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domingo, 4 de agosto de 2019

Lições Bíblicas - O Governo Divino em Mãos Humanas: Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel

Revistas Lições Bíblicas Adultos
4º trimestre de 2019.
Tema: O Governo Divino em Mãos Humanas – Liderança do Povo de Deus em 1 e 2 Samuel.

Comentarista: Osiel Gomes.
Escritor, conferencista, bacharel em Teologia, Direito e graduado em Filosofia; líder da Assembleia de Deus em Tirirical, São Luís – MA.

Sumário:

Lição 1 – Conhecendo os Dois Livros de Samuel
Lição 2 – O Nascimento de um Líder Profético em Israel
Lição 3 – A Chamada Profética de Samuel
Lição 4 – A Degeneração da Liderança Sacerdotal
Lição 5 – A Instituição da Monarquia em Israel
Lição 6 – A Rebeldia de Saul e a Rejeição de Deus
Lição 7 – Davi é Ungido Rei
Lição 8 – O Exílio de Davi
Lição 9 – O Reinado de Davi
Lição 10 – O Pecado do Homem Segundo o Coração de Deus
Lição 11 – As Consequências do Pecado de Davi
Lição 12 – A Rebelião de Absalão
Lição 13 – A Velhice de Davi

1º Trimestre de 2020: Sumário - Lições Bíblicas (Adulto). A Raça Humana: Origem, Queda e Redenção (Edição Comemorativa)   

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Dinossauros - teólogos abordam o assunto

Berossauro e sua altura de 28 metros.
Em 1824, ossos fossilizados de vários tipos foram descobertos durante a escavação realizada na Inglaterra. Os estudos, conduzidos pelo paleontólogo britânico Richard Owen, levaram à conclusão de ser uma espécie totalmente nova de animais, denominando-os de Dinossauria, termo oriundo de duas palavras gregas, "deinós" e "sáurios", que significam lagarto terrível, ou como ficaram popularmente conhecidos: dinossauros. Um nome de caráter genérico para se referir a essa nova espécie, havendo então muitos outros nomes dados pelos cientistas, por exemplo: Pterossauro, Iguanadon, Tiranossauro Rex, Branquiossauro etc.

Desde então, muitos outros esqueletos têm sido encontrados fossilizados no mais variados lugares do mundo. Até mesmo no Brasil: no Rio Grande do Sul, Itapecuru-Mirim no Maranhão, município de Souza na Paraíba e outras regiões. O tesouro agora é uma vértebra da coluna de um Yalessauro, uma mandíbula de um Diploducus e, quem sabe, como muita "sorte", achar um esqueleto completo de um Veloceraptor, que valeria uma fortuna incalculável.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Pastor Carlos Moyses canta Tente Outra Vez, música do roqueiro Raul Seixas


Carlos Moysés, pastor evangélico, e vocalista do conjunto Voz da Verdade, canta Tente Outra Vez, música de autoria do roqueiro Raul Seixas, e estarrece muitos cristãos evangélicos. Ele não apenas entoa a canção, faz isso em um ambiente de culto.

O vídeo está postado na plataforma YouTube, no canal oficial da igreja que Moyses pastoreia. E viralizou por sites e redes sociais. Você pode assistir o conteúdo neste blog, logo abaixo.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Conselhos para cristãos evangélicos divorciados


Por Gilson Bifano

Você se divorciou recentemente?

Muitos pastores e igrejas erram por não fazerem distinção a situação do divórcio e novo casamento e o mandado pastoral de ministrar em amor e com graça àqueles que tiveram o dissabor de passarem por uma experiência de divórcio. E pensando nessa necessidade, veja abaixo alguns conselhos práticos para quem se separou recentemente. 

Cuide-se. Procure cuidar da saúde. O divórcio tem um impacto tão grande nas emoções que o corpo pode  sofrer consequências. Cuide de suas emoções. Se achar que é preciso, não hesite em procurar ajuda terapêutica.

Cuide de sua alimentação, comece a se exercitar, procure ter uma vida saudável, especialmente se filhos pequenos e adolescentes estão envolvidos nesse processo.

Se você já viajou de avião, pode se lembrar daquela recomendação que as comissárias fazem, antes da decolagem: "Se houver despressurização na cabine, coloque a máscara de oxigênio primeiro em si e depois nas pessoas que estão ao seu lado, especialmente nas crianças." Você precisa estar bem para ajudar os seus filhos! 

Não se afaste da igreja. As igrejas, pelo menos muitas delas, já estão sabendo separar a teologia do divórcio da pessoa divorciada. Faça parte de uma igreja que seja, de fato, uma família. Uma igreja acolhedora ajudará você a superar essa fase difícil.

Conecte-se com pessoas que já passaram pelo divórcio. Um grupo de ajuda poderá ser muito útil a você neste momento. Muitas igrejas, hoje, já têm grupos de adultos solteiros que fazem programações de entretenimento e atividades culturais, bem como servem de apoio espiritual. De preferência, procure um grupo  que não esteja se reunindo com objetivo de arranjar casamento para seus membros.

Não fuja deste momento. Não sobrecarregue sua agenda para tentar esquecer a dor.  Se desejar chorar, chore. Elaborar o luto será importante para você prosseguir na vida de maneira saudável.

Reveja seu orçamento. Divórcio mexe com orçamento familiar. Converse com seus filhos sobre o novo momento e confie em Deus. Saiba que Ele não deixará faltar o que é necessário para a família.

Não fale mal do seu ex nem use seu filho como arma. Muitos cometem estes erros, falam mal do ex ou da ex para os filhos ou usam estes para feri-los. Lembre-se de que o casamento acabou, mas a relação pais e filhos continua.

Perdoe! Procure não guardar rancor do seu ex-marido ou ex-esposa. Perdoe a si mesmo. Perdoe seu ex-cônjuge. Guardar mágoa, rancor ou ódio só trará prejuízos para si mesmo.

Apegue-se a Deus. É verdade que Deus não deseja o divórcio, mas é verdade também que Ele ama, profundamente, todas as pessoas, inclusive os divorciados. Você é tão importante para Ele quanto aquele marido dedicado e aquela esposa amorosa de sua igreja.

E.A.G.

Fonte: Comunhão, ano 13, número 169, setembro de 2011, página 32. Jucutuquara / Espírito Santo (Next Editorial)

Gilson Bifano é pastor, escritor, pedagogo, filósofo e palestrante na área de casamento, família, sexualidade, educação de filhos e outros temas ligados à família. Lidera o Oikos - Ministério Cristão de Apoio à Família. Tem pós-graduação em Terapia da Família.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Ator Paulo Betti decepciona ao desrespeitar ambiente de culto na Igreja Universal

Paulo Betti como Ed Mort.  Cinema brasileiro 1997  Personagem de Luis Fernando Veríssimo no cinema brasileiro. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
Divulgação
Paulo Betti como Ed Mort.
 Cinema brasileiro 1997.
 Personagem de Luis Fernando Veríssimo.
Ator Paulo Betti decepciona admiradores de seu trabalho ao desrespeitar ambiente de culto na Igreja Universal.

Teresina (Piauí); noite de segunda-feira, 22 de abril de 2019: Paulo Betti entra em templo da Igreja Universal do Reino de Deus, mas não com a intenção de adorar ao Senhor, se faz presente no local com a intenção de registrar em filmagem de celular o ambiente de culto. É convidado a desligar o aparelho ou se retirar. Sai do lugar criticando Edir Macedo, o pastor da congregação e o equipamento de som e imagem usados na cerimônia.

As suas próprias palavras são flagrantes de desrespeito aos religiosos na IURD. Suas próprias capturas de imagens - postadas em sua rede social e logo depois apagadas (mas copiadas por internautas antes de deletadas) são um conjunto consistente de demonstração de preconceito contra todos os cristãos evangélicos, mesmo que inconscientemente.

Não é necessário ter muitos neurônios funcionando bem para entender que filmar o momento de culto das pessoas é ação inconveniente. Não faço parte da IURD. Eu me solidarizo com quem seja nesta situação chata que experimentaram. Não gostaria de ter o meu momento devocional atrapalhado dessa maneira.

