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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Arrependimento e fé para a salvação


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Os cristãos que seguem a linha pentecostal acreditam que o arrependimento e a fé são as respostas do ser humano ao chamado de Deus para a salvação.

I. ARREPENDIMENTO, UMA TRANSFORMAÇÃO DO ESPÍRITO

1. Definição de arrependimento.

No Antigo Testamento, arrependimento significa mudança de ideia ou de propósito, no sentido de abandonar o pecado, voltando-se para Deus de todo o coração, alma e força.
Abraão creu no Senhor, e seu ato de crer foi-lhe imputado por justiça (Gênesis 15.6);
Moisés confiava inteiramente em Deus, e corrigiu o povo que não confiava no Altíssimo com a mesma intensidade que ele acreditada (Deuteronômio 9.23-24).
As palavras hebraicas para expressar a ideia de arrependimento são "shuv" (virar para traz; voltar) e "nichan" (arrepender-se; consolar). A pessoa pode tanto desviar-se do bem como também desviar-se do mal, isto é, arrepender-se. "Shuv" ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto a desviar-se de Deus (1 Samuel 15.11; Jeremias 3.19), seja no sentido de voltar-se para Deus.

O Novo Testamento emprega epistrephõ no sentido de "voltar-se" para Deus e "metanoeõ" para a ideia de "arrependimento" (Atos 2.38; 17.30; 20.21; Romanos 2.4). Utiliza-se o termo "metanoeõ" para expressar o significado de "shuv", que indica uma ênfase à mente e à vontade.

2. O arrependimento na vida cotidiana.

Em pecar, toda a humanidade se encontra em falta perante o ideal para o qual Deus a criou, assim sendo todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3.23).

A mensagem inicial de João Batista, de Jesus e dos apóstolos era "arrependei-vos" (Mateus 3.2; 4.17; Atos 2.38). Arrependimento: "metanoia" em grego.

O arrependimento implica numa guinada completa e deliberada, a fundamental aproximação de Deus. Arrepender-se é passar a viver uma mudança radical na vida como um todo, transformações em ações morais e éticas, de motivações básicas; é a conversão que surge da convicção do pecado. É muito mais do que sentir sentir tristeza pelos pecados praticados; muito além da mudança de opinião ou uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa ao comportamento de uma vicissitude total.

Alguns resultados do arrependimento:
• Perdão (Lucas 17.3-4; Atos 5.31);
• Salvação (Atos 17.30, 31);
• Vida nova (2 Coríntios 5.17);
• Pecados apagados (Atos 3.19).
3. Ação do Espírito no arrependimento.

A fé para o arrependimento é implantada em nossos corações pelo Espírito Santo a fim de que venhamos a receber a dádiva da salvação.

O Espírito Santo opera o arrependimento na conversão do ser humano (João 16.8). Somente Ele pode conhecer e analisar profundamente o coração do homem, e os que estão abertos ao seu mover podem perceber as situações que precisam de confissão sincera diante de Deus.

II. A FÉ COMO UM DOM DE DEUS E COMO RESPOSTA DO SER HUMANO

1. A fé natural.

A fé natural é a aceitação intelectual de certas verdades acerca de Deus, mas não acompanhada por um compromisso com o Evangelho.

Um exemplo de fé natural é a atitude de alguns crentes diante da necessidade dos irmãos na miséria. Como o simples falar não ajuda, sequer, terá algum proveito, declarar que tem fé em Jesus Cristo sem as ações de amor.

O ensino do apóstolo Tiago, abordando a fé natural, no capítulo 2, versículo 15 ao 17, faz paralelo com o ensino de João sobre o amor falso. Enquanto Tiago conclama a pôr a fé em ação, João orienta a praticar o amor ao próximo (1 João 3.17).

2. A fé salvífica.

Quatro símbolos da salvação:
1. Escudo (Salmos 18.15);
2. Rocha (2 Samuel 22.47);

3. Torre (2 Samuel 22.51);

4. Vestes (2 Crônicas 6.41).
A fé salvífica é um dom de Deus outorgado sobrenaturalmente pelo Espírito de Deus (Romanos 12.3; 2 Pedro 1.1.; 1 Corintios 12.9; Efésios 2.8). Não somos capazes de exercê-la à parte da capacitação divina. A Bíblia ensina que, quando cremos, estamos simplesmente devolvendo o dom de Deus.

Trata-se de uma atitude do intelecto e do coração para com Deus em que o homem abandona a vida de pecado para confiar exclusivamente na obra salvadora de Cristo na cruz. Logo, a fé salvífica não consiste somente em crer em algumas coisas, mas confiar na pessoa de Cristo.

A fé abrange confiança. Podemos "depender" do Senhor ou nEle fiar-nos com confiança. Quem assim fizer será bem-aventurado (Jeremias 3.6-14; 17.7). Alegremos-nos porque podemos confiar no seu nome e no seu amor inabalável. Podemos também refugiar-nos (casah) nEle - vocábulo hebraico cujo conceito é que afirma a fé (Salmos 13.5; 18.30).

3. Os benefícios da fé.

Apesar da salvação ser pela graça, a fé é componente substancial para que a alma seja salva.

Devemos reconhecer e declarar que a fé é indispensável. Ela possui grande ênfase na Bíblia e ocupa um papel de destaque na vida cristão. Havendo fé, o crente não desiste ao enfrentar circunstâncias adversas, toca na orla do do manto de Jesus, confessa e recebe a plenitude da bênção (Mateus 9.18-26;  Hebreus 11.6; Tiago 5.15).
• A fé é um importante incentivo à prática de boas obras (João 14.12; Tiago 2.14, 17-18; 2.20, 26);
• É um veículo que transmite poder (Mateus 17.20-22; Marcos 9.23; 16.17-18).
III. O ARREPENDIMENTO E A FÉ SÃO AS RESPOSTAS DO HOMEM À SALVAÇÃO

1. Arrependimento - condição para a salvação.

A fé e o arrependimento são essenciais para se fazer parte do reino de Deus. Pela fé somos salvos da ira de Deus, em que todos tínhamos caído pela nossa pecaminosidade

O arrependimento é uma ação paralela ao ato de receber a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. É acompanhado do sentimento de culpa e do reconhecimento da falta praticada (Salmos 51.1-4); de um sincero pedido de perdão (Salmos 51.10-12); do abandono do erro (Provérbios 28.13); e da produção dos frutos do arrependimento (Mateus 3.8; Atos 23.20).

O arrependimento e a fé são as respostas do homem à salvação. Arrepender-se dos pecados é o primeiro passo para receber, pela fé a graciosa salvação de Deus.

2. Salvação por meio da fé.

Somos salvos pela graça mediante a fé. A fé em Cristo como Salvador e Senhor é o único caminho para sermos contados como justos diante de Deus, nenhum esforço humano pode contribuir para que o homem seja salvo, essa situação não vem de nós, é dom de Deus (Efésios 2.8).

Crer no Filho de Deus nos leva á vida eterna; sem fé não poderemos agradar a Deus (João 3.16; Hebreus 11.6).

O exercício da fé caracteriza todo aquele que realmente é filho de Deus (Gálatas 2.20).

