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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Vasos nas mãos do Oleiro


Flores no vaso azul. Pintura a óleo.

"A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" - Jeremias 18.1-6.

É parte do senso comum no meio cristão evangélico chamar algumas pessoas, que se destacam pregando, de vaso. Tudo bem que se descreva os tais assim.

Porém, todo ser humano é um vaso nas mãos de Deus, porque Deus dá a cada pessoa, ao nascer, talentos natos, que algumas características únicas e especiais para que seja útil em sua geração. Quem ainda não sabe o talento que possui, precisa pesquisar dentro de si mesmo e depois usar esse dom.

E, se a pessoa é convertida a Jesus Cristo, além do talento dado por Deus, ela também está apta a receber dons espirituais, as capacitações sobrenaturais do Espírito Santo, com a finalidade da edificação dos irmãos de fé.

Postagem paralela: A simbologia dos vasos na Bíblia Sagrada.

E.A.G.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Rute, Deus trabalha pela família


Por Eliseu Antonio Gomes

Rute: uma estrangeira nascida em Moabe.

É surpreendente o fato que esta bela narrativa  tenha como título o nome de uma mulher estrangeira. Ester (nacionalidade israelita) e Rute (moabita) são os dois únicos livros da Bíblia cujos nomes são de mulheres. Esta perspectiva enfatiza o significado na revelação bíblica e nos propósitos de Deus.

O livro de Rute

O nome Rute significa "amizade". No Antigo Testamento, este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada em Mateus 1.5. Em ambos os casos refere-se à moabita que se casou com um homem israelita que vivia em Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, quando ela retornou para Israel e para a cidade de Belém, Judá; e ali, posteriormente, casou-se com Boaz e teve um filho.

O livro de Rute apresenta uma narrativa que exemplifica o trabalho como o modo de suprir as necessidades primárias, mas, acima de tudo, confiando no Deus de toda provisão. Mostra uma crise generalizada, de pobreza, doença, viuvez e morte. Nesse drama se destaca a tenacidade de Rute, que foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança.

A narrativa do livro começa no território de Moabe, fora do limite geográfico de Israel. Torna-se especial dentro do período em que Israel não tinha rei e a liderança do povo estava a cargo de juízes, que orientavam o povo acerca da terra, da espiritualidade e da família israelita (Rute 1.1). 

As relações de inimizade entre Moabe e Israel (Juízes 3.12-30).

Pouco antes dos fatos ocorridos na família de Noemi, sob a liderança do rei Eglon, os moabitas tinham invadido e subjugado uma grande parte do território de Israel por 18 anos, até que Eúde, o canhoto, matou este monarca e libertou Israel. Após isso, Moabe submeteu-se a Israel por 80 anos (versículo 30).

É notável como Rute desempenhava um papel tão importante e positivo no registro bíblico. Afinal, as nações Moabe e Israel eram inimigas. Como consequência dos obstáculos que a primeira criou para a segunda em sua peregrinação do Sinai para a terra prometida (Números 22.25), Deus decretou que "nenhum amonita nem moabita entrará na assembleia do Senhor, nem ainda na décima geração; nunca poderão entrar na assembleia do Senhor (Deuteronômio 23.3).

Havia um desígnio especial para a vida de Rute, que ela mesma não conhecia e nem podia imaginar. O seu "deus", antes, era um "deus moabita; depois, ela conhece o Deus de Noemi e do seu marido, e se torna uma serva de Jeová, o Deus de Israel.

A crise atinge a família de Noemi (Rute 1.1-2).          .

Por volta de 1268 a 1251, aproximadamente, havia carestia e seca por toda parte na terra de Canaã, toda a Judeia estava desolada, escassa, havia falta de grãos, especialmente trigo e cevada. Belém de Judá enfrentava uma grande crise econômica. O texto de Rute 1.1 diz literalmente: "houve uma fome na terra".  Houve fome numa proporção gigantesca, obrigando seus moradores a deixarem a cidade, que deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez extrema.

Então Noemi, com seus dois filhos, por iniciativa de seu esposo, Elimeleque, mudou-se com a família para Moabe. Ao chegar em Moabe, de maneira oposta ao esperado, não encontraram a prosperidade, mas doença e morte. Elimeleque e os dois filhos de Noemi faleceram, ela ficou com as duas noras na mais completa miséria (versículos 6-7).

A primeira menção do nome Rute encontra-se em seu casamento com Malom (1.4; 4.10). O falecimento de Malom e Quiliom, seu cunhado, trágica e inesperadamente poucos anos depois da morte de Elimeleque, o seu sogro, foi uma circunstância crítica na vida dessas três mulheres (1.3, 5). Naquele tempo e localidade não havia o sistema de previdência social. As viúvas eram sustentadas pelos filhos, em especial, o primogênito. Logo, perder o marido e os filhos era uma situação atroz.

A crise existencial de Noemi e o apoio de Rute.

Segundo os especialistas, crise existencial é um momento no qual um indivíduo questiona os próprios fundamentos de sua vida; se esta vida possui algum sentido ou valor. Uma segunda definição, diz que crise existencial é um estado emocional em que o ser humano vê a própria vida sem sentido e sem significado.

Foi esta a experiência vivida por Noemi, que, tendo perdido o marido e seus dois filhos, em sua viuvez não via outra coisa senão a mão pesada de Deus contra ela. Rute foi mais forte, porém viveu um momento de amargura e dúvida a rondar sua cabeça sem ver alguma luz no fim do túnel. Noemi chegou a um ponto de sua vida pessoal em que não enxergava nenhuma saída racional para solucionar seu dilema, aos seus olhos, o futuro era um "beco sem saída" para sua vida emocional, física e até mesmo espiritual. Contudo, Rute foi capaz de não se deixar dominar por sentimentos negativos e ainda amenizou a baixa-estima de sua sogra, permanecendo ao seu lado e lhe dando toda a atenção e carinho.

A volta de Noemi à terra natal.

Noemi estava envelhecida, não entendia a razão do seu sofrimento até então, acreditava que Deus a estava castigando com todas as suas agruras vividas, por isso, resolveu liberar suas noras Orfa e Rute para que voltassem às suas famílias de origem em Moabe (Rute 1.8). Orfa aceitou a liberação, mas Rute resolveu ficar com sua sogra (1.14-17).

Deus permitiu que a estrangeira convertida ao Deus de Israel se tornasse o canal da bênção de recuperação para Noemi. Rute deu uma demonstração de afeto profundo para Noemi que a fez entender que ainda havia esperança.

O empenho ao trabalho (Rute 1.19-22; 2.2, 3).

No dia seguinte à triste chegada das duas viúvas em Belém, Rute saiu para respigar nos campos para obter alimento. Era época do "princípio da sega das cevadas", quando a colheita estava começando. Em Moabe a situação era precária; mas agora, ali, havia esperança de "não faltar nada" para as duas. É possível que o serviço que Rute se propunha a fazer fosse comum também na cultura moabita, porém, era claramente ordenada na lei de Moisés. Os pobres, as viúvas e os estrangeiros residentes no meio do povo de Israel podiam ter suas necessidades básicas supridas com certa dignidade por meio da prática de respigar os campos (Levíticos 23.22; Deuteronômio 24.19).

Assim, Rute usou sua perspicácia para suprir a necessidade da casa sem precisar agir desonestamente, Ela agiu com ética e respeito, e fez Noemi entender que Deus cuidaria de ambas e não faltaria nada para elas. Sua atitude de ânimo contribuiu para que Noemi reerguesse a cabeça e melhorasse sua autoestima.

Boaz (Rute 2.4).

Boaz era um homem diferente, bom e temente a Deus. Procurava ser justo com seus empregados e para com todas as pessoas em torno de si. Procurava ajudar a todos. 

Na tipologia bíblica, Boaz é apresentado como um tipo de Cristo na sua relação com a Igreja, um tipo de Rute. Ela era estrangeira, pobre e carente até encontrar Boaz, que se tornou seu remidor, assim como Cristo é o nosso Redentor que, sendo rico, se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas (2 Coríntios 8.9).

A Lei do Resgatador e a Lei do Levirato (Êxodo 6.6; Levítico 25.23-34; Deuteronômio 25.5-10).

Segundo a Escritura relata, o objetivo dessas leis era preservar o nome e proteger a propriedade familiar. Para não haver exploração das terras, especialmente pelos ricos, que poderiam se aproveitar dos pobres e das viúvas. Eram leis que garantiam o nome da família do homem que morreu depois da sua morte. Por isso, a propriedade não seria vendida para pessoas que não fizessem parte da família.

