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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Indignado Jair Bolsonaro esclarece Fake News da Rede Globo


Jair Bolsonaro responde para Rede Globo sobre fake news afirmando que teria ligações no caso Marielle Franco. Reportagem desinforma telespectador, mentido sobre o local que o presidente estaria. Então,  deputado federal, estava no Congresso em Brasília, mas matéria caluniosa afirmou que estaria no Rio de Janeiro. 

Esta matéria já é o suficiente para cassar a concessão dessa televisão. O Brasil será melhorr sem a Rede Globo.

E.A.G.

Jair-Bolsonaro-responde-a-Rede-Globo-sobre-fake-news-que-teria-ligacoes-no-caso-Marielle-Franco

A Instituição da Monarquia em Israel

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Ao final do ministério de Samuel, os israelitas rejeitaram os filhos dele como juízes e pediram um governante. O pedido precipitado dos israelitas fez com que Saul se tornasse o primeiro rei de Israel. Ao passar do tempo, Saul mostrou que tinha mais aparência do que conteúdo. Seu reinado trouxe graves consequências espirituais para a nação dos judeus.

Os israelitas pediram o monarca, mas quem escolheu quem seria este monarca foi Deus, que revelou a Samuel que no dia seguinte ele encontraria a pessoa que deveria ungir ao reinado (1 Samuel 9.15-16).

I - POR QUE A MONARQUIA

1. Um sentimento de orgulho nacional (1 Samuel 8.4,5).

Deus sabia que o desejo de Israel por um rei baseava-se em sua confiança na força humana, em vez de confiar no poder divino.

O povo falhou em compreender que somente Deus era seu Rei, e que sua desobediência ao Senhor era a razão de seus problemas.

2. O fracasso dos filhos de Samuel.

Samuel foi um juiz excepcional sobre Israel. Quando chegou o momento de Samuel se aposentar, os israelitas rejeitaram veementemente Joel e Abias, seus filhos, quando os escolheu ao ofício de juízes, tornando-os seus sucessores, pelo fato de que eles se achavam corrompidos e inadequados para conduzir a nação.

O paralelo comportamental entre os filhos de Eli e de Samuel é surpreendente. Os filhos de Samuel cometeram impiedades parecidas, usaram os cargos que ocupavam e a sua autoridade em benefício próprio, algo especificamente proibido pela Lei (Êxodo 23.8; Deuteronômio 16.19).

Na verdade, o fracasso dos filhos de Samuel é consequência do fracasso do próprio Samuel e sua esposa como pais. Como pais cristãos, temos uma grande responsabilidade no destino dos nossos filhos. É preciso compreender que falhar em educá-los de acordo com os preceitos do Senhor pode  trazer como resultado grande impiedade.

Como cristão, dedique seus filhos ao Senhor, sem esquecer que eles são herança e bênção. Ofereça-os ao Senhor para que o Pai celeste cumpra os seus propósitos através deles e continue a treiná-los para que frutifiquem em vida piedosa. A educação cristã só termina quando os filhos tornam-se independentes e constituem suas próprias famílias.

2.1 Os anciãos na Bíblia.

Quando os israelitas se opuseram à vontade de Samuel em tornar seus filhos os seus sucessores, os anciãos, agindo como representantes do povo, procuraram Samuel e lhe disseram que os israelitas não queriam tê-los como juízes de Israel.

Nas páginas bíblicas, frequentemente, o termo ancião indica uma função e nem sempre a idade avançada de quem a exerce. Por este motivo, algumas traduções bíblicas vertem o vocábulo hebraico por "chefe", "responsável" etc. No Antigo Testamento, os anciãos eram os chefes das famílias e dos grupos de famílias que formavam as tribos. Os anciãos de uma mesma cidade formavam um conselho responsável que dirigia a cidade e administrava a justiça. Eram guardiões da tradição. No Novo Testamento, os Evangelhos  mostram os anciãos como pessoas responsáveis por tarefas  de responsabilidade na comunidade hebraica; nos Atos dos Apóstolos e em algumas Cartas, são cristãos com algumas responsabilidade na comunidade local; e no Apocalipse, 23 anciãos fazem parte de uma corte, no céu, talvez como representantes do povo de Deus.

3. Rejeitando os planos de Deus (1 Samuel 10.6,7).

Era da vontade de Deus que Israel tivesse um rei? Estava claro em Israel que Deus pretendia que o povo tivesse um rei. Profecias do tempo de Moisés indicam que sim (Gênesis 49.10; Números 24.17; Deuteronômio 17.14-20).

Quando a nação israelita firmou-se na terra que mana leite e mel, Deus foi entronizado como o verdadeiro Rei de Israel, mas, em Gênesis 49.10 há a informação que a dinastia real viria da tribo de Judá. Porém, nos dias de Samuel, a reivindicação para que a instituição do regime monárquico substituísse o teocrático tinha motivação em desacordo com os preceitos divinos. A atitude de desaprovação de Deus estava relacionada ao fato de Israel desviar seus olhos e passar a olhar as nações em volta deles. Em vez de segui-lo, os israelitas cederam à pressão social, alimentaram o desejo de ser "como as outras nações" (8.20).

Israel fez pouco caso da situação privilegiada de ter Deus como o seu único Rei, pediu um rei na ocasião errada e com motivos impróprios, com base na aparência humana e dados superficiais. Contudo, em resposta a esse pedido Deus escolheu um rei para o povo, pois estava dentro da sua vontade permissiva.

Os anciãos erraram ao não reconhecerem Deus como seu verdadeiro Rei (8.7; 12.12). São apresentadas três razões para o pedido dos anciãos:
• o desejo deles de se conformarem ao padrão de outras nações. Como as outras nações tinham reis que se vestiam e se exibiam como pavões, ostentando uma coroa na cabeça, os israelitas pareciam querer se transformarem em súditos de alguém com este perfil.
• a corrupção dos filhos de Samuel;
• a necessidade de um comandante militar (1 Samuel 8.30).
II - A ESCOLHA DE SAUL COMO REI

1. Por que Saul?

O pai de Saul, Quis, que era um cidadão de destaque; a lista detalhada dos antepassados de Saul indica que ele pertencia a uma família ilustre (Mateus 1.1-17). Saul tinha a imagem perfeita de um líder político, era o homem mais alto e mais bonito de Israel (9.2; 10.3). Mas apenas possuir boa aparência e bom nome não era o bastante para ser um bom governante. Para ser líder eficaz não é suficiente ter formosura e uma família admirável.

Reflitamos sobre o grau de dependência que temos do Senhor. A vida cristã passa pela tomada de decisões. Para tomar quaisquer decisões o crente deve pedir orientação de Deus, tomá-las sem buscar a direção pode trazer grandes prejuízos.

No começo, tudo parecia ir muito bem, o profeta Samuel fez um um belo discurso de posse. Sob o governo de Saul, Israel venceu uma batalha contra a importante nação de Amom.

2. A unção de Saul por Samuel (1 Samuel 10.1).

No Antigo Testamento, a unção, ao mesmo tempo que estabelecia um vínculo particular entre Deus e a pessoa ungida, o ato de ungir significava dedicar, declarar, consagrar formalmente alguém para o desempenho de uma vocação, cargo, ofício ou uma função (Levítico 8.12). Era um ato realizado pelo sacerdote. Primeiramente privativo, depois seguido de atos públicos de reconhecimento. É comparado hoje com o chamado de Deus por meio do seu Espírito a alguém e à consagração por meio de envio ou ordenação de um ofício.

Encontramos no capítulo 10 e versículo 1 o primeiro registro de uma unção com azeite fora da unção dos sacerdotes e do santuário. Neste texto, está registrado o trato de Deus com a monarquia em equivalência com o sacerdócio.

Enquanto Saul  confiasse no poder de Deus, ele seria capaz de governar com sabedoria. Quando o Espírito do Senhor o dominou, ele se tornou "um novo homem" (10.6). Isto é, enquanto ele escolhia obedecer, o Espírito era operante em sua vida e fazia dele um poderoso servo de Deus. Quando Saul foi coroado rei, Samuel  lembrou que Israel seria uma nação feliz e próspera, de fato isso aconteceu, porém, o apogeu da prosperidade se deu nos reinados de Davi e Salomão.

O Espírito do Senhor veio sobre diversas pessoas no Antigo Testamento, conforme o relato ocorrido com Saul. Podemos ler sobre ocorrências semelhantes em Juízes 3.10; 6.4; 11.29; 13.25; 1 Samuel 16.13; 1 Crônicas 12.18. O Espírito também estava em algumas pessoas (Números 27.18; Daniel 4.8; 6.3; 1 Pedro 1.1) e encheu alguns dos servos de Deus a fim de que realizassem serviços específicos (Êxodo 31.3; 35.31).

3. Os sinais de confirmação da unção (1 Samuel 10.2-7).

Na Antiga Aliança, a manifestação do Espírito era "com" os servos de Deus, em contraste com o relacionamento do Senhor junto aos crentes da Nova Aliança, agora, a partir do dia do Pentecoste, o Espírito faz de nós a sua habitação permanente (João 14.17). Não é necessário o derramamento de azeite para difundir a Palavra ao pecadores, para a separação ode obreiros ao ministério basta a imposição de mãos do presbítero (1 Timóteo 4.14; 2 Timóteo 1.6).

Nas Escrituras Sagradas, o azeite simboliza o Espírito Santo. A unção envolvia uma consagração ou separação para o serviço. Era um ato religioso que estabelecia um relacionamento especial entre Deus e o rei, que servia como seu representante e líder do povo. Quando Samuel ungiu Saul como rei, Deus passou a ser com ele, mas a habilidade para governar bem, dependia da sua tomada de decisão neste sentido (versículo 7).

Jesus, como Rei do universo, subjuga a todos sob o seu governo, que provê libertação da opressão do pecado. Lucas (4.18,19) relata o comprimento da profecia de Isaías (61.1-2) na vida de Cristo. Jesus foi à sinagoga e diante das pessoas presentes leu em voz alta o texto escrito pelo profeta Isaías a respeito de sua vinda e missão. O texto diz que Deus ungiu a Jesus para evangelizar os pobres, libertar os cativos e apregoar o ano aceitável do Senhor, que era o Ano do Jubileu, o tempo que os judeus deveriam cancelar dívidas e libertar escravos (Levíticos 25.8-55).

O cristão tem a unção do Espírito e a mesma missão do Senhor (1 João 2.20). É necessário assumir a chamada de Deus e cumprir a vocação espiritual que há em nós (Efésios 1.5-8). Fazemos bem ao reconhecer a unção espiritual sobre nós e imitar a Cristo, no sentido de transformar o conteúdo de Isaías 61.1-2 na essência da nossa atividade cristã, pois Jesus disse "aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará" (João 14.12).