Deus deseja que todos sejam salvos, contudo é necessário fé e arrependimento. Primeiro o Espírito Santo faz nascer no coração do homem incrédulo a fé em Jesus e na eficácia do seu sacrifício vicário. Depois o mesmo Espírito nos convence dos nossos pecados, do juízo e da justiça de Deus, gerando o arrependimento.

3. Arrependimento e conversão.

O arrependimento e a fé, elementos necessários para fazer parte do reino de Deus, são essenciais ao processo da conversão.

Sete detalhes sobre arrependimento e conversão:
1. A conversão é um ato pessoal. Ninguém pode converter-se por outra pessoa (2 Coríntios 5.10);
2. É Deus quem salva o homem, mas é o homem quem tem de crer e aceitar o plano da salvação (João 3.15-16);

3. A conversão é a cessação com velhas tradições e estilos de vida execráveis e pecaminosos. O único lugar de conversão é na terra. No inferno, as pessoas estarão em profundo arrependimento, porém, não haverá conversão (Lucas 16. 20-25);

4. A verdadeira conversão é consequência de arrependimento. Assim como ocorreu com Judas Iscariotes, muitos podem ouvir a Palavra de Deus e não se arrepender de seus pecados (Lucas 22.32);
5. A conversão envolve o intelecto (Mateus 21.29);
6. A conversão envolve as emoções (Lucas 18.13);
7. A conversão envolve a vontade (Lucas 15.18-19).
CONCLUSÃO

Ao cristão que experimentou a salvação cabe se esforçar para se manter afastado do que antes causou-lhe sofrimento, sendo o motivo de sua perdição. Convertido, todas "as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo" (2 Coríntios 5.17).

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão; ano 18; número 72; página 40; 4º trimestre de 2017; Bangu/RJ (CPAD);
Lições Bíblicas / Professor. A Obra da Salvação - Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida; Claiton Ivan Pommerening; 4º trimestre de 2017; páginas 62 a 67; Bangu/RJ (CPAD);
Bíblia Vida Nova, página 273, reimpressão 1996, São Paulo/SP (Edições Vida Nova);
Bíblia de Estudo NVI, páginas 1618, edição 2003, São Paulo (Editora Vida);.
Onde Encontrar na Bíblia? Chaves bíblicas, roteiros de sermões e curiosidades, Geziel Gomes, páginas 82, 139; 296, 1ª edição maio de 2008, Rio de Janeiro(Editora Central Gospel).

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Bem-aventurados os limpos de coração


Menina vestindo roupa rosa brinca na neve próxima de um tronco de árvore.

Antigamente cria-se que as memórias, emoções e vontades estavam no coração. Por isso, falamos coisas como: "Sei isto de cor (coração)!" Hoje atribuímos essas capacidades ao cérebro. O homem, porém, não se limita ao seu corpo físico. Possui também alma e espírito. E é na alma que está o centro do ser: a autoconsciência e o livre-arbítrio. É desse "coração" que Jesus fala, da fonte do ser.

O coração é um oceano profundo onde se esconde emoções, sentimentos, memórias e vontades ignorados até pela própria pessoa. Do coração saem as nossas motivações. O coração é a matriz de nossas decisões, reações e vontades. Este oceano está contaminado pelo pecado, que ataca e arruína a vida em seus diferentes aspectos. Necessitamos de limpeza urgente no coração.

Essa limpeza só pode ocorrer por uma intervenção divina. Jesus veio para dar-nos um coração novo, limpo, purificado, livre da força dominadora de nosso egocentrismo e livre para amar e servir. Jesus outorga sua pureza aos que se sujeitam a Ele.

Porém, enquanto ainda vivemos neste corpo mortal, viveremos a dualidade entre a nova realidade que já se iniciou na vida de quem teve a experiência de receber um "novo coração" e a velha realidade da nossa tendência ao egoísmo que busca as vantagens para si.

Todavia, se vivemos em intimidade com Deus, seu Espírito manifestará cada vez mais a pureza de Cristo em nós até que, no dia final, estaremos livres desa velha natureza que tanto nos incomoda.

A felicidade dos limpos de coração é que "eles verão a Deus". Livres do estrago causado pelo pecado, contemplarão ao Criador. Quando isso ocorrer terão encontrado a resposta a todas as perguntas que os torturaram. A alegria de ver o Senhor os livrará de todas as dúvidas. A imagem e a semelhança de Deus, que o pecado corrompeu, finalmente serão restauradas. Todas as dúvidas acabarão, e o tempo de espera terá chegado ao fim. Felizes são os limpos de coração, porque verão a Deus!

E.A.G.

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de agosto, Curitiba (Luz e Vida).

terça-feira, 10 de maio de 2016

O estrito sentido bíblico do vocábulo morte no Antigo e Novo Testamentos


Flor azul ao luar em ambiente escuro e pedregoso. O estrito sentido bíblico do vocábulo morte no Antigo e Novo Testamentos.
Antigo Testamento

No hebraico e em grego a palavra morte significa separação, não é unívoca, tem mais que um sentido.

No Salmo 48.14, encontramos o vocábulo “mãwet”, o substantivo é transliterado ao português como morte na Almeida Revista e Corrida. Mas, na Septuaginta este versículo tem “mãwet” vertido como “eternidade”, o que nos leva a perceber que o vocábulo também possui o sentido de "separação" real e alegórica.

O termo é usado com o sentido figurado (separação) em Gênesis 3.3: no dia que Adão e Eva pecaram, separaram-se de Deus, que deixou de conversar com o casal na viração da tarde e os afastou do Éden. Para eles, a morte física aconteceu muito tempo depois. Em sentido figurado, o termo ainda expressa a ideia de ruína, em contraste com a prosperidade e felicidade (Êxodo 10.17; Provérbios 11.19 e 12.28).

No modo literal, “mãwet”, denota a morte que ocorre por meios naturais ou violentos (Números 16.29; Juízes 16.30). Nas passagens Jó 27.15 e Jeremias 15.2, o significado está associado com as palavras pestilência, doença mortal, praga, epidemia.

“Mãwet” tem sua raiz mais primitiva em “múth” (morrer), verbo usado com o sentido de matar, executar e também morrer em paz, naturalmente, como ocorreu com Abraão na velhice (Gênesis 25.8).

O particípio presente desta forma pode indicar alguém que está morrendo (Gênesis 20.3).

Novo Testamento

No Léxico Strong, o substantivo “morte” (em grego thanatos) está posicionado com o número 2288. A definição esclarece que há o emprego dos sentidos literal e metafórico.

Thanatos alude à separação da vida de Deus para sempre, quando alguém passa pela morte física sem conhecer o dom da salvação através de Cristo; é a separação entre o homem e Deus na eternidade. Em João 11.4, thanatos fala da separação entre a alma e o corpo, quando a vida expira neste mundo físico. Em Romanos 1.32, as pessoas reprovadas por Deus e julgadas são contadas como dignas de experimentar a morte/separação dEle para sempre.

Em Mateus 4.16 e Lucas 1.79, thanatos tem comparação às regiões de espessas trevas. O apóstolo Paulo usou thanatos aludindo ao imaginário popular que personifica a morte como um agressor (Romanos 6.9 e 1 Corintios 15.26).

