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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Resposta para uma pessoa antidizimista e que é contra o salário de pastor


Iniciando este texto, quero deixar claro que não sou pastor, não tenho nenhuma espécie de vínculo com dinheiro de igrejas, a não ser na posição de quem entrega o dinheiro para sustentar o ministério.

1. Pastores, missionários e evangelistas.

Para argumentar contra o salário de pastor, críticos citam Mateus 10.9-10 ("digno é o obreiro do seu alimento") fora do contexto do assunto. Nesta passagem, os discípulos foram enviados para um trabalho evangelístico – em pouco tempo percorreram um trajeto fazendo visitas e logo retornaram. Não é o caso do ministério pastoral – o pastor convive com os membros da igreja, cuida de uma comunidade na posição de líder espiritual.

Por que o apóstolo Paulo não aceitou salário? Ora, não poderia fazer isso porque não era pastor, ele era apóstolo/missionário. Ele não lidava com gente convertida, seu contato era com gente se convertendo.

O apóstolo ensinou os convertidos a sustentarem pastores. O texto que trata de pastores/presbíteros com relação ao salário é 1 Timóteo 5.17. Nesta passagem bíblica, Paulo escreveu que aquele que se aplica ao ensino da Palavra deve ser estimado por digno de “duplicada honra”, pelos que são ensinados. No idioma grego, em que foi escrito o Novo Testamento, o termo empregado no qual ao português está vertido o vocábulo “honra”, tem o sentido de “honorário”, “salário”, “sustento como recompensa por bons serviços prestados”. 

Este texto não é de difícil compreensão. 

2. Vivendo pela fé.

Outra argumentação dos críticos do sustento pastoral é afirmar que o pastor deve viver pela fé.

O que é viver pela fé? Viver desempregado, viver sem salário, passar fome? Ora, é assim para aqueles que possuem uma fé limitadora, mas para quem possui uma fé no Deus de toda provisão, é diferente, é o extremo oposto.

Analisemos a galeria da fé, em Hebreus 11. Enquanto uns, pela fé, viveram sem alcançar as promessas de Deus, receberam zombarias, foram presos e torturados, morreram ao fio da espada, morreram queimados, outros, também pela fé, receberam as promessas de Deus, fecharam a boca de leões, apagaram a força do fogo, colocaram em fuga exércitos inimigos, conheceram a vitória, conquistaram reinos (versículos 33 ao 38).

3. O valor do trabalho de pastor evangélico.

As pessoas mundanas, que desprezam o Espírito Santo, alegam que o pastor que não exerce uma profissão na área secular é uma pessoa que não trabalha. Eles dizem isso porque não possuem a sabedoria do alto. O trabalho de um pastor - estudando a Bíblia para pregar e aconselhar os membros; orando pelos membros - é mais importante que qualquer trabalho deste mundo, porque é um trabalho de ordem espiritual; o pastor prepara almas para entrar no céu. 

É válido lembrar que para Deus uma alma vale mais que o mundo inteiro!

4. Defendendo os dizimistas cristãos e a coleta de dízimo nas igrejas evangélicas.

Penso que não devemos subestimar os dizimistas. Alguns descrevem quem entrega o dízimo como “pessoas de baixa instrução". Afirmar isso é agir com preconceito. Não são apenas pessoas com pouca escolaridade entregando dízimos nas igrejas, também existem pessoas cultas que fazem isso. 

O dizimista é dono do seu dinheiro, e nessa condição de dono precisa ser respeitado por todos nós. Ele faz o que quiser com tudo que é dele, não merece ouvir ou ler opinião de quem quer que seja a respeito do que queira fazer, se não solicitou auxílio à administração de seus bens.

.O dízimo nada mais é do que um sistema de ofertas sob a regra de dez por cento do salário do crente. Se a igreja recebe dízimos, pedindo que seja entregue voluntariamente, nada há de errado nisso do ponto de vista bíblico.

Conclusão.

Costumo aconselhar antidizimistas a consultarem o coração. Penso que eles precisam realizar uma autoanálise, para checar a motivação que os faz ficar contra as ofertas de dez por cento. Caso a razão da indisposição em ofertar seja o apego exagerado ao dinheiro, é necessário ter uma boa conversa com Deus e pensar em mudar o quanto antes possível seu posicionamento neste assunto.

E.A.G.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A diferenciação entre pastores e missionários


O apóstolo Paulo na prisão. Tela de Rembrandt Harmenszoon van Rijn  

Em 20 de dezembro de 2011, postei aqui no Belverede "O apóstolo Paulo legitima a prática do dízimo", publicação em que aponto qual é o meu entendimento sobre a polêmica que alguns fazem se o cristão pode ser dizimista ou não; esclareço meu pensamento dizendo que se o ato é realizado voluntariamente, não pressionado como acontecia com os judeus através da imposição da Lei de Moisés, não há equívoco nenhum. Até esta data, a postagem contém oito comentários. Quero destacar o comentário mais recente e evidenciar trecho da minha resposta.

"Amigo, gostaria de saber por que quem prega em 1 Coríntios, capítulo 9 e versículo 14, não prega o versículo seguinte, lê o versículo 14 e não o contexto de todo capitulo. É isto que muitos pregadores fazem.
(...) Pois, ai está amigo, o que Paulo queria nos ensinar. Leia e entenda o contexto. Paulo não vivia do Evangelho como você frisou. Paulo tinha temor a Deus de ser julgado, de se aproveitar do que era ofertado.
Olha, ofertado e não dizimado.
Leia todas as cartas de orientação às igrejas cristãs primitivas e veja se Paulo orientou a dar o dizimo. Não, né? Agora, a oferta de coração, sim."

Caro Jonas.

Eu nunca afirmei que Paulo sobrevivia das ofertas da igreja. Releia o que escrevi, por favor.

É importante que considere que o dízimo também é oferta. Sim, trata-se de uma oferta sob a regra de valores estipulados em dez por cento do salário.

Respondendo sua pergunta sobre 1 Coríntios 9.14-15, em que Paulo escreve que Deus ordenou que quem anuncia o Evangelho deve viver do Evangelho, mas ele Paulo não vivia, veja minha resposta logo abaixo.

Quando estudamos a biografia do apóstolo Paulo, percebemos com clareza que ele não solicitava ofertas para manter-se, mas incentivava que os irmãos fossem contribuintes no ministério, colaborassem para que Timóteo fosse sustentado pela igreja.

Então, é aceitável que se pergunte: por quê? Ele agia assim porque era um missionário, chegava à determinada localidade onde não havia gente cristã e começava o trabalho de evangelização, ele lidava com pessoas que estavam se convertendo; Timóteo era pastor, dirigia congregação que Paulo havia fundado, estava subordinado à liderança de Paulo, trabalhava na obra lidando com pessoas que já estavam num estágio um pouco mais avançado na fé e, portanto, conscientes sobre a responsabilidade de se usar o dinheiro com as coisas de Deus.

Diante desta situação, percebemos que nunca será razoável que se faça comparações entre os ministérios de pastor e missionários.

Sobre seu comentário quanto aos pregadores, e suas abordagens em 1 Coríntios 9.14-15. Penso que não devemos generalizar nenhuma situação, se você conhece quem evita pregar o versículo 15, não significa que o restante dos pregadores ao redor do mundo faça o mesmo. Eu conheço muitos que ensinam o assunto fazendo profunda explanação deste tema, usando o púlpito, por vídeo e por livro.  Obrigado por sua participação neste blog.

Abraço.

E.A.G.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Melquisedeque abençoa Abraão

Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14.18; Salmo 76.2, 110.4; Hebreus 5.6, 7.1-2, 10)

Melquisedeque, 
o nome significa rei da justiça (Zacarias 6.12-13; Hebreus 7.2)). sem genealogia, é uma das primeiras figuras de Cristo no Antigo Testamento e a primeira pessoa a ser descrita como um sacerdote. Seu nome e título expressam a esfera do direito e do bem (Hebreus 7.2).

As páginas bíblicas pouco o descrevem - não existe menção dos seus pais, do seu nascimento e nem de sua morte -, mas a teologia e o seu grau de importância são enormes - tudo quanto sabemos de Melquisedeque está em Gênesis 14, Salmo 110 e Hebreus, capítulos 5, 6, e 7.

Tal qual Abraão, ele servia ao único Deus verdadeiro. Diferente do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, o de Melquisedeque é eterno, pois com um único sacrifício, o seu ministério sacerdotal tornou-se pleno.

Abraão era um semita, um gentio (Deuteronômio 26.5). Pela fé, veio a ser o pai da nação hebréia e de todos os crentes em Cristo. A sua fé inabalável foi creditada a ele como justiça (Romanos 4.3). Por meio dele todas as nações são abençoadas com a proclamação do Evangelho de Cristo.

Abraão, após sua vitória contra os reis que haviam levado seu sobrinho Ló, família e bens, foi recebido, efusivamente, por Melquisedeque, que o abençoou ao trazer-lhe pão e vinho e declarar: "Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou-lhe os teus inimigos nas tuas mãos" (Gênesis 14.20).  Em seguida, o patriarca concedeu-lhe o dízimo de tudo que havia tirado dos reis perdedores.

O dízimo de Abraão

O dízimo equivale ao percentual de dez por cento.