Alimentar-se da Palavra é o segredo para o sucesso espiritual: "Não cesse de falar deste Livro da Lei; pelo contrário, medite nele dia e noite, para que você tenha o cuidado de fazer segundo tudo o que nele está escrito; então você prosperará e será bem-sucedido" (Josué 1.8). 

III - O REI QUE O POVO ESCOLHEU

1. Uma escolha pautada na aparência? 

No princípio, o povo de Israel não entendeu bem o que significava ter um rei. Tanto o rei como o povo, deveriam viver debaixo da autoridade e do julgamento de Deus (1 Samuel 2.7-10).

A história de Israel demonstra que nosso desejo de imitar o mundo pode parecer justo, mas o resultado final é sempre desastroso. Os relatos registrados nos livros 1 e 2  Reis mostram que o sucesso de qualquer rei, e da nação israelita inteira, sempre dependia da medida de fidelidade à Lei de Deus; o fracasso dos reis sempre resultou em quedas sucessivas, e, por fim, arrastava os judeus ao cativeiro em territórios gentílicos.

Deus é quem escolhe a liderança de sua igreja, o cristão deve estar submisso nesta situação (Números 27.15-18; Mateus 9.38; Lucas 10.2). Em um mundo onde  todos estão  constantemente ocupados, a reclusão periódica para a oração é essencial durante a caminhada cristã, para todos os crentes (Lucas 5.16; Efésios 6.18). Para ser cristão autêntico é necessário assumir as mesmas posturas de Cristo. Na Galileia, quando Jesus olhou para a multidão sofrida, comparou o povo como ovelhas que não tinha pastor. Ele reuniu os doze discípulos e os fez saber que a liderança cristã deve ser escolhida tendo como base a oração, tal ensino foi transmitido com seu próprio exemplo, ao escolhê-los em oração e orientando-os a rogar a Deus sobre a necessidade de trazer trabalhadores para a seara (Lucas 6.12-14; Mateus 9.37,38).

2. Os direitos do novo rei.

O direito do reino foi estabelecido em Israel, havendo a exigência que o rei fosse um homem hebreu (Deuteronômio 17.14-15).

Apesar das advertências de Deus sobre haver um rei em Israel naquele tempo, o povo permaneceu com a ideia fixa sobre isso. O Senhor revelou a Samuel acerca das desvantagens do regime monárquico, e Samuel advertiu o povo  enumerando os privilégios e direitos do rei sobre os demais israelitas, descrevendo o abuso de poder sobre a vida, a produção e o trabalho dos cidadãos  (1 Samuel 8.10-18):
• recrutamento de rapazes e moças (versículo 11 a 13);
• alienação dos bens, a apropriação de servos e de animais (versículos 15 e 16);
• perda da liberdade individual (17 b). 
Fora do momento determinado por Deus, os israelitas buscavam um governo que propiciasse segurança, mas eram avisados por Samuel que, naquela circunstância o rei que deveria propiciar apenas bem-estar também provocaria opressão a ponto de chegar um momento quem eles clamariam por misericórdia, mas não seriam atendidos prontamente em seus clamores (versículo 18). Apesar dos pesares, os direitos de todo o povo, ricos e pobres, eram garantidos pelas leis de Deus.

3. O novo sistema político e o aspecto teológico.

Os cristãos devem saber se conduzir em relação à lei civil e à aliança que tem com Deus. É necessário aprender a relacionar-se de forma apropriada com as autoridades ordenadas por Deus. Saber tais princípios é uma parte importante da caminhada cristã, revela o nível da nossa maturidade espiritual.

Muitas vezes, a natureza pecaminosa que há em nós tenta sobrepôr nossa natureza renascida em Cristo. Por estar em constante  rebelião contra Deus, cria situações conflituosas de relacionamento com as autoridades constituídas. Precisamos de muito cuidado nesta questão, para não esquecer de usar a disciplina exposta na Palavra do Senhor, com vista a ter uma vida social calma e sossegada (1 Pedro 2.13-17).

Como crentes em Deus, é preciso entender que a sujeição que o Senhor pede de nós não tem como objetivo apenas evitar a punição, mas para nos manter em condições de influenciar a sociedade propagando a fé cristã em nossa geração.

Respeite as autoridades designadas por Deus, mas não dê mais honras a elas do que a Deus ou a sua Palavra. O cristão deve obedecer as leis civis, mas somente após constatar que não contrariam os ensinos das Escrituras Sagradas. Quando honramos mais as leis criadas pelos homens do que a lei de Cristo, quando damos maior valor ao governo humano, deixamos de honrar o Senhor dos senhores e praticamos idolatria.

CONCLUSÃO

A humanidade está ameaçada pelo maligno e escravizada pelo pecado. Jesus veio ao mundo para libertar o homem oprimido. Jesus trouxe o reino de Deus e a oportunidade de libertação às almas através do sacrifício vicário. É o reino de amor, de graça, de vida, de luz e salvação. Todo aquele que cumpre seus mandamentos faz parte da monarquia do Rei dos reis e Senhor dos senhores, foi salvo do cerco de Satanás e está livre do mal.

Se você deseja ser usado por Deus, o que vê como a fonte de seu grande sucesso? Confia demais em sua força humana ou duvida por causa de sua fraqueza humana? Lembre-se: não podemos perder de vista que o Pai, por meio da intermediação de Jesus, é quem governa a nossa vida, somente o poder de Deus pode fazer-nos realmente úteis ao serviço de seu reino, portanto, a nossa vontade e escolhas precisam sempre estar bem alinhadas com a vontade de Deus.

E.A.G.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Presidente Jair Bolsonaro e o ataque selvagem das hienas da sociedade brasileira


O vídeo de Jair Bolsonaro: o leão e as hienas da sociedade brasileira

Dorcas: um exemplo de bondade e amor

Eu "pilotava" a máquina de costura da minha quando criança. E você?


Dorcas (grego) e Tabita (aramaico ou hebraico) significam "gazela". É o nome de uma serva de Deus, costureira, cuja história encontra-se em Atos 9.36. Continue a ler mais sobre ela, acesse: A ressurreição de Dorcas.

Nota: Esta postagem foi reformulada em 15 de novembro de 2019, seu texto e imagem estão totalmente mudados. A intenção é manter o blog em sua linha editorial costumeiro, e assim continuar a atender bem aos interesses do leitor, que prestigia este trabalho. Contamos com seu apoio e compreensão.

Raquel: pastora de ovelhas e amada de Jacó



Para melhor atender aos leitores do blog Belverede, esta página é atualizada e o tema encontra-se em novo link. Raquel, a esposa muito amada de Jacó.

E.A.G.

Miriã: a profetisa que ainda criança ajudou a salvar o irmãozinho Moisés

Para melhor atender aos interesses do Leitor do blog Belverede, que nos prestigia e muitos os estimamos, o artigo que constava neste espaço teve atualização aprofundada e passou a estar em outra página. Confira-o: Miriã: a hebreia que ajudou sua mãe Joquebede a salvar o bebê Moisés.

E.A.G

Rute: a jovem ceifeira


Esta postagem foi atualizada em 21 de dezembro de 2019, com vista a fazer com que o blog Belverede se apresente melhor aos seus Leitores. O texto foi alterado completamente e a url do artigo mudou, seu link é o primeiro na próxima linha. Obrigado por sua compreensão e visita.


Sara: mãe de multidões

Nota do Editor de Belverede.

Obrigado por estar aqui. Temos o conteúdo atualizado em nova página, para melhor atender o interesse de todos. Ao clicar na linha logo abaixo, redirecionamos para o atualizado.


Ester: rainha fiel a Deus e disposta a morrer por sua fé e por seu povo

Hadassa é o nome judeu da rainha Ester, e ela é mencionada por este nome em Ester 2.7, "Mordecai tinha um primo chamado Hadassa, que ele tinha criado porque ela não tinha pai nem mãe. Esta jovem, que também era conhecida como Ester, tinha uma figura encantadora e era bela. Mordecai tinha-a tomado como sua própria filha quando o pai e a mãe dela morreram." 

Hadassa é uma forma feminina da palavra hebraica "hadas", que significa "murta", um arbusto perene comum com folhas sempre verdes e flores brancas, em forma de estrela. As flores da murta são usadas para perfumar, e as bagas para as pimenta-da-jamaica. A murta é referida simbolicamente na Bíblia como sinal de paz e bênção de Deus em passagens como Zacarias 1.11, em que o anjo do Senhor está entre as árvores da murta e diz: "Fomos por toda a terra e encontramos o mundo inteiro em repouso e em paz."

O nome de nascimento Ester "Hadassa" talvez também fosse simbólico, não só devido à sua beleza mas também porque o seu destino era obter paz e bênção para o povo de Deus na Pérsia. Os judeus no tempo de Ester estavam sob ameaça de genocídio por Hamã, um confidente próximo do rei Ahasuerus (Assuero). Hadassa entrou no palácio de Assuero (cujo nome grego era Xerxes) como uma futura concubina, mas Deus tinha planos maiores para a jovem mulher judia. 
Artigos relacionados:
O rei Assuero era conhecido pela sua bebida, banquetes luxuosos, temperamento áspero e apetite sexual. Em 483 a.C., após uma exibição de 180 dias das suas riquezas, esplendor e pompa, ele organizou um banquete maciço. Durante o entorpecimento da embriaguez, Assuero pediu que a sua esposa, a rainha Vasti, aparecesse perante o rei "a fim de mostrar a sua beleza ao povo e aos nobres, pois ela era encantadora de se ver" (Ester 1.11). Quando Vasti recusou, ela foi banida do reino.

Assuero nomeou oficiais em todas as províncias do seu reino para reunir todas as belas jovens virgens ao seu harém (Ester 2.3-4). Hadassa, ou seja, Ester, foi levada sob custódia pelo eunuco encarregado das mulheres, mas o seu primo Mordecai manteve-se atento a ela (Ester 2.11). Após dez meses, Ester foi levada perante o rei, e ele amava-a mais do que qualquer outra pessoa. Hadassa ganhou o favor do rei e tomou o lugar de Vasti como rainha (Ester 2.17).

Embora as circunstâncias iniciais de Hadassa parecessem servir os maus propósitos de um rei luxurioso, Deus usou a sua situação, posição e carácter para proteger o povo de Israel. Ester, com mansidão e humildade, confiou na soberania de Deus em cada ação, confiante de que a vontade divina seria feita em relação ao seu povo - independentemente das consequências para si própria. Sem qualquer preocupação pela sua segurança pessoal, Ester agiu como intercessora junto do rei em nome do seu povo, os israelitas (Ester 4.16), acabando por expor a conspiração maligna de Hamã e salvando os judeus da destruição.

