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terça-feira, 20 de abril de 2010

KELLY MACGILLIS - A METAMORFOSE DA ATRIZ: DO FILME TOP GUN ASES INDOMÁVEIS À PEÇA FRANKIE E JOHNNY

A atriz Kelly McGillis, que esteve em voga em 1986 por estrelar ao lado de Tom Cruise, o filme Top Gun – Ases Indomáveis, voltou às páginas das colunas especializadas em cinema, televisão e teatro. O Daily Mail publicou nesta segunda, 12, uma foto dela, aos 52 anos, com uma imagem bem diferente da telona. Foi fotografada com cabelos curtinhos e grisalhos, fumando um cigarro nas ruas inglesas no Reino Unido, onde está excursionando com a peça Frankie and Johnny, que no cinema teve uma versão com Al Pacino e Michelle Pfeiffer.

O site Ego, frisa que ela “perdeu as curvas, os cachos no cabelos e o charme. McGillis revelou-se lésbica no ano passado (...) Além de atuar, ela tem um restaurante na Flórida e é conselheira profissional em relação a abuso de substâncias químicas ”.

A atriz foi casada duas vezes. Primeiro, em 1979, com Boyd Black, durante três anos, depois contraiu matrimônio com o milionário Fred Tillian, com quem tem duas filhas adolescentes, Kelsey, 19 e Sonora, 16 anos.

No cinema ela passou a ser reconhecida como o par romântico de Tom Cruise em Top Gun - Ases Indomáveis, depois, viveu papéis menos destacados, personagens relacionados com estupro e lesbianismo. Na vida real, chegou a negar ser lésbica. Durante uma entrevista recente para a She Wired, MacGillis revelou ser homossexual. “Ela alegou ter lutado com sua sexualidade mais de 40 anos e que durante longos períodos complicados de sua vida pensava estar sendo punida por Deus por ser gay". No entanto, decidiu seguir em frente com sua vida e admitir o lesbianismo, afirmando "sou feita com a coisa do homem". E define esta atitude com a questão desafiadora de ser fiel a si mesma, não mais importar-se com o que os outros pensam.
Nós, cristãos, sabemos, o mundo jaz no malígno. Então, não é possível a gente, que nasceu em Cristo, seguir o raciocínio de quem está com a mente neste mundão. Os autores dos artigos, do Daily Mail, She Wired e do Ego, falam da atriz num estilo de escrita muito bom, porém, os textos têm apenas a filosofia humana, não encontramos o lado espiritual da situação.

A filosofia do mundo perdido, tende a forçar a maioria das mulheres a quererem eternizar em seus corpos a imagem dos 20 aos 30 anos. O sistema do mundo pressiona para que elas deixem se expor em fotos e vídeos como objetos da apreciação masculina, pressiona-as para virarem ferramentas que induzem ao pecado sexual. Da fornicação e do adultério. Pecados praticados mais na mente do que pela conjunção carnal. E tudo isso é apelidado de arte.

Pressionadas pelo mecanismo sujo, mulheres sem Deus no coração, com a intenção se serem o foco de todas as atenções masculinas, vão às operações plásticas, negam-se a amamentar seus filhos, fazem lipo-aspirações... Tudo em nome do padrão de beleza que a sociedade exige delas, sem saber que este mecanismo é totalmente maléfico.

Penso que a atriz quis dizer um basta a toda esta esquematização da mulher - objeto. E fez suas escolhas...

Hoje em dia é difícil encontrar vovós que lembrem a Dona Benta, do Sítio do Pica-Pau Amarelo. As vovós de hoje são louras, têm rostos repuxados e costurados por cirurgiões plásticos.

Cuidar da boa aparência não é um erro. O erro se consiste em como administrá-la socialmente.

O Criador deu a beleza para todos nós, homens e mulheres. Temos a beleza em todos os estágios da vida. Existem belezas diferentes. No bebê, na criança, no infanto-juvevil, no adolescente, no adulto, e nos idosos.

Nós, os que nascemos em Cristo, temos olhos espirituais para enxergar a beleza física em todas as fases da vida. E, dentro do casamento , com nossos conjuges, vivemos todas as etapas da vida com toda a intensidade.

Feliz é o cristão que tem olhos abertos para cobiçar apenas a esposa que Deus lhe deu! Feliz a cristã que deseja apenas o seu marido! Com isso, não digo que a pessoa casada se torna cega após o casamento... Digo que respeita seu (sua) parceiro (a), apesar de ver outras belezas por aí.

A síntese do que quero dizer é a seguinte: compete a mim, a você e a todos os cristãos, olhar para Kelly MacGillis com olhos espirituais. Vê-la como uma alma que precisa de Jesus. Oremos por ela!

E, também, sintetizo que a beleza costuma derrubar muitos cristãos. Seja vendo, ou sendo uma pessoa bela. Cuidado!

A decepção contribui ao desvio sexual? 2ª Corintios 5. 6-10 é a minha resposta:

"Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; visto que andamos por fé e não pelo que vemos. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor. É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis. Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo".

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (URL) deste blog.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

1 PEDRO 3.10 - 17: DOIS TIPOS DE CRISTÃOS PERSEGUIDOS

Neste texto, o apóstolo Pedro fala sobre os cristãos perseguidos por autoridades, faz uma diferenciação entre os cristãos que sofrem por amor a Cristo e os que sofrem por burlar as leis.

10 “Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; 11 aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. 12 Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males. 13 Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? 14 Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; 15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, 16 fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, 17 porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal”.

Eu não quero polemizar, nem colocar lenha na fogueira de ninguém. Mas, vou dizer algumas coisas neste post e espero que pensem nelas de maneira imparcial. Não estou defendo A ou B, só analisando, como sempre faço com todas as situações que me deparo.

Blogs e críticos respeitáveis

São os que debatem ideias, usam a Bíblia Sagrada para fazer apologia cristã. Eles não debatem pessoas, apenas ideias.

Blogs e críticos que não inspiram respeito

Este grupo ataca pessoas sem nenhum critério definido. Parece ter o objetivo de usar renomes para ganhar maior visibilidade na Internet.

Algumas pessoas deste grupo pensam que estão protegidas por estarem publicando textos em território estrangeiro, mas o Brasil possui acordo de expatriação com diversos países, as barras da lei brasileira talvez os alcance onde estão.

Este grupo, quando usa a Bíblia Sagrada não aprofunda-se nos contextos dela. Faz piadinhas com nomes de líderes evangélicos (só isso já é margem para processo contra a honra), lança e usa videos, editados com cortes maldosamente preparados, do programa Pr. Silas Malafaia, e de outros, sem que haja liberação para usar o material (outra margem para processo, baseado em requerimento de direitos da imagem e direitos autorais).

É bom lembrar que já há caso de blogueiro brasileiro que foi parar nos tribunais por menos que isso. Existe jurisprudência na lei do Brasil para tratar com blogueiros.

Parece que a brincadeira daqueles que blogam sem seriedade está com prazo de validade vencendo, para eles chegou o momento de agir com mais responsabilidade, tempo de lembrar que são adultos.

