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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo descritos na Bíblia Sagrada como figuras femininas


É necessário deixar claro que a Divindade é incorpórea, não é macho e nem é fêmea. As descrições que lemos são apenas figuras de linguagem.
Os leitores mais atentos da Bíblia Sagrada notam que Deus, Cristo e o Espírito Santo, além da descrição masculina também são retratados como figuras femininas.

É necessário deixar claro que a Divindade é incorpórea. As figuras femininas que descrevem Deus, Jesus e o Espírito nas Escrituras, não sugerem que Deus, Jesus e o Espírito são personagens fêmeas ou machos, apesar de o gênero masculino prevalecer: Senhor, Rei, Juiz, Pai, marido.

As descrições que lemos são apenas figuras de linguagem, são representações de Deus em linguagem antropomórfica - linguagem figurada de parte do corpo humano ou de animais para descrevê-lo mais claramente.

Não existe o propósito de justificar a necessidade, do uso de “mãe” ou pronomes femininos para enfatizar a feminilidade ou ambivalência sexual da Divindade. E de igual maneira, os pronomes masculinos que encontramos na Bíblia, quaisquer referências para Deus, Jesus e o Espírito, não justificam afirmar que a Divindade seja macho.

Outra vez: Deus, Jesus e o Espírito não possuem corpo de homem e nem de mulher.

Vejamos alguns textos que apresentam a Trindade figurando no modo feminino:

• DEUS (como figura de uma mãe)

"Esqueceste-te da Rocha que te gerou..." - Deuteronômio 32.18.

"Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma Rocha" -  Isaías 26.4.

"Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me contive; mas agora darei gritos como a parturiente..." - Isaías 42.14.

As figuras femininas que descrevem Deus, Jesus e o Espírito nas Escrituras, não sugerem que Deus, Jesus e o Espírito são personagens fêmeas ou machos.
• ESPÍRITO SANTO (como figura de uma mãe)

"...e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" - Gênesis 1.2.

Este versículo, no original hebraico tem um sentido mais amplo do que a tradução de João Ferreira de Almeida. Espírito é Ruah, um substantivo feminino. O verbo "movia" (rãhaph) tem raiz primitiva em "chocar". Isto é, o texto ilustra o Espírito como uma ave-mãe chocando um ovo.

• JESUS CRISTO (como figura de mãe)

"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!" - Mateus 23.37.

Não é prudente pensar ou afirmar que Deus é machista. Tanto o homem quanto a mulher são sua imagem e semelhança. "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" - Gênesis 1.27. Homem neste texto tem a conotação de Humanidade e não o gênero masculino.

É importante ler e conhecer a Bíblia e praticá-la sem mistura com os conceitos humanos. Deus não é machista e nem feminista, está acima das filosofias deste mundo, desde o primeiro dia da criação. Faço votos que as ideias machistas e feministas não atrapalhem nossas vidas cristãs. Ao ler a Bíblia Sagrada, que a nossa mente esteja vazia dos pensamentos desse mundo, pois não é possível receber e guardar a Palavra de Deus se não houver espaço vago no coração para armazená-la.

Esta redação é um resumo do assunto, existe muito mais para ser mostrado, porém, entendendo que o que está mostrado já é o suficiente para que quem ler possa perceber a ideia a ser transmitida, termino aqui a explanação.

Veja mais aqui no Belverede: Linguagens antropomórfica e antropopática na Bíblia

E.A.G.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Deus, o primeiro evangelista


EBD - terceiro trimestre de 2016. CPAD - O Desafio da evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas Novas a toda criatura - Claudionor de Andrade. Lição 2: Deus, o primeiro evangelista
Por Eliseu Antonio Gomes 

Faz todo sentido dizer que Deus foi o primeiro evangelista da História, pois a primeira iniciativa de se revelar ao homem foi exclusivamente dEle. Foi Deus, que deu início ao trabalho de evangelização. É por isso que a Bíblia, ao contrário de todos os os outros livros sagrados, é lida e relida, sem jamais deixar de ser atraente.

Deus se compraz em anunciar as Boas-Novas à humanidade caída e carente de sua graça. Ele proclama, quer pessoalmente, quer através de seus profetas e apóstolos, a Salvação a todos os povos da Terra. Até mesmo em seus juízos, entrevemos o inexplicável amor, que o constrangeu a entregar o Filho Unigênito a morrer em nosso lugar.

De Adão, o primeiro homem, a Abraão, o primeiro patriarca dos hebreus, temos uma pausa de aproximadamente dois mil anos. Nesse período, o Reino de Deus parecia engolido pelo império de Satanás. Todavia, como um dos atributos de Deus é o amor pela humanidade, o que fez com que Ele se tornasse o primeiro evangelista, o Evangelista Eterno estava apenas preparando o caminho de seu Filho que, decorridos mais de dois milênios, haveria de nascer em Belém de Judá. Desta maneira, o Senhor foi à busca do homem perdido.

Na passagem bíblica de João 5.17, lemos que Jesus afirmou que o Pai trabalha até agora e que Ele trabalha também. Mas qual é o trabalho do Pai? Não é criar, pois tudo o que havia de ser criado, já o foi. Neste momento, Deus não não mais anuncia pessoalmente o Evangelho, como fez no Éden e ao patriarca Abraão. Entretanto, não cessa de abrir portas, abençoar missões e missionários. Por intermédio de mim e de você, expande as fronteiras de seu Reino.

A Palavra de Deus é evangélica

Nenhuma outra escritura é tão linda quanto a Bíblia. Nenhum profeta é citado como Moisés. Quanto a Jesus Cristo, nosso Senhor, nenhum ser humano é tão evocado quanto Ele.

A Bíblia não se limita a conter a Palavra de Deus. Ela é a Palavra de Deus que evangeliza e redime o pecador, quando-o às regiões mais celestes (Efésios 2.6). Todas as vezes que a Sagrada Escritura é lida, ouve-se o próprio Deus evangelizando. Por isso, quem rejeita o Filho, rejeita o Pai.

A Bíblia Sagrada é o livro de Deus, uma coleção de livros essencialmente evangélicos. Do Gênesis ao Apocalipse, temos uma proclamação evangelística que, tendo início na criação, vai até a consumação de todas as coisas, inaugurando o Novo Céu e a Nova Terra. Do primeiro ao último livro do cânon, Jesus é apresentado  como o Cristo prometido pelo Pai aos patriarcas e santos profetas.

A história do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), dos Escritos (Josué a Cantares) e dos Profetas (Isaías a Malaquias), que formam o cânon do Antigo Testamento, é a extensão dessa Aliança de Deus com Abraão - essa é uma das razões pelas quais o Antigo Testamento é indissolúvel do Novo. Nesse sentido, além de Abraão e Moisés, a história de Israel, sua poesia e seus escritos proféticos são comprometidamente evangélicos, haja vista a exposição messiânica que o Divino Mestre explanou aos discípulos no caminho de Emaús (Lucas 24.13-35).

Em Gênesis, ainda no Jardim do Éden, o Senhor trata Adão e Eva com amor e misericórdia, após a queda do casal. Substitui os seus andrajos de figueira por pele de um animal vicário como roupa. Não bastasse tanto cuidado e afeição, anuncia-lhes o proto-evangelho, destacando a redenção da humanidade (Gênesis 3.15; 12.1-2). Proclama aos nossos pais, a vinda da semente da mulher, que haveria de pisar a cabeça de Satanás. Mais tarde, ao convocar Abraão à verdadeira fé, promete-lhe que, através de sua geração, seriam abençoadas todas as nações da terra.

No Êxodo, a Páscoa ilustra não apenas a liberdade de Israel, mas também a libertação de todos os que, em todos os lugares, recebem o Cordeiro de Deus como o seu Salvador (Êxodo 12.1-28; 1 Coríntios 5.7; 1 Pedro 1.19).

Em Deuteronômio, 18.15, Moisés fala abertamente sobre o Messias que havia de vir: "O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás."

A fase mosaica enriqueceu a religião dos israelitas de muitas maneiras, tornando-a uma religião de redenção milagrosa, monoteísmo positivo, consagração devotada, ética, dinâmica, fé responsável, amor e obediência, culto organizado, lei em comum e uma grande esperança. Embora ela não acrescentasse muitas referências à universalidade, enfatizava o caráter inclusivo no prelúdio memorável que precede a inauguração de Israel como uma nação, a realização do Decálogo e do pacto.