Betti perguntou: "Por que não posso gravar?"; "Não querem que revelem o quê?"; “Por que não pode? É algo obsceno que acontece ali?”. A resposta é outra pergunta: Pediu permissão para as pessoas cuja imagem você gravou? Se não há permissão delas, não poderia gravar ou veicular a gravação. Vá consultar a Constituição Federal e o Código Civil sobre direito de imagem.

Antes de cometer este ato antipático, Betti deveria se lembrar que o ambiente de uma igreja, principalmente durante o andamento de uma reunião entre o líder religioso e a membresia, por se tratar de uma ação de fé, não deve ser violado. Inclusive, como um cidadão brasileiro que julgamos ser pessoa dotada de informação suficiente para entrar e sair de qualquer local sem criar problemas, jamais deveria esquecer que uma das cláusulas da Constituição Federal protege a expressão de fé do cidadão brasileiro e caracteriza como inviolável o ambiente do culto.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Valorize sua esposa

Sadrak Manuel Lufuankenda

Dê valor a tua metade e seja inteiro.

Vejo homens muitos brutos com suas esposas, muito agressivos nas palavras, muito manipulador no trato, muito distraído na atenção,

sábado, 6 de abril de 2019

O castiçal de ouro - honraria que Jair Bolsonaro recebeu em sua passagem por Israel

"A 'Condecoração de Zion' é dada pelo Museu dos Amigos de Sião a líderes de estado que foram 'acima e além' para o Estado de Israel", escreveu Joyce Hasselman em sua rede social.

"Donald Trump recebeu homenagem igual em 2017", completou a deputada federal. O prêmio é uma réplica do Menorah, o castiçal de ouro, utensílio que os judeus usaram na Tenda da Congregação, durante a caminhada no deserto, quando deixaram a escravidão no Egito e seguiram para a Terra Santa.


terça-feira, 19 de março de 2019

Tabernáculo - Um Lugar da Habitação de Deus


INTRODUÇÃO

Podemos considerar o Tabernáculo como o primeiro templo judeu. Segundo relata o Antigo Testamento, Moisés recebeu ordem de Deus para que construísse um local de culto, com característica de fácil montagem e desmontagem, pois naquela época o povo israelita era nômade.

Êxodo 25 dá início à seção mais comprida da Bíblia e talvez menos lida e entendida do Livro de Êxodo. Do início do capítulo 25 até o capítulo 40 - com exceção do 32 ao 34 - temos uma excelente descrição detalhada do Tabernáculo. Fala sobre sua estrutura, equipamentos e o sacerdócio. É compreensível que o leitor das Escrituras Sagradas se surpreenda ao comparar o tamanho do relato sobre a Criação e a preparação para que Terra ficasse pronta para a habitação humana, e depois verificar que estão separados 12 capítulos sobre o Tabernáculo. Compreende-se isso: todas as coisas referentes ao Tabernáculo apontam para Cristo e são de alguma maneira um arquétipo de Cristo.

I - A PARCERIA DE DEUS COM SEU POVO PARA A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO 

Deus revelou-se a Israel e fez do Tabernáculo o seu lugar de habitação. Estabeleceu uma parceria com seu povo para construir o Tabernáculo.

A sessão de versículos 1 ao 7 de Êxodo 25 mostra a conclamação do Senhor ao seu povo para a construção do Tabernáculo por meio de ofertas alçadas:
 "O SENHOR disse a Moisés: Diga aos filhos de Israel que me tragam uma oferta. De todo homem cujo coração o mover para isso, dele vocês receberão a minha oferta. Esta é a oferta que dele vocês receberão: ouro, prata e bronze; pano azul, púrpura e carmesim; linho fino; pelos de cabra; peles de carneiro tingidas de vermelho e peles finas; madeira de acácia; azeite para a iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral".
1. Por que construir um tabernáculo no deserto?

A resposta a essa pergunta é clara e objetiva. Uma das lições que se aprende em Teologia acerca de Deus é que "Deus é Espírito e, assim, Ele é autoexistente, não criado por outro ser, atemporal, autossuficiente, não restrito a nenhum determinado ponto geográfico. O fato de Deus manifestar seu desejo de habitar com o seu povo não o limita a nada. Ele tem origem em si mesmo, Ele existe por si mesmo quando diz: "Eu Sou o Que Sou" (Êxodo 3.14).

A ordem dada a Moisés para construir uma morada para Ele tinha por objetivo mostrar o seu Espírito, fazendo-se sentir pelas exibições especiais da natureza no lugar da sua presença, a shekinah: a manifestação do fogo, da nuvem, da água, dos relâmpagos e trovões.

2. A materialização da obra de Deus.

Nós devemos nos atentar para a ideia de que a oferta, entregue pelos judeus para a construção da Arva, teve orientação divina. Foi o próprio Deus quem pediu ao povo que contribuísse para o grande projeto do Tabernáculo.

► Lição 2: Os artesãos do Tabernáculo
Dízimo no judaísmo e na Igreja de Cristo

3. Três verdades bíblicas que o ofertante deve saber (Êxodo 25.2).

Em primeiro lugar, a oferta foi um plano de Deus para o sustento de sua obra; em segundo, a contribuição deveria ser feita como ato voluntário; terceiro, a fidelidade na ação de contribuir trazia ao povo hebreu abundância.

II - O TABERNÁCULO FOI UM PROJETO DE DEUS

"E farão para mim um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu mostrar a você como modelo do tabernáculo e como modelo de todos os seus móveis, assim mesmo vocês o farão" - Êxodo 25.8-9.

1. Deus arquitetou o Tabernáculo (Êxodo 25.8).

O modelo era divino, mas era feito com elementos materiais e teria caráter temporário. Deus elaborou a engenharia e arquitetou toda a construção do Tabernáculo, dando a Moisés a relação dos peças e equipamentos que deveriam ser utilizados. Desde o início, é perceptível o caráter provisório do projeto divino, pois o povo de Israel não faria uma peregrinação perpétua no deserto. A efetivação do Tabernáculo aconteceu mediante a participação do povo de Deus através de ofertas  alçadas e voluntárias como ouro, prata, cobre, pano azul, e púrpura, e carmesim.

O livro de Êxodo descreve detalhadamente a execução e aparência de todos os utensílios litúrgicos da tenda religiosa, apresenta uma descrição arquitetônica e construtiva minuciosa dos espaços que comporiam o complexo da tenda religiosa.

2. O Tabernáculo foi um projeto de Deus.

O Tabernáculo foi um projeto segundo um modelo especial, era um plano divino, mas destinado à montagem com elementos naturais pois teria um caráter temporal, necessitada praticidade para armar e ser desarmando sempre que houvesse a necessidade de transportá-lo Embora Moisés haja sido formado academicamente no Egito, nenhum item do Tabernáculo era fruto de sua mente engenhosa e disciplinada. Recebendo instruções direta de Deus, Moisés persuadiu o povo hebreu a envolver-se na construção, enfatizando que se tratava de uma proposta celestial.

O Tabernáculo era um retângulo descoberto, delimitado por um acortinado. No pátio, orientado para o leste, estava o altar em bronze onde eram realizados os sacrifícios e a pia onde Aarão e seus filhos lavavam as mãos antes de realizar os sacrifícios.

Logo depois da pia estava o santuário, uma tenda coberta por uma série de camadas de cortinas sustentadas por grandes colunas de madeira revestidas em ouro. Dentro do volume, uma cortina dividia o espaço em dois, de maneira que o espaço mais sagrado fosse um cubo perfeito, conhecido como Santo dos santos. Neste recinto estava a Arca da Aliança, receptáculo das Tábuas da Lei, pedaços da primeira edição quebrada por Moisés quando da sua ira ao ver os hebreus adorando a imagem do bezerro de ouro. A parte aberta do santuário, entre o Santo dos santos e a entrada pelas cortinas, abrigava um pequeno altar para incenso, um candelabro de ouro e a mesa sobre a qual deveria estar o pão da apresentação.

3. O plano térreo do Tabernáculo (Êxodo 25.9).

O Tabernáculo de Moisés foi um projeto de Deus assim como a Igreja o é no mundo. O fato de o Tabernáculo ter existido no período da peregrinação dos hebreus pelo deserto e ter sido um santuário portátil por causa das constantes mudanças realizadas por Israel, ele e seus móveis apontavam à revelação de um plano salvífico por intermédio de Jesus.