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (URL) deste blog.

domingo, 18 de abril de 2010

Jesus Cristo e as Boas Novas do Evangelho antropocêntrico

A grande maioria dos cristãos se esquecem que a Bíblia foi escrita originalmente em grego, hebraico e aramaico. Se contentam em apenas ler e meditar no conteúdo das traduções. No Brasil, principalmente, a tradução de João Ferreira de Almeida. É uma boa obra, mas ela não é suficiente para uma compreensão plena do Evangelho de Cristo.

No idioma grego, em que foi escrito o Novo Testamento, o termo salvação é "soteria". Este vocábulo abrange o sentido de salvação do espírito, da alma e do corpo. No original, salvar, além de abranger o sentido de libertar o espírito do homem da perdição eterna, significa curar o corpo e também livrar a pessoa da miséria.

A terminologia da palavra “salvação” nos originais do Novo Testamento é um fato. Não há margem para debater esta realidade.

Deus nos fez o espírito, com uma alma dentro de um corpo. Ele não cuida apenas de uma parte de nós. Quando Jesus morreu na cruz, bradou: "Está consumado". A declaração significa "serviço perfeito, completo”. Jesus não deixou tarefas esquecidas ou pela metade. Visou o bem-estar do espírito e da alma no porvir e o bem-estar físico do corpo humano. Ele cumpriu perfeitamente a missão que Deus lhe incumbiu.

O ministério terreno de Jesus era antropocêntrico?

A apologia moderninha diz que devemos pensar só no espírito, como se o corpo físico fosse algo condenável, criado pelo diabo.

Mas, ao abrir o Novo Testamento, vemos que as pessoas que procuravam o Filho de Deus o procuravam clamando por soluções, curas... Ninguém foi repreendido por Cristo por causa do seu interesse pessoal em soluções imediatistas, ligadas à vida presente. Todas as pessoas que Jesus encontrou enfermas Ele as curou. Todas às vezes que Cristo se deparou com algum defunto, efetuou a ressurreição.

Os problemáticos que foram abençoados por Jesus tinham fé antropocêntrica? Poderíamos pensar assim, pois é este tipo de atitude que alguns apologistas do século 21 condenam nos dias de hoje. Afirmam que agir assim é confundir Deus com o gênio da lâmpada de Aladim ou um mero garçom.

Apologistas do caos

O Evangelho de Jesus Cristo oferece ajuda a todos. Éramos perdidos, e sem merecer salvação, Deus enviou Jesus Cristo para nos salvar. Isto não é uma grande ajuda?

A palavrinha da moda no meio religioso entre alguns críticos que se nomearam como apologistas do Evangelho de Cristo, é “antropocentrismo”. Eles combatem o interesse dos cristãos que desejam soluções de problemas, como a cura da doença, reestruturação de casamentos em crise e o livramento do estado de miséria. Afirmam que os líderes evangélicos que usam a Bíblia para mostrar o caminho à libertação de tais opressões são hereges. Classificam, pejorativamente, tal pregação de Evangelho de Autoajuda e Evangelho Antropocêntrico.

Para sustentar o que afirmam, apontam aos personagens do Novo Testamento. Afirmam que Paulo morreu encarcerado e Tiago ao fio da espada, falam de perseguições aos crentes da Igreja Primitiva e citam a existência de muitos cristãos pobres ao redor do mundo.

Quem você está seguindo?

Você segue Paulo, Pedro ou Tiago? Eu sigo Jesus Cristo.

Em outra oportunidade, escrevi neste blog que precisamos levar em conta dois tipos de leituras ao abrir a Bíblia Sagrada. Existem os textos normativos e os narrativos.

Nunca façamos dos textos narrativos filosofia de vida, não criemos doutrinas baseadas em narrações bíblicas. Ao fazer isto estaremos seguindo atitudes de homens. Tanto quanto eu e você, os personagens bíblicos foram gentes falhas, também foram pecadores.


Ao ler a Bíblia, devemos observar atentamente o que lemos e fazer a contextualização, seguir os textos normativos: os mandamentos de Deus. É assim que estaremos sendo coerentes com o nome cristão, um seguidor de Cristo. O contrário é o mesmo que idolatria. Não idolatremos Paulo, não idolatremos Tiago e nem Estevão, que tiveram fins trágicos.

O Evangelho de Cristo apresenta a salvação tríplice

1 - Atinge o corpo: na conversão a Cristo, se o homem buscar a sua saúde e é curado, a tendência é glorificar a Deus, servir mais e melhor ao Senhor.

Jesus encontrou os discípulos e lhes convidou a acompanhá-lo. Disse-lhes: "vinde após mim". Quem pode imaginar os apóstolos palmilhando as aldeias de Israel com as dores de artrite, artrose e osteoporose? Podemos dizer que eles tinham vigor físico, portanto, tiveram condições de seguir o Mestre por três anos e meio.


Já encontrei quem quisesse usar o exemplo da cura dos dez leprosos, quando apenas um deles teve coração agradecido, para refutar o uso dos dons de curar na igreja. Ora, se Deus, por meio do Espírito concedeu os dons, estes dons devem ser desprezados ou usados?

2 - Atinge a alma: Quando o Evangelho atinge o coração, provoca a mudança de nossa natureza, dá condições para que a pessoa prospere. Ao ser abençoada, a alma liberta não busca caprichos e ambições egoístas. As bênçãos recebidas são compartilhadas com os irmãos.

3 - Atinge o espírito: a salvação de Cristo alcança a dimensão interior do ser humano completamente. O espírito que está salvo em Cristo tem o coração (alma, entendimento) transformado. Então, usa o corpo, que considera templo do Espírito, para o serviço cristão. Sabedor e crente na promessa de seu futuro com Deus no céu, trabalha para levar o seu próximo para lá

Teologia de Miséria versus a promessa do Salmo 37.4

“Agrada-te do Senhor e ele satisfará os desejos do seu coração” - Salmo 37.4.

Viver em pobreza não é pecado, não afirmo isso, não sou pregador da Teologia da Prosperidade.

Analisemos: será que Deus criou o estomago para que a Humanidade sentisse fome e fosse subnutrida? Será que Deus fez o homem sadio para perder a saúde? Será que Jesus é o Príncipe de Paz, para seus seguidores viverem intranquilos, tendo filhos desejando um brinquedo que o pai não pode comprar?

O fato de existir crentes pobres ao redor do mundo não é um atestado de que a pobreza seja vontade de Deus para a Humanidade. Em meados dos anos 1980 - 95, diversos cristãos morreram aidéticos na África. Será que isso era vontade de Deus ou uma permissão?

Concluindo

A verdade é que Deus fez o ser humano perfeito, no espírito, na alma e no corpo. O pecado fez com que Adão se afastasse e saísse do plano original da criação. Quando Jesus morreu e ressuscitou, restaurou o estado de perfeição da Humanidade. No momento que o homem crê que Jesus Cristo é seu Salvador, tem a possibilidade de retornar à condição de vida que o Criador propiciou ao homem no jardim do Éden. Por causa disso Jesus pôde bradar na cruz: "está consumado".

Desejar viver a vida na sua plenitude espiritual e física não é pecado.

