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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O último profeta do Antigo Testamento - fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?


"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" - Provérbios 15.1.

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito.

Segundo Tim LaHaye, em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que sentem dificuldades de deixar para depois uma reação às coisas que não gostou, são as mais temperamentais. Certamente que é verdade, é uma força de expressão que identifica os que são do tipo colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. Há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também.

Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio / temperança / auto-controle.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando o coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com que existam reações raivosas, cheias de sede de vingança.

Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos. E o outro João, o batizador.

O primeiro foi conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

João Batista (na verdade batizador, porque "batista" é a função e não sobrenome dele), veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro... Mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). E João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que seja, citados o link (HTML) da comunidade Assembleia de Deus - Belém e o nome do autor.

O presente artigo é republicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 8– João Batista – O Último Profeta do Antigo Testamento; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

Postagem original neste blog em 14 de junho de 2007, com o título Temperamentos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O FRUTO DO ESPÍRITO E OS FALSOS PROFETAS

Atentemos à questão de que as profecias nem sempre são a previsão de fatos que estão por acontecer. A pregação da Palavra, sem previsões, também é uma maneira de profetizar.

Embora no passado tenha existido muitos profetas que falaram como porta-vozes de Deus, também está registrado nas Escrituras Sagradas as ações de profetas falsos. Eles agiram por inspiração humana e/ou inspiração demoníaca. A mesma afirmação é válida para hoje.

No Antigo Testamento

“Disse-me o SENHOR: Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam” - Jeremias 14.14.

“Os seus profetas lhes encobrem isto com cal por visões falsas, predizendo mentiras e dizendo: Assim diz o SENHOR Deus, sem que o SENHOR tenha falado” - Ezequiel 22.28.

A falsa aparência dos maus

Nunca espere que os falsos profetas apareçam e confessem quem eles são e o que querem. As suas intenções interesseiras jamais serão confessadas publicamente. Eles não terão aparência suspeita, farão com que todos pensem que são gentes boas, sempre justas.

“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” - 2ª Corintios 11.13-15.

A falta de humildade dos falsos profetas

Não acredite em quem conheça e ao mesmo tempo pisa na Palavra de Deus!

Não se contente em apenas observar o discurso. Procure conhecer quem discursa. O falso profeta demonstra quem realmente é por não viver aquilo que prega, ele não se submete à vontade do Senhor. O fruto do Espírito, catalogado em nove características em Gálatas 5.16-23, não é presente em sua conduta.

Como chamar de profeta quem fala de amor e não ama? Como pensar que uma pessoa é profeta, se ela prega sobre alegria do Espírito mas produz tristeza no meio cristão? Como conviver com quem prega a paz mas vive em contendas? Como descrever o pregador que espera longanimidade no próximo mas é impaciente com todos em sua volta? Como continuar ouvindo alguém que ensina que devemos nos comprazer em fazer o bem, mas ele mesmo não é benigno? Como chamar de profeta quem não tem histórico de bondade? Como classificar de profeta quem não tem fidelidade a Deus, é mentiroso, não honra os contratos que assina? Como chamar de cristão quem não é manso como Jesus Cristo? Como chamar de profeta quem não domina a si mesmo?

São muitos que usam as Escrituras Sagradas em benefício próprio. Agem por interesse pessoal ou de seu grupo. Eles não trabalham objetivando o crescimento do reino de Deus, pensam no crescimento da instituição eclesiástica que estão vinculados. Assim sendo, são incapazes de pregar a Palavra com imparcialidade. Ao usá-la na pregação, as motivações que geram sua oratória são voltadas para “puxar o tapete” da concorrência.


O alerta de Jesus Cristo para você

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”
- Mateus 7.15-23.

“...surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” - Mateus 24.24.

Os verdadeiros profetas do Senhor falam e vivem de acordo com a Palavra do Senhor

Não basta ser um pregador educado e simpático. Não basta ter uma oratória bonita e uma homilética admirável.

Ser ministro é ser servo, portanto, o profeta de Deus é alguém humilde. Sua vida é marcada por ações que objetivam engrandecer o nome do Senhor e também promover o bem-estar do próximo em todos os sentidos possíveis.

Os profetas verdadeiros não se importam em ter suas mensagens confrontadas com as Escrituras Sagradas, sabem que é certo avaliar se o seu discurso é ou não segundo a Palavra de Deus. Na verdade, eles se alegram ao ver que quem o ouve faz exatamente assim, pois têm a intenção que todos sigam a Jesus Cristo e não a eles!

"Amados, não creiais a todo espírito, mas examinai os espíritos para ver se eles são de Deus, porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" - 1ª João 4.1.

"Examinai tudo, retende o que é bom" - 1ª Tessalonicenses 5.21.

E.A.G.
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Artigo liberados para cópias, desde que seja, citados o link (HTML) da comunidade Assembleia de Deus - Belém e o nome do autor.

O presente artigo foi escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 7– Falsos Profetas; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O ministério profético - os profetas maiores e menores e outras classes de profetas do Antigo Testamento

A Bíblia, e particularmente os livros proféticos, tem uma ordem sistematizada que ajuda a entender os seus respectivos contextos. Deus inspirou os profetas a falar a sua verdade.