Fonte:
Got Questions - https://www.gotquestions.org/Hadassah-in-the-Bible.html
Cassey Jones - http://adamselindesign.deviantart.com/art/Hadassah-444568103

Atualização: 5 de dezembro de 2021, às 07h01

Abigail: a mulher pacificadora


O conteúdo desta postagem foi reformatado, postamos o novo formato em outra página, pois só assim obtemos uma narrativa de URL nova, o que era situação necessária. 


Contamos com sua gentileza de acessar o link e conhecer o que produzimos. 

Deus o abençoe sempre. 

Cordialmente,
Editor do Belverede.

Débora: profetisa e juíza


Débora era dona de casa e foi escolhida para ser juíza. Ela foi a única mulher da Bíblia a ocupar um cargo político com excelência. Ela se definia como "mãe de Israel" e fazia de tudo para o bem da Nação (Juízes 4.4-16).

Mesmo sendo uma mulher importante para Israel, ela era submissa ao seu esposo Lapidote e nunca permitiu que sua posição de juíza e profetisa prejudicasse a posição de seu esposo como líder do lar. 

Débora era esposa, profeta, temente a Deus e líder militar. Traçou estratégias de batalha e conquistou muitas vitórias para Israel na época dos juízes. Foi a libertadora do povo hebreu em tempos de guerra contra os cananeus. 

Débora não era nenhum pouco prepotente. Ela se importava com o próximo e sempre dava conselhos e sugeria soluções para quem estava com problemas.

Ela é a prova de que uma mulher pode ser profissional, dona de casa, esposa e serva do Senhor ao mesmo tempo. 

Deus te abençoe.

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Créditos
Autoria e imagem Paulo Martins. Extraído de https://tinyurl.com/y4mzvnkv
O autor é pastor da Igreja Assembleia de Deus Madureira em Santo Antônio da Patrulha / RS. 

Hulda, a profetisa



O conteúdo desta postagem passou por edição, com o objetivo de melhor atender aos leitores.  Encontra-se neste blog, com o título Hulda, a profetisa da geração dos profetas Jeremias e Sofonias. Ao clicar sobre o título, você será direcionado ao novo texto.

Ana, a mãe de Samuel

Por Paulo Martins

Ana era era muito amada por Elcana, seu marido. Ela era uma mulher muito graciosa, amável e temente ao Senhor, porém ela era muito triste com o fato de ser estéril e porque Penina, a outra esposa de seu marido, buscava sempre a provocar porque ela tinha filhos e Ana não (1 Samuel 1.6). 

Certa vez, Penina a humilhou tanto que Ana acabou perdendo o apetite e começou a chorar muito. Mas mesmo após tanta humilhação, ela não contou o que Penina fazia para o seu marido e nem foi tirar satisfações com ela. Em vez disso, ela foi ao templo chorar aos pés de Deus e fez um voto dizendo: “Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.” (1 Samuel ‭1.11‬). 

Quando Ana orava ela estava sentindo amargura na alma e de seus lábios não saía som algum. Com isso, o sacerdote do templo chamado Eli, ao vê-la naquele estado a repreendeu, pois pensou que ela estivesse embriagada. Ana então explicou a Eli que na verdade ela não estava embriagada, mas sim atribulada de espírito e por isso estava ali derramando sua alma perante o Senhor (1 Samuel 1:15). Eli então percebeu a situação e a abençoou dizendo: “Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.” (1 Samuel ‭1.17‬).

A partir daí, o coração de Ana se acalmou, ela voltou a comer e seu semblante deixou de ser triste. Ana teve fé e creu que Deus havia entendido suas lágrimas e ouvido a sua oração (1 Samuel 1.18). Ela entregou seu sonho nas mãos de Deus e descansou. 

Ao voltar para casa, ela certamente contou para o seu marido o voto que ela havia feito a Deus, porque o marido podia anular qualquer voto que não tivesse seu consentimento (Números 30:10-16). Porém, Elcana amava muito Ana e, em vez de anular o voto que ela havia feito a Deus, ele optou adorar a Deus juntamente com Ana (1 Samuel 1.19).

O voto que Ana fez à Deus foi um voto muito forte. Ao dizer que ela daria seu filho a Deus todos os dias de sua vida, queria dizer que se ela viesse a conceber um filho, ele pertenceria totalmente a Deus. Seria como dizer: “Deus, dá-me a oportunidade de dar a luz para um filho que será seu, não meu”. Ela foi corajosa em fazer um voto tão forte assim e Deus certamente se agradou muito com a atitude de Ana. 

Desde então, a Bíblia deixou de citar o nome de Penina. Isso deu a entender que Penina, que vivia atormentando Ana, já não tinha mais importância porque Ana estava com o coração em paz e tinha entregue seus problemas totalmente nas mãos de Deus. Portanto, as provocações de Penina deixaram de fazer efeito na vida de Ana.

Deus atendeu o pedido de Ana e ela, finalmente, engravidou. Ao passar os meses, nasceu seu filho que chamou Samuel, que significa: Do Senhor pedi (1 Samuel 1.20). 

Ana não esqueceu do voto que tinha feito e por isso criou seu filho ao peito até desmamar. Então ela pegou seu filho desmamado, um novilho de três anos, um efa (aproximadamente 22 litros) de farinha e um odre (recipiente feito de pele de animal, geralmente de cabra, usado para o transporte de líquidos) de vinho e apresentou na Casa do Senhor. Ela foi até o Sacerdote Eli e o lembrou que ela era aquela mulher que tinha estado ali orando ao Senhor, mostrou seu filho e explicou que era por ele que ela estava orando. Ana também falou sobre o voto que fizera a Deus e que estava ali para entregar o seu filho. (1 Samuel 1.24-28) 

A despedida certamente não foi fácil, mas mesmo assim, Ana entregou seu filho com um coração totalmente grato a Deus, pois Ele havia a abençoado. Com isso, Ana orou e louvou a Deus de uma forma maravilhosa e sem igual e Samuel ficou ali, servindo ao Senhor, perante o Sacerdote Eli (1 Samuel 2.1-11).

Apesar de Samuel ter sido criado longe de sua mãe, ela jamais o esquecia e de ano em ano Ana fazia uma túnica e levava para ele, demonstrando todo o seu cuidado e amor (1 Samuel 2.19). Samuel foi muito abençoado por ter tido uma mãe assim e se tornou uma benção para Israel.

Deus muito se alegrou com a fidelidade de Ana e por isso a abençoou com mais três filhos e duas filhas. Ela poderia ter deixado a revolta dominar seu coração ou ficar se lamentando com a vida que levava, mas em vez disso ela optou por ir chorar para quem realmente poderia resolver os seus problemas e acalmar o seu coração. Ana certamente foi um grande exemplo de mulher.

Deus te abençoe.

E.A.G.
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Créditos
Autoria e imagem: Paulo Martins. Extraído de https://tinyurl.com/yyc2suhb
O autor é pastor da Igreja Assembleia de Deus Madureira em Santo Antônio da Patrulha / RS. 

sábado, 26 de outubro de 2019

Princípios da Primeira Epístola de João


Por Eliezer de Lira e Silva

A Primeira Epístola de João provavelmente foi escrita na última parte do primeiro século, por volta do ano 85 d. C. Os melhores historiadores informam que João, já em idade avançada, estava em plena atividade ministerial em Éfeso, na região da Ásia Menor, quando escreveu esta carta. Podemos notar algumas particularidades no estilo literário de João. Enquanto Paulo se dedica a fundamentar suas declarações e torná-las Compreensíveis aos seus leitores, João confronta seus leitores com verdades decisivas em sentenças breves e radicais, isto é, preto no branco, sem qualquer explicação mais dedicada. O leitor é conduzido a ler, considerar e aceitar as irrefutáveis palavras da revelação divina.

Quem lê as cartas de João se vê sedento por viver uma vida no centro da vontade de Deus e de forma muito simples. João foi enriquecido com o amor de Deus de uma forma tão distinta que foi e continua sendo considerado o apóstolo do amor, isso porque de todos, ele é o único que aborda o tema com profundidade e perícia, mesmo nos momentos de apresentar verdades contundentes.

O apóstolo estava sentindo a responsabilidade de defender a igreja dos ataques de homens que, se desviando da verdade (1 João 2.19 e 2 João 2.9), estavam tentando persuadi-la a se desviar do foco central do Evangelho, que é a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus. Esses passaram a profetizar falsamente, na tentativa de convencerem os remanescentes. João afirma que esses aliciadores, mesmo havendo saído da igreja, nunca pertenceram aos santos.

Esta carta tem realces de fundamental importância teológica:
• Quanto à humanidade de Jesus, ele fala do que viu, ouviu e tocou (1.1-4). Se João não nos desse tantos detalhes, estaríamos convivendo com uma cristologia inadequada, sem base e sem teto (2.18,22; 4.3; 2 João 2.7).
• No que tange à impecabilidade de Jesus, ele afirma que Jesus Cristo é o justo (l João 2.1; 10.30; 17.22). Afirma também que Ele se manifestou sem pecado para tirar os nossos pecados (1 João 3.5).
• Como Filho de Deus, Jesus mesmo disse "porque Deus enviou Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele" (Jo 3.17). Nesta carta, João aborda esse ponto 22 vezes (1 João 2.22,23; 3.23; 4.15; e 5,10,12,13 são alguns exemplos).
• Ele satura a sua carta com amor, por saber que Deus é, na sua essência, amor (1 João 3.1; 4.8,9,16; 5.3). João nos impele a amar a Deus e uns aos outros como princípio do cristianismo (1 João 3.16b; 4.7).

Um dos principais motivos desta carta é o seu zelo pela igreja, face à ousadia dos falsos mestres introduzirem inverdades acerca da divindade de Jesus, como fazia o gnosticismo.

O fundamento doutrinário de toda verdadeira comunhão é a pessoa de Jesus Cristo. E impossível haver verdadeira comunhão com os que têm perspectivas distorcidas acerca dEle. Os primeiros versículos desta carta enfatizam Sua eternidade e Sua encarnação. O mesmo que existiu desde toda a eternidade com Deus veio a este mundo como verdadeiro homem. A realidade de sua encarnação está autenticada pelo fato de os apóstolos O terem ouvido, visto e tocado nEle. Não se trata de uma ilusão, mas de uma pessoa real com todas as características de humano.