E.A.G.
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terça-feira, 13 de abril de 2010

A PONTE - UMA COMOVENTE LIÇÃO DE AMOR QUE NOS REMETE A JOÃO 3.16

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - CONCLUSÃO

Fazem alguns anos que eu percebo a necessidade de haver uma abordagem mais profunda sobre o assunto prosperidade nas publicações da CPAD. Quase todas as ocasiões em que o tema é ventilado existe uma enorme timidez e o que dizem quase sempre não é dito com a desenvoltura que o assunto precisa ser tratado. Não entendo qual é a razão disso.


Na sexta-feira passada, 9 de abril, assisti ao programa do Pr. Adilson Rossi. Ele é pastor filiado a CGADB e ligado ao ministério do Belenzinho – SP, seu templo está situado na Baixada do Glicério, centro da Capital paulista. O programa dele é produzido no templo que pastoreia e é transmitido pela Rede Gospel, canal do casal Estevan e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo. Ao final do programa, Adilson Rossi estava sentado atrás de uma mesa, lembrando muito o Malafaia. Ele também pedia ofertas para ajudar no custeio do seu programa, informou números de agências bancárias e de contas correntes, clamava aos telespectadores para que bancassem financeiramente sua produção evangelística. O que eu acho plenamente justo e corretíssimo.

Pr. Adilson Rossi: “Sei que vão me criticar por pedir, não me sinto bem fazendo assim, mas é necessário pedir patrocínio”. E arrematou com um comentário que eu julguei infeliz e desnecessário: “Aqui não é como em outros programas que você vê por aí, não pedimos quantias determinadas, tudo é pedido para ser feito com amor”. E orou em favor de quem se dispusesse a ser mais um de seus patrocinadores, pediu a Deus bênçãos especiais aos que colocassem as mãos no bolso atendendo-o.

Ora, as quantias determinadas em 900 e 1 mil reais, no programa do Silas, também foram solicitadas em caráter voluntário e para que o contribuinte agisse com amor a Deus. Tanto a oferta com valor indefinido quanto de valores definidos são solicitações bíblicas. Como já disse antes, entendo que o segundo tipo de solicitação seja oferta do tipo oferta alçada, mencionada em Malaquias 3.8-10.

Que Deus abençoe os pastores Silas Malafaia e Adilson Rossi. Ambos são bons televangelistas e profundos conhecedores da Palavra. Que Deus os abençoe e nunca desampare a todos nós.

Nem todos os críticos do Pr. Silas Malafaia tem emitido bons conselhos. E eu não penso que o Pr. Silas Malafaia seja um pessoa incriticável, ele é homem falho tanto quanto eu e você. E nem ele nega isso!

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e o link (URL) deste blog.

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - PARTE 2

Sejamos sempre sóbrios. Eu não penso que o Pr. Silas Malafaia é pessoa incriticável, ele também é homem falho tanto quanto eu e você. Ele não nega sua condição humana, não promove culto a sua pessoa.

Mostro-mo neutro, como servo de Deus e não servo de homens. Sei que a minha posição neutra irrita muita gente, mas é assim que a minha consciência encontra paz com o Senhor. Penso que eu preciso ler mais a Palavra e buscar as argumentos bíblicas sobre tudo e todos, para depois me manifestar.

O objetivo da oferta

Os 1 mil reais pedido por Murdock tem destino definido. São para pagar o satélite que transmitirá o programa Vitória em Cristo para mais de 100 países. É um sucesso evangelístico do Pr. Silas Malafaia. Sucesso?! Então, brasileiros e brasileiras, é um dever nacional lançar pedras no evangelista, porque assim como nós, ele é nascido no Brasil!

O que eu digo sobre Murdock e Cerullo? Não os conheço bem. Como falar de desconhecidos? Estaria agindo com preconceito. Poderia cometer injustiças, e os injustos não herdarão o céu. Mas, ainda me pronunciarei... Não tenho muita pressa.

Eu conheço quem tenha ofertado e afirme haver recebido "bênçãos sem medidas", oriundas das "janelas do céu abertas por Deus". Então... Sou demorado para opinar, porque estou meditando na Palavra sobre este cenário novo do pentecostalismo brasileiro.

Sobre o Silas ter ou não o avião, entendo que depende da proporção ministerial de cada pastor ou evangelista. Consideremos se se trata de um líder com meia dúzia de ovelhas ou de alguém responsável por um rebanho com 20 ou 30 mil membros. Analisemos: O pastor está cuidando de um templo só, ou está cuidando de vários, em mais de um estado ou país? Não façamos análises simplórias, não pensemos apenas no veículo, pensemos em qual será o uso.
O objetivo da critica

Quase toda crítica contra o Pr. Silas Malafaia reside na questão de comportamento dele quanto a não seguir os costumes da Assembleia de Deus, no que tange aos pedidos de ofertas na televisão, e ele aproximar-se de líderes evangélicos que não fazem parte da denominação, e, também, apresentarem estratégias de arrecadação que a AD não costuma usar.

Bem, diante deste cenário, lembro que como cristãos nossa regra de conduta precisa ser a Bíblia Sagrada, e não apenas cartilhas denominacionais assembleianas ou de qualquer outra denominação evangélica.

Quase todos os críticos sérios do Pr. Silas Malafaia, são dignos de respeito (faço a ressalva porque alguns não são sérios e não inspiram merecimento de nenhum respeito da nossa parte), usam o mesmo viés ao criticar. Baseiam-se na questão do bom costume assembleiano.

E eu fico pensando: Bom costume para quem? Nos guiamos pelo gosto pessoal? Jeremias 17.5-9 não alerta ao cuidado de se deixar guiar pelos sentimentos do coração?

Nós sabemos, nem todos os críticos do Pr. Silas Malafaia têm emitido bons conselhos.

Algumas pessoas que estão envolvidas nas críticas fazem parte da política interna da Convenção Geral das Assembleias de Deus, elas possuem alguma espécie de interesse na centralização de poder na denominação.

O Pr. Silas Malafaia faz parte da Mesa Diretora da CGADB. Então, não podemos desprezar isso, temos a questão da política eclesiástica. Ele é atualmente o 1º Vice-Presidente, cargo conquistado por votos, a maioria de seus pares votou e o colocou no posto, democraticamente. Então, não é a minoria dos pastores assembleianos que estão descontentes com a pessoa e ministério dele.

Deus não é assembleiano!

Lamentavelmente, temos visto que nem todos os líderes cristãos fazem assim. Em determinados momentos e circunstâncias, no calor das decisões referentes à política eclesiástica, trocam a Bíblia por Regulamentos Internos, adotam estratégias do mundo, sem cogitar em examinar se o comportamento ou coisa é importante ou não para o soprar do Espírito na Igreja do Senhor.

Sim, muitas convenções impedem o trabalhar de Deus. Não foi à toa que Paulo alertou a nós: "não extingais o Espírito" - 1ª Tessalonicences 5.19.

E.A.G

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (URL) deste blog.

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - PARTE 1

Introdução

Após o falecimento do Pr. José Santos, Silas Malafaia assumiu o posto de Pastor Presidente do campo AD Penha, que hoje já conta com mais de 20 mil membros.

