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Arquivo | 14 anos de postagens

sábado, 26 de novembro de 2016

Russell Phillip Shedd - Morre um dos mais importantes teólogos entre os brasileiros


Russell Phillip Shedd: uma vida de amor à Palavra de Deus Com enorme pesar, informamos que nosso fundador e presidente emérito, o dr. Russell Phillip Shedd, faleceu na madrugada de hoje.

O velório será a partir de amanhã (27/11) na Igreja Bíblica Evangélica da Comunhão, Rua Tito 240, Vila Romana – São Paulo. Haverá um culto às 10h deste domingo. O enterro será na próxima quarta-feira (30/11) às 14h no Cemitério da Paz, Rua Doutor Luiz Migliano, 644, São Paulo.

Juntamente com a igreja brasileira, lamentamos profundamente a perda deste servo valoroso, que deixará uma lacuna irreparável. Ainda assim, alegramo-nos no Senhor por saber que ele, tal como o Apóstolo Paulo, combateu o bom combate, terminou a carreira, guardou a fé e tem reservada para si a coroa da justiça.

Fiel mensageiro da Palavra, o dr. Shedd foi incansável em seu ministério, tendo percorrido todo o Brasil como conferencista e professor, pregando e palestrando em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. Foi exemplo extraordinário de uma vida de amor à Palavra. A literatura e o ensino teológicos no Brasil devem muito à incansável, inspiradora e comovente dedicação desse grande servo de Deus.

Ele deixa a esposa, dona Patricia Shedd, com quem foi casado por 59 anos, além de 5 filhos (Timothy, Nathanael, Pedro, Helen e Joy), 14 netos (Laura, Kelley, Rebecca, Katherine, Leander, Cayenne, Henry, Jonathan, Michael, Stephanie, Evelyn, Scott, Susan e Katie) e uma bisneta (Izabella).

O velório será a partir de amanhã (27/11) na Igreja Bíblica Evangélica da Comunhão, Rua Tito 240, Vila Romana – São Paulo. O enterro será na próxima quarta-feira (30/11) no Cemitério da Paz, Rua Doutor Luiz Migliano, 644, São Paulo.

Em breve daremos mais detalhes.

Um breve relato da vida e da obra de Russell Shedd. Nasceu em Aiquile, pequena cidade boliviana, no ano de 1929. Aos dez anos de idade, já falava espanhol, inglês e aprendera também o dialeto local. A semente de seu amor à Palavra germinou já na mais tenra infância, quando o menino acompanhava os pais, Leslie e Della Shedd, ambos missionários, em percursos evangelísticos pelas aldeias da Bolívia.

No início da adolescência, volta com os pais e irmãos para os Estados Unidos e cursa o segundo grau em duas instituições: Westervelt Home e Wheaton College Academy. Depois disso, a profunda sede pelo conhecimento da Palavra leva o jovem Shedd a uma intensa jornada de cursos. Primeiro, estuda Teologia no Wheaton College, onde recebe o grau de bacharel com especialização em Bíblia e Grego. Depois, decide fazer um mestrado em estudos do Novo Testamento na Wheaton College Graduate School. Muda-se então para o estado da Filadélfia e matricula-se no Faith Seminary, onde adquire o título de mestre em Teologia, em 1953. Dois anos depois, aos 25 anos de idade, conquista o grau de doutor em Filosofia (PhD) na renomada Universidade de Edimburgo, na Escócia. Em 1955, volta para os Estados Unidos e aceita o cargo de professor no Southeastern Bible College, em Birmingham, no estado do Alabama, onde conhece uma aluna, Patricia Dunn, com quem viria a se casar em 22 de junho de 1957.

Tendo os olhos e o coração voltados para a obra missionária, em 1959 o jovem casal é enviado pela Conservative Baptist Foreign Mission Society (CBFMS) para Portugal. Ali, Russell Shedd recebe com grata satisfação o encargo de acompanhar um ministério de literatura em formação. Denominado “Edições Vida Nova”, esse ministério fora fundado com o propósito de fornecer textos teológicos básicos e obras de referência bíblica para estudantes, professores e pastores.

Passados três anos, Russell Shedd e os demais missionários notaram que o programa de publicações sofria duas sérias limitações: os altos custos de impressão e a baixa e lenta demanda dos livros na minúscula comunidade evangélica portuguesa. Após muitas orações e deliberações, os olhos dos missionários voltam-se para um país do outro lado do Atlântico, com uma comunidade evangélica maior e em franco crescimento, contando ainda com a possibilidade de baixos custos na produção editorial. O plano inicial era que Russell Shedd ficasse dois anos no Brasil com o objetivo de implantar uma ação editorial em São Paulo e depois voltasse para Portugal. Em agosto de 1962, o casal Shedd chega ao Brasil, onde permanece, sem retornar a Portugal, e onde Russell Shedd passa a ensinar e a inspirar amor à Palavra de Deus, dando continuidade ao ministério de Edições Vida Nova. Ele sempre se dedicou de corpo e alma ao estudo e ao ensino das Escrituras, seja na área do ensino teológico, seja na área de publicação de livros evangélicos que facilitassem a compreensão e o conhecimento das Escrituras, sendo mais de 25 deles de sua autoria. Por muito tempo esteve à frente do ministério de Edições Vida Nova e, embora há vários anos tivesse passado a presidente emérito, jamais deixou de amar e participar dessa obra. Também atuou como consultor da Shedd Publicações. Sua influência perdura até hoje mesmo depois de aposentado, sendo um ativo influenciador de líderes e membros da igreja brasileira.

Na Faculdade Teológica Batista de São Paulo foi professor de Novo Testamento e diretor do Departamento de Novo Testamento e Exegese. Lecionou também em outras renomadas instituições ao redor do mundo.

Somos profundamente gratos a Deus pela forma maravilhosa em que usou o dr. Shedd para influenciar e impactar a todos a quem ele teve a oportunidade de discipular, usando-o também por meio de aulas e palestras e dos muitos livros escritos ou editados por ele. Com certeza, seu exemplo e ensino serão seguidos por muitos anos. Todos os que o conheceram só podem dizer, juntamente com ele, Soli Deo gloria!

Fonte: Editora Vida Nova

Fidel Castro morreu



Esta notícia sobre a morte de Fidel Castro, pela avançada idade dele, porque em julho de 2006 passou suas funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado ao irmão, Raúl Castro, e por ele ter renunciado ao posto de maior mandatário da ilha em fevereiro de 2008 - transferindo a função ao irmão Raúl - e estar afastado totalmente do Partido Comunista desde de 2012, não deve ter surpreendido muita gente. Ele estava doente, uma doença que não declarou publicamente.

O líder da Revolução Cubana, que conquistou o poder em Havana em 1959, aplicando um golpe de estado contra o então presidente Fulgêncio Batista, contando com a ajuda de Che Guevara e de Raúl.

Ele permaneceu no poder por 49 anos. Casou-se duas vezes, foi pai de sete filhos com três mulheres. Ao morrer, estava com 90 anos. O irmão anunciou a morte do ditador através da televisão estatal cubana.

Com este acontecimento, talvez, a declarada ideologia marxista-leninista, tida como base ideológica do governo de Fidel, também tenha seu fim em Cuba. Creio que seria ótimo ao paupérrimo povo cubano respirar Democracia e experimentar o capitalismo.

Nascimento: 13 de agosto de 1926. Falecimento: 25 de novembro de 2016. Seu  óbito ocorreu por volta de 22 horas, horário local (3h29 no Brasil).

Julio Severo, em seu perfil pessoal no Facebook, hoje: "Se Fidel se arrependesse, Jesus o perdoaria e salvaria. Mas é preciso lembrar que todas as pessoas que morrem sem Jesus vão para o inferno. Por isso, é tão importante que os seguidores de Jesus preguem o Evangelho. Por isso, Jesus morreu na cruz. Mesmo que uma pessoa não tenha cometido os pecados de Fidel, mesmo que ela tenha lutado a vida inteira contra o comunismo, se ela não conheceu o Salvador Jesus, o destino eterno dela é o inferno."

E.A.G.

Bom senso no uso da roupa e preços baixos sempre serão bem-vindos


Garotinha loura de cabelos cacheados brinca em balanço olhando para o alto.

Lindas e seminuas ou nuas

O mundo, que despreza o amor e sabedoria de Deus, está cheio de loucos da pior espécie, com apetites descontrolados. A exagerada exibição da beleza feminina, projeção sem qualquer critério, encanta mais do que gente sensata, acende a libido de multidões de doidos. E esta mesma beleza exposta, às vezes provoca mais do que admiração e elogio de muitos corações masculinos, é a ponte que arrasta essas mulheres indiscretas ao grande sofrimento, dor e lágrimas.