Abraão, ao aceitar a bênção e retribuir entregando a Melquisedeque o dízimo de todos os espólios, demonstrou reconhecer sua autoridade sacerdotal, a atitude pode ser considerada expressão de gratidão e como uma forma de retribuir seus sinais de respeito, bem como uma oferta dedicada e consagrada ao Altíssimo.

No Antigo Testamento, os israelitas entregam o dízimo dos produtos agrícolas, do gado, ou de outros bens em adoração a Deus ou em benefício dos que serviam a Deus, deixando-os desobrigados de cumprir outras tarefas para dedicarem-se somente ao Senhor (Números 18.21).

Por receber os sinais da misericórdia de Deus, é bastante adequado expressar a nossa gratidão. Jesus Cristo, nosso grande Melquisedeque, deve ser reverenciado, homenageado e humildemente reconhecido por todos nós como Rei e Sacerdote - e não devemos dar apenas algum valor financeiro, nós devemos nos entregar por inteiro a Ele.

No cristianismo, baseando-se em 1 Coríntios 16.2, muitos acreditam que o padrão de contribuição financeira para a obra do Senhor precisa ser proporcional ao rendimento, apesar do versículo não especificar porcentagem.

Salém

Em hebraico paz, é a cidade de que Melquisedeque era rei. A tradição judaica identifica a cidade de Salém com a cidade de Jerusalém, ao tempo de Abraão. Entretanto, conforme os samaritanos, era uma cidade próxima de Siquém. 

Bênção

A palavra bênção é sinônimo de felicidade, bem-aventurança, Ocorre tanto de Deus para com os homens (Romanos 15.29; Efésios 1.3; 1 Pedro 3.9), como também de um ser humano para outro, quando da entrega de presentes e atos de generosidade (2 Coríntios 9,5-6).

A bênção de Melquisedeque não se limitou a Abraão, ela alcança também a todas as pessoas que recebem a Jesus Cristo como Senhor, Salvador, e Sacerdote Eterno.

Após a bênção, a tentação

Note que encontramos na narrativa de Gênesis 14, versículos 21 ao 24,  que após o pronunciamento da bênção de Melquisedeque, Abraão recebeu a tentação material do rei de Sodoma: "Dê-me as pessoas e pode ficar com os bens" (tradução NVI). Ele se recusou a receber qualquer coisa que fosse do rei de Sodoma, para não lhe ficar devedor. Com isso, demonstrou sua total lealdade e fé no Senhor, e afastou qualquer tentativa do rei de Sodoma de assumir o papel de suserano (aquele que possui o direito de exercer domínio) e tornar-se submisso. Abraão tomou apenas o alimento necessário a seus homens e deu aos seus aliados a liberdade de aceitar os despojos que lhe cabiam.

Há um ditado popular que diz "todo homem tem seu preço", entretanto, quando este homem é um servo do Altíssimo como Abraão, não quer receber pseudo-favores do príncipe deste mundo tenebroso, jamais pode ser comprado.

Jesus, o sacerdote eterno

Jesus não foi sacerdote levita, porém, seu sacerdócio assemelhou-se ao de Melquisedeque, vulto do passado obscuro, que se antecipou de 600 anos ao sacerdócio levítico, sacerdote muito maior do que os levitas, até mesmo do que Abraão, a quem este e os sacerdotes levitas, ainda por nascer da descendência de Abraão pagam tributos (Gênesis 14.17-20).

Jesus é sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque porque é anterior a Abraão, Levi  e aos sacerdotes levíticos e maior do que todos eles, pois o seu sacerdócio jamais terá fim.

E.A.G.

A Bíblia Anotada (expandida), Charles C. Ryrie, página 21, edição 2007, São Paulo, (Editora Mundo Cristão);
Bíblia de Estudo Explicada, página 21, edição 2014, Rio de Janeiro (CPAD);
Bíblia de Estudo Matthew Henry, página 32,, edição 2015, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel);
Bíblia de Estudo Palavra-Chave, apêndice: Dicionário do Novo Testamento, página 2218, Rio de Janeiro (CPAD);
Lições Bíblicas - professor, Claudionor de Andrade, 4º trimestre de 2015, páginas 77 a 82, Rio de Janeiro (CPAD);
Manual Bíblico Halley, página 574, edição 1994, São Paulo, (Edições Vida Nova).
Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer, página 477, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro (CPAD).

domingo, 24 de junho de 2012

Deus precisa de dinheiro?

Pergunta importante: Deus precisava do animal que foi oferecido em sacrifício por Abel? Não. Mas diz a Bíblia que o Senhor se agradou de tal atitude. Foi uma oferta agradável porque foi entregue devocionalmente.

Ocorre de igual forma hoje em dia. Antidizimistas, e anticristãos de modo geral, afirmam que Deus não precisa de dinheiro. Muitos críticos dos pastores que pedem ofertas e dízimos, recusam-se a entregar ou entregam dinheiro na igreja no estilo de Caim, o primeiro filho do casal Adão e Eva que o Senhor rejeitou.

Deus não precisa do seu dinheiro, mas o seu semelhante sim. Através da arrecadação cuida-se das almas, tanto física como espiritualmente. Você ama o próximo como a si mesmo? As passagens bíblicas que abordam o dinheiro sinalizam com clareza o nosso relacionamento com Cristo e com Deus devocionalmente. Quem não é liberal nas finanças geralmente não se importa com o bem-estar de pessoas necessitadas, elas parecem apenas pensar em acumular e usar o dinheiro em benefício próprio.

Acredito que o assunto “dízimo” é o mais polêmico para a cristandade na atualidade. Penso que a fogueira da polêmica não apaga pelo jeito como grande parte da liderança cristã apresenta a questão dos dez por cento. Conheço poucos líderes que esclarecem que a vigência da obrigatoriedade referiu-se aos judeus, poucos afirmam que o cristão precisa adotar o sistema de dízimo com o coração voluntário e decidido a demonstrar na condição de dizimista o amor a Deus e ao próximo.

Infelizmente – palavras de um pastor assembleiano, com aproximadamente 70 anos, jubilado, e com a cabeça ainda bastante lúcida – a má administração do montante arrecadado chama mais atenção do que as boas administrações, que são em números maiores.

Não costumo frisar o livro de Malaquias no assunto dízimo. Gosto de usar Gênesis 14; Gênesis 28; Salmo 110.4; Hebreus 5; e Hebreus 7. Por quê? Porque nessas passagens está claro e patente o relacionamento de Cristo com a Igreja e através de Cristo o relacionamento do ser humano com Deus devocionalmente.

Entregar o dízimo e a oferta na igreja com o coração desejoso de ser alguém usado para abençoar vidas é uma situação que o Senhor se agrada. É um privilégio muito bom fazer parte do grupo de irmãos que sustentam financeiramente missionários no exterior; investem no evangelismo urbano; patrocinam abertura de novos templos; cuidam da manutenção de templos já abertos!

E.A.G.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Dízimo - no judaísmo e na igreja cristã

Abraão e Jacó  praticaram o ato de entregar dízimos. A prática existia antes da promulgação da Lei de Moisés. Os patriarcas exerceram liberalidade, espontaneidade, fé e devoção a Deus. Não havia obrigatoriedade.

Na Dispensação da Graça, o sistema de arrecadação de dízimos nas igrejas cristãs não é ato obrigatório. A oferta e o dízimo entre os cristãos são efetuadas em arrecadações realizadas em caráter voluntário, a prática é como uma ação de amor ao próximo, também como ato de fé e atitude devocional ao Senhor. Textos no Novo Testamento não afirmam que sim e nem que não. Se não proíbem ao cristão ser um dizimista, qual a autoridade dos antidizimistas para proibir. Não existe nenhum poder para isso.

Durante a vigência da Dispensação da Lei, a arrecadação de dízimos  manteve a religião judaica operante. Na Lei, os sacerdotes recebiam dízimos para manter o templo judaico, manter os ensinamentos e liturgias do judaísmo. Recebendo dízimos, os líderes judeus fizeram um levante e crucificaram Jesus Cristo, não o reconhecendo como Filho de Deus, Senhor e Salvador, pois esperavam o Messias revolucionário. O dízimo na época da Graça, é recebido nas igrejas que anunciam o plano da salvação em Cristo. Entre cristãos, a finalidade é diferente do objetivo dos judeus. Os cristãos praticam a entrega de dez por cento por reconhecerem Jesus Cristo como Filho de Deus, Senhor e Salvador, como propósito de financiar o  anúncio do Evangelho para todas as almas ao redor do mundo.

Nas igrejas, ninguém é obrigado a ser dizimistas por força da Lei de Moisés. Contudo, estamos debaixo da Lei de Cristo. E essa Lei de Jesus manda amar mais as pessoas do que as coisas, mais ao semelhante do que ao dinheiro. Muitas almas são salvas todos os dias por meio da arrecadação sistemática do dízimo, que proporciona caixa em condições de manter o pregador em atividade.

A base bíblica para o dízimo entre cristãos

Vale lembrar que a regra da hermenêutica manda que uma doutrina se sustente em no mínimo três textos bíblicos. Apresento Gênesis 14, Gênesis 28, Salmo 110.4, Hebreus 5, e Hebreus 7 para todos os antidizimistas. Esses textos são os alicerces da doutrina do dízimo cristão, estão à parte da Lei de Moisés.