Esta informação serve para nos situar no caso das críticas que Malafaia recebe. Ele não está em condição igual a outros líderes da Assembleia de Deus, gentes que possuem o título "pastor" antes do nome e no entanto não possuem a mesma responsabilidade pelo pastoreio de almas. O Malafaia não é um pastor sem a responsabilidade de dirigir igreja, como muitos outros que se assentam duas ou três vezes por semana nos púlpitos das ADs , participam de cultos e depois voltam para suas casas. Não faço um desdém aos outros, apenas pontuo a diferença.

Também é necessário descrever a estrutura das Assembleias de Deus. Elas são divididas (divisão no sentido organizacional) por campos e setores. E cada um deles têm o seu Pastor Presidente. E estes Pastores Presidentes são independentes uns dos outros. É por causa disso que algumas ADs são mais rígidas ou menos rígidas quanto aos usos e costumes, umas louvam a Deus batendo palmas, outras não... Até o brasão, o logotipo, muda de desenho de lugar a lugar.


Vale ressaltar que neste organograma assembleiano,
todos os Pastores Presidentes são independentes da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, nem o Pastor Presidente da CGADB, atualmente com gestão do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, tem autoridade para determinar algo nos campos e setores espalhados pelo país.

A
filosofia de puxar o tapete

Acho engraçado, mas talvez devesse chorar ao invés de rir.

Sou brasileiro, vivo no Brasil e vejo com tristeza parte da nossa cultura. Aqui, quando um compatriota faz sucesso, o costume é puxar o tapete dele. É proibido ser felizardo, é proibido progredir. Basta o cidadão crescer um pouco e aparecem compatriotas avidamente procurando um jeito de derrubá-lo. Cresceu, rasteira nele!

Não pergunta-se se a pessoa progride ocupada em tarefa honesta, se possue postura respeitável.... Pode ser em qualquer área de atuação. Infelizmente, o brasileiro tem entranhado dentro do coração esta cultura destruidora. E, também, infelizmente, esta cultura entra na Igreja Evangélica, alguns cristãos não a abandonam ao converter-se ao Senhor.

A ironia do brasileiro é agir diferente com os gringos

Talvez conheçam o caso de Ronald Biggs, o ladrão inglês. Ele assaltou um trem postal escocês, de Glasgow, no sul da Inglaterra, em 1963, e após operação plástica e perseguições da Scotland Yard veio a residir no Brasil, amparado pelo acordo internacional de extradições. Aqui, ele não vivia às escondidas. Esteve por três décadas convivendo nas altas rodas da sociedade carioca, era nota de colunas sociais chiques do Rio de Janeiro e do restante do Brasil, dava entrevistas à televisão, quase todos prestavam-lhe reverência, como se assassinar e roubar fosse a mais importante das virtudes. Em 1991 ele voltou para a Inglaterra velho e empobrecido. Foi para lá por conta própria. Ao pisar em solo inglês foi imediatamente preso, na prisão esteve cuidando da saúde às custas do governo inglês. Em agosto de 2001 a Inglaterra o soltou, estava com a saúde muito precária após sofrer vários derrames. Hoje está impossilitado até de conversar.

Por que será que para alguns brasileiros, estrangeiro é mais facilmente aceitável, tido como bom, mesmo que seja gringo reprovável?

O sujo falando do mal lavado?

Estando no fórum de outros blogs evangélicos, um anônimo criticava o Pr. Silas por causa das solicitações das ofertas de 900 e mil reais, feitas por Cerullo e Murdock. no Programa Vitória em Cristo. Não costumo pensar que tudo que seja estranho é heresia. Primeiro investigo.

Segundo o anônimo, fazer solicitações de ofertas alçadas são atitudes estranhas, são atitudes de tentativas de barganhar com Deus. Este anônimo cobrou de mim uma posição, insinuando que o pastor fosse um herege pelo fato das ofertas solicitadas.

Nem tudo o que é estranho podemos afirmar que é heresia. Logo pensei na cultura brasileira do puxar o tapete de quem sobe. Também pensei na lição bíblica do cisco e do argueiro. Anônimos são fora da lei. Tal forma se expressão, sem identidade, é ilegal em nosso Brasil. Então, internautas anônimos, falhando, cobram a perfeição de outros.

Existe a cobrança para que Silas Malafaia mantenha conduta assembleiana. Postura assembleiana? Acho que precisamos nos preocupar se temos posturas cristãs. A religiosidade denominacional deve sempre ficar abaixo do nosso serviço como cristãos. Muitos problemas seriam evitados se todos se propusessem a ser servos com esta perspectiva.

O jeitão de pedir ofertas é um mero costume tradicional e informal. Não existe uma regra quanto a passar salvas ou não passar salvas, ou ter gazofilácio ou não nos templos. Então, ter uma postura diferente quanto a arrecadação de dinheiro, seja no recinto da igreja ou nos programas de televisão, não significa bular regras, porque não existem regras estabelecidas, apenas o hábito.

No sudeste do Brasil, onde cresci, nas décadas de 1970, 80 e parte de 90, eu fui testemunha de muitas atrocidades de pastores contra as ovelhas de Cristo. Todas as intervenções dos líderes vinham com a argumentação “defesa do bom costume assembleiano”. Foi triste ver pastores afastando ovelhas de Cristo da comunidade cristã, sem usarem apoio da Bíblia Sagrada para fazer isso. Eles usavam a cartilha da religiosidade. Ou seja, eles foram mais assembleianos do que cristãos.


E.A.G.

Revisado em 14 de abril de 2010

O artigo está liberado para cópias, deste citados nome do autor e link (URL) deste blog.

domingo, 11 de abril de 2010

A PROFECIA DE JEREMIAS CONTRA O DESVIO DOUTRINÁRIO DOS JUDEUS E A FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA QUANTO AO TEMPLO

Toda profecia não é, necessariamente, uma predição de eventos futuros, pois 1ª Corintios 14.3, define profetizar como falar aos homens “para edificação, exortação e consolação”. Não é toda profecia que contém o elemento da predição de algum modo definido. Geralmente, no entanto, os sermões dos profetas veterotestamentários tinham este elemento, revelando ao povo os juízos e bênçãos de Deus para o futuro, de acordo com a obediência ou desobediência à vontade de Deus.

Aos israelitas da época de Jeremias, a presença do templo era ilusoriamente interpretada como certeza necessária para a proteção de Deus. Jeremias discordava, pregava que era necessário uma completa transformação moral.
Os habitantes de Judá enganavam-se ao crer que um santuário fosse mais importante ao Criador do que o comportamento moral de quem O adora. O miraculoso livramento de Jerusalém dos exércitos de Senaqueribe, quase um século antes, levava-os à ilusão, fazia os israelitas crerem que por Judá ser a sede do templo, Jerusalém era imbatível. (2º Reis 18.13 -19.37).
Eles estavam certos de que nenhuma invasão poderia derrotá-los enquanto existisse o templo, cogitavam que sendo o templo tão importante para Deus e estando o SENHOR presente de forma especial, então nunca seria permitido a sua destruição, e nem da cidade em que se localizava. Afinal de contas, pensavam eles, Deus não iria permitir que a sua casa fosse destruída.
Mas o Senhor, por meio do profeta, disse que o templo fora transformado num caverna de salteadores, e então estava fadado a ser demolido. Esta profecia se cumpriu durante a vida de Jeremias.