Só a Black Friday?

Diante de tamanha crise econômica no Brasil, quisera Deus abrir a cabeça e o coração de lojistas brasileiros para criarem diversas outras promoções, além de tantas que já inventaram. Abertura da cabeça, para haver não só a sexta-feira negra, mas também a black monday; black thursday; black wednesday... Coração aberto, para se desapegarem de lucros absurdos, para que se contentem com preços justos.

Falando em dinheiro e fama

Um amigo se queixa de que alguém ficou famoso e revelou-se pessoa orgulhosa e fria, agindo como se não o conhecesse mais. Disse ele: "Há pessoas mais chegadas a nós do que um irmão; até que o vírus da fama as alcance". Respondi-lhe: "Algumas pessoas nos surpreendem, negativamente, não apenas com a mudança de comportamento por causa da fama, basta a elas subirem alguns degraus no patamar de poder aquisitivo. Algumas, inclusive, se esquecem até de quem lhes estendeu as mãos nos tempos de vacas magras. Mas, deixa estar, oremos em favor dessa gente indiferente, afinal, todos somos falhos em alguma coisa...".

Impeachment ao Temer?

A fracassada turma de deputados federais, aliada da ex-presidente Dilma Rousseff, quer tirar Michel Temer da presidência da república. Ivan Valente, que está líder do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) anunciou na sexta-feira passada (25) que protocolará a solicitação na próxima segunda, na Câmara dos Deputados.

O Brasil não aguenta um impedimento atrás do outro. Se acontecesse de o processo obter êxito. sairíamos vivos, porém, aturdidos demais, sofridos como cães famintos virando latas de lixo por aí. Que a vida siga seu curso, mesmo que este curso não tenha mais o traçado natural que deveria ter. Aguardemos as eleições em data já agendada, e que nesta data votemos com sabedoria no próximo presidente, futuros governadores e senadores, torcendo para que nenhum político ficha-suja (sujeira ainda não descoberta) ocupe vaga que deve ser ocupada por gente de bem.

E.A.G.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Você perdeu a audição?

Era uma vez um homem que desafiou Deus a falar. Ele orou assim:

- Faz a sarça ser consumida pelo fogo como fizeste por Moisés, Deus. E eu te seguirei.

- Derruba os muros como fizeste por Josué, Deus. E eu lutarei.

- Acalma a tempestade como fizeste na Galileia, Deus. E eu ouvirei.

E o homem sentou-se ao lado de uma sarça, junto a um muro, perto do mar e esperou Deus falar.

E Deus ouviu o homem, portanto Deus respondeu.

Enviou fogo, não para uma sarça, mas para uma igreja. Derrubou um muro, não de tijolos mas de pecado. Acalmou a tempestade, não do mar, mas de uma alma.

E Deus esperou a resposta do homem.

E esperou...

E esperou...

E esperou...

No entanto, por estar olhando para sarças, não para corações; para tijolos, não para vidas,; para mares, não para almas. O homem concluiu que Deus hão havia feito nada.

Finalmente, ele olhou para Deus e perguntou:

- Perdeste o poder?

E Deus olhou para o homem e disse:

Você perdeu a audição?

Extraído do livro "Na Jornada com Cristo - o roteiro de Deus para a realização pessoal", autoria de Max Lucado, página 36, 2ª reimpressão 2011, Editora Mundo Cristão.

Juiz Sérgio Moro, delegados da PF e procuradores pedem apoio de brasileiros para darem prosseguimento às investigações da Lava Jato e Zelotes



Juiz Sérgio Moro, delegados da Polícia Federal e procuradores pedem apoio ao honesto povo brasileiro em favor da continuidade da operação Lava Jato e repúdio contra a prática de corrupção política no Brasil.

Projeto de lei é do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

Com a mudança lei de abuso de autoridade (PLS 280/2016), as operações de confronto à corrupção, como a Zelotes e Lava Jato, podem ser prejudicadas, conforme declara a Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE). Segundo a entidade, diversos itens do projeto de lei do Senado Federal proporcionam a probabilidade de punição ao juiz pela circunstância de interpretar a lei, chegando ao ponto de criminalizar o trabalho judicial. De acordo com a AJUFE, o projeto tem a finalidade de intimidar juízes, desembargadores, ministros e outras autoridades na aplicação da lei penal, principalmente em casos de corrupção envolvendo a classe política, ocupantes de cargos públicos e empresários.

 "Se esse projeto for aprovado, haverá um efetivo risco às investigações. E eu não digo aqui sobre a Operação Lava Jato, porque isso transcende em muito a Operação Lava Jato. Isso diz respeito à independência da magistratura, isso é válido para toda e qualquer investigação, presente ou futura", afirmou Moro em discurso na tarde desta quinta-feira (28 de julho) em frente à sede da Justiça Federal de Curitiba contra o projeto que altera a lei de abuso de autoridade. [ 1 ]

Manifestação nacional dia 4 de Dezembro

"De repente a gente tem a sensação de que as coisas estão indo pelo ralo. Tantos meses de espera, tantas marchas e panfletagens, a crença de que o Brasil poderia sair da lama da corrupção e aí parece que as coisas avançam. Chegamos ao fundo do poço, mas começamos a voltar. A Operação Lava Jato começou a prender poderosos antes intocáveis. Finalmente, ocorreu o Impeachment. Ficamos todos na expectativa de que avançasse. Mas de repente o Legislativo - sujo, corrupto e cínico - na figura do senador Renan Calheiros, resolve dar fim a todo e qualquer processo que melhore o país. Com a cumplicidade do Executivo e, quem sabe, do Judiciário, desfigura o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção e atira no coração da Lava Jato com projetos de leis que, na prática, inviabilizam a continuidade da Operação. E o povo? Revoltado, desgastado e aviltado, o povo gostaria de ver Renan Calheiros na prisão. Mas, no momento, só nos resta ir às ruas de cada cidade brasileira dias 4 de Dezembro e colocar para fora nossa sede de justiça" - Blogueira Maya Felix em sua rede social, 24/11/16.

Concluindo

Não deixe de falar sobre isso. No ambiente de trabalho, da igreja, na roda de amizades, em casa - até mesmo com seus filhos adolescentes, que já possuem o direito de votar. A conscientização política precisa fazer parte do senso comum. Quando as pragas chegam à lavoura, se o agricultor resignar-se a apenas queixar-se, todo o campo plantado será destruído. Como eleitores, precisamos extirpar o ataque da peste chamada corrupção, para que o Brasil frutifique a atinja toda a potencialidade que ele tem para produzir os bons frutos de honestidade e senso de justiça. O produto exterminador deste mal é, agora, mostrar para a classe política a nossa indignação, e no período eleitoral renovar a turma de senadores e deputados federais fichas-sujas.

Causa em todos que são gente decente um sentimento de repugnância saber que senadores, cujos nomes estão envolvidos em "ações irregulares", todos muito bem remunerados e gozando de muitas regalias às custas de nossos impostos, usam a autoridade da gestão parlamentar legislando em causa própria. Os atos de Calheiros e sua tropa aliada, são dignos de repúdio total. A movimentação deles, com a intenção de safar-se das guarras da lei, tentando adulterar essas leis que os condenam, não são aceitas pelo povo brasileiro. Os eleitores de Alagoas devem ao Brasil o afastamento de Calheiros da vida pública, que no próximo pleito eleitoral os alagoanos o lancem no limbo do esquecimento.

E.A.G.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Falta feijão na mesa. Motorista evangélico no caminhão de cerveja. Protestos de rua em plena tarde de quarta-feira

Acessando, agora há pouco, meu perfil na rede social, encontrei três assuntos que saltaram aos meus olhos. Interagi comentando cada um deles. E compartilho os temas por aqui.

1 Falta feijão na mesa


Uma jovem senhora, nutricionista pernambucana, digitou o seguinte comentário em sua Linha do Tempo:

"Eu já escutei tanto absurdo sobre o feijão que resolvi fazer esse post para ajudar vocês. O feijão é um alimento típico do Brasil e da América Central e muitas vezes é abolido da alimentação diária por diversos mitos' (...). 100 gramas de feijão tem aproximadamente 15 gramas de carboidratos, é rico em fibras, ácido fólico, magnésio, potássio, ferro, fósforo e possui baixo índice glicêmico (...). Feijão azuki, vermelho, branco, verde, bolinha, rajado, carioca, fradinho, preto, jalo, moyashi proporcionalmente tem os mesmos nutrientes e todos podem ser consumidos. (...).