Em Apocalipse, o Espírito Santo revela a João que o Senhor, para redimir-nos, não morreu apenas no tempo. Na presciência divina, o Cordeiro de Deus já estava morto antes mesmo dos eventos registrados em Gênesis (Apocalipse 13.8). Nossa redenção, por este motivo, transcende o tempo e os eventos da criação; é eterna (Hebreus 9.12). Portanto, quando ainda não havia pecado e pecadores, o amoroso Deus já tinha estabelecido as bases da nossa salvação.

Na chamada de Abraão tem início o Evangelho de Jesus Cristo

Abraão iniciou sua vida em Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, e dali mudou-se com a família para Harã. As duas localidades concentravam pessoas idólatras, acostumadas a cultuar a Lua.

Ao chamar Abraão, Deus evangelizou-o, conforme enfatiza o apóstolo Paulo: "Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos" - Gálatas 3.8. Na ocasião em que o patriarca ouviu a promessa, que inclui o mundo inteiro, relatada em Gênesis 12.3, talvez ele ainda estivesse em Ur dos caldeus. É a promessa mais completa, são repetidas em Gênesis 18.19; 22.19; Atos 3.25).

Abraão ouviu o anúncio do EvangelhoQuando o patriarca ouviu a voz de Deus, que o convocou a peregrinar numa terra desconhecida e distante, afastar-se da sociedade pagã em que morava, ele saiu, pela fé, em busca de uma terra divinamente prometida à sua descendência, um lugar que Deus haveria de lhe mostrar.

O chamamento do Todo-Poderoso não queria trazer privilégio e favores para Abraão e seus herdeiros. O propósito era, a partir dele e dos seus descendentes, preparar o mundo para a chegada do Messias. Assim como Deus não chama seu ministro apenas para o bem do ministro, mas objetivando o bem da consagração, da comunidade e do mundo, Deus não chamou Abraão visando somente o seu bem-estar.

Evangelizado, Abraão fez-se evangelista e passou a apregoar o conhecimento divino (Gênesis 20.7). Implantou a genuína fé, ensinando seus contemporâneos  a adorar ao único e Verdadeiro Deus. Através dele, o povo hebreu passou a viver como o povo escolhido de Deus para proclamar o Salvador às nações e as virtudes do Altíssimo, conforme atestam as Escrituras Sagradas.

Antioquia, a Igreja missionária

Três fatores levaram Antioquia a ser conhecida como a Igreja Missionária por excelência: doutrina, testemunho e oração.

O testemunho do crente antioquiano era tão poderoso, que levou os incrédulos a apelidarem aquele povo de cristãos. Foi a primeira vez que isso aconteceu. Além disso, levemos em conta o preparo bíblico-teológico daquela igreja que, em seu ministério, havia ali não apenas evangelistas, mas também  apóstolos, profetas, pastores e mestres. E para completar, a congregação de Antioquia era composta de membros que oravam constantemente em favor dos missionários que enviava ao campo de missões.

Deus exige de cada crente uma atitude evangelística responsável e amorosa

Há inúmeros grupos sociais que são desafiadores no que diz respeito a evangelização. Jesus ordenou-nos a pregar o Evangelho a toda criatura. Assim sendo, se desprezarmos algum grupo, deixaremos de cumprir a Grande Comissão.

Quando estudamos a Palavra, percebemos que Jesus não esperava as pessoas irem até Ele, Ele é quem ia em direção aos necessitados. Então, como sua Igreja, devemos focar em iniciativas evangelísticas. Precisamos pensar: "Onde estão os mais necessitados, nos hospitais?"; "Nos presídios?"; "Nos Centros de Recuperação para Menores Infratores?". E, onde estão os mais necessitados nós devemos ir para anunciar o Evangelho de Cristo e levar o ensino da Palavra. Existem muitos necessitados de aprendizagem espiritual, pessoas não salvas que precisam ter um encontro com Jesus, saber que são amados por Deus e por nós, os cristãos, entender claramente o Plano da Salvação.

A fé no Deus único e Verdadeiro não pode circunscrever-se a uma nacionalidade, deve ser proclamada a todos, em todo lugar, em todo o tempo e lugar, por todos os meios. A fé não pode ser restringida a um território, a uma cidade, a um santuário, a um objeto sagrado. O Deus de Israel é o Deus de todos os povos, porque sua é a terra e a sua plenitude, portanto, o Evangelho de Cristo é de alcance universal. Transcende os olhos; transcende a família, transcende a etnia (Gálatas 3.26-28; Mateus 12.49-50; Atos 10.15).

Conclusão

O amor de Deus é incondicional,  toda a sua palavra é amorosamente evangelizadora. Precisamos amar as pessoas como Ele nos amou, desejar a elas aquilo que queremos para nós. Se desejamos que toda nossa família seja salva e nos esforçamos para isso, precisamos também nos esforçar para que outras famílias conheçam o amor de Deus e sejam alcançadas pela sua graça. A evangelização mundial é a tarefa intransferível da Igreja de Cristo, pois por meio da Igreja a Palavra de Deus alcança os confins da terra. Somente nós, cristãos, poderemos executá-la. Seguindo o exemplo do Senhor dos Céus e da Terra, proclamemos com zelo o Evangelho de Jesus Cristo.

E.A.G.

Compilações:
Ensinador Cristão, páginas 23, 24, 26, 31, 37; ano 17, nº 67, julho-setembro de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
Lições Bíblicas - O Desafio da Evangelização: obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura - Professor - Claudionor de Andrade, páginas 11 a 16; 3º trimestre de 2016, Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD). 
O Desafio da Evangelização - Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura; Claudionor Gonçalves; páginas 19-27; 1ª edição 2016; Bangu, Rio de Janeiro - RJ (CPAD).

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Jesus Cristo é Deus e também é o Salvador


Jesus Cristo é Deus e também é o Salvador. Belverede. Eliseu Antonio Gomes. Ailton Costa.

Deus é uno, ou triuno? Jesus Cristo é Deus ou apenas o Filho de Deus?

Não são poucas as criaturas que tentam descrever o Criador, pormenorizadamente, como se fosse possível para nós conceber tão grandiosa verdade, em nossos raciocínios de gente mortal e pecadora. Elas continuarão apenas tentando, porque é impossível para a mente humana alcançar todos os detalhes, todos os atributos daquEle que nos fez, é Santo e Eterno. Se não é possível compreender por completo a Pessoa do Senhor, resta-nos tão somente, pela fé, receber as informações que encontramos na Bíblia Sagrada, aquilo que Ele permite que saibamos.

Abaixo, a reprodução do conteúdo da página http://solascriptura-tt.org/Cristologia/CristoEhSenhorDeusSalvador-AECosta.htm , escrita pelo Pastor Ailton Costa.

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Jesus é Senhor [é Deus] e Salvador

Muito cuidado com os inimigos da cruz. As seitas negam a divindade de Jesus, isto é, dizem que Jesus não é Jeová; que Ele não é nosso Senhor e Salvador. Esses são os anticristos. As Igrejas Cristãs atestam que o Filho – JESUS – é o Deus encarnado. Eis o que diz a Bíblia:

01) Jesus é Jeová, que se fez homem e habitou entre nós (João 1.1,2, 14);

02) O próprio Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30, 38);

03) Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14.9; 2 Co 4.4);

04) Jesus disse: “Antes que Abraão nascesse, EU SOU” (João 8.58); “Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados” (João 8.24). Jesus usou o mesmo nome usado por Jeová: EU SOU (Êx 3.14). “Eu Sou” transmite ideia de eternidade. Jesus é Eterno; não foi criado. Os inimigos de Cristo morrerão em seus pecados;

05) Jesus é Senhor dos vivos e dos mortos (Romanos 14.9);

06) Jesus é o Criador de todas as coisas (João 1.3; Cl 1.15-17);

07) Jesus é o “nosso grande Deus e Salvador” (Tito 2.13; 2 Pe 1.1,11);

08) Jesus deve ser adorado como Deus (Hb 1.6-8);

09) Devemos adorar somente a Deus (Mt 4.10), mas Jesus recebeu e aceitou adoração porque se igualava ao Pai (Mt 2.2,11; 8.2; 14.33; 28.9; Jo 9.38);

10) A Bíblia diz que a Igreja é de Deus (Atos 20.28). Igualando-se a Jeová, Jesus diz: “Minha Igreja” (Mateus 16.18);

11) A Bíblia diz que Jesus é DEUS-CRISTO e que nEle habita TODA a divindade (Colossenses 2.2-3, 9);

12) Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6). O artigo definido “o” identifica, individualiza e indica Jesus como a única verdade;

13) A Bíblia diz que Jeová é autor da vida (1 Samuel 2.6). O mesmo título é dado a Jesus (Atos 3.15);

14) A Bíblia diz que somente Deus pode perdoar pecados (Isaías 1.18; 43.25; Provérbios 28.13; Mateus 6.12; Lucas 5.17ss). Jesus, na qualidade de Deus feito homem, e conhecendo os corações dos homens, perdoou muitos pecadores (Lucas 23.43; João 5.14; Mateus 9.2);

15) A Bíblia chama Jesus de Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Isaías 9.6);

16) Ao ver Jesus ressuscitado, Tomé disse: “Senhor meu e Deus meu” (João 20.28). Jesus não repreendeu o discípulo por ter sido chamado de Deus e Senhor. Ele é realmente Deus, Senhor e Salvador;

17) A Bíblia diz que Jesus é “Deus bendito eternamente” (Romanos 9.5);

18) A Bíblia diz que Jesus é “o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20);

19) A onipotência é atributo exclusivo da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus se declarou onipotente: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim; aquele que é, que era e que há de vir, o TODO-PODEROSO” (Ap 1.8);

20) A Bíblia diz que Cristo é o nosso Salvador (Tito 3.4-6). O próprio Jesus declarou ser Salvador (Mt 18.11; João 3.18);

21) A Bíblia diz que em nenhum outro nome há salvação, somente em Jesus Cristo. Jeová salva e Jesus salva porque os dois são UM (Atos 4.12). 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Cristãos gratos, cristãos queixosos

"E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos" - Colossenses 3.15
Chargista desconhecido.

Olhe para essa imagem considerando a fila como se fosse a sua oração, sem esquecer-se que Deus é o Todo-Poderoso, está sempre pronto para ouvir a todos em todos os momentos, todos ao mesmo tempo sem jamais confundir-se ou sentir dificuldade para compreender a multidão incontável que ora, simultaneamente assuntos distintos, pois Ele possui os atributos da onisciência, onipresença e onipotência.

Mensagem de panfleto dá lição de moral aos que estão acostumados a reclamar.

Encontrei a foto deste panfleto na Linha do Tempo de uma irmã, blogueira, e amiga virtual da minha família. Acompanhe, é muito interessante a leitura:

"Você já imaginou se, a partir de hoje, tudo o que reclamasse fosse tirado de sua vida? Imagine, só...

- Ai, não suporto mais a minha mãe!

Pronto, ela morreu.

- Meu cabelo é horrível!

Pronto, agora você é uma pessoa completamente calva.

- Meu emprego é insuportável!

Tudo bem, você está demitido (ou, demitida).

- Meu marido não presta!

Seu estado civil: viuvez.

- Não suporto tanto calor!

Então de agora em diante só choverá e cairão flocos de neve.

- Minha casa não é um lugar bom para eu morar!

Perdeu sua moradia, a partir de hoje viverá nas ruas, ao relento, sujeito aos perigos de todas as espécies.

Assustador, não é?

Então, olhe para tudo o que possui e agradeça a Deus. Alegre-se com o que tem.

Ao raiar de um novo dia, agradeça. E quando o dia terminar, agradeça também."

E.A.G.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

A definição de Igreja sem termos teológicos e de maneira resumida

Se você estivesse sem tempo para descrever a Igreja do Senhor para alguém que não possui nenhuma familiaridade com Teologia e nenhuma vivência entre cristãos, e não pudesse deixar a explicação para depois, o que diria?

Com vista a ser breve, direto, de maneira sucinta sobre a definição da Igreja do Senhor, eu diria algo parecido com as linhas que seguem abaixo:

A Igreja do Senhor não possui estrutura física sem vida, ela é feita de gente viva, pessoas integradas em uma comunidade de crentes, indivíduos ativos e úteis fora desta comunidade, homens e mulheres humildes e com disposição para fazer a vontade de Deus em primeiro lugar.

Crianca orando à mesa antes de alimentar-se. Pintura de Donald-Zolan. Definição da palavra Igreja sem termos teológicos. Eliseu Antonio Gomes. Blog Belverede
Os tais seguem cinco princípios básicos:

1. Oram 
Com regularidade, no mínimo, 15 minutos por dia.

2. Jejuam
Pelo menos uma vez por semana.


3. Leem a Bíblia
Quando menos, um capítulo ao dia.

4. Vivem em comunhão
Sempre de maneira voluntária, convivem junto e interagem frequentemente com, no mínimo, dois irmãos da mesma fé, e, espontaneamente, dão mostras efetivas para o mundo do valor do "cordão de três dobras" (Eclesiastes 4.9-12). 

5. Testemunham
Naturalmente, sem que seja preciso falar, têm atitudes compostas de bons exemplos no círculo social em que vivem, o estilo de vida mostra de maneira contundente que são pessoas que as bênçãos do Senhor os alcançaram (Marcos 16.15-17).

6. Entoam louvores
Cantam hinos cujas mensagens expressam o amor a gratidão a Deus, por todas as bênçãos alcançadas e que anunciam ao mundo que só Jesus Cristo é o Salvador.

7. Evangelizam
Ininterruptamente, buscam meios de encontrar oportunidades de levar o pecador aos pés de Jesus Cristo, pois desejam que todos sejam salvos da ira que recai sobre os pecadores.

E.A.G.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A Teologia dividida segundo Calvino e Armínio

Jacob Arminio
(Jakob-Hermanszoon)
Por Lucilene Batista de Brito Shirota

Faz pouco tempo que comecei a entender o que é Arminianismo. Sendo sincera, nunca havia ouvido falar desse termo, que é uma visão teológica oposta ao Calvinismo, teologia que eu sempre conheci. Desde que comecei a estudar e entender melhor o que é um e outro e suas diferenças e particularidades, fiz amizades com pessoas tanto de um lado como do outro e me aprofundei no assunto.

O problema é que se apegar a uma ou outra visão não é exatamente um erro, pois ambas são baseadas na Bíblia, mas o que temos visto atualmente, principalmente neste Brasil com quase metade da população se dizendo evangélica, é que se tendo para o lado Calvinista, logo sou arrogante e quero "tulipar" todo mundo. Se digo ser Arminiana e ainda Pentecostal (e sou mesmo), aí já me olham como um pião que fica rodando no mistério, carregando várias heresias nas costas e com passaporte assinado para o inferno.

Ah, que mundo chato e insuportável estamos vivendo e que tipo de evangelho mais tosco, deturpado, fétido, podre e falsificado estamos pregando! Pregamos o que nos amacia o ego! Cantamos aquilo que queremos ouvir e vivemos como um bando de hipócritas com uma Bíblia debaixo do braço, roupa bonita no domingo e sorriso amarelo, quando na verdade vivemos de aparências, carrancudos e tiramos o pó de cima da Bíblia no fim de semana.

João Calvino
(Johannes Calvin)
É esse cristianismo que Jesus pregou? Foi por isso que Jesus morreu naquela cruz? Sou forçada a dizer, com base nessa realidade grotesca, que Cristo morreu em vão? Ou o céu é uma fábula ou o inferno é verdadeiro e imenso para abrigar tanta gente? E eu e você vamos estar lá nos despedindo um do outro, "dando tchauzinho" um para o outro?

Não estou dizendo que ser Calvinista ou Arminiano é errado, mas se focar de tal maneira em um dos dois lados ao ponto de não considerar o outro como seu irmão, é no mínimo algo totalmente inaceitável. Para mim, o tal é pior que um incrédulo! Paulo disse em 1 Coríntios 3.4, que são carnais as pessoas que preferem fazer dissensão nas igrejas. Quanto às visões teológicas, o apóstolo diz no versículo 6 que ele plantou, Apolo regou mas Cristo deu o crescimento; ou seja, não interessa de que lado que você está, desde que o foco seja Cristo!

Essas brigas ridículas que têm acontecido nas redes sociais, onde um zomba do outro, e critica a ponto de usar palavreado chulo e ofensas, que geram até processos judiciais, são atitudes de gente com falta de entendimento e provavelmente endemoniada, não de crentes em Jesus, não de cristãos equilibrados.

Quer ser cristão? Ame o outro como a si mesmo e suporte os mais fracos na fé. Se você se considera tão forte, então, antes de ficar destilando veneno, você deve levar em conta outra passagem bíblica, que diz "olhe o outro como superior a si mesmo".