Reflexão: Melquisedeque era sacerdote de uma linhagem sacerdotal sem princípio e nem fim. O Salmo 110.4 é citado pelo escritor de Hebreus, capítulo 7, e nesta citação ele mostra que Jesus Cristo é sacerdote pertencente à mesma ordem sacerdotal. Se Cristo é da linhagem sacerdotal de Melquisequede, sacerdócio que recebia dízimos, qual o motivo de Jesus não poder receber também? Porque Melquisedeque sim e Jesus não? Por que essa diferença de tratamento? Enquanto não houver resposta com base bíblica para essa pergunta, tudo o que é dito está apenas no campo das ideias humanas, não deve ser considerado Palavra de Deus. Gostaria de ouvir ou  ler alguém responder.

Alguns antidizimistas alegam que não é possível entregar dízimos, porque Jesus Cristo não está mais em carne para recebê-lo. Ora, Ele não está em pessoa entre nós, mas disse estar sempre presente espiritualmente onde dois ou três se reúnem em nome dEle, e entre nós todos os dias, até a consumação dos séculos. Ele instituiu líderes na igreja e esses o representam (Mateus 18.20; 28.20; Efésios 4.11).

As pessoas contrárias à prática do dízimo nas igrejas isolam textos bíblicos para se posicionarem como antidizimistas. Ao responderem, costumeiramente apenas emitem opinião sem usar  a Bíblia Sagrada. E quando a usam fazem menção de textos bíblicos ligados à Lei de Moisés, referências isoladas, que não apontam para a superioridade do sacerdócio de Melquisedeque (tipo de Cristo) sobre a linhagem sacerdotal levítica. Usam partes bíblicas ligadas ao Código Mosaico com a intenção de acusar o sistema de arrecadação cristão como ato judaizante. Eles ignoram a exegese das referências bíblicas expostas no parágrafo acima.

O propósito

Através da arrecadação de dízimos é que o cristianismo se expande no mundo. A arrecadação serve para prestar socorro nos âmbitos físico e espiritual. O dinheiro é usado para possibiltar missões. Missionários brasileiros estão lá na África e outros continentes divulgando a Palavra de Deus. Eles comem, se vestem, precisam de abrigo. O custo é alto. O pregador não se alimenta de vento. É necessário custear muitas famílias estão no estrangeiro. Por meio da boa consciência de dizimistas cestas básicas são compradas e distribuídas para quem precisa delas, novos templos são erguidos.

Há pastores, em setor rural, que aceita como dízimo frutas, legumes, verduras... Repassam isso para quem necessita. Além disso, tanto em espécie como em produtos agrícolas, a finalidade é ajudar os necessitados.

Não existe quem pregue o Evangelho sem precisar das coisas materiais. Quem tem mente carnal não consegue discernir a importância que existe em usar o dinheiro para patrocinar a propagação do cristianismo ao redor do mundo.  Ah... Talvez pensem que os índios a ser evangelizados serão receptivos às necessidades de quem está em território missionário! Quem sabe cogitem que os muçulmanos do Egito entrarão em contato com as igrejas brasileiras pedindo por favor que aceitem o dinheiro deles para que possamos ir lá pregar que Jesus é o Salvador deles!

Os aproveitadores da fé cristã

Não é aceitável usar generalização. O dizimista sabe que existe líder que se desvia  do compromisso cristão ao administrar a coleta de dízimos. Gente má existe em todas as áreas da sociedade. Não é porque alguns erram conscientemente que toda a lideraça cristã faz o mesmo. A maioria dos pastores que arrecadam dízimos fazem bom uso deles, revertendo para obras sociais, missões, construções de templos. O dizimista tem condições de avaliar se o dinheiro é bem usado ou não e escolher o ministério que administra bem os valores que recebe.

Há quem seja pastor e faça mal uso da arrecadação? Sim... Todos? Não.


A importância do colaborador dizimista na propagação do Evangelho

O dinheiro é uma contribuição que possibilita aos que não conhecem a Jesus Cristo que o conheçam. Não é difícil compreeender que o dízimo arrecadado é um fundo para missões cristãs, evangelismos, contruções de templos cristãos.

A maior parte crítica sobre o tema é sem nenhuma vivência no assunto. Se o crítico vivesse a realidade do que critica, saberia que os colaboradores constantes são apenas os dizimistas. Quem dá uma oferta este mês, no próximo pode dar menos, mais, ou nada. O pastor tem facilidade de administrar dízimos porque sabe qual o valor a ser recebido a longo prazo.

A salvação é por meio da fé, que surge na pessoa que ouve a Palavra de Deus. E, perguntou Paulo, como ouvirão se não existir quem pregue. O dízimo é um método cristão muito prático de custeio aos missionários. Enviar o missionário gera custos altos. Administrar missionários no exterior não deve ser em caráter de aventura, precisa ser algo ponderado, criterioso.

Quem são os dizimistas?

A situação espiritual da prática do dízimo é essa: o dinheiro arrecadado mantém pastores e missionários, que entregam a Palavra de Deus às almas que ainda não reconheceram Cristo como Senhor e Salvador. Isso é bíblico, tem base para ser praticado. Jesus e Paulo disseram que o obreiro é digno de ser sustentado, e como o dizimista não tem tanto apego ao dinheiro como os antidizimistas, patrocinam o pregador cristão sem problema algum. Querem fazer isso, fazem com prazer e liberalidade (Lucas 10.7; 1 Timóteo 5.18 ).

O cristão ofertante e dizimista é pessoa livre para exercer sua fé no Brasil e usam essa liberdade para colaborar na igreja; é pessoa adulta, alguém responsável por seus atos; é pessoa dona de seu dinheiro. Não pergunta como deve usá-lo. No entanto, é vítima de muito preconceito, recebe constantes opiniões indesejáveis para deixar de colaborar no templo e é ofendido com declarações que o classificam como parte da massa manobrada de algum pastor desonesto.  São atacados por opositores tentando tocar o brio objetivando desanimá-los.

Existe gente dizimista fiel que é simples, mas também gente com curso superior e com mestrado. O pobre, trabalhador braçal e o rico empregador. O desembargador, o professor universitário. Existe muita gente que são dizimistas com cultura adquirida nas melhores universidades do mundo. A figura do dizimista não é representada pela imagem caricatuaral de uma pessoa bobinha.

Qual é a razão de ser um dizimista? Jamais deve ser com o propósito de buscar a salvação. O cristão é dizimista porque tem fé que é salvo por meio do sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz, pela substituição no sacrifício do calvario do Filho de Deus, que nunca pecou, por todos os pecadores.

O dízimo é uma contribuição voluntária, que visa proporcionar o bem ao próximo. Uma das maneiras de amar é ser dizimista. O dízimista cristão dá 10% ao mês na igreja para que o valor se reverta em ações de bem-estar do próximo. Porque é consciente que sua condição financeira é dada por Deus para compartilhamento. Sim, compartilhar é amar. Não basta dizer que ama o semelhante, é preciso exteriorizar o sentimento com ações concretas. Amar implica em se esforçar em favor do outro.

O dizimista cristão se espelha em Abraão, que volutariamente entregou dez por cento ao sacerdote Melquisedeque, apresentado pelo escritor do livro de Hebreus como sacerdote da mesma linhagem eterna de Jesus Cristo.  São crentes conscientes da necessidade de usar o dinheiro para evangelizações, missões, manutenção de assistência social e construções de novos templos cristãos.

Quem são os antidizimistas?

Muita gente é contrária ao dízimo porque sabe que ele é um sistema de arrecadação que funciona. São contra o dízimo porque são ateus, anticristãos, sabem que se o dízimo deixar de ser praticado o crescimento do cristianismo diminui sua velocidade de expansão.


Não ouso dizer que quem é antidizimista é um materialista frio. Mas recomendo que se examine, veja se não deixa de entregar o dízimo por indiferença à vontade de Deus e por amar o dinheiro, motivado por causa da ganância e do egoísmo.

É uma heresia a filosofia do cristianismo sem compromisso com o próximo. Quem vive assim já foi apelidado de "euvangélico". A pessoa se diz cristã mas só pensa nela mesma, que o mundo se exploda, não se importa com o bem-estar de ninguém. Viver o Evangelho não é isso, ser cristão é empreender ação de amor. É amar mais do que com os lábios, com ações efetivas. Ninguém pode ser cristão justo tendo e negando o dinheiro aos que precisam. Entregar 10% é promover justiça, custear a cesta básica ao desempregado, é cuidar do templo que recebe o aflito, é patrocinar missões.

Existe muitas pessoas, não digo que são todas, que são contra a prática do dízimo porque amam ao dinheiro, não se importam em abastecer o departamento de assistência social da igreja, não se importa em ajudar famílias missionárias em terras estrangeiras. Se o seu cristianismo se resume a pensar só em seu bem-estar, lamento. Se você pensa que a sua saúde, que o possibilita a levantar-se para trabalhar e ganhar seu salário, é dada por Deus a você apenas para usá-la sem pensar no próximo, lamento...


