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sábado, 18 de setembro de 2010

O TRÍPLICE PROPÓSITO DA PROFECIA - UMA REFLEXÃO SOBRE 1 CORINTIOS 14.3

O apóstolo Paulo escreveu suas cartas com vista a promover a edificação da Igreja. O capítulo 14 da epístola 1ª Corintios tem seu contexto nos capítulos 12 e 13.1-13.

Nos capítulos anteriores, Paulo escreveu sobre a importância de se priorizar a prática do amor cristão. Escreveu isso porque os crentes da congregação situada na cidade de Corinto estavam equívocados, eles priorizavam mais os dons espirituais.

Dom significa presente.

No capítulo 14, Paulo ensina que os dons espirituais devem ser usados praticando o amor de uns para com os outros. Comenta sobre a razão da existência de diversos dons para uma diversidade de pessoas, faz referência sobre a soberânia do Senhor ao distribuir os dons segundo a vontade dEle, ensina que nenhum dom deve ser desprezado pelos crentes, mas afirma que os melhores presentes são sempre os mais importante e devem ser preferidos e mais valorizados por todos. Então, revela o desejo que todos fossem presenteados com línguas estranhas, mas que preferia que todos tivessem
a capacidade de profetizar.

Por quê? Porque havendo mais profecias do que as línguas estranhas durante os cultos será caracterizado que o dom mais importante é o mais valorizado, dessa forma Deus é mais glorificado.

Apesar de que falar em línguas estranhas seja inútil para a igreja, tanto quem fala assim, quanto o crente que profetiza, ambos agem sob a atmosfera divina dentro da comunidade em que estão inseridos.
Falar em línguas estranhas e profetizar são duas ações que possuem o aval do apóstolo Paulo, os cristãos devem exercitar as duas atividades. Nenhuma dessas duas ações são proibidas pelo apóstolo. Na verdade elas devem caminhar juntas no cotidiano cristão, usando-se os devidos critérios bíblicos.
O propósito das línguas estranhas.
Dentro da comunidade cristã, quando o crente fala de maneira incompreensível, não comunica nada a seus irmãos em Cristo. Nenhuma vantagem é colhida dessa audição, afinal, nenhum ouvinte pode entender o que é dito, então, ninguém é edificado. Quem fala sem que o ouvinte entenda recebe apenas experiência espiritual para si, ocupa-se apenas em edificar a si mesmo.
É importante falar em línguas estranhas. Apesar da locução incompreensível não emitir nenhum conteúdo da parte do Espírito aos membros da Igreja, essa fala produz importantíssima edificação pessoal ao locutor. Essa experiência cria ânimo e incentiva a viver segundo a vontade de Deus. O crente acostumado a falar em línguas estranhas é edificado pelo Espírito ao falar, e neste processo ele recebe estrutura construída pelo Espírito e torna-se preparado para enfrentar com mais tenacidade os opositores do cristianismo, é capaz de usar as armas espirituais com desenvoltura.
O propósito do dom de profetizar.
Paulo escreve aos Coríntios afirmando que é preciso haver preferência pelo dom de profetizar mais do que pelo falar em línguas estranhas. Ele deixa claro o motivo dessa orientação. Quando o crente usa o dom de profetizar ele está fazendo o bem ao próximo e não apenas a si.
É importante pensar no próximo e profetizar, esta atitude cumpre o mandamento do amor e transforma o portador do dom em agente da graça do Senhor (1ª Corintios 14.3). Quem profetiza fala de modo a esclarecer e fortalecer a igreja; se aplica e faz cumprir os deveres práticos da religião, e insta os motivos para uma vida santa; apresenta as promessas e as esperanças do Evangelho, faz considerações realmente relevantes visando administrar o conforto em momentos difíceis.

O Pr. Esequias Soares, em seu comentário na revista O Ministério Profético na Bíblia - A Voz de Deus, nas páginas 86 e 87 da edição Mestre, compartilha com todos nós o seguinte, que adapto e  transcrevo em resumo:

"1. Edificação: Todas as profecias devem ser devidamente julgadas à luz da Bíblia, a fim de que não venham causar confusão e nem abalar a fé dos mais fracos. Não podemos nos esquecer que um dos principais objeticos da profecia é a edificação dos fiéis.

2. Exortação. No grego a palavra 'exortação' é 'paraklesis', de onde procede o substantivo 'parákletos' - defensor, advogado, intercessor, auxiliador, consolador, conselheiro - que Jesus empregou referindo ao Espírito Santo (João 14.16,26; 15.26; 16.7). Jesus é mencionado como Advogado em 1ª João 2.1. Assim sendo, o ato de exortar é imitar a Cristo e falar segundo o Espírito, animando, despertando, alertando, encorajando a todos, em público e de maneira particular.

3. Consolação. A consolação pelo Espírito fortalece a fé, produz nova experiência, renova a esperança e dissipa o medo".
Mais importante é dar do que receber.
Deus não faz acepção de pessoas. Mas ao ler a Bíblia percebemos que para Ele é sempre mais importante quem se preocupa e se ocupa em dar do que quem espera apenas receber.
Assim sendo, na esfera espiritual, quem profetiza, quem dirige seu ministério objetivando abençoar o próximo, sempre será considerado maior do que quem fala línguas estranhas. É considerado assim porque possue caráter benevolente.  
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Artigo liberado para cópias, desde que sejam citados o link (HTML) do blog Belverede e o nome do autor.
O presente artigo é publicado com o objetivo de servir de subsídio à revista Lição bíblica - O Ministério Profético na Bíblia; lição 12 - O tríplice propósito da profecia – A voz de Deus na Terra; comentários do Pr. Esequias Soares (CPAD).

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