Estamos deixando de evangelizar, de fazer a diferença e de sermos irmãos por causa de visões teológicas distintas? O Arminianismo clássico, não pelagiano, assim como o Calvinismo puro, são visões que podem e sempre andaram juntas, mas um bando de gente que vem mais para ofuscar e não ser luz, mais para salgar em demasia do que temperar, tenta estragar tudo, achando que dessa forma estão combatendo as heresias dos pelagianos - pois acreditam que a salvação é por obras e não pela graça.

Concluo esta postagem dizendo que criticar e julgar os males em que a igreja tem se atolado é mais do que nossa obrigação, mas devemos fazer isso pautados na Bíblia e com nossos joelhos firmados em oração aos pés do Senhor. Estude a Bíblia, não use argumentos isolados, fora de contexto, conheça a história da igreja desde seus primórdios, saiba da vida e obra de homens e mulheres de Deus e só depois entre em questões teológicas com fundamento. Respeite quem quer que seja, aja com prudência, vigilância e temperança com todos. Inclusive, seja cuidadoso no agir e no falar com com os "super crentes" - aqueles que de tão santos só falta mesmo morrer e ir para o céu tamanha a santidade e "pudêr" (poder).

Siga a visão teológica que você julgue ser mais bíblica e fiel a Deus e não se torne um intolerante e chato, seja ainda mais humilde e destituído de si mesmo. Mais amante de Deus e da Palavra e um defensor da sã doutrina. Persevere nisso e você verá que independente de Paulo, Apolo, Calvino e Armínio, é o Cristianismo puro, santo e cristalino que você está seguindo, vivendo e apontando para outros verem e também seguirem rumo ao céu!

QUE DEUS NOS AJUDE E VOS ABENÇOE! PAZ DO SENHOR!

sábado, 9 de janeiro de 2016

Deus cuida de nós

Na ocasião em que a escrava egípcia de Sara teve proximidade íntima com Abraão e concebeu a Ismael neste encontro, o relacionamento de serva e senhora ficou conturbado e Agar, gestante, fugiu de casa para o deserto, entrando pelo Caminho de Sur, que provavelmente era a rota que a levaria ao Egito. 

"E o anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. E disse: Agar, serva de Sarai, donde vens, e para onde vais? E ela disse: Venho fugida da face de Sarai minha senhora. Então lhe disse o anjo do SENHOR: Torna-te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas mãos. Disse-lhe mais o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua descendência, que não será contada, por numerosa que será. Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e darás à luz um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição. E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos. E ela chamou o nome do Senhor, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê? Por isso se chama aquele poço de Beer-Laai-Rói; eis que está entre Cades e Berede. E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael - Gênesis 16.7-15.

Uma vez que Jesus Cristo encarnou-se e depois disso o Anjo do Senhor, literalmente o Mensageiro do Senhor, deixou de aparecer nos relatos bíblicos, os estudiosos da Bíblia Sagrada concluem que a presença deste personagem é uma teofania, isto é, representa a presença de Jesus Cristo antes do nascimento virginal por meio de Maria. O anjo do Senhor não é um ser distinto de Deus, mas Deus mesmo. Ele se manifesta e faz com que as pessoas experimentem a sua presença permitindo ser percebido através dos cinco sentidos naturais do ser humano.

Ele fala como Deus, identifica-se como Deus e também afirma exercer os direitos de Deus (Gênesis 16.7-14; 21.17-21; 22.11-18; 31.11, 13; Êxodo 3.2; Juízes 2.1-4; 5.23; 6.11-14; 13.3-22; 2 Samuel 24.16; Zacarias 1.12; 3.1; 12.8). 

Atualizado em 30 de julho de 2022, 17h34.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Marcello Oliveira: blog Davarelohim - Supremacia das Escrituras

Ao fundo, a Jerusalém oriental destacando em amarelo a Cúpula da Rocha, também
conhecida como Mesquita de Omar..
Deixo aqui a você, leitor assíduo ou visitante deste blog, uma dica especial. 

Se ainda não conhece, procure conhecer o blog Davarelohim - Supremacia das Escrituras. Encontrará naquele espaço, criado e mantido por Marcello Oliveira, conteúdo de muito conhecimento teológico, generosamente compartilhado com internautas, principalmente sobre vocábulos dos idiomas originais do Antigo Testamento e assuntos correlatos, além de outras curiosidades do universo cristão de nossa contemporaneidade.

Marcelo por Marcelo:

" 'Não sou o que deveria ser..., Não sou o que gostaria de ser...; MAS NÃO SOU MAIS O QUE EU ERA. Por graça de Deus sou o que sou'. [John Newton] Teólogo. Hebraísta. Escritor. Por graça de Adonay, sou consultor teológico do Programa Crescendo na fé, da rádio Musical FM 105,7. Escrevo para o excelente site: www.bibliaworldnet.com.br - na coluna: Crescendo na graça. Pregador Itinerante. Atualmente, estou fazendo pós graduação em Antigo Testamento na FTB [Faculdade Teológica Betesda] onde tenho a honra de ter como profs. Dr Russel Shedd, Ms. Luis Sayão, e Prof Lucian Benigno. Tenho alguns artigos publicados no excelente site da Sepal, nas categorias [Igreja, Teologia] www.sepal.org.br - Acima de tudo, um instrumento nas mãos de HaShem, procurando agradá-lo e fazer o seu NOME conhecido. Por graça do Eterno, escrevi um livro: Os Produtos do Mercador, onde faço uma leitura alegórica do livro de Cântico dos Cânticos. Esta singela obra foi prefaciada pelo "princípe dos pregadores" - Pr Geziel Nunes Gomes, a quem devo respeito, gratidão, e profunda admiração." 

E.A.G.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Teologia da Ciência

Você já ouviu falar sobre a Teologia da Ciência? Trata-se de uma nova metodologia científica que reconhece a existência do Criador.

Através de leis da física e da filosofia, o pesquisador Michael Heller, polonês, mostra que Deus existe e em 17 de março de 2008 ganha um dos mais cobiçados prêmios em dinheiro da classe científica mundial, o Prêmio Templeton, no valor de US$ 1,6 milhão, concedido pela Fundação Templeton, instituição situada em Nova York e que reúne pesquisadores de todo o mundo.

Em seu discurso no momento da premiação, declarou que é preciso investigar a causa da origem do universo: "Ao observar o universo nos é imposta uma questão: você precisa (encontrar) uma causa? É claro que as explicações causais são uma parte vital do método científico. Vários processos no universo podem ser expostos como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do que acontece". Anunciou que usaria o dinheiro para criar uma fundação de pesquisas cujo nome seria Centro Copérnico, uma merecida homenagem ao filósofo conterrâneo que, sem abrir mão da religião, provou que o Sol é o centro do sistema solar.

Padre, teólogo,  professor de filosofia e uma pessoa que viveu bem próximo do Cardeal Karol Wojtyla antes que se tornasse o Papa João Paulo II, trabalhou por quarenta anos em busca de conceitos sobre a origem e a causa do universo, apontando para a filosofia ou metafísica do universo, onde a base da realidade é conectar as raízes ontológicas do universo com a ontologia da Divindade e do ato criativo. Suas coletas de informação vieram da matemática, física, cosmologia, bem como filosofia e teologia.

Heller, é professor de filosofia na Pontifícia Academia de Teologia de Cracóvia, com licenciatura em teologia na Universidade Católica de Ljubljana, ordenado sacerdote católico em 1959, formou-se em filosofia em 1965, com uma tese sobre a teoria da relatividade e seu doutorado com uma tese sobre cosmologia relativista. Apesar de seus estudos serem de física teórica, formou-se em filosofia, porque o colégio católico comunista em que estudava não fornecia graus em física. Em 1969, Heller recebeu capacitação - um grau avançado de PhD para o ensino autorizado - com outra tese sobre o princípio de Mach em cosmologia relativista. Foi professor visitante no Instituto de Astrofísica e Geofísica da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, e também teve uma estadia de pesquisa no Instituto de Astrofísica da Universidade de Oxford e do departamento de física e astronomia Universidade de Leicester. Em 1985 ele se juntou ao corpo docente da Academia Pontifícia de Teologia de Cracóvia. Em 1986, começou a colaborar com o Observatório do Vaticano em Castel Gandolfo. Também ligado com o Grupo de Pesquisa Observatório Steward da Universidade do Arizona, em Tucson, é co-autor de livro, e outros trabalhos em inglês, junto com o padre jesuíta George Coyne. A obra de Heller é profícua: soma trinta livros, quatro livros em inglês e 400 artigos sobre suas pesquisas, sendo a maior parte em polonês. Suas pesquisas foram publicadas em prestigiosas revistas internacionais de Física.