Noemi era parente de Boaz através do seu marido Elimeleque, um fato essencial para a função de parente resgatador. O parente resgatador (hebraico "goel: o que resgata, liberta), no caso Boaz, tinha uma dupla obrigação: resgatar a área de terra que Noemi havia posto à venda (4.13) e casar-se com Rute para assegurar uma descendência a Elimeleque (1.15. De fato, o filho que Boaz teve de Rute foi considerado filho de Malom (4.10 - o marido falecido de Rute), o qual por sua vez, era filho de Elimeleque e Noemi (4.17).

A lei do Levirato fazia parte do conjunto de leis do Código Mosaico, que impunha ao irmão de um homem falecido, de casar com a viúva deste (Gênesis 38.8; Deuteronômio 25.5-10; Levítico 18.6; 20.21; Mateus 22.23-30.

Rute desejava ser remida por Boaz e Boaz se dispunha a garantir os direitos de subsistência, descendência e propriedade da viúva Noemi e resgatar a moabita, casando-se com ela.

Quando Noemi ouviu os fatos sobre o interesse de Boaz por Rute e que a tratou com muita bondade, apelou para a tradição sobre o costume do "parente resgatador". Instruiu Rute para que se preparasse com vestes e perfumes e, discretamente, sem que Boaz soubesse, fosse deitar-se aos pés dele sem que percebesse a sua presença. 

Cerca de meia-noite, Boaz estremeceu em sua cama quando viu que Rute estava deitada aos seus pés (3.8, 9). O fato não constitui nenhum ato delituoso e nem sensual, porque ela estava protegida pelas leis que regiam o costume do papel do remidor para com a aquela mulher que estava viúva, e o seu marido era parente de Boaz. Pedir que ele estendesse uma aba de sua coberta sobre ela significava que ele a estaria protegendo.

No capítulo 4 do livro, Boaz se casa com Rute, tornando-se o seu remidor e ainda mantendo sobre proteção Noemi. Legitimamente, Boaz e Rute se casaram sob as bênçãos de toda a comunidade de Belém.

No devido tempo, Deus deu a Boaz e Rute um filho, a quem deram o nome Obede. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como o avô do rei Davi.

Rute, na perspectiva do Novo Testamento

A inclusão da história de Rute, a estrangeira, nas páginas das Escrituras dificilmente terá outra explicação senão a da providência de Deus, que evidencia sua graça  e habilidade de operar  na vida de qualquer pessoa, não importa a sua origem.

É particularmente interessante a referência bíblica a Rute na árvore genealógica de Jesus. em Mateus 1.5. A menção de seu nome, ela que era oriunda de uma cultura pagã e idólatra, está junto com a de outras três mulheres: Tamar (versículo 3); Raabe, uma ex-prostituta (versículo 5), e "a esposa de Urias" (versículo 6). Todas as quatro parecem ser estrangeiras, dentro do contexto do Antigo Testamento no qual se encontram. Desta maneira, o Evangelho de Mateus, que termina com a ordem de Cristo para "fazer discípulos de todas as nações" (Mateus 28.19), começa com o reconhecimento de que mulheres estrangeiras como Rute contribuíram sobremaneira para a linhagem de Jesus, o Messias.

Conclusão.

O Brasil vive um momento de crise econômica, e a falta de emprego é uma realidade que tem atingido milhões de pessoas. Muitos que perderam seus empregos buscam qualquer serviço que lhes dê condições de sobrevivência. Rute é um modelo em tempos de instabilidades, seu exemplo, não ficando de braços cruzados e trabalhando com bastante disposição no campo para ajuntar cevada suficiente para si e para a sogra, é importante aos que aspiram a um emprego nesses tempos difíceis. Apesar das perdas enormes, o marido, o sogro e o cunhado, e de ajudar Noemi que sofria com seu coração amargurado, ela soube superar essas adversidades sem perder a esperança de que sua felicidade poderia ser construída sobre valores maiores do que a riqueza material. Ela não se  deixou seduzir pelo fascínio de ser uma mulher bonita, mas firmou sua mente na busca de um trabalho honesto que lhe desse tranquilidade. E assim Deus honrou seu comportamento.

Nossa visão da vida quando nos deparamos com crises se torna embaçada e limitada. Mas podemos superar essas crises com uma atitude de fé no Deus de toda provisão. Todos nós enfrentamos momentos de dor e aflição. Diante das adversidades, não desanimemos, não paremos. A  nossa fé nos faz avançar, trabalhar e ver o impossível sendo realizado.

Podemos aprender com o exemplo de Rute e com o apóstolo Paulo que escreveu "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" e declarar como ele declarou: "que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8. 28,31 - ARA).

A Bíblia diz que "o justo viverá da fé" (Habacuque 2.4; Romanos 1.17), para que aprendamos a confiar em Deus em todas as circunstâncias.

E.A.G.

Lições Bíblicas - Professor - O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 57, 60, Rio de Janeiro (CPAD). 
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 93, 94, 96-102; 1ª edição 2016;  Rio de Janeiro (CPAD). 
Quem é quem na Bíblia Sagrada - a história de todas as personagens da Bíblia Sagrada, editado por Paul Gardner, páginas 560-563, 19ª reimpressão 2015, São Paulo (Editora Vida).

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Falando sobre a hipocrisia e os hipócritas




Leio com regularidade pessoas na rede social usando o termo “hipócrita” e “hipocrisia” fora do sentido que essas palavras possuem. O significado dos vocábulos aponta ao triste comportamento de falsidade.

Sendo direto, sobre a pessoa hipócrita:

• alguém que acredita que agir hipocritamente é sinal de esperteza e, portanto, alimenta orgulho escondido pelo fato de ser hipócrita; não é pessoa equilibrada, emocional e espiritualmente - embora, em alguns casos, pareça ser;

• alguém que age com imaturidade, é inconsequente, ainda não tem noção que sua atitude de fingimento é reprovável aos olhos de Deus, necessita crescer na fé;

• alguém que, de maneira intencional, age dissimuladamente, faz calúnias aproveitando a ausência das pessoas caluniadas, porque é invejosa, e/ou rancorosa, e/ou vingativa;

• alguém que usa a ausência da vítima de maledicência para falar mal dela, porque falta coragem para conversar, usando a sinceridade, quando o assunto é importante;

• alguém que exige, ou critica, o outro por atitude que também teria, estando no lugar e no ambiente adverso da pessoa criticada - faz isso para convencer a todos ser dono de moral, eficiência e desembaraço que não possui, objetivando conquistar popularidade em determinado círculo social;

• alguém que se faz de amigo ou de amiga, que se aproxima escondendo o que realmente pensa fazendo lisonjas, estampando um largo sorriso no rosto, como procederam os escribas e fariseus na geração de Jesus Cristo aqui na terra (Mateus 23.14);

• alguém que usa a dissimulação com o objetivo de tentar tirar vantagem das pessoas, como tentou fazer o casal Ananias e Safira, no início da Igreja Primitiva, e por agir assim pagaram com a própria vida dentro do templo (Atos 5.1-11);

• alguém que - mesmo que seja extremamente religioso, faça constantes orações e até jejue - precisa de Jesus Cristo, precisa se converter para não passar a eternidade rangendo os dentes no inferno (Apocalipse 22.15).

O autêntico seguidor de Jesus Cristo preza pela verdade no agir e no falar.

“O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a testemunha falsa, a fraude” – Provérbios 12.17.

“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” – Provérbios 28.13.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” – 1 João 1.7-9.

E.A.G.

A espiritualidade e a sexualidade do cristão


O justo não tem o "olhar de adultério", mesmo quando diante de gentes vestidas de maneira vulgar, que usam a sensualidade para atrair e trair (Isaías 3.16). Não lança olhares assim, embora seja tentado, porque Jesus Cristo o libertou da força escravizante do pecado!Pedro, em sua segunda carta, no capítulo 2, escreveu que o Senhor sabe livrar da tentação os piedosos e reservar os injustos para o dia do juízo, para que eles recebam o castigo que merecem (versículo 9). O apóstolo descreve homens injustos de muitas maneiras, mas quero chamar a atenção para a descrição “olhos cheios de adultério” (versículo 14).

Chamo a atenção para este detalhe, dos olhares com intenções adúlteras, com a intenção de esclarecer que o justo não tem este olhar de maldade, mesmo quando diante de gentes vestidas de maneira vulgar, que usam a sensualidade para atrair e trair (Isaías 3.16). Não lança olhares assim, embora seja tentado, porque Jesus Cristo o libertou da força escravizante do pecado!

A beleza humana é criação de Deus. Tenho a impressão que este é um tema que uma grande parte da liderança evangélica não sabe como abordar, corretamente. E, também penso eu, por não ter segurança para ensinar a respeito do assunto (beleza/sexualidade), prefere proibir as mulheres de vestirem-se elegantemente. É lógico que é esperado que mulheres cristãs tenham comportamento discreto, usem roupas decentes, não imitem as mulheres do mundo que se vestem trajando-se com peças de roupas vulgares, porque não são conhecedoras da mensagem das Boas Novas.

Cabe ao líder cristão pregar a Palavra de Deus exatamente como ela é, pois é a mensagem divina que age como “martelo que quebra as pedras” (Jeremias 23.29).

Indubitavelmente, se a Palavra é transmitida com toda a fidelidade ao Senhor, almas se convertem, e almas convertidas são guiadas pelo Espírito, trocam as obras da carne pelo fruto do Espírito, tornam-se verdadeiros instrumentos de Deus neste mundo caótico, que apela ao uso do sexo de maneira errada e pervertida, ao invés de usá-lo como a bênção, que é, no relacionamento matrimonial.

E.A.G.

domingo, 13 de novembro de 2016

O casamento e o livre-arbítrio



Com todo respeito a todos que pensarem diferente de mim, quero dizer que eu creio na doutrina do livre-arbítrio. E assim como Deus nos dá a liberdade de escolha para nós em tudo que decidimos realizar, também nos deixa livres para escolher o marido ou esposa. O que o Senhor faz neste caso do matrimônio, e em todos os outros, é nos apresentar critérios sábios para fazer as melhores escolhas - e após a escolha feita da pessoa do cônjuge, ensinar a ter uma vida à dois em respeito mútuo. Sendo mais direto: não entendo que o Senhor queira escolher no lugar do pretendente ao casamento a pessoa que será o marido ou esposa de quem se casa.

Isaías 46.10 dá base para os calvinistas refutarem o livre-arbítrio?
Qual a permissão dada na Bíblia para o divórcio?
Salvação e Livre-Arbítrio


sábado, 12 de novembro de 2016

José: fé em meio às injustiças

Por Eliseu Antonio Gomes

A história de José ganha um espaço especial no livro de Gênesis, começa no capítulo 37  e segue até o 50, o último capítulo do livro. A narrativa conta a história da "família de Jacó", entretanto, dá mais atenção a José do que a seus irmãos, alíás, dá mais atenção a José do que a qualquer outros dos patriarcas.

A marca da trajetória de José é que mesmo em meio a tanto desprezo e desconsideração, não permitiu que o seu coração fosse devorado pelo ódio. Humanamente, seria justo devolver na mesma moeda quando teve a oportunidade de fazê-lo. Mas ele não reagiu com vingança, preferiu compreender que tudo o que ocorreu era o Deus de seus pais preparando o caminho para conservar a sua família num contexto de fome e miséria mundial.

A história de José, jovem de fé e de caráter, é longa e contém muitas lições, encontramos alguns pontos, os quais se constituem ricos e preciosos ensinos para a nossa vida cotidiana.

José: o filho mais amado de seu pai. "Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas. Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente" - Gênesis 37-3-4.

As promessas que Deus fez a Abraão foram passadas a Jacó e seus descendentes. O patriarca Jacó vivia como estrangeiro na terra de Canaã, a qual Deus prometera como herança à descendência de Abraão. Nos planos divinos, fatos contundentes haveriam de acontecer a partir de José, tornando-se o mesmo o personagem por excelência na história do povo de Israel. Por isso, Deus usou José para preservar sua família da fome e da morte. Da semente de Abraão nasceria aquEle que abençoaria todas as famílias da Terra, Jesus Cristo.

Jacó era o pai de José, e sua família era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamin. Também, os filhos das servas Zilpa e Bila (Gênesis 30.22-2; 35.16-18).

José era um jovem, de aproximadamente 17 anos de idade, e Jacó o amava bastante, porque era o filho de sua velhice. Além disso, José se destacava entre seus irmãos, porque era temente a Deus, porque trazia a Jacó denúncia das más ações cometida pelos irmãos, fora da vista do velho pai.

Dentro desta situação, Jacó não escondia a sua preferência paterna por José, provocando, com esta atitude, a inveja e o ciúme de seus irmãos. E assim presenteou a José uma túnica colorida, a peça de roupa revelava, inconvenientemente, a posição de favoritismo.

Os sonhos de José (Gênesis 37.7, 9). Deus tinha um plano na vida de José e esse projeto foi revelado pelo Senhor, por intermédio de dois sonhos.

José foi precipitado ao partilhar, em momento errado, a informação divina que era para ele com seus irmãos. Ingenuamente, José contou os sonhos que recebeu de Deus e os interpretava aos seus irmãos. Os sonhos sempre o colocavam como líder de seus irmãos, em posição de honra, e isto era suficiente para eles o odiarem e cheios de raiva desejarem se livrar dele.

José é vendido como escravo e levado ao Egito (37.12-36). Os irmãos de José tentaram, mas não conseguiram matá-lo, pois Deus tinha um plano especial para sua vida.

Enquanto os irmãos de José faziam a refeição, viram uma caravana de negociantes, que seguia ao Egito para vender seus produtos. Então, Judá sugeriu que vendessem José a eles como se fosse escravo deles e todos concordaram - com exceção de Rúben, que estava ausente. A negociação aconteceu rapidamente, pois os irmãos de José estavam movidos por ódio intenso ódio contra ele (Atos 7.9). Depois, enganaram o velho pai, levando-o a acreditar que o seu filho querido tinha sido morto. 

Deus permitiu que ocorresse uma dura prova na vida de José, pois desejava conceder-lhe a bênção que lhe mostrara, através de sonhos, em sua adolescência. Só assim, ele jamais se esqueceria do que o Senhor lhe fez, ao escolhê-lo para ser o governador do Egito e provedor do alimento que salvou a humanidade da fome mundial.

José, na casa de Potifar (39.1-23). Na condição de escravo, José foi levado pelos negociantes ao Egito, o expuseram em um mercado, e seu destino foi trabalhar na casa do egípcio Potifar, que o comprou. Potifar era um importante oficial do rei, responsável pela guarda do palácio. Gostou de sua dedicação ao trabalho e logo começou a confiar mais e mais responsabilidade em suas mãos. Contando com a confiança de Potifar, José passou a administrar toda a sua casa, mas foi envolvido em grande encrenca quando a esposa de Potifar o viu e se encantou por ele, passando a assediá-lo sexualmente. José não deu atenção a ela. A esposa de Potifar não aceitou a rejeição e numa ocasião em que ambos estavam sozinhos na casa tentou agarrá-lo e ele fugiu, deixando para trás a sua capa. Ela usou a capa para caluniá-lo, dizendo que ele quis ter relações sexuais com ela, que o repudiou gritando e quando gritava ele havia fugido. Caluniado, José foi posto na prisão. 

José interpreta dois sonhos na prisão (40.1-23). Mesmo preso em correntes, injustiçado, ao ser condenado à prisão por um crime que não cometeu, José permaneceu fiel ao Deus de seu pai Jacó. Deus estava com José na escuridão do cárcere, não havia esquecido dele  e nem do grande plano que tinha para seu futuro.

Em pouco tempo na cadeia, José conquistou a confiança do carcereiro, que passou a dar-lhe pequenas tarefas naquele lugar fechado. E um dia, entraram ali dois novos prisioneiros, homens importantes daquela sociedade: um deles era o chefe dos copeiros do rei e o outro o chefe dos padeiros do rei. Eles haviam perdido seus altos postos na corte do rei porque de algum modo haviam aborrecido o monarca, que os lançou na prisão. E certa vez, disseram a José que haviam sonhado. O chefe dos copeiros sonhou com uma parreira de três galhos, dos quais ele espremia as uvas e enchia o copo do rei. O chefe dos padeiros sonhou que carregava três cestos cheios de doces para o rei, mas pássaros voavam sobre ele e comiam os doces. Então, José explicou que em três dias o chefe dos copeiros reassumiria o seu posto na corte, mas o chefe dos padeiros, em três dias, seria executado. E tudo aconteceu conforme a explicação de José. Quando o chefe dos copeiros deixava a prisão, José pediu-lhe que intercedesse por ele ao rei, dizendo-lhe que era inocente, porém, após estar livre, o ex-detento esqueceu da sua solicitação.

Ainda esquecido pelo chefe dos copeiros, seu companheiro de cela, que conseguiu a liberdade antes dele e prometeu ajudá-lo para que fosse solto, manteve-se atrás das grades fiel ao Senhor. Sua fé fazia-o entender que não estava abandonado por Deus, que na presciência divina, havia reservado o momento certo para dar-lhe a vitória sobre todas as crises que atravessava.

José é convocado para interpretar o sonho do rei do Egito (41.1-36). Quando José é chamado para explicar o sonho do rei, chega o momento decisivo na vida dele, em que começa a se cumprir em sua vida o que ele havia sonhado quando ainda morava na casa de seu pai Jacó (37.5-10).

Após dois anos encarcerado, José é chamado para explicar o significado do sonho do rei, que nenhum dos conselheiros especiais do monarca puderam dizer o que significava. O copeiro lembrou-se dele e o indicou ao rei, que ordenou que rapidamente o trouxessem diante de sua presença. Ele lhe disse que havia sonhado com sete vacas gordas que saíam da água e sete vacas magras, que também saíam das águas e em seguida as magras devoravam as gordas. Também, contou a José que havia sonhado com sete espigas cheias de grãos e ao lado de outras sete, que estavam secas e queimadas. Então, José disse-lhe que o Senhor revelava que viriam sete anos de grande fartura, com boas safras, e em seguida outros sete, que seriam de péssimas colheitas. Logo apos a explicação, José sugeriu ao rei que ele escolhesse uma pessoa para administrar as colheitas dos anos bons, armazenando alimentos para o consumo nos anos de escassez. O rei gostou do conselho e disse-lhe que o escolhia para ser encarregado dessa função.

Foi assim,apesar de todos os problemas, a confiança inabalável de José no Senhor o fez sair do cativeiro triunfante.

José: o governador do Egito (41.37-57). José se torna a segunda mais alta autoridade em todo o Egito. E um agente de salvação não somente dos egípcios mas também de pessoas de outros países. Se José tivesse cedido à tentação na casa de Potifar, ele teria perdido a bênção de ser o segundo mandatário do Egito.

Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu um anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população.

José tinha aprendido a confiar em Deus e a desempenhar bem o seu trabalho. Ele viajou  pelo Egito, de norte a sul. Em cada cidade, mandava contruir enormes depósitos para armazenar grãos. Durante sete anos foram armazenados imensas safras de grãos, antes do fim dos sete anos de fartura todos os depósitos ficaram abarrotados. Então vieram os nos de grande escassez, quando as plantações deixaram de crescer, e José passou a administrar a distribuição de todo o conteúdo que havia guardado nos celeiros. Não demorou muito tempo para que as pessoas dos países vizinhos também fossem atingidas pela fome e ficassem sabendo que havia alimento no Egito e pedir para fosse vendido para eles.

O reencontro de José com sua família (42.1-24). No primeiro encontro de José com os seus irmãos desde que eles, mais de vinte anos atrás, o haviam vendido como escravo ao grupo de ismaelitas (37.28), ele estava com uns quarenta anos de idade, já havia se passado, aproximadamente, duas décadas. Nesta ocasião, José quer rever seu irmão Benjamin, o seu único irmão por parte de pai e da mãe, Raquel.

Na terra de Canaã, Jacó e seus filhos também estavam passando fome e souberam que haviam cereais para vender no Egito. Jacó enviou os filhos para comprarem, menos Benjamin, pois não queria que ficasse longe dele. Assim, que chegaram à presença de José, José os reconheceu mas não foi reconhecido por eles. Jamais passaria pela cabeça deles que pudesse estar vivo, quanto mais como primeiro-ministro do Egito. José conversou com eles, rispidamente, falando no idioma egípcio e sendo interpretado. Perguntou quem eram eles e o que pretendiam, Eles responderam que desejavam comprar cereais, e José disse acreditar que eram espiões e pediu que contassem a história deles. Eles contaram que eram doze irmãos e que um havia morrido e que o mais jovem era tão amado do pai quando o que estava falecido. Então, José ordenou que Simeão fosse preso e disse aos demais que ele só seria solto quando retornassem trazendo o irmão mais jovem, para provar que diziam a verdade. Assim, retornaram à Canaã e ao chegarem em casa ficaram surpreendidos ao abrirem os pacotes de cereais e ver que o dinheiro da compra havia sido devolvido.

Quando o suprimento de alimento terminava, Jacó novamente pediu que os filhos compraseem mais no Egito, mas eles insistiram que Benjamin deveria acompnhá-los; mesmo sem querer que ele fosse, Jacó permitiu sua ida. Ao chegar no Egito, eles foram muito bem recepcionados, levados para a casa de José. Ao ver Benjamin, José alegrou-se e ordenou que Simeão fosse solto. A mesa foi posta e todos comeram, sendo que a maior porção foi dada para Benjamin. E depois eles partiram com cereais rumo à Canaã. No caminho de volta, foram alcançados por um oficial de José que os fez pararem para revistar a bagagem, dizendo que uma taça de ouro do primeiro-ministro havia desaparecido. todos os sacos foram remexidos e a taça foi encontrada no saco de Benjuamin - José havia ordenado aoa empregos que a colocassem ali, para analisar a conduta de seus irmãos, se eles haviam mudado ou se ainda tinham o comportamento reprovável do passado.

Todos foram obrigados a voltarem aos Egito. Receosos, foram postos diante de José, que lhes disse que o culpádo de roubo seria o seu escravo. Judá - que anos atrás havia sugerido a venda de José como escravo - colocou-se em defesa de Benjamin, revelando que seu pai Jacó não suportaria aquela situação e sugerindo ser punido no lugar dele. Assim, José conseguiu a prova que seus irmãos haviam mudado de comportamento, pediu que seus empregados os deixasse à sós, e quando estavam apenas entre eles, José revelou quem ele era, falando em seu próprio idioma.

Os irmãos de José ficaram aterrorizados ao saberem que o irmão que eles tanto maltraram estava vivo e era o primeiro-ministro do Egito; José os acalmou beijando cada um deles, começando por Benjamin. Pediu que voltassem ao lar e trouxessem o seu pai, revelando que os instalaraia na terra de Gosém, onde o pasto era bom a criação de seus animais. Jacó sentiu dificuldade em acreditar que seu filho José estava vivo e era a segunda maior autoridade do Egito. Eles empacotaram todos os seus pertences e foram morar na localidade designada a eles por José. 

Conclusão

Deus, antecipadamente, preparou o espírito de José para a grande luta que enfrentaria, quando fosse provado, ao revelar-lhe, através de sonhos, o seu futuro. Por este motivo, mesmo vendido pelos irmãos, vivendo como escravo, e condenado à prisão por Potifar, jamais retrocedeu em sua fé. Desta forma, o Senhor cuidou dele e no fim ele se tornou o salvador de sua família, teve seu nome registrado na Bíblia, e nas páginas da história humana (50.20-21).

Lendo sobre a história de José, aprendemos sobre o perigo da discriminação que alguns pais fazem com seus filhos. A prática do estabelecimento de tratamento diferenciado gera ciúmes, invejas e rancores entre os irmãos. Por causa da discriminação, José quase foi assassinado por seus irmãos. Não morreu, porque Deus tinha um plano determinado com todos eles, especialmente José. Os pais jamais devem fazer distinção entre os filhos, demonstrar que gosta mais de um do que de outro. Enquanto os pais demonstram maior amor por um determinado filho, pelo fato de ele ser mais obediente do que os outros, é que causam um problema sério de relacionamento entre eles, pois o ciúme, e outros sentimentos negativos, podem aflorar, e, talvez, provocar  uma tragédia em família. Os pais devem manifestar amor altruísta, e igualitário, evitando qualquer espécie de preferência, para que não criem crises de relacionamento na família.

Também, observando a história de José, notamos que para recebermos uma bênção divina, somos primeiramente provados, a fim de fazermos jus a ela; devemos aprender a esperar em Deus, pois Ele jamais se atrasa e nem se adianta.

E.A.G.

Postagem paralela; Potifar, o eunuco egípcio

Compilações:
Bíblia de Estudo NTLH, página 48 a 56, Barueri, edição de 2005 (SBB).
Bíblia para Crianças em 365 Histórias, Mary Batchelor, páginas 43-45, edição 2008, São Paulo (Paulinas).
Lições Bíblicas - Mestre. Gênesis. O princípio de todas as coisas; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 95; 4 º trimestre de 1995; Rio de Janeiro (CPAD)
Lições Bíblicas - Professor -  O Deus de toda Provisão, Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 4º trimestre de 2016, páginas 50, 51, Rio de Janeiro (CPAD). 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, página 39, Rio de Janeiro (CPAD). 

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A vitória de Donald Trump e a derrota de Hillary Clinton e a tropa de artistas famosos


“Nós não precisamos de Jay Z ou Beyoncé. Não precisamos de Jon Bon Jovi. Não precisamos de Lady Gaga. O que precisamos é de grandes ideias para fazer a América melhor novamente”, disse Donald Trump em um discurso pouco antes de sair o resultado de que ele era o vencedor do pleito eleitoral contra Hillary Clinton.

Esta semana, que chega ao final, foi surpreendente, aos olhos de tantas pessoas ao redor do mundo; para quem acompanhava a eleição ao cargo de presidente dos Estados Unidos. Institutos de pesquisa, cientistas políticos – e ao reboque vergonhoso quase toda a mídia jornalística – dava como certeza a vitória de Hillary Clinton, torcendo abertamente por sua vitória.

A derrota de Hillary também é o fracasso de atores de Hollywood, considerados astros, como Robert de Niro e Chris Evans (o ator que interpreta o Capitão América); de atriz aclamada como estrela, como Meryl Streep (indicada dezenove vezes ao prêmio Oscar e ganhadora de três). Este revés de Hillary é um choque de realidade para gente famosa da área da música, como Bruce Springteen (Born in the USA), Bon Jovi (It's My Life). O insucesso de Hillary é também de Madonna, Jay Z, Beyoncé. 

Por quê? Porque tais artistas emprestaram suas imagens (a popularidade?) para angariar votos, fizeram comícios em favor de Hillary.

Mas, o resultado desastroso da campanha eleitoral de Hillary também é um grande desastre do presidente Barack Obama e sua esposa Michelle, que se emprenharam de corpo e alma em diversos comícios realizados em diversos estados americanos. Nunca antes um chefe-de-estado norte americano se prestou ao papel de cabo eleitoral como Obama!

Apesar de tantas declarações polêmicas de Donald Trump, eu desejei que vencesse a campanha eleitoral. Quis isso porque ele declara ser contra o aborto, enquanto Hillary é defensora ferrenha de que toda gestante possa abortar, inclusive até aos nove meses de gravidez, dizendo que a mulher é dona de seu corpo.

De fato, a mulher é dona de seu corpo, porém, o feto não é parte de seu corpo, é um novo corpo. Caso o feto fosse seu corpo, todos partos deveriam ser considerados mutilações. Não é?

Considero o posicionamento de Hillary, com relação aos abortos, uma atitude de monstruosidade, porque gravidez não é doença; o feto ou bebê é uma nova vida no útero materno, não é um tumor maligno. Qualquer pessoa com esta posição. que atenta contra o ser humano indefeso não pode ser presidente dos Estados Unidos e de nenhum outro país! Aliás, não é pessoa digna de nenhuma espécie de função que contenha status de autoridade.

E.A.G.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A felicidade é o plano de Deus para você

Ser bem-aventurado é ter vida plena, realizada, harmoniosa, verdadeira, sem desculpas ou maquiagens. A vida dentro do padrão de Deus é boa. Nosso Criador não é chato, ranzinza ou implicante. Suas leis facilitam a vida e não a complicam. Por isso Jesus nos convida a essas bem-aventuras. Elas revelam um caminho secreto para a vida plena, a restaurarão dos padrões originais que ele desejou para nós. O Pai Celestial não quer que nos arrastemos pela vida, apenas sobrevivendo ao sofrimento e à dor que muitas vezes nós mesmos nos causamos.

Por meio do profeta, Deus fala: "Só eu conheço os planos que tenho para vocês; prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança" (Jeremias 29.11). Deus nos ama e deseja a nossa felicidade. Mas só a encontraremos dentro do plano que ele traçou para nós. Não ouvir os conselhos do Senhor induz ao erro por nosso julgamento limitado. "Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando à morte" (Provérbios 14.12).

O apóstolo Paulo exorta:"Não vivam como vivem as pessoas desse mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês" Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele" (Romanos 12.2). Isso mesmo" A vontade de Deus é boa (justa), agradável (suave, bela) e perfeita (coerente, lógica, harmoniosa). 

A felicidade não está no que nos acontece, nem nos bens adquiridos, nem nas nossas realizações, mas vem do interior. Em cada decisão da vida está presente a opção pela felicidade ou infelicidade. Se escolhemos nossos próprios caminhos e não a vontade do Criador, encontramos a infelicidade, a desarmonia, a ausência de paz. Se optamos pela vontade dele, encontramos a realização do propósito da vida e, com ela, a felicidade.

As decisões que tomamos trazem um duplo efeito sobre nós: primeiro, revelam o que já está dentro de nós, que ocupa o nosso coração: desejos escondidos e vontades interiores, por vezes inconfessáveis. Também revelam um caráter forte e sabedoria quando não decidimos pela conveniência imediata, mas por aquilo que é correto. Em segundo lugar, as nossas decisões moldam o nosso caráter, definem em quem nos tornaremos com o decorrer do tempo. Você acaba se tornando a soma de todas as decisões de sua vida.

Ser feliz é encontrar a harmonia na vida. Somente o Criador pode trazer esta harmonia, e isso acontece somente quando alinho as minhas escolhas ao seu propósito. Nas mãos dele, encontro harmonia de propósito, harmonia relacional com o Criador, comigo mesmo e com o meu próximo e harmonia situacional, pois o meu mundo exterior é reflexo do interior. A felicidade foi planejada por Deus para você" A escolha de confiar na bondade divina, porém, está em suas mãos. Se o deixar conduzir seus caminhos, será bem-aventurado!

Fonte: Smilinguido - Agenda 2013, Josias Brepohl / Jaqueline J. Vogel Firzlaff, mensagem dedicada ao mês de novembro, Curitiba (Luz e Vida).

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Deus: o nosso provedor

Por Eliseu Antonio Gomes

"Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz" - Salmos 37.11.

Embora o homem tenha livre-arbítrio, Deus é soberano. Soberania e livre-arbítrio sempre tiveram inúmeras tensões no campo da teologia. Quando levamos em conta a teologia bíblica defrontamo-nos com textos que nos mostram Deus respeitando a liberdade do homem, noutro momento lançando esta liberdade para segundo plano. Ora, Ele é um Deus soberano, eterno, majestoso e Senhor de todas as coisas. 

1. A razão de Isaque pensar em descer ao Egito

O procedimento de Isaque com seus vizinhos (Gênesis 26.1-5).

Deus havia feito uma promessa a Abraão e seus descendentes, porém isso, não significava que não enfrentariam obstáculos e crises. Tanto o patriarca Abraão quanto Isaque enfrentaram a crise da falta de alimento.

Semelhante às relações de Abraão com os vizinhos pagãos, os contatos de Isaque com o povo de Canaã tinham um padrão alterado de desconfiança, paciência e reconciliação. Até as bênçãos de prosperidade concedidas por Deus a Isaque pareciam impedir os esforços dele em estabelecer relacionamento pacífico com eles.

O tempo de fome naquela região semi-árida, forçou Isaque a buscar pastagem ao longo da planície costeira a leste do mar Mediterrâneo e ao sul e oeste de Canaã, em Gerar. Era território de Abimeleque, rei dos filisteus, perto da fronteira do Egito. Mas logicamente a região mais rica do delta do Egito estava atraindo Isaque para sua direção. Foi então que apareceu-lhe o Senhor (Gênesis 26.2). Deus disse a Isaque que ficasse longe do Egito. Renovou as promessas dadas a Abraão, e as aplicou a Isaque. Canaã seria a casa de Isaque e lá ele conheceria a presença de Deus. Novamente, Deus destacou a ideia da semente como as estrelas dos céus (versículo 4) e ressaltou a garantia de que todas as nações da terra colheriam bênçãos dos seus descendentes. A promessa de Deus foi passada para Isaque, porquanto Abraão obedeceu à voz do Altíssimo (versículo 5).

2. A crise que Isaque teve que enfrentar com seus vizinhos em Gerar (Gênesis 26.6-16).

Após ouvir a voz de Deus dizendo-lhe para não descer ao Egito, Isaque se estabeleceu em Gerar, ao sul de Gaza. O medo dificultou Isaque de estabelecer relações amigáveis com os vizinhos pagãos. Os valores morais daquela gente eram tais que uma família estrangeira se sentiria justificada em ter medo.

Em Gerar, aceitava-se que os reis pagãos tivessem direitos conjugal de toda mulher que lhes agradasse. Como Abraão, Isaque se defendeu de suposto dano pessoal no peculiar costume dos seus antepassados: o casamento com irmã-esposa. Neste arranjo, até uma prima ou uma não-parenta seria adotada na família como irmã do noivo e, assim, seria legalmente irmã e esposa. Ver: Gênesis 12.10-13; 20.2,11-13.

Em sua relação com Rebeca, Isaque informou os filisteus sobre o aspecto de irmã, mas não sobre o aspecto de esposa. Os pagãos não fizeram movimento que indicasse desejo por Rebeca. O rei Abimeleque viu casualmente Isaque no que teria sido uma situação comprometedora com uma irmã e suspeitou da verdade. Chamou Isaque, checou as suspeitas e, depois, o reprovou. Abimeleque declarou que Isaque poderia ter enganado um filisteu, fazendo este pecar contra Rebeca. O engano de Isaque, provocado por medo, diminuiu a opinião que o pagão tinha sobre ele, negando a oportunidade de o patriarca ser uma bênção. Isaque permaneceu no território fazendo bom uso dos poços cavados no tempo de Abraão.

Deus manteve sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram invejosos e enciumados porque tudo que ele fazia parecia dar certo, e assim tornaram-se seus inimigos e tentaram livrar-se dele. A inveja é uma força que produz perversidade.

3. A demonstração de paciência sob pressão de Isaque (26.17-25)

Embora tivesse uma produção extraordinária das colheitas, resultado de irrigação possibilitada pela água tirada dos poços, Isaque também sofreu em Gerar. Apesar de o patriarca obter aumento da riqueza, por causa da bênção de Deus sobre ele, foi alvo da inveja no coração dos filisteus, que entulharam todos os poços que ele usava e depois o expulsavam Isaque da cidade (Gênesis 26. 7, 8, 15. 16).

Por duas vezes os filisteus entulharam seus poços. E Isaque buscava por água abrindo outro poço em área diferente e a continuar a preparar novos campos para plantação. Em vez de brigar, Isaque se mudava, cavava outros poços, os quais eram repetidamente entulhados na sua presença. Em vez dos filisteus aprenderem os novos e importantes métodos de agricultura com Isaque, tolamente preferiram fechar os poços e expulsar o patriarca para longe da convivência deles. O primeiro poço entulhado, Isaque chamou de Eseque (que significa disputa ou rixa); o segundo, nomeou-o de Sitna (que quer dizer "inimizade"; "hostilidade" e, o terceiro, que os filisteus não o incomodaram, deu-lhe o nome de Reobote quer dizer “lugar espaçoso, alargamento”, ou seja, local para homens que buscam a paz vivam em paz (Gênesis 26.18, 20-23).

Isaque, mesmo enfrentando problemas com a vizinhança, não deixou de trabalhar, de investir e crer na provisão divina. Em todas as circunstâncias Isaque pode ver a suficiência do Senhor.

4. Por que ao cristão, em tempos de crise, é preciso "cavar poços"?

Por três vezes Isaque e seus homens cavaram novos poços. Quando as duas primeiras disputas surgiram, Isaque mudou de lugar. Finalmente, na terceira perfuração do solo, descobriu o espaço que contentava a todos. Ao invés de dar início a um grande conflito, Isaque comprometeu-se com a paz.

Se você está atravessando uma crise, seja ela financeira, familiar, ministerial ou espiritual; não desanime. Peça a Deus sabedoria para saber quando se retirar e quando ficar e resistir. Continue a "cavar poços", onde o Senhor mostrar que deve "perfurá-los"; trabalhando e crendo na direção de Deus, você experimentará a provisão divina.

5. Não há solução mágica

No Brasil, a crise financeira está assolando todas as classes sociais, mas uma crise assim não acontece da noite para o dia. Há uma série de decisões macro e microeconômicas tomadas equivocadamente, tais atitudes trazem prejuízos irreparáveis a uma nação. Na esfera da economia doméstica, se não houver uma consciência de que se a nossa despesa for maior que a nossa receita, brevemente entraremos num colapso econômico. Má gestão e decisões equivocadas são as razões das principais crises financeiras. É o que ocorre com o nosso país e ocorre com inúmeras famílias.

Além disso, é uma verdade imponderável que problemas financeiros assaltam muitas vidas de surpresa. O desemprego, o problema de saúde. Muitos servos de Deus entram numa provação causticante onde só perceberam que entraram em crise tempos depois, pois não imaginariam de modo algum o que viria pela frente. Aqui está a soberania de Deus, no momento quando não há mais solução visível, nem perspectiva de auxílios externos, Ele age em nosso favor e derrama da sua misericórdia para conosco.

Compreendendo a natureza do Deus eterno, é que devemos olhar para os problemas deste mundo. Em tempos de crises financeiras não se volte às coisas desse mundo, mas busque a suficiência do Pai Celeste. São muitas pessoas que têm provado da provisão de Deus nos momentos de angústias e tribulações. Nossa parte é priorizar o Reino de Deus e a sua justiça, e o nosso Pai Celestial agirá em nosso favor (Mateus 6.31-33).

Conclusão

Deus cumpre a sua palavra e não leva em conta nossos erros de decisões fora da orientação dEle. O Senhor suporta nossas fraquezas por causa do projeto maior. Isaque falhou algumas vezes, entretanto deixou um excelente exemplo de homem humilde, gentil e cortês, não só para com os amigos, mas também com os inimigos. Não ter ido para o Egito foi um ato de obediência e reconhecimento da soberania divina para cuidar dele, de sua família e de toda a sua fazenda.

O Egito é símbolo do mundo, que atrai os incautos para afastá-los de Deus.

E.A.G.

Compilações
Comentário Bíblico Beacon - Gênesis a Deuteronômio - páginas 80 e 81, 4ª impressão/2012, Rio de Janeiro (CPAD).
Ensinador Cristão, página 39, ano 17, nº 68, outubro - dezembro de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises, Elienai Cabral, 1ª edição 2016, páginas 64, 74, Rio de Janeiro (CPAD).

Apuros de "Papai Noel" - cem réplicas de Elvis

 

domingo, 30 de outubro de 2016

A decisão de lavar as mãos


Por Luiz Dirceu dos Anjos

"Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!" - Mateus 27.24.

Desde que Pilatos consagrou o gesto simbólico de lavar as mãos como forma de se isentar de sua responsabilidade na morte do Senhor Jesus, em todo o mundo, pessoas ligadas ou não ao poder, têm repetido, cada uma à sua maneira, o mesmo gesto.

Na verdade, o hábito de eximir-se de uma responsabilidade que nos pertence não começou com Pilatos. Vem de bem mais longe. Adão foi o pioneiro dessa arte. Ele, como líder que era sobre sua esposa, não poderia ter concordado com ela na desobediência a Deus. Mas, não só o fez como também quis culpar a Deus por seu erro; que ousadia! "A mulher que me deste como companheira..." (Gênesis 3.12).

Nossa atitude não é nem um pouco diferente. A todo momento estamos procurando uma boa desculpa para não assumirmos a responsabilidade que nos cabe. 

1. Quantos pais lavam as mãos quanto à educação dos filhos! Quando, ao final, veem-nos envolvidos com todo tipo de problemas  como roubo, drogas ou prostituição, esquecem-se de que abdicaram de educá-los e passam a culpar o sistema, as outras pessoas, todo mundo, menos eles próprios. 

2. Pastores lavam as mãos quando o pastoreio se torna difícil e não aceitam serem responsabilizados quando os membros de sua igreja se desviam ou definham espiritualmente. 

3. Os líderes políticos lavam as mãos diante de corrupção comprovada, caracterizando assim flagrante impunidade, enquanto a população padece pela falta de melhor recurso para a saúde, segurança, educação, aposentadoria...

Um famoso evangelista escreveu uma frase impressionante. Era mais ou menos assim: "Somos livres para fazer o que queremos, porém, responsáveis por tudo que fazemos." Está na hora de assumirmos o nosso papel e nossas responsabilidades no reino de Deus, seja na área pastoral, de missões urbanas ou transculturais, de contribuição, literatura, ou qualquer outra área em que o Senhor nos tenha colocado.

Não é possível continuar a ver a fome, a miséria, a depravação, a corrupção, o domínio dos vícios, da prostituição, do pecado enfim, e fazer vista grossa, lavar as mãos e dormir tranquilos.

São numerosas as alternativas que temos ao nosso dispor para mostrar ao mundo o amor de Deus pelo pecador e resgatar aqueles que estão caminhando para o inferno. Estejamos todos conscientes de nosso papel específico como servos de Cristo, e não desejemos ficar aquém dele. Não queiramos nada menos do que Deus nos incumbiu de fazer.

Lave as mãos por uma questão de limpeza e higiene, mas nunca para fugir de suas responsabilidades de cidadão do céu e filho de Deus.

Mensagem da Cruz, nº 116, dezembro 1997/janeiro/fevereiro 1998, página 2, palavra ao leitor, MG (Editora Betânia).

Martinho Lutero e uma das versões sobre a Árvore de Natal


Há várias histórias sobre a origem da Árvore de Natal. 

Uma das favoritas é que o próprio Martinho Lutero (líder da Reforma Protestante), certo dia caminhava à noite e olhou para o céu estrelado através de uma árvore. Naquele momento, ele estava refletindo sobre uma forma concreta de celebrar o Natal com a família, de maneira atraente a seus filhos. De repente, ao olhar aquela árvore com as estrelas brilhando ao fundo, pensou em uma árvore com velas brilhando, imitando as estrelas.

Lutero, então, cortou uma árvore do bosque, levou-a para casa e, juntamente com os filhos foi decorando com frutas, laços coloridos e finalmente com velas que acendia às noites enquanto falavam sobre a vinda de Jesus, que trouxe luz nas nossas trevas!

Podemos escolher como enxergar os nossos costumes. Podemos até desconhecer suas origens. Porém, podemos também, escolher a melhor forma de utilizá-los. Assim, a Árvore de Natal nos relembrará da Luz que veio ao mundo para iluminar a escuridão de nossos corações.

Fonte: Lar Cristão, edição especial de Natal / 2002, ano 16, página 25, São Paulo/SP (Sociedade Religiosa Lar Cristão / Editora Mensagens).

sábado, 29 de outubro de 2016

Conselho aos pais sobre o uso da TV pelos filhos


Barnevakten

Eliseu Antonio Gomes
Tradução livre

Pode ser um grande desafio criar bons hábitos de uso do televisor nas crianças, numa época em que tanto conteúdo está disponível a qualquer momento; canais pagos, com programação específica, 24 horas ao dia, voltados às crianças e adolescentes.

Pense em utilizar a seleção de canais. Provedores de televisão digital oferecem aos consumidores vários pacotes de canais. Esteja consciente de que canais você quer em sua casa e conheça a espécie de programação que é transmitida neles.

O local da televisão dentro da sua casa. É recomendável que os televisores sejam colocados na sala comum a todos os integrantes do lar. Isso torna muito mais fácil para os pais a monitoração do que
seus filhos assistem, o quanto eles olham e como eles reagem ao que veem. Imponha limites claros. Se as crianças e os adolescentes têm consoles de jogos e acesso ao computador em ambientes privados, é preciso lembrar que confiança e responsabilidade são vias úteis. A quebra de uma ou de outra é motivo justo para retirar o privilégio da "porta fechada".

Decodificador: a ferramenta de parentalidade A maioria dos decodificadores de televisão fornece a capacidade de adicionar códigos PIN em canais que você não quer que as crianças possuam acesso. Se o manual do usuário não fornece informações sobre o decodificador, contacte o provedor de TV, para ativar a proteção do código PIN. Os pais têm condições de estabelecer limites para o uso da mídia por parte de suas crianças: quantidade, conteúdo e tempo de visualização de televisão.

Crie bons hábitos. Tome a iniciativa para ver bons filmes e programas com os seus filhos e deixe a experiência que a TV pode oferecer à família, com momentos agradáveis de horas de lazer e descanso. Mantenha sua atenção sobre o que é transmitido e seja claro sobre os limites que você delineou em sua casa. É natural que as crianças de diferentes idades possuam diferentes limites sobre o que e quanto eles podem ver. Para alguns, pode também ser útil introduzir "zonas livres de TV. Não use muito tempo a negociar com as crianças mais novas. Um "não" ou "sim" é muito melhor do que um "OK, se ..." ou "talvez". A clareza dos pais fazem com que as crianças sejam mais seguras. E lembre-se que as crianças adquirem hábitos televisivos observando os hábitos televisivos de seus pais.

Converse com seus filhos. Dialogue com seus filhos sobre bons hábitos de televisão, ensine-o a reconhecer uma programação criativa e instrutiva e a seus filhos a consciência do que eles escolhem para ver. Convide seus filhos para falar com você se eles assistem algo assustador, triste ou repugnante na televisão. Também é bom e importante para falar com as crianças sobre a preferência deles em programas divertidos e emocionantes.

Fale com outros pais É útil a troca de experiências com outros pais, o compartilhamento de experiências.

Assuma a responsabilidade! Não deixe que os heróis na TV e no cinema sejam os mais importantes modelos na vida de seus filhos. Seja visível, ouça com atenção quando eles contam sobre suas necessidades, medos, sonhos e interesses. Assim, você incentivará boas atitudes da parte deles por toda a vida.

Fonte: Barnevakten

Renan Calheiros, Carmen Lúcia e Vallisney de Souza Oliveira - "juizeco" e investigações da Lava Jato


Por Eliseu Antonio Gomes

O Magistrado Vallisney de Souza Oliveira, 51 anos de idade, titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou a Polícia Federal a deflagar a Operação Métis - a ação que prendeu o chefe de polícia legislativa do Senado e mais três agentes, dentro das dependências do Senado, na sexta-feira (21).

Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, um dos investigados da Operação Lava Jato, reclamou duramente, criticando as prisões. Desferiu ofensa ao Meritíssimo Vallisley, chamando-o de “juizeco”, desqualificando-o por trabalhar na esfera de primeira instância. 

Deve ter sido uma grande surpresa para Renan ver que a Ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), maior autoridade do Judiciário no país, e presidente Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - órgão de controle dos tribunais - tenha saído em defesa do colega togado Vallisley: "Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido. E não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade", afirmou ela.

Para Vallisley, são "gravíssimos" os indícios contra os policiais do Senado Federal. Eles são suspeitos de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato, na qual parlamentares são investigados, por fazer varreduras em residências particulares de Senadores para identificar e destruir eventuais escutas telefônicas instaladas com autorização da Justiça. 

Renan é alvo de 11 inquéritos no Supremo. Veja alguns:

• Renan é denunciado no chamado “caso dos bois”, inquérito criminal 2593, em andamento no Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República o acusa de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso. Segundo o Ministério Público, ele apresentou documentos falsos para forjar uma renda com venda de gado em Alagoas e assim justificar seus gastos pessoais.
• Renan também é acusado, na denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de desviar R$ 44,8 mil do Senado, por meio da chamada verba indenizatória, benefício ao qual os parlamentares têm direito para cobrir despesas associadas ao mandato. A punição para esses três crimes é o pagamento de multa e prisão, que varia de cinco a 23 anos.
• A pensão da Mendes Júnior. O caso é o seguinte: o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagava R$ 16,5 mil mensais à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. A revista Veja, entre 2004 e 2006, publicou matérias sobre a relação de Renan com a empreiteira, que recebeu R$ 13,2 milhões em emendas parlamentares de Renan destinadas a uma obra – feita pela empresa – no porto de Maceió.
• Crime ambiental. Renan é denunciado no inquérito 3589. Como proprietário da Agropecuária Alagoas Ltda., é acusado pelo Ministério Público Federal de pavimentar ilegalmente, com paralelepípedos, uma estrada de 700 metros na estação ecológica Murici, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Flexeiras, a 66 km de Maceió.
• Laranjas do rádio. Renan ainda tem o inquérito 2998, por tráfico de influência no Ministério das Comunicações. Trata-se da compra de emissoras de rádios em nome de laranjas.
• A cota das passagens aéreas. Renan é acusado de usar a cota de passagens aéreas do Senado para arcar com os custos de viagens feitas por três personagens acusados de atuarem como seus laranjas em empresas de comunicação e por um agricultor suspeito de fraudar a venda de gado, em Alagoas.
No último dia 4, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, liberou para julgamento no plenário da Corte a denúncia contra Renan Calheiros, apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), que acusa o senador de arcar com as despesas de sua filha com a jornalista Mônica Veloso através de recursos da empreiteira Mendes Junior. Quem determina a data do julgamento da denúncia é, justamente, a ministra Carmem Lúcia. Caso essa denúncia seja aceita, Renan se tornaria réu.

Ação no STF, cujo objetivo é manter a preservação do sistema político nacional, que visa considerar inconstitucional que políticos réus em ações penais da própria Corte façam parte da linha sucessória da presidência da República, poderá atingir o presidente do Senado, Renan Calheiros, independentemente da data em que a determinação possa ser aprovada - ou de quando Renan vier a se tornar réu, se isso acontecer.

Além disso tudo, é possível que por essas ações, e outras, que tramitam no STF, o parlamentar corre o risco de perder o mandato e o posto de presidente do Senado, se em um desses casos for transformado em réu. A jurisprudência chama-se Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara de Deputados e ex-deputado federal, que foi afastado da presidência por determinação do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

E.A.G.

Por que as crianças veem televisão?


Por Bia Rosemberg 

Pense na televisão, por um momento, como uma geladeira que se enche de comidas e bebidas variadas. Salaminho, queijo e caqui em uma gaveta; alface, bife de fígado e pudim de chocolate, em outra; em cantos específicos, refrigerantes, panquecas congeladas e chuchu.

Poderíamos dizer que a mídia equivale a essa geladeira cheia de ofertas ao alcance dos dedos e dos olhos; programas vitaminados; com fibras naturais; com muito açúcar; programas salgados demais; alguns amargos; outros sem nenhum nutriente a não ser um sabor agradável, e assim por diante.

Um nutricionista sabe que alimentação deve ser equilibrada, moderando em itens como doces e gorduras. Ao planejar uma dieta, ela leva em consideração os nutrientes necessários ao desenvolvimento de uma criança. É assim que pode combinar, por exemplo, bife com puré de batatas e vagem com morango e chantilly.

Com a televisão é a mesma coisa. É importante fazer escolhas que agradem tanto ao paladar quanto ao desenvolvimento saudável da família. Se a metáfora de uma dieta nos serve é porque a TV pode ser pensada como como algo além de um cardápio de programas nocivos por natureza. Se tudo o que está na programação da TV fosse apenas um menu calórico e gorduroso, sobraria muito pouco a fazer além de desligar o televisor. É um gesto simbólico de reação à mídia, que agradaria muito a determinada crítica, intelectualmente popular, mas paralisante. Isto não seria nem razoável e nem factível, dada a importância que a TV assume na vida de seus consumidores.

Desde o começo da era da televisão, estudiosos, principalmente na Europa e na América do Norte, tentam entender o fenômeno. Por que as crianças (e os adultos, é claro) gostam tanto de assistir televisão? Quais as expectativas? Que sentimentos são despertados? Por que passamos tanto tempo em frente à telinha? Tenta-se entender os "usos" e "gratificações", para usar expressões típicas dos pesquisadores do ramo, que o público obtém por meio da mídia. Saber o que faz com que o espectador se sinta satisfeito com determinado programa e, portanto volte a assisti-lo, é importante tanto para quem produz  como para quem estuda a mídia ou tem filhos espectadores.

Os norte-americanos Barry Gunter e Jill McAleer não fizeram apenas uma única pesquisa. Eles reuniram no livro Children & Television os trabalhos realizados entre as décadas de 1950 e 1990 nos países do hemisfério norte. Cada uma dessas investigações tem a seu modo, certo mérito na difícil tentativa de compreender como as crianças se relacionam com o meio e por que assistem à televisão. Elas apresentam resultados obtidos por intermédio de metodologias que nem sempre têm pontos em comum. Mas, a partir desse conjunto de investigações distintas, podemos filtrar nove razões básicas, citadas pelas crianças pesquisadas, como motivadoras do ato de sentar-se à frente da telinha.

Os motivos, detalhados a seguir, não são excludentes entre si e, em geral, variam conforme o momento e o estado de espírito da criança. Observe se você se encaixa em algum dos tópicos listados. Procure perceber se há algum item que mais se adapta a seus filhos.

1. Passar o tempo / hábito de ligar o aparelho

É o motivo mais alegado pelas crianças. Em geral, é fruto de um hábito adquirido ao longo da vida. Na falta de uma atividade programada para fazer, ver televisão é provavelmente, a alternativa mais à mão. Não exige treinamento, planejamento, esforço ou equipamento especial.

2. Escapismo

A TV ajuda a matar a vontade de quem querr viver uma perigosa aventura ou um grande romance. O meio nos dá recursos para viver intensamento, sem levantarmos, como se diz, da poltrona. Filmes de aventura, romances, desenhos animados, vida animal e mil outros programas "nos tiram" da poltrona sem nenhum esforço ou movimento. Assim, literalmente, fugimos do dia-a-dia ao escapar para universos de fantasia que possuem fórmulas de entreter a audiência, embalando nossa atenção até o próximo intervalo.

3. Companhia

Uma situação comum é a de crianças que ficam em casa sozinhas. Às vezes, estão realmente desacompanhadas. Em outras, os adultos estão em casa, mas estão tão ocupados com suas tarefas que não dão atenção aos pequenos. O sentimento de solidão provocado pelo isolamento faz com que muitas crianças procurem na TV um companheiro.

4. Aprender sobre "as coisas"

Uma outra razão mencionada pelas crianças para ver televisão é que os programas são escolhidos porque ajudam a compreender como o mundo funciona. Há inúmeras informações sobre pessoas, lugares, músicas, comidas que as escolas não ensinam, mas a televisão sim. A criança, em fase de descoberta de como as coisas funcionam e se relacionam, se diverte enquanto aprende.

5. Aprender "sobre si mesmo"

Embora muitas crianças vejam televisão porque aprendem "sobre as coisas", ouras dizem que aprendem não sobre as coisas, mas sobre si mesmas. É surpreendente que pessoas de tão pouca idade percebam  esta utilidade na mídia. Quando questionadas sobre suas preferências, mencionaram programas de ficção e documentários. Em ambos os casos, a possibilidade de verem outras crianças na tela funciona como uma espécie de espelho. Ao verem refletidas, entendem melhor o que estão vivendo ou sentindo.

6. Tema de conversa

Na medida em que todo mundo assiste aos mesmos programas, a televisão se transforma em um mundo comum de conferências para crianças, adolescentes e adultos. Do ponto de vista infantil, quem não acompanha as exibições televisivas fica "por fora", sem poder participar das conversas e das brincadeiras que usam a mídia como base.

7. Babá eletrônica

Esta razão é a mais mencionada pelos adultos desde os primórdios da televisão, nos Estados Unidos, em 1948, e no Brasil de 1950. Usar a mídia como babá eletrônica é um ato tão comum que a expressão até faz parte do nosso vocabulário cotidiano. Quando estamos ocupados ou cansados de inventar diversões e entretenimentos, quando a criança já tomou banho, leu livros, já brincou como o seu brinquedo preferido, e todas as alternativas foram esgotadas, ligamos a televisão. Se possível, localizamos algum programa colorido e movimentado, e "depositamos" o filho ou a filha na frene do aparelho. As crianças ficam quietas, entretidas, controladas e os adultos podem se ocupar de outras coisas.

8. O prazer da fantasia

A fantasia tem uma função muito importante no desenvolvimento da criança. No plano da fantasia, meninos e meninas têm a oportunidade de experimentar situações correspondentes à realidade, com personagens e histórias. Aprendem a lidar com os problemas dos outros, familiarizam-se com o fato de que existem eventos em sequência e embora os heróis tenham de enfrentar muitos obstáculos, em geral o final pode ser feliz, o que é outra maneira de dizer que a criança pode confiar no futuro.

Nesse sentido, a televisão, assim como outras formas de histórias (livros, histórias noturnas etc), abre espaço para a criança recriar realidades e usar a imaginação ativamente, sem correr os riscos da vida real,

9. Estímulo emocional

Um outro item mencionado por muitas crianças é que assistir a certos programas de TV "dá medo", "faz chorar" ou as deixa "nervosas" querendo saber o que "o que vai acontecer". Assim como os adultos, as crianças gostam de se sentir estimuladas por desafios e emoções. Vivenciar uma aventura, um perigo ou um mistério pode ser gratificante.

Porém, cada pessoa tem seu limiar confortável de estímulo. Para alguns, andar numa montanha-russa é um pesadelo. Para outros, um grande prazer. A mesma situação se repete com a TV. Geralmente, as crianças escolhem programas nos quais o estímulo é sentido como seguro, dentro dos limites, com a possibilidade de trocar de canal ou desligar o aparelho, se a emoção se tornar perturbadora.

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Pelo tempo que fica vendo TV, uma criança brasileira, ao atingir dezessete anos, terá passado quase quatro anos de sua vida diante da telinha. Por isso é que os pais questionam tanto o efeito da televisão no desenvolvimento de seus filhos. A TV é uma babá confiável? Ela estimula o consumismo. Ela prejudica o rendimento escolar? Uma boa notícia: programas de televisão podem ser aliados no processo de aprendizagem, sim. Este livro mostra o que pais e educadores podem fazer para modificar o papel da televisão na vida das crianças e jovens.

Fonte: A TV que seu filho vê - Como usar a televisão no desenvolvimento da criança, Bia Rosemberg, capítulo 1, resumidamente, texto da contracapa, edição 2008, São Paulo - SP - www.pandabooks.com.br  

Eis que Deus manda dizer para você...

Leia a Bíblia Sagrada.


As coisas preparadas por Deus aos que o amam


"Porém, como dizem as Escrituras Sagradas: “O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam” - 1 Coríntios 2.9 (NTLH).

Menina com os olhos tapados.