Minha opinião:

Infelizmente, o feijão tem sido comida ausente na mesa de muitas famílias brasileiras, não por opção pessoal, mas por causa da inflação. Está caríssimo!

2. O motorista evangélico dirigindo caminhão de bebidas alcoólicas


Ele revelou: "Sou Cristão, mas o meu emprego é em uma distribuidora de bebidas! Tenho uma esposa e um casal de filhos para sustentar. E então, pastor?

Minha opinião:

Deus é tão grande, tão poderoso, tão maravilhoso! Sendo Ele assim, qual seria a dificuldade, para Ele, em dar ao profissional do volante uma empresa para trabalhar, que não seja distribuidora de drogas (álcool é droga). Observação: não tenho a intenção de debater este tema, apenas expus meu pensamento ao assunto.

3. Protesto em plena quarta-feira, às 15 horas, é coisa de trabalhador ou de vagabundo?



Minha opinião:

Pela situação política que anda o Brasil, principalmente com as atitudes de Renan Calheiros tentando aprovar leis que façam parar o bom trabalho do juiz Sergio Moro, que atrapalhem as investigações da Polícia Federal (principalmente na Operação Lava Jato) e travem o trabalho de Promotores de Justiça - porque estão no encalço de políticos corruptos e os prendendo. Penso que passa da hora de o povo se mobilizar outra vez. Civilizadamente, é preciso sair pelas ruas em protesto, de norte a sul, leste a oeste. E que seja feita a mobilização numa noite de sexta-feira, ou numa bela tarde de domingo.

Entendo que aqueles que protestam no meio de semana, ou são desempregados ou funcionários públicos - escorados na lei que impede de desempregá-los, mesmo que não sejam bons funcionários. 

Muita coisa precisa mudar em nosso país!

E.A.G.

Dicas para não ser vítima e nem propagar boatos da Internet


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Como não ser vítima de mentiras da internet.

Por mais de uma vez, fui testemunha de pessoas idôneas, que leram determinados conteúdos em redes sociais e, de pronto, acreditaram no conteúdo lido. Compartilharam o boato como se fosse fato. Talvez, porque o momento da leitura fosse de pura descontração, ou faltasse o tempo suficiente para apurar. Então, desprezaram a importância de agir criteriosamente, não cogitaram ser problema repassar a inverdade que receberam. 

• Confira as fontes da notícia.

Pergunte-se: Foi publicado em órgão de imprensa? Está na página oficial da pessoa citada na matéria? Há muitos sites de humor e páginas especializadas em inventar boatos. É sempre bom tomar cuidado para não espalhar o que não é um fato comprovável.

• Preste atenção para saber se o que lê não é notícia antiga.

Algumas notícias são verdadeiras, porém, são velhas, estão desatualizadas. 

• Seja um pouco cético ao que lê.

Use o bom senso. Se a notícia tem o ingrediente da bizarrice e do absurdo, então há alta probabilidade de que não seja informação verdadeira.

Confira se a notícia está assinada por um jornalista sério, que goza de boa credibilidade, veja se este jornalista tem passado profissional probo. Quando for fonte obscura ou anônima, busque a confirmação em outro lugar.

.• Não caia no alarmismo.

Notícias em tom sensacionalista, quase sempre não são verdadeiras, geralmente contam meias-verdades.. Na dúvida, jamais compartilhe.

• Leia a notícia completa.

Às vezes, o título é escrito de maneira distorcida, Distorção fora da ética profissional, com o objetivo de chamar a atenção. Se a matéria é lida, o leitor descobre que é enganado, constata que o conteúdo não tem quase nada a ver com o enunciado.

 Autoria desconhecida.

Quando manter as aparências custa caro


Injustamente, dão ao pavão a reputação de ser uma ave vaidosa  e exibida.
Dão ao pavão a reputação de ser uma ave vaidosa
 e exibida. Será que ele é?

Recentemente, assisti em um telejornal uma notícia interessante sobre uma pesquisa. A apuração feita era sobre os hábitos com o uso de dinheiro pela população da América Latina. O resultado apontava que o povo latino é composto de gente exageradamente gastadora, consumidora de muitas coisas supérfluas.

A produção da reportagem colocou um sociólogo para falar algo a respeito, ele concordou, fazendo o comentário que está no parágrafo abaixo.

"Nem sempre ter muitas coisas significa que a pessoa está indo bem na vida. Muitas vezes ter o celular moderno, ter o tênis de marca mais caro da loja, ter muitas roupas de grifes famosas para vestir, apenas significa que a pessoa sente necessidade de ostentar, porque só ostentando ela sente ser alguém. Em muitos casos, possuir e desfilar com o que tem (para que todos a vejam usando) é um sinal amarelo de alerta ligado, porque ela gasta muito mais do que pode gastar, não sabe poupar, o cartão de crédito vive estourando e as dívidas a perseguem feito uma bola de neve" - Infelizmente, não anotei o nome do sociólogo.

Conheci gente parecida com o comportamento descrito acima. Eu me recordo que, em determinada ocasião, sem querer, descobri que ela dirigia um belo carro novo usando sapato com a sola furada.

É atribuída autoria ao Pastor Claudio Duarte o seguinte conselho: "Não sinta vergonha de usar aparelho celular que não é de última geração, não ter um automóvel novo, precisar repetir roupas porque não possui muitas peças em seu armário. A vergonha que precisamos ter é viver de aparências, tentar passar aos outros a imagem de quem você não é."

E.A.G.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

As obras da carne e o fruto do Espírito


As obras da-carne e o fruto do Espírito. Lição nº 1. EBD - primeiro trimestre de 2017. CPAD - Obras da Carne e o Fruto do Espírito: Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Comentarista. Osiel Gomes.
Por Eliseu Antonio Gomes

A Carta aos Gálatas é uma das epístolas mais enérgicas que Paulo escreveu. Seu conteúdo nos permite vislumbrar o caráter cristão. Na ocasião da redação, o cristianismo corria o risco de ser transformado numa seita do judaísmo, os opositores do apóstolo tentavam convencer os cristãos, convertidos em seu ministério, a desistirem de seguir a doutrina de Cristo que ele anunciava.

Há duas correntes sobre os destinatários de Gálatas. A primeira teoria afirma que os destinatários seriam os cristãos da região conhecida como Galácia étnica, cujas cidades principais eram Ancina (Ankara, atual capital da Turquia), Pessino e Tavium.  A segunda teoria, mais aceitável, afirma que os destinatários localizavam-se na Galácia do Sul, a região abrangida pelas fronteiras da Licia e da Panfília, que o apóstolo visitou em sua primeira viagem missionária, quando pregou nas cidades de Antioquia da Pisía, Icônio, Listra e Derbe (Atos 13 e 14).

A salvação pela graça
Alegria, fruto do Espírito; invejar, hábito da velha natureza
Diga não às drogas: carta de adeus de um jovem de 19 anos ao pai...
Fidelidade
Fruto do Espírito: amor
Salvação e livre-arbítrio
Sete porções bíblicas sobre a saudação "a paz do Senhor"


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Aprendendo sobre o pecado da mentira

Artista desconhecido.
"O.justo aborrece a palavra de mentira, mas o perverso faz vergonha e se desonra" - Provérbios 13.5 (ARA).

O Livro de Provérbios nos ensina que quem fala muito pode se tornar uma pessoa inconveniente. A pessoa que não preserva os seus lábios também descuida da própria alma. 

O indivíduo que pensa duas vezes antes de falar uma vez, refreia a sua boca: não comete indiscrição, vã glória, difamação, injúria, calúnia, mentira. E agindo assim, guarda-se de pecar, da vergonha de precisar explicar-se. Sua cautela evita momentos de lamentações, de remorsos, de culpas, de tristezas.

Postagem paralela: Ananias e Safira - o perigo de falar mentira.

E.A.G. 

A prova da existência de Deus em suas mãos



Atribui-se a Isaac Newton. inglês, cientista, físico e matemático, a seguinte frase: "Na ausência de qualquer outra prova, um único polegar me convence da existência de Deus".

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Era uma vez a minha juventude...


Os dias passam tão depressa, que, muitas vezes, não percebemos que estamos envelhecendo.

Não deixe ninguém convencer você dizendo que você é uma pessoa envelhecida e, nesta circunstância, deve ser apenas uma pessoa sedentária, simples observadora da vida, alguém que não deve mais ser ativa nem quanto aos rumos da própria vida.