Os livros em inglês, são:
• Fundamentos Teóricos da Cosmologia (World Scientific, 1992), trabalho técnico da cosmologia, do ponto de vista de modelos matemáticos que dão origem à física teórica e cosmologia.
• A Nova Física e uma nova teologia (do Observatório do Vaticano Publications, 1996). A relação tanto à nova física e cosmologia com a teologia.
• Ensaios sobre Ciência e Religião (Templeton Foundation Press, 2003). Continuação do assunto abordado no livro anterior.
• Física Matemática para Filósofos (Pontifício Conselho para a Cultura, a Universidade Gregoriana, 2005) onde expõe aos filósofos uma visão estruturalista da teoria da relatividade e da mecânica quântica.

Para Heller, existe simultâneidade sem superposição e concorrência entre o tempo-espaço observável e o tempo-espaço desconhecido por nós. Ele explica Deus em sua teologia da realidade primária usando a metafísica e a cosmologia. Apresenta Deus como a fonte criativa, o Ser transcendente, tanto ligado aos acontecimentos mundiais como também além do tempo-espaço da realidade em que vivemos, não sujeito ao estado temporário, em uma geometria não comutativa, dentro do tempo dinâmico que conhecemos e ao mesmo tempo além desse tempo-espaço.

Heller pergunta o que houve antes do Big Bang. E responde a isso afastando-se da especulação de que a origem do universo ocorreu devido um vácuo quântico gerador de um mar de energia. Sua resposta abraça a narrativa teológica, explica a gênese do mundo físico apontando ao Big Bang como um evento de conexão geométrica  entre duas dimensões do tempo-espaço, momento quando o tempo em que estamos e o tempo desconhecido se cruzaram e Deus, Ser transcendente, trouxe para a existência do mundo físico as. fundações do universo em que estamos.

Confira as matérias da Isto É e  Tendencias 21.

E.A.G.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quem não é batizado no Espírito não é salvo?


Recentemente, publiquei o artigo O Batismo no Espírito Santo Hoje. No texto, eu lembro o fato de muitos cristãos viverem no meio pentecostal por muitos anos sem serem batizados no Espírito Santo. E no espaço de comentários deste artigo surgiu uma argumentação afirmando que pessoas não batizadas com o Espírito não são salvas, alegando que o fato de não serem batizadas é porque não tiveram um verdadeiro encontro com Jesus Cristo.

Para iniciar, é preciso esclarecer que minha intenção é refletir expondo o conteúdo das Escrituras Sagradas, minha pretensão não é me indispor com ninguém. 

Adianto que encontramos textos neotestamentários apontando claramente o batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo. Também, preciso dizer que existem.muitas passagens de Atos dos Apóstolos que narram batismos, mas elas não são claras se se tratam de batismos nas águas ou batismo no Espírito Santo. E nesta falta de esclarecimento, não é possível declarar uma ou outra coisa, quem tenta elucidar algo nestas condições jamais passará do terreno das suposições. E eu acredito que se não houve da parte de Deus o interesse em dar luz plena, é porque não é necessário que saibamos sobre os fatos ocorridos detalhamente (Deuteronômio 29.29).

No momento da crucificação, Jesus Cristo disse para o ladrão que o reconheceu como o Messias "hoje mesmo estarás comigo no paraíso" (Lucas 23. 43). Existem duas interpretações com relação ao batismo nessa passagem. De um lado, há quem afirme que o ladrão foi batizado no Espirito naquele instante e por isto foi salvo. A outra corrente de cristãos alegam que o ladrão foi salvo porque reconheceu a Jesus como Salvador e Senhor, baseados em Atos 16.31, e que a fé em Cristo é suficiente para uma alma ser salva, não é preciso nenhuma espécie de batismo.

O assunto é muito profundo, demanda estudo apurado. Minha intenção é abordá-lo, mas sabendo que não é possível concluí-lo em apenas um artigo - provavelmente em breve escreverei mais a respeito..

Somente pode ser salvo quem for batizado com o Espírito Santo?

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" -  Marcos 16:15-18.

Conheço pessoas, que respeito muito, ensinando que os salvos são apenas os batizados no Espírito. Elas acreditam que Marcos 16.16, ao citar o termo batismo, não se refere ao batismo nas águas, mas ao batismo no Espírito Santo. Lamento muito por quem ensine assim! Meu lamento existe porque a Bíblia Sagrada aborda o assunto de maneira claríssima e diferente dessa ideia.

Condicionar a salvação ao batismo é o mesmo que dizer que o sacrifício de Jesus Cristo na cruz não foi suficiente, que o brado de Jesus "está consumado", o mesmo que gritar "missão completa", foi uma mentira (João 19.30). Então, só posso repudiar essa doutrina que condiciona a salvação ao batismo com Espírito Santo, não posso concordar com esse modo de interpretar as Escrituras Sagradas.

Os sinais do poder e a salvação

Em Marcos 16.16 há o registro da fala de Jesus Cristo “e estes sinais seguirão aos que crerem”. O contexto bíblico traz à luz de maneira bem clara a questão do batismo no Espírito e a salvação das almas, basta lê-lo sem pensamentos preconcebidos para receber a estrutura teológica sobre o assunto.

É fato que no texto de Marcos 16.16 há uma relação dos sinais com o ato de crer. Mas os sinais que seguem o crente, portadores de dons espirituais de poder, não apontam para a salvação deles. O contexto bíblico esclarece. Contextualizando: 

1- Os demônios creem em Deus, mas não o obedecem (Tiago 2.14-23); 
2- Muitas pessoas apresentam os sinais de dons de poder, pelo fato de crerem em Deus e não por estarem dispostas a obedecê-lo (Mateus 7.21-23). 
3- Com e sem o batismo no Espírito Santo, muitas almas irão sofrer no inferno, sofrerão eternamente como os demônios, porque são servos do pecado e não servos de Cristo, são imitadores do diabo, não atendem ao mandamento do amor, não são imitadores de Deus (Efésios 5.1; 2 Pedro 2.19-22).

Jesus Cristo quer pessoas que tomaram a verdadeira decisão se seguir seus exemplos. Quem não o imita ainda não o aceitou como Senhor.

Nos dias atuais encontramos no meio pentecostal, pessoas carnais que aparentam estar batizadas com o Espírito Santo. Elas falam em línguas dos anjos, são usadas em dons espirituais, mas não praticam os ensinamentos de Cristo, não se consagram a Deus. Elas sempre colocam algo na frente da necessidade de imitar a Cristo. O motivo para não imitar ao Senhor é a preferência em atender as vontades do ego, não querem abrir mão de extravasar a inveja, o rancor, a mágoa, o ressentimento, a vingança, etc. Gente que nutre coisas assim ainda não teve um real encontro com Jesus Cristo e estão fadados ao sofrimento eterno.

A relação do crente com o Espírito Santo

"Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente." -  1 Coríntios 2:14.

Em minhas leituras, cheguei à conclusão que uma alma convertida pode chegar a dois níveis de relacionamento com o Espírito Santo.

1 - O primeiro nível da relação da alma convertida é ter o Espírito em seu viver, quando recebe a Jesus Cristo. Nesta fase cristã, que não é o batismo no Espírito, o convertido anda de acordo com a Palavra de Deus, em obediência, reverentemente. É quando batiza-se nas águas. É perceptível na vida dessas pessoas o fruto do Espírito em suas nove características: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. As Escrituras Sagradas declaram que quem dá fruto é salvo (Gálatas 5.16-23).

2 – O segundo nível é o batismo no Espírito Santo e as atividades de manifestação de dons espirituais.

O que não significa o batismo com o Espírito Santo?

O batismo com o Espírito Santo não é um certificado de qualidade espiritual. É preciso ser claro aqui: não generalizo. Tive o desprazer de conviver com pastor carnal, prepotente, arrogante, dissimulado, e apesar dessas falhas era alguém que falava em línguas estranhas, expulsava demônios e era usado em curas divinas. De tanto errar, a Igreja fez uma assembleia geral, membros e lideranças usaram o estatuto e o destituíram do posto pastoral.