E.A.G.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Os benefícios da justificação


Lições Bíblicas - Adultos (CPAD). Maravilhosa Graça: o evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Comentarista: José Gonçalves.
Por Eliseu Antonio Gomes

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram" - Romanos 5.12.

Lembro-me de uma história que li há algum tempo, que serve para ilustrar o que está exposto em Romanos 5.12. Conta-se que um velho lenhador trabalhava em uma fazenda. Seu trabalho era de rachar toras de madeira para uso da fazenda. Certo dia, enquanto passeava pela fazenda, o proprietário escutou o velho lenhador se lastimar da sorte. Ele dizia: "Adão, Adão, você me paga". Vendo as lamúrias do velho lenhador, o fazendeiro se aproximou e perguntou a razão que o estava levando a se lamentar. Ele então disse ao patrão que Adão era o responsável por aquela situação, pois, se não tivesse pecado, ele não estaria ali. Imediatamente o fazendeiro mandou-o abandonar o seu machado e se dirigir para a casa da fazenda.

Chegando ali, o fazendeiro disse: "A partir desse momento você não precisará mais rachar lenha. Você terá novas atribuições. Seu trabalho agora é ficar na varanda da casa fazendo o serviço de vigilância com o direito de beber limonada na hora que quiser!" O velho lenhador foi às lágrimas. Quando ainda se refazia de suas emoções, o fazendeiro concluiu: Mas o senhor não pode abrir aquela caixa fechada que está em cima do peitoril da casa". O velho lenhador balançou a cabeça afirmativamente. Pensando com seus botões, ele achou suas novas atribuições um presente de Deus.

Os dias passaram e o velho lenhador se regozijava de sua nova situação. Não estava mais trabalhando de sol a sol, mas na sombra da casa da fazenda. Passaram-se duas semanas e ele continuava firme em seu propósito de obedecer ao seu patrão e não tocar na caixa secreta que estava no peitoral da casa. Na terceira semana, veio-lhe a curiosidade de saber o que estava dentro da caixa. Por que ele não poderia tocá-la? Resolveu então tocar levemente na caixa. Foi o suficiente para observar por uma abertura que havia algo dentro da caixa - um pequeno pedaço de papel. Todos os seus instintos vibraram! O que poderia estar escritor nele? Passou então a racionalizar: Por que ele não poderia abrir a caixa e ler o papel? O que havia de mal nisso? Na quarta semana, o velho lenhador não resistiu à tentação e abriu a caixa! Quando retirou o papel, o seu conteúdo dizia: "Velho lenhador, a culpa não foi só de Adão. Volte já para o campo para rachar lenha".

O homem em Adão

A culpa não foi só de Adão. Em parte, a confusão de interpretação de Romanos 5.12 é motivada em torno da expressão grega "eph'hoi pantes hemarton", que aparece no final do versículo. As versões bíblicas não são unânimes na tradução dessa passagem. As controvérsias começaram quando Agostinho (354-430 d.C.), bispo de Hipona, que não era versado em grego bíblico, seguiu a versão latina "in quo", traduzindo erradamente a preposição grega "eph'hoi" (porque) com o sentido de "em quem". Então, a sentença grega "porquanto todos pecaram", no texto de Agostinho ganhou o sentido apenas de "em quem todos pecaram". O equívoco do bispo de Hipona conduziu muitos a acreditarem que os homens estavam maculados pelo pecado de Adão, que o pecado original foi transmitido de geração em geração, e que por isso não mereciam ser salvos.

Agostinho entendia que "nós estávamos em Adão" quando Adão caiu, portanto, o pecado de Adão também é nosso. Esta argumentação de Agostinho é considerada comprometida quando se sabe que a exegese feita por ele partiu de uma tradução equivocada.

Devemos perguntar o que significa "todos os homens pecaram". Não quer dizer, evidentemente, a condenação de uns para o inferno e outros não; nem tampouco a supressão do livre-arbítrio humano. Há vários indicadores nas Escrituras de que as pessoas não são moralmente responsáveis antes de certo ponto, o que às vezes chamamos de "idade de responsabilidade" (Mateus 18.3; 19.14; 2 Samuel 12.23; Isaías 7.15; Jonas 4.11). É evidente que, antes de determinado momento, na vida de todos os seres humanos, não existe a responsabilidade moral, pois não há consciência do certo e do errado.

Uma exegese mais fiel de Romanos 5.12 confirma  o conceito da corrupção do pecado e a consequente natureza pecaminosa humana, todavia, não é extremada como Agostinho ensinou. O apóstolo Paulo introduz no assunto um decisivo  elemento de liberdade e de responsabilidade, afirmando que a influência de um sobre todos é condicionado pela adesão destes. Portanto, o destino humano é requerido, escolhido.

A ideia de culpar a todos os seres humanos pelo pecado de um ser humano deve ser rejeitada. No versículo 12 de Romanos, de fato, à causalidade de Adão o apóstolo acrescenta a decisão negativa de todos os homens, junta a unidade-universalidade: "por um só homem entrou o pecado no mundo'... ',porquanto todos pecaram". A humanidade se fez solidária com o seu cabeça ao desobedecer ao Criador. Todos pecaram e a cada um é cobrado o seu próprio erro.

O homem em Cristo

Justificação: o ato divino pelo qual o ser humano que crê em Deus passa do estado do pecado ao estado de graça, torna-se digno de receber a vida eterna. Somente pela fé em Cristo e graça do Senhor o homem pode ser justo para com Deus (Jó 4.17; 9.2; 25.4; Habacuque 2.4; Atos 13.39; Romanos 3.24; Tito 3.5-7).

Ora, pode uma doutrina como a da justificação pela fé ter um benefício prático na vida do crente? Há alguma consequência concreta quando o crente ganha consciência de que foi justificado por Deus por intermédio da graça divina mediante a fé em Jesus?

Os teólogos se encantam com a passagem de Romanos 5.11-21 e debatem exatamente sobre como a morte foi transmitida a todos os homens através do pecado de Adão e a vida eterna por intermédio do sacrifício perfeito de Cristo na cruz. Essa questão para Paulo é de ordem prática. A nossa herança racial de Adão é de pecado, morte, alienação. Agora, no entanto, pertencemos a Cristo, o fundador de uma nova raça. Nossa herança nEle é de justiça e vida, através da justificação.

Muitas pessoas sofridas, cheias de condenação na alma e na consciência, chegam às comunidades evangélicas e a fé nesta verdade bíblica (da justificação) rompe e destrói as amarras daqueles que se sentem acuados pelo Acusador. A nova realidade de vida de uma pessoa justificada por Deus permite-lhe conhecer uma das mais ricas e consoladoras doutrinas sobre a condição do ser humano agora justificado por Cristo: a paz com Deus; acesso à graça através da fé; a esperança da glória; alegria durante as tribulações, o derramamento do amor divino no interior do coração; e, o amor de Deus demonstrado a nós através da morte de Cristo (Romanos 5.1-21).