Tenho observado que grande parte das pessoas que são contrárias ao sistema de arrecadação de dinheiro nas igrejas, não são cristãs frequentadoras de templos, elas desconhecem o meio evangélico, não sabem sobre a rotina cristã nos templos. São uma espécie de evangélico não praticante... Então, falam contra dízimos e pastores por suposição. Supõem que em todos os lugares o método do dízimo é um recurso desonesto para enganar pessoas simplórias. Estão satisfeitas com um cristianismo sem igreja, sem pensar em quem precisa ouvir a Palavra de Deus. Não se importam com gente do outro lado do mundo morrendo sem conhecer Jesus, não pensam na alma perdida. Não querem suprir as necessidades do próximo. Não só a necessidade do corpo, mas também a necessidade espiritual. É paradoxal, mas existe muita gente assim.

Os antidizimistas intrometem-se no direito de ofertantes e dizimistas, cidadãos livres para fazer o que quiser com seus honorários. Vejo essa atitude como invasiva. O bom alvitre recomenda a cada um cuidar de suas vidas, e não da alheia. 

Eu fico pensando comigo o que é que há na cabeça de antidizimistas, gente que vive a entremeter na vida alheia, dar palpites sem ser convidado, opinar na vida de dizimistas e ofertantes. Será que eles sonham ser formadores de opinão? Se for isso é melhor continuar a dormir, pois quando alguém conhece a Jesus verdadeiramente, se transforma em pessoa disposta a entregar até a própria vida, não apenas uma pequena porcentagem do salário. A história apresenta muitos mártires cristãos que morreram pela fé.

São verborrágicos. Falam e escrevem bastante contra cristãos dizimistas, mas sem argumentação que desconstrua as bases da doutrina do dízimo entre os cristãos. Alguns são persistentes, talvez até capazes de brigar para fazer com que as pessoas creiam que o tom da cor preta é branco. Eles Ignoram totalmente a verdade dos fatos, no caso as referências bíblicas contextualizadas, utilizadas por hermenêutas, gente séria que abre suas Bíblias e examinam as indicações apontadas pelas Escrituras Sagradas sobre o assunto. Tudo o que fazem é produzir logorréria.

A resistência deles é teologicamente nula, não possuem argumentos bíblicos contextualizados. Contentam-se em dizer que o dízimo é judaico sem levar em consideração que Melquisedeque e os patriarcas Abraão e Jacó nunca foram judeus e eram dizimistas.

Dízimo judaico? Não existe nenhuma abordagem nas páginas bíblicas usando o termo composto dízimo judaico. O uso da composição existe porque querem atrelar o dízimo única e exclusivamente ao judaísmo  A iiciativa é uma invencionice extra-bíblica. O dízimo foi prática do judaísmo, sim, mas havendo sido praticado bem antes da promulgação da Lei de Moisés, portanto, não pode ser considerado judaico.

Conclusão

Entendo que o dízimo deve ser ensinado que é uma prática voluntária aos cristãos, nunca obrigatório, sempre em caráter de voluntariedade. Nunca com o propósito de encontrar a salvação. O dízimo não salva, o dizimista entrega o dízimo porque sabe que está salvo e precisa contribuir financeiramente para que outros alcancem a salvação. O objetivo é devocional, prática de amor a Deus e ao próximo, para custear missões, evangelismos, assistência social. A igreja brasileira continuará a crescer com essa contribuição de  fé.

E.A.G.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

EBD 2012: Barganhar com Deus?

É estranhíssimo ouvir pregadores, da ala pentecostal ou tradicional, criticar líderes da área neopentecostal, no que tange às ditas barganhas. Eu explico meu estranhamento.

Primeiro:  ouço e leio muita gente dizer que existe comportamento por aí de gente que faz exigências para Deus. Confesso que sou uma pessoa que gosta de ir às fontes. Até o momento, passados uns cinco anos de procura, não encontrei nenhum líder ensinando aos liderados a exigirem algo de Deus. Por favor, se você sabe quem é, e tem o link de alguma página da Internet, envie-me no espaço de comentários.

Segundo: nenhuma promessa de bênção divina está separada de condicionais divinas. Ou seja, Deus não abençoa sem critérios. Ele é justo, e em sua justiça pede ao ser humano algo em troca da bênção. Como podemos chamar essa exigência do Senhor? De barganha?

Se Deus prometeu, e o cristão tem a esperança de experimentar a promessa, não creio que isso seja o "espírito de barganha". A fé é a certeza das coisas que se não vêem", é o que lemos em Hebreus 11.1. Então, a expectação é uma das facetas da fé, a crença que o prometido será cumprido.  

Terceiro: considero uma "grande barganha" quando um pregador, para incentivar os cristãos a serem dizimistas, citam Malaquias 3.8-10, atiçando o povo a esperar as promessas contidas no texto e causando "terror" ao deixar, erroneamente subentendido, a ideia que o dízimo é um passaporte para entrar no céu. Eu não estou sendo contra os dízimos, não... Estou apenas focando o conteúdo do texto, que possue a mais conhecida condicional bíblica. Não é assim? "Trazei todos os dízimos... E abrirei as janelas do céu"?  

Enfim, escrevo sobre esse tipo de assunto desde 2007. Neste blog o leitor poderá encontrar diversas abordagens sobre o assunto. Favor pesquisar nas tags (marcas)  "dinheiro" e "prosperidade". Mas, creio que Duas espécies de crentes diante da fidelidade de Deus é o artigo mais pertinente e que se aproxima do assunto pautado para a lição bíblica, a ser lecionada nas igrejas que usam a revista A Verdadeira Prosperidade - A Vida Cristã Abundante (CPAD).

Confira todas as abordagens sobre as matérias da revista no blog Belverede: EBD 2012 primeiro trimestre: Verdadeira prosperidade - vida cristã abundante.

E.A.G.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dízimo cristão: ato voluntário e alvo de preconceito



Por Eliseu Antonio Gomes

Voluntariedade

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria" - 2 Coríntios 9.7.

Em muitas denominações evangélicas, inclusive nas Assembleias de Deus, os envelopes de arrecadação de dízimos, usam 2 Coríntios 9.7, pois tratam o dízimo como contribuição voluntária. Não é preciso ter muitos neurônios e nem ter sinapse de gênio para entender que uma pessoa pode se voluntariar como dizimista. Quer contribuir com 10% de salário mensalmente? Sim. A proposta é feita e o cristão a aceita sem pressão.

Suposição para entender que dízimos não são obrigatórios

Joãozinho frequenta a igreja e é dizimista. Bebe a água mineral, usa o rolo de papel higiênico, usufrue do ar condicionado e coloca os filhos nas aulas gratuitas para aprender música de instrumentos musicais que a igreja oferece (sabendo que os professores são remunerados).

O Manezinho também frequenta a mesma igreja, mas não é dizimista. Bebe a água mineral, usa o rolo de papel higiênico, usufrui do ar condicionado e coloca os filhos nas aulas gratuitas para aprender música de instrumentos musicais que a igreja oferece (sabendo que os professores são remunerados).

Quando chega o final do mês, o pastor tem que arcar com as despesas. Faz isso graças as pessoas com consciência colaborativa. O Manezinho não será impedido de continuar na igreja, fazendo uso de tudo que há nela.

A cena é cômica, mas aponta para custos. De papel, de água. A igreja que frequento gasta mais de R$ 1.000,00 só com água encanada, todos os meses é essa média, sempre para mais. E muitos litros vão pela descarga do banheiro. Acho que quem não contribui ri disso. Acha engraçado tudo isso, mas Deus está vendo tudo. O coração avarento não será tido por inocente. Não retenha dinheiro, a contribuição serve para manter a funcionalidade do templo em que adoramos a Deus.


O dízimo não salva o dizimista

Jesus nunca proibiu o ato de dizimar entre os cristãos. Os apóstolos não proibiram o ato de dizimar entre os cristãos. Pessoas contrárias ao ato de entregar dizimo, argumentam que os apóstolos não proibiram diversos rituais, como uma forma de dizer que o dízimo fazia parte da Lei de Moisés, que teria terminado com a vigência dela. Um dos exemplos (opinião minha: argumento ridículo) é dizer que não há proibição ao sacrifício animal.

Está muito claro que nas páginas do NT, não é admitido nenhum tipo de propiciação, porque em Jesus todo sacrifício cruento teve sua total e integral finalização. Jesus Cristo é apresentado como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.36). Está escrito que o sangue de animais encobriam pecados, e o de Jesus, imolado no sacrifício da cruz em favor de toda a Humanidade, PURIFICA (limpa) o pecador do seu pecado (1 Pedro 1.18-22; 1 João 1.9).

Existe ensino bíblico mostrando que o ritual de sacrificar animais não agrada a Deus e nem funciona. Se não é agradável ao Senhor, porque fazê-lo? Deus entregou a Cristo como o ser para sacrifício perfeito, e este é o sacrifício que os cristãos dizimistas creem que é capaz de salvar o ser humano do pecado. Ler: Hebreus 10. capítulo inteiro.

O dízimo e a circuncisão

A comparação do dízimo com rituais legalistas: "E de novo protesto a todo homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei" - Gálatas 5.3.

Gálatas 5 é o famoso texto sobre as obras da carne e o fruto do Espírito. lendo-o todo vemos que a apologia de Paulo é sobre a questão da não necessidade do homem cortar o prepúcio. Nada tem a ver com os dízimos, mas antidizimistas o usam de uma maneira forçada tentando encaixar as contribuições de dez por cento. Não associemos dízimo com a circuncisão.