O apóstolo Pedro compara, em sua primeira carta, no capítulo 2 e versículo 11, os cristãos aos hebreus, diz que os crentes são peregrinos e forasteiros, isto é, subentende-se que ele quis dizer que não temos residência fixa neste mundo, somos gente estrangeira cujo destino final é o lar que está no céu.

O uso de qualquer objeto do Tabernaculo na Igreja não passa de decoração estética. A Arca da Aliança como se vê representada em alguns púlpitos utilizada como forma de afirmar que Deus está naquele objeto é desvio doutrinário. Nossa Arca é o Senhor Jesus, e Ele mesmo, como Sacerdote e Cordeiro se apresentou diante do Pai para mostrar o fruto da expiação que fez por todos.

III - A RELAÇÃO TIPOLÓGICA ENTRE O TABERNÁCULO E A IGREJA

O modo especial de Deus revelar-se ao seu povo era através de tipos e figuras materiais que ilustrassem as verdades celestiais. Esta linguagem figurada expressa a relação de Deus, o Criador e Senhor, o Todo-Poderoso, com a sua criação e com as suas criaturas. 

1. A importância dos aspectos tipológicos do Tabernáculo.

A tipologia bíblica constitui-se uma das maiores riquezas de proveito espiritual para o crente que deseja conhecer a Bíblia profundamente, pode ser explorada sem receio, desde que as regras de interpretação de texto seja respeitada. É bom lembrar que um tipo sempre é inferior ao tipificado.

A tipologia é muito rica em si mesma, pode ser definida como o estabelecimento de conexões históricas entre fatos, pessoas e coisas do Antigo Testamento com o que existe no Novo. Por isso, ao lidarmos com a tipologia do Tabernáculo, é necessário considerar que ela é manifestada na pessoa de Cristo e em sua obra expiatória. Deus tinha a Arca, o Castiçal de Ouro, o Altar do incenso e a mesa dos pães da proposição como peças da liturgia de culto. No Novo Testamento, o modo de adorar a Deus tornou-se diferente e especial, porque o lugar da adoração é um Pessoa, o próprio Senhor Jesus Cristo.

De acordo com os parâmetros da hermenêutica bíblica, a estrutura física dos objetos usados no Tabernáculo é descrito detalhadamente. São metais e madeiras, tecidos e bordados, peles e cores. Tais peças estavam na mente de Deus como significados simbólicos voltados para revelar o seu caráter e glória.

O Tabernáculo era o símbolo da presença de Deus entre o povo (Êxodo 29.43-46). O apóstolo Paulo demonstrou considerar a relação tipológica muito importante quando escreveu a seguinte declaração: "Pois tudo o que no passado foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança (Romanos 15.4).

2. A Igreja de Cristo é Tabernáculo de Deus na Terra

O estudo do Tabernáculo constitui-se a descoberta da maior riqueza da tipologia bíblica. O tabernáculo de Moisés era material, e Deus habitava nele; a Igreja é o tabernáculo espiritual onde habita e se manifesta gloriosamente (Efésios 2.22).

A mesma tipologia aponta para um povo futuro, a Igreja, a pessoas de Jesus Cristo. Não apenas o Tabernáculo, o Templo de Salomão também simboliza  a Igreja de Cristo edificada para "morada de Deus em Espírito" (Efésios 2.22).

A Igreja é apresentada na Bíblia como a Casa de Deus, de caráter familiar, porque a palavra "casa", nesse contexto, refere-se à família que mora na casa (1 Timóteo 3.15). Além disso, a Igreja é descrita como Templo de Deus (1 Corintios 3.16).

Alguns textos do Novo Testamento fazem da tipologia modo de comparação entre o Tabernáculo e a Igreja.  Paulo tipificou a Igreja como edifício de Deus para falar de crescimento coerente e organizado da comunidade cristã (1 Corintios 3.9). Neste edifício, os crentes em Cristo são identificados como "pedras vivas", as quais são edificadas umas sobre as outras.

CONCLUSÃO

O Pai desejou habitar entre os homens e derrubar a parede de separação erguida pelo pecado no Éden. Esse plano glorioso alcançou o objetivo máximo na encarnação e crucificação de Jesus Cristo, seu amado Filho "na plenitude dos tempos" (Gálatas 4.4; Efésios 1.5-10). Na Pessoa gloriosa de Jesus Cristo, Deus encontrou-se com o ser humano, e este com Deus.

Desde a geração de Moisés, Tabernáculo indica algo futuro que mudaria o destino do ser humano caído: a Obra Expiatória de Cristo representada em todo o santuário em ao meio ao deserto. Foi concebido para que o homem dos tempos atuais compreenda a sua figura representada na pessoa de Jesus Cristo, o qual expiou a nossa culpa, fazendo-se o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29).   Na Obra Expiatória do Senhor, a imagem do Tabernáculo relaciona-se com a Igreja fundada pelo Senhor Jesus Cristo. Tal qual o Tabernáculo, a Igreja de Cristo é um planejamento de Deus posto em curso com o objetivo de abençoar o mundo, convidar toda alma a achegar-se diante do Senhor com o coração contrito.

E.A.G.

Compilação
Ensinador Cristão, Entrevista do Comentarista, páginas 25 e 26, ano 20, nº 78, 2º trimestre de 2019; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD).
Lições Bíblicas Professor - O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de Cristo; Elienai Cabral;  2º trimestre de 2019; Lição 1; Tabernáculo: Um Lugar da Habitação de Deus; páginas 2 a 9; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD).
O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de Cristo; Elienai Cabral, páginas 7 a 11 e 15 a 19; 1ª edição 2019; Bangu, Rio de Janeiro / RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD).
_______
Atualização em 20 de março de 2019 às 8h23

sábado, 16 de março de 2019

Eu não celebro o Dia da Mulher

Por Suely Ceruci

Eu não vou desejar Feliz Dia da Mulher!

Primeiro porque eu acho que devemos ser amadas e respeitadas todos os dias.

E segundo porque precisamos menos flores e mais segurança.

Menos palavras e mais ações. Menos repórteres notificando feminicídios (porque dá audiência) ao invés

segunda-feira, 11 de março de 2019

Os alagamentos de Março de 2019 na capital São Paulo e cidades adjacentes



Antonio Pecci e Toquinho colocaram em versos e música os picos das águas de março. O talento de ambos nos oferece uma poesia ímpar. Eles foram capazes de abordar o caos como se fosse situação de glamour. A madeira exposta em lugar incomum, o caminho intransitável, a pedra atrapalhando o trajeto, o toco ao léu, o sentimento de abandono, o perigo do caco de vidro no chão, regatos escorregadios, o sol entre as nuvens, o projeto da casa e a goteira, as vítimas da catástrofe. Citam as árvores Caingá-candeia, Matita-pereira e Peroba, talvez ilustrando os tombamentos das mesmas pela força do vendaval. Lembram o coaxar barulhento e repetitivo de sapos e das rãs, que saem saltitantes dos seus esconderijos nos matos após a queda dos aguaceiros, quando ao pôr do sol, com o objetivo de namorar.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Elias, o tisbita


A lição nº 2 da revista Lições Bíblicas, comentada pelo Pr. José Gonçalves, professor de teologia, vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB, nos faz refletir que Deus usa pessoas simples para missões importantes.

Quem era Elias?

Além do profeta, existem outros três personagens bíblicos chamados Elias. O primeiro deles era sacerdote benjamita (1 Crônicas 8.27) . O segundo e o terceiro foram um sacerdote e uma pessoa leiga nas coisas religiosas, que se casaram com mulheres estrangeiras (Esdras 10.21, 26). 

Exceto a referência ao profeta em 1 Reis 17.1, que nos informa que Elias era tisbita, um dos moradores de Gileade, não há informação sobre seu passado, nem se quer os detalhes de seu chamado ministerial e informações sobre sua família. Ele aparece nas páginas das Escrituras Sagradas de maneira repentina e sem introdução pormenorizada.

O ministério de Elias pode ser descrito como determinado pelo Espírito Santo através de grandes ações impactantes. Ele é precursor dos profetas escritores, as suas mensagens antecipam os oráculos de Amós e Oséias, traz à memória dos israelitas a necessidade de adoração exclusiva ao Senhor e os padrões de retidão contidos no Código Mosaico. 

Comparações entre Moisés e Elias 

A vida de Elias é comparada em muitos aspectos com a de Moisés.  