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 17, nº 66, página 38, abril a junho de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas Professor. Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos, José Gonçalves, página 30, 2º trimestre de 2016, Rio de Janeiro (CPAD)
Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. José Gonçalves. Páginas 47 a 52; 1ª edição 2016. Rio de Janeiro (CPAD).
Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer, página 314, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD). 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Hebreus 9.27: aos homens está ordenado morrer uma vez e após isso deparar-se com o juízo

DIA DE FINADOS. Blog Belverede. Eliseu Antonio Gomes. https://belverede.blogspot.com.br
De certo ponto de vista, a morte é a mais natural das coisas, mas também é considerada a mais antinatural de todas.

Pelo lado natural, a morte é uma grande passagem, faz parte do processo biológico, inevitável para corpos constituídos como os nossos, portanto, todos precisam se preparar para que seja bem realizada.

O pecado leva à morte

A Bíblia fala sobre a morte como resultado do pecado. O homem desobedeceu a Deus comendo da árvore da qual Deus lhe havia ordenado: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2,17).

E neste mesmo dia Adão foi julgado pelo reto juízo de Deus. Desde então a sentença que ele havia recebido aviso caiu sobre ele. No momento em que provou do fruto, morreu. Sua alma morreu, foi separada de Deus, separação essa que lhe tirou a vida espiritual, a comunhão com o Criador. Ao mesmo tempo seu corpo tornou-se corruptível e mortal, de sorte que a morte também se apossou dele. Estando já morto no espírito, morto para Deus, morto no pecado, o homem precipitou-se e precipitou sua descendência na morte eterna, na destruição do corpo e da alma, ao lago de fogo que nunca se apaga.

O castigo

A alma de quem morre em desobediência é levada a Deus, o seu juiz, para ser designada ao seu estado de castigada eternamente. Está determinado que todo o ser humano passará pelo julgamento após morrer, não há modo de escapar do juízo divino.

O apóstolo Paulo nos ensina que "por um homem entrou o pecado ao mundo, e pelo pecado a morte", e, "o salário do pecado é a morte" (Romanos 5.12; 6.23). Todavia, quando examinamos a questão mais detidamente, constatamos que Adão não morreu fisicamente no momento em que desobedeceu a Deus comendo o fruto. E no quinto e sexto capítulo de sua carta aos romanos, o apóstolo contrasta a morte que ocorreu por meio do pecado de Adão com a vida que Cristo trouxe  aos homens. A inferência que de tudo isso podemos tirar é que os ímpios morrem duas vezes, a morte que é o resultado do pecado é mais do que a decadência e a dissolução final do corpo.

Entretanto justamente com isso precisamos considerar a outra linha de pensamento, de textos bíblicos que ligam o pecado com a morte. Tais textos não qualificam essa morte. Não compreenderíamos só por esses versículos que algo diferente do significado usual tenha sido ligado à palavra. Talvez devamos entender que a mortalidade foi o resultado do pecado de Adão, e que sua penalidade inclui tanto o aspecto físico como o espiritual. Porém, não sabemos bastante acerca da condição de Adão, antes da queda, para afirmar qualquer coisa a respeito de sua morte ou imortalidade física. Se o seu corpo era semelhante ao nosso, mortal, a sentença do Criador referiu-se apenas ao seu aspecto espiritual e morreria fisicamente mesmo que não houvesse a desobediência. Se não o era, passou a ser mortal na condição física após cometer o pecado. A verdade é que ão temos meios de saber qual era a sua condição.

Duas interpretações equivocadas

Hebreus 9.27 deixa clara a incoerência da doutrina da reencarnação. Ela não passa de uma aspiração dos pecadores cuja consciência está pesada. Além do Espiritismo, várias religiões importantes do mundo pregam a crença de que, se seus adeptos não agirem corretamente nesta vida, terão muitas oportunidades de  de acertar em vidas futuras. Isso leva as pessoas a desprezar a fé em Jesus e sua obra redentora na cruz por elas. Uma das maiores mentiras de Satanás é justamente convencer as pessoas não precisam confiar em Jesus.

Alguns céticos afirmam que Hebreus 9.27 ensina que todas as pessoas devem morrer e por isso conflita com 1 Tessalonicenses 4.16-17, que se referem a santos vivos sendo levados diretamente para o céu, e Hebreus 11.5, que fala que Enoque não viu a morte. Mas Hebreus 9.27 não diz que todos, sem exceção, passaram ou passarão pela morte. Realmente, a morte é a maneira comum pela qual se passa desta vida para a existência futura. Todavia, se o Senhor desejar levar pessoas desta vida terrena diretamente para o céu, certamente é sua prerrogativa fazer isso, , pois Ele "está nos céus e faz tudo o que lhe apraz" (Salmo 115.3).

Conclusão

Aos que desconhecem as promessas de Deus aos seus servos, o fato de encontrar a morte é algo terrível, porque além de desfazer o laço vital, tendo todas as relações aqui cortadas, também significa entrar em outro mundo, que para eles é um mistério.

Deus determinou que Jesus viesse ao mundo, e Ele veio e se ofereceu para suportar o pecado de muitos, de todos os que crerem em seu nome. Cristo veio em forma de corpo pecador, mas a sua segunda vinda será sem nenhum encargo sobre Ele, tendo realizado isso antes em sua expiação na cruz.

A possessão da vida eterna não cancela a morte física. Morrer representa uma condição de conforto aos que receberam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, mas é uma questão de terror aos ímpios que deixam esta vida na prática de seus pecados, pois não podem retornar para consertar suas atitudes erradas. Por erro, entenda-se desobedecer o mandamento de amar a Deus acima de todas as pessoas e coisas e ao próximo como a si mesmo.

Em 1 Corintios 15.45, lemos: "O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante." Aqui claramente se contrasta Adão e Cristo, e até o próprio nome de Adão é dado a Cristo. Neste capítulo, o apóstolo estava contrastando a morte e seus males que vieram através de Adão com a vida e suas respectivas bênção que vieram através de Cristo. Harmonizando-se com isso, lemos no versículo 22: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo".  Enfim, Cristo é o representante pelo qual se comunica a bênção da vida, enquanto que Adão comunicou a morte à sua posteridade.

E.A.G.

Compilações em:
Bíblia Apologética de Estudo, páginas 1242, edição 2000, Jundiaí - SP (ICP - Instituto Cristão de Pesquisa).
Bíblia de Estudo Defesa da Fé, página 1951, edição 2010, Rio de Janeiro (CPAD).
Bíblia Evangelismo em Ação, Ray Comfort (organização), página 1262, edição 2005, São Paulo-SP (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Matthew Henry, página 2029, edição 2015, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel).
Manual Prático de Teologia, páginas 220, 221,, 2ª reimpressão maio de 2008, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel).
O Novo Dicionário da Bíblia, páginas 1072, 1073, 4ª edição 1981, São Paulo (Edições Vida Nova).

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Se Cristo vos libertar


A liberdade que Cristo dá é verdadeira, o texto bíblico no capítulo 8 e versículo 36 do Evangelho segundo João não é uma simples frase de efeito, não é reles discurso retórico, não há eufemismo nesta declaração. Todo aquele que crer em Jesus como Salvador e segui-lo como Senhor, tem condição absoluta de ser uma pessoa livre.