Séculos depois, após o templo ser reedificado, Jesus citou a referência, Jeremias 7.11, aos expulsar os cambistas do templo (Marcos 11.17; Lucas 19.46).


E.A.G.
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Terceira parte do subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, lição 3, da revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperança em Tempos de Crise (CPAD).

O artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (URL) deste blog.

A LIÇÃO DE SILÓ QUASE LEVA O PROFETA JEREMIAS À MORTE

“Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor e dize a todas as cidades de Judá que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mando que lhes fales; não omitas uma só palavra” - Jeremias 26.2.

O capítulo 26 do livro de Jeremias possui a narrativa das circunstâncias em que o discurso do capítulo 7 foi pronunciado pelo profeta, mostra as reações que o conteúdo da mensagem provocou em seus ouvintes.
Jeremias, objetivando fazer os judeus abrirem os olhos para a falsa segurança que depositavam no Templo, fez uma comparação com a religiosidade judaica do passado, quando a arca da Aliança se encontrava no santuário em Siló. Ele declarou que o que havia ocorrido no passado, também aconteceria com a presente geração.
O que havia acontecido?
Siló distava há 38 quilômetros ao norte de Jerusalém e se encontrava no território de Efraim. Havia sido o lugar do tabernáculo, depois da conquista de Canaã, sob o comando de Josué. O antigo santuário de Siló atendia a família sacerdotal de Eli. Durante o período em que a arca da Aliança esteve ali, o lugar se converteu em um importante centro de peregrinação, e transformou-se em centro religioso de Israel por mais de um século (1º Samuel 1.3).
Mas, devido a rebelião dos israelitas contra Deus, a contaminação do povo com o pecado da idolatria, aproximadamente no ano 1050 a.C., os inimigos filisteus infringiram uma dura derrota aos israelitas e levaram a arca da Aliança para depositá-la como troféu no templo do falso deus Dagom, em Asdode. Nesta ocasião, a cidade e o santuário foram saqueados e devastados, cerca de 30 mil soldados da infantaria de Israel foram mortos (Josué 18; 1º Samuel 4.1-11; 5.1-5).

A comparação de Jeremias entre os israelitas do passado, adoradores no tabernáculo em Siló, e a geração para qual ele dirigia à Palavra de Deus, adoradores no Templo em Jerusalém, enfureceu o povo. Dizer que a mesma desolação do passado se repetiria no presente, foi motivo suficiente para que a multidão tentasse contra a vida do profeta, que por pouco escapou daquela situação com vida.

Aicão evitou o martírio do profeta. Ele era homem influente naquela sociedade, tinha laços estreitos com o rei Josias, era o pai de Gedalias, que por conseguinte era amigo do profeta e, talvez, devido a relação entre eles, deve ter se sentido compelido a evitar a morte do profeta e foi feliz na proteção concedida (2º Reis 22; Jeremias 26.24).

E.A.G.
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Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 3 - Anunciando Ousadamente a Palavra de Deus.

O DISCURSO DE JEREMIAS NA PORTA DO TEMPLO E AS CONSEQUÊNCIAS POR PROFERÍ-LO

“Põe-te à porta da casa do Senhor, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá, os que entrais por estas portas, para adorardes ao Senhor” - Jeremias 7.2.

Devido os israelitas haverem escolhido seguir pelo caminho da idolatria, adorarem ao SENHOR apenas exteriormente, Deus incumbiu o profeta Jeremias de proferir um sermão na porta do átrio do Templo. O átrio exterior era o pátio onde os judeus se reuniam para cultuar. Os povos de todas as cidades reuniam-se no ali, e assim podiam levar a mensagem de volta para as suas cidades.
A pregação de Jeremias deveria ser à porta da Casa do SENHOR porque os adoradores tinham que passar por ela para participar das atividades religiosas. Posicionado à entrada, o profeta deveria enumerar as condições morais para que o culto celebrado pudesse ser realmente agradável a Deus, ali ele tinha condições de proferir lembretes, solicitando a todos que examinarem sua vida moral ao adentrarem no recinto de culto.(Salmo 15; 24.3-6).
O longo discurso de Jeremias, de 7.1 à 8.3, compreende o primeiro de uma série de textos redigidos em prosa, cujo conteúdo e forma literária se assemelham ao livro de Deuteronômio.

Podemos considerar que o povo estava transgredindo metade dos Dez Mandamentos. “Furtais e matais, cometeis adultério, e jurais falsamente” - Jeremias 7.9. Ver: Deuteronômio 11.28; 13.2,6-9; 28.64; Jeremias 19.4; 44.3.
O caráter geral da mensagem de Jeremias é de repreensão e advertência e exortação. Além dos pecados de idolatria, são denunciados outros abusos cometidos no culto do Templo de Jerusalém. O profeta acusou os judeus de irem ao templo para se purificar dos pecados e terem a predisposição de após a purificação voltarem aos mesmos pecados. Eles diziam: fomos libertados dos pecados do passado, agora estamos prontos para pecar outra vez (Jeremias 7.10).
E.A.G.
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Subisídio preparado com a finalidade de aproveitamente nas escolas dominicais, cujas aulas usem a revista Lições Bíblicas: Jeremias - Esperanças em Tempo de Crise; comentarista Claudionor de Andrade (CPAD). Artigo dirigido à lição 3 - Anunciando Ousadamente a Palavra de Deus.

sábado, 10 de abril de 2010

O LIVRE ARBITRIO E O CORAÇÃO DURO DE FARAÓ

Deus não tem seus prediletos.

Quando Moisés solicitou ao monarca egipcio para deixar o povo judeu partir, Deus deu a ele a opção de entrar para a História de uma maneira diferente. O rei do Egito teve liberdade de escolha, em não endurecer o coração contra a vontade divina.

Vemos que o endurecimento do coração dele não foi o suficiente para imperdir que a vontade divina prevalecesse.

A Bíblia ensina que Deus é justo e imparcial (Salmo 111.7);

A Bíblia declara que Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ezequiel 18.23);

A Bíblia declara que Deus deseja que todos os homens sejam salvos (1ª Timóteo 2.4).

Faraó não foi uma vítima fatal de Deus.

Ele não foi arrastado para a desobediência, não esperneou e nem gritou contra a decisão de oprimir os judeus e tentar mantê-los na escravidão, ele queria a mão-de-obra gratuita, via-os como instrumento para alcançar suas ambições.

Ele se opôs a vontade de Deus por iniciativa própria.

"Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder..." - Romanos 9.17 a.

A palavra traduzida por "levantei" não significa, no idioma original, "criar". É "ficar em pé", é "permanecer".

Vemos que Deus manteve Faraó no poder, com vista a fazer dele instrumento de anunciação de seu poder ao povo israelita. Quando Moisés pediu-lhe para libertar os judeus, ele escolheu endurecer o coração quando poderia ter optado em deixá-lo partir.

A Bíblia diz "em ti mostrar o meu poder", não diz que Faraó estava predestinado à ser condenado.

Faraó não foi joguete nas mãos de Deus.

O fim que ele teve foi merecido, pois agiu com a liberdade de escolha.