Compreendendo a organização dos livros proféticos, e, consequentemente de toda a Bíblia, cria-se uma base firme para prosseguir nos estudos bíblicos e teológicos. Conhecer a organização dos livros da Bíblia é requisito básico para o aprofundamento do conhecimento bíblico.

Os profetas clássicos ou escritores e os profetas não-clássicos

Os profetas são divididos entre “profetas escritores”, ou clássicos, cujas mensagens estão preservadas como livros no Antigo Testamento, e “profetas oradores”, cujo ministério é descrito, mas não fizeram nenhuma contribuição ao cânon.

Os profetas oradores

A importância de um profeta na história não pode ser medida pelas categorias clássicas e não clássicas. Elias e Eliseu são profetas oradores. Os dois, com sucesso, conseguiram substituir Jeová por Baal como deidade oficial em Israel (1º Reis 16; 2º Reis 10).

Os filhos de profetas

A designação “filhos de profetas” é empregada nos tempos de Elias e Eliseu. Podemos depreender, de 2º Reis 2.3-5, que eram conhecidos assim os grupos de homens estabelecidos aqui e ali na terra santa, debaixo da superintendência geral do profeta “autorizado”. Os filhos de profetas na verdade seriam discípulos deles.

Elias, em seu esforço de ajudar Eliseu da pressão da separação, deu a impressão de encetar uma viagem costumeira como seu mestre. Após o arrebatamento de Elias na carruagem de fogo, Eliseu, por sua vez, passou a gerir os grupos proféticos desses “filhos de profetas” e também fez uso de seus serviços (2º Reis 4.38; 6.1, 9.1).

Com certeza os membros desses grupos eram indivíduos profeticamente dotados (2º Reis 2.3-5), mas não se sabe se eles se reuniam ao grupo por chamada divina, numa experiência individual e sobrenatural com Deus, ou se se ligavam pessoalmente ao profeta de maneira natural, atraídos pelos seus ensinamentos.

O profeta Amós (7.14) demonstra que “filho de profeta” foi um termo que sobreviveu ao passar dos anos, evoluiu ao sentido de termo técnico.

Profetas Maiores e Profetas Menores

Os chamados clássicos, os profetas escritores, são divididos em dois grupos: Maiores e Menores.

As obras dos profetas escritores estão divididas. São considerados Profetas Maiores, os lvros que são especialmente longos, e Profetas Menores, os escritos com conteúdo menos avolumados. Estas designações estão de acordo com o conteúdo literário dos livros.

Os livros conhecidos como Profeta Maiores: são quatro: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

São doze os Profetas Menores: Oséias, Joel , Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Embora os livros estejam classificadas em maiores e menores, os ministérios desses profetas do Antigo Testamento são considerados de igual modo, eles foram inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo de Deus.

Conclusão

Todos os profetas, têm a mesma autoridade divina. Mesmo que ministerialmente suas ações tenham sido desempenhadas de maneiras diferentes, eles falaram em nome do Senhor. A autoridade deles é reconhecida pelas menções feitas no Novo Testamento por Jesus e os apóstolos.

E.A.G.
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Bibliografia: Bíblia NTLH; Bíblia de Estudo Almeida (SBB); Dicionário Bíblico Universal Buckland (Editora Vida); Novo Dicionário da Bíblia (Edições Vida Nova).

O presente artigo foi escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 6 – Profetas Maiores e Profetas Menores; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) da comunidade sejam divulgados.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A AUTENTICIDADE DA PROFECIA - DOZE PROFECIAS A RESPEITO DE JESUS CRISTO E O CUMPRIMENTO DELAS

A autencidade da profecia bíblica pode ser conferida através da sua precisão e seu cumprimento fiel e claro. As profecias bíblicas sobre Jesus Cristo se cumpriram durante o período de 1.400 anos, o tempo em que as Escrituras Sagradas foram escritas. Outras, ainda estão para se realizarem, como a vitória sobre a morte.

1º. Descendente de Davi


“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e procederá sabiamente, executando o juízo e a justiça na terra” – Jeremias 23.5 (ver também Salmo 132.11; Isaías 11.10; Jeremias 23.5; Jeremias 33.15).

Cumprimento: “E a Jessé nasceu o rei Davi. A Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias”; Mateus 1.6 (Lucas 1.32-33; Romanos 1.3; Atos 2.30).


2º. Descendente de uma mulher

“Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” – Gênesis 3.15.


Cumprimento: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” - Gálatas 4.4-5.

3º. Nascido em Belém


Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” - Miqueias 5.2.

Cumprimento: “Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos...” Mateus 2.1 (veja mais: Lucas 2.4-6).


4º. Nascimento de uma virgem

“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” - Isaías 7.14.


Cumprimento: “Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria” - Lucas 1.26-27 (Mateus 1.18-25).

5º. A montaria sobre o jumento


“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta” - Zacarias 9.9.

Cumprimento: "Quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei- mos (…) Indo, pois, os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou (…) Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se a cidade toda e perguntava: Quem é este?” - Mateus 21.1-2; 6-7, 10.


6º. A traição de Judas Iscariotes

“Até o meu próprio amigo íntimo em quem eu tanto confiava, e que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” – Salmo 41.9.