Em Atos 15 a circuncisão está proibida e a questão do dízimo nem é mencionada. Por quê? Porque o dízimo não foi considerado prática atrelada com Lei de Moisés e a circuncisão sim. No NT a circuncisão é vetada e o dízimo não é. Estamos proibidos de cortar a carne mas não estamos proibidos de entregar dízimos na igreja.

O dízimo e a interpretação bíblica

A Dispensação da Graça está sob a égide da Lei de Cristo (1 Coríntios 9.21; Gálatas 6.12). E, por essa lei precisamos seguir amando a Deus e ao próximo como a nós mesmos, praticar as coisas que edificam e desprezar as inconvenientes e que são dominadoras (1 Coríntios 6.12; 10.23).

Para interpretar as Escrituras Sagradas, é necessário fazer a contextualização da cânon bíblico. Jamais ler um versículo e tirar conclusão apenas pelo que ler nele. É preciso analisar o conteúdo de Gênesis 1.1 ao Apocalípse 22.21, considerando as dispensações de cada época, pois a época importa muito sobre o que está escrito.

Por exemplo, Gênesis 14, trecho de Melquisedeque e Abraão, não está na Dispensação de Lei. Abraão entregou o dízimo para Melquisedeque antes da Lei de Moisés existir. Só 430 anos antes. Quase quatro séculos e meio antes de existirem sacerdotes levitas, trabalhando no templo judaico, Abraão e Jacó contribuíram com dízimos, ações consideradas atos de fé e adoração a Deus.

Por que eu irei considerar como se Abraão tivesse contribuído com dízimos por obrigação da Lei de Moisés? Não faz sentido. A contribuição de Abraão não foi destinada ao judaísmo. Não existiam judeus. Não existiam levitas. Não existia Moisés. E é isso que o escritor de Hebreus explica, ele considera o ministério de Melquisedeque mais importante, superior, ao ministério sacerdotal dos levitas.

Melquisedeque era um gentio, e é apresentado como sacerdote de uma linhagem sacerdotal sobrenatural. A linhagem sacerdotal de Melquisedeque é a mesma de Jesus, sacerdócio eterno. O sacerdócio de Melquisedeque é apresentado no NT como superior à ordem de sacerdotes levíticos (e Abraão é dizimista na ordem superior e não na levítica). 

Para quem Abraão entregou os dízimos? Ao sacerdote que pertencia a mesma ordem sacerdotal  de Jesus Cristo, linhagem sem começo e nem fim (Hebreus 5.10; 7.17). Portanto, os cristãos dizimistas entregam dízimos para a ordem sacerdotal de Cristo. Os dizimistas cristãos não entregam dízimos pensando no judaísmo. Dízimo cristão é uma prática totalmente sem associação com a Lei de Moisés. O sacerdócio de Melquisedeque e de Jesus é o de corações voluntários.

Me baseio em referências bíblicas que mostram exatamente isso: Salmo 110.4; Hebreus 5, capítulo inteiro, e Hebreus 7, capítulo todo

Já encontrei quem é contra o dízimo e demonstrou não saber diferenciar as várias dispensações. Encontrei gente que pensasse que Abraão era contemporâneo de Moisés. Outro, não sabia que Melquisedeque era um gentio.

Não há mal algum em buscar esclarecimento. Vamos esclarecendo, não para ganhar IBOPE pessoal, mas para dar IBOPE ao conhecimento das Escrituras.

Na Dispensação da Graça, quem são os sacerdotes? Todos os salvos e remidos no sangue de Jesus, que não amam a mentira, não praticam o pecado, são reis e sacerdotes (Apocalipse 5.10).

O dízimo e as argumentação de antidizimistas que confundem templo do Espírito e a Eklésia (Igreja)

Quem é antidizimistas, diga: não quero ser dizimista. É melhor que tentar fazer alguém pensar que o NT proíbe entregar dízimos, porque não existe um só texto bíblico que referende tal afirmação.

Percebo que a grande maioria das pessoas que são contra o sistema de dízimo, como fórmula de arrecadação nas igrejas, não são membros de nenhuma igreja. E, para tristeza deles, dizem estar fora porque são "templos do Espírito Santo". Ora, deveriam fazer um pequeno estudo bíblico para darem-se conta que Paulo falou sobre as duas coisas: templo e igreja coexistem!

Uma condição não anula a outra. mas eles costumam repetir "Se todos somos sacerdotes, cuidamos de que Templo mesmo? Que Templo é habitável por Deus?" Eles não se atém que o composto "templo do Espírito" se refere a nós, mas que lá no NT também existe o termo ecklesia (igreja, o local físico da adoração a Deus coletivamente), que significa assembleia, ajuntamento de pessoas.

Jesus usou a palavra igreja (Ecklesia) algumas vezes se dirigindo aos discípulos. Uma delas é a parábola das Cem Ovelhas, demonstrando que "Igreja" é um ajuntamento, uma coletividade. Eu sou templo do Espírito, e você também, e devemos adorar a Deus na Ecklesia (Igreja). É claro que, como membros das igrejas, deveremos manter o lugar aprazível, para isso ser possível é preciso mantê-lo honrando os custos diários. O dízimo é uma das formas para fazer isso.

Na Dispensação da Graça, Jesus Cristo "deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros evangelistas, outros pastores e outros mestres" (Efésios 4.12). Qual objetivo? A edificação dos santos. Dizimistas cristãos, sabedores disso colaboram financeiramente, não porque olham os líderes pela perspectiva sacerdotal.

Jesus é o Sumo Sacerdote e Sumo Pastor da Igreja (Hebreus 5.7-10; 1 Pedro 5.4). Sumo, quer dizer o maior. Cristo está presente em todas as reuniões cristãs, prometeu estar presente até em reuniões pequenas, no meio de dois ou três cristãos que se reunirem em nome dEle. O dizimista entrega o dízimo por amor e fé, crendo que Ele cumpre o prometido, e recebe a contribuição voluntária que é entregue nas reuniões de culto a Deus.

Conclusão

Falamos de dízimos, e a realidade é que o membro de igreja, via de regra, não é pressionado a ser contribuinte. Se não quer, não há cobranças sobre ele. Caso você, cristão, esteja em uma igreja em que o pastor faz pressão para que contribua além do que seu coração está disposto, saia desse local e vá adorar a Deus em outro ministério, escolha estar com um líder que age de acordo com a proposta bíblica da voluntariedade.

Sou membro e pretendo morrer como um membro. Nunca me pressionaram. Tenho apenas 26 anos como evangélico. Será que antes de chegar às três décadas completas algum pastor me pressionará?

O dízimo não é um ato de coleta obrigatória. Dízimo é coisa de cristão, deve ser praticado sem pressão, com liberalidade e por pessoas inteligentes, conscientes da necessidade da manutenção do templo evangélico, objetivando promover evangelismo, missões, assistência social.

Não considero uma hermenêutica correta usar o texto bíblico Malaquias 3.8-10 para conscientizar os cristãos a colaborarem com dízimos. Essa passagem é destinada aos judeus. Sacerdotes (Malaquias 2.1) e o povo (Malaquias 3.9). É preferível que se use Gênesis 14, Gênesis 28, Salmo 110.4, Hebreus 5, Hebreus 7. Estes trechos bíblicos apontam à contribuição, na forma de dízimo, como um ato voluntário.

O objetivo deste artigo não é convencer ninguém a se transformar em dizimista. O conteúdo que está criado é dirigido aos dizimistas convictos (e são muitos), aqueles que pretendem saber um pouco mais sobre o que há de informação bíblica sobre o dízimo. Não julgo que saiba muito, mas gosto de compartilhar o que sei. Por mim, todo aquele que é antidizimista, pode gastar todo o dinheiro que tem numa lanchonete McDonald's ou Bob's, ou quaisquer outras do gênero. Deus não se agrada de contribuições feitas por quem tem o coração fechado 

O mínimo que se espera de quem queira opinar é que conheça o alvo da sua opinião. É muita falta de bom senso pensar e descrever os contribuintes via dízimos como pessoas idiotas. Ofender dizimistas como massa de manobra é atitude inconcebível. Eles não são isso. São pessoas independentes financeiramente e livres para fazer o que quiserem com o dinheiro em mãos.

O antidizimistas, aquele que faz ativismo contra o dízimo, precisa estar consciente que é desprezado em sua postura, por todos os dizimistas, porque opinam sobre a decisão pessoal de quem não lhes pede nenhum parecer. Nenhum dizimista elegeu críticos do dízimo para prestar assessoramento financeiro. Nenhum antidizimista  tem aval para falar ou decidir em nome de dizimista.

Percebo que os dizimistas que conheço sentem-se bem colaborando com 10% do salário. A vida é deles, então, não podemos incomodá-los nesta decisão contributiva. Ninguém tem direito de interferência nesta questão. Respeitemos os dizimistas.