Para ser salvo é necessário produzir o fruto do Espírito, que em outras palavras significa reconhecer na prática o senhorio de Cristo; significa fazer a obra de Deus, ter fé viva e não a fé morta, ou seja, significa ultrapassar a barreira do discurso religioso e partir para a prática obedecendo o mandamento do amor a Deus e ao próximo (Tiago 2.14-23).

Em nenhum trecho das Escrituras Sagradas é declarado que é preciso ser batizado no Espírito para ser salvo. Para ser salvo é necessário crer na pregação do Evangelho, que anuncia a Jesus como único Salvador a quem é preciso reverenciar como Senhor. O Evangelho recomenda crer e obedecer a Jesus como Senhor (Atos 4.10-12; 1 Timóteo 3.16; Efésios 5.1-17).

Sobre os dons sobrenaturais

Após cumprir o plano da salvação perfeitamente, Jesus Cristo designou o exercício de funções ministeriais na Igreja com o propósito de que os cristãos amadureçam na fé e não sejam induzidos ao erro (Efésios 4.9-15).

Deus estabeleceu na Igreja ministérios, funções de lideranças e capacitou servos para abençoar o próximo (1 Coríntios 12.27-28).

É o Senhor quem efetua tudo em todos, distribui os nove dons aos cristãos através da manifestação do Espírito Santo, distribui esses dons de diferentes formas, faz essas distribuições de dons individualmente e como quer, sempre dá os dons visando o bem da coletividade cristã (1 Coríntios 12.4-11).

A finalidade do batismo e dons espirituais

É preciso entender que os dons de poder estão na vida de pessoas batizadas no Espírito Santo, e mesmo assim algumas serão condenadas pelo juízo de Cristo no Dia do Julgamento Final, porque querem lutar contra a carnalidade, mas satisfazer seus desejos. 

Muitas pessoas batizadas no Espírito Santo recebem dons (de maravilhas, curas) e fazem proezas apesar de algumas delas não mostrarem em suas vidas o fruto do Espírito.

Existem pessoas batizadas com o Espírito e que ao mesmo tempo são carnais, Deus permite que isso ocorra porque o Senhor quer usá-las em dons espirituais com o objetivo de abençoar a Igreja através dos dons do Espírito que está na vida delas. Exemplo: dons de curar, o Senhor quer libertar de doenças cristãos reverentes que clamam por saúde.

A importância do batismo nas águas e no Espírito

Quem se propõe a seguir a Jesus deve desejar o batismo nas águas e também o batismo no Espírito Santo.

Jesus Cristo em seu início de ministério recebeu o batismo nas águas, ministrado por João Batista e em seguida ouviu a voz de Deus, que lhe disse: "este é o meu filho amado em quem tenho muito prazer" (Lucas 9.35).

Sobre os batismos, é preciso entender que nem o primeiro nem o segundo salvam o ser humano. Para ser salvo é necessário reconhecer a Jesus Cristo como Salvador e Senhor e haver comprometimento da alma em abandonar o pecado e viver a fé praticando todos as orientações do Senhor (Tiago 2.20, 26; Hebreus 11.6).

Conclusão

São muitas almas que são tementes a Deus mas ainda não receberam o batismo com o Espírito Santo. Quem conhece de fato os corações é o Senhor. Só Ele sabe quem são os salvos e quem não são – independente se serem ou não batizadas no Espírito.

Não é prudente afirmar que pessoas não batizadas com o Espírito Santo, que não falam em línguas estranhas, são carnais e não são salvas. Muita gente assim são bons cristãos, ativos e úteis na Igreja de Cristo. 

Jesus Cristo orienta a que todos se convertam de seus maus caminhos, neguem a vontade da carne para ser seu seguidor (Mateus 10.37-38; 16.24; Lucas 14.33). É só Ele quem conhece os corações, sabe perfeitamente quem tomou uma verdadeira decisão de recebe-lo como Senhor. 

A fé do cristão deve ser enfática, ele não deve ter ânimo dobre. Só quem procurar a Deus com todo o coração o encontrará (Jeremias 29.13).

Para terminar, ratifico: Quem afirma que o batismo no Espírito credencia a alma para a salvação não possui bases bíblicas contextualizadas. As Escrituras afirmam que para ser salvo é preciso crer em Jesus como Salvador e curvar-se à Ele aceitando-o como Senhor. Tal postura de servo é descrita pelo apóstolo Paulo como caminhar produzindo o fruto do Espírito.

E.A.G.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O que é escatologia bíblica?

Em Lucas 21.36 está escrito: Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e possais estar em pé na presença do Filho do Homem" (ARA). Este versículo bíblico afirma que devemos vigiar e orar para escapar dos juízos divinos contra o mundo.

Como fazer isso? Estudando escatologia. Ao estudá-la, faça isso em oração e pedindo ao Senhor que ilumine o seu entendimento.

O que escatologia?

A escatologia bíblica utiliza a Ciência da Metodologia Indutiva, para chegar à verdade revelada da Palavra de Deus contida nos escritos originais, em hebraico e grego . Assim, transpõe as barreiras culturais e linguística de mais de dois mil anos. Leva em consideração a linguagem distinta do texto bíblico, pesquisa a cultura diferente que existia na época em que o texto foi escrito. Analisa imagens, símbolos e metáforas, com a finalidade de elucidar quais textos usam mensagens literais e simbólicas.

Escatologia bíblica é a doutrina que lida com as “últimas coisas” relacionadas a Cristo e a Igreja, por meio da soberania de Deus, "segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor" (Efésios 3.11). A palavra tem raiz no idioma grego: “eschatos” (último); “logos” (estudo). Fazendo uso de análise exegética das Escrituras Sagradas, estuda todas as nossas crenças cristãs quanto ao fim dos tempos. A matéria ensina sobre os eventos que estão para começar a acontecer a qualquer instante. Aborda a vinda de Cristo e o que isso acarretará para a humanidade (os salvos, os não salvos e os judeus).

Expressões bíblicas escatológicas: “últimos dias” (Isaías 2.2; Miquéias 4.1); “últimos tempos” (1 Pedro 1.20) e “última hora” (1 João 2.18).

A escatologia faz uso das profecias.

De Gênesis à Apocalipse a Bíblia está cheia de profecias. Quem quiser entender corretamente as profecias da Palavra de Deus, deverá seguir as diretrizes teológicas, que representam parâmetros importantes aos estudiosos das Escrituras Sagradas.

O que é profecia? A palavra grega para profecia é “propheteia”, originárias de duas outras palavras gregas, pró (para frente) e “phemi” (falar). Significa falar a respeito da mente e do conselho de Deus. Por esta definição entendemos que a Escritura em certo sentido é profecia.

Eventos escatológicos

1 Tessalonicenses 4.16-17: O que acontecerá no Arrebatamento da Igreja;
2 Coríntios 5.10: O Tribunal de Cristo;
Daniel 9.25-27: Quanto tempo durará a Grande Tribulação?
Zacarias 14.4: Jesus voltará a Terra outra vez? Sim!
Apocalipse 20.11-15: O que a Bíblia diz sobre o Juízo Final;
2 Pedro 3.13: As revelações bíblicas sobre Novos Céus e Nova Terra.

Escatologia não é futurologia

Existem muitos futurólogos no mundo, mas somente a Bíblia contém a verdade sobre o futuro.  Ela foi divinamente escrita, portanto nenhum leitor pode interpretá-la fazendo especulações ou interpretações e conclusões próprias.

É preciso estudar escatologia com o cuidado de não ir além do que está escrito (1 Coríntios 4.6). Para conhecer o futuro, é preciso buscar na Palavra de Deus o que está revelado.

Conclusão

Deus anuncia em sua Palavra o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam, e declara: “o meu conselho será firme e farei toda a minha vontade” – Isaías 46.9,10.

Os eventos escatológicos sempre ocorrem no sentido de montar o cenário ao esperado momento da Segunda Vinda de Cristo aos desdobramentos que acontecerão após este glorioso episódio da História do ser humano na Terra.

E.A.G.

Texto resumido e compilado, de:

Bíblia de Estudo Indutivo (Editora Vida), edição de 1997;
Biblical Eschatology Blog
Curso Bíblico de Escatologia - Eliseu Pereira
Pr. Jorge Albertacci
Lições Bíblicas - Juvenís; O que a Bíblia fala sobre o futuro da Igreja (CPAD);

domingo, 22 de julho de 2012

"E haverá sinais nos céus" - avião americano cai no mar japonês


Eliseu Antonio Gomes
Originalmente para o blog Vivendo a Última Hora

Para nós, que pertencemos às gerações do século 20 e 21, é muito comum olhar para cima e ver aeronaves sobrevoarem nossas cabeças, como também é absolutamente aceitável fazer viagens dentro desses veículos. 