João apresenta Aquele que estava com o Pai, a quem denomina de Vida Eterna; o que se fez carne habitou entre nós e foi visto por todos os apóstolos. De maneira que, para que creiamos nesta verdade doutrinária, não necessitamos de filosofia nem mesmo da teologia; o incontestável testemunho dos nossos irmãos apóstolos é suficiente para que estejamos seguros disso. Os apóstolos não mantiveram essa maravilhosa experiência sigilosamente consigo, mas a transformaram em notícia alvissareira que gerou a base para a nossa comunhão. Observe que João diz que os que recebem esse testemunho têm comunhão com o Pai e corno Seu Filho Jesus Cristo.

Deus é luz

Em seu estilo João escreve de maneira simples, mas muito precisa e clara. Ele diz que Deus é espírito (João 4.24); depois diz que Deus é amor (1 João 4.16). Ele ainda afirma que Deus é luz. Ele consegue exprimir a essência do caráter de Deus quando diz que Ele é luz. Deus não é uma luz em meio a outras luzes; Ele não é um refletor de luz. Das afirmações acerca do Ser essencial de Deus, nenhuma é mais compreensiva do que Deus é luz. Essa expressão sobre Deus nas Santas Escrituras é primeiro empregada para a verdade de Deus que pode ser vista em Jesus (João 14.6; 8.12). Trata-se da verdade absoluta e única que faz o homem vir a Deus, assim como a luz faz o homem seguir para a Eternidade (Salmos 119.105). A auto revelação de Deus, sua Palavra, também é descrita como luz (Provérbios 6.23; Salmos 119.105,130; 2 Pedro 1.19). Segundo, a palavra luz é empregada para identificar a pureza de Jesus, isto é, a sua impecabilidade, para manifestar a pureza e a beleza do seu caráter. Em sua inspiração, ele identifica Cristo Jesus na perspectiva de sua natureza divina, apresentando-O como luz na magnitude da excelência do ser moral (João 8.35). Só em Jesus vemos a luz eterna de Deus. Do momento do seu nascimento até a sua ressurreição, a vida de Jesus foi cheia da luz de Deus. Quem viu a Jesus viu o Pai (João 14.9).

Os fundamentos da fé cristã e a perfeita comunhão com o Pai

As trevas representam o estado no qual o mundo e o homem sem Deus se encontram. Elas se caracterizam pelas ações pecaminosas do homem, resultantes da desobediência de Adão (Gênesis 3.6). Essa desobediência no Éden causou este estado de trevas. Foi na plenitude dessas trevas que Deus enviou o seu Filho (João 3.16).

Assim, andar na luz (1 João 1.7) significa viver uma vida de separação permanente das ações pecaminosas. Do cristão se espera uma vida de alegria, de segurança, um homem de vida irrepreensível em todas as esferas de sua vida e em toda e qualquer circunstância (2 Reis 4.9; Jeremias 17.7,8; Eclesiastes 9.8). Ele se tornou membro da família de Deus (Efésios 2.19 e Lucas 8.21), participante da plenitude de Deus e de suas bênçãos (Efésios 3.19; 1.3), participante da natureza de Cristo de modo que se espera que suas atitudes expressem retidão (João 15.4 e Mateus 5.48), bondade (Lucas 10.25-37) e justiça (Romanos 6.18-22). Enquanto os homens pecadores evitam a luz (João 3.19,20), Jesus responsabiliza os salvos a tornarem evidente a sua luz para que o Pai seja glorificado por meio das suas atitudes (Mateus 5.14,15).

Deus é amor

Uma das mais importantes marcas da vida do cristão é o amor aos irmãos. O Senhor Jesus já havia falado a seus discípulos para se amarem uns aos outros, desde o principio do seu ministério terreno. O escritor da Epístola aos Hebreus nos alerta dizendo que convém atentarmos para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas (Hebreus 2.1). Mas, esse mandamento do amor não é só um mandamento antigo, mas a cada dia novo. Quando o Senhor Jesus esteve neste mundo exercendo o seu ministério, não só ensinou aos seus discípulos com teorias, mas também com seu exemplo vivo e o seu significado: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15. A vida de Jesus sempre se caracterizou pelo amor que tem pelo ser humano. Essa verdade não só existe no Ser de Jesus, mas também na vida daqueles que receberam de Deus uma nova natureza (2 Coríntios 5.17).

Professar o cristianismo ao mesmo tempo que aborrece os irmãos é um sinal patente que tal pessoa está em trevas. Essa expressão joanina não aponta para uma recaída, mas, sim, identifica alguém que até agora não conheceu a Deus. Logo, ainda está em trevas. Por outro lado, o que ama a seu irmão, nele não há tropeço.

Quem não ama, odeia; e o ódio é um pecado mais grave do que o suicídio (Marcos 9.42). Os que assim procedem estão em trevas, andam em trevas e não sabem para onde, vão porque as trevas cegaram-lhe os olhos (1 João 2.11).

João saúda a igreja na perspectiva de uma grande família com a expressão "filhinhos". Conquanto alguns teólogos admitem que ele estava se dirigindo às criancinhas da igreja, outro são mais coerentes em afirmar que se trata de um tratamento carinhoso destinado aos irmãos recém-conversos, isto é, àqueles que tendo aceitado a Cristo ainda não alcançaram a estatura esperada. Esta é uma verdade que pode se aplicar a todos os santos. Depois, ele se dirige àqueles que chegaram ao conhecimento dAquele que é desde o princípio, isto é, o Filho de Deus. Trata-se dos que atingiram a maturidade e conhecem a doce comunhão de Cristo, com quem estão satisfeitos. Em seguida, se dirige aos jovens, cuja característica é a força que deve ser aplicada ao combate. Lembrando que é neste período que vem o conflito, as lutas com o inimigo das nossas almas se intensifica. Observe que ele reputa os jovens como vencedores. Isso nos remete à responsabilidade de investirmos considerações e credibilidade nesta faixa etária da igreja, sabendo que dela sairá todos os valores de que ela necessita.

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Eliezer de Lira e Silva é pastor na Assembleia de Deus em Curitiba (PR), conferencista e  comentarista da revista Lições Bíblicas (CPAD).

Ensinador Cristão. Ano 10, número 39. Julho a agosto de 2019. Páginas 14 a 16. Bangu, Rio de Janeiro/RJ (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - CPAD).

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

É tempo de ler, viver e compartilhar a Bíblia Sagrada


Por Erní Walter Seibert

Eu tinha 12 anos quando ganhei minha primeira Bíblia. Na casa de meus pais, havia uma Bíblia antiga, escrita em alemão gótico. Eram letras que, na época, eu não conseguia ler. Meus pais liam essa Bíblia todos os dias com a família, depois do jantar. Era o momento do culto doméstico. Este hábito de leitura diária da Bíblia me estimulou a querer ter o meu exemplar. Mas, até 12 anos, eu não tinha o meu próprio exemplar. Já estava no que era chamado ginásio, quando um colega de escola me perguntou: "Você quer uma Bíblia?" Chegou uma doação de livros usados e tem uma Bíblia." Essa foi a primeira Bíblia que tive. Lembro que tinha uma capa verde.

O desafio seguinte era ler a Bíblia. Comecei em Gênesis. Achei muito interessante a história da criação, da queda por causa do pecado, Caim e Abel, Abraão. Mas quando cheguei a Levíticos, a leitura não me atraiu mais. Quando me dei conta, havia parado de ler. Comecei, então, a ler o Novo Testamento. Os evangelhos e as epístolas me atraíram muito. Mas Apocalipse era muito difícil. Assim começou minha experiência de vida com a Bíblia. Esta é a experiência de muitas pessoas. Até hoje, leio a Bíblia e com ela aprendo muito.

Viver a Bíblia e aplicar seus ensinamentos na vida é um desafio diário. Confiar em Deus sobre todas as coisas. Amar o próximo como a si mesmo. Todos estes e muitos outros ensinamentos bíblicos são orientações seguras para a vida. Quando se começa a ler e viver a Bíblia, simultânea mente, se começa a compartilhar seus ensinamentos. O cristão torna-se um distribuidor da Bíblia, seja doando bíblias para as pessoas, seja dando testemunho de sua fé pela sua maneira de agir.

É tempo de ler, viver e compartilhar a Bíblia Sagrada. Esse este lema é, na prática, uma campanha. Não convém que as pessoas apenas tenham a Bíblia. Ter a Bíblia é necessário, para que as pessoas a leiram. Ler a Bíblia é necessário para que as pessoas vivam seus ensinamentos. Vivendo seus ensinamentos, as pessoas passam a compartilhar a Bíblia com o seu próximo.

Você também tem a sua a história de relacionamento com a Bíblia. Se você está lendo este artigo, possivelmente tem uma Bíblia. Acredito que também lê, vive e compartilha a Bíblia Sagrada. Se você faz isso, está incluído no lema. Se não está incluído, procure ler as Escrituras Sagradas. Você não vai se arrepender de fazer isso. E terá o benefício da Palavra de Deus em sua vida.

E.A.G.

O autor deste artigo é diretor executivo da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).
Fonte: Ceifeiros. Ano 20. Número 250. Agosto de 2019.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Quando Jonas disse "não" a Deus


Como indicado em 2 Reis 14.25, Jonas era filho de Amitai e um nativo de Gate-Hefer, um vilarejo situado a 5 km em direção ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom. Profetizando durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele foi um forte nacionalista que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel através dos anos. Jonas é indicado como o autor do livro que leva seu nome, que teria sido escrito por volta de 760 a.C. ou após 612 a.C.; a narrativa aborda a compaixão de Deus por todos os seres humanos e remete ao arrependimento e preparo ministerial dos servos do Senhor. 

A trajetória do profeta é bem conhecida por todos nós. A maneira pela qual ele tentou "fugir" da missão a ele confiada pelo Senhor, o terror do profeta quado se deu conta de que estava no ventre de um enorme peixe e o seu livramento. Mas a sua desobediência foi o fator que o conduziu a esta situação tão terrível.

O texto bíblico não deixa dúvida. " A palavra do SENHOR veio a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levante-se, vá à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença. Jonas se levantou, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis. Desceu a Jope, e encontrou um navio que ia para Társis. Pagou a passagem e embarcou no navio, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e levantou-se uma tempestade tão violenta, que parecia que o navio estava a ponto de se despedaçar" (Jonas 1.1-4).

A narrativa prossegue e revela um panorama desesperador. Os passageiros e a tripulação corriam risco de vida: a iminência de um naufrágio avizinhava-se rapidamente. Entretanto, em meio àquele caos, os tripulantes descobrem o profeta que logo é convocado para clamar a Deus em busca de misericórdia. A tempestade amainou, logo os marinheiros decidiram lançar sortes para saber a causa de tão cruel tempestade.