E.A.G.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Prossigo Para o Alvo: Robson Silva pergunta

Perfil no Blogger: São Paulo, SP, Brazil. 38 anos, casado há 18 com Vera Carvalho, pai de 3 joias, membro da Assembleia de Deus Ministério de Cubatão; Presbítero; Líder de Missões e Superintendente da EBD. Bacharel em Direito. Servo abnegado. Editor do blog Prossigo para o Alvo.
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Graças ao mundo virtual, tenho contato com o preclaro irmão em Cristo Robson Silva desde o primeiro semestre de 2007. Nosso contato em comum é o ilustre Pr. Carlos Roberto (Point Rhema).
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Por algumas vezes, tive a honra de recebê-lo no Belverede, comentando meus posts. E estive fazendo o mesmo no blog dele. Para mim, essa honraria voltou a acontecer ontem, na postagem que eu escrevi sobre a lição nº 5 da escola dominical.
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Achei por bem transformar o comentário dele e as minhas respostas em um post, assim como foi o tratamento que ele disponsou para mim.
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Robson: Meu prezado amigo Eliseu, Graça e Paz! É possível que minhas palavras não caibam em um único comentário então vou divídí-lo. Também sou pela moderação, pelo verdadeiro ensinamento bíblico – que é segundo a doutrina de Cristo, pela transparência na administração da "bolsa" e por uma homilética coerente e condizente com uma hermenêutica não viciada, não soberba, não interesseira, não fadada a defender um objetivo pessoal, não particular: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” (2Pe 1.20).
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Belverede: Prezado irmão, nos esforçamos para que seja assim. Anunciamos o Evangelho e porfiamos para viver o que é anunciado.
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Realmente é importante trabalhar em favor dos interesses do reinado de Deus entre nós. Muitos entram no ministério cristão, como é o caso de um pedreiro que convivi no passado, que andava de fusquinha. De evangelista a pastor, de pastor de igreja para pastor setorial, e quando isso aconteceu se desligou da CGADB e, dizem, "vendeu" o ministério. Escândalo nacional em rede de televisão. Após isso, se arrependeu e quis reaver o que havia vendido. O povo o rejeitou, fizeram uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), aberta para os membros, e o excluíram daquela igreja.
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Robson: 1. Por que o evangelho de Cristo precisa ser anunciado sobre uma plataforma antropocêntrica e egoísta (RECEBER) e não cristocêntrica e altruísta (DAR)? (At 20.35).
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Belverede:  Atos 20.35 apresenta duas bem-aventuranças pronunciadas por Jesus Cristo. Daquele que dá e daquele que recebe. Ambos são bem-aventurados. Nem todos que recebem são egoístas, se seus corações são abertos ao compartilhamento daquilo que receberam.
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Penso que é preciso cuidado ao tocar no assunto do antropocentrismo. Alguns confundem o que venha ser. Tenho encontrado quem esteja defendendo a Doutrina da Gnose em nome da prática do cristocentrismo. Escrevi sobre isso, é uma das postagens escritas como subsídio ao 1º trimestre de 2012 da EBD / CPAD. Conferir: Prosperidade Versus Doutrina da Gnose.
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Robson:  2. Por que prosperam sobremaneira os defensores da chamada Teologia da Prosperidade a ponto auferirem para si fortunas incalculáveis, bens supérfluos e geradores de custos insuportáveis (imagina quanto custa manter uma aeronave particular, ou o IPVA de um SUV blindado), sabidamente às custas de DOAÇÕES de fiéis seguidores de suas doutrinas? (Is 55.2; At 8.20).
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Belverede: Olhando o movimento que diz fazer apologia ao Evangelho e se coloca contra a Teologia da Prosperidade, vejo que não existe uma militância uniforme. Muitos se posicionam contra a TP. Mas quando fazemos observação e comparação geral dessa gente, eles apenas parecem um grupo, defendem e atacam  conceitos doutrinários que se chocam entre eles mesmos.
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Sobre doações: Elas são voluntárias, feitas por pessoas maiores de idade, independentes, em um país em que há liberdade de culto. O dinheiro é do doador, que não pede assessoramento financeiro de ninguém. Quem sou eu para me intrometer nesta relação? Prefiro não opinar em vida alheia.
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Além disso, é um preconceito pensar que os doadores são gente sem personalidade própria, uma massa da marionetes nas mãos de quem recebe as doações.
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Sobre fortunas: vivemos num Brasil em que há um abismo entre ricos e pobres. Para uns, R$ 600,00 representa o salário mensal, para outros é o preço de um jantar na companhia da esposa na região dos Jardins, na cidade de São Paulo. Neste cenário - eu que não sou pastor e nem penso em ser - sou da ideia que o pastor deve ter uma vida digna, com um bom ganho mensal. Escrevi sobre isso detalhadamente em Dezembro de 2011: Pastor Evangélico em tempo integral.
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Sobre aeronave e carro blindado: Cada ministro tem um ministério característico, dentro do cenário socioeconômico brasileiro, onde existem muitos com pouco e poucos com muito. Se o líder lidera uma membresia paupérrima, 50 membros, será um erro locomover-se em automóvel importado e avião. E se a membresia é abastada, em número bastante expressivo em território nacional e estrangeiros, ele não deverá locomover-se em Fiat 147. É preciso olhar os contextos.
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Robson: 3. Por que a Teologia da Prosperidade não funciona como uma “montanha russa”, com seus disseminadores abrindo mão vez ou outra de TUDO O QUE TÊM em favor dos pobres – como os vistos no referido vídeo do You Tube – a fim de MATAR a fome dos que MORREM por causa dela? Será que DEUS não os RESTITUIRIA, cem vezes mais? (Mc 10.21).
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Belverede: Amigo, essa ideia de abrir mão de tudo é antibíblica. Parece ter origem no catolicismo de São Francisco de Assis.
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Jesus ensina diferente: "E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos. E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna - Marcos 10:28-30.
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Sobre o vídeo no YouTube, fiz o seguinte comentário em Novembro de 2011: Claudio Pimenta aos trancos e barrancos. Não sei ao certo a quem o Pimenta se dirige, mas sei que existem igrejas perto da região mencionada por ele, essas que são classificadas como neopentecostais e professoras da TP.
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Robson: "4. Por que a LEI MAIOR da Teologia da Prosperidade, a da SEMADURA, não se aplica da mesma forma aos disseminadores da doutrina? Não deveriam eles também SEMEAR proporcionalmente àquilo que colhem, preferencialmente nas vidas dos fiéis e não nos próprios bolsos ou de seus parceiros ministeriais? (Ef 4.28).
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Belverede: Quem sou eu para dizer se fulano Y ou fulano X não pratica o ato do dízimo e o ato das ofertas? Não tenho essa capacidade para saber tudo, sou pó.
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Sabemos que a onisciência pertence exclusivamente ao Senhor. Portanto, ambos concordamos que apenas Ele, e quem estiver gozando da intimidade de Y e X, têm condições para dizer que não ou que sim.
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Lembro-me da época que ocorreu o grande terremoto no Haiti. Fazendo parte de uma comunidade do Orkut, encontrei um tópico com diversas pessoas criticando um determinado evangelista. Comentavam a calamidade e perguntavam, em tom de cobrança, porque o fulano X, que havia comprado um jatinho não fazia nada a respeito. Sabia que o mesmo havia enviado um grupo de socorro por conta própria, as  pessoas enviadas eram enfermeiros e médicos. Ele não fez propaganda "olhem, sou bonzinho", como fazem alguns atores de Hollywood nessas horas...  Então, o óbvio é: às vezes esquecemos que não é porque não sabemos que algo acontece, que este algo não está acontecendo ou aconteceu.
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As igrejas que eu conheço em São Paulo praticam obras assistências. Os membros em crise financeira não são deixados em esquecimento. Mas não tenho como comentar de ministérios que não possuo informação alguma da rotina deles.
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Eu sou da seguinte ideia: todo ofertante e dizimista precisa saber se o ministério onde contribue presta assistencialismo em favor dos membros. Se não fizer isso, ele deve mudar-se de congregação, ir para onde os pobres não são esquecidos.
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Eu sei de líderes que "semeiam" em ministérios de colegas líderes. As ofertas vão para quem eles gostam. É assim comigo e com você também. Sua oferta não vai ao ministério do pastor que não se simpatiza. E está certo em ser assim, porque é preciso contribuir com alegria.
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Robson: 5. É lícito, justo e ético barganharmos com DEUS a oferta ou a contribuição espontânea em favor de Seu Reino (leia-se Igrejas) na Terra, mas não em favor dos pobres miseráveis que diuturnamente morrem de fome na África, Ásia, Oriente Médio e outros rincões a fora? Não deveriam os defensores da TP organizar campanhas contra a fome, a pobreza a falta de abrigo o desemprego, ao invés de Campanhas vultuosas de R$1.000,00, R$911,00, R$900,00, R$600,00 + uma Bíblia capaz de extirpar a pobreza da vida dos fiéis? (1Tm 6.18).
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Belverede: Ser filantropo é algo bom e bonito. Muitos ricos fazem isso para garantir uma boa aparência na foto social. Uma boa devolução do imposto de renda está garantida, uma parte do que foi volta.
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A missão da Igreja não é levantar fundos para tentar acabar com a miséria do mundo. Paulo ensinou que os pastores devem cuidar daqueles que são servos de Jesus Cristo (1 Timóteo 5, capítulo inteiro).
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Falamos da África, o métodoo cristão é estabelecer igrejas lá, e aos africanos que se convertem prestar a assistência social necessária. Isso acontece hoje. Mas é muito complicado. Há convertidos polígamos, com mais de uma família constituída legalmente... O problema é bem mais complicado do que imaginamos!
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Robson: Muitas outras questões poderiam ser formuladas para refutar a Teologia da Prosperidade (não da verdadeira prosperidade à luz da Bíblia) tal como ela é apresentada e aplicada por seus defensores. No entanto, para não tornar cansativa e enfadonha a leitura vou me ater a essas somente.
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Belverede: Sinta-se livre para se manifestar quando julgar necessário.
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Falando do geral, não especificamente. O problema na questão dessa refutação é que muita gente não conhece a Bíblia Sagrada suficientemente para elaborar conteúdo próprio. Vemos cópias de cópias. Existem muitos "Loros Josés" por aí. Mas ninguém vê quem é o manipulador desses bonecos.
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Outro dia, quis rastrear.  Usa-se textos de terceiros sem dar créditos... Reservei tempo, quando cheguei ao fim do fio de novelo embaraçado, descobri um site ateu como fonte, que provavelmente também deveria ser de um homossexual. A questão da preferência sexual não ficou confirmada.
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Robson: Sabedor que sou do equilíbrio e bom senso com que debates temas tão ácidos, e da tua simpatia pelo Pr. Silas Malafaia, me antecipo em dizer que as questões acima não dizem respeito exclusivamente às suas doutrinas, mas a de todo aquele que de alguma forma defende ou pratica a TP em substituição à cruz de Cristo.
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Belverede: Amigo, sou simpático até com os que se comportam como inimigos. Deus vive em mim. Difamaram-me? Minha oração: Senhor, me guie para encontrar pontos positivos na vida dessa pessoa para que eu possa falar bem dela sem mentir. Acusaram-me injustamente? Senhor, me ajude a não deixar crescer uma raiz de amargura e possa continuar levantando minhas mãos em seus cultos sem ira e nem contenta.
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Sobre Malafaia. Existe alguma identificação com ele. Mas não é plena, como não é plena com ninguém. Meu coração é inteiro só para Jesus. Como me identifico? Antes de Malafaia entrar nessa briga do PL 122/2006, eu já estava dentro usando Internet. Sou um nada, e a minha militância parecia invisível naquela época. Tenho ameaça de processo por causa disso, assim como ele tem...
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Além disso,  tendo muitos conhecidos que participam da CGADB, percebo que muitas ações contrárias a Malafaia são motivações da política eclesiásticas e a praça comercial.
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Ele desfiliou-se da convenção assembleiana, mas muita coisa ainda está aí como ecos de braçadeiras em portas enferrujadas. Não pretendo tomar partido de um ou outro lado. E a minha imparcialidade incomoda alguns.
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Ele é dono de publicadora de livros e lojista. O marketing negativo, tão presente no mundo secular também é usado no meio cristão. Triste!
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A boa apologética trabalha com o conhecimento pleno sobre quem é o alvo da critica, olha o todo, e faz isso sem parcialidade, sem interesse pessoal.
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Sem ser específico. Temos na atualidade muitos "Apologetas de Youtube". tem muita gente deixando que vídeos editados formem as suas cabeças e dirijam as suas vidas. É impressionante!
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Certa vez, conversava com um eminente membro da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Ele revelou crer que o re-te-té era uma movimento de origem entre os neopentecostais, mais precisamente na Igreja Internacional da Graça de Deus e na Igreja Universal do Reino de Deus. Ledo e crasso engano! E... o tal é formador de opinião entre os assembleanos. Refutei-o!
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Sei que se um sapatinho de fogo quiser fazer show nas reuniões da IIGD e IURD, são orientados a calar e manterem-se em seus assentos prestando atenção na mensagem. Minha refutação se confirmou dois anos depois. Edir Macedo usou o jornalismo da Rede Record para criticar o re-te-té, até considerando quem rodopia, pula, grita, como gente possessa. RR Soares também se manifestou contra publicamente, porém, com mais brandura.
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Robson: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm 8.18).
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Belverede: Amém!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O apóstolo Paulo legitima a prática do dízimo

