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quarta-feira, 7 de abril de 2010

A IGREJA EVANGÉLICA E AS OBRAS ASSISTENCIAIS - QUAL É O CONCEITO BÍBLICO NESTA QUESTÃO?

No Novo Testamento, está claro que a Igreja deve ajudar aos necessitados, porém, a missão principal da Igreja não é essa.
Existem muitos críticos sobre este assunto, gentes muito mal informadas e mal intencionadas. Afirmam que existe o dever da Igreja em prestar assistencialismo perante a sociedade. Tais críticos parecem não conhecer o papel da Igreja no mundo e também não conhecer a Bíblia tanto quanto deveriam.
A obra social deve ocorrer de acordo com os parâmetros bíblicos. Quais são estes parâmetros da Bíblia?
O apóstolo Paulo tratou sobre este assunto em 1ª Timóteo 5, é a questão da inscrição de viúvas. Ele esclarece quais daquelas mulheres poderiam ser favorecidas com ajuda humanitária, assistência social da Igreja, e quais não. E a situação daquela época serve de padrão para nós, hoje.
Eis os critérios que servem de padrões bíblicos:
1 – o pastor deve ajudar aos membros, o pastor não tem nenhuma obrigação de ajudar aos que estão no mundo sem servir a Deus (1ª Timóteo 5.3-4; 9-10);
2 - o pastor deve ajudar aos necessitados cristãos que não possuem em sua família quem possa fazer isso por eles (1ª Timóteo 5.16);
3 – o pastor não tem nenhuma obrigação de ajudar crentes rebelados, maldizentes, o pastor deve socorrer só aos crentes fiéis, aos tementes a Deus que dão bom testemunho dentro de seus lares e na sociedade (1ª Timóteo 5.9-10).

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados o nome do autor e o link (HTML) deste blog.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A sociedade de ontem e de hoje e o cristão protestante do passado e do presente

Crente, evangélico ou protestante? Dependendo do contexto destas palavras, elas podem ter o mesmo sentido. E pode ser usada de maneira respeitosa ou pejorativamente.

É lógico que o termo crente é apenas um rótulo. Crente todo mundo é, o ser humano sempre crê em algo. Os ateus creem nas teorias de Charles Darwin. Os evangélicos creem nos Evangelho de Jesus.

No passado, a sociedade brasileira discriminava os cristãos evangélicos. Éramos chamados de seitas em um Brasil que é Estado laico. Éramos chamados de protestantes, por cristãos católicos fanáticos, como a afirmar a que a Igreja de Roma era verdadeira e o protestantismo o cristianismo falsificado. A mídia era porta-voz da sociedade preconceituosa e na televisão nos ridicularizava em programas humorísticos, novelas e telejornais com as suas notícias distorcidas.

Hoje em dia, a sociedade e a mídia mudaram. Já existem canais de televisões e rádios cujos donos são evangélicos. E parte desta mídia, cujos donos não são protestantes, convida cristãos evangélicos a participar de suas programações e pautas jornalísticas, e respeitam a nossa fé.

No passado éramos ridicularizados e hoje não mais. Então, diante disso é comum encontrar cristãos evangélicos a olharem para esta multiplicação de cristãos protestantes no Brasil e para a melhoria de tratamento que recebemos e desdenharem dessa mudança, como se ela fosse totalmente negativa.

Estes cristãos evangélicos são extremamente pessimistas, eles proferem comentários cheios de desdém: “Quando eu era garoto sentia discriminação e não me chamavam pelo nome na escola, me chamavam de crente. Não me convidavam para nada. O motivo do desprezo? Diziam: 'ele é crente', e para as meninas 'ela é crentinha' e se sucediam muitos constrangimentos”.

Os evangélicos pessimistas afirmam que ser crente hoje em dia virou moda. E até parece que lembram das perseguições e discriminações religiosas do passado como se fossem tempos bons. Fazem pouco caso de quem se converte e faz parte da mídia atual, criticam quem se apresenta como evangélico na televisão, esquecendo-se que o mais importante não é como nos intitulamos, mas se aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador pessoal.

Paulo plantou, Paulo regou, mas Deus deu o crescimento (1ª Corintios 3.6).

O fato de haver maior número de pessoas se dizendo crentes, evangélicas ou protestantes, não deveria ser motivo de críticas, pois é o resultado do evangelismo que os nossos antepassados de fé plantaram. É o tempo de regar e colher! O que devemos fazer diante deste cenário? Procurar manter a doutrina bíblica, continuar sendo o crente-evangélico-protestante que protesta contra todo pecado e manter a paz e a comunhão com todos os irmãos em Cristo.