Os tripulantes o interpelaram: "Agora nos diga: 'Quem é o culpado por este mal que nos aconteceu? Qual é a sua ocupação? De onde você vem? Qual a sua terra? E de que povo você é?' Jonas respondeu: 'Eu sou hebreu e temo o SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra?'  Então os homens ficaram com muito medo e lhe perguntaram: 'O que é isso que você fez?' Pois aqueles homens sabiam que Jonas estava fugindo da presença do SENHOR, porque ele lhes havia contado (Jonas 1.7-10).

O texto é muito ilustrativo e esclarecedor. Jonas se conhecia e o Senhor também. O Senhor destacou o profeta fujão para realizar uma missão de impacto. Jonas estava identificado com aquela missão. Caso contrário, Deus não o escolheria, até porque leviandade não faz parte do caráter divino, e certamente não indicaria alguém incapaz, sem as características necessárias  para o cumprimento da tarefa.

O Criador conhece a nossa capacidade e nossas limitações. O Senhor analisa todos os pormenores e, então, convoca o mensageiro. Ele implanta no coração de seu servo a identificação com a sua vontade e, em parceria, Deus e homem trabalham juntos para fazer com que a missão avance vitoriosamente.

Mesmo quando Deus permanece "calado", Ele não está inerte. Mesmo assim, diversas vezes nós rejeitamos o seu chamado. Dessa forma, colhemos os frutos de nossa desobediência.

O profeta Ezequiel deixou registrado em seu livro no capítulo 33 e versículos de 7 a 9 a seguinte mensagem: "Quanto a você, filho do homem, eu o constituí por atalaia sobre a casa de Israel. Portanto, você ouvirá a palavra da minha boca e lhes dará aviso da minha parte. Se eu disser ao ímpio que ele certamente morrerá, e você não falar, para advertir o ímpio do seu mau caminho, esse ímpio morrerá na sua maldade, mas você será responsável pela morte dele. Mas, se você falar ao ímpio, para o avisar do seu mau caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, esse ímpio morrerá na sua maldade, mas você terá salvo a sua vida." 

Os dois profetas, Jonas e Ezequiel, estavam identificados com seus respectivos ministérios. O povo hebreu identificava-os como profetas de Deus e deveriam agir como tal. A desobediência gera crise de identidade. Senhor e servo, cada qual é responsável em suas missões. A identificação entre os dois promoverá o êxito da operação. Devemos observar que a rejeição de Jonas quanto á tarefa outorgada por seu Senhor, refletiu o desprezo aos atributos que o identificavam com o seu Deus.

O Senhor desejava transformar o povo de Nínive, e o escolhido para realizar a missão foi o profeta Jonas. Tratava-se de uma honra tal distinção. Mas o profeta não analisou sob este aspecto. Simplesmente desprezou o poder de Deus sobre a criação e valorizou mais a crueldade praticada pelos ninivitas. Então, decidiu fugir.

Que tipo de atitude é esta? Por que Gideão temeu ir aos encontro dos midianitas opressores somente com 300 soldados? Ele desejava combater com os 32 mil homens à sua disposição. Todavia, Deus permitiu somente 300. E assim mesmo, divididos em três colunas de 100, munidos de trombetas, cântaros vazios e tochas. Gideão venceu os midianitas (Juízes 7.1-25). Gideão manifestou medo e insegurança, os mesmos sentimentos que acometera a Jonas. posteriormente, concordou em agir como Deus lhe falara. Jonas, de igual modo, arrependeu-se e aceitou aquele desafio, o que resultou em um quebrantamento total na cidade de Nínive.

A Igreja tem seu papel a desempenhar. O clamor da humanidade ecoa pela Terra. A estrutura política e econômica é ineficaz para preencher o interior do homem. Frustrações e questionamentos são constantes no cotidiano das nações. A ação restauradora deverá ser coordenada pela Igreja. A ela foi outorgada a incumbência.

A Igreja é a coluna e firmeza da verdade. Ela traz consigo a "pedra da esquina", a "pedra angular", que combate e aniquila todo o sistema escravizador do homem, seja de origem humana ou celestial: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais" (Efésios 6.12). 

O comportamento de Jonas provocou uma crise naquela embarcação. Ele identificou-se como hebreu e seguidor do Deus vivo. Até aquele momento conseguira camuflar a sua identidade e provocado toda aquela balbúrdia. Quando assume a sua responsabilizar e orienta os tripulantes como proceder, a situação volta ao normal. De igual forma, quando a Igreja prima por sua identidade junto ao seu público-alvo, ela estabelece padrões de atuação no âmbito local, nacional e mundial, que consolidarão sua existência, trazendo reconhecimento e colheita dos frutos do seu trabalho.

Com firmeza em sua caminhada, estabelece procedimentos de conduta, de abordagem, de manifestações diversas, as quais desviarão, com toda a certeza possíveis crises de comportamento, pois a Igreja sabe quem é, quem a constituiu e a comissionou para atender aos reclames da Grande Comissão.

Não há meio termo, nem acomodações. Sua estrutura espiritual será consolidada. Seu avanço estratégico proporcionará maior capilaridade junto às comunidades e, assim, adentrará no comnbate pela busca do pecador perdido. Seu agir criterioso se anteporá a possíveis crises de omissão e acomodação, pois antes de tudo, a Igreja, sabe quem é, o que tem para fazer e o que lhe aguarda. Seu iminente rapto para uma eternidade de gozo com seu amado noivo. Que assim seja".

E.A.G.

Fonte:
Bíblia de Estudo Plenitude. página 885. Edição 2001. Sociedade Bíblica do Brasil / SBB.
Quando Jonas disse "não" a Deus. Artigo de Pedro Tadeu de Souza Maia. Extraído de A Seara, ano 15, número 56, janeiro a fevereiro de 2017. Casa Publicadora das Assembleias de Deus / CPAD. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Ananias e Safira e a mentira ao Espírito Santo


Por Eliseu Antonio Gomes

É comum encontrar alguns cristãos manifestando o desejo de ter nascido na época da Igreja Primitiva. Talvez, tal ideia esteja baseada na impressão errada de que a geração apostólica fosse melhor do esta em que estamos vivendo, no engano que os crentes do passado não viviam entre problemas como estamos envolvidos hoje.

Pensar que na Igreja Primitiva havia convívio perfeito entre os irmãos, pode ter fundamento em textos bíblicos isolados, na leitura de trecho fora do contexto. Por exemplo a narrativa de Lucas descrevendo como os novos convertidos tiveram uma bela convivência. Atos dos Apóstolos, capítulo 2.42 a 47, relata o seguinte:

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos" (NAA).

Atos 4.32 tem a seguinte descrição sobre a comunidade cristã contemporânea dos apóstolos: "Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum" (NAA).

Se ficarmos com a atenção focada apenas neste cenário ideal, faz todo sentido acreditar que sempre houve um ambiente agradável na fraternidade cristã do primeiro século. Mas o livro Atos dos Apóstolos é composto de 28 capítulos, aborda outras situações além da inicial, dando um relatório mais amplo daquela realidade, mostrando que os primeiros cristãos eram tão imperfeitos como são os cristãos nascidos nos séculos 20 e 21.

Os fatos registrados na Bíblia mostras pontos altos e baixos da conduta humana, as fraquezas e quedas revelam o poder e a misericórdia do Altíssimo sobre todos que reconhecem o Salvador Jesus Cristo como Senhor. O objetivo das Escrituras Sagradas ao expor a verdade da primeira era cristã é impedir que o inimigo da alma humana encontre estratégias eficazes para desanimar os salvos e desapontá-los com a busca vã de tentar encontrar a salvação por méritos próprios.

Vejamos uma passagem importante sobre este tema:

O casal Ananias e Safira.

"Entretanto, certo homem chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, mas reteve uma parte do dinheiro. E Safira estava ciente disso. Levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. Então Pedro disse: Ananias, por que você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, para que você mentisse ao Espírito Santo, retendo parte do valor do campo?" - Atos 5.1-3.

Ananias era uma pessoa que viveu durante o tempo dos apóstolos e possivelmente tenha visto a Jesus Cristo durante sua itinerância anunciando o Evangelho, curando enfermos e libertando os cativos de Satanás. O texto bíblico que conta o seu comportamento e punição, provavelmente pode ter ocorrido em data aproximada ao Pentecoste, quando o Espírito Santo batizou os crentes de então, pois os primeiros fiéis ainda estavam concentrados em Jerusalém e arredores.

Havia ali gente convertida que era dona de posses materiais e disposta a oferecer sua propriedade para favorecer os crentes pobres.

Neste ambiente fraternal de generosidade, Ananias e Safira, eram membros da Igreja Primitiva, deviam ter descido às águas batismais e podem ter experimentado o batismo no Espírito Santo. Contudo, desejosos de fixar no senso comum daquela sociedade o pensamento de que ambos eram pessoas desprendidas de bens materiais, tomados pela falta temor ao Senhor, cometeram o pecado contra Deus.

Não nos passa desapercebido que no começo da história da humanidade o diabo tentou Eva e ela, juntamente com Adão, cedeu ao pecado; e no começo da história da igreja a serpente atacou outro casal e atingiu o seu objetivo outra vez.

Aquele que usa de engano não ficará na casa do Senhor.

Esse pecado desconsidera o propósito do sofrimento e da morte de Cristo e revela falta de temor ao Senhor, ausência de respeito e honra ao Espírito Santo (Efésios 1.4, Hebreus 13.12). Assim sendo, o Senhor repudia a todos que se beneficiam da duplicidade de sentidos, para confundir o semelhante, não se apraz da conduta de quem age fraudulentamente (Salmos 101.7). E por este motivo, Deus feriu com severidade a Ananias e Safira, manifestando sua aversão ao engano, mentira e desonestidade (Atos 5.10-11)

Rejeitemos a mentira. 

A pessoa que se converte, renasce do Espírito para ter um novo estilo de vida. Ela não apenas se "reveste" uma vez, mas é conclamada a se "revestir" a cada dia na prática como cristã. É preciso despojar-se dos hábitos do velho homem, daquilo que fazíamos antes de aceitar a Cristo e ter disposição para revestir-se do novo homem, que é submeter-se voluntariamente ao que Cristo indica como novo jeito de viver.

Da mesma maneira como se trocam roupas sujas por limpas, assim também o cristão é instruído pelo Espírito a renunciar diariamente aos hábitos maus e viver de acordo com as regras do reino de Deus (Gálatas 3.27; Efésios 4.24-25; Colossenses 3.9-10. 12-14).