Mas, pense na reação de alguém lá do século 1, caso fosse possível avistar o avião cruzando do sul ao leste, ou norte ao sul! Pois é... Seria um susto tremendo! E o espanto é compreensível, porque se hoje é comum vê-los, jamais será algo natural. 

A profecia de Jesus Cristo: "E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu." - Lucas 21.11. 

Abaixo, uma notícia recente:

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Tóquio, 22 jul (EFE).

Um avião militar modelo F-16 das Forças Armadas americanas caiu neste domingo no mar em cidade de Nemuro, na ilha setentrional (norte) de Hokkaido, informou a agência local "Kyodo".

O avião de combate caiu ao mar por volta das 11h30 (horário local, 23h30 de sábado em Brasília) a cerca de 1.000 quilômetros da capital japonesa, segundo o serviço de guarda-costeira japonês que, por enquanto, não deu mais detalhes sobre o incidente.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA mantêm em território japonês bases militares com cerca de 48 mil soldados, a metade deles localizados na ilha de Okinawa, ao sul do arquipélago. 

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E.A.G.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jesus manda odiar pai e mãe?


"Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" - Lucas 14.26.

Não existem contradições na Bíblia Sagrada. Jesus não pregou o ódio no ambiente familiar ao dizer que o cristão deveria aborrecer (odiar em algumas versões) seu pai e sua mãe, irmãos e filhos.

Na literatura, esse tipo de recurso linguístico é chamado de hibérbole, quando uma afirmativa é levada ao extremo. Neste caso, houve contraste do amor com o ódio, em claro objetivo de ênfase.

A Bíblia usa com frequência essa figura literária (Provérbios 13.24; 29.24).

Nesta passagem, Jesus nos alerta que o primeiro e maior mandamento é amar a Deus de todo coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento (Mateus 23. 37-38).  Por mais que amemos  defendamos nosso cônjuge e nossos familiares, a até a nossa própria vida, não deve haver ninguém a quem amemos mais do que a Deus. Ninguém mais deve assunir a prioridade em nossa vida. Elevar o amor por qualquer outra pessoa acima de Deus (incluindo nosso amor próprio) é idolatria.

E.A.G.

Consulta: Bíblia Evangelismo em Ação, edição 2005, Editora Vida.

domingo, 22 de abril de 2012

Antropopatismo e antropomorfismo na Bíblia

Deus é um ser em forma humana e masculino?

Há quem pense que Deus é um ser corpóreo, com cabeça, tronco e membros, igual aos seres humanos e masculino.  Quem acredita nisso usa a passagem bíblica "Deus formou o homem à sua imagem e semelhança". Porém, nesta passagem o termo "homem" é usado no sentido genérico, ou seja, a raça humana, homem e mulher, e se referindo ao poder de volição.

Ora, o Criador não tem formas do ser humano e não tem sexo. Tais pensamentos beiram o ridículo, principalmente quando sendo peça de ensino daqueles que se dizem mestres e apresentam essa tese falando grosso. É uma heresia tal ensino.

É verdade que em muitas passagens bíblicas o Senhor é apresentado como ser humano, uma figura masculina. Porém, tais textos usam recursos linguísticos, para que o leitor compreenda o que é preciso ser comunicado.

Os recursos de linguagem são a antropopatia e o antropomorfismo. 

A antropopatismo é a atribuição de sentimentos humanos a Deus e seres que não são humanos.

O antropomorfismo confere à Deus e objetos atributos e atos humanos, é a atribuição de caráter e formas humanas a quem não é humano.

Conclusão

Infelizmente, é comum encontrar em algumas literaturas cristãs importantes alguns erros de interpretação do texto bíblico, conforme descrito acima. E notamos que quem ignora as linguagens contendo a antropopatia e o recurso antropomórfico, via de regra, pensam que Deus depende muito delas. Em flagrante delito do uso de eufemismo, agem como se o Senhor dependesse de testosterona para vencer o diabo. 

Sabemos que Deus não depende de homens (sentido genérico) para que a Obra prossiga. Ele detesta quem pense o contrário disso.  Deus ama os humildes, seja a pessoa homem ou mulher, e faz uso de todos os corações voluntários que queiram fazer a sua vontade.

E.A.G.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

C. I. Scofield e a Bíblia de Referências para Estudo

Qual é a melhor Bíblia de Estudo?

Frequentemente vejo o interesse de internautas nas pesquisas do Google que arrolam o blog Belverede. Não existe uma resposta definida, porque a opinião está em paralelo com a expectativa do estudante das Escrituras Sagradas.

As características da  Bíblia de Estudo Scofield, são:

• o método dispensacional de estudo bíblico;
• exposição das notas e comentários observando o caráter progressivo do trato de Deus com a humanidade por meio das alianças firmadas com o homem;
• defende a inspiração verbal e plenária e a inerrância das Escrituras;
• defende a existência de um Deus em três pessoas - Pai, Filho e Espírito Santo -, a divindade de Cristo, sua morte substitutiva, ressurreição física e ascensão, e sua iminente volta para buscar sua noiva, a Igreja.

Quem foi Cyrus Ingerson Scofield?

Ele nasceu em 19 de Agosto de 1843 e faleceu em 24 de Julho de 1921. Foi escritor, teólogo, pregador e apologista da doutrina dispensacionalista. Nasceu na zona rural do condado de Lenawee, Michigan, ao sudeste de Detroit, nos Estados Unidos. Foi o filho caçula entre sete irmãos. A sua  mãe morreu quando tinha apenas três meses de vida, e seu pai casou-se duas vezes antes de que atingisse a maioridade. Sobre a infância, descreveu-se como  um grande entusiasta da leitura, revelou  que enquanto criança leu Shakespeare e Homero.  ¹   ³ 

Antes de converter-se, com 17 anos, alistou-se em 1860 e prestou serviço militar no Exército da Confederação por dois anos, saiu ao pedir dispensa quando estava hospitalizado, e pelo serviço patriótico recebeu a Cruz da Honra; estudou leis; o presidente Ulisses S. Grant o designou Fiscal dos Estados Unidos para o estado do Kansas. ¹   ³

Ainda antes da conversão, em 1866, casou-se casou Leontine Cerrè LeBeau, de uma proeminente família francesa católica. Trabalhou como aprendiz no escritório de advocacia de um de seus irmãos. Trabalhou como assessor de um político. Em 1871, Scofield foi eleito para a Câmara dos Deputados Kansas. Em 1873, trabalhou para a eleição de John J. Ingalls como senador do Kansas. Quando Ingalls venceu o pleito, quando Scofield, aos 29 anos, foi nomeado Procurador Distrital dos EUA em Kansas. Deixou a carreira política sob acusações não comprovadas de desvios dos fundos de verbas eleitorais e falsificação de assinaturas. Neste período, sua esposa, com quem teve duas filhas, pediu divórcio. Separado legalmente, no mesmo ano casou-se com Hettie Salão von Wartz, com quem acabou por ter um filho.  ¹   ³

A conversão de Scofield

Embora sua origem tenha sido em uma família cristã, que se reunia para ler a Bíblia Sagrada em casa, conhecia-a apenas como um livro de histórias interessantes, não costumava fazer estudos devocionais e nem sistemáticos. Assim, até os 36 anos sua experiência religiosa era superficial, era um cristão nominal.

Por meio do testemunho de um colega advogado, Scofield converteu-se ao Senhor Jesus no período em que era alvo das acusações como assessor de campanha política. Foi pastoreado por James H Brooks, da Igreja Presbiteriana, de quem recebeu os primeiros ensinos sobre a doutrina dispensacionalista pré-milenista. Em 1879, conheceu Dwigth Moody. Em 1883 foi ordenado pastor da Igreja Congregacional de Dallas, com 14 membros, e dois anos após ela contava com mais de 500 membros.  Em 1890,  Scofield fundou a Missão da América Central. Scofield também atuou como superintendente da American Home Missionary Society of Texas e Louisiana, e em 1890, ele ajudou a fundar Lake Charles College (1890-1903), em Lake Charles, Louisiana. Em 1895, Scofield foi convidado para pastorear a Igreja Moody, a Igreja Congregacional Trinitariana, em Massachusetts.  ³

Como escritor, Scofield é autor do livreto Manejando Bem a Palavra da Verdade, que o fez reconhecido como ministro e líder da doutrina pré-milenismo dispensacionalista.