Então, tome a  decisão de desde já viver sua vida usando sua autonomia, faça valer sua posição de pessoa independente e isenta de restrições impostas pelas dificuldades desse mundo. Anuncie com ousadia a todos que Cristo abre cativeiros e liberta quem queira estar livre de hábitos ruins, vícios, doenças, opressões e possessões malignas. Faça todos saberem que Ele concede ao indivíduo o poder de não estar sujeito a controle e arbitrariedades limitantes, dá a todos o domínio para que estejam acima da coação física, moral e espiritual

"Se Cristo vos libertar..." Ele quer que os seres humanos gozem da liberdade, mas depende de nós aceitar a ação libertadora! Tenha bom ânimo, queira e acredite que pode ser livre das aflições desse mundo.

Para experimentar a regalada condição de pessoa não sujeita a servidão, é preciso crer na promessa bíblica, colocando a fé em prática através da obediência à Palavra de Deus. Faça isso e viva sua liberdade plenamente.

Algumas pessoas são libertas rapidamente, no tempo de um piscar de olhos, porém, outras passam por um processo que demanda algum tempo maior. Não importa se a libertação ocorre de um ou outro modo, o importante é conquistar a liberdade em definitivo.

E.A.G.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Pecado: é culpa da carne ou é culpa de demônios?

Por Eliseu Antonio Gomes

Tenho ouvido no meio evangélico um debate que não tem uma firmeza de base bíblica. Uns afirmam que o ser humano peca por culpa de demônios e outros que o ser humano peca por culpa própria, inocentando o Diabo de toda responsabilidade pelo pecado cometido. No meu modo de entender, os dois lados estão certos e errados ao mesmo tempo.

Ambas as afirmações ocorrem com intensidade igual entre pentecostais e neopentecostais - não sinto segurança em dizer como os crentes reformados se posicionam sobre isso porque não tive chance de apurar.

Hoje conversei sobre este assunto com alguém. Ela me fez saber que havia conversado com outra discordando que o Diabo tinha culpa sobre o pecado e reputava o ato de pecar à natureza humana. Então lembrei a ela sobre o episódio de Eva e a serpente no jardim do Éden. Lá, o inimigo de nossas almas instigou a mulher a desobedecer ao Criador. Disse-lhe que existe a participação do Diabo e do homem na prática de pecar, há culpas mútuas.

O inimigo é chamado na Bíblia de tentador (Mateus 4.13), tem esta descrição porque tenta as pessoas a pecarem. E na Bíblia também está escrito que Deus não permite que ele lance tentação sobre o ser humano além do que o ser humano possa suportar (Tiago 1.13-15). Assim sendo, tanto o Diabo quanto o homem são culpados por ocorrências de atos pecaminosos.

O Diabo sugere o erro e quem o materializa é a pessoa tentada. Como ser humano, Jesus Cristo refutou suas investidas e é o nosso melhor exemplo nesta questão (Mateus 4.1-11). Não inocentemos o pecador contumaz dizendo que é uma vítima e nem inocentemos o Diabo, pois suas intenções malignas estão sempre em curso neste mundo, no qual ele está sempre ativo de maneira incansável, buscando oportunidades para fazer com que quem estiver andando no espírito dê vazão às obras da carne. Ver Lucas 11.34; Efésios 6.12; e 1 Pedro 5.8.

Está em pecado continuado? Reconcilie-se com Deus e dê um basta às sugestões da serpente: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” - 1 João 1.8-9.

Vive sua vida em inimizade com alguém? Então, esforce-se e se possível restabeleça sua paz com ela o quanto antes. Perdoe quem pecou contra você porque Deus só concede perdão aos que perdoam. Confira este conselho na Bíblia: Romanos 12.18; Mateus 5.23-25; 6.12.

E.A.G.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ananias e Safira, o perigo de falar mentira

A generosidade é uma virtude valiosa, porém, somente se for acompanhada de sinceridade. Ananias e Safira  queriam crédito e prestígio de algo que não praticaram, e mentiram por causa desse desejo.

Uma das grandezas da Bíblia é que ela registra  até mesmo as fraquezas de seus heróis. Documenta atos que são contra  a mensagem que ela propaga. Isso acontece porque ela é a infalível Palavra de Deus. Portanto, fala a verdade. Além disso, revela a debilidade do gênero humano, mostrando que nenhum homem é perfeito.

Em Atos 2.47 e 4.34, ficamos sabendo que "todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e os depositava aos pés dos apóstolos". Ninguém era obrigado a vender suas propriedades, mas alguns fizeram esse ato generoso, dentre eles, destacou-se Barnabé, o único citado nominalmente, exceto o casal Ananias e Safira. que fez um voto, não o cumpriu, mas queria que a Igreja pensasse que o mesmo fora concretizado. Isso se chama hipocrisia.

A mãe de João Marcos, o sobrinho de Barnabé, possuía uma casa em Jerusalém, que servia como lugar de culto e reunião de oração (Colossenses 4.16; Atos 12.12).

O texto sagrado afirma que Barnabé e o casal Ananias e Safira venderam "uma propriedade", mas não diz o seu tipo e nem o seu valor. Também não explica o motivo da atitude estranhíssima de Ananias e Safira perante o apóstolo Pedro. Os expositores da Bíblia, quase que em voz oníssona, admitem que Ananias e Safira queriam crédito e pretígio de algo que não praticaram, desejavam ser honrados como Barnabé.

Ao vender parte do preço da venda da propriedade, levando apenas uma parte, Ananias mentiu. O texto sagrado informa a exortação de Pedro: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus" (Atos 5.3-4). A aparente generosidade de Ananias não foi um ato de fé. Além disso, parece que ele não fez negócio ilícito, pelo que se conclui do verbo grego "nosphizomai" (traduzido por reter) nos versículos 2 e 3.

A sentença foi instantânea, o juízo foi duro, vindo da parte de Deus: "E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.' (...) 'E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.' (..) 'Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou" - Atos 5. 5, 7, 9-10.

O desejo de ser importante, o amor ao dinheiro, a obstinação pela posição de notoriedade no grupo, cegaram completamente tanto Safira quanto seu marido Ananias. Eles foram contaminados pelo vírus desse mundo. "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" - 1 João 2.16.  

Nunca vale a pena ser infiel, apesar de o juízo de Deus nem sempre se manifestar de maneira, rápida e fulminante como neste relato bíblico. São muitos crentes que não levam a sério a obra do Senhor, eles devem considerar que Deus está dando a oportunidade ao arrependimento.  Existem os que praticam algo, aparentemente, muito mais grave que o referido casal, no entanto, o Senhor ainda dá oportunidade para a reconciliação. Entretanto, se os que estão nessa situação continuarem caminhando na trilha da malícia, da fraudulência e hipocrisia, futuramente poderá ser muito tarde. "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente" - Jeremias 48.10a. 

A morte deste casal deve levar cada crente a refletir seriamente sobre a Igreja de Cristo. A porta ainda está aberta para a salvação.