Tal troca de roupas, remete-nos à armadura do soldado, apresentada em Efésios 6.10-17: é necessário estar cingido com a verdade, protegido com a couraça da justiça, estar com os pés calçados com o Evangelho da paz, sempre embraçado com o escudo da fé, protegido com o capacete da salvação e ter firme na mão a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

Conclusão.

Tenha sempre em viva lembrança que Deus se agrada daqueles que possuem coração sincero. É preciso perseverar em seguir os mandamentos do Senhor e ser um servo íntegro e com coração voluntário ao realizar a sua vontade, pois Ele esquadrinha o coração humano (1 Crônica 28.7-9). É importante estar consciente que tudo vem do Senhor; dEle recebemos e a Ele devolvemos tudo que nos tem dado (1 Crônicas 28.7-9, 17; 29.1). Como seres criados, tudo o que temos e somos vem do Pai, e não há nada que possamos fazer para retribuir por seu imenso amor e infinita bondade. Resta-nos adorar ao Altíssimo com coração sincero.

E.A.G.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

O bode - frequentadores de igrejas que são falsos cristãos

A cabra, fêmea do bode. No reino animal a espécie é encontrada selvagem e
também domesticada.

"E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda - Mateus 25.32,33.

A Bíblia Sagrada mostra que Deus faz diferença entre os que servem a Ele e os que não o servem (Malaquias 3.18). 

Enquanto a ovelha simboliza o estado humilde e disposto à obediência do cristão convertido a Cristo,  a natureza do bode é a tipificação que caracteriza o perfil do religioso que não se converte ao Senhor, mesmo que viva sua vida inteira fazendo parte da religião. O bode é símbolo do crente rebelde, representa aquele que tem aparência de santidade, quem vive em constante rebeldia contra Deus, sinaliza a existência de pessoas religiosas que se fazem constantemente presentes no ambiente de culto porém, são falsos cristãos. 

No coração deles existe a falsa humildade, na há disposição à obediência, apenas o espírito da rebeldia. Eles assistem aos cultos, mas não cultuam a Deus porque não são ovelhas de Cristo. Escutam a mensagem entregue no púlpito e não aceitam conselhos do pastor, porque não estão dispostos a respeitar lideranças eclesiásticas. Ficam enraivecidos ao serem orientados, pois pensam que sabem tudo, não precisam aprender mais nada. 

Não são úteis ao ministério da igreja. Criticam a própria igreja que os acolhe. Não contribuem com a obra do Senhor financeiramente. Não evangelizam. Não ajudam a igreja com sua mão de obra na realização de seus propósitos evangelísticos.

Apesar de haver condições, não socorrem seus semelhantes necessitados. Pelo contrário,  ferem o rebanho que está enfraquecido para de algum modo tirar proveito e atingir objetivos egoístas.

São pessoas de ânimo instável. Quando contrariados. criam calúnias, agem de maneira antiética contra a boa reputação alheia. São indivíduos dissolutos, de mau gênio, temperamento dissimulado, convivência difícil, causadoras de problemas e grande frustrações. Estão acostumados a viver em dissensões. 

A descrição do caráter ruim do falso cristão é maior do que os detalhes expostos aqui.  O Senhor Jesus conhece os seus. No juízo final, separará as ovelhas dos bodes. As ovelha Ele porá à sua direita e os bodes à sua esquerda. O destino dos crentes fiéis será o Céu e dos falsos crentes a condenação eterna. "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; e irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna" - Mateus 25.41.

Conteúdo adaptado ao blog Belverede. Concepção original de Gilmar Oliveira. https://www.facebook.com/gilmar.oliveira.758399

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Para onde foi o dinheiro do BNDS durante os governos Lula e Dilma?

Para onde foi  o dinheiro do BNDS durante os governos Lula e Dilma?

Os pagadores de impostos têm o direito de saber, e se possível recuperar, tudo o que não foi usado para o progresso do Brasil. Destino impróprio de impostos:

• Angola: 16,3 bilhões 2
• Venezuela: 13,8 bilhões 
• República. Dominicana: 10,7 bilhões
• Argentina: 8,5 bilhões 
• Cuba: 3,5 bilhões 


Esta soma de dinheiro poderia ter sido usada para melhorar a Saúde, Educação, Segurança etc. Mas foi extraviado ao estrangeiro, com a finalidade de fortalecer políticas ideológicas esquerdistas.

Ainda assim, alguns cogitam em tirar o Lula da cadeia. Eles deveriam é pensar  e empreender todos os os esforços para prender a Dilma, para nunca mais corrermos o risco dela tentar se eleger para qualquer cargo público e repetir este crime!

Pérgamo o trono de Satanás e o Natal

Por Abraão de Almeida

O último Livro da Bíblia afirma o seguinte acerca da Babilônia: "Pois todas as nações beberam do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria" (Apocalipse 18.3). É notável, entretanto, que o Senhor Jesus na Sua revelação a João, na Ilha de Patmos, tenha citado a cidade de Pérgamo (Apocalipse 2.13,13) como o trono de Satanás, não Babilônia. Por quê?.

É preciso buscar as respostas nos rastros dessas duas cidades, Pérgamo, a mais famosa cidade da Mísia, estava situada no vale do rio Caico, a 30 quilômetros do Mar Egeu, o que lhe conferia grande importância comercial e espiritual. Havia sido uma cidade-estado grega, doada ao Império Romano em 133 a.C. por Atallus III. A celebre cidade possuía a segunda mais importante biblioteca do mundo, com 200 mil volumes, os quais foram levados depois para Alexandria.

Quanto ao aspecto religioso, Pérgamo era considerada, segundo uma lenda, cidade natal do deus Júpiter. Sob o domínio dos reis atálacos, a cidade se encheu de templos, colégios e palácios reais. Um dos principais monumentos era o templo dedicado ao deus Esculápio, representado por uma serpente.

Estavam ainda sediados em Pérgamo quatro dos maiores cultos aos deuses gregos: Zeus, Atená, Dionísio e Asclépio, cujos templos possuíam majestosa beleza arquitetônica. A cidade tinha também uma antiga forma de adoração ao diabo e um antigo culto babilônico (o culto dos magos), além de ser um centro de propagação do famigerado culto ao imperador.

Antes de o apóstolo João escrever o Livro de Apocalipse, Antipas morreu como mártir em Pérgamo.

A influência de Babilônia na transformação de Pérgamo  em "trono de Satanás" e, mais tarde, na transformação de Roma em assento da "grande prostituta" (Apocalipse 17.1), remonta ao ano 487 a.C. Naquele tempo, pelo fato de Artaxerxes haver tomado Babilônia, a hierarquia religiosa daquela cidade se transferiu para Pérgamo.

De Pérgamo, o supremo pontífice da Ordem babilônica legou como herança, por lei, toda a sua autoridade e domínio à hierarquia babilônica de Roma, e, assim, os Césares se tornaram pontífices máximos e soberanos dessa organização idólatra. Esses imperadores ostentavam tais títulos, com todas as cerimônias, ritos e dignidades, mesmo depois de nominalmente convertidos ao cristianismo.

O primeiro imperador romano a receber tal autoridade foi Julio César, o qual foi eleito pontífice em 63 a.C., o qual foi eleito pontífice em 63 a.C. De Julio César a Graciano, todos os imperadores exerceram a autoridade babilônica, porém, este último, em 376 d.C., considerou que não convinha a um cristão ser pontífice da ímpia e idólatra Babilônia, por isso renunciou ao título.

Não havia naquela época, tribunal que julgasse os pagãos, por isso seguiu-se a confusão. Então, a autoridade da Babilônia foi outorgada ao bispo de Roma, Dâmaso, no ano 378 d.C., e colocada sobre ele, que se tornou pontífice máximo. Dessa maneira, concluímos que o poder papal realmente advém da Babilônia - do diabo.

No rastro da paganização - O caminho para a paganização do cristianismo romano, aberto da maneira como mencionamos, foi iniciada no início do século 4, quando o Papa Silvestre, falecido em 335 d.C., adotou a mitra dos sacerdotes pagãos, a qual aparece nos mais remotos monumentos assírios e egípcios, e era usada como símbolo de autoridade pelos egípcios, assírios, hindus e medos. A mesma mitra era usada na Pérsia pelas autoridades eclesiásticas.

No ano 381, surgiu o decreto da adoração a virgem Maria, que, de maneira alguma, honra de maneira alguma a bem-aventurada mãe do Salvador, porque tal adoração se inspirava nos mistérios babilônicos. Acompanhando essa heresia, a qual, mais tarde, ficou conhecida como mariolatria, várias outras foram admitidas no seio da Igreja de Roma, como a adoção de rezas Ave-Maria e Pai-Nosso, que surgiram pro volta do século II e, a partir de 1326, tornaram-se rezas comuns entre os católicos.

Natal: nascimento do Sol? - Não foi apenas a mariolatria introduzida pelo catolicismo. O cristianismo originário de Roma avançou tanto na sua tentativa de cristianizar o Natal babilônico, que consagrou até mesmo o pinheiro como símbolo natalino, não desconhecendo, por certo, que era esta a árvore preferida de Tamuz. Segundo algumas autoridades no assunto, a Bíblia se refere à celebração do Natal pagão quando afirma: "Porque os costumes dos povos são vaidade. Cortam uma árvore do bosque, e um artífice a trabalha com o machado. 4 Com prata e ouro a enfeitam, com pregos e martelos a fixam, para que não caia" (Jeremias 10.3,4).

Outro aspecto pagão do Natal é a data de 25 de dezembro, rejeitada por muitos especialistas em História e Cronologia bíblicas. Embora seja de importância capital por marcar o início oda era cristã, a data do nascimento de Jesus ainda não foi satisfatoriamente definida. Assim, o nascimento de Jesus foi comemorado no dia 20 de maio no Egito e na Palestina, até o século 3, e, em outros lugares, no dia 6 de janeiro ou no dia 25 de dezembro ou 28 de março.

O imperador Aureliano estabeleceu, em 275, a comemoração obrigatória da natividade do Sol invicto no dia 25 de dezembro, data que foi adotada pela Igreja Romana a partir do ano 336 para a comemoração do nascimento de Jesus, com reação ao paganismo.

O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philocalus (354). No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a ideia de festejar o nascimento de Cristo "como se ele fosse um faraó".

A data atual foi fixada no ano 440, a fim de cristianizar grandes festas pagãos realizadas neste dia: a festa mitraica (religião persa, rival do cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o Natalis invicti Solis (Nascimento do vitorioso Sol), e várias outras festividades decorrentes do solstício do inverno, como a saturnália em Roma e os cultos solares entre os celtas e os germânicos.