Em todas as idades, se colocamos o coração nas mãos de Deus, Deus permite que sejamos mais do que vencedores.

E.A.G.

Charles Haddon Spurgeon e a frase sobre a esposa com tripla personalidade


“Deus nos livre a todos das esposas que são anjos nas ruas, santas na igreja e demônios em casa” – frase atribuída a Charles Spurgeon (1834 – 1892).

Não é certeza se esta declaração, compartilhada em redes sociais, tem como seu autor o famoso pregador inglês. O que, com toda certeza, sabemos é que a conduta descrita na frase é altamente reprovável, seja ela um comportamento de uma mulher casada, ou de um marido, ou de alguém que ainda está solteiro ou solteira. 

Nem sempre será fácil, mas temos que tratar bem a todos, em todos os lugares e em todo tempo.

E.A.G.

domingo, 20 de novembro de 2016

Uma figura estranha na festa?

Lenda urbana? Conta-se que uma jovem evangélica, recém batizada nas águas, cuja família não é religiosa, participava de uma festa em casa. Em dado momento, foi feita uma foto (selfie) para registrar a comemoração. E, segundo dizem, todos ficaram surpreendidos ao olhar a imagem e verem que nela estava uma figura estranha, amedrontradora, entre as pessoas fotografadas.



Algumas pessoas acreditam que seja um demônio. 


Outros, como eu, não acreditam nesta tese de aparição demoníaca. Particularmente, penso que tenha sido o resultado de uma sujeira na lente do celular, que ocasionou um efeito por refratamento.


Analisando pela perspectiva bíblica. As Escrituras Sagradas afirmam que o diabo vem para matar, roubar e destruir. Não diz que ele vem para tirar selfies.

E.A.G.

O milagre está em sua casa


Por Eliseu Antonio Gomes

"O Senhor é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos" - Efésios 3.20.

A importância do profeta Eliseu começa pelo significado do seu nome, significa "Deus é salvação" no idioma hebraico. A vida dele indica que tinha uma família abastada, porque arava uma terra acompanhado de vários empregados. Era um homem rude, sem formação acadêmica alguma, tinha calos nas mãos pelo serviço que exigia força bruta e saúde para ser realizado.

O profeta viveu durante os reinados de pelo menos quatro reis de Israel: Jotão, Jeú, Jeocaz e Joás; além de outros reis (2 Reis, capítulos 5 ao 13), inclusive estrangeiros, como o rei da Síria, Ben Hadade, Hazael e até o rei de Judá, Josafá (2 Reis 3.11-19).

Eliseu se tornou o canal de milagres em várias ocasiões diferentes. A começar pela casa de uma viúva, mãe de dois filhos. A narrativa, exposta em 2 Reis 4.1-7, não identifica o nome desta mulher e nem dos filhos dela, que era esposa de um profeta que havia falecido e deixado uma dívida impagável. A multiplicação do azeite na casa desta viúva é um dos milagres, ocorrido no ministério de Eliseu, cujo relato está entre os mais surpreendentes entre todas as narrativas que encontramos nas páginas da Bíblia Sagrada.

A viuvez nos tempos bíblicos

Um detalhe interessante a ser notado é que as passagens tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, que tratam da questão da viuvez, não falam do cuidado dos viúvos, mas, sim, em relação às viúvas, uma vez que, no modelo de organização familiar daqueles tempos, a morte da esposa não mudava a posição social e econômica do marido, mas o contrário, sim.

É importante observar que nos tempos antigos, no período bíblico e durante muitos séculos depois, não havia pensão alimentícia e nem seguro social, e as mulheres não tinham tantas alternativas de emprego como existem em nossos dias. Já para o homem, que normalmente sustentava a família sozinho, havia muitas opções, além de ser privilegiado na questão das heranças. 

No período bíblico, perder o marido significava para a mulher perder de forma dramática a sua posição social e econômica. As viúvas passavam geralmente grandes necessidades. A gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse filhos. No caso de não ter gerado filhos, a viúva voltava para a casa dos pais (Gênesis 28.1) e ficava sujeita á lei do levirato, que já era praticada antes de Moisés, mas foi estabelecida como lei, de fato, somente com ele (Deuteronômio 25.5, 6). Naquela época a viúva poderia encontrar algum parente que se tornasse o seu remidor e se casasse com ela. No caso daquela viúva com dois filhos, não houve ninguém que a remisse.

O regime de escravatura.

A situação daquela viúva era alarmante, depois do falecimento do marido, estava sozinha com dois filhos órfãos, que não tinha condições de sustentar. Ela vivia em estado de extrema penúria, faltavam alimentos básicos, não havia nenhum recurso financeiro e tinha uma dívida sem condições de honrá-la. Corria o risco de ver seus filhos serem levados por credores, se ela não pagasse as dívidas deixadas pelo marido falecido.

O problema da dívida daquela família precisava ser resolvido. Nos tempos do Antigo Testamento, uma família de uma pessoa podia ser tomada e vendida para a escravidão temporária para pagar uma dívida contraída pelo pai (Êxodo 21.1-11; Levíticos 25.29-31; Deuteronômio 15.1-11).. 

A reação de Eliseu ao saber daquela triste situação foi manifestar o cuidado de Deus em favor da viúva e pelos dois órfãos; ambos simbolizavam os afligidos pela pobreza e pela fraqueza.

"Que é que tens em casa?" (2 Reis 4.2).

O profeta não pensou em buscar empréstimo para saldar aquela pendência financeira. Ele perguntou o que a mulher tinha em casa. Ela respondeu que possuía apenas uma botija de azeite. Curiosa essa pergunta, dirigida para a viúva, pois se a mulher veio até o profeta pedir ajuda para não ter os filhos levados como escravos por causa da dívida, é plausível entender que ela não tinha bens de valor material em casa que fossem suficientes para a quitação do débito.

A instrução do profeta à mulher, ao saber que possuía apenas um vaso, foi que ela conseguisse muitos vasos emprestados, vazios, e fechasse a porta de sua casa, e derramasse o pouco de azeite que tinha naqueles vasos. Obedecendo à palavra do profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou multiplicando o pouco que ela possuía. Não havendo mais recipientes onde estocar o azeite, cessou o milagre.

O óleo de oliva refinado era usado em cozimento, como cosmético e queimado como combustível na iluminação e era sempre mantido em combustão, mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Observando a narrativa bíblica, é possível entender que o azeite era um produto de pouco valor agregado, de baixo custo, mas essencial à vida de todos. Podia ser facilmente vendido pela viúva, para pagar a dívida e, assim, as necessidades da família serem atendidas. 

O pouco que aquela mulher tinha foi foi feito em muito, mas ela precisava ser sábia no tocante ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Aquela mulher tinha então uma grande quantidade de azeite em casa, mas parece que não sabia o que fazer com ele. Indo pela segunda vez ao profeta, contou-lhe o ocorrido. A ordem era clara, aquele milagre não aconteceu para que ela gastasse o dinheiro com coisas desnecessárias, ela ouviu do profeta a orientação para que vendesse o azeite e usasse o dinheiro para pagar a dívida adquirida por seu falecido esposo, dívida que estava destruindo sua família que já estava desfalcada, e vivesse do restante.

A pergunta do profeta ("o que é que tens em casa?", dirigida para a viúva, é uma pergunta que, colocada no contexto das famílias na sociedade atual, se choca com a realidade da pobreza, da mendicância nas cidades, da busca de alimentos nos lixões das grandes metrópoles, dos maus serviços de saúde. A Igreja de Cristo na terra não pode fugir ao seu papel social, e sim seguir o exemplo da Igreja que saiu do Pentecostes (Atos 4.32-35).

Administrando o que Deus nos dá

Ter recursos em abundância não é o suficiente para que solucionemos problemas de escassez. É necessário que saibamos usar o que Deus nos deu com responsabilidade. No momento em que  a despensa está vazia, não adianta ter muitos recursos se você não sabe como aproveitá-los em favor de sua subsistência e de sua família.

Deus espera que ajamos com sabedoria em todos os momentos de nossa existência, sobretudo nas adversidades. É preciso saber trabalhar com o que se tem em mãos. Como servos de Deus, precisamos entender que Deus dá o necessário e não para as vaidades.