Cumprimento: Não falo de todos vós; eu conheço aqueles que escolhi; mas para que se cumprisse a escritura: O que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e declarou: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há de trair.” - João 13.18,21.

7º. Jesus crucificado


“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? por que estás afastado de me auxiliar, e das palavras do meu bramido?” - Salmo 22.1 (ver capítulo inteiro e o Salmo 69.21.

Cumprimento: “E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá, sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” - Marcos 15.34 (leia também: Mateus 27.34-50; João 19.28-30).


8º. Traspassado

Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés” - Salmo 22.16 (Zacarias 12.10).

Cumprimento: Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Também há outra escritura que diz: Olharão para aquele que traspassaram” - João 19.34,37.

9º. Abandonado pelos discípulos


Ó espada, ergue-te contra o meu pastor, e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos exércitos; fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos” – Zacarias 13.7.

Cumprimento: “Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o fugiram” - Mateus 26. 56.

10º. Jesus e Sua ascensão ao céu

“Tu subiste ao alto, levando os teus cativos; recebeste dons dentre os homens, e até dentre os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles” - Salmo 68.18.

Cumprimento: E aconteceu que, enquanto os abençoava, apartou-se deles; e foi elevado ao céu” - Lucas 24.51; Tendo ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos” - Atos 1.9.

11º. Jesus ressurreto dentre os morto

Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” – Salmo 16.10.

Cumprimento: “Pelo que ainda em outro salmo diz: Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção experimentou. Atos 13.35-37.

12º. Vitória sobre a morte

Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse” – Isaías 25.8.

Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória” - 1ª Corintios 15.54.

Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” - Apocalipse 7.16-17.

“Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” - Apocalipse 21.4.


E.A.G.
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Textos bíblicos extraídos da tradução Almeida Revista Atualizada.

Artigo escrito com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição Bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 5 – A autenticidade da profecia; comentadas pelo Pr. Esequias Soares (CPAD).

O texto está liberado para cópias, desde que o nome do autor e o link (HTML) da comunidade sejam divulgados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Isaías 46.10 dá base aos calvinistas para refutar o livre-arbítrio?


“Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade" – Isaías 46.10.

Esta epígrafe não vai contra a soberania de Deus, como alguns demonstram entender. Aliás, o versículo endossa exatamente o contrário. É o que procuraremos mostrar mais abaixo, pontuando dentro do capítulo 46 do livro de Isaías.

Antes, é preciso deixar claro que levamos em alta consideração o fato de o Criador ser soberano, que a todos nós como criaturas Ele dispensa aos seres humanos duas situações. Estamos debaixo da vontade e da permissão dEle. Dentro da soberania divina, Deus.

Sob a vontade divina, não temos condições de deixar de responder pelas consequências de nossas escolhas. Ao fazer uso do livre-arbítrio são geradas consequências espirituais. É a lei da semeadura, colhemos o que plantamos! O resultado final de tudo é o céu ou o inferno. Estes dois destinos é a estipulação da vontade absoluta de Deus para toda a humanidade, não há como ir para outro lugar diferente destes, ou é um ou é outro.

Sob a permissão divina, nós vivemos fazendo escolhas dentro da condição de liberdade concedida por Ele. Somos livres para escolher fazer o bem ou o mal, e Deus sabe o que escolheremos amanhã, daqui um ano... Ele nos deixa seguir a direção que queremos ir. Essa situação não significa que Ele determinou que assim acontecesse conosco (não é a vontade absoluta dEle, é a nossa vontade em ação).

Entendemos que o livre-arbítrio não toca na autoridade do Criador, pois a liberdade de escolha que todo ser humano tem foi criada liberalmente por Ele. Deus quis nos dar o direito de escolhas. A liberdade de iniciativas que temos é a vontade dEle para nós!

Se o ser humano opta por não fazer o bem, a não adorar a Deus, e rouba, assalta, mata, estupra, mente, dissimula, trai, e comete outros pecados, faz tudo isso debaixo da permissão divina. A soberania dEle continua intacta, porque Ele concedeu liberdade de escolhas para todos. Mas, que fique claro que a vontade dEle não é que pequemos, quer que O amemos acima de tudo e todos e ao semelhante como a nós mesmos.

Nos treze versículos do capítulo 46, do livro de Isaías, duas vezes há um pedido de Deus ao homem: ouve-me! (versos 3 e 12) Isto denota que o ser humano tem liberdade para não ouvi-lo. O capítulo 46 trata do caso de judeus que ESCOLHERAM fazer ídolos ao invés de adorar ao Senhor, e Ele apela para que se convertam desse grande erro. Caso passem a ouvir, serão abençoados.

E.A.G.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - NUDEZ - A INUSITADA PROFECIA TRANSMITIDA POR ATO SIMBÓLICO NO MINISTÉRIOS DE ISAÍAS

As formas de comunicação entre Deus e os profetas era o diálogo ou mensagem direta, ou visão e sonho. A comunicação entre os profetas e o povo era a mensagem oral direta, figuras, símbolos proféticos, encenação.