Antes de tudo o mais, esclareço que sou uma pessoa totalmente independente de arrecadação de dízimos, ofertas, cestas básicas ou qualquer outro tipo de benefício. Nem eu e nem qualquer familiar recebe valores cuja origem é a igreja. É exatamente o contrário, entregamos com o objetivo que outros sejam beneficiários.

O dízimo ensinado de maneira contextualizada

Todos concordamos que é preciso usar a Bíblia Sagrada de maneira contextualizada.

Nas igrejas evangélicas, o ensino cristão sobre o dízimo não deve ter como base textual Malaquias 3.8-10. A base de contexto é a voluntariedade de Abraão e Jacó (Gênesis 14 e Gênesis 28), a profecia no Salmo 110.4 e Hebreus 5 e 7. Textos desvinculados das imposições da Lei de Moisés.


O dízimo e a acusação de barganhas com Deus

"E disse-me o SENHOR: ...eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la" - Jeremias 1.12.

Algumas pessoas que não são dizimistas se fazem de desentendidas, ou não entendem mesmo, que Deus fez promessas aos dizimistas e ofertantes e Ele cumpre o prometido. Esperar que Deus cumpra o que prometeu é exercício de fé, apenas crer que Ele não mente. O nome dessa esperança não é barganha. Se o contribuinte espera que o Senhor cumpra o prometido, então, isso seria uma barganha? Se for, é uma barganha criada por Deus.

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre" - 2 Coríntios 9:7-9.

"E Deus é poderoso para para fazer abundar em vós toda a graça". Graça significa favor que não merecemos. A promessa divina  está aí... É conteúdo da Palavra de Deus. Devo duvidar da fidelidade de Deus? Se crer nesta promessa estou agindo no sistema da barganha? É claro que não. Estou sendo crente em Deus!

O apóstolo Paulo e a citação de textos referentes aos dízimos


O apóstolo Paulo, em suas cartas, faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o principio de que o obreiro cristão é digno de seu salário.

Vejamos:

“Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.” - 1 Coríntios 9:9-14.

Esta orientação de Paulo é baseada em Levíticos 6.16, 26 e Deuteronômio 18.1.

Vejamos, então:

“E o restante dela comerão Arão e seus filhos; ázimo se comerá no lugar santo, no pátio da tenda da congregação o comerão. O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comerá; no lugar santo se comerá, no pátio da tenda da congregação.” – Levíticos 6.16, 26.

“Os sacerdotes levitas, toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel; das ofertas queimadas do SENHOR e da sua herança comerão.” – Deuteronômio 18.1


O que fez Paulo? Usou textos da Lei de Moisés, trechos sobre a manutenção do templo judaico, para falar da necessidade de arrecadação de valores para a manutenção do templo cristão.

Paulo afirma que, assim como os sacerdotes da Lei comiam do que era originado de dízimos, a liderança cristã tem o mesmo direito. Assim sendo, Paulo reconhece que há legitimidade na prática do dízimo como forma de manter o serviço cristão.

Não existe contradição alguma nesta abordagem. Não estamos fazendo defesa da volta das práticas da Lei de Moisés para justificar dízimos. Estamos observando que a prática de manter a manutenção do serviço a Deus não está restrita ao Antigo Testamento, é incentivada pelo apóstolo.

A forma e a liturgia de cultuar com ofertas e dízimos mudaram da Antiga Aliança para a Nova Aliança, mas a função de adorar a Deus tem o mesmo princípio. É preciso manter a Obra de Deus colocando a mão no bolso.

Se o apóstolo Paulo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo, jamais teria feito uso de textos sobre dízimos!

Conclusão


Reflitamos sobre a voluntariedade e o respeito com relação ao dízimo

O dízimo é usado na Igreja como prática de fé e amor ao Senhor e ao próximo. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" - 2 Coríntios 9.7.

Aquele cristão que não quer ser dizimista não seja... Nenhum ministério cristão quer receber dinheiro de quem não está disposto a colaborar voluntariamente.


Todo cristão precisa estar consciente que a arrecadação é feita para investimentos em missões, em evangelismos, em ajuda humanitária, construções e manutenções de templos. Todos esses empreendimentos visam o bem-estar do homem, por quem Jesus Cristo morreu. Dízimo é ato de fé e de amor.

Quem quer colaborar entregando dízimos na igreja tem o direito de fazer isso e precisa ser respeitado nessa decisão. Ele colabora porque se propôs a contribuir com 10% do seu salário, é alguém livre para exercer sua fé e se sente feliz assim. Não critique-o. Ele não pede opinião e nem assessoramento financeiro de quem é contra o ato de entregar dízimos na igreja.


O dízimo não salva o dizimista. Mas, Deus conhece todos os corações. O coração  do cristão que não entrega o dízimo tem alguns motivos para não entregá-lo. Deus sabe quais são... E se esses motivos forem nomeados como ganância e avareza, é claro que este cristão não  entrará no céu, porque todo ávaro e ganancioso ama mais as coisas do que ao Senhor  e ao próximo.

E.A.G.

Consultas: Pequena Enciclopédia Bíblica O. S. Boyer, 19ª impressão, 1992 (Editora Vida); Lições Bíblicas, A Verdadeira Prosperidade - Vida Cristã Abundante, José Gonçalves, lição 6, 1º trimestre de 2012 (CPAD).

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Por que é um grande absurdo dizer que o dízimo pertence à Lei de Moisés?