Mesmo que alguns textos bíblicos, no primeiro lance de leitura, levem a crer que os acontecimentos, e a reação de Faraó diante destes acontecimentos, não foram reações inteiramente suas, o contexto bíblico mostra que o endurecimento do coração de rei egípcio ocorreu de diferentes maneiras e momentos por iniciativa pessoal.

Nove passagens bíblicas mostram que o próprio Faraó endureceu seu coração: Êxodo 7.13, 14, 22; e, 8.15, 19, 32; e, 9.7, 34, 35.

Somente na sexta praga do Egito é que lemos, com clareza que Deus endureceu o coração de Faraó. E podemos concluir com isso que existe perigo em resistir a vontade do Senhor, a rebeldia obstinada nos conduz ao castigo de nossas próprias escolhas. Foi isso que o apóstolo Paulo explicou em Romanos 1.24, 26, 28. Deus entrega o homem às suas paixões pecaminosas, e o pecado leva à morte.

E.A.G.

Consultas: A Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida); Manual Prático de Teologia - Eduardo Joiner (Editora Central Gospel).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PASTOR ESDRAS COSTA BENTHO COMENTA SOBRE PROSPERIDADE BÍBLICA NO BLOG BELVEREDE

Kharis kai eirene

Prezado Eliseu, suas palavras são dignas de serem refletidas pelos teólogos assembléianos. Entendi que o caro amigo não é defensor da Teologia da Prosperidade, mas também não defende a Teologia da Mendicidade, mas aproveitou a oportunidade para criticar com mestria tanto uma como a outra. Já comentei a respeito da prosperidade em meu blog de acordo com a visão veterotestamentária, uma vez que a maioria dos pregadores da prosperidade usam e abusam das perícopes desse tomo sagrado.

Segue abaixo, algumas dessas considerações que, embora não definitas, contribuem para uma reflexão a respeito do tema:

Cinco termos hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento.

1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar". A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).

2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa "viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".

3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio", "agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco", "imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é "sabedoria", "prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1Sm 18.14 ler vv.12,15). Nestes versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.

4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras "tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: "Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranqüilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foi abatido. A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10).

O patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade" advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: "Descansado [shālâ] estava eu, porém ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.

5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa "engordar", "ser gordo" e, consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo "gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagagens como essas eram freqüentes np Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado sempre gordo refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: "Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo "gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra". Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundande, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).

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O conteúdo acima está postado em meu blog, como comentário ao artigo publicado na data de ontem neste blog, cujo nome é Carta Aberta aos Pastores Filiados à CGADB
O Pr. Esdras Costa Bentho é um dos idealizadores do UBE Blogs, juntamamente com o Pb Valmir Nascimento Milomen e Pr. Altair Germano. É paraibano, teólogo, graduando em Pedagogia e escritor. Na ciência pedagógica é pesquisador nas áreas de educação infantil, formação de professores e gestão educacional. Na ciência teológica, é biblicista e hermeneuta, especialista em Hermenêutica Bíblica e pesquisador na área de Hermenêutica Filosófica, com ênfase no período clássico da hermenêutica alemã. Aprecia os filósofos alemães, principalmente Heidegger, Kant e Gadamer, e os franceses Rousseau e Ricoeur; além de ávido leitor da poesia pessimista de Augusto dos Anjos. Edita o blog Teologia & Graça.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

JUVENTUDE QUE SERVE A DEUS


CARTA ABERTA AOS PASTORES FILIADOS À CGADB

Aos pastores e teólogos filiados a Convenção Geral da Assembleia de Deus no Brasil.

Corro o risco de me passar como alguém em defesa do Malafaia, devido aos episíodios de Morris Cerullo e Mike Murdock no programa Vitória em Cristo, recentemente. Mas não me importo com a minha imagem. A minha defesa é em favor do povo, em favor da Palavra pregada com clareza, da verdade na sua inteireza e proferida com muita coragem.

Longe de mim parecer fazer apologia da miséria e da pobreza. Longe de mim parecer fazer apologia da avareza e da ganância. Longe de mim parecer fazer apologia da Teologia da Prosperidade.

Pois é, observo que é isto que acontece no meio cristão brasileiro. Os pregadores deixaram de fugir da aparência do mal. Muitos têm a vida próspera financeiramente, entendem o sentido da prosperidade vinda do esforço nos estudos e trabalho honesto, e são abençoados devido tal saber, mas não explicam ao povo mais simples qual é o caminho da bênção material. Tudo em nome da manutenção do seu nome ligado à “boa fama ortodoxa”.

A pregação com ambiguidade é torpe!

Com tristeza, neste semana, encontrei uma pessoa assembleiana, que reclamava de um pastor que pediu ofertas para a construção de uma grande garagem num templo-sede situado em nossa cidade de São Paulo. Para a irmãzinha, a solicitação das ofertas ao projeto da garagem era algo extremamente pecaminoso, pois, segundo ela, automóvel e garagem são vaidades, luxo que a carne corrompida pelo pecado quer ter. “Crente santo não precisa de carro, vai ao culto através de lotação pública ou caminhando”, disse ela, bem enfática. Chorei por dentro com um riso no rosto, porque as lamúrias dela mereciam meu respeito.

Daí, depois, fiquei pensando: que geração é esta que está formada e que estão formando em nossas igrejas? Fala-se tanto contra prosperidade, sendo que a Bíblia não condena gente próspera, não condena o dinheiro.

Por que não aparecem pregadores corajosos, saídos dos seminários da AD, revelando toda sua capacidade espiritual e intelectual para distinguir publicamente o rico avarento do rico mão-aberta? Porque eles não explicam aos mais simples que Deus não condena a fortuna vinda do trabalho honesto? Porque não esclarecem que o coração avarento e ganancioso é pecador e que estes adjetivos também são aplicáveis aos “pés-rapados”?

Tem gente sofrendo porque não possui dinheiro para comprar remédios! Isto é bênção? Muitos crentes humildes pensam que sim, estão morrendo alegremente porque estão enganados pensando que o sofrimento que os atinge é por amor a Cristo! Estão neste cenário triste porque pregadores prolixos não se cansam de pregar contra a prosperidade!

Tem gente, como esta irmã que eu citei, pensando que a posse de um carro novo, condução vinda do suor honesto de alguém pós graduado e com uma excelente profissão, é vaidade de gente carnal!

Qual é o texto bíblico que nos afirma que ser próspero é pecado? Existe? Não.

Quando os ilustres pregadores assembleianos vão perder o medo de arranhar suas imagens e colocar os pingos nos ís, conforme está nas Escrituras? Quando descortinarão o hebraico e o grego plenamente?

Um dia Deus irá cobrar de quem sabia fazer o bem, teve a oportunidade de fazê-lo e não o fez.

Passou da hora de distinguir prosperidade bíblica da Teologia da Prosperidade!

Abraço, na paz de Cristo.


E.A.G.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A IGREJA EVANGÉLICA E AS OBRAS ASSISTENCIAIS - QUAL É O CONCEITO BÍBLICO NESTA QUESTÃO?