Autoria não divulgada.
Fonte: A Voz da Assembleia, edição julho de 2002, página A6.

sábado, 20 de setembro de 2014

Os pecados de omissão e de opressão

Por Eliseu Antonio Gomes

Deus fez o ser humano em triplicidade: o corpo, a alma e o espírito. Na condição de Criador e Deus, ama o homem como ele é e tem como objetivo o seu bem-estar de maneira plena. Assim , clama ao arrependimento de pecados. As Escrituras abrangem todos os aspectos do cristão com o objetivo de que viva praticando o bem a si mesmo e ao próximo. Em Tiago 4.17 e 5.1-6, encontramos exortações sobre relacionamentos no campo profissional.

Ter bens materiais adquiridos honestamente não é pecado

O Senhor espera que seus servos usem os recursos materiais para ajudar os necessitados. A prosperidade que Ele permite ao cristão experimentar, não é dada para uso de deleites e prazeres egoístas.

Possuir riqueza não é sinal de fé e nem de aprovação de Deus

A Bíblia adverte aos cristãos a não colocarem o coração nas riquezas materiais e aos ricos para que não depositem sua confiança nelas (Salmo 49.6, 7).

Quando alguém tem seu o coração na riqueza, ele corre o risco de ser induzido à inveja e a praticar ações incorretas para possuí-la. E se o rico passa a acreditar que suas posses materiais são recursos suficientes para responder a tudo que ele necessitar, comete idolatria, pois age considerando o dinheiro o seu deus.

Exortação apostólica aos patrões opressores

Tiago condena a exploração econômica e toda a manobra fraudulenta que os ricos deste mundo, crentes ou descrentes, usam para manterem-se no topo da pirâmide financeira. Na geração do apóstolo, existiam poucas pessoas da classe alta que se mostravam abertas ao Evangelho. Devido a perseguição contra a igreja, muitos crentes perderam seu meio de subsistência e passavam apuros financeiros. Enquanto isso, pessoas ricas faziam mau uso de suas posses, viviam de maneira extravagante, extasiados em seus deleites pareciam cegos e surdos aos clamores dos irmãos que precisavam do auxílio. Diante desta situação, ele exorta os ricos, pois eram capazes de ajudar mas se recusavam a realizar esta prestação, e além disso exploravam os crentes pobres (2.5, 6).

Conclusão

Deus se posiciona em relação às injustiças sociais, abomina aqueles que adquirem riquezas às custas da exploração de desvalidos e necessitados, não aceita nenhuma espécie de opressão e injustiça na relação entre ricos e pobres, funcionário e patrão.

O Senhor está ao lado de trabalhador humilde e honesto, ao lado de explorados e oprimidos. É importante estar consciente que para Deus os cristãos são irmãos, independente das posições socioeconômicas, empregador ou empregado. O crente é ensinado pela Palavra de Deus a fazer o bem, seja pagando salário ou trabalhando para recebê-lo.

Os bens são ferramentas para tornar viável a expansão da mensagem do Evangelho e para socorrer os irmãos que precisam de ajuda. Através da oferta voltada ao evangelismo e missões, as almas famintas são alimentadas; por meio da ação social, o corpo humano, que é templo do Espírito Santo, recebe oportunidade para continuar a louvar e servir para Deus.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, ano 15, nº 59, página 42, julho-setembro de 2014, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Elinaldo Renovato de Lima; 1º trimestre de 1999, páginas 73-79, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 82-90, Rio de Janeiro (CPAD).

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A morte e a vida além-túmulo

Hoje, no espaço de conversa reservada do meu perfil no Facebook, um  garoto enviou para mim um arquivo no formato gif com a imagem de uma caveira. O crânio e os ossos dos braços e antebraços se movimentavam, como se ainda houvesse vida no esqueleto.

Perguntei a ele se conhecia Hebreus 9.27. Acho que não conhecia ou não se lembrava.

Está escrito: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo..." O que isso quer dizer? Todas as almas que se mantiveram alienadas à vontade divina no plano físico, mesmo aqueles bons cidadãos que não encontramos nada que os desabone, um dia terão que prestar contas ao Senhor. Ninguém escapará de um julgamento justo e de pagar por seus erros aqui neste mundo. Sim, mesmo quem se comporte como pessoa exemplar precisa se alinhar aos propósitos específicos de Deus para sua vida terrena.

skull gif photo: skull skull-1.gifQue bom, a declaração bíblica continua no versículo seguinte, assim: "...Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação." Explicando: aquele que deixa este mundo com Cristo no coração, reconhecendo-se como pecador e reconhecendo que Cristo é a solução para a felicidade no porvir, um dia terá sua estrutura física deteriorada, mas seu espírito encontrará do outro lado da existência humana a vida eterna, irá morar com Deus no céu.

Parece sem sentido para você precisar ajustar-se à vontade de Deus para ser feliz após morrer? É o certo fazer isso. Olhe para o chão que você pisa, depois para o céu... Pare e encha seus pulmões de ar o máximo de puder e depois solte o oxigênio de olhos fechados, devagar, contando do zero ao dez... Belisque-se. Tudo isso que você fez, viu, sentiu, raciocinou, só é possível que faça porque o Criador projetou tudo antes. Nada e ninguém é obra do acaso! Você e eu, todas as pessoas, existimos e não viemos a existir por acidente do destino. Então, para corresponder à boa vontade divina em nosso favor, o mínimo a ser feito  é aproveitar tudo que está criado - interagir usando o bom sendo e respeito ao próximo - e ser grato. Gratidão manifestada seguindo a vontade divina.

Leia a Bíblia Sagrada, principalmente o Novo Testamento para entender o que Deus espera de você, nas páginas das Escrituras Sagradas há um recado para você.

E.A.G.

domingo, 15 de junho de 2014

RR Soares: a verdade deve ser dita!


"Deus não é terrorista, mas a verdade deve ser dita" - domingo, 15 de junho de 2014, transmissão ao vivo no canal RIT TV, por volta das 17 horas. 

"Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois" - 1 Timóteo 5.24. 

A frase do televangelista foi proferida ao citar o versículo logo acima, em reunião televisionada, ao pregar sobre a situação de pecadores que se passam por inocentes durante esta vida, mas na eternidade terão todos seus erros revelados. 

E.A.G.

Leia um pouco mais sobre pecado neste blog: Belverede.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Paulo e o dualismo da carne versus o espírito

Salmo 51.10: Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto" - Salmo 51.10.

A alma, sede do conhecimento e vontades, vai de encontro à vontade de Deus. É dificil compreender quem negue a existência da oposição da carne ao espírito, se isso está tão claro nas Escrituras Sagradas.

Será que os tais conscientemente fecham os olhos para a obviedade da vida e querem abraçar o ridículo?
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado."
Romanos 7.14-25

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Quando Deus não perdoa e nem usa misericórdia

Deus está disposto a perdoar quantas vezes o ser humano quiser pecar?

Algumas pessoas pensam que por Deus ser amor, é um ser misericordioso que perdoa a todos, que relativiza e compensa aos pecadores praticantes de boas obras, que está assentado no trono disposto a aceitar uma contagem interminável de solicitações de perdão.

Infelizmente, elas estão erradas. Deus não é assim. O cristianismo verdadeiro é diferente, não existe relativização.