Segundo alguns conhecedores do assunto, o nascimento de Jesus teria ocorrido, provavelmente, entre a segunda metade de março e as primeira metade de abril, quando faz calor na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa imperial de realizar o alistamento. Reforça esse argumento o fato de pastores estarem no campo, na noite de Natal. É possível que, devido ao calor, os rebanhos permanecessem no curral durante o dia, á sombra, e fossem apascentados à noite.

E.A.G.

Abraão de Almeida é pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol.
Fonte: Graça. Página 35. Dezembro de 2000.

domingo, 20 de outubro de 2019

A Degeneração da Liderança Sacerdotal


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

A vida cristã é uma trajetória de adversidades e tentações às práticas do pecado. É necessário fazer todos os esforços possíveis para evitar pecar. Em todo tempo somos atraídos às concupiscências da carne, dos olhos e pela soberba dessa vida. Com o objetivo de não ceder ao erro, é preciso viver em submissão à orientação da Palavra de Deus.

I - A DEGENERAÇÃO DOS FILHOS DE ELI

1. Quando não valorizamos o que Deus nos deu.

O missionário N. Lawrense Olson, como comentarista da revista Lições Bíblicas do primeiro semestre de 1970 (naquela época não havia a publicação trimestral), na lição número 4, cujo título é “Atitudes que se deve tomar para com o mundo”, nas páginas 18 e 19 faz uma reflexão muito interessante, que passo a relatar sem me ater ao seu estilo de plano sintático à escrita: 

Certa vez, um rapaz ficou incumbido de cuidar de um cavalo que pastava no campo. Em determinado momento ele sentiu cansaço e, incoerentemente, amarrou a corda do cabresto no próprio braço e deitou-se na relva para uma soneca; depois de algum tempo em que cochilava, o animal pôs-se a correr em grande velocidade. Durante a disparada o pobre garoto foi arrastado por muitos metros e só se viu livre quando o seu braço foi arrancado de seu corpo.

É necessário que o crente, da mesma maneira que tomou a atitude contra o pecado em sua vida, aceitando a purificação e a justificação de seus delitos, tome também atitude semelhante para com o mundo e suas sutis tentações. Devemos ocupar a mente com pensamentos lá de cima (Colossenses 3.1-4). Paulo instruiu os coríntios a não permanecerem preocupados com as coisas transitórias dessa vida, pois o tempo se abrevia. Estamos caminhando para o céu, não é conveniente apegar-se ao peso inútil que nos atrapalhe e arraste para longe da vontade de Deus (1 Coríntios 7.29-30).

2. Fazendo um troca.

O cristão precisa manter sua atenção voltada para coisas edificantes. Não ceder à concupiscência da carne, dos olhos e à soberba da vida (1 João 2.16). A licenciosidade da natureza carnal é capaz de atrair e vencer o crente por pensamentos e indução aos atos pecaminosos.

A concupiscência dos olhos nos remete para mais além da capacidade de enxergar o mundo físico, tem a ver com envolver-se em planos fora da vontade de Deus, atrelar-se em negócios não compatíveis com a vida cristã e distrair-se com a cultura da sociedade que não está em acordo com a vontade do Senhor. Por falta de vigilância, muitos se deixam influenciar por coisas que o mundanismo mostra e se esquecem do hábito diário de dedicação aos momentos devocionais e se afastam de ambientes em que se cultua a Deus.

Para dizer sobre o desejo de querer ser alguém maior do que é na realidade, o apóstolo João usa a terminologia “soberba da vida”. Infelizmente, viver em função de possuir fama, prestígio e fortuna tem sido “a corda do cabresto atada ao cavalo e ao braço” de muitos cristãos na atualidade. Não basta um veículo que responda às necessidades de locomoção, querem o último modelo que está na praça; há uma quantidade suficiente de mudas de roupas no armário, mas sente a necessidade de desfilar com o modelo que os estilistas sugerem para a presente estação. Age assim porque acredita que para ser valorizado como pessoa é necessário causar impressão impactante a cada dia, quando para muita gente este tipo de comportamento não passa de um jeito superficial e risível de se viver.

Somente o cristão que faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 João 2.17). Portanto, o crente precisa tomar o máximo de cuidado para não ficar preso ao culto das coisas materiais que possui ou precisa possuir, deve considerar que apenas o Criador tem que ser o alvo de sua adoração. Sem usar palavras, Jesus ensinou uma lição de grande importância para todos os cristãos, quando sendo o maior entre todas as pessoas de todos os tempos, cingiu-se com uma toalha e encurvou-se para lavar os pés dos discípulos (João 13.1-5; 12-19).

3. As consequências para quem peca contra Deus.

Jesus está às portas (Mateus 25.21). O anúncio sobre A Volta de Jesus não significa que o crente deve ser uma pessoa alienada, ninguém precisa abandonar suas atividades sociais e profissionais para servir a Deus com inteireza de coração. Saber sobre a promessa do Arrebatamento da Igreja implica no dever de empregar recursos, talentos e tempo de maneira diligente, com a finalidade de estar completamente dentro da vocação que Deus nos chamou. A promessa de entrar no gozo celeste tem como finalidade nos manter em vigilância. Vigilância esta que não é sinônimo de ociosidade, mas da execução fiel de dons e habilidades que Deus nos confiou para usar nas oportunidade que Ele também nos concede.

Para alguns, a chamada divina representa uma mudança de atividade, mas para a maioria dos cristãos representa continuar a viver em fidelidade, realizar a atividade diária demonstrando amor a Deus e ao próximo no círculo social no qual está inserido, para assim testemunhar às almas que está ao seu alcance sobre o plano da salvação e motivá-las a se decidiram por Cristo.

Não podemos nos esconder de Cristo. Todo pecado contra Deus recebe sua sentença  (Apocalipse 2.23). Ele conhece o que se passa em nosso coração, quais pensamentos alimentamos ou rejeitamos, e assim mesmo nos ama. Então, os pecados que damos espaço em nossa mente e colocamos em execução, devem ser confessados e abandonados. A fidelidade é o caminho do êxito verdadeiro.

II - A SENTENÇA DO JUÍZO DE DEUS

1. A experiência profética de Samuel.

Samuel dedicou sua vida como sacerdote, juiz e profeta. É a pessoa que Deus escolheu para marcar a transição do governo dos juízes ao governo dos reis. Como profeta, ele anunciou mensagens de Deus ao povo. É digno de nota que o termo profeta ("nabi" em hebraico) aparece seis vezes em sua forma feminina ("nebiyah"), e é usado por duas vezes para descrever o ofício profético de mulheres: de Hulda por duas vezes, de Miriã, de Débora e de Noadias, a esposa do profeta Isaías.

Em sua experiência profética, Samuel recebeu uma pesada comunicação divina, que se consistia na relevação de uma mensagem duríssima contra Eli e sua família. Samuel quis guardar a mensagem para si, pois se tratava de um diálogo particular entre ele e Deus. Deus o avisou sobre o juízo que estava presente no futuro de Eli e de toda a sua linhagem sacerdotal, para que ele não fosse surpreendido com a ocorrência trágica que estava prestes a acontecer. Mas Samuel, diante da insistência de Eli, demonstrou ser uma pessoa cordata e contou-lhe o que Deus havia lhe dito (Samuel 3.1-21).

Como porta-voz de sua Palavra, é importante ao crente ter o discernimento sobre os propósitos das revelações que recebe. Algumas são de ordem particular, outras apenas para um indivíduo ou comunidade e, é preciso agir com discrição, e, ainda outras, são mensagens cujo destino é amplo, quando é necessário trabalhar com muita disposição para alcançar o objetivo divino que Deus nos confiou realizar.

1.2 A experiência profética de Daniel

Nos quatro parágrafos abaixo, segue uma abordagem sobre a narrativa do capítulo 5 de Daniel, que nos ensina sobre a conduta correta dos pregadores da Palavra de Deus, no que se refere às suas prioridades

Os leitores da Bíblia Sagrada sabem que Daniel era cativo na Babilônia quando Belsazar, deliberadamente, afrontou a autoridade divina, ao usar os utensílios sagrados do templo de Deus em um banquete para mil convidados idólatras. Quando bebiam o vinho e louvavam aos deuses confeccionados em ouro, em prata, em cobre, ferro, e madeira, Deus permitiu que Belsazar visse uma mão a escrever sua sentença condenatória na parece do palácio no idioma aramaico, do qual ele e os babilônicos dominavam a leitura (Daniel 2.4), mas todos os presentes no local não conseguiram entender o significado da mensagem. As forças de Belsazar diminuíram, ele ficou trêmulo no mesmo instante. Convocou astrólogos, adivinhadores e pediu que interpretassem o que estava escrito, prometendo-lhes honrarias e dinheiro a quem conseguisse entender e dizer o significado. Apesar de ávidos por posição social e econômica mais elevada, todos que tentaram fazer a interpretação falharam, pois o Senhor só concedeu a Daniel  a permissão de saber qual era o sentido da mensagem.

Daniel não havia comparecido, foi necessário chamá-lo. Daniel não confundiu o sagrado com o profano quando interpretou a frase, pois sabia que não deveria fazer aquilo aceitando recompensas terrenas, pois a sentença tinha que ser entregue demonstrando toda a sua imparcialidade como servo do único Deus vivo (Daniel 5.17). Estava escrito: "mene, mene, tequel e parsim": pesado foste na balança e achado em falta". Belsazar insistiu em presentar Daniel e lhe colocar como o terceiro dominador da Babilônia; naquela mesma noite Belsazar morreu (versículos 24 a 31).

Agir corretamente é o dever de todos os cristãos, temos diante de nós a Bíblia Sagrada e muitas almas que não entendem o seu conteúdo, pois não têm o Espírito Santo em suas vidas. O obreiro tem de valorizar a sua vocação (Hebreus 5.4). Há maior responsabilidade aos que foram separados pelas igrejas como ministros pregadores da Palavra, pois a atividade os coloca como centro das atenções de muita gente e nem todos que os ouvem têm estrutura para permanecer em pé caso haja escândalo provocado por eles. São muitas as circunstâncias em que, para fazer a coisa certa, os servos de Deus precisam desistir de recompensas materiais e priorizar tão somente aparecer como um intérprete das Escrituras Sagradas.