No livro de Isaías (20.1-4) lemos que Deus ordenou ao profeta viver um dramático e longo gesto profético por meio simbólico. Ele deveria andar por três anos nu e descalço, como um sinal e aviso de alerta do que viria a acontecer com o povo egípcio.

A atitude do profeta era um protesto contra o tratado político que se anunciava entre Judá com o Egito e Etiópia. A ilustração apontava à insensatez do rei de Judá, Ezequias, pensando em depender do Egito, porquanto o Egito, como qualquer outra nação, era vulnerável. O monarca não deveria confiar na amizade e poder das nações estrangeiras, apenas na proteção do Senhor.

A experiência humilhante de Isaías ilustrava a imagem dos horrores de guerra, remetia aos prisioneiros das batalhas e posteriores escravos, o que viria a acontecer aos egípcios e etíopes. Tal ato surtiu efeito positivo, pois fez com que o rei Ezequias refletisse e desistisse de entrar no conflito.

O perfil de Isaías era de uma pessoa educada e cortês. Ele tinha acesso aos corredores do poder. Sua reputação deve ter feito com que seu gesto profético fosse ainda mais chocante.

Embora a ordem de Deus para que o profeta caminhasse nu durante três anos venha a impactar e causar polêmica, seja vergonhosa e ilógica, tinha alta relevância ao ministério de Isaías. No trecho bíblico, Deus chama-o pelo tratamento “meu servo”, título sempre empregado de maneira especial. Esta expressão se refere a uma posição de confiança e honra. Moisés era amigo e servo de Deus (Êxodo 14.31; Números 12.7-8). Também estão inclusos na lista de servos Abraão, Jacó, Josué, Davi (Salmo 105.42; Ezequiel 28.25; Josué 24.29; 37.35; 2º Samuel 3.18; Salmo 132.10).

Sobre o episódio, descobertas arqueológicas de 714 à 711 a. C. chegaram às inscrições assírias, em Asdode, cidade filistéia. O registro histórico menciona nominalmente Sargão II, o rei assírio, e informa que o Egito aliado com alguns povos da Palestina e outras nações se revoltaram contra a dominação assíria. Asdode, centro da rebelião, foi derrotada sem que o Egito fosse socorrê-la. Acredita-se que foi neste cenário que Isaías “encenou” sua mensagem profética.

Alguns biblistas afirmam que a nudez do profeta deveria ser parcial.

E.A.G.
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Compilações de: A Bíblia Anotada Expandida Charles C. Ryrie – 1ª impressão, 2007 (Editora Mundo Cristão); Bíblia Devocional de Estudo – 1ª edição, 1997 (Fecomex); Bíblia de Estudo N.V.I. - (1ª edição, 2003 - Editora Vida); Bíblia de Estudo NTLH (impressão de 2005 - SBB); Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (impressão de 2004 – CPAD); Bíblia de Estudo Almeida - edição 2006 - SBB); Bíblia de Estudo de Genebra (Editora Cultura Cristã / SBB - edição 1999); Bíblia de Aplicação Pessoal (edição 2004 - CPAD).

Texto redigido objetivando colaborar com as classes de escolas dominicais que usam a revista O Ministério Profético na Bíblia - comentarista Esequias Soares, à lição 2 - A natureza da atividade profética.

O artigo está liberado para cópias, desde citado autor e o link (HTML) do blog Belverede sejam citados.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

EBD CPAD - O ministério profético na Bíblia - estudos bíblicos publicados no blog Belverede

Neste terceiro trimestre de 2010, nos propomos a aprofundar os estudos bíblicos em nosso blog Belverede.

Para tanto, com a bênção de Deus, pensamos em dar continuidade em artigos dirigidos às classes de escolas bíblicas dominicais que adotam as revistas lançadas pela editora CPAD. Não faremos cópias do conteúdo da literatura, serão conteúdos à mais, que possam servir de subsídios aos frequentadores da EBD. Começamos este projeto com a revista do trimestre passado.

Dados biográficos de Ezequias Soares, o autor dos comentários da atual revista:

• Pastor Presidente da Assembleia de Deus – Ministério Belém, em Jundiaí (SP)

• Apologista

• Graduado em Língua e Literatura Hebraica pela Universidade de São Paulo.

• Professor de Grego, Hebraico e Apologia cristã

• Escritor; Pesquisador; Conferencista

• Mestre de Ciência da Religião; Professor de Teologia

• Líder do Conselho de Apologética da CGADB.

Sumário:

Lição 1 - O ministério profético no Antigo Testamento

Lição 2 - A natureza da atividade profética

Lição 3 - As funções sociais e políticas da profecia | O papel da igreja na sociedade em que está inserida

Lição 4 - Profecia e misticismo | A necessidade de buscar o conhecimento de Deus para não ser destruído

Lição 5 - A autenticidade da profecia | 12 profecias a respeito de Jesus e o cumprimento delas

Lição 6 - Profetas maiores e menores - Profetas Maiores e Menores e outras classes de profetas no Antigo Testamento

Lição 7 - Os falsos profetas - O fruto do Espírito e os falsos profetas

Lição 8 - João Batista - O último profeta do Antigo Testamento - Fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?