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" -  João 14.6.

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” – Lucas 9.23.

Nos Evangelhos, Jesus está apresentado como o Caminho. Troquemos a palavra Caminho por Hábito, para entender melhor.

O convite de Jesus implica em conversão (mudança) de hábitos, mas nem todos mudam por completo. Costumam usar a cruz para crucificar o próximo, “matando-os” com desamor e acusações. Eles não negam os desejos da carne, costumam ficar parados à beira do caminho esperando Jesus passar.

Quem dá espaço para o ódio no coração é espiritualmente um assassino, não imita a Deus e nem a Jesus (1 João 3.15, Efésios 5.1; 1 Corintios 11.1).

Tenho um bom exemplo para compartilhar.

Conheço um velho cristão, assembleiano, que se decidiu pela vida religiosa há mais de 40 anos, tem muitos versículos bíblicos decorados e sabe os números e as letras dos hinos da Harpa Cristã de memória. Ele é uma pessoa antiga em sua congregação. Cavou a terra para os alicerces das paredes do templo onde congrega, ajudou a assentar tijolos, pintou as paredes dela muitas vezes. Ele participou dos primeiros eventos de evangelização do bairro, participou dos trabalhos nas praças que resultou nas primeiras conversões, esteve nos primeiros eventos que fez a igreja crescer. Hoje, o ministério é enorme e próspero, se expande em diversos outros templos novos inaugurados a cada cinco anos, aproximadamente. Ele é útil como membro, entrega ofertas com valores importantes para a manutenção do templo, é dizimista, é capelão, costuma fazer evangelização periodicamente.

Mas, apesar de possuir este currículo religioso bonito, é espiritualmente problemático. Continua com hábitos antigos. Ele tem o hábito de guardar rancor em seu coração. Discutiu com uma pessoa há mais de uma década atrás, quando foi ameaçado de morte, e continua ressentido como se o fato tivesse acontecido hoje, está cheio de melindres, não faz esforço para reaver a paz, não quer esquecer os insultos e ameaça que recebeu.

Eu tive a oportunidade de conversar sobre esse assunto, ele usava tom de voz bastante alterada, fazia gestos rápidos, e revelou-me sua ira com o tal ofensor, que é um homem descrente, distante de todas as religiões.

Disse-lhe:

- Jesus manda perdoar.

- Ele é o inimigo em pessoa – respondeu-me – e quer me bater, me roubou e ameaçou! É o demônio, olha para mim com olhar de ódio.

- Irmão, Jesus diz para perdoar quem o ofende. Se alguém tirar sua capa sem a sua permissão, deve entregar a túnica também. Se alguém o persegue, deve orar pelo perseguidor. Se alguém fala mal, calunia-o, seu dever é procurar os pontos positivos do caluniador e fazer elogios sobre ele. É preciso negar os costumes terrenos. É preciso mortificar a carne. É preciso andar no Espírito (Mateus 5.38-48; Colossenses 3.1, 5, 8; Gálatas 5.22).

Ao ouvir isso o homem parou por uns segundos, diminuiu seu ritmo da vocalização de frases, pensou, mas voltou ao hábito antigo.

- Ele é o demônio em pessoa, não posso ter paz com ele!

Todos sabem, mas vou relembrar: O cristianismo verdadeiro é marcado pela conversão de hábitos, implica em mudar de vida de dentro para fora. Ser cristão é esforçar-se a cada dia para manter uma mudança interior. Mudar as intenções, os objetivos, as iniciativas. Ser cristão é fazer o que Jesus ordena.

Não existe relativização no Evangelho, os mandamentos são para todos, indistintamente. Jesus nos chama para seguir com Ele, agir conforme ensinou.

Voltando ao cristão assembleiano, religiosamente exemplar, mas sem as mudanças que os mandamentos de Cristo exigem de cada um de nós, lembrei-lhe sobre a questão do perdão e da misericórdia de Deus.

Ao ensinar a oração do Pai Nosso Jesus revela que Deus só perdoa quem é perdoador. Também fiz menção da carta de Tiago, que revela que o juízo divino será sem misericórdia contra todos que não agiram misericordiosamente (Mateus 6.14-15; Tiago 2.12-13).

Não existe relativização no Evangelho. Não há relativismo nenhum. Tanto o religioso cheio de obras, que descumpre os mandamentos, quanto o mundano irão para o mesmo lugar. Não importa ser um religioso metódico, bom ofertante, dizimista, visitante de doentes, ser distribuidor de material evangelístico nas ruas, se no coração cultivar a raiva contra o próximo. O destino final e irreversível de quem age sem perdoar e sem misericórdia é o inferno!

Fui obrigado a ser direto e dizer isso para o velho assembleiano.

Enfim, a raiva, ou a prática de qualquer outro tipo de hábito que não esteja de acordo com os ensinamentos de Jesus, significa não ter a Jesus Cristo como o Caminho. Só Cristo leva o ser humano para o céu, e quem não recebê-lo como o Caminho não achará atalhos e escapes para encontrar-se com Deus, porque não há nenhum relativismo no Evangelho.

E.A.G.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Bondade e justiça de Deus no Juízo Final

Uma pessoa ateísta fez a seguinte pergunta:

- Se Jesus manda perdoar, amar inimigos, porque Ele não faz o mesmo no Dia do Juízo Final e abre as portas do céu para todas as pessoas entrarem?

Ao ser bom, Deus é sempre justo. Ao ser justo, Deus não erra.

A tal pergunta é formulada por uma pessoa totalmente egoísta. A pessoa pensa em pecar continuamente e quando chegar no final ser perdoado. Ela age com a filosofia de prazer pessoal, não tem amor pelo próximo, ama apenas a si mesma. Não analisa a dor e as perdas das vítimas.

Bem, vamos criar uma suposição. Alguém agiu assim:

1 - adulterou;

2 - matou;

3 - roubou;

4 - estuprou muita gente.

Deus, bom e justo, olhou tudo isso. Mas Ele prestou atenção por todos os ângulos das situações, porque é onipresente, onisciente e onipotente.

1 - viu a dor que o adultério causou na vítima da traição conjugal e a angústia dos filhos gerados no casamento abalado;

2 - viu as lágrimas da família que enterrou o corpo da pessoa assassinada;

3 - viu o sofrimento de quem foi roubado;

4 - conheceu as dores da garota violentada no corpo e na alma.

Deus é testemunha das vítimas de todos os pecadores. Então, se Ele perdoasse os pecados de pecadores impenitentes, estaria cometendo injustiças e maldades com as vítimas de todas essas atrocidades.

Não é justiça e bondade perdoar quem é mau, quem não quer se arrepender dos males que fez, faz e planeja fazer. Não é justiça e bondade perdoar quem debocha da questão de pedir perdão a Deus e ao próximo, quem queira viver sendo sarcástico, a se divertir com o sofrimento alheio.

O pecado sempre fere pessoas. É por este motivo que Deus detesta o pecado e pede para que o pecador se arrependa e evite pecar. Arrepender-se é mudar de vida, é abandonar o mal e praticar o bem.