Scofield morreu em sua casa em Long Island. ³


A Bíblia de Estudo

A Bíblia de Estudo Scofield não é obra de apenas um homem. O conteúdo que o leitor tem em mãos hoje,  é fruto de uma comissão constituída após a morte de Scofield.

A origem da Bíblia de Scofield com Referências foi explicada por C.I. Scofield em sua introdução à edição de 1909, quando nega origininalidade pessoal da obra, que ocupou muitos anos de sua vida, afirmando que outros homens - eruditos e espirituais - trabalharam e ele apenas usou o trabalho deles. Usando modéstia, afirma que sua tarefa seria debruçar-se sobre o conjunto de textos aperfeiçoados, resumí-los e arranjá-los coordenadamente. Ele, ainda, agradece a cooperação de diversos editores consultores. Cita nominalmente: James Barrellet, professor da Faculdade Teológica de Lausanne; Sayce e Margollouth, professores de Oxford; C.R. Erdman, de Princeton. Agradece, também, aos que generosamente o ajudaram prestando auxílio financeiro: "Finalmente, muito obrigado àqueles cuja generosa assistência material tornou possível a preparação de uma obra envolvendo um período de anos e repetidas viagens aos centros de ensaio bíblico no estrangeiro". ²

Em 1903, Scofield dividia suas ocupações entre o pastorado em Dallas e os trabalhos que culminaria com a Bíblia de Referências Scofield. Sua segunda esposa foi uma dedicada assistente de edição nesta obra. Neste período, de elaboração de estudos bíblicos, viajou bastante para a Europa para coletar dados. Em 1909, a obra foi lançada e logo se tornou grande influenciadora ao ensino do pré-milenismo dispensacionalista.  A popularidade de Scofield aumentou e ele passou a fazer muitas conferências sobre a doutrina. ³

Scofield tinha fervoroso desejo de ajudar as pessoas a estudar a Bíblia Sagrada por si sós, o que o levou a consolidar o sistema de estudo bíblico pessoal da The Scofield Reference Bible. ¹ O resultado dessa visão e iniciativa é o reconhecimento da obra, como sendo uma das melhores Bíblias de Estudos já publicadas no mundo. O conteúdo didático e erudito de seus comentários bíblicos, no que diz respeito ao texto sacro é recebido pelos leitores como excepcional e digno de confiança.

Passados meio século da publicação da primeira edição, assim como o próprio Scofield sentiu a necessidade de melhorar a edição original oito anos após o lançamento, em 1967 surgiu a edição revisada por uma comissão da Imprensa da Universidade de Oxford. Houve acréscimos textuais, devido descobertas arqueológicas e o desenvolvimento dos acontecimentos do mundo à luz da profecia bíblica, alterações em introduções aos livros bíblicos, inclusive cancelamentos em notas de rodapés e publicações de novas notas. ²

Publicações em português

Li em alguns sites e blogs que a Bíblia de Estudo Scofield é uma publicação da Bom Pastor. No entanto, na página de dados bibliográficos, não consta que ela seja uma publicação desta editora. Lá, está assim: “todos os direitos reservados para Broadman & Holman Publishers / The Scofield Bíble copyright por Oxford University Press, Inc / O nome Scofield está registrado na Oficina de Patentes e Marcas Registradas nos EUA. Publicado por Holy Bible. impresso no Brasil”. 4

A primeira Bíblia de Estudo com Referências de Scofield que eu adquiri veio do exterior, da Espanha. Todas as notas em português constavam estar sob o copyright de Spanish Publications, Inc. - 1986, indicando que a New Scorfield Reference Bible pertence à Oxford University Press, Inc. .  O texto bíblico usado nela é o Almeida Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil, Comprei-a em novembro de 1996.  4

No evento Expocristã, feira de editores cristãos, ocorrida entre 8 e 13 de setembro de 2009 no Shopping Center Norte - São Paulo, foi apresentado nova edição da Bíblia de Estudo Scofield, com impressão no Brasil  em 2009, no stand da Bom Pastor, que firmou contrato de distribuição no Brasil com o editor. 4

Os dados bibliográficos dessa nova publicação, concernente ao detentor de direitos atuais são os mesmos, sendo que a diferença é a editora que a publicou. A editora atual é a Holy Bible e a anterior é Publicações Espanholas S.A. Aparentemente, as mudanças de revisão são tênues. O texto bíblico usado é Almeida Corrigida Fiel (ACF), da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. O vocabulário das notas possuem alterações pequeninas. Não aderiu ao Novo Acordo Ortográfico. 4


Como não deveria deixar de ser, esta nova edição apresenta recursos essenciais à boa compreensão das Escrituras: introdução explicativa a cada livro bíblico; textos introdutórios às diferentes seções da Bíblia; mais de 1.700 notas de rodapé tratando de seis temas (história, geografia, linguística, usos e costumes, novas evidências arqueológicas, cronologia).

A edição da Holy Bible tem apêndice de valor considerável, é a Concordância Bíblica Abreviada, criada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

 E.A.G. 
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1. Bíblia de Estudo Scorfield, páginas iv, v, edição 2009 (Holy Bible)

2. A Bíblia Sagrada - Anotações por Scofield, páginas iii, vi, 4ª edição, 1993 (Spanish Publications Inc).

3. Wikipédia - http://en.wikipedia.or/wiki/C._I._Scofield

4. UBE Blogs - Eliseu Antonio Gomes - http://www.ubeblogs.net/2009/10/um-comentario-sobre-nova-biblia-de.html

domingo, 20 de novembro de 2011

Neemias 10.28 - Netineus ou netinins, quem eram eles?

Quem são os netineus ou netinins?
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"E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os servidores do templo, todos os que se tinham separado dos povos das terras para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham conhecimento e entendimento, firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos; E que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos."
- Neemias 10.28-30.
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Na tradução Almeida Revista e Corrigida - 4ª edição (SBB), e suas correções anteriores, na passagem bíblica Neemias 10.28, encontramos a palavra "netineus", após o substantivo "cantores". E na tradução Almeida Revisada (Imprensa Bíblica Brasileira), encontramos o termo "netinins. As outras traduções bíblicas correntes, em português, podemos ler "servidores do templo".
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No idioma hebraico, para netineus/netinins, encontramos  נָתִין . A palavra está no plural.
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Quem eram eles? Eram grupo de escravos, trabalhavam no templo, atendiam às atribuições dos levitas. Referências bíblicas: 1 Crônicas 9.2; Esdras 2. 43, 58, 70; 7.7; 8.17, 20; Neemias 3.26, 31; 7.46, 60, 73; 10.28; 11.3, 21.
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Fonte: Hebrew Word Study (Transliteration-Pronunciation Etymology & Grammar); Brown-Driver-Briggs (Old Testament Hebrew-English Lexicon); Strong's (Hebrew & Chaldee Dictionary of the Old Testament); Exhaustive Concordance (KJV Translation Frequency & Location).


Consultas online: Hebrew Dictionay (Lexicon- Concordance) ; Chat Bible .

domingo, 4 de setembro de 2011

Revelações sobre Deus na Bíblia

Cremos num só Deus

"Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também" - 1ª Coríntios 8.6.

Cremos num só Deus manifestado em três pessoas

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" - Mateus 28.19.

Deus se revela

Pela Natureza (Salmo 19.1)
Pela Bíblia (Apocalipse 1.1)
Pelo Senhor Jesus (João 14.6)Deus é o Criador do Universo
Gênesis 1:1; Isaias 45:18; Hebreus 1:10.

Deus é nosso Pai

Preocupa-se com os nossos problemas (Salmo 46.1)

Suporta-nos com misericórdia (Jeremias 31.3)

Consola-nos na dor (Coríntios 1.3)

Supre o que nos falta (Filipenses 4.19)

Deus é Espírito

João 4.24

É Eterno

IsaÍas 57.15
Ele mora céu
1ª Timóteo 6.16


 É mutável
Tiago 1.17

É Perfeito
Mateus 5.48

É sábio
1ª Coríntios 1.24

É o Santo
Êxodo 15.11

É a Verdade
Jeremias 10.10

É misericordioso
Salmo 86.15.


E.A.G.

Autoria desconhecida.