Lição 9 - Jesus - O cumprimento profético do Antigo Pacto - A conferência de 63 profecias cumpridas integralmente

Lição 10 - O ministério profético no Novo Testamento - Qual é e qual não é a missão dos profetas no século 21

Lição 11 - O dom ministerial de profeta e o dom de profecias - O dom de profecia e o chamado vocacional dos profetas no Novo Testamento e em nossa geração

Lição 12 - O tríplice propósito da profecia - uma reflexão sobre 1ª Corintios 14.3

Lição 13 - A missão profética da Igreja

E.A.G.

terça-feira, 29 de junho de 2010

SUBSÍDIOS PARA AS LIÇÕES BÍBLICAS O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - TERCEIRO TRIMESTRE 2010 (CPAD)

“Os profetas bíblicos eram tanto pregadores da verdade como prognosticadores do futuro. A profecia tem raízes na história, mas também se estende pelo futuro. Em outras palavras, a natureza da profecia preditiva surge a partir do contexto histórico do profeta, quando a revelação de Deus lhe mostra o futuro bem como o presente” (Ed Hindson – Lições Bíblicas / mestre – 3º trimestre 2010, página 8 - CPAD).
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A palavra traduzida por profeta na Bíblia vêm de nabi (hebraico) e prophetes (grego). O profeta se identificava com as emoções do Senhor (Ezequiel 3.15), e tinham como uma das marcas ministeriais mais fortes o ato da intercessão. Vejamos algumas orações intercessórias: Êxodo 32.31; 32; 33.12-17; Números 14.13-19; 1º Samuel 7.8-9; 12.19,23; Salmo 99.6; Jeremias 15.1. Ele era a pessoa identificada como porta-voz de Deus.

Todos os verdadeiros profetas foram chamados por Deus: Êxodo 3.1-4 ; 1º Samuel 3.4; Isaías 6.8; Jeremias 1.4-5; Ezequiel 2.1-8; Oséias 1.2; Amós 7.15; Jonas 1.1-2.

Sobre o ministério dos profetas no Antigo Testamento, na leitura das páginas bíblicas constatamos que a revelação divina não chegava com igual clareza a todos os servos chamados a profetizar. Haviam oráculos do Senhor que os profetas não compreendiam na ocasião da revelação, sendo recebidos como enigmas e mistérios (1ª Pedro 1.10-11). No caso de Moisés, Deus lhe falou com especial clareza, como se fosse face a face (Deuteronômio 34.10).

No período da composição dos livros 1º e 2º Samuel o profeta era chamada de vidente. Não havia diferença essencial entre um vidente e um profeta. Nos dias de Saul, a pessoa popularmente designada como profeta era chamada de vidente, isso não significava necessariamente que o termo “profeta” fosse desconhecido e nem que o termo “vidente” se tornasse desconhecido em tempos posteriores (1º Samuel 9.9).

Os grupos de profeta ao qual Samuel se associou (1º Samuel 10.5), como igualmente o fez Elias e Eliseu (1º Reis 20.35; 2º Reis 2.3,5,7,15; 4.1,38; 5.22; 6.1; 9.1) parecem ter sido comunidades pequenas de homens que se agrupavam, em tempos de decadência espiritual, para a mútua cultivação do seu zelo religioso, edificação e desenvolvimento da experiência com Deus. O relacionamento deles com essas comunidades era naturalmente estreito, os profetas do Senhor seriam considerados mentores espirituais.

Segundo parece, estes grupos proféticos eram comunidades religiosas que surgiam diante da indiferença e apostasia generalizadas visando ao propósito da mútua edificação e o desenvolvimento da experiência com Deus.

E.A.G.

Compilações na Bíblia de Estudo NVI.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Deus no deserto

Por Débora Kornfield 

Alguns cristãos negam o sofrimento como parte da experiência cristã aqui na Terra. Outros o encaram como uma virtude e se gloriam em seus sacrifícios, que lhes fazem merecedores do favor de Deus. A maioria, talvez, simplesmente aguenta, divulgando pedidos de oração para que o sofrimento passe o mais rápido possível.

Deus usa o sofrimento em nossa vida como uma ferramenta para nos transformar, curar, purificar e podar. Mas nem sempre discernimos a ação de Deus na vida de nosso irmão. A Palavra não nos instrui a criticar a espiritualidade ou caráter da pessoa que está sofrendo, mas, simplesmente, a chorar com os que choram. A igreja deve ser o lugar mais seguro do mundo, onde podemos trazer as nossas angústias e, junto com os nossos irmãos, deixá-las ao pé de cruz.

Foi esse tipo de apoio que nos ajudou suportar os vinte e cinco anos do sofrimento da nossa filha Karis (contados em Karis – A história de uma mãe e a luta de sua filha, Mundo Cristão). No período dos transplantes dela, Deus me chamou a atenção para o livro de Êxodo, e como Ele havia operado maravilhas para libertar o povo de Israel, escravizando o Egito.

Deus podia levar o povo de Israel direto para Canaã dentro do período de dias. Em vez disso, Ele os levou para o deserto. Por quê? E por que Deus não leva o crente diretamente para a nossa terra prometida, o céu, uma vez que nós ficamos libertos de nossa escravidão ao pecado? 

