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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Ana, a mãe de Samuel

Por Paulo Martins

Ana era era muito amada por Elcana, seu marido. Ela era uma mulher muito graciosa, amável e temente ao Senhor, porém ela era muito triste com o fato de ser estéril e porque Penina, a outra esposa de seu marido, buscava sempre a provocar porque ela tinha filhos e Ana não (1 Samuel 1.6). 

Certa vez, Penina a humilhou tanto que Ana acabou perdendo o apetite e começou a chorar muito. Mas mesmo após tanta humilhação, ela não contou o que Penina fazia para o seu marido e nem foi tirar satisfações com ela. Em vez disso, ela foi ao templo chorar aos pés de Deus e fez um voto dizendo: “Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.” (1 Samuel ‭1.11‬). 

Quando Ana orava ela estava sentindo amargura na alma e de seus lábios não saía som algum. Com isso, o sacerdote do templo chamado Eli, ao vê-la naquele estado a repreendeu, pois pensou que ela estivesse embriagada. Ana então explicou a Eli que na verdade ela não estava embriagada, mas sim atribulada de espírito e por isso estava ali derramando sua alma perante o Senhor (1 Samuel 1:15). Eli então percebeu a situação e a abençoou dizendo: “Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.” (1 Samuel ‭1.17‬).

A partir daí, o coração de Ana se acalmou, ela voltou a comer e seu semblante deixou de ser triste. Ana teve fé e creu que Deus havia entendido suas lágrimas e ouvido a sua oração (1 Samuel 1.18). Ela entregou seu sonho nas mãos de Deus e descansou. 

Ao voltar para casa, ela certamente contou para o seu marido o voto que ela havia feito a Deus, porque o marido podia anular qualquer voto que não tivesse seu consentimento (Números 30:10-16). Porém, Elcana amava muito Ana e, em vez de anular o voto que ela havia feito a Deus, ele optou adorar a Deus juntamente com Ana (1 Samuel 1.19).

O voto que Ana fez à Deus foi um voto muito forte. Ao dizer que ela daria seu filho a Deus todos os dias de sua vida, queria dizer que se ela viesse a conceber um filho, ele pertenceria totalmente a Deus. Seria como dizer: “Deus, dá-me a oportunidade de dar a luz para um filho que será seu, não meu”. Ela foi corajosa em fazer um voto tão forte assim e Deus certamente se agradou muito com a atitude de Ana. 

Desde então, a Bíblia deixou de citar o nome de Penina. Isso deu a entender que Penina, que vivia atormentando Ana, já não tinha mais importância porque Ana estava com o coração em paz e tinha entregue seus problemas totalmente nas mãos de Deus. Portanto, as provocações de Penina deixaram de fazer efeito na vida de Ana.

Deus atendeu o pedido de Ana e ela, finalmente, engravidou. Ao passar os meses, nasceu seu filho que chamou Samuel, que significa: Do Senhor pedi (1 Samuel 1.20). 

Ana não esqueceu do voto que tinha feito e por isso criou seu filho ao peito até desmamar. Então ela pegou seu filho desmamado, um novilho de três anos, um efa (aproximadamente 22 litros) de farinha e um odre (recipiente feito de pele de animal, geralmente de cabra, usado para o transporte de líquidos) de vinho e apresentou na Casa do Senhor. Ela foi até o Sacerdote Eli e o lembrou que ela era aquela mulher que tinha estado ali orando ao Senhor, mostrou seu filho e explicou que era por ele que ela estava orando. Ana também falou sobre o voto que fizera a Deus e que estava ali para entregar o seu filho. (1 Samuel 1.24-28) 

A despedida certamente não foi fácil, mas mesmo assim, Ana entregou seu filho com um coração totalmente grato a Deus, pois Ele havia a abençoado. Com isso, Ana orou e louvou a Deus de uma forma maravilhosa e sem igual e Samuel ficou ali, servindo ao Senhor, perante o Sacerdote Eli (1 Samuel 2.1-11).

Apesar de Samuel ter sido criado longe de sua mãe, ela jamais o esquecia e de ano em ano Ana fazia uma túnica e levava para ele, demonstrando todo o seu cuidado e amor (1 Samuel 2.19). Samuel foi muito abençoado por ter tido uma mãe assim e se tornou uma benção para Israel.

Deus muito se alegrou com a fidelidade de Ana e por isso a abençoou com mais três filhos e duas filhas. Ela poderia ter deixado a revolta dominar seu coração ou ficar se lamentando com a vida que levava, mas em vez disso ela optou por ir chorar para quem realmente poderia resolver os seus problemas e acalmar o seu coração. Ana certamente foi um grande exemplo de mulher.

Deus te abençoe.

E.A.G.
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Créditos
Autoria e imagem: Paulo Martins. Extraído de https://tinyurl.com/yyc2suhb
O autor é pastor da Igreja Assembleia de Deus Madureira em Santo Antônio da Patrulha / RS. 

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