Deus é amor e quer perdoar hoje. O Dia do Julgamento Final não será dia de perdão. Enquanto estamos vivos, temos a condição de pedir perdão e recebê-lo. Para ser perdoado é preciso ter a vontade de deixar a vida de pecado, de atos que causam dores ao próximo. Depois da morte, só resta o decreto justo e bom de Jesus Cristo. Aqueles que não quiseram ser justos e bons com os semelhantes terão que pagar por suas decisões cruéis.


E.A.G.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Existem erros, falhas e contradições na Bíblia Sagrada?

Muitos gostam de enfatizar discussões sobre hipotéticos erros da bíblia. Pois bem, a estas pessoas cujas vidas são uma constante indagação, fizemos o favor de relacionar quais os erros que elas tanto procuram.

Vejam os erros que se encontram na Bíblia:

A Bíblia está cheia de erros

o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo.

E assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos, porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

A Bíblia está cheia de contradições

Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
Ela contradiz o seu pecado e o meu.

A Bíblia está cheia de falhas

porque ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes;
assim foi com a falha de Adão;
com a falha de Caim;
com a falha de Moisés;
a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.

Entretanto, ela é também o relato do amor infalível de Deus.

Deus não escreveu a Bíblia

para pessoas que querem jogar com as palavras;
para aqueles que gostam de examinar o que é bom, mas sem fazê-lo;
para o homem que não acredita porque não quer.

O homem moderno descartou os ensinamentos da Bíblia

pelas mesmas razões que outros homens têm descartado através da história;
por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
bem conhecidos pseudocientistas posando de críticos honestos;
convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.

Somente uma pessoa preconceituosa acreditaria que:

os ensinamentos bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
a Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis;
Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.

A Bíblia é, afinal, somente mais um Livro religioso:

para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
para os que têm medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
para os que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.

Autoria desconhecida.

domingo, 5 de junho de 2011

Pecados intencionais e não intencionais de líderes e liderados

É comum encontrar pessoas criticando erros de pastores.
.
Não é correto fazer vista grossa, agir como se não ocorressem pecados na vida de líderes, mas entendo que a atitude de indignação de muita gente neste tipo de situação é exagerada. Via de regra, logo as testemunhas desses pecados os classificam como lobos em pele de ovelhas, mercenários, hipócritas, e outros adjetivos nada amistosos.

O pastor erra, peca... A Bíblia Sagrada diz o seguinte: "Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" - 1ª João 1.10.

Portanto, não considero uma boa ideia exigir perfeição dos outros se nós mesmos não somos perfeitos

É necessário ter em mente que pastores também são seres humanos. Eles pecam também! Eles também são falhos. O pastor sincero, que ama a Deus de verdade, se esforça para viver de acordo com a Palavra de Deus, mas nenhum homem na face da terra vive-a em sua plenitude.

Para nós, crentes que amam a Deus, nossa diferença com as pessoas que estão no mundo, com relação ao pecado, é que os não convertidos vivem na prática do pecado, estão acostumados a pecar, gostam de pecar.

O convertido não vive praticando o pecado, não sente prazer em conviver com o pecado. O convertido peca como que por acidente, e ao pecar se entristece, pede perdão. Faz pedido de perdão a Deus, se pecou contra Deus ... Pedido de perdão ao próximo, se pecou contra o próximo. Confira: Mateus 5.22-24; 1ª João 1.9.

"Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca" - 1ª João 5.18 (ARA).

E.A.G.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

BRUNA SURFISTINHA REVELA SUA TRISTEZA NO PROGRAMA DE SILVIA POPPOVIC NA BAND



"O filho sábio é a alegria do seu pai, mas o filho sem juízo é a tristeza da sua mãe" - Provérbios 10.1 (NTLH).
Temos que fazer acepção entre santidade e pecado!
Bruna Surfistinha é uma garota que se apresenta na mídia como ex-prostituta. Apesar da pouca idade, com ares de glamour, já escreveu um livro autobiográfico, contando seus programas de prostituição e vendeu os direitos desse livro para que fosse feito filme de suas "aventuras".
Sou contra o pecado em curso e não contra a pecadora Bruna.
Ela faz apologia aos pecados de libertinagens. É incontestável que esta ainda é a mensagem dela, apesar de afirmar que deixou o ofício onde se "trabalha" na horizontal. Recebe direitos autorais da sua autobiografia precoce e passará a receber também royalts do filme.
Muitos leitores alimentam a carne com todo o conteúdo lascivo que está escrito por ela. O pecado separa o homem de Deus. A lascívia é pecado, os lascivos não herdarão o reino de Deus (Isaías 59.2; Gálatas 5.16-23).
Jamais trataria uma prostituta de forma desumana, indelicada, grosseira. Uma coisa é ser idiota, outra é ser complacente com o erro de pecadores. Não podemos ser só sorrisos. Nenhuma prostituta conhecerá a Cristo e mudará de vida se não for assinalado que está errando.
Não faço juízo de valores sobre quem é pior ou melhor. Falo das práticas do pecado, viver no pecado.
Jesus não seguia prostitutas. Elas, após convertidas, o seguiram. Para uma mulher flagrada em adultério, depois que Ele evitou seu apedrejamento, deixou bem claro que não consentiu com o pecado dela, disse-lhe: vá, não peque mais. (João 8.1-8). Jesus diria o mesmo para a Bruna. Diria-lhe: pare com essa vendagem do livro sobre prostituição, pare com o filme também; mude de vida! Essas práticas induzem ao pecado de muitas pessoas!
Livros, filmes do tipo da cinebiografia da Bruna, são FERRAMENTAS DIABÓLICAS que levam muitas mentes ao adultério, no mínimo ao adultério mental. Assim, desviando muitos dos caminhos de Deus. Todos sabemos que o sexo foi criado para ser praticado dentro do casamento. Está bem claro no livro de Gênesis e endossado por Jesus nos Evangelhos.

Ontem pela manhã, esta garota esteve nos estúdios do programa de Silvia Popovick, na Band. Zapeando a TV, foi por acaso que achei a entrevista quase no final. Lamentei, pois queria assisti-la por inteira.
Bruna, o nome verdadeiro dela é outro, não lembro agora, disse que saiu de casa por causa do pai, sente saudade dele, mas muito mais de sua mãe. Quer contar novidades para ela, sofre com a ausência. Com a voz embargada, revelou não ter comunicação com seus pais há sete aniversários.
"A formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme ao SENHOR Deus será elogiada" - Provérbios 31.30 (NTLH).
Oremos pela conversão desta garota, para que ela se torne serva fiel de Jesus, renasça em Cristo e passe pelas águas batismais; peçamos a Deus que ela deixe de ser instrumento à lascívia e liberte-se de uma vez por todas de todos os pecados cometidos.

E.A.G.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pecado - sinônimo de errar o alvo


O erro sempre produz vítimas.

"No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo' " - João 1.29.
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No idioma original do Novo Testamento, pecado é harmatia. Significa perder o foco ou o objetivo; falhar; transgredir; tomar o rumo errado; erro; culpa.
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Harmatia é usado ao erro que é genérico, ao princípio e qualidade de ação e também definindo o ato pecaminoso explicitamente.
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E.A.G.