No Antigo Testamento, o Monte Sinai também é conhecido como Monte Horebe. O episódio da passagem de Elias na região é bastante relevante e fortalece o paralelo entre ele e Moisés, que viveu no mesmo local experiências extraordinárias com Deus.  

Os ministérios de Moisés e de Elias foram marcados com a presença do fogo (Êxodo 13.21; 19.18; 24.17; Números 11.1; 16.35; 1 Reis 18.38; 2 Reis 1.10, 12).

O fim da jornada terrestre de Moisés é cercada de mistério, de igual modo existe uma aura misteriosa ao fim da caminhada de Elias (Deuteronômio 34.6; 2 Reis 2.11).

Elias recebeu o acompanhamento leal de Eliseu e por ele foi precedido, assim como Moisés teve como companheiro de jornada o amigo Josué, que o substituiu em seu ministério (Deuteronômio 34.9; Josué 4.14; 2 Reis 2.14).

Referências neotestamentárias

Malaquias profetizou que Deus enviaria Elias antes do grande e terrível Dia do Senhor (4.5, 6). Jesus Cristo esclareceu que essa profecia fazia referência à semelhança de ministerial entre Elias e João Batista, à maneira direta como ambos se comunicavam e à simplicidade como viviam e se vestiam (Mateus 11.14; 17.12).

É importante comentar o seguinte: O profeta Elias reapareceu em pessoa no monte da transfiguração, ele é citado pelo próprio Jesus Cristo. Confira em Marcos 9.4 e Lucas 4.25, 26. As Cartas apostólicas também o citam. Ver Romanos 11.2-4 e Tiago 5.17-18.

E.A.G.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Homem-Aranha e conflitos da Igreja Atual

Homem-Aranha no Aranhaverso 
Animação da Sony Pictures é indicada ao Oscar 2019

Em agosto de 1962 chegava às bancas dos Estados Unidos a primeira história em quadrinhos do Homem-Aranha. Criado por Stan Lee e Steve Ditko, o personagem trazia uma nova temática aos gibis: os problemas comuns do ser humano.

Até então, quem lia revistas de quadrinhos nunca havia encontrado histórias nas quais o personagem tivesse a preocupação de pagar as contas no fim do mês. Ou que enfrentasse problemas para conseguir agradar a namorada. Muito menos que tivesse que driblar os valentões da escola, que o humilhavam diariamente.

E o que os criadores do Homem-Aranha fizeram foi justamente explorar esses dilemas com os quais todos vivemos, em aventuras de combate ao crime. O resultado foi tão espantoso que a fórmula se repetiu em diversas revistas. A partir daí, não era mais possível imaginar um super-herói sem crises emocionais, traumas e medos.

O interessante é que em algumas igrejas estamos vivendo um momento absolutamente inverso a tudo que pode explicar o sucesso do Homem-Aranha.

Enquanto as histórias do herói valorizam os conflitos de um ser humano comum e os problemas de alguém com “os pés no chão”, mostrando que não existe poder que dê vitórias em todas as áreas da vida, algumas igrejas e líderes religiosos fazem o discurso inverso. Insistem em seus sermões numa suposta autoridade que podemos exercer sobre Deus, pela qual temos condição de exigir alguma coisa do Criador, determinando bênçãos em nossas vidas. Para esses líderes religiosos, o cristão não vai enfrentar derrotas nunca, a menos que tenha uma fé insuficiente, fraca e pobre.

Esses aí, logo vão dizer que a morte de Jesus Cristo na cruz se deu pela falta de fé do Filho de Deus…

Voltemos aos quadrinhos do Homem-Aranha. Quando Peter Parker foi picado por uma aranha que lhe daria poderes, isso não lhe garantiu uma forma fácil de ganhar dinheiro, nem um lar rico, nem um bom círculo de amizades. Grandes poderes só trouxeram grandes responsabilidades.

E é um modelo de vida assim que encontramos nas palavras de Jesus. Falando de uma forma figurada, quando somos “picados” pelo amor de Deus, salvos por Ele, passa a correr em nossas veias um sangue que nos torna “mais que humanos”, sim. Somos filhos do Altíssimo. Ganhamos o “poder” de conversar com o Pai sem intermediários, de ouvir Sua voz, de adorá-lo e de seguirmos seus ensinamentos. Mas não ganhamos nenhuma garantia de que nossos problemas desaparecerão!

Pelo contrário, nos ensina Jesus que “no mundo teremos aflições”, e que devemos ter “bom ânimo”, porque ELE venceu o mundo. E a nossa responsabilidade é levar essa mensagem adiante.

A Bíblia ainda fala que muitos serão mortos pelo evangelho, serrados ao meio, perseguidos e injustiçados em nome de Deus. Entretanto, parece que essa mensagem não faz mais sucesso em nossos púlpitos, é evitada para não afugentar congregações que preferem se embebedar com promessas de felicidade e riqueza, entre gritos e gemidos de aleluia.

Fuja disso.

Fonte: Deus no Gibi - https:// bit.ly/ 2S5OnKQ | Autoria não identificada. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Spurgeon e o canto dos rouxinóis


O termo “rouxinol” é uma denominação bastante comum a pássaros melodiosos, do gênero Leiothrix, da família dos muscicapídeos, muito famosos pelo canto crepuscular. São de pequeno porte, alimentam-se de insetos e, segundo a Enciclopédia Barsa, constroem o ninho no solo. A espécie Leiothrix megarhyncos é encontrada desde a Europa ocidental até a África do Norte ao Cazaquistão, Tajiquistão, Quirguistão e Xinjiang. A espécie Leiothrix luscinia é vista na Escandinávia e Europa Oriental. E, no Brasil, Venezuela e Guianas, às margens dos rios Negro e Branco é encontrada a espécie Icterus chrysocephalus, da família do Icterideos, popularmente conhecido como Rouxinol-do-Rio-Negro.

Conta-se que o príncipe dos pregadores, Charles Spurgeon, ouviu que em determinado local da Inglaterra os rouxinóis cantavam de maneira mais graciosa do que em qualquer outra parte do mundo. Querendo comprovar o fato, resolveu viajar até este lugar.

Chegando ao local, Spurgeon reservou um quarto em uma pousada onde lhe fora informado que, quando começasse a escurecer, olhasse para o espinheiro em frente, que automaticamente veria o rouxinol cantando. Entretanto, ao aproximar-se a noite, o tempo esfriou, começando a chover, fazendo com que o pregador perdesse as esperanças de ouvir o cântico do pássaro.

De repente, ouviu uma doce e suave canção. Sem titubeios olhou pela janela, e lá pousado no espinheiro, debaixo de uma chuva torrencial, o pequeno rouxinol erguia sua voz em uma linda canção. Ao vislumbrar tão bela cena, Spurgeon comentou:

"Era tão doce e tão bonito que eu não creio que possa escutar algo tão comovente até ouvir os anjos cantarem."

A seguir, Spurgeon afirmou:

"O Deus do rouxinol é o Deus que eu sirvo. Mesmo na escuridão sentindo frio, na chuva ou entre os espinhos, Ele pode me levar a entoar belas canções a noite."

Cantemos as Escrituras. Cantemos os feitos de Deus. Cantemos pela causa de Cristo, o nosso Rei!

Extraído da mídia social Facebook via Jean-Solange Oliveira e Grande Enciclopedia Larousse Cultural volume 21, edição1998 (Nova Cultural LTDA).

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Buscando a excelência


Por Joel Cardoso Jr.

Vivemos num tempo de nível moral fragilizado, de relacionamentos superficiais, de falta de transparência, sinceridade e vida íntegra. Na verdade, o que falta mesmo são os princípios e os valores da Palavra de Deus, e isso em todas as esferas da sociedade.

Creio que podemos fazer a diferença, podemos viver acima da média, podemos passar pelas provas e tentações e permanecer firmes. Precisamos buscar a excelência naquilo que realizamos no reino de Deus. Jamais agradaremos ao Senhor se fizermos a sua obra de qualquer jeito. 

Com a ajuda de Deus, tenho entendido e aplicado a excelência na minha vida e no meu ministério. As pessoas que trabalham ao meu lado sabem o quanto sou sempre exigente comigo e com os outros.