No Novo Testamento, está claro que a Igreja deve ajudar aos necessitados, porém, a missão principal da Igreja não é essa.
Existem muitos críticos sobre este assunto, gentes muito mal informadas e mal intencionadas. Afirmam que existe o dever da Igreja em prestar assistencialismo perante a sociedade. Tais críticos parecem não conhecer o papel da Igreja no mundo e também não conhecer a Bíblia tanto quanto deveriam.
A obra social deve ocorrer de acordo com os parâmetros bíblicos. Quais são estes parâmetros da Bíblia?
O apóstolo Paulo tratou sobre este assunto em 1ª Timóteo 5, é a questão da inscrição de viúvas. Ele esclarece quais daquelas mulheres poderiam ser favorecidas com ajuda humanitária, assistência social da Igreja, e quais não. E a situação daquela época serve de padrão para nós, hoje.
Eis os critérios que servem de padrões bíblicos:
1 – o pastor deve ajudar aos membros, o pastor não tem nenhuma obrigação de ajudar aos que estão no mundo sem servir a Deus (1ª Timóteo 5.3-4; 9-10);
2 - o pastor deve ajudar aos necessitados cristãos que não possuem em sua família quem possa fazer isso por eles (1ª Timóteo 5.16);
3 – o pastor não tem nenhuma obrigação de ajudar crentes rebelados, maldizentes, o pastor deve socorrer só aos crentes fiéis, aos tementes a Deus que dão bom testemunho dentro de seus lares e na sociedade (1ª Timóteo 5.9-10).

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) deste blog.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A sociedade de ontem e de hoje e o cristão protestante do passado e do presente

Crente, evangélico ou protestante? Dependendo do contexto destas palavras, elas podem ter o mesmo sentido. E pode ser usada de maneira respeitosa ou pejorativamente.

É lógico que o termo crente é apenas um rótulo. Crente todo mundo é, o ser humano sempre crê em algo. Os ateus creem nas teorias de Charles Darwin. Os evangélicos creem nos Evangelho de Jesus.

No passado, a sociedade brasileira discriminava os cristãos evangélicos. Éramos chamados de seitas em um Brasil que é Estado laico. Éramos chamados de protestantes, por cristãos católicos fanáticos, como a afirmar a que a Igreja de Roma era verdadeira e o protestantismo o cristianismo falsificado. A mídia era porta-voz da sociedade preconceituosa e na televisão nos ridicularizava em programas humorísticos, novelas e telejornais com as suas notícias distorcidas.

Hoje em dia, a sociedade e a mídia mudaram. Já existem canais de televisões e rádios cujos donos são evangélicos. E parte desta mídia, cujos donos não são protestantes, convida cristãos evangélicos a participar de suas programações e pautas jornalísticas, e respeitam a nossa fé.

No passado éramos ridicularizados e hoje não mais. Então, diante disso é comum encontrar cristãos evangélicos a olharem para esta multiplicação de cristãos protestantes no Brasil e para a melhoria de tratamento que recebemos e desdenharem dessa mudança, como se ela fosse totalmente negativa.

Estes cristãos evangélicos são extremamente pessimistas, eles proferem comentários cheios de desdém: “Quando eu era garoto sentia discriminação e não me chamavam pelo nome na escola, me chamavam de crente. Não me convidavam para nada. O motivo do desprezo? Diziam: 'ele é crente', e para as meninas 'ela é crentinha' e se sucediam muitos constrangimentos”.

Os evangélicos pessimistas afirmam que ser crente hoje em dia virou moda. E até parece que lembram das perseguições e discriminações religiosas do passado como se fossem tempos bons. Fazem pouco caso de quem se converte e faz parte da mídia atual, criticam quem se apresenta como evangélico na televisão, esquecendo-se que o mais importante não é como nos intitulamos, mas se aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador pessoal.

Paulo plantou, Paulo regou, mas Deus deu o crescimento (1ª Corintios 3.6).

O fato de haver maior número de pessoas se dizendo crentes, evangélicas ou protestantes, não deveria ser motivo de críticas, pois é o resultado do evangelismo que os nossos antepassados de fé plantaram. É o tempo de regar e colher! O que devemos fazer diante deste cenário? Procurar manter a doutrina bíblica, continuar sendo o crente-evangélico-protestante que protesta contra todo pecado e manter a paz e a comunhão com todos os irmãos em Cristo.

E.A.G.

Este artigo está liberado para uso, desde que sejam citados o nome do autor e o link (URL) deste blog.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

AS CARACTERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM O BOM EVANGELISMO E O BOM DISCIPULADO - PARTE 2

Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” - 1ª Corintios 2.14-16 .

O apóstolo Paulo ensina sobre a capacidade de entendimento de cada alma antes e depois de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.

Quando o evangelista sai às ruas para evangelizar, trava relacionamento com as almas que ainda não são espirituais, então precisa ter esclarecido a condição da mente humana com quem se relaciona.

A alma que é alvo do evangelismo não têm a capacidade para discernir as coisas espirituais. Quem não experimentou o novo nascimento tem a mente natural, ainda não possui a capacidade de compreender as coisas do Espírito, porque não passou por nenhuma etapa da transformação mental, não têm a mente renovada em Cristo (Romanos 12.1-2).

Portanto, entendo que não é possível pregar o Evangelho tratando de assuntos bíblicos mais aprofundados com pessoas não convertidas. O alvo das mensagem mais profundas devem ser os convertidos e não quem estamos evangelizando.

Penso que existe diferença entre evangelizar e discipular. Apesar do termo “discipular” não ser verbo nos dicionários, acostumei a usar o termo no sentido de fazer discípulos.

Na rua, a mensagem pregada deve ser diferente da mensagem pregada nos púlpitos, pelo fato de serem almas com estados espirituais diferentes. A responsabilidade do evangelista é diferente da responsabilidade do pastor. Fazer evangelismo não é o mesmo que fazer discípulos (apascentar ovelhas), porque a alma que ainda não aceitou a Cristo não é uma ovelha, pois ela não passou pelo novo nascimento, não renasceu em Cristo.

E.A.G.

O artigo está liberado para uso, desde que sejam citados o nome do autor e o link (HTML) deste blog.

domingo, 4 de abril de 2010

As características que diferenciam o bom evangelismo e o bom discipulado

Por Eliseu Antonio Gomes

Saber a diferença entre evangelismo e discipulado é importante. As diferenças são óbvias, no entanto é muito comum ver "peixe graúdo" equivocar-se nesta obviedade.

O que é evangelismo?

Evangelho significa Boas Novas, novidade. Portanto, entendo que evangelizar é entregar a mensagem da salvação. Cabe o direito a quem ouve receber ou rejeitar a mensagem evangelística.Evangelismo tem a ver com entregar o Evangelho às almas que ainda não conhecem Jesus como Salvador.  

Se a pessoa evangelizada der atenção, ela terá oportunidade de receber instruções de discipulado, pois disponibilizará condições para que seja informado a ela que existe a salvação em Jesus, saberá quem é o Salvador e como deve agir para receber a salvação. 

Recentemente, membros da minha família entregaram mais de 3 mil impressos de evangelismo em um hospital estadual da zona norte da cidade de São Paulo. Sempre que nos propomos a realizar eventos assim, sabemos que serão encontradas pessoas com forte oposição ao cristianismo, que proferirão palavras de baixo calão contra nós e contra tudo que cremos, ou se mostrarão totalmente indiferentes.