Entenda porque é absurda a afirmação que diz que o dízimo é prática pertencente à Lei de Moisés.

Abraão é o ancestral mais antigo do israelita Moisés. Abraão é o ancestral mais antigo de todos os israelitas. Foi por meio do filho de Abraão, Isaque, que veio a existir todo o povo israelita.

Quando Abraão se encontrou com o sacerdote Melquisedeque, e entregou o dízimo a ele, Isaque ainda não era vivo.  Quando Abraão se encontrou com o sacerdote Melquisedeque, não existia a religião judaica, que contém a Lei de Moisés. Moisés não existia, não existia a religião judaica, não existia nenhum judeu na face da terra, eles não eram nascidos.

Explicando assim fica muito fácil para você entender que Abraão não entregou o dízimo por causa da Lei de Moisés. 

Não é?

E.A.G.

O dízimo e o Novo Testamento - parte 2

Ofereço nova reflexão: o dízimo e os mandamentos que ordenam aos cristãos amar a Deus e aos semelhantes

Ao entregar o dízimo na igreja, com a consciência de que de alguma forma  o valor será usado para missões e evangelismos, estamos obedecendo os mandamentos "Ide por todo mundo" e "ame a Deus e ame ao próximo" (João 16.15-16; Lucas 10.26-28).

O fato importantantíssimo neste detalhe dos mandamentos do amor é que a ordem para amar o próximo é um dos dois mandamentos mais importantes. Acima dele está apenas o dever de praticar amor a Deus. Estes dois mandamentos estão tão ligados que se deixamos de amar o próximo demonstramos falta de amor a Deus. No momento de aborrecimento ou indiferença contra o semelhante, ao mesmo tempo se desobedece a Deus que manda amá-lo! Desobediência é falta de amor.

Entregar o dízimo é uma forma se executar os mandamentos de amor a Deus e ao semelhante de maneira simultânea! Sendo dizimistas, estamos a disponibilizar, por meio do dinheiro entregue, a água da vida e o alimento ao espírito daqueles que têm fome, pois Jesus se apresentou como a Pessoa capaz de dessedentar o espírito humano e se apresentou como o Pão Celestial (João 4.8; 6.51).

Eu tenho um parente que trabalha no setor de missões numa grande denominação em São Paulo. Existe gente se preparando para partir, existem estudos de campo antes da viagem... De onde vêm as possibilidades de custear isso? Dízimos! E existe gente com as familias em campo. De onde vêm as possibilidades de custeio deles no exterior? Dízimos!

Mas o que é triste nisso tudo é que alguns missionários voltam antes do término da Obra, isso acontece por falta de dinheiro. Alguns culpam desinteresse do pastor, mas o pastor só pode fazer pedir. O quê? Sejam dizimistas e ofertantes, não tem a capacidade de financiar tudo sozinho.

E.A.G.

Primeira parte: O dízimo e o Novo Testamento

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O dízimo e o Novo Testamento

Escrevo aos que são crentes em Jesus.

Um pouco do ministério de Jesus, parte de finanças, quem é contra dízimos parece não se lembrar:

“E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens" - Lucas 8.1-3.

Em seu ministério itinerante, por três anos e meio Jesus não se ocupou de trabalho secular. E além disso, tirou doze homens de seus trabalhos seculares para andar com Ele. Vagabundos? Não, eles trabalharam na esfera virtual. E ganhavam fazendo isso.

Jesus Cristo não está conosco em pessoa, mas promete estar presente em Espírito:

"Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" - Mateus 28.20.

"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" - Mateus 18:20

Jesus morreu, ressuscitou e agora está no céu. Ele se foi e nos deixou o Espírito Santo, capacita pessoas dirigidas pelo Espírito para liderar a Igreja.

"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo" - Efésios 4:10-12

Paulo em nenhuma de suas cartas proibiu que líderes cristãos fossem assalariadas por ofertas e dízimos.

Disse Jesus: “...digno é o obreiro de seu salário...” – Lucas 10.7.

E por sua vez, Paulo fez muito bem ao repetir a orientação ode Jesus: “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário” -. 1ª Timóteo 5:18.

Os verdadeiros cristãos são aqueles que praticam a Palavra de Deus, não se deixam prender pelo dinheiro... Grande parte das pessoas que são contra a prática do dízimo não entregam ofertas na igreja, nem r$ 0,01 por mês. Quer saber o motivo? Elas são escravas do dinheiro. A escravidão faz reter o dinheiro, discordar de Jesus e de Paulo. Não entregam dízimos porque não acham dignos o trabalho espiritual dos pastores.

Paulo citou Abraão como pai na fé dos cristãos que fazem uso da fé. Tiago ensinou que a fé deve ser acompanhada de obras, para que não seja considerada morta, explica que foi por causa de suas obras que Abraão foi considerado amigo de Deus.

Logo podemos entender que se somos amigos de Deus, como foi Abraão, contribuímos na Causa de Deus, pelo menos com dez por cento dos nossos salários. Confira: Romanos 4.16; Tiago 2.23. Em tempo: nossa fé pratica obras porque somos salvos. E não praticamos obras para receber a salvação.

Note bem, Gênesis 14 relata a entrega do dízimo de Abraão a Melquisedeque. O Salmo 110 comprova o sacerdócio de Melquisedeque como o mesmo sacerdócio de Jesus.

Os cristãos dizimistas não entregam os dízimos baseados na Lei de Moisés, se baseiam na profecia escrita por Davi sobre Jesus:

"Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” - Salmos 110.4.

O escritor do livro aos Hebreus lembrou e usou essa profecia para explicar quem era Jesus Cristo:

"... aprendeu a obediência pelas coisas que e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem chamado por Deus sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque" - Hebreus 5.8-10.

Observe, o escritor do livro Hebreus comenta tudo isso que escrevi. Ao aobordar a Lei de Moisés e não diz que os dizimistas devem praticar a lei, mas mencioma a questão de Abraão praticar o dízimo pela fé, com voluntariedade. Observe também que Jesus Cristo pertence a mesma ordem sacerdotal de Melquisedeque. Pela fé, Abraão compreendeu a superioridade da linhagem sacerdotal de Melquisede – o patriarca de maneira voluntária entregou-lhe os dízimos. Ora, Abraão é identificado por Paulo como nosso pai na fé, então, qual seria o motivo de não sermos dizimistas como Abraão foi?

Sejamos dizimista por fé, voluntariamente, entregando pela fé os dízimos aos homens de Deus, instituídos por Cristo.

Nenhum dizimista cristão deve se basear na Lei de Moisés para ser dizimista.

Não é bom distorcer a Bíblia para tentar fazer prevalecer doutrinas humanas. É ruim ir além do que a Palavra de Deus ensina. Não existe proibição no Novo Testamento para entregar dízimo. Quem quiser ser contra o dízimo, continue sendo... Mas não diga que as páginas neotestamentárias são contrárias. Pois não existe um só versículo proibindo um cristão ser dizimista nos Evangelhos, cartas gerais e pastorais.

Quem é contrário ao dízimo deve dizer assim: não sou dizimista porque não quero ser. Pronto, tudo resolvido entre você e os dizimistas. Mas um dia você terá que ajustar suas contas com Deus por causa disso. Se a decisão de não ser dizimista é por causa da avareza, ai de você... Os avarentos não entrarão no céu (1ª Coríntios 6.10).

E.A.G.

Essa reflexão continua: O dízimo e o Novo Testamento - parte 2

domingo, 31 de julho de 2011

O esteriótipo de dizimistas

Abaixo ao esteriótipo do dizimista manipulado.

Dizimista humilde? Bobo? Manipulado por pastor?

Acho descabida a imagem existente de cristãos evangélicos que se propuseram a entregar dízimos na igreja. Dizem que eles são obrigados a ser dizimistas.

Ora, quem é que tem esse poder tão grande de persuadir desse jeito, tanta gente e por tanto tempo? Isso é folclore. Pessoas cheias de preconceitos religiosos criaram a imagem esteriotipada do evangélico dizimista, e os próprios evangélicos usa-a uns contra os outros.

Quem é dizimista é dizimista porque ama a Deus, ama as almas perdidas, sabe que sua contribuição representa financiar evangelismo, será usada para cobrir as despesas do templo, o prédio que sempre está com portas abertas para receber quem ainda não conhece a Cristo.

O Flamengo, o São Paulo FC, o Vitória, o Grêmio, o Coritiba, entre muitos outros times de futebol, possuem seus sócios, que são gentes dispostas a colaborar mensalmente com a receita do clube. E praticamente ninguém os critica por deixar dinheiro nessas instituições seculares.

Alguns poderão lembrar que a mensalidade dos sócios desses clubes desportivos gera privilégios a eles. A cadeira cativa em posição de vista privilegiada aos jogos, o sítio com área de camping e pesca, o salão de festas, a piscina e outras regalias pertencentes a esse mundo de alegrias passageiras.

Ninguem deve se esquecer que Deus promete bênçãos sem medidas aos que são altruítas. Todo aquele que é contribuinte na Causa do Senhor jamais ficará desamparado. Existem promessas bíblicas específicas a eles e Deus as cumpre. Com toda certeza o retorno do dizimista é mil vezes melhor do que o de torcedores associados aos seus times do coração, pois a alegria celestial é incomparável com a alegria que encontramos nesta vida.

E.A.G.