Quando o sogro de Moisés, usado por Deus, trouxe a revelação para que fosse levantada uma segurança, não era para que qualquer pessoa fosse chamada. Amtes. o Senhor estabeleceu critérios (Êxodo 18.21).

Homens capazes

Mesmo dentre o povo de Deus é necessário estabelecer critérios, princípios, para se levantar um líder, um pastor. A expressão "homens capazes" diz respeito a pessoas que tenham competência. Para mim, a competência tem uma abrangência muito grande. Um líder ou um pastor que não foi competente em sua vida pessoal e profissional também não será competente em sua vida ministerial.

Uma pessoa de sucesso pessoal, familiar e profissional, quando chamada por Deus, será um grande líder ou um grande pastor. Será sempre excelente no que se propor a fazer. Precisamos buscar essa excelência. Precisamos ter uma vida ministerial competente. Precisamos ser bons naquilo que fazemos para o Senhor Deus. Precisamos de competência parta ministrar a Palavra e para organizar os ministérios, os departamentos, as agendas, mas também para cuidar das ovelhas.

Além disso, devemos ser competentes quanto ao cuidado das dependências das igreja. Ser competente é ser pontual nos compromissos, é fazer as coisas com ordem.

Homens tementes a Deus

Como podemos trabalhar com líderes que não t~em o temos do Senhor? Vivemos numa sociedade decaída, sem nenhum valor moral e espiritual. Essas pessoas são o nosso alvo0. Devemos ganhá-las para Jesus.

No entanto, elas precisam entender, pela Palavra e pelo nosso exemplo de excelência em tudo o que fazemos, que é preciso ter temor a Deus. Quando lemos o salmo 139, entendemos que na da foge ao conhecimento de Deus. Os irmãos podem não saber de nada, mas o Senhor vê tudo.

Homens de verdade

É preciso manter o foco na necessidade de manter a vida em integridade perante o Senhor. Antigamente, o fio do bigode era o sinal de uma palavra compromissada. Hoje temos a assinatura no cartório, o reconhecimento de firma. mesmo assim, muitos dão calote.

Aquele que não tem uma vida idônea na sociedade não a terá com a Igreja do Senhor. "Homens de verdade" - essa expressão fala de líderes dispostos a pagar um preço pelo ministério. Fala de líderes que, com seriedade e responsabilidade, possam conduzir um dos mais lindos projetos de Deus: a Igreja.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Morte e ressurreição - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Eliseu Antonio Gomes

"Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez por todas para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, não para tirar pecados, mas para salvar aqueles que esperam por ele" - Hebreus 9.28.

A verdade mais significativa de toda a profecia bíblica está na certeza de que Jesus Cristo voltará segunda vez. Este acontecimento é a chave profética que abre todos os demais eventos escatológicos. Diversas doutrinas dependem do retorno de Cristo. Por exemplo, a doutrina da ressurreição do corpo humano, que não pode ser cumprida até que Cristo venha (1 Corintios 15.23); a vitória de Cristo sobre Satanás, desde Gênesis 3.15 não será completa até a volta. Mesmo o reconhecimento dos queridos na eternidade e a prova física de que nascemos na família de Deus não se evidenciam até sua segunda vinda. O retorno de Cristo põe a funcionar o relógio de Deus quanto ao futuro pela perspectiva do plano divino da redenção.

Se o valor de um ensinamento fosse considerado pela frequência com que é mencionado, a Segunda Vinda de Cristo facilmente seria considerada uma das mais importantes doutrinas da Bíblia. Somente a doutrina da salvação é mencionada maior número de vezes.

Vinte e três dos vinte e sete livros do Novo Testamento fazem referência à Segunda Vinda do nosso Senhor à terra. Os 216 capítulos do NT contém 318 referências ao retorno de Cristo, portanto, um versículo em cada trinta nos assegura disto.

O adágio popular diz: para morrer, basta estar vivo

A despeito de nossa habilidade e sofisticação científica, ainda não dominamos a morte, ela continua irreversível, não existe solução humana para este momento terrível. Então, perder a companhia de pessoas amadas é uma das experiências mais doloridas, a tristeza que o óbito provoca é enorme, afeta a todos, independente da raça, posição social, sexo e idade.

Poucas coisas provocam mais estresse do que a morte de alguém querido, como um marido ou esposa, um parente ou amigo. Qualquer pessoa que já perdeu um ente amado, sabe o intenso sofrimento que esta separação causa. Um artigo publicado em uma revista de psicologia americana, a The American Journal of Psychiatry, afirmou que a morte é o pior tipo de perda permanente. No entanto, nós cristãos, não podemos nos esquecer que através da ressurreição de Jesus Cristo, Deus venceu a morte.

A reflexão sobre questões escatológicas é importante aos cristãos. Além de promover o conforto emocional aos que que estão em luto, aponta ao Deus que reina na história, esclarece sobre as promessas firmadas pelo Senhor quanto ao futuro promissor de todas as pessoas que são perseverantes em sua fé. Faz o crente superar a visão imediatista do mundo, evita que seja confundido com as heresias, promove o despertamento espiritual da Igreja existente nos dias atuais. Por tudo isso, a vinda de Jesus deve ser um assunto sempre em pauta na roda de nossas conversas.

O salário do pecado é a morte

Deus, na sua onisciência, já sabia sobre a entrada do pecado no mundo, bem antes da criação do ato de toda a criação. Sobre isso, devemos ter o cuidado para não interpretar de modo errado esta situação. Deus não é o autor do pecado (Jó 34.10).

Apesar de todo o pecado ser um mal, nem tudo o que consideramos mal é pecado. O pecado não deve ser confundido com o mal físico que produz prejuízos e calamidades. O pecado é a causa do mal, enquanto que o mal é o efeito do pecado.

O vocábulo "pecado" deriva do grego "hamartia", que ao pé da letra significa "errar o alvo". Quando o ser humano se afasta do objetivo que Deus deixou para ele, comete pecado (Eclesiastes 7.29). Os termos bíblicos para designar o pecado são variados: fracasso, erro, iniquidade, transgressão, contravenção, falta de lei e injustiça. O pecado é sempre dirigido contra Deus. A característica principal do pecado, em todos os seus aspectos, é que ele age em contrário à vontade de Deus.

Através das Escrituras, vemos que o princípio de todo pecado se originou no orgulho de Satanás, culminando com a sua expulsão do céu (Lucas 10.18; Apocalipse 12.7-9). O pecado teve origem entre os anjos: Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.13-15). Deus criou os anjos dotados de perfeição, mas Lúcifer e legiões de anjos se rebelaram contra o Criador. Jesus descreve o Diabo como homicida desde o princípio; o apóstolo João afirma que ele é pecador desde o princípio (João 8.44; 1 João 3.8).

Qual a origem do pecado na história da raça humana? Esta pergunta se expande numa indagação sobre a origem do mal em todo o mundo. O pecado passou a existir no mundo através da transgressão voluntária de Adão e Eva no Éden, quando ambos cederem à tentação diabólica. A mulher dialogou com a serpente, que insinuou a Eva que se ela desobedecesse ao Criador, comendo o fruto que não lhe era permitido experimentar se tornariam igual ao Criador  e viveria para sempre. Eva ofereceu o fruto para Adão e ambos o comeram. O casal não agiu com vigilância e foi induzido à desobediência. Ao comerem o fruto que Deus havia proibido que comessem, a porta de acesso ao pecado no mundo foi aberta  e anos mais tarde o casal morreu (Gênesis 2.16-17).

A pecaminosidade do ser humano está registrada em toda a extensão das Escrituras. Esta é a condição em que nasce o homem, definida teologicamente como "pecado original". Esta situação é chamado assim porque se deriva de Adão, o tronco original da raça humana; porque está na vida de cada indivíduo desde o momento do nascimento; e porque é a raiz interior de todos os pecados atuais. Por "pecados atuais", entenda-se os atos externos executados através do corpo, por atitudes, e também por pensamentos conscientes.

A Bíblia apresenta a humanidade como pecadora por natureza, pois todos os seres humanos participam do pecado original. A condição pecaminosa do raça humana encontra sua explicação na primeira transgressão de Adão no Éden. Seja em grandes cidades mundiais ou em aldeias esquecidas na África, o pecado é um flagelo diário. Os mais antigos filósofos gregos, na sua luta contra o problema do mal, foram levados a aceitar a universalidade do pecado, apesar de incapazes de explicar esse fenômeno e não entenderem que a prática do pecado torna o home, culpado diante de Deus.