1.3 O exemplo ministerial do apóstolo Pedro

O apóstolo Pedro foi um dos discípulos que viram a glória da transfiguração (Marcos 9.1-13; 2 Pedro 1.16-18). E, tendo testemunhado a morte e a ressurreição de Jesus, foi o porta-voz de Deus que pregou no Pentecoste e tornou-se uma coluna da Igreja Primitiva. E com esta autoridade investida pelo Espírito Santo, ensina que os líderes devem viver o ideal da Palavra, como o exemplo dos fiéis (1 Pedro 5.3). Ao se dirigir aos presbíteros, que representava a liderança eclesiástica, identificou-se como um presbítero da mesma categoria, não como sendo alguém superior e admoestou-os a apascentarem  o "rebanho de Deus", ecoando a todos exatamente o que Jesus havia ordenado a ele que fizesse (João 21.15-17). Seu exemplo como líder mostra que a autoridade é baseada no serviço, não em degraus de hierarquização ao estilo das empresas seculares.

Nem sempre, por mais que o ministro se esforce, poderá evitar que uma tragédia moral ocorra  consigo ou com algum membro de sua família. Nestas circunstâncias de exceções, a Palavra de Deus nos aponta para a meta ideal e para a excelência no modo de se viver e também oferece graça, misericórdia e restauração em Cristo aos que são sinceros em sua prestação de serviço ao Senhor e para a membresia da igreja. Ver: Marcos 3.5; Lucas 6.6-11.

2. Sentença pronunciada.

Eli fracassou ao não intervir na conduta imoral de seus filhos. e recebeu sua sentença condenatória por intermédio de um profeta desconhecido, teve a confirmação da condenação através do rapaz Samuel (1 Samuel 2.31; 3.12). Deus o rejeitou e o retirou juntamente com sua família do sacerdócio em Israel. O cumprimento da sentença ocorreu em tempo próximo (1 Samuel 4.18-22) e também remoto (1 Reis 1.7,8; 2.27,35).

Pelo fato de Eli não reprender a conduta má de seus filhos, ele recebeu o peso do juízo divino sobre sua vida, que terminou tragicamente ao cair de um assento e quebrar o pescoço. Mesmo sabendo dos erros de seus filhos, não os repreendia, mas se omitia, não cumpria suas responsabilidades como sumo-sacerdote e pai em seu âmbito familiar.

Não encontramos nos relatos bíblicos que Eli tenha cometido pecados por ação, o pecado que ele cometeu é registrado como omissão. Deixar de fazer o que é certo também é pecado (Tiago 4.17). Assim como é pecado mentir, também pode ser pecado conhecer a verdade e não dizê-la. É pecado falar mal do próximo, mas também é pecado evitar uma conversa quando a pessoa precisa de um incentivo para melhorar suas atitudes e consertar seus erros.

Pelo fato de os filhos de Eli não valorizarem o que Deus lhes deu, por trocarem o sagrado pelos prazeres da vida, eles receberam como consequência a ira do Senhor, que foi executada por intermédio da invasão dos filisteus.

Temos em Levíticos 21.6-7 as leis para os sacerdotes judaicos. Nesta passagem bíblica, é dito, subtendidamente, que o sacerdote sem esperança no cuidado soberano, sobrenatural e eterno de Deus, é alguém incapaz de ministrar ao povo no templo. Com as devidas proporções no que tange às atividades litúrgicas, notamos que existem características similares no perfil do sacerdote do Antigo Testamento com o ministro das igrejas no Novo Testamento. O zelo por um estilo de vida semelhante a Cristo (João 4.23-24; Romanos 12.1-2); o cuidado na escolha de uma esposa que aprecie ser sua companheira ministerial (Levítico 21.7); uma boa administração do lar e dos filhos em fase infantil e daqueles que ainda vivem em casa sob a responsabilidade dos pais (1 Samuel 3.4; 1 Timóteo 3.4).

3. A desgraça da família de Eli.

Os filhos de Eli foram descritos como "filhos de Belial" (1 Samuel 2.12-36); o termo hebraico significa indignidade ou iniquidade. A degeneração da família de Eli ocorreu porque seus filhos cometeram profanação às coisas sagradas que haviam no tabernáculo. Ao agirem de modo corrupto e imoral. profanaram o ambiente religioso e pecaram contra Deus.

A advertência que Eli deveria ter proferido aos seus filhos teria que  abranger tanto uma repreensão sobre a conduta imoral que eles apresentavam quanto fazê-los perceber que suas ações provocavam efeitos negativos sobre os israelitas que os observavam.

A Carta à Igreja de Tiatira (Apocalipse 2.23) revela que o Senhor exerce seu juízo contra os seguidores de Jezabel. Essa mulher é a mãe simbólica de todos que seguem doutrinas libertinas e espúrias. Neste texto, literalmente, no idioma grego, é dito que o Senhor examina "rins" e "entranhas. Na atualidade, costuma-se fazer referência ao coração para explicar os sentimentos e à mente para a razão, mas nem sempre foi assim. Tal sondagem significa que Ele conhece as nossas vontades (desejos e fome) mais íntimas, e todos os motivos de nossas decisões, ações e reações.

III - AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

1. O preço do pecado. 

Todos os dias o cristão é tentado a não fazer o bem que a Palavra de Deus orienta a que seja feito e a fazer o mal que aprendeu nas Escrituras que não pode fazer. O apóstolo Paulo mostra a existência deste conflito dentro do coração do crente, revelando que havia em sua vida esta situação incômoda.

Há dentro do coração do cristão uma batalha diária entre a nova natureza e a velha criatura. Este conflito é apresentado por Paulo em Romanos 7.14-20: "Porque bem sabemos que a lei é espiritual. Eu, porém, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.  Ora, se faço o que não quero, concordo com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isso já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim, mas não o realizá-lo. Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim" (NAA).

Quanto a isso, temos que colocar a fé em Cristo em ação e rogar pelas misericórdias do Senhor, permanecer debaixo da graça e empreender esforço para caminhar como filhos do Altíssimo e geradores do fruto do Espírito. Não podemos desprezar o fato que Cristo nos redimiu no Calvário das consequências da Queda, agora não somos mais escravos do pecado, estamos libertos da sua força escravizadora da carne e só cedemos se não tivermos em nosso o firme propósito de agradar ao Pai celeste. A partir do momento da conversão, o Espírito fez do nosso coração a sua habitação, testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, nos guia ao estilo de vida em santidade (Romanos 8.1-17; Gálatas 5.19-23).   

Para Deus, se estamos habituados a ceder ao impulso da natureza humana e a fazer o que sabemos que é errado ser feito, ou se estamos acostumados a recusar fazer o que sabemos que é correto ser feito, são apenas duas configurações da vida em pecado. Tanto o pecador que está em um extremo como o que permanece no outro receberão a mesma sentença caso não se arrependam. Qual? A existência eterna em condenação, que é a irreversível morte espiritual (Romanos 6.23).

2. Os males da falta de repreensão.

Existe um erro de interpretação muito grave quanto ao substantivo "vara", em Provérbios 23.13-14: " Não deixe a criança sem disciplina, porque, se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Você a castigará com a vara e livrará a alma dela do inferno". A vara é um símbolo do cuidado e amor dos pais. Tal palavra também se encontra no Salmo 23 e versículo 4, faz alusão aos pastores que a usavam como instrumento de defesa do rebanho, enxotando os animais predadores de ovelhas, e jamais como algo para espancá-las.

A educação dos filhos envolve um processo de "discipulado" (Hebreus 12.11). Os pais ensinam a obediência não apenas para sujeitar os filhos ao mero capricho de dar ordens e vê-las cumpridas. Deus concede autoridade com o objetivo de conduzir as crianças à salvação. Apesar do castigo fazer parte da disciplina, no processo de educação existem diversas etapas intermediárias antes de aplicar a pena mais enérgica. É possível dialogar com os pequenos, além de haver o método de ensino através do exemplo. Não compreender tal propósito divino leva a prole à degeneração espiritual.

É preciso conviver com as crianças tendo a sensibilidade para conhecer os momentos em que elas deixam de obedecer por simples imaturidade ou esquecimento, por dificuldade em cumprir a ordem devido transtorno neurológico como o déficit de atenção, por estar frustrada e a rebelião obstinada. Para todas as situações os genitores devem se esforçar para evitar prejuízos à fé dos pequenos e não causar a sua ira. Quando há boa orientação, associada ao modelo correto do padrão do estilo de vida cristã que Deus espera de todos nós, a correção terá como consequência mantê-los no rumo certo.

3 . Pecados voluntários e deliberados não têm perdão.

No contexto da primeira carta de João, o pecado que traz a morte era prática de gente que tinha consciência do que representa o pecado para Deus e mesmo assim sentiam satisfação em pecar (2.15), essas pessoas eram inimigas de Cristo (2.18-19), estavam envolvidas pelas trevas (2.9,11), eram filhos do diabo (3.10), negavam que Jesus Cristo veio como um ser humano (3.22-23; 4.13) e eram seguidoras do espírito do erro (1 João 4.6). Assim sendo elas, o apóstolo instruiu seus discípulos que seria vão orar em favor de tais almas equivocadas (Mateus 12.31,32; Hebreus 6.4-6).

Haja luz de discernimento nos seguidores de Cristo, que o coração de cada um de nós pulse em temor e tremor, pois há pecados pelos quais ninguém deve orar pelo pecador. Como seguidores de Jesus, estamos livres da escravidão do pecado, temos a mente de Cristo e nesta circunstância há condição plena de evitar o pecado voluntário e deliberado (João 8.36; 1 Coríntios 2.16).

Relatos sobre as drásticas consequências do pecado:
• A expulsão de Adão e Eva do Paraíso (Gênesis 3.1-7,23; Romanos 5.12).
• Acã e sua família perderam a vida (Josué 7.24-25);
• Nabal, homem duro em palavras e ações, teve aparente rigidez mórbida antes de morrer (1 Samuel 25.36-38)
• Ananias e Safira foram mortos (Atos 5.1-11).
"Se continuarmos a pecar de propósito, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados. Pelo contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários" - Hebreus 10.26,27 (NAA).

O pecado que leva à morte tem sido explicado de muitas formas. Alguns sugerem que a referência é ao pecado que resulta em morte física. Outros explicam a morte espiritual, que sobrevém aos que conhecem a verdade, experimentaram as bênçãos e rejeitam o Evangelho com deboches contra Deus e ações violentas contra os filhos de Deus. Os tais são comparáveis ao cão que retorna ao seu vômito para ingeri-lo (Provérbios 26.11).

CONCLUSÃO

Pela falta de esperança no cumprimento das promessas de Deus, muitos crentes se contaminam ao encontrar oportunidades de satisfazer os prazeres passageiros que estão neste mundo. E não deveria ser assim.

E.A.G.