Na história do Êxodo, vejo sete tipos de deserto que me ajudaram a formar uma perspectiva sobre o sofrimento.

O primeiro desses desertos é o deserto da escravidão. Como o povo de Israel, lá nós somos vítimas. O dono desse deserto é o inimigo, aquele que só quer aproveitar de nós, roubando e estragando a nossa vida.

Certamente, não é a vontade de Deus que vivamos no deserto da escravidão. Deus sempre se opõe à opressão, abuso e miséria (veja Êxodo 3.7,8). Jesus sofreu na Cruz do Calvário para nos libertar desse deserto.

Mas precisamos escapar da maneira de Deus, não como o jovem Moisés, que matou um egípcio e teve que fugir. As condições precárias do deserto da fuga parecem mais viáveis do que ficar onde estávamos. Justa ou injustamente, alguém está atrás e quer acabar conosco.

Ao redor de nós, moças e rapazes fogem de lares disfuncionais para casamentos desastrosos. Crianças fogem da violência doméstica para as ruas; adolescentes, para o mundo das drogas e adultos se embriagam ou se viciam em novelas, compras ou até nos cultos da igreja. O deserto da fuga não é a solução. Ele gera tantos problemas próprios, que logo as pessoas precisam fugir novamente.

Moisés, o mimado príncipe do Egito, foi escolhido no deserto de Jetro, um homem que sabia viver bem neste lugar. Assim, Moisés adentrou o deserto da acomodação (no sentido de pôr ordem, alojar, hospedar, adaptar, adequar). Moisés aprendeu de Jetro como aceitar as condições difíceis de sua vida e criou ali o seu lar, um oásis no meio da sequidão.

Moisés, pelo que parece, pensou apenas em pastorear os rebanhos do sogro Jetro pelo resto de sua vida. Deus, porém, propôs o pastoreio de uma nação. Assim, o deserto da acomodação transformou-se no deserto de preparo para o ministério que Deus escolheu para ele. Além de inúmeras lições práticas de sobrevivência em um ambiente hostil, Deus, pouco a pouco, transformou o caráter de Moisés, tal que o príncipe arrogante mais tarde seria descrito como o homem mais humilde da Terra.

No tempo próprio, através de Moisés, Deus levou o seu povo a atravessar o Mar Vermelho para o deserto do resgate. Que contraste com o deserto da fuga! Pois o deserto do resgate é um lugar de vitória e celebração da derrota do inimigo. Não existe lugar igual. Ó, se pudéssemos ficar lá! Mas esse quinto deserto é só de passagem. Ainda não chegamos à Terra Prometida. Esse deserto é apenas uma fragrância daquele sonho futuro. Mas como ele nos motiva a perseverar!

O problema é que, recém-libertos da escravidão, não estamos preparados para a liberdade. Moisés, sob a liderança de Deus, levou o povo diretamente para o deserto da provação. E o povo ficou nesse deserto por quase dois anos! Por quê?

Foi nesse deserto que o povo aprendeu a cuidar de si, a deixar de lado sua identidade de vítima. Eles não sabiam fazer suas próprias decisões. Não tinham limites saudáveis. Na verdade, eram co-dependentes dos egípcios, que os escravizaram, mas também eram sua fonte de alimento e abrigo. O povo precisava aprender como lidar com a vida sem ter tudo na mão.

Sobreviver no deserto da provação não é fácil; ele nos leva até o fim de nossos próprios recursos, mexe com nossos valores e prioridades, confronta-nos com nossas fraquezas, limitações, defeitos e vulnerabilidades, com nossas mortalidade. Tem-nos a desistir, a voltar para a escravidão.

Mas também descobrimos que a nós mesmos cabe escolher: Vou, ou não, confiar em Deus (o Deus que tanto glorifiquei no deserto do resgate)? Vou, ou não vou, adorá-lo no deserto? 

Após dois anos no deserto da provação, Deus, finalmente, levou o povo para a fronteira da Terra Prometida e mandou Moisés enviar doze homens, um de cada tribo, para a missão de reconhecimento de Canaã. O resultado da falta de fé da maioria foi desastroso: o povo teve que rondar no deserto mais 38 anos, até que morressem todos daquela geração desobediente.

O deserto da provação virou um deserto de disciplina, o qual Deus usou para formar um povo diferente, um povo de fé e coragem, temido pelos habitantes da Terra Prometida. 

Deus teve um plano maravilhoso para Seu povo e investiu para que esse plano se cumprisse. Mas, por causa de sua desobediência e falta de confiança, o povo de Israel perdeu o “Plano A” e teve que partir para o “Plano B”.

Nós também podemos perder o Plano A da nossa vida. Talvez você pense que seja o seu caso, por causa de decisões erradas que tomou. O que me consola é que, mesmo no Plano B, Deus não abandonou o Seu povo; continuou a cuidar dele. E mais: Deus fez do deserto da disciplina lugar de preparo para a próxima geração. Deus cumpriu a sua promessa de dar ao Seu povo a Terra Prometida, transformando-o pela aprendizagem ao adorá-lo no deserto. 