Quanto à pratica do pecado, o crente vive um estilo diferente do ímpio. Por compreender o significado e a gravidade da ação relaxada de quem vive pecando, o pecado que antes lhe era uma regra, agora lhe é uma exceção. Ao longo de toda a narrativa bíblica é alertado contra o "pecado que tão de perto nos rodeia" (Hebreus 12.1). Ao manter-se firme no hábito da oração, estudo das Escrituras, tem a oportunidade de desvencilhar-se dos riscos espirituais que poderiam torná-lo presa fácil dos laços do adversário - que o impediria de fazer parte do Arrebatamento da Igreja.

A consciência da morte por parte dos apóstolos

Muitas vezes se afirma que os apóstolos acreditavam que a segunda vinda de Cristo aconteceria na geração em que eles viveram e que não iriam morrer mas serem arrebatados. Isso não confere com narrativas bíblicas.

• Jesus disse que eles seriam mortos (Mateus 24.9);
• Jesus predisse de que modo Pedro morreria (João 21.18-19);
• Paulo aconselhou aos presbíteros de Éfeso a permanecessem firmes na fé após seu falecimento (Atos 20.29-30);
• Paulo escreveu sobre sua morte iminente (2 Timóteo 4.6-8).

A derrota da morte

A palavra grega para imortalidade é "athanasia", que literalmente significa "ausência da morte". Quando o Senhor descer do céu na sua Segunda Vinda, o primeiro fato a acontecer será a ressurreição de todos os salvos (1 Tessalonicenses 4.16). Os crentes fiéis ouvirão a voz de Jesus, se levantarão de seus lugares em que foram enterrados, e a morte não mais terá poder sobre eles (João 5.28, 29; Apocalipse 1.18).

Deus é eterno, imortal, tem vida em si mesmo e nEle não existe morte (João 5.26; 1 Timóteo 6.16). Deus é o doador da vida e concederá a vida eterna aos remidos. Crentes vivos e ressuscitados terão os corpos glorificados e se ajuntarão com o Senhor e incontáveis números de anjos nos ares, e depois viverão felizes para sempre. Esta é a promessa de Deus e a esperança dos cristãos.

Três milagres que ocorrerão no decorrer do processo do Arrebatamento: ressurreição; transformação e glorificação.
1. Os cristãos ressurgirem dos mortos será um dos primeiros milagres. Esta é uma doutrina genuinamente bíblica, citada tanto no Antigo quanto no Novo Testamento (Salmos 16.10; Jó 19.25-27; Isaías 26.19; Daniel 12.2; Lucas 14.14; João 5.21, 28, 29; Atos 2.24; Apocalipse. 4-6, 13).
2. A transformação extraordinária dos crentes salvos, ressuscitados e a dos crentes que estiverem vivos, será o segundo grande milagre no processo do Arrebatamento da Igreja. Haverá a suspensão das leis físicas, a cessação do poder natural para a atuação do poder sobrenatural. Primeiro, os salvos que estiverem dormindo no Senhor, receberão corpos vivos espirituais; em segundo lugar, os crentes, vivos, com corpos carnais, receberão corpos espirituais. Assim, haverá a metamorfose: da mortalidade para a imortalidade; da corruptibilidade para a incorruptibilidade.
3. O milagre da glorificação merece destaque.
O ser humano, na condição de carne e sangue, relaciona-se com o mundo físico, estamos limitados ao tempo e ao espaço, enquanto o corpo espiritual relaciona-se com a eternidade (1 Coríntios 15.47, 49). As sete etapas do processo da glorificação do corpo dos salvos, é o seguinte:
a. salvação (Romanos 8.24)
b. adoção (Romanos 8.23);
c. justificação (Romanos 8.30);
d. santificação (2 Coríntios 7.1);
e. redenção (Romanos 8.23);
f. libertação (Romanos 8.21);
g. glorificação (Romanos 8.17).
O Arrebatamento

Jesus Cristo firmou-se como a pessoa mais importante que já viveu, nenhum outro homem exerceu tanta influência sobre a humanidade. Ele ascendeu ao céu, mas ainda não terminou o seu plano com o planeta terra e com a humanidade que nele habita (João 14.3).

Vivemos o tempo escatológico do cumprimento das últimas profecias. "Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não irá demorar" - Hebreus 10.37. Quanto ao tempo em que o Senhor reaparecerá, não existe dúvida de que realmente voltará. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, os justos serão glorificados e arrebatados e serão levados ao encontro de seu Senhor e Salvador.

Na hipótese de não sermos arrebatados antes de falecer, seremos ressuscitados e levados pelo Salvador ao encontro de Deus no céu. A palavra "arrebatado" quer dizer, em sentido literal, agarrado com rapidez, tomado agilmente à força, como um ladrão rouba um prêmio. A palavra latina é rapto, que significa pegar à força. Um dia Jesus virá buscar suas joias, levará os membros da Igreja da terra ao céu. O evento acontecerá em uma fração de segundos, assim como relâmpago se move, tão rápido como o abrir e fechar de olhos (Mateus 24.7, 1 Tessalonicenses 4.16). Neste instante, os fiéis que estiverem vivos serão transformados e os crentes mortos ressuscitarão (1 Tessalonicenses 4.16-17).

A ação promovida por Cristo ao levar os crentes no Arrebatamento, não se refere a determinadas denominações ou grupos religiosos específicos, mas de todos os indivíduos que se arrependeram de seus pecados e, pela fé, convidaram o Senhor Jesus Cristo para entrar em suas vidas.

A ressurreição no episódio da volta de Jesus

Jesus voltará do mesmo modo como ascendeu após sua ressurreição (Atos 1.11). Esta hora específica nos é desconhecida, pois Jesus se referiu a ela, dizendo: "daquele dia e hora ninguém sabe, senão somente o Pai".

Como podemos ter certeza que haverá a ressurreição, se a existência humana é apenas uma existência corpórea? A ressurreição também é um evento corpóreo. Jesus de Nazaré, nascido de mulher, gente de carne e ossos, morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Sua tumba está vazia. A melhor notícia de todos os tempos é que Ele está vivo, derrotou a morte e é a fonte de nossa esperança: receberemos um corpo glorificado como Cristo recebeu (Lucas 24.34, 39-40).

Se Jesus ainda estivesse morto, não haveria perdão para os nossos pecados. Se Jesus ainda estivesse morto, não teríamos esperança em nossa ressurreição (1 Coríntios 15.17-18).

Haverá ressurreição na vinda de Jesus, a vida após a morte será uma realidade. Temos plena convicção que aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados para satisfação, paz e alegria eterna. Assim como aconteceu com Jesus de Nazaré também acontecerá com todos aqueles que nEle creem (1 Tessalonicenses 4.14).

Apesar de que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá em velocidade extraordinária, Deus fará com que os justos que estiverem mortos sejam arrebatados antes que os justos que estiverem vivos sejam transformados (1 Coríntios 15.42-44; 50-56; Filipenses 3.20-21; 1 Tessalonicenses 4.15-16).

Nesta ocasião festiva, o corpo dos salvos que estão na sepultura, ainda que em estado de pó, decrépito, carbonizado, desfeitos por dentes afiados de peixes ou feras serão trazidos à existência pelo poder de Deus, que vivifica os mortos e convoca as coisas que não são para que venham a existir (Romanos 4.17).  O corpo ressuscitado será de natureza diferente deste corpo carnal e terreno em que vivemos hoje. A natureza do novo corpo será glorificado (1 João 3.2; 1 Coríntios 15.35-44; 50-56).

Os justos serão ressuscitados no último dia (João 6.39, 40, 44, 54),  Todos os que estão na sepultura sairão, bons e maus. Haverá a ressurreição de justos como de perversos (João 5.28-29; Atos 24.15).

Conclusão

É importante lembrar que existem apenas duas espécies de pessoas hoje no mundo, os crentes que fazem a vontade de Deus e os incrédulos que não a fazem. A Segunda Vinda de Cristo afetará cada grupo de maneiras diferentes. Na primeira fase, levará quem o recebeu como Senhor e Salvador ao lar celestial. Você já obedeceu a Deus em seu coração, entregando sua vida a Jesus? Se ainda não o fez, por que não fazê-lo, agora? As Escrituras, a história e a lógica humana clamam aos homens para que aceitem a Jesus Cristo como Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1 Corintios 15.3, 4). Se você crê que Ele é Filho de Deus, não terá dificuldade no momento de seu retorno. Se ainda não o conhece como o único Salvador, sugiro que se esforce para conhecê-lo.