Ao evangelizar, sempre refazemos o trajeto de distribuição no sentido inverso e encontramos parte do material distribuído jogado no chão, às vezes até amassado ou rasgado. O panfleto que for possível recolher, abandonados em assentos, cadeiras e bancos, são recolhidos por nós para entregar a outros. E para manter a região urbana limpa.

As almas que não têm Cristo podem ser consideradas evangelizadas, tendo elas se portado com receptividade ou rejeição à mensagem passada.Pois bem, quero dizer que a panfletagem para quem já é crente em Jesus não é evangelismo e nem discipulado. A Boa Nova não é mais novidade para ela, que já é conhecedora da mensagem e participante da mesma fé que temos. Não é ético convidar quem já é convertido a Cristo a trocar de igreja, pois é uma ovelha e tem o seu pastor. Deus tem seu propósito com ela na congregação dela.

O que é discipulado?

A maior diferença entre uma alma evangelizada e uma alma discipulada é que a primeira nem sempre tem fé em Deus.

Ser um discípulo é ser um aluno. Discipular é ensinar. Portanto, todas as pessoas que são avessas à escola, rejeita-a a ponto de não participar das aulas, jamais poderão ser reconhecidas como alunas. Então, por este motivo considero que todo ato de evangelismo nunca é um ato de discipulado.

Quando evangelizamos, encontramos dois tipos de almas:

1ª - As pessoas que se candidatam à posição de discípulos, querem saber mais de nós sobre Jesus e a salvação, vão ao endereço que indicamos e passam a frequentar as reuniões da igreja, elas estão predispostas a trocarem as filosofias do mundo pela vontade de Deus.

2ª - Existem pessoas que esbravejam, rasgam folhetos, dão às costas e nos deixam falando sozinhos. Estes não são discipulados porque se afastam do Mestre Jesus e não deixam margem ao convívio com quem queira ensiná-la sobre a fé cristã.

Costumo presentear pessoas com Bíblias, e só recebem tais presentes quem eu percebo ter interesse em aprender, quem tem a característica do discípulo. Com certeza, se entregar aos que jogam folhetos no chão, farão o mesmo com a Bíblia, pois não valorizam as coisas santas.

O apóstolo Paulo ilustrou o cristão em fases: existem os meninos e os adultos. Alguém pode ser discipulada durante o período de evangelismo? Sim. Mas o processo de discipulado é um processo longo e profundo, que vai bem mais além da informação que Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador. As almas precisam chegar até a estatura de possuir a capacidade de responder a razão da sua fé.

Outro dia, conversei com um jovem que se diz cristão. Entrei no assunto da Bíblia e levei um grande susto quando percebi que ele não sabia explicar o que são o Antigo e o Novo Testamento. Obviamente que esta pessoa precisa continuar sendo discipulada, apesar de considerar-se e ser considerada em seu círculo social como uma pessoa cristã.

Nem todo evangelista é pastor, mas quase todos os pastores também são evangelistas. Quero salientar o seguinte: Os pastores possuem capacidade para ensinar a ovelha, realizar o discipulado, enquanto que o evangelista não é capaz disso. Portanto, é importante aos que evangelizam conduzir as almas ao pastor.

E.A.G.

QUANDO O CRISTÃO COMBATE A CARNALIDADE NA VIDA DO PRÓXIMO AGINDO DE MANEIRA CARNAL

Uso a Internet como uma forma de ajudar almas. Por blogs e sites de relacionamentos. Devido a isso, alguns internautas buscam aconselhamentos comigo, pedem ajuda quando parece não haver apoio pastoral para eles.

Pela graça do Senhor, procuro ajudá-las, me baseando na Palavra do Senhor. E trago a situação para cá, sem citação de nomes, porque creio que poderá ser útil aos leitores do blog.

Eis o caso mais recente:

“Amigo.

Me ajude. Como posso frequentar uma igreja cujo pastor dá oportunidade para uma adúltera conduzir cultos? Ele sabe que ela está em pecado com o esposo da irmã do Círculo de Oração. Como aceitar o pastor que diz 'ela pode ser adúltera, mas é usada por Deus?' ”.


Resposta:


"O caso é muito complicado!

Primeiramente, preciso dizer a você que não deve abandonar Jesus Cristo por causa de gentes más que dão péssimos testemunhos e apostatam da fé.

O seu dever como cristão é orar por este líder e pelas pessoas que você afirma estarem em adultério, pelos conjuges traídos neste pecado, e também em favor de seus filhos e filhas. O diabo entrou nestas famílias através de corações que deixaram a libertinagem falar mais alto que o temor a Deus.

“A ira do homem não opera a justiça de Deus” - Tiago 1.20.

Entendo sua indignação. Nestes momentos, é necessário equilíbrio para manter-se firme na fé em Deus. Cuidado, não combata o mal com o mal, não pense em vencer as obras da carne com carnalidade (Romanos 12.21). O adultério é obra da carne e a ira também (Gálatas 5.19-20).

Não é seu dever congregar no mesmo local que estas pessoas estão, afaste-se desse ambiente se considerar melhor para você. Vá servir a Deus em outro lugar onde existem pessoas comprometidas com Deus, que vivem o cristianismo com fidelidade ao Senhor.

Mas, se quiser ficar nesta congregação, também não é obrigado a sair.

Jesus afirmou que entre o trigo, que são os fiéis, existe uma erva daninha chamada joio (figura dos infiéis). O agricultor não pode retirar o joio que cresce entre os trigos porque ao arrancá-los também mata o trigo. Só no momento da colheita é que o agricultor faz a separação. Espiritualmente falando, Jesus fará a justiça no Dia do Julgamento Final. Confira: Mateus 13.25-30; 25.32-46.

Neste caso que você citou, compete ao Senhor arrancar os infiéis e a você orar... Se agir por você mesmo, poderá causar estragos espirituais na vida de pessoas que amam a Deus e ainda não possuem estruturas para aguentar tamanha pressão. Pense no bem delas!

Abraço".

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E.A.G.

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sábado, 3 de abril de 2010

O SIGNIFICADO DA GRAÇA DE DEUS E O QUE FAZER COM ELA

"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" – 1ª Pedro 4.10..

O despenseiro é a pessoa encarregada da despensa. Na despensa guardam-se coisas..

Todo cristão precisa ter em sua mente a consciência que possui a missão de despenseiro da graça de Deus. Ele recebeu e está encarregado de executar a vontade do Senhor. Deve guardar, preservar e distribuir as coisas espirituais, oferecer a graça divina para todos..

Na Bíblia Sagrada, o termo “graça” significa “favor imerecido”. Então, o cristão tem em sua despensa o favor do Senhor que não merece ter. A graça de Deus tem muitas formas: é o amor, é a misericórdia, é o perdão.
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O bom despenseiro de Deus recebeu a graça divina e tem o dever de servi-la ao próximo. Ele é amado pelo Senhor e ama, ganhou perdão e perdoa, possui a misericórdia divina e serve misericórdia a todos. Incondicionalmente, aos que julga ser merecedores ou não..

E.A.G..

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