E.A.G.

Este artigo está liberado para uso, desde que sejam citados o nome do autor e o link (URL) deste blog.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

AS CARACTERÍSTICAS QUE DIFERENCIAM O BOM EVANGELISMO E O BOM DISCIPULADO - PARTE 2

Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” - 1ª Corintios 2.14-16 .

O apóstolo Paulo ensina sobre a capacidade de entendimento de cada alma antes e depois de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.

Quando o evangelista sai às ruas para evangelizar, trava relacionamento com as almas que ainda não são espirituais, então precisa ter esclarecido a condição da mente humana com quem se relaciona.

A alma que é alvo do evangelismo não têm a capacidade para discernir as coisas espirituais. Quem não experimentou o novo nascimento tem a mente natural, ainda não possui a capacidade de compreender as coisas do Espírito, porque não passou por nenhuma etapa da transformação mental, não têm a mente renovada em Cristo (Romanos 12.1-2).

Portanto, entendo que não é possível pregar o Evangelho tratando de assuntos bíblicos mais aprofundados com pessoas não convertidas. O alvo das mensagem mais profundas devem ser os convertidos e não quem estamos evangelizando.

Penso que existe diferença entre evangelizar e discipular. Apesar do termo “discipular” não ser verbo nos dicionários, acostumei a usar o termo no sentido de fazer discípulos.

Na rua, a mensagem pregada deve ser diferente da mensagem pregada nos púlpitos, pelo fato de serem almas com estados espirituais diferentes. A responsabilidade do evangelista é diferente da responsabilidade do pastor. Fazer evangelismo não é o mesmo que fazer discípulos (apascentar ovelhas), porque a alma que ainda não aceitou a Cristo não é uma ovelha, pois ela não passou pelo novo nascimento, não renasceu em Cristo.

E.A.G.

O artigo está liberado para uso, desde que sejam citados o nome do autor e o link (HTML) deste blog.

domingo, 4 de abril de 2010

As características que diferenciam o bom evangelismo e o bom discipulado

Por Eliseu Antonio Gomes

Saber a diferença entre evangelismo e discipulado é importante. As diferenças são óbvias, no entanto é muito comum ver "peixe graúdo" equivocar-se nesta obviedade.

O que é evangelismo?

Evangelho significa Boas Novas, novidade. Portanto, entendo que evangelizar é entregar a mensagem da salvação. Cabe o direito a quem ouve receber ou rejeitar a mensagem evangelística.Evangelismo tem a ver com entregar o Evangelho às almas que ainda não conhecem Jesus como Salvador.  

Se a pessoa evangelizada der atenção, ela terá oportunidade de receber instruções de discipulado, pois disponibilizará condições para que seja informado a ela que existe a salvação em Jesus, saberá quem é o Salvador e como deve agir para receber a salvação. 

Recentemente, membros da minha família entregaram mais de 3 mil impressos de evangelismo em um hospital estadual da zona norte da cidade de São Paulo. Sempre que nos propomos a realizar eventos assim, sabemos que serão encontradas pessoas com forte oposição ao cristianismo, que proferirão palavras de baixo calão contra nós e contra tudo que cremos, ou se mostrarão totalmente indiferentes.

Ao evangelizar, sempre refazemos o trajeto de distribuição no sentido inverso e encontramos parte do material distribuído jogado no chão, às vezes até amassado ou rasgado. O panfleto que for possível recolher, abandonados em assentos, cadeiras e bancos, são recolhidos por nós para entregar a outros. E para manter a região urbana limpa.

As almas que não têm Cristo podem ser consideradas evangelizadas, tendo elas se portado com receptividade ou rejeição à mensagem passada.Pois bem, quero dizer que a panfletagem para quem já é crente em Jesus não é evangelismo e nem discipulado. A Boa Nova não é mais novidade para ela, que já é conhecedora da mensagem e participante da mesma fé que temos. Não é ético convidar quem já é convertido a Cristo a trocar de igreja, pois é uma ovelha e tem o seu pastor. Deus tem seu propósito com ela na congregação dela.

O que é discipulado?

A maior diferença entre uma alma evangelizada e uma alma discipulada é que a primeira nem sempre tem fé em Deus.

Ser um discípulo é ser um aluno. Discipular é ensinar. Portanto, todas as pessoas que são avessas à escola, rejeita-a a ponto de não participar das aulas, jamais poderão ser reconhecidas como alunas. Então, por este motivo considero que todo ato de evangelismo nunca é um ato de discipulado.