O cristão não é chamado por Cristo para permanecer aqui na terra, a pátria de quem segue a Jesus está lá no alto. Então, cada cristão precisa estar sempre íntegro quanto à disposição de seu coração de acreditar que o Arrebatamento da Igreja é uma realidade. E, integro também para a hipótese de falecer antes do Arrebatamento, pois os fiéis serão ressuscitados para estar eternamente juntos com Deus e com todos os salvos nas mansões celestiais.

E.A.G.

Atualizado em 14 de dezembro de 2018, 00h55.

Compilações:

As Grandes Doutrinas da Bíblia, Raimundo de Oliveira, páginas 190 a 199, 201, 204 a 206, edição 1987, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus).
Deus Esvaziará a Terra, Walter Santos, páginas 82 e 83, edição novembro de 1982, Rondonópolis/MT (M.D. Navarro G. Editora e Publicidade).

Escola Bíblica de Obreiros - 64ª EBO: Edificando Nossa Cada, Escatologia, Gerson Filitto Sobrinho, página 40, 19 de setembro a 4 de outubro de 2010, Belenzinho, São Paulo/SP (Igreja Assembleia de Deus em São Paulo).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 2: O Arrebatamento dos Salvos. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 16 a 18, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
O Começo do Fim, Tim LaHaye, página 9, 10, 20, 172, edição 1982, São Paulo/SP (Editora Vida).
O Tema da Bíblia - Um Estudo Sobre o Plano da Redenção, FerrelL Jenkins, página 17, 2ª edição ano 2000, São Paulo/SP (Dennis Allan).

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

A segunda vinda de Jesus Cristo - Escatologia: acontecimentos futuros no plano da redenção


Por Eliseu Antonio Gomes

Desde o momento em que Deus criou o mundo e tudo que nele existe com o poder de sua palavra (Gênesis 1.1-25), formando o ser humano com suas próprias mãos, soprando nele o fôlego da vida (Gênesis 2.7), ocorreram muitos dias importantes na história da humanidade. Porém, desde o pecado (Gênesis 3.1-5) há grande expectativa no coração humano sobre o futuro que o aguarda. As Escrituras registram a volta do Senhor Jesus a este mundo, este momento será  o mais significativo evento de todos os tempos.

A Bíblia Sagrada diz que o céu é a habitação de Deus (2 Crônicas 6.18, 21; Salmos 123.1). Esclarece que o caminho da vida é para cima, a fim de que se desvie do inferno, que está para baixo (Provérbios 15.24).

A Bíblia fala em três céus:

1º. Auronos. Este é o nome dado ao que conhecemos de "primeiro céu". É o "céu atmosférico" que Jesus descreveu como "extremidades dos céus" (Lucas 17.24).

2º. Mesoranjos. É o nome dado ao céu intermediário, chamado de "céu estelar"; "céu planetário" e também "céu astronômico". A Bíblia descreve como "alturas".

3º. Eporaneos. É o céu superior, que a Bíblia chama de "terceiro céu" (2 Coríntios 12.2); "céu dos céus" (Números 9.6).

A ESPERANÇA QUE SUSTENTA O POVO DE DEUS HOJE 

Segundo os estudiosos das Escrituras Sagradas, as promessas infalíveis sobre a vinda do Senhor são citadas 1.527 vezes no Antigo Testamento e 320 vezes no Novo Testamento. Reis, sacerdotes, profetas, pessoas comuns, evangelistas e até anjos mencionaram a vinda de Jesus a este mundo (Daniel 7.13-14; Malaquias 3.1-5; 1 Coríntios 15.23; 1 Tessalonicenses 4.16-17; 3.13). Da mesma maneira, cerimônias, parábolas e ilustrações sinalizam com muita contundência que Jesus virá outra vez (Gênesis 3.15; Judas 14).

Todas as profecias registradas no Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Senhor Jesus, chegada através da gravidez virginal de Maria, são perfeitas em seus mínimos detalhes, cumpriram-se literalmente (Salmos 16.10; Atos 2.22-32). A doutrina da segunda vinda do Senhor Jesus, de igual modo, tem fundamentos profundos na palavra profética, oferece certeza e segurança aos que creem no retorno do Senhor a este mundo. Acredite na promessa de Jesus, registrada em João 14.1-3. Jesus afirmou que iria ao céu - à habitação de Deus - preparar o lar que será o destino final dos cristãos e voltaria para nos levar para lá. Ele foi ao céu e, através de anjos, reafirmou sua promessa que voltará (Atos 1.12).

O céu (eporaneos) não saiu da prancheta de projetistas humanos, a estadia foi pensada de maneira perfeita para ser o lugar de todos que aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador. Não é uma tenda ou um tabernáculo. Não é uma casa alugada construída por seres mortais. É uma permanência perpétua edificada através do poder do Supremo Criador, erigido com o objetivo de propiciar felicidade eterna. Considere que receberemos a posse no tempo devido. No céu há muitas mansões, há espaço distinto para cada um que ali chegar, há muitos filhos para serem levados à glória. Lá, todos os verdadeiros cristãos são bem-vindos, para morar permanentemente.

As Escrituras mencionam sinais que apontam ao advento da volta de Cristo:

O restabelecimento do Estado de Israel é um fato que acontecerá antes da segunda vinda de Jesus. O Israel original desapareceu séculos atrás. Em 6 de junho de 1967, os judeus, pela primeira vez desde que Jerusalém foi capturada por Nabucodonosor, em 536 a.C., não tinham o controle da cidade de Jerusalém, que estava sob o governo de gentios. Em 1948, o novo Estado de Israel foi estabelecido. A  reunificação dos judeus em Israel é um sinal claro, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, de que a vinda de Jesus acontecerá (Lucas 21.24).

Nós podemos ver algumas pistas que indicam a aproximação do retorno do Senhor (Mateus 24.3; Lucas 21.7). Guerras, revoluções, fome, doenças, terremotos em muitos lugares diferentes (Mateus 24.6-7; Lucas 21.7).
• Em cima, no céu (Joel 2.30, 31; Lucas 21.11; Atos 2.19);
• Em baixo, na terra (Mateus 24.7; Lucas 21.12; Atos 2.19);
• Na vida social (Mateus 24.12; Lucas 17.26-28; 21.12; 2 Timóteo 3.1-4);
• Na vida moral (Lucas 17.28-30);
• Entre o povo judeu (Ezequiel 37.1-4; Lucas 21.24, 29; Romanos 11.25, 26);
• Na vida política (Daniel 2.19, 31-33; 7.23-27; Ezequiel 38.6;  Lucas 21.29; Apocalipse 17.7, 12)
• Na vida religiosa (Mateus 24.5; Lucas 21.12; Apocalipse 13.12);
• No meio do povo de Deus (Mateus 24.12; 25.5; Lucas 17.26; 18.8; 2 Timóteo 4.3, 4; 2 Pedro 3.4);
• Na vida científica (Isaías 60.8; Jeremias 51.53; Daniel 12.4; Naum 2.4). 
A data desconhecida

Nenhum homem conhece o dia do Arrebatamento. Ninguém tem condições de afirmar com certeza quando Jesus estará voltando novamente. Segundo as palavras bíblicas, o advento acontecerá em data e hora desconhecidas, ninguém no céu, na terra, no inferno ou em qualquer outro lugar, sabe o dia ou a hora quando Jesus arrebatará a Igreja,  as pessoas do mundo só saberão o que houve depois, quando notar a ausência de milhões de cristãos (Mateus 24.36). (Mateus 24.42-44; Marcos 13.32).

O Senhor disse claramente que até os anjos no céu não sabem o dia, Inclusive, até o Filho de Deus, quando estava na terra, não sabia, também. Esse conhecimento, o Senhor disse, era reservado estritamente ao Pai celeste (Marcos 13.32). Estipular um dia é transgredir contra o sigilo de Deus. Alguns ousaram afirmar que estamos às 23 horas e 59 minutos do advento. Todos os especuladores que tentaram determinar data e horário foram envergonhados ao ficar patente a sua ignorância.

