A lição da revista de escola dominical, publicada pela Editora CPAD, escrita por Elinaldo Renovato, para o segundo semestre de 2011, lição 7, traz a seguinte verdade prática: Quando o povo de Deus arrepende-se de seus pecados, além de receber o perdão divino, começa a viver uma fase de copiosas bênçãos.
A palavra empregada no Antigo Testamento para bênção é "berãkha". No geral, denota a concessão de bem, usualmente concebido como coisas materiais (Deuteronômio 11.26; Provérbios 10.22; 28.20; Isaías 19.14). Frequentemente, é apresentada nas páginas bíblicas em contraste com a maldição (Gênesis 27.12; Deuteronômio 11.26-28; 23.5; 28.2; 33.23).
A palavra usada para bênção no Novo Testamento é "eulogia", o termo é empregado com o mesmo sentido que encontramos no Antigo Testamento (Hebreus 6.7; 2ª Corintios 9.7 [generosisade]; Tiago 3.10). Porém, possui um sentido mais amplo. Além do plano físico, também denota o bem-estar espiritual (Romanos 15.29; Efésios 1.3).
"Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências" Romanos 6.12.
Jesus quer reinar em nossos corações.
Para estar habilitado a receber as bênçãos de Deus, tanto materiais quanto espirituais, é preciso ter disposição para afastar-se das práticas do pecado. É o pecado que provoca a separação entre o homem e o Senhor (Isaías 59.2, 1 João 3.4).
Todos os seres humanos pecam, inclusive quem tenha Jesus Cristo como Senhor dentro de seu coração. Mas existe diferença em pecar e viver no pecado. Quem ama a Deus, ao pecar se entristece, e conserta o erro o mais rápido possível. Quem vive constantemente pecando, faz do pecado um estilo de vida, tem entronizado em seu viver o pecado, não se incomoda em pecar, o trono do seu coração não está ocupado por Jesus.
Alguns tipos de pecados são imperceptíveis aos olhos humanos. Nossa tendência é observar e pensar que os pecados escandalosos são os piores: adultério, traição conjugal, espancamento, assalto, estupro. Mas todos os pecados são nocivos. Os pecados que só Deus vê e os que vistos e condenados pela sociedade são igualmente letais, levam à maldição da morte (Tiago 1.15).
• Mentir
Há cristãos que amam a mentira social, a inverdade proferida pela causa nobre. Os fins nunca justificarão os meios, como ensinou Maquiavel. Seja sempre sincero. A Bíblia ensina que quem profere a verdade manisfesta a justiça (Provérbios 12.17).
• Raiva
Outros estão presos pelo ódio. Odeiam sem expressar o sentimento. Quando chega a oportunidade de ajudar, boicota o próximo e quer prevalecer sobre os outros porquê lhe falta o amor. Quer ver a derrota dos outros porquê sente sede de vingança. "A ira do homem não opera a justiça de Deus" - Tiago 1.20.
• Pecados de egolatria
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Costumamos ouvir muito a pregação sobre o dono de uma herdade que lançou suas sementes no solo e a colheira foi de muitos frutos, colheu muito além do que ele precisava para ter uma vida excelente. Ao invés de repartir as bênçãos recebidas da sua semeadura, ele quis construir muitos celeiros para acumulá-las e usufruir delas sozinho (Lucas 12.13.21). Nós nos acostumamos a ouvir a interpretação deste texto com argumentações contra a prosperidade que Deus dá. Na verdade, Jesus censurou os ávaros, dizendo que os avarentos são loucos. Jesus não se posicionou contra as riquezas.
Alguns nutrem dentro de si egoísmo e avareza. Eles não se sentem bem compartilhando o que proporciona bem-estar e é bom. Sentem uma enorme vontade de obter vantagens de todas as formas possíveis. Exigem todos os afagos para satisfazer seu ego: o melhor salário; melhor status eclesiástico, toda pompa e circunstância que proporcione a ideia de superioridade e tratamento especial.
• Os inimigos de Neemias e os nossos inimigos
Neemias teve a forte oposição de Sambalate e Tobias. Mas ele os venceu ao abraçar firmemente o projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém e concluí-lo, deixando seus adversários do lado de fora da cidade.
Assim como fizeram Neemias e o povo israelita, deve ser o procedimento de todos os cristãos. Nós precisamos lutar bravamente contra os inimigos da nossa fé, sem nunca desanimar. Satanás é nosso opositor. Ele está nas regiões celestiais trabalhando com suas hostes malíginas para que nós adotemos ações que sejam contrárias às praticas de amor a Deus e ao próximo, por meio do destempero emocional, da mentira, egoísmo e da avareza (Efésios 6.12).
Assim como fizeram os israelitas, os cristãos precisam fazer. O quê? Consagrar-se (Neemias 9.1-3; 16; 33-36). Se o cristão se propuser a abandonar as práticas do pecado, então, virá sobre ele as bênçãos de Deus. É necessário confessar e abandonar o pecado, orar, glorificar a Deus em todo o tempo. Então, a bênção virá.
É preciso compartilhar as bênçãos de Deus! Até a pessoa mais pobre desse mundo tem algo a compartilhar com alguém. Talvez, um compartilhamento de informação útil ao desinformado; o sorriso sincero ao que está triste; o abraço apertado aos que sentem solidão, a palavra de conforto ao desesperado, o pão com margarina ao faminto, a roupa que não entra mais no corpo.
• O amor é o vínculo da perfeição (Colossenses 3.14)
Amar é construir e preservar o muro que faz com que os inimigos e o pecado fiquem do lado de fora do seu viver. Praticar o amor é procecer na condição de cidadão do Reino de Deus, é permitir que Jesus esteja entronizado no centro da sua vida como o Rei dos reis.
Materialize em seu cotidiano o amor através de suas ações, hoje e sempre.
E.A.G.