As lições que podemos extrair da experiência da viúva:
• Deus usa pessoas. Este é um fato fartamente demonstrado na Bíblia;
• O milagre corrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina;
• Deus dá a provisão na medida certa, nunca dá demais ou de menos, sempre na medida da nossa capacidade de gerir aquilo que Ele dá;
• Deus pode nos abençoar financeiramente;
• Para Deus não existem impossíveis;
• O pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode tornar-se em abundância;
• Deus nos dá tanto quanto precisamos e dá abundantemente. 
Conclusão.

Vivemos um momento de grandes dificuldades econômicas no Brasil, quando muitas famílias estão em total pobreza material. Famílias inteiras vivem em favelas das grandes cidades, sem educação, sem segurança sem alimentação. A pobreza gera desespero e violência. Os governos tentam fazer alguma coisa, mas muito pouco é feito para mudar essa situação caótica.

Não importa a crise que o nosso Brasil esteja atravessando, o Senhor pode realizar - e realiza - milagres. Também, não importa como acontecem as intervenções divinas, o que vale é saber que Deus é poderoso para mudar situações adversas em favoráveis.

A bondade de Deus foi demonstrada na vida daquela família, que acreditou na orientação do profeta e foi agraciada com um grande milagre. A viúva endividada, no momento da crise foi até a pessoa certa, um profeta e homem de Deus. É preciso ter cuidado, pois muitos estão buscando o milagre divino no lugar errado e com a pessoa errada. Em tempos de crise não faltam falsos profetas que prometem "soluções milagrosas", lucrando financeiramente com com a dor e miséria alheia.

A lição que aprendemos é que o Pai celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos merecedores de nada. Os milagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. Do pouco que temos, podemos exercer nossa fé para obtermos a bênção de Deus em todos os aspectos de nossa vida: material, emocional e espiritual.

O apóstolo Paulo escreveu que Deus dá da sua graça na medida da nossa fé, ou "conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Romanos 12.3).  .
E.A.G.

Compilações:
Lições Bíblicas - Mestre - Elias e Eliseu, um ministério de poder para toda a Igreja; 1º trimestre de 2013; Lição nº 10: Há um milagre em sua casa; páginas 69-73, José Gonçalves; Rio de Janeiro (CPAD) ;
Lições Bíblicas - Professor - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 63 a 68, Rio de Janeiro (CPAD). 
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; Elienai Cabral; páginas 109, 111, ; 1ª edição 2016; Rio de Janeiro (CPAD).

sábado, 19 de novembro de 2016

Fé e gratidão



"Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais" - Lucas 12.7.

Foi Jesus quem disse a frase acima, revelando que nenhum detalhe em nós, por menor que seja, passa despercebido aos olhos de Deus. Portanto, em todas as circunstâncias, ore. Deus sabe tudo sobre você, mas Ele quer te ouvir o que tem a dizer (Mateus 21.22).

Frustrações? O futuro nos reserva novas oportunidades, todo dia é um novo dia. Certas coisas acontecem para que aprendamos a depender somente de Deus. A confiança nEle como o Pai que nos quer bem e a manifestação de gratidão mudam tudo. Esperar no Senhor é dar espaço para a satisfação tomar o lugar do desapontamento.

Aproveite bem todos os momentos que o Senhor concede a você. Abra seu coração, veja as ótimas oportunidades que existem neste dia. Na maioria das vezes, para evitar que a ocasião favorável se dissipe, precisamos apenas confiar no amor que o Pai celestial tem por nós, levantar a cabeça e ir adiante deixando as lembranças que causam dor para trás.

Há um tempo determinado para todas as coisas. Na vida do crente não existe sorte ao acaso, existe a operação da fé, que traz à existência as coisas que ainda não são. Na vida do crente, aquilo que parece ser uma coincidência é o plano de Deus em ação. Não há atraso nas respostas de oração, há a resposta no tempo certo. A vida de crente é uma vida abençoada.

Não existe problema que Deus não possa resolver. 

Obrigado, Senhor!

E.A.G.

O Natal de Jesus Cristo contado para as crianças


O Natal de Jesus Cristo contado para as criançasJesus Cristo, o Filho de Deus, nasceu em uma estrebaria. 

A estrebaria também é conhecida como curral, estábulo e cocheira. É de se esperar que seja um lugar sujo, que não tenha cheiro bom mesmo que sejam realizadas constantes ações de limpeza, porque ali são guardados muitos animais.

Ao nascer, em vez de o pequenino Emanuel ser colocado em um berço bonito, sobre um colchão macio revestido com lençol branco, foi posto em uma manjedoura. 

O que é a manjedoura? É uma peça conhecida também como cocho. O cocho é usado para colocar comida aos animais. 

Esta situação vergonhosa que Jesus Cristo experimentou em seus primeiros momentos como gente, quando se transformou em uma pessoa igual a mim e a você, aconteceu porque Deus olhou, com olhar repleto de imenso amor, para toda a Humanidade e percebeu que todos nós estávamos perdidos e precisávamos de um Salvador capaz de mostrar o caminho que nos leva ao Céu.

E.A.G.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Resposta para uma pessoa antidizimista e que é contra o salário de pastor


Iniciando este texto, quero deixar claro que não sou pastor, não tenho nenhuma espécie de vínculo com dinheiro de igrejas, a não ser na posição de quem entrega o dinheiro para sustentar o ministério.

1. Pastores, missionários e evangelistas.

Para argumentar contra o salário de pastor, críticos citam Mateus 10.9-10 ("digno é o obreiro do seu alimento") fora do contexto do assunto. Nesta passagem, os discípulos foram enviados para um trabalho evangelístico – em pouco tempo percorreram um trajeto fazendo visitas e logo retornaram. Não é o caso do ministério pastoral – o pastor convive com os membros da igreja, cuida de uma comunidade na posição de líder espiritual.

Por que o apóstolo Paulo não aceitou salário? Ora, não poderia fazer isso porque não era pastor, ele era apóstolo/missionário. Ele não lidava com gente convertida, seu contato era com gente se convertendo.

O apóstolo ensinou os convertidos a sustentarem pastores. O texto que trata de pastores/presbíteros com relação ao salário é 1 Timóteo 5.17. Nesta passagem bíblica, Paulo escreveu que aquele que se aplica ao ensino da Palavra deve ser estimado por digno de “duplicada honra”, pelos que são ensinados. No idioma grego, em que foi escrito o Novo Testamento, o termo empregado no qual ao português está vertido o vocábulo “honra”, tem o sentido de “honorário”, “salário”, “sustento como recompensa por bons serviços prestados”. 

Este texto não é de difícil compreensão. 

2. Vivendo pela fé.

Outra argumentação dos críticos do sustento pastoral é afirmar que o pastor deve viver pela fé.

O que é viver pela fé? Viver desempregado, viver sem salário, passar fome? Ora, é assim para aqueles que possuem uma fé limitadora, mas para quem possui uma fé no Deus de toda provisão, é diferente, é o extremo oposto.

Analisemos a galeria da fé, em Hebreus 11. Enquanto uns, pela fé, viveram sem alcançar as promessas de Deus, receberam zombarias, foram presos e torturados, morreram ao fio da espada, morreram queimados, outros, também pela fé, receberam as promessas de Deus, fecharam a boca de leões, apagaram a força do fogo, colocaram em fuga exércitos inimigos, conheceram a vitória, conquistaram reinos (versículos 33 ao 38).

3. O valor do trabalho de pastor evangélico.

As pessoas mundanas, que desprezam o Espírito Santo, alegam que o pastor que não exerce uma profissão na área secular é uma pessoa que não trabalha. Eles dizem isso porque não possuem a sabedoria do alto. O trabalho de um pastor - estudando a Bíblia para pregar e aconselhar os membros; orando pelos membros - é mais importante que qualquer trabalho deste mundo, porque é um trabalho de ordem espiritual; o pastor prepara almas para entrar no céu. 

É válido lembrar que para Deus uma alma vale mais que o mundo inteiro!

4. Defendendo os dizimistas cristãos e a coleta de dízimo nas igrejas evangélicas.

Penso que não devemos subestimar os dizimistas. Alguns descrevem quem entrega o dízimo como “pessoas de baixa instrução". Afirmar isso é agir com preconceito. Não são apenas pessoas com pouca escolaridade entregando dízimos nas igrejas, também existem pessoas cultas que fazem isso. 

O dizimista é dono do seu dinheiro, e nessa condição de dono precisa ser respeitado por todos nós. Ele faz o que quiser com tudo que é dele, não merece ouvir ou ler opinião de quem quer que seja a respeito do que queira fazer, se não solicitou auxílio à administração de seus bens.