OS DOIS PERÍODOS DA VOLTA DE JESUS

A vinda majestosa de Jesus Cristo se dará em duas fases distintas, divididas em um período de sete anos. Isto é mostrado claramente nas páginas sagradas, portanto, precisamos deixar bem claro o que diz as Escrituras a esse respeito, evitando interpretações equivocas (1 Tessalonicenses 4.13-17; 1 Coríntios 15.51-52).

Primeira fase: o Arrebatamento da Igreja

A palavra "arrebatado" é traduzida do verbo grego "harpazo" ("tirar", "arrancar com força"); o vocábulo latim "raptare", que em português é "raptar", também significa "arrebatar". 

Este assunto é um mistério, só será compreendido plenamente quando ocorrer, pois anulará o poder da morte e da gravidade e outras leis que regem a matéria (1 Corintios 1515.51-55).

Na primeira etapa da vinda de Jesus, acontecerá o Arrebatamento. O retorno será invisível aos olhos de quem vive segundo o estilo do mundo porque este não serve a Deus. Ele virá até as nuvens, seus pés não tocarão o solo, encontrará os salvos nos ares.

O Senhor Jesus voltará para levar consigo todos quantos morreram salvos e todos àqueles que estiverem, em vida, servindo-o fielmente (1 Tessalonicenses 4.15-18; Hebreus 9.28). Os mortos ressuscitados e os vivos serão transformados, numa ação muito rápida, tal qual o movimento de pálpebras, num abrir e fechar de olhos (1 Coríntios 15.52). Repentinamente, os dois grupos, juntos, irão ao encontro do Senhor e serão transladados por Ele às mansões celestiais. A maioria dos salvos será composta de gentios e não de judeus, estes subirão com Cristo nos ares (1 Tessalonicenses 4.17, 18).

Jesus buscará a Igreja que o está velando e esperando (Mateus 25.1-13; 24.39-44; 2 Pedro 3.10).

O Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação (Mateus 3.7; 1 Tessalonicenses 1.10; Apocalipse 3.10).

Segunda fase: a vinda em forma visível 

Este evento apocalíptico acontecerá sete anos após o Arrebatamento da Igreja.

Ao final da Grande Tribulação. Cristo voltará em corpo glorioso, revestido de poder (João 14.3), ocasião em que sinais espantosos acontecerão no céu, na terra e entre os seus habitantes, em especial o povo judeu. O som de trombetas será ouvido no céu, na terra, no inferno e em todos os lugares (Mateus 24.31).  Neste evento, Jesus estará acompanhado da Igreja glorificada, composta dos crentes que subiram no Arrebatamento, os santos que passaram pelas bodas do Cordeiro e pelo Tribunal de Cristo (Apocalipse 19.7; 2 Corintios 5.10). Esta vinda será contemplada por todos os habitantes da terra (Apocalipse 1.7) - isto será possível devido á tecnologia da comunicação, extremamente desenvolvida (Daniel 12.4).

A volta de Jesus, em sua segunda etapa, será como a sua ascensão: real, corporal, literal e visível: os homens o verão novamente com os olhos carnais (Daniel 7.13-14; Zacarias 14.1-5; Mateus 24.29-31; 25.31-46; 2 Tessalonicenses 1.7-10; Apocalipse 1.7; 19.11-21).

A ascensão de Jesus ocorreu quando estava rodeado de discípulos no monte das oliveiras. O solo deste monte foi o último ponto geográfico da terra em que os pés de Cristo pisaram. Seu retorno acontecerá ali também, à vista de Jerusalém, cujos cidadãos ingratos o desprezaram e o crucificaram, não quiseram que reinasse sobre eles. Naquele lugar acontecerá a revelação do seu retorno (Atos 1.12).

Sobre esta segundo momento do retorno, o profeta Zacarias, no capítulo 14 e versículo 4 de seu livro, profetizou que os pés de Cristo estarão sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém, e o monte das Oliveiras será fendido ao meio. Como o primogênito de Maria, Ele veio e experimentou a  vergonha quando julgado injustamente, mas virá outra vez em glória para julgar como o Justo Juiz (Atos 1.11).

No instante da segunda vinda, Jerusalém estará em guerra, sendo destruída pelos seus inimigos, e nesta situação Deus inspecionará os judeus como o refinador coloca seu ouro na fornalha e fica ao lado para ver se não vai sofrer nenhum dano. Segundo a profecia escatológica de Zacarias, Jerusalém é o ouro do Senhor a ser refinado.

O PADRÃO DOS CRENTES DE TESSALÔNICA PARA OS ÚLTIMOS DIAS

A religiosidade sem o Deus verdadeiro

Paulo se mostrou um missionário atento ao seu tempo. Quando esteve com os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, usou de toda a sua retórica, advinda de sua formação educacional num contexto romano. Ao escrever aos crentes tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser abordada de forma complexa em virtude da presença do forte politeísmo existente em Tessalônica. Naquela cidade, havia o culto a Dionísio, Asclépio e Deméter. Existia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana, o sincretismo chegou a tal ponto que se construiu o Grande Sarapeum, templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios.

A abordagem sobre o Arrebatamento do povo de Deus, feita com mais detalhes pelo apóstolo Paulo é encontrada em 1 Tessalonicenses 5.2, 4.

Jesus é o caminho que leva ao Deus verdadeiro

Diante do conhecimento desse aspecto histórico, podemos refletir no enorme desafio que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade, havia a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado. Se o anúncio do Evangelho não houvesse sido feito sob a orientação da graça divina, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética no coração dos tessalonicenses. Porém, felizmente, o apóstolo apresentou Jesus que, literalmente, se entregou pela humanidade. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus, aquela população foi impactada pelo poder da Palavra, e consequentemente fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos, houve uma significativa adesão ao convite do Senhor e os tessalonicenses se converteram dos ídolos a Deus (1 Tessalonicenses 1.9).

OS PUROS VERÃO A DEUS

A marca do cristianismo autêntico

Se não fosse possível viver uma vida em santidade, Deus não teria ordenado que vivêssemos assim (Levíticos 19.2; Mateus 5.8). Ser santo significa ser separado para Deus, dar prioridade aos seus interesses. O fato de priorizar a vontade de Deus nos faz santos. Ninguém se torna santo porque realiza coisas boas, se transforma em gente santa através da fé em Cristo, ao amadurecer na fé, ao viver com o Senhor e através de suas atitudes em conformidade com a doutrina cristã se parecer  igual a Cristo (2 Coríntios 3.18).

Sabemos, a religiosidade transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associa-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo. Ao ser humano, não basta o rótulo de cristão e a acomodação às reuniões em um templo evangélico, é necessário receber a Jesus como Senhor e Salvador de sua alma, arrepender-se dos pecados cometidos e firmar o propósito de não viver em pecado sistemático ou continuado. Jesus muda o modo de viver das pessoas que o seguem com inteireza de coração (João 3.3; Apocalipse 22.14, 15).

Assim como a verdade do Evangelho prevaleceu sobre a ficcionalidade dos mitos greco-romanos na vida dos crentes tessalonicenses, e em consequência deste fato nasceu a Igreja composta por irmãos tessalonicenses, toda pessoa que ouve a voz de Jesus a bater na porta de seu coração, e permite que Ele entre em sua vida e passa a ter comunhão com Deus, todos os embaraços existentes em sua vida são vencidos, sua vida é transformada de idólatra à espiritualidade viva e dinâmica. E assim passa a ser alguém apto a entrar no céu (Salmos 15.1-7; Apocalipse 3.20).

Jesus, único mediador entre Deus e os homens

Ao retornar, Jesus levará o seu povo para estar com Ele para sempre no céu. O céu seria um lugar incompleto para um cristão se Cristo não estivesse lá. Enquanto não volta, Jesus age como nosso advogado ou defensor, protege nossos direitos e provê por nós (2 Timóteo 2.5).

CONCLUSÃO

Apesar de não ser conhecida a data em que ocorrerá o Arrebatamento, devemos estar prontos para esta chegada. Jesus prometeu voltar para nos buscar e isto acontecerá de súbito, surpreendendo a humanidade.

E.A.G.

Compilações:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes Bícego, página 24, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia de Deus setor Lapa
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus, páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).