Crente, evangélico ou protestante? Dependendo do contexto destas palavras, elas podem ter o mesmo sentido. E pode ser usada de maneira respeitosa ou pejorativamente.
É lógico que o termo crente é apenas um rótulo. Crente todo mundo é, o ser humano sempre crê em algo. Os ateus creem nas teorias de Charles Darwin. Os evangélicos creem nos Evangelho de Jesus.
No passado, a sociedade brasileira discriminava os cristãos evangélicos. Éramos chamados de seitas em um Brasil que é Estado laico. Éramos chamados de protestantes, por cristãos católicos fanáticos, como a afirmar a que a Igreja de Roma era verdadeira e o protestantismo o cristianismo falsificado. A mídia era porta-voz da sociedade preconceituosa e na televisão nos ridicularizava em programas humorísticos, novelas e telejornais com as suas notícias distorcidas.
Hoje em dia, a sociedade e a mídia mudaram. Já existem canais de televisões e rádios cujos donos são evangélicos. E parte desta mídia, cujos donos não são protestantes, convida cristãos evangélicos a participar de suas programações e pautas jornalísticas, e respeitam a nossa fé.
No passado éramos ridicularizados e hoje não mais. Então, diante disso é comum encontrar cristãos evangélicos a olharem para esta multiplicação de cristãos protestantes no Brasil e para a melhoria de tratamento que recebemos e desdenharem dessa mudança, como se ela fosse totalmente negativa.
Estes cristãos evangélicos são extremamente pessimistas, eles proferem comentários cheios de desdém: “Quando eu era garoto sentia discriminação e não me chamavam pelo nome na escola, me chamavam de crente. Não me convidavam para nada. O motivo do desprezo? Diziam: 'ele é crente', e para as meninas 'ela é crentinha' e se sucediam muitos constrangimentos”.
Os evangélicos pessimistas afirmam que ser crente hoje em dia virou moda. E até parece que lembram das perseguições e discriminações religiosas do passado como se fossem tempos bons. Fazem pouco caso de quem se converte e faz parte da mídia atual, criticam quem se apresenta como evangélico na televisão, esquecendo-se que o mais importante não é como nos intitulamos, mas se aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador pessoal.
Paulo plantou, Paulo regou, mas Deus deu o crescimento (1ª Corintios 3.6).
O fato de haver maior número de pessoas se dizendo crentes, evangélicas ou protestantes, não deveria ser motivo de críticas, pois é o resultado do evangelismo que os nossos antepassados de fé plantaram. É o tempo de regar e colher! O que devemos fazer diante deste cenário? Procurar manter a doutrina bíblica, continuar sendo o crente-evangélico-protestante que protesta contra todo pecado e manter a paz e a comunhão com todos os irmãos em Cristo.
E.A.G.
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