.O dízimo nada mais é do que um sistema de ofertas sob a regra de dez por cento do salário do crente. Se a igreja recebe dízimos, pedindo que seja entregue voluntariamente, nada há de errado nisso do ponto de vista bíblico.

Conclusão.

Costumo aconselhar antidizimistas a consultarem o coração. Penso que eles precisam realizar uma autoanálise, para checar a motivação que os faz ficar contra as ofertas de dez por cento. Caso a razão da indisposição em ofertar seja o apego exagerado ao dinheiro, é necessário ter uma boa conversa com Deus e pensar em mudar o quanto antes possível seu posicionamento neste assunto.

E.A.G.

A evangelização das crianças


EBD-cpad-O-Desafio-da-evangelizacao-Obedecendo-ao-ide-do-Senhor-Jesus-de-levar-as-Boas-Novas-a-toda-criatura-Claudionor-de-Andrade-licao-9-a-evangelizacao-das-criancasPor Eliseu Antonio Gomes

O "Ide" de Jesus alcança as crianças.

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" - Marcos 16.15.

Deus, nosso Salvador, deseja que todas as pessoas sejam salvas e alcancem o pleno conhecimento da verdade, inclusive quer a salvação das crianças (1 Timóteo 2.3b,4; Mateus 18.12-14).

A grande comissão dada por Jesus também inclui as crianças. Assim sendo, anunciar o Evangelho para elas é uma necessidade urgente, pois precisam ser evangelizadas, discipuladas, e apascentadas com todo respeito e amor, para que tenham um encontro pessoal com Cristo.

A infância é o período em que o coração e a mente estão mais predispostos à influência do Evangelho. Uma criança ganha para Cristo representa uma alma salva e uma vida no serviço do Mestre; é uma vida toda que pode ser dedicada ao Reino dos Céus. Na Palavra de Deus temos o exemplo de Timóteo, que aprendeu as Sagradas Escrituras ainda na infância e quando jovem tornou-se um pastor, obreiro fiel (2 Timóteo 1.5).

Erroneamente, muitos quando leem essa ordenança pensam somente nos adultos. Entretanto, o Ide de Jesus também é para os pequeninos.

A criança como símbolo espiritual exemplar.

Além da atitude bondosa de Jesus para com elas, o que desejava ensinar baseado na comparação que fez entre os verdadeiros súditos do Reino dos Céus e os pequeninos?

A criança antes de ser atingida pelo orgulho, pela maldade e pela ambição pessoal mundana, é dotada de uma alma humilde e de uma fé simples. Então, é símbolo dos humildes e dos crentes fiéis em contraste com as pessoas orgulhosas, violentas e arrogantes.

Quem é o maior no Reino dos Céus? O maior no Reino de Deus é a pessoa que não tem espírito orgulhoso, não possui ambição egoísta. São aqueles cujo espírito é semelhante ao de uma criança; aqueles que têm fé simples e inabalável e se apresentam a Cristo sem medo e ostentação.

Apesar de serem fracas e indefesas, as crianças simbolizam com propriedade o povo simples que usualmente recebe a mensagem do Evangelho sem oferecer resistência, ao contrário de pessoas que tiveram nascimento nobre, são instruídas e sábias aos próprios olhos, que geralmente buscam justificativas para não levar a sério as declarações e advertências do Senhor.

As crianças são pecadoras?

O profeta Isaías, no capítulo 8 e versículos 15 e 16,  fala a respeito da criança desprezar o mal e acolher o bem. Mas qual seria essa fase da vida? Com certeza, ao chegar nesta etapa da consciência. elas podem e devem receber a Cristo como Salvador.

Todos os seres humanos já nascem com uma natureza pecaminosa, estado que é chamado de pecado original (Romanos 3.23). Porém, durante um tempo a criança não possui condições para discernir entre o bem e o mal, período em que não existe condenação para o pecado praticado, pois não há discernimento entre o que é certo e errado.

Não é possível apontar uma idade específica para a necessidade da criança receber a Cristo em seu coração. Tal carência depende do seu desenvolvimento mental. Cada criança é única, é preciso observar seu comportamento para apresentar o plano da salvação no momento correto.

A criança é apta a receber Jesus. 

A evangelização das crianças é uma necessidade urgente.

Jesus amou as crianças e dedicou em seu ministério um tempo para estar com elas, abençoando-as (Mateus 18.2, 3). É impressionante a ternura de Cristo em relação a elas. O Mestre apresentou preciosas lições, tomando-as como exemplo a ser seguido por seus discípulos.

O interesse de Jesus pelas crianças, como pessoas e objetos do amor de Deus, foi transmitido para a Igreja Primitiva, fazendo uma diferença permanente na atitude dos cristãos.

O dever dos pais cristãos.  

Toda criança é observadora. Por este motivo, para que os pais sejam bem-sucedidos na obrigação de "instruir o filho no caminho que ele deve andar" (Provérbios 22.6), implica em os pais andarem pelo mesmo caminho. A criança aprende rapidamente o que é transmitido, porém, mais com as atitudes que vê do que por meio das palavras.

Como podemos constatar através dos Evangelhos, Cristo se interessa profundamente pela salvação das crianças, ainda nos dias atuais o Senhor anseia recebê-las, amá-las e abençoá-las e ver o seu crescimento espiritual (Marcos 10. 13-14). Jesus chama a si os pequeninos, portanto, os pais cristãos devem ensinar seus filhos a respeito de Deus (Deuteronômio 6.6-7; Salmos 78.3-8).

A Bíblia apresenta algumas razões pelas quais devemos evangelizar as crianças;

1. É mandamento bíblico (Deuteronômio 4.9, 10; 6.6, 7; Provérbios 22.6);
2. Jesus deu o exemplo (Mateus 18.2; Marcos 9.36, 37);
3. Todos pecaram, inclusive as crianças. Ações iradas, obstinadas, de inveja, de desobediência e mentira fazem parte da natureza humana desde a infância (Salmos 58.3; Romanos 3.23);
4. Os infanto-juvenis têm alma imortal (Ezequiel 18.4);
5. A Bíblia esclarece que uma criança pode ser salva (Mateus 18.6);
6. Jesus recebeu perfeito louvor da boca dos pequeninos (Mateus 21.16).

O mandato "fazei discípulos" (Mateus 28.19) inclui especificamente o ensino. Temos que notar que o ensino proposto e claramente definido é "guardar (obedecer) todas as coisas" que Jesus ordenou. Em outras palavras, o ensinamento de Cristo está designado para produzir informação e transformação.

Conclusão.

Em que pese às demandas atuais da vida famíliar cristã, o que os pais cristãos têm feito pela educação religiosa dos seus filhos? Educar uma criança não é uma tarefa fácil, todavia, é extremamente recompensadora. Esta grande responsabilidade concedida por Deus aos pais, é dada porque Ele sabe que os pais têm capacidade de cumpri-la plenamente.

Então, que os pais usem o tempo de convivência com seus filhos para toná-los cidadãos civilizados, bem informados e dispostos a receber seus direitos e cumprir seus deveres. Se, em primeiro lugar, a fé cristã for ensinada e vivenciada no lar, certamente, será possível aos filhos peregrinarem pelo caminho da retidão espiritual. Desta forma, fundamentarão seus passos fazendo uso do ensino cristão e construirão o futuro alicerçados solidamente na Palavra de Deus.

E.A.G.

Compilação:
Lições Bíblicas. Família Cristã - Eu e minha casa serviremos ao Senhor; Mestre; Eliezer Lira e Silva. Lição 6: A Criança e a Família, página 39. 2º trimestre 2004; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).
Lições Bíblicas. O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 63-66; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Não ao medo


Bíblia Sagrada aberta, em foto estilizada.
O texto bíblico que encontramos na referência bíblica Isaías 41.13 é uma declaração para guardarmos na memória.

Às vezes, o medo de um inseto inofensivo pode nos descontrolar. Por outro lado, estamos sujeitos a muitos perigos, mas não imaginamos o quanto estão perto de nós: o assalto, o sequestro, a doença, o luto pela pessoa querida.

Podemos encontrar forças e coragem quando o coração torna-se amedrontado. A coragem nasce do nosso íntimo e cresce quando lembramos da grandeza de Deus. O Senhor é escudo, é esconderijo, é fortaleza, é rocha firme, é Pai Amoroso. Deixemos de tentar controlar as circunstâncias adversas sem convidar o Senhor para nos acompanhar, pois se seguimos com Ele jamais teremos motivos para nos apavorar.

E.A.G.