Debora Kornfield é formada em letras pela faculdade Wheaton (EUA), enfermagem pela faculdade Rush (EUA) e fez pós-graduação em em aconselhamento familiar no seminário ESTE. Integrante da EQUIPE SEPAL, atuou no GAVS (Grupo de Apoio para Vítimas e Sobreviventes) até 2004. É casada com David Kornfield com quem tem quatro filhos. Escreveu o livro Karis - Adorando a Deus no deserto (Editora Mundo Cristão), onde narra sua experiência ao ter que enfrentar uma doença crônica que acometeu uma de suas flihas.

Fonte: Revista Seu Mundo, ano IV, nº 15.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Isaías 45.9-12 - A relação da criatura com o Criador


Um vaso de barro não briga com quem o fez. 
O barro não pergunta ao oleiro: 
"O que é que você está fazendo?",
 e nem diz: 
"Você não sabe trabalhar."
 ♦ 
E um filho não se atreve a dizer aos seus pais:
"Por que vocês fizeram com que eu viesse ao mundo?"
 ♦
O SENHOR, o Santo de Israel, o seu Criador diz:
"Por acaso vocês vão exigir que eu explique como cuido dos meus filhos?
Vocês querem me ensinar fazer as coisas? 
Fui eu que fiz a terra e criei os seres humanos para morarem nela. 
Com as minhas próprias mãos, 
estendi o céu 
ordenei que
o sol, 
lua 
as 
estrelas
aparecessem". 

Isaias 45.9-12 (NTLH)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As profecias de Jonas e Naum - Opressores, oprimidos e os carros da cidade de Nínive

Portões de Nínive
 Ruínas da cidade mencionada no livro de Jonas e Naum, destruída entre 612 a 606 a.C. 
"Os carros de guerra passam furiosamente pelas ruas e se cruzam velozes pelas praças; parecem tochas, correm como relâmpago" - Naum 2.4.

Nínive foi a maior cidade do mundo por cerca de 150 anos, até um amargo período de guerra civil na Assíria, cujo desfecho foi ser saqueada em 612 antes de Cristo, por uma coalizão incomum de antigos povos subjugados, os medos, persas, babilônios e caldeus. Suas ruínas estão do outro lado do rio da moderna cidade de Mosul, no Iraque.

Nos tempos bíblicos do Antigo Testamento, a desprezível Nínive era uma antiga cidade assíria na margem oriental do rio Tigre. Era a capital do império assírio. Chegou a atacar Israel e fazer 200 mil israelitas prisioneiros. Obrigava Judá a pagar tributos altos, como um seguro contra invasões e desolações. Os ninivitas eram inimigos terríveis, sempre estiveram debaixo dos olhos do Criador, tinham fama de praticar atrocidades. E Deus enviou a eles dois dos seus profetas.

Jonas foi enviado á Nínive em torno de 785 a.C., para conclamar a mudança de coração aos ninivitas ou seriam destruídos. Depois de ouvirem o profeta, os ninivitas se arrependeram dos males que faziam contra Israel. Porém, cerca de 65 anos depois, Nínive e toda a Assíria se esqueceram da pregação de Jonas. Em 720. a Assíria invadiu Israel, os ninivitas voltaram a praticar maldades, oprimir, saquear, matar. Assim, neste período de turbulências surgiu Naum profetizando a eles que Deus estava disposto a castigá-los. Naum profetizou por volta de 612 a.C. 

Provavelmente, o profeta Jonas tenha vivido entre 783 a 743 a.C. Além da menção do seu nome em seu próprio livro, ele é mencionado em 2 Reis 14.25 e Mateus 12.39; 16.4 e Lucas 11.29. Seu livro mostra como Deus age com amor quando o pecador se arrepende de seus atos.

Naum profetizou, aproximadamente, entre os anos 663 a 612 a.C. Pouco se sabe sua vida. Sabemos que Naum começou a profetizar quando a Assíria já havia conquistado Israel, o reino do norte, e estava causando muitos problemas para Judá, o reino do sul. Todas profecias do livro que Naum escreveu se cumpriram à risca. Nínive foi conquistada pelos babilônios. De nada adiantou a proteção da grande muralha em volta da cidade, com 12 quilômetros de extensão e 15 metros de altura, onde podiam correr quatro carros de guerra lado a lado. Sem a presença de Deus em nossa vida, toda sensação de segurança é falsa!

O Livro de Naum, em forma de poesia hebraica, mostra-nos a queda de Nínive através de diversas figuras; anuncia as boas novas do Senhor aos seus servos, declarando-lhes que Deus faria justiça aos oprimidos, mandaria castigo sobre seus cruéis perseguidores.

No mundo, existem leis e regras impostas por Deus a serem cumpridas. Há quem pense que possa ostentar os erros de quem quebre estas leis e regras e ao mesmo tempo esconder suas transgressões ao infringir as mesmas leis e regras. Há quem se engane e acredite que ter poder é o mesmo que possuir liberdade para impingir opressão sobre os mais fracos. E há quem considere que os olhos do Senhor estão fechados e seus braços cruzados e que Ele jamais agirá em favor dos oprimidos.

