso pode ser usado contra nos mesmos amanhã. Sendo o que muito condena e desqualifica alguém se coloca no lugar de juiz e ninguém tem esse direito' (...) 'demostra que precisamos amar mais e julgar menos”.
Eu concordo com você que precisamos tomar cuidado, esta é uma recomendação bíblica.
Eu discordo sobre seu posicionamento de que precisamos silenciar sobre o fato de realizar julgamentos contra quem vive em pecado continuado. Pois, nas Escrituras está escrito que Jesus nos dá liberdade para julgar. Favor verificar: João 7.24.
Eu discordo sobre seu posicionamento de que precisamos silenciar sobre o fato de realizar julgamentos contra quem vive em pecado continuado. Pois, nas Escrituras está escrito que Jesus nos dá liberdade para julgar. Favor verificar: João 7.24.
Todo cristão precisa fazer o julgamento contra o exercício do pecado. Julgar não é literal ou figuradamente lançar pedras. O julgamento cristão usa a instrução da Bíblia Sagrada. O cristão tem o dever de emitir julgamento segundo a reta justiça, que se baseia nas Escrituras Sagradas, porque no ato de julgar está expresso o amor de Deus como Pai; quem corrige é Deus Pai através das pessoas que se utilizam da Palavra (Provérbios 9.9; Hebreus 2.6).
“o profeta Oseias também se casou com uma adultera e nem assim foi desqualificado do seu ministério de profeta”
O livro de Oseias apresenta uma época de Israel que havia grande prosperidade financeira e falência espiritual. Tempo em que a liderança da religião judaica não reconhecia que o sucesso financeiro tinha origem em Deus, atribuindo-a aos ídolos (Oséias 2.5; 10.1). Os líderes permitiam a idolatria, que é considerada uma das modalidades da prostituição espiritual contra o Senhor (2 Crônicas 27.2; 2 Reis 14.23-27; Oseias 1.2; 2.8; 4.12-15). Além disso, a sociedade daquela geração era cheia de cobiça, os ricos oprimiam os mais pobres, que não eram capazes de se defender (Oseias 4.2; 10.13; 12.6-8).
Muitos se perguntam a razão de o Senhor solicitar a Oseias que se casasse com Gomer, uma mulher, que vivia em prostituição. Oseias foi chamado para exemplificar o relacionamento entre Deus e Israel por meio do seu casamento. O Senhor pretendeu usar esta união conflituosa como ilustração das relações espirituais entre Ele e as dez tribos do norte, para dessa maneira deixar esclarecida a situação do pecado do povo judeu.
O amor não correspondido de Oseias pela dissoluta Gomer evidencia toda a misericórdia divina. A infidelidade da esposa do profeta vividamente revela a infidelidade espiritual dos hebreus; Portanto, a situação deste patrimônio atípico não significa que Deus apóia o pecado de adultério ou qualquer outra espécie de iniquidade.
A fidelidade no relacionamento com Deus
O amor não correspondido de Oseias pela dissoluta Gomer evidencia toda a misericórdia divina. A infidelidade da esposa do profeta vividamente revela a infidelidade espiritual dos hebreus; Portanto, a situação deste patrimônio atípico não significa que Deus apóia o pecado de adultério ou qualquer outra espécie de iniquidade.
A fidelidade no relacionamento com Deus
"Essa posição de não aceitar ou aceitar é do proprio homem que impõem sobre seus liderados julgos tão alto que eles mesmos não conseguem carregar”
Respeito sua opinião, e discordo dela tendo como base toda argumentação que exponho acima e abaixo.
“... igreja não é tribunal e sim hospital...”
Já mencionei a questão de julgar. Então, falemos sobre o socorro, que precisamos estar sempre dispostos a realizar.
Sim, igreja é hospital espiritual. E o termo está ligado ao sentido de hospitalidade. Ser hospitaleiro tem a ver com receber bem e tratar bem o próximo. E neste caso, a melhor maneira de cumprir esta missão é pregar e ensinar a Palavra de Deus. E no que tange ao caso dos adúlteros, os alimentos que eles precisam são os textos que informam que adultério é pecado e que os adúlteros não entrarão no céu, dizer-lhes que precisam mudar de atitude.
“... muitos santarrões estão se escondendo atráz de pecados e apontando outros para desviarem a realidade deles próprios. O povo já é escravo demais para que aumentar sofrimentos e acrescentar cargas duras aos mesmos.”
Desde sempre existiram pessoas que vivem debaixo da capa do fingimento, fingem uma espiritualidade que não vivem. Mas essa realidade não nos dá nenhuma margem para fazer generalizações, porque desde sempre também existiram pessoas sinceras, realmente espirituais. Trata-se daquele cenário que Jesus falou sobre o trigo e o joio.
Não devemos confundir liberdade com libertinagem. Ser libertino ou libertina é viver escravizado ao pecado, saber que está pecando e não se importar em mudar de vida.
Abraço.
E.A.G.
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