Bíblia da Família, página 41, edição 2008, Barueri/SP (SBB). 
Texto resumido e adaptado. Autoria: Jaime Kemp, 

A diferenciação entre pastores e missionários


O apóstolo Paulo na prisão. Tela de Rembrandt Harmenszoon van Rijn  

Em 20 de dezembro de 2011, postei aqui no Belverede "O apóstolo Paulo legitima a prática do dízimo", publicação em que aponto qual é o meu entendimento sobre a polêmica que alguns fazem se o cristão pode ser dizimista ou não; esclareço meu pensamento dizendo que se o ato é realizado voluntariamente, não pressionado como acontecia com os judeus através da imposição da Lei de Moisés, não há equívoco nenhum. Até esta data, a postagem contém oito comentários. Quero destacar o comentário mais recente e evidenciar trecho da minha resposta.

"Amigo, gostaria de saber por que quem prega em 1 Coríntios, capítulo 9 e versículo 14, não prega o versículo seguinte, lê o versículo 14 e não o contexto de todo capitulo. É isto que muitos pregadores fazem.
(...) Pois, ai está amigo, o que Paulo queria nos ensinar. Leia e entenda o contexto. Paulo não vivia do Evangelho como você frisou. Paulo tinha temor a Deus de ser julgado, de se aproveitar do que era ofertado.
Olha, ofertado e não dizimado.
Leia todas as cartas de orientação às igrejas cristãs primitivas e veja se Paulo orientou a dar o dizimo. Não, né? Agora, a oferta de coração, sim."

Caro Jonas.

Eu nunca afirmei que Paulo sobrevivia das ofertas da igreja. Releia o que escrevi, por favor.

É importante que considere que o dízimo também é oferta. Sim, trata-se de uma oferta sob a regra de valores estipulados em dez por cento do salário.

Respondendo sua pergunta sobre 1 Coríntios 9.14-15, em que Paulo escreve que Deus ordenou que quem anuncia o Evangelho deve viver do Evangelho, mas ele Paulo não vivia, veja minha resposta logo abaixo.

Quando estudamos a biografia do apóstolo Paulo, percebemos com clareza que ele não solicitava ofertas para manter-se, mas incentivava que os irmãos fossem contribuintes no ministério, colaborassem para que Timóteo fosse sustentado pela igreja.

Então, é aceitável que se pergunte: por quê? Ele agia assim porque era um missionário, chegava à determinada localidade onde não havia gente cristã e começava o trabalho de evangelização, ele lidava com pessoas que estavam se convertendo; Timóteo era pastor, dirigia congregação que Paulo havia fundado, estava subordinado à liderança de Paulo, trabalhava na obra lidando com pessoas que já estavam num estágio um pouco mais avançado na fé e, portanto, conscientes sobre a responsabilidade de se usar o dinheiro com as coisas de Deus.

Diante desta situação, percebemos que nunca será razoável que se faça comparações entre os ministérios de pastor e missionários.

Sobre seu comentário quanto aos pregadores, e suas abordagens em 1 Coríntios 9.14-15. Penso que não devemos generalizar nenhuma situação, se você conhece quem evita pregar o versículo 15, não significa que o restante dos pregadores ao redor do mundo faça o mesmo. Eu conheço muitos que ensinam o assunto fazendo profunda explanação deste tema, usando o púlpito, por vídeo e por livro.  Obrigado por sua participação neste blog.

Abraço.

E.A.G.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Vasos nas mãos do Oleiro


Flores no vaso azul. Pintura a óleo.

"A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" - Jeremias 18.1-6.

É parte do senso comum no meio cristão evangélico chamar algumas pessoas, que se destacam pregando, de vaso. Tudo bem que se descreva os tais assim.

Porém, todo ser humano é um vaso nas mãos de Deus, porque Deus dá a cada pessoa, ao nascer, talentos natos, que algumas características únicas e especiais para que seja útil em sua geração. Quem ainda não sabe o talento que possui, precisa pesquisar dentro de si mesmo e depois usar esse dom.

E, se a pessoa é convertida a Jesus Cristo, além do talento dado por Deus, ela também está apta a receber dons espirituais, as capacitações sobrenaturais do Espírito Santo, com a finalidade da edificação dos irmãos de fé.

Postagem paralela: A simbologia dos vasos na Bíblia Sagrada.

E.A.G.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Rute, Deus trabalha pela família


Por Eliseu Antonio Gomes

Rute: uma estrangeira nascida em Moabe.

É surpreendente o fato que esta bela narrativa  tenha como título o nome de uma mulher estrangeira. Ester (nacionalidade israelita) e Rute (moabita) são os dois únicos livros da Bíblia cujos nomes são de mulheres. Esta perspectiva enfatiza o significado na revelação bíblica e nos propósitos de Deus.

O livro de Rute

O nome Rute significa "amizade". No Antigo Testamento, este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada em Mateus 1.5. Em ambos os casos refere-se à moabita que se casou com um homem israelita que vivia em Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, quando ela retornou para Israel e para a cidade de Belém, Judá; e ali, posteriormente, casou-se com Boaz e teve um filho.

O livro de Rute apresenta uma narrativa que exemplifica o trabalho como o modo de suprir as necessidades primárias, mas, acima de tudo, confiando no Deus de toda provisão. Mostra uma crise generalizada, de pobreza, doença, viuvez e morte. Nesse drama se destaca a tenacidade de Rute, que foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança.

A narrativa do livro começa no território de Moabe, fora do limite geográfico de Israel. Torna-se especial dentro do período em que Israel não tinha rei e a liderança do povo estava a cargo de juízes, que orientavam o povo acerca da terra, da espiritualidade e da família israelita (Rute 1.1). 

As relações de inimizade entre Moabe e Israel (Juízes 3.12-30).

Pouco antes dos fatos ocorridos na família de Noemi, sob a liderança do rei Eglon, os moabitas tinham invadido e subjugado uma grande parte do território de Israel por 18 anos, até que Eúde, o canhoto, matou este monarca e libertou Israel. Após isso, Moabe submeteu-se a Israel por 80 anos (versículo 30).

É notável como Rute desempenhava um papel tão importante e positivo no registro bíblico. Afinal, as nações Moabe e Israel eram inimigas. Como consequência dos obstáculos que a primeira criou para a segunda em sua peregrinação do Sinai para a terra prometida (Números 22.25), Deus decretou que "nenhum amonita nem moabita entrará na assembleia do Senhor, nem ainda na décima geração; nunca poderão entrar na assembleia do Senhor (Deuteronômio 23.3).

Havia um desígnio especial para a vida de Rute, que ela mesma não conhecia e nem podia imaginar. O seu "deus", antes, era um "deus moabita; depois, ela conhece o Deus de Noemi e do seu marido, e se torna uma serva de Jeová, o Deus de Israel.

A crise atinge a família de Noemi (Rute 1.1-2).          .

Por volta de 1268 a 1251, aproximadamente, havia carestia e seca por toda parte na terra de Canaã, toda a Judeia estava desolada, escassa, havia falta de grãos, especialmente trigo e cevada. Belém de Judá enfrentava uma grande crise econômica. O texto de Rute 1.1 diz literalmente: "houve uma fome na terra".  Houve fome numa proporção gigantesca, obrigando seus moradores a deixarem a cidade, que deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez extrema.

Então Noemi, com seus dois filhos, por iniciativa de seu esposo, Elimeleque, mudou-se com a família para Moabe. Ao chegar em Moabe, de maneira oposta ao esperado, não encontraram a prosperidade, mas doença e morte. Elimeleque e os dois filhos de Noemi faleceram, ela ficou com as duas noras na mais completa miséria (versículos 6-7).

A primeira menção do nome Rute encontra-se em seu casamento com Malom (1.4; 4.10). O falecimento de Malom e Quiliom, seu cunhado, trágica e inesperadamente poucos anos depois da morte de Elimeleque, o seu sogro, foi uma circunstância crítica na vida dessas três mulheres (1.3, 5). Naquele tempo e localidade não havia o sistema de previdência social. As viúvas eram sustentadas pelos filhos, em especial, o primogênito. Logo, perder o marido e os filhos era uma situação atroz.

A crise existencial de Noemi e o apoio de Rute.

Segundo os especialistas, crise existencial é um momento no qual um indivíduo questiona os próprios fundamentos de sua vida; se esta vida possui algum sentido ou valor. Uma segunda definição, diz que crise existencial é um estado emocional em que o ser humano vê a própria vida sem sentido e sem significado.

Foi esta a experiência vivida por Noemi, que, tendo perdido o marido e seus dois filhos, em sua viuvez não via outra coisa senão a mão pesada de Deus contra ela. Rute foi mais forte, porém viveu um momento de amargura e dúvida a rondar sua cabeça sem ver alguma luz no fim do túnel. Noemi chegou a um ponto de sua vida pessoal em que não enxergava nenhuma saída racional para solucionar seu dilema, aos seus olhos, o futuro era um "beco sem saída" para sua vida emocional, física e até mesmo espiritual. Contudo, Rute foi capaz de não se deixar dominar por sentimentos negativos e ainda amenizou a baixa-estima de sua sogra, permanecendo ao seu lado e lhe dando toda a atenção e carinho.

A volta de Noemi à terra natal.

Noemi estava envelhecida, não entendia a razão do seu sofrimento até então, acreditava que Deus a estava castigando com todas as suas agruras vividas, por isso, resolveu liberar suas noras Orfa e Rute para que voltassem às suas famílias de origem em Moabe (Rute 1.8). Orfa aceitou a liberação, mas Rute resolveu ficar com sua sogra (1.14-17).

Deus permitiu que a estrangeira convertida ao Deus de Israel se tornasse o canal da bênção de recuperação para Noemi. Rute deu uma demonstração de afeto profundo para Noemi que a fez entender que ainda havia esperança.

O empenho ao trabalho (Rute 1.19-22; 2.2, 3).

No dia seguinte à triste chegada das duas viúvas em Belém, Rute saiu para respigar nos campos para obter alimento. Era época do "princípio da sega das cevadas", quando a colheita estava começando. Em Moabe a situação era precária; mas agora, ali, havia esperança de "não faltar nada" para as duas. É possível que o serviço que Rute se propunha a fazer fosse comum também na cultura moabita, porém, era claramente ordenada na lei de Moisés. Os pobres, as viúvas e os estrangeiros residentes no meio do povo de Israel podiam ter suas necessidades básicas supridas com certa dignidade por meio da prática de respigar os campos (Levíticos 23.22; Deuteronômio 24.19).

Assim, Rute usou sua perspicácia para suprir a necessidade da casa sem precisar agir desonestamente, Ela agiu com ética e respeito, e fez Noemi entender que Deus cuidaria de ambas e não faltaria nada para elas. Sua atitude de ânimo contribuiu para que Noemi reerguesse a cabeça e melhorasse sua autoestima.

Boaz (Rute 2.4).

Boaz era um homem diferente, bom e temente a Deus. Procurava ser justo com seus empregados e para com todas as pessoas em torno de si. Procurava ajudar a todos. 

Na tipologia bíblica, Boaz é apresentado como um tipo de Cristo na sua relação com a Igreja, um tipo de Rute. Ela era estrangeira, pobre e carente até encontrar Boaz, que se tornou seu remidor, assim como Cristo é o nosso Redentor que, sendo rico, se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas (2 Coríntios 8.9).

A Lei do Resgatador e a Lei do Levirato (Êxodo 6.6; Levítico 25.23-34; Deuteronômio 25.5-10).

Segundo a Escritura relata, o objetivo dessas leis era preservar o nome e proteger a propriedade familiar. Para não haver exploração das terras, especialmente pelos ricos, que poderiam se aproveitar dos pobres e das viúvas. Eram leis que garantiam o nome da família do homem que morreu depois da sua morte. Por isso, a propriedade não seria vendida para pessoas que não fizessem parte da família.

Noemi era parente de Boaz através do seu marido Elimeleque, um fato essencial para a função de parente resgatador. O parente resgatador (hebraico "goel: o que resgata, liberta), no caso Boaz, tinha uma dupla obrigação: resgatar a área de terra que Noemi havia posto à venda (4.13) e casar-se com Rute para assegurar uma descendência a Elimeleque (1.15. De fato, o filho que Boaz teve de Rute foi considerado filho de Malom (4.10 - o marido falecido de Rute), o qual por sua vez, era filho de Elimeleque e Noemi (4.17).

A lei do Levirato fazia parte do conjunto de leis do Código Mosaico, que impunha ao irmão de um homem falecido, de casar com a viúva deste (Gênesis 38.8; Deuteronômio 25.5-10; Levítico 18.6; 20.21; Mateus 22.23-30.

Rute desejava ser remida por Boaz e Boaz se dispunha a garantir os direitos de subsistência, descendência e propriedade da viúva Noemi e resgatar a moabita, casando-se com ela.

Quando Noemi ouviu os fatos sobre o interesse de Boaz por Rute e que a tratou com muita bondade, apelou para a tradição sobre o costume do "parente resgatador". Instruiu Rute para que se preparasse com vestes e perfumes e, discretamente, sem que Boaz soubesse, fosse deitar-se aos pés dele sem que percebesse a sua presença. 

Cerca de meia-noite, Boaz estremeceu em sua cama quando viu que Rute estava deitada aos seus pés (3.8, 9). O fato não constitui nenhum ato delituoso e nem sensual, porque ela estava protegida pelas leis que regiam o costume do papel do remidor para com a aquela mulher que estava viúva, e o seu marido era parente de Boaz. Pedir que ele estendesse uma aba de sua coberta sobre ela significava que ele a estaria protegendo.

No capítulo 4 do livro, Boaz se casa com Rute, tornando-se o seu remidor e ainda mantendo sobre proteção Noemi. Legitimamente, Boaz e Rute se casaram sob as bênçãos de toda a comunidade de Belém.

No devido tempo, Deus deu a Boaz e Rute um filho, a quem deram o nome Obede. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como o avô do rei Davi.

Rute, na perspectiva do Novo Testamento

A inclusão da história de Rute, a estrangeira, nas páginas das Escrituras dificilmente terá outra explicação senão a da providência de Deus, que evidencia sua graça  e habilidade de operar  na vida de qualquer pessoa, não importa a sua origem.

É particularmente interessante a referência bíblica a Rute na árvore genealógica de Jesus. em Mateus 1.5. A menção de seu nome, ela que era oriunda de uma cultura pagã e idólatra, está junto com a de outras três mulheres: Tamar (versículo 3); Raabe, uma ex-prostituta (versículo 5), e "a esposa de Urias" (versículo 6). Todas as quatro parecem ser estrangeiras, dentro do contexto do Antigo Testamento no qual se encontram. Desta maneira, o Evangelho de Mateus, que termina com a ordem de Cristo para "fazer discípulos de todas as nações" (Mateus 28.19), começa com o reconhecimento de que mulheres estrangeiras como Rute contribuíram sobremaneira para a linhagem de Jesus, o Messias.

Conclusão.

O Brasil vive um momento de crise econômica, e a falta de emprego é uma realidade que tem atingido milhões de pessoas. Muitos que perderam seus empregos buscam qualquer serviço que lhes dê condições de sobrevivência. Rute é um modelo em tempos de instabilidades, seu exemplo, não ficando de braços cruzados e trabalhando com bastante disposição no campo para ajuntar cevada suficiente para si e para a sogra, é importante aos que aspiram a um emprego nesses tempos difíceis. Apesar das perdas enormes, o marido, o sogro e o cunhado, e de ajudar Noemi que sofria com seu coração amargurado, ela soube superar essas adversidades sem perder a esperança de que sua felicidade poderia ser construída sobre valores maiores do que a riqueza material. Ela não se  deixou seduzir pelo fascínio de ser uma mulher bonita, mas firmou sua mente na busca de um trabalho honesto que lhe desse tranquilidade. E assim Deus honrou seu comportamento.

Nossa visão da vida quando nos deparamos com crises se torna embaçada e limitada. Mas podemos superar essas crises com uma atitude de fé no Deus de toda provisão. Todos nós enfrentamos momentos de dor e aflição. Diante das adversidades, não desanimemos, não paremos. A  nossa fé nos faz avançar, trabalhar e ver o impossível sendo realizado.

Podemos aprender com o exemplo de Rute e com o apóstolo Paulo que escreveu "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" e declarar como ele declarou: "que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8. 28,31 - ARA).

A Bíblia diz que "o justo viverá da fé" (Habacuque 2.4; Romanos 1.17), para que aprendamos a confiar em Deus em todas as circunstâncias.

E.A.G.

Lições Bíblicas - Professor - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 57, 60, Rio de Janeiro (CPAD). 
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 93, 94, 96-102; 1ª edição 2016;  Rio de Janeiro (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia Sagrada, editado por Paul Gardner, páginas 560-563, 19ª reimpressão 2015, São Paulo (Editora Vida).