O Todo Poderoso é misericordioso e fala ao homem para mudar de atitudes. A melhor coisa a fazer quando Deus nos dá uma segunda oportunidade, é aceitá-la com gratidão. A rebelião e a injustiça jamais prevalecerão sobre a terra por todo tempo. Quando o ser humano opressor ouve a repreensão do Senhor, deve mudar de atitudes e esforçar-se para não voltar aos erros do passado porque nem sempre existe mais que uma chance para receber a misericórdia divina.

Deus faz justiça em nosso favor quando não podemos fazê-la. Ao passar por opressões e depois pela oportunidade de ver quem nos oprimiu sofrer o castigo merecido, é difícil controlar a sensação de prazer. Mas, será que é certo sentir alegria quando quem agiu como nosso inimigo padece? A notícia da destruição dos assírios foi motivo de festa para Judá. A sabedoria divina nos ensina que não devemos agir desta maneira: "Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem quando tropeçar regozije o teu coração" - Provérbios 24.17.


Atualizado em 10 de agosto de 2019; às 15h30.

domingo, 6 de abril de 2008

Temperamentos: fazia parte dos planos de Deus o profeta João Batista ser decapitado?


Como maçãs de ouro em bandejas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
Provérbios 25.11
 (NAA)

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito. Segundo Tim LaHeye em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que não sabem deixar para depois uma reação de coisas que não gostou são as mais temperamentais. Não deixa de ser uma força de expressão que identifica pessoas cujo temperamento é colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos têm porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. E há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também. Conformar-se com o medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove características do fruto há uma identificada como domínio-próprio, que é o mesmo que temperança e autocontrole.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, moldando seu coração à maneira certa e prazerosa em que está o coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir, desvia a fúria de todos os interlocutores e promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com aconteçam reações raivosas, cheias de sede de vingança. Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: 

1 - João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos.

Conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo " filhinhos ". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que viveu até uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

2 -  E o outro João, o batizador.

João Batista, "batista" é a função e não sobrenome dele, veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro, mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1 Coríntios 14.32). João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá. 

Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração. "A resposta branda descia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15.1).

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Temperamentos


Fazia parte dos planos de Deus João Batista ser decapitado?

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios 15.1).

O temperamento humano é diversificado. E pode ser moldado também. Alguns são calmos e introspectivos, enquanto outros são cheios de iniciativas e se extravasam em palavras e atos até mesmo antes de pensar.

Ser um alguém expansivo ou reservado não é virtude ou defeito.

Segundo Tim laHeye em seu livro O Temperamento Controlado Pelo Espírito, os tímidos estão classificados em fleumáticos e melancólicos, enquanto que os extrovertidos são coléricos e sanguíneos.

Segundo a psicologia, as pessoas que possuem resposta na ponta da língua ou que não sabem deixar para depois uma reação de coisas que não gostou são as mais temperamentais. Não deixa de ser, também uma força de expressão que identifica os que são do tipo colérico.

Tanto os tímidos quanto os extrovertidos tem porcentagens à mais ou à menos do jeito colérico de ser, e das outras três formas de temperamentos (melancólico, fleumático e sanguíneos).

Quando a Bíblia Sagrada fala que os tímidos não herdarão o Reino de Deus, refere-se à covardia e não ao modo do temperamento humano. A covardia não é traço de temperamento, mas do caráter. E há covardes tímidos e há covardes extrovertidos também.

Ter medo é o mesmo que ter falta de fé. Por causa disso é que ser covarde é pecado.

Seja você alguém introspectivo ou não, precisa possuir o fruto do Espírito Santo na sua vida. Porque entre as nove característica do fruto há uma identificada como domínio-próprio / temperança / auto-controle.

Com essa característica em ação é possível controlar o temperamento colérico e todos os outros, colocando o jeito de ser moldado à maneira certa e prazerosa ao seu coração e ao coração de Deus.

Responder com brandura, seja ao falar ou agir desvia a fúria de todos os interlocutores, promove a paz. E ser duro em palavras e truculento faz com que exista reações raivosas com sede de vingança.

Vemos exemplos disso em duas personagens bíblicas: João, autor do Apocalipse, das três Cartas Apostólicas e de um dos quatro Evangelhos. E o outro João, o batizador.

O primeiro foi conhecido como o apóstolo do amor, por causa da sua doçura no trato com todos. Até durante os momentos das repreensões usava o termo "filhinhos". Morreu por causa da perseguição religiosa, porém, foi o único dos apóstolos que chegou a uma idade avançada. As respostas brandas dele muitas vezes desviaram o furor dos inimigos.

João Batista (na verdade batizador, porque "batista" é a função e não sobrenome dele), veio do deserto cheio de coragem e pouca delicadeza. É verdade que ele exerceu a sua função profética por inteiro... Mas lembremos do que Paulo escreveu: "os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas" (1ª Coríntios 14.32). E João quis denunciar publicamente, com dureza, o pecado de adultério do rei e de Herodias e provocou a ira sobre si mesmo. Resultado: muito jovem teve a cabeça decapitada e colocada em uma bandeja. Referência: Mateus 14.1-12.

É importante fazer a vontade de Deus, sem ser covarde. Porém sempre existirão as opções inteligentes para colocar em prática, com toda valentia, a missão que Deus nos dá.

Desvie toda fúria que aparecer em seu caminho sendo alguém com brandura no coração.

E.A.G.