Quando evangelizamos, encontramos dois tipos de almas:

1ª - As pessoas que se candidatam à posição de discípulos, querem saber mais de nós sobre Jesus e a salvação, vão ao endereço que indicamos e passam a frequentar as reuniões da igreja, elas estão predispostas a trocarem as filosofias do mundo pela vontade de Deus.

2ª - Existem pessoas que esbravejam, rasgam folhetos, dão às costas e nos deixam falando sozinhos. Estes não são discipulados porque se afastam do Mestre Jesus e não deixam margem ao convívio com quem queira ensiná-la sobre a fé cristã.

Costumo presentear pessoas com Bíblias, e só recebem tais presentes quem eu percebo ter interesse em aprender, quem tem a característica do discípulo. Com certeza, se entregar aos que jogam folhetos no chão, farão o mesmo com a Bíblia, pois não valorizam as coisas santas.

O apóstolo Paulo ilustrou o cristão em fases: existem os meninos e os adultos. Alguém pode ser discipulada durante o período de evangelismo? Sim. Mas o processo de discipulado é um processo longo e profundo, que vai bem mais além da informação que Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador. As almas precisam chegar até a estatura de possuir a capacidade de responder a razão da sua fé.

Outro dia, conversei com um jovem que se diz cristão. Entrei no assunto da Bíblia e levei um grande susto quando percebi que ele não sabia explicar o que são o Antigo e o Novo Testamento. Obviamente que esta pessoa precisa continuar sendo discipulada, apesar de considerar-se e ser considerada em seu círculo social como uma pessoa cristã.

Nem todo evangelista é pastor, mas quase todos os pastores também são evangelistas. Quero salientar o seguinte: Os pastores possuem capacidade para ensinar a ovelha, realizar o discipulado, enquanto que o evangelista não é capaz disso. Portanto, é importante aos que evangelizam conduzir as almas ao pastor.

E.A.G.

QUANDO O CRISTÃO COMBATE A CARNALIDADE NA VIDA DO PRÓXIMO AGINDO DE MANEIRA CARNAL

Uso a Internet como uma forma de ajudar almas. Por blogs e sites de relacionamentos. Devido a isso, alguns internautas buscam aconselhamentos comigo, pedem ajuda quando parece não haver apoio pastoral para eles.

Pela graça do Senhor, procuro ajudá-las, me baseando na Palavra do Senhor. E trago a situação para cá, sem citação de nomes, porque creio que poderá ser útil aos leitores do blog.

Eis o caso mais recente:

“Amigo.

Me ajude. Como posso frequentar uma igreja cujo pastor dá oportunidade para uma adúltera conduzir cultos? Ele sabe que ela está em pecado com o esposo da irmã do Círculo de Oração. Como aceitar o pastor que diz 'ela pode ser adúltera, mas é usada por Deus?' ”.


Resposta:


"O caso é muito complicado!

Primeiramente, preciso dizer a você que não deve abandonar Jesus Cristo por causa de gentes más que dão péssimos testemunhos e apostatam da fé.

O seu dever como cristão é orar por este líder e pelas pessoas que você afirma estarem em adultério, pelos conjuges traídos neste pecado, e também em favor de seus filhos e filhas. O diabo entrou nestas famílias através de corações que deixaram a libertinagem falar mais alto que o temor a Deus.

“A ira do homem não opera a justiça de Deus” - Tiago 1.20.

Entendo sua indignação. Nestes momentos, é necessário equilíbrio para manter-se firme na fé em Deus. Cuidado, não combata o mal com o mal, não pense em vencer as obras da carne com carnalidade (Romanos 12.21). O adultério é obra da carne e a ira também (Gálatas 5.19-20).

Não é seu dever congregar no mesmo local que estas pessoas estão, afaste-se desse ambiente se considerar melhor para você. Vá servir a Deus em outro lugar onde existem pessoas comprometidas com Deus, que vivem o cristianismo com fidelidade ao Senhor.

Mas, se quiser ficar nesta congregação, também não é obrigado a sair.

Jesus afirmou que entre o trigo, que são os fiéis, existe uma erva daninha chamada joio (figura dos infiéis). O agricultor não pode retirar o joio que cresce entre os trigos porque ao arrancá-los também mata o trigo. Só no momento da colheita é que o agricultor faz a separação. Espiritualmente falando, Jesus fará a justiça no Dia do Julgamento Final. Confira: Mateus 13.25-30; 25.32-46.

Neste caso que você citou, compete ao Senhor arrancar os infiéis e a você orar... Se agir por você mesmo, poderá causar estragos espirituais na vida de pessoas que amam a Deus e ainda não possuem estruturas para aguentar tamanha pressão. Pense no bem delas!

Abraço